Covid-19 | Entrada de estrangeiros no Grande Prémio não acarreta “grande risco”

O médico Alvis Lo Iek Long explicou ontem que não se espera que a entrada de pilotos e equipas para o Grande Prémio de Macau tenha impacto na situação epidémica, dadas as medidas de prevenção. Por outro lado, as associações vão receber orientações para eventos no Dia Nacional

 

[dropcap]A[/dropcap]valiando os interesses sociais e o grau de risco, considerou-se que o Grande Prémio é “um evento emblemático e histórico de Macau” que pode ajudar à recuperação do sector turístico. Foi assim que Alvis Lo Iek Long, da direcção do Centro Hospitalar Conde São Januário, justificou ontem a realização do evento e a participação de não residentes do exterior.

“O Grande Prémio é um certame internacional icónico de Macau, já com longa história, que poderá contribuir para a recuperação do turismo [da RAEM]”, frisou Alvis Lo Iek Long.

O médico tentou tranquilizar a população, explicando que os pilotos e equipas, “apesar de serem estrangeiros”, ao realizarem observação médica de 14 dias e dois testes de ácido nucleico é possível garantir que o evento não acarreta um “grande risco” para a epidemia no território.

A 67ª edição do Grande Prémio de Macau vai realizar-se entre 19 e 22 de Novembro com corridas diferentes. Foi dispensada a restrição de entrada de estrangeiros por motivos de interesse público para a RAEM. Espera-se que esta edição venha a receber cerca de 200 pilotos.

Ontem estavam 1040 pessoas em quarentena nos hotéis designados, das quais 366 residentes de Macau e 644 turistas. Entre os dias 10 e 13 deste mês realizaram-se 33.323 testes de ácido nucleico.

Pormenores, só no futuro

Por outro lado, questionado sobre as medidas de prevenção da epidemia durante a maratona, Alvis Lo Iek Long disse haver “fortes contactos” com o Instituto do Desporto. No entanto, referiu que os participantes só vão ser informados da necessidade de fazerem ou não teste de despiste da covid-19 numa data mais próxima da prova, apenas na primeira metade de Dezembro.

“Temos medidas de prevenção da epidemia que visam a segurança e saúde da população. No entanto, nem sempre adoptamos um critério uniforme das actividades”, reconheceu o médico, frisando que as decisões são baseadas em factores como a envergadura e natureza dos eventos, bem como o contacto entre participantes.

As cerimónias do Dia Nacional, a 1 de Outubro, vão implicar que todos os participantes façam teste de ácido nucleico. E também vão ser emitidas recomendações às associações. Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença, disse que receberam questões de associações sobre as orientações contra a epidemia e que “sobre o teste de ácido nucleico, posteriormente teremos um pacote de orientações mais precisas a que podem ter acesso”.

Subscrever
Notifique-me de
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários