Carrilho da Graça, autor da recuperação das Ruínas de São Paulo, homenageado no México

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] arquitecto João Luís Carrilho da Graça, autor do projecto de recuperação e musealização das Ruínas de São Paulo, nos anos 90, vai ser homenageado no encontro de arquitetura da Feira do Livro de Guadalajara, no México, que se realiza de 24 de novembro a 02 de dezembro, com Portugal como país convidado.

O anúncio foi feito na noite de sexta-feira, no México, madrugada de sábado em Portugal, num encontro com a imprensa do reitor do Centro Universitario de Arte, Arquitectura e Design (CUAAD) da Universidade de Guadalajara, Ernesto Flores Gallo.

A trajetória de 30 anos do arquiteto português, “desenvolvida em estreita relação entre a prática profissional e académica”, assim como “a pureza, a elegância, as formas e as linhas da sua obra são alguns dos motivos pelos quais João Luís Carrilho da Graça será reconhecido com a Homenagem ArpaFIL 2018”, disse Ernesto Gallo, citado pelo comunicado da organização.

Nascido em Portalegre, Carrilho da Graça, de 65 anos, Prémio Pessoa em 2008, é autor, entre outros projetos, do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, do Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, da Escola Superior de Comunicação Social, do Museu do Oriente, da musealização arqueológica da Praça Nova do Castelo de São Jorge e da Escola de Música da Escola Politécnica, na capital portuguesa.

Licenciado na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, em 1977, ano em iniciou a atividade profissional, Carrilho da Graça foi professor da Faculdade de Arquitetura da então Universidade Técnica de Lisboa, de 1977 a 1992, catedrático da Universidade Autónoma, de 2001 a 2010, e da Universidade de Évora, desde 2005, onde dirigiu o Departamento de Arquitetura.

Foi por várias vezes nomeado para o prémio europeu de arquitetura Mies van der Rohe (1990, 1992, 1994, 1996, 2009, 2011, 2013), distinguido com o Prémio Valmor pelo Pavilhão do Conhecimento dos Mares (1998) e pela Escola Superior de Música de Lisboa (2008).

Ao conjunto da sua obra foram atribuídos os prémios como o da Associação Internacional dos Críticos de Arte (AICA), em 1992, a Ordem de Mérito da República Portuguesa (1999), o título de Cavaleiro das Artes e das Letras da República Francesa (2010) e a Medalha da Academia de Arquitetura de França (2012).

O encontro ArpaFIL de arquitetura, património e arte é realizado pelo CUAAD desde 1995, no âmbito da Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL Guadalajara), com o objetivo de partilhar e difundir a experiência de profissionais a jovens arquitetos e público em geral, segundo a apresentação da iniciativa.

A par da homenagem, que se realizará no dia 30 de novembro, a ArpaFIL organiza o Concurso para Jovens Arquitetos, aberto a estudantes de arquitetura, urbanismo, fotografia, artes visuais, “restauro ou afins”.

A participação portuguesa na FIL Guadalajara vai envolver mais de 40 escritores de língua portuguesa, como António Lobo Antunes, Mia Couto, Hélia Correia, Germano Almeida e Manuel Alegre, já distinguidos com o Prémio Camões.

Teolinda Gersão, Dulce Maria Cardoso, José Eduardo Agualusa, Ana Luísa Amaral, João de Melo, Lídia Jorge, Ondjaki, Gonçalo M. Tavares, Afonso Cruz e Ricardo Araújo Pereira são outros autores já anunciados.

O programa estende-se à música, à dança, ao teatro, ao cinema e às artes, com participações de criadores como Tiago Rodrigues e Paulo Ribeiro, com a montagem de exposições dedicadas a Almada Negreiros e Ana Hatherly, espetáculos de músicos como Camané, Capicua e Dead Combo, e a exibição de filmes de cineastas como Manoel de Oliveira, Fernando Lopes, Salomé Lamas, Regina Pessoa e João Salaviza.

Durante a FIL Guadalajara será também entregue o Prémio Ibero-Americano de Literatura Infantil e Juvenil, ao qual é candidata a escritora Alice Vieira.

Organizada pela Universidade de Guadalajara desde 1987, a FIL Guadalajara é a maior feira do livro da América e a segunda maior a nível mundial, depois da feira de Frankfurt, na Alemanha.

Todos os anos, soma mais de 800 mil visitantes, durante os seus nove dias, e conta com mais de duas mil editoras de 47 países, e mais de 700 escritores de diferentes línguas.

9 Set 2018

Seleção portuguesa realiza último treino antes do jogo com a Itália

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] seleção portuguesa de futebol realiza hoje o último treino antes do jogo com a Itália, segunda-feira, no Estádio da Luz, em Lisboa, que marcará a estreia da campeã europeia no grupo 3 da Liga das Nações.

Um dia depois da dispensa por lesão do lateral Raphaël Guerreiro, o selecionador Fernando Santos, que ‘poupou’ o avançado Cristiano Ronaldo, deverá contar com os outros 23 convocados no treino marcado para o recinto do Benfica às 10:30, sendo permitida a presença de órgãos de comunicação social durante os primeiros 15 minutos.

Às 12:15, no mesmo local, está prevista a conferência de imprensa de Fernando Santos e de um jogador a designar, com vista a abordar o primeiro jogo oficial após o Mundial2018, no qual Portugal foi eliminado nos oitavos de final, ao perder por 2-1 com o Uruguai.

Por sua vez, a Itália, que empatou 1-1 na receção à Polónia na estreia da nova competição, vai treinar no Estádio da Luz a partir das 19:00, seguindo-se uma conferência de imprensa com o selecionador, Roberto Mancini, e um jogador, às 19:45.

A seleção portuguesa, que na quinta-feira empatou 1-1 com a Croácia, vice-campeã mundial, recebe na segunda-feira a congénere italiana, a maior ausente do Mundial2018, em jogo com início às 19:45, no Estádio da Luz, em Lisboa, sob arbitragem do escocês William Collum.

9 Set 2018

‘Rapper’ norte-americano Mac Miller morre aos 26 anos

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ‘rapper’ norte-americano Mac Miller morreu na sexta-feira, aos 26 anos, na sua casa na Califórnia, Estados Unidos, com a polícia a apontar uma overdose como a principal causa para a morte, avança a imprensa internacional.

A notícia foi avançada pelo ‘site’ americano de entretenimento TMZ, que indicou que Mac Miller foi encontrado morto perto do meio-dia (hora local) deitado na cama, na sua casa em São Fernando, Califórnia.

De acordo com o TMZ, a polícia suspeita que uma overdose tenha estado na origem da morte.

O alerta foi dado por um amigo do ‘rapper’, que ligou para o número de emergência desde a casa de Mac Miller, reportando uma paragem cardíaca.

Nascido em 19 de janeiro de 1992, o rapper já tinha tido problemas com drogas.

Lançou no passado dia 03 de agosto o último álbum, designado “Swimming”, e iria começar no final de outubro com uma ‘tour’ pelos Estados Unidos.

9 Set 2018

Novo presidente do Sporting diz que conquista do campeonato é missão que vai cumprir

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] novo presidente do Sporting, Frederico Varandas, prometeu conquistar o campeonato nacional de futebol, referindo que é uma missão que vai cumprir.

No final da sua intervenção aos sócios, Frederico Varandas retirou do bolso a medalha de segundo lugar da Taça de Portugal em futebol, conseguida após a derrota na final com o Desportivo das Aves, garantindo que a vai colocar no museu com a taça de campeão nacional.

“É esta medalha que, mais cedo ou mais tarde, vai com a taça de campeão nacional para o museu. Eu prometo, é uma missão e vou cumprir”, disse, na sua primeira intervenção após a vitória nas eleições.

O novo presidente do Sporting afirmou que esta foi uma vitória da “independência, resistência, resiliência e da superação”, garantindo que é assim que vai ser o clube.

“O Sporting não vai ceder, não vai vacilar e nunca vai abdicar dos seus valores e ideais. O lema desta candidatura é unir o Sporting, mas chegou a hora de passar das palavras aos atos. Unir é efetivar a união”, defendeu.

Frederico Varandas disse que para unir é preciso pôr os interesses do clube à frente dos interesses individuais, garantindo que vai ser um presidente “independente”, tendo apenas o compromisso com os sócios do Sporting.

O novo presidente abriu a sua intervenção com uma saudação aos restantes candidatos às eleições do clube, referindo que merecem uma saudação e todo o seu respeito, mas deixou uma palavra especial para João Benedito.

“Quero deixar uma palavra especial em relação ao João Benedito, segundo candidato com mais votos neste processo eleitoral. Grande atleta, faz parte da história do clube e espero que nunca se afaste”, disse, deixando agradecimentos à sua equipa e a todos os que votaram na sua lista.

Frederico Varandas foi eleito o 43.º presidente do Sporting, nas eleições ocorridas no sábado, sucedendo a Bruno de Carvalho, que foi destituído do cargo em 23 de junho.

O médico, de 38 anos, foi eleito para um mandato de quatro anos, depois de ter sido diretor clínico do Sporting, entre 2011 e 2018, e desempenhado as mesmas funções no Vitória de Setúbal, entre 2007 e 2011, sendo ainda proprietário de uma clínica de recuperação física.

Frederico Varandas recebeu 42,32% dos votos (8.717 votantes), contra os 36,84% (9.735) alcançados por João Benedito, segundo candidato mais votado. José Maria Ricciardi teve 14,55% dos votos, superando as listas encabeçadas por José Dias Ferreira (2,35%), Fernando Tavares Pereira (0,9%) e Rui Jorge Rego (0,51%). Foram ainda registados 2,2% de votos em branco e 0,31% nulos.

9 Set 2018

Obama apela ao voto em novembro para se “recuperar uma certa sanidade” nos EUA

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ex-Presidente dos Estados Unidos Barack Obama (2009-2017) aproveitou a sua segunda intervenção pública em dois dias para apelar ao voto dos democratas nas eleições de novembro para se “recuperar uma certa sanidade” no país.

“Quando há um vazio em nossa democracia, outras vozes preenchem essa lacuna, mas a boa notícia é que em dois meses temos a oportunidade de restaurar uma certa sanidade no nosso sistema político”, disse Obama durante numa ação de campanha realizada no sábado na cidade californiana de Anaheim.

O ex-Presidente dos Estados Unidos enfatizou a importância de participar das eleições para recuperar a maioria no Congresso norte-americano, o que prejudicaria enormemente o espaço de manobra do atual Presidente, Donald Trump.

“Este é um momento chave em nossa história e a realidade é que, se não dermos um passo em frente, as coisas podem piorar”, alertou Obama perante as quase 750 pessoas que se reuniram para ouvir seu discurso naquele que foi o seu primeiro ato oficial na campanha pelo Partido Democrata.

Na sexta-feira, Obama tinha criticado o silêncio dos republicanos sobre os excessos do seu sucessor, Donald Trump, num discurso inflamado que visou mobilizar os democratas para as eleições de novembro.

“O que aconteceu com o Partido Republicano?”, questionou Obama, numa intervenção perante milhares de estudantes na Universidade de Ilinóis, criticando os eleitos que se refugiam em “declarações vagas de desaprovação quando o Presidente faz qualquer coisa de escandaloso”.

Barack Obama referiu-se, então, pela primeira vez, desde que saiu da Casa Branca, ao Presidente norte-americano, Donald Trump, chamando-o pelo seu nome.

“A maior ameaça para a nossa democracia não é Donald Trump (…), é a indiferença, o cinismo”, afirmou, num discurso muito aplaudido.

Na sua intervenção, o ex-Presidente dos Estados Unidos criticou os ataques repetidos do seu sucessor contra a independência da justiça e a liberdade de imprensa, e também apelou ao voto nas legislativas de novembro.

“Nesta escuridão política vejo um despertar de cidadãos em todo o país”, disse Barack Obama, assinalando que “o que está em jogo” nas próximas eleições “é muito maior” do que qualquer rivalidade política.

Reagindo ao discurso de Obama, Donald Trump assumiu que adormeceu ao ouvi-lo falar sobre o atual clima político.

“Ouvi-o, mas adormeci. Descobri que ele [Barack Obama] é muito bom para dormir”, ironizou Trump, numa ação de campanha no estado do Dakota do Norte.

9 Set 2018

Singapura | Facebook investe milhões no primeiro centro de dados na Ásia

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Facebook anunciou ontem a construção de um centro de dados em Singapura, o primeiro na Ásia, no qual prevê investir cerca de 860 milhões euros e que deverá começar a funcionar a partir de 2022. O centro vai ocupar 170 mil metros quadrados de um prédio de 11 pisos e criará “centenas de empregos”, informou a rede social em comunicado. O vice-presidente que gere os centro de dados do Facebook, Thomas Furlong, justificou a escolha de Singapura pela “sua infra-estrutura robusta, acesso a fibra, formação de recursos e apoio de entidades governamentais”. Furlong adiantou que o Facebook tem mil funcionários em Singapura e promove programas para ajudar o crescimento de empresas emergentes locais, segundo o jornal Straits Times. “Os nossos centros de dados são instalações altamente avançadas que ajudam a levar aplicações e serviços do Facebook a pessoas de todo o mundo todos os dias”, informou o Facebook em comunicado. O centro ficará localizado próximo do terceiro centro de dados da Google anunciado em Agosto e que procura responder à crescente procura do seu serviço Google Cloud Platform gerada pelo aumento de utilizadores de telemóveis e de empresas que operam ‘online’ na região.

7 Set 2018

New York Times revela resistência interna na Casa Branca

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]New York Times publicou na quarta-feira um artigo anónimo de um destacado responsável da Administração Trump que explica porque e como se esforça, com outros, para lutar por dentro contra as “piores tendências” do Presidente norte-americano. Donald Trump reagiu imediatamente, classificando o texto como “cobarde” e criticando duramente a atitude do jornal nova-iorquino, enquanto a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, exigiu ao autor do texto que se “demita”.

Um destacado quadro da Casa Branca revelou num texto no editorial do jornal que um amplo grupo de funcionários que trabalham para o Presidente se esforça conjuntamente para anular algumas das suas políticas que consideram mais gravosas.
O artigo do funcionário da Sala Oval, que permaneceu no anonimato, começa por sublinhar que o maior desafio que Trump enfrenta é que “muitos funcionários seniores da sua Administração estão a trabalhar diligentemente, por dentro, para frustrar parte dos seus objectivos e das piores tendências”.

Esta é a primeira vez que o Times, que diz querer proteger a identidade da fonte para evitar a sua expulsão da Administração, publica um artigo de opinião de uma fonte que mantém o anonimato e que desvenda uma corrente contra o mandatário norte-americano dentro do próprio Governo. “Então o fracassado New York Times tem uma coluna anónima? Dá para acreditar? Anónima. O que quer dizer cobarde. Uma coluna cobarde”, reagiu Donald Trump durante uma reunião na Casa Branca com dezenas de deputados de todo o país.

O autor do texto esclarece que os seus esforços para anular algumas das iniciativas de Trump não partem de uma “resistência popular da esquerda”.

“Queremos que a Administração tenha êxito e queremos que muitas das políticas tenham eco e que os EUA sejam mais seguros e prósperos”, concretiza a fonte, sublinhando que o grupo de funcionários actua contra as políticas de Trump porque o presidente continua a actuar “em detrimento da saúde da República”. “Por ela, muitas das pessoas designadas por Trump juraram fazer o possível para preservar as nossas instituições democráticas”, sublinha.

No texto refere-se que a raiz do problema da actual Administração norte-americana é a falta de moralidade do Presidente e sustenta-se que, apesar de ter sido eleito como representante do partido republicano, não defende as ideias dos conservadores, como a liberdade de pensamento ou a liberdade do mercado.

7 Set 2018

Segurança nacional

[dropcap style=’circle’]L[/dropcap]embram-se do KGB, a agência de segurança soviética? Nessa época o “Comité de Segurança do Estado”, o KGB, foi reconhecido como o corpo de segurança mais eficaz do mundo inteiro, e a mais poderosa organização de segurança do país. Para os soviéticos representava um instrumento de terror. Mas apesar de todo o seu poder, não impediu a dissolução da URSS. O fiasco do “Comité de Segurança do Estado” na salvaguarda da segurança nacional, tem um toque de humor negro. Mas, na verdade, a manutenção dos regimes e a segurança nacional constroem-se com base na igualdade entre os homens e não através da força e da imposição da lei.

A Região Administrativa Especial de Macau promulgou a “Lei relativa à Defesa da Segurança do Estado” em 2009. Mas, nesta última década, não houve uma única situação que tenha posto a segurança nacional em risco. Em Macau, o risco de ataques terroristas é dos mais baixos do mundo, A cidade é considerada bastante segura a nível internacional, ao ponto de Kim Jong Nam, o malogrado meio-irmão do líder norte-coreano, aqui ter vivido tranquilamente, antes de ter sido assassinado na Malásia.

Características sociais únicas e aspectos geopolíticos muitos particulares contribuem sem dúvida para a segurança da cidade.

Recentemente, a Secretaria para a Segurança de Macau declarou que está em estudo a criação de uma comissão dedicada ao anti-terorismo e à garantia da defesa da segurança de estado. O “Boletim Oficial da RAEM” publicou o Regulamento Administrativo n.º 22/2018 sobre a criação da Comissão de Defesa da Segurança do Estado da RAEM, presidida pelo Chefe do Executivo e que integra, na qualidade de vogais, os secretários para a Administração e Justiça e para a Segurança, este último igualmente como vice-presidente. Para além disso, futuramente serão implementadas uma série de medidas e mais legislação para a salvaguarda da segurança nacional. Nessa altura, Macau será um pilar da segurança nacional. Será que as suas gentes se vão orgulhar dessa condição?

Se lermos a História da China, vemos que a Dinastia Qin recorreu às mais elaboradas medidas para salvaguardar a segurança nacional. Para além de proclamar muitas leis desumanas, recorreu ainda “à queima de livros e ao sepultamento de intelectuais” para destruir obras subversivas e eliminar os pensadores confucianos que defendiam outros ideais. Para impeder o caos, mandaram demolir as estruturas defensivas das cidades e confiscaram as armas de uma ponta à outra do País. Passaram as ser aplicadas as “Punições colectivas”, que, para além do transgressor, se aplicavam a todos aqueles que, tendo tido conhecimento da falta, não a reportassem. Como todas estas medidas em vigor, não deveria ter havido qualquer problema com a segurança nacional. No entanto, a Dinastia Qin teve a duração mais curta de toda a História da China.

Nestas férias, fui até à Turquia e visitei a famosa Constantinópola, a Istambul dos nossos dias. Foi a capital do Império Romano do Oriente e do Império Otomano, dois grandes Impérios europeus que acabaram por sucumbir. Durante a minha estadia, a moeda turca, a Lira, caiu abruptamente, passando de 1 USD = 5 liras a 1 USD = 7 liras. Não percebo turco por isso não consegui acompanhar as notícias, mas apercebi-me que se passava qualquer coisa, porque o controle de segurança ao longo das estradas foi reforçado. No Aeroporto, nem todas as pessoas que faziam parte do meu grupo conseguiram embarcar. Mas, no geral, pude aperceber-me que os turcos são pessoas simples e afáveis. Mas com esta viragem negativa na economia, pergunto-me por quanto tempo mais poderá o País permanecer seguro, sob um regime de braço de ferro.

“Hoje é sobre Macau, amanhã será sobre Hong Kong”, é um slogan muito usado pelo democratas de Hong Kong. Em Macau, o campo pró-regime é poderoso e a estrutura social da cidade é estável. Além disso, existe ordem social. No entanto, a rede de segurança nacional começou a ser gradualmente organizada após a promulgação do Artigo 23 da Lei Básica. Esta realidade de Macau irá ter um impacto positivo ou negativo em Hong Kong, que ainda não fez entrar em vigor o Artigo 23 da Lei Básica? Já que a RAEM é tão eficaz na implementação de medidas para reforçar a segurança nacional, irão estas acções resultar numa boa ajuda a Carrie Lam Cheng Yuet-ngor, a Chefe do Executivo de Hong Kong?

A segurança nacional é da responsabilidade de todos, mas não deve focar-se na implementação de leis.

7 Set 2018

Futebol | Macau despediu-se de fase de apuramento com empate

Um festival de golos falhados pelos atacantes de Macau marcou a segunda parte, quando o resultado já indicava 1-1. Mesmo assim, o seleccionador Iong Cho Ieng entendeu que Carlos Leonel, melhor marcador da Liga de Elite e do Benfica de Macau na Taça AFC, só devia entrar a 14 minutos do fim

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]selecção de Macau empatou 1-1, diante das Ilhas Marianas do Norte, no último jogo da primeira fase de apuramento para o Campeonato do Este da Ásia de Futebol E1, que decorreu no Japão. A formação orientada por Iong Cho Ieng fica assim de fora da próxima fase de apuramento, depois de nos três jogos realizados ter somado, uma derrota, uma vitória e um empate.

Ontem, o seleccionador local voltou a apostar no 4-4-2 que tinha valido a vitória diante do Guam por 2-0, com Lo Weng Hou, na baliza; Lei Chi Kin, Ng Wa Seng, Vernon Wong e Lei Ka Hou, na defesa; Ng Wa Keng, Lam Ka Seng, Cheong Hoi San e Kong Cheng Hou, no meio-campo; e com o ataque a ser constituído por Ho Ka Seng e Leong Ha Hang. Como tinha acontecido no encontro anterior, Carlos Leonel, o melhor marcador da Liga de Elite e do Benfica de Macau na Taça AFC, ficou no banco.

Já o técnico Michiteru Mita optou por um 3-4-3, com Christopher Aninzo na baliza; Galarion, Rosario e Relucio na defesa; Manabat, Anthony Fruit, Joel Fruit e Takano, no meio campo; e na frente, Tenorio, Rojas e Tanzawa.

Tida como favorita para este encontro, principalmente após a vitória frente ao Guam, enquanto as Ilhas Marianas ainda não tinha triunfado em qualquer das partidas realizadas, a equipa de Macau assumiu desde cedo o controlo do jogo.

Contudo, se por um lado os jogadores conseguiam criar maior caudal ofensivo, por outro na altura de criar as oportunidades claras de golo, pareceu faltar sempre um homem de área na frente do ataque.

Por esta razão, nos primeiros minutos, a equipa orientada por Iong ia somando remates sem grande nexo e cruzamentos para ninguém, que teimavam em não encontrar nem Ho Ka Seng nem Leong Ka Hang.

Momento de circo

Foi num lance caricato que surgiu o golo de Macau. Anthony Fruit bateu um livre a favor das Ilhas Marianas, de forma curta, para Relucio, que não percebeu a intenção do colega de equipa e fugiu da bola. Perante o impasse, Lam Ka Seng domina o esférico e lança o contra-ataque, enquanto o adversário fica a pedir falta. Imune aos protestos, Lam serve Ng Wa Seng que sprinta até à área, onde desvia para o 1-0.

Após o golo sofrido, as Ilhas Marianas mostraram-se mais atrevidas. A postura deu resultados e, aos 33 minutos, chegou o 1-1. Tenorio em jogada de ataque rápido, aproveitou o corte à queima de Lei Chi Kin, que abordou o lance de forma infantil, ganhou posição na área, e rematou para o empate.

Na segunda parte, Macau conseguiu voltar a impor o seu jogo, apesar das Ilhas Marianas não se terem limitado apenas a defender. Contudo, os avançados locais nunca acertaram com a baliza e nem Carlos Leonel, que entrou a 14 minutos do fim, conseguiu mudar o rumo dos acontecimentos.

No outro encontro, Guam e Mongólia empataram também a 1-1. Após os três jogos do grupo, os mongóis seguem para a próxima fase da competição, com sete pontos somados. Macau ficou em segundo lugar, com quatro pontos, os mesmos que Guam. As Ilhas Marianas do Norte terminaram em último lugar com um ponto.

7 Set 2018

Como quem se olha ao espelho

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]omo pode dar-se o reconhecimento do outro, como lhe chama a filosofia um “outro si próprio” (self)? Platão formula este problema. Arranca-o à simplicidade de se achar que é fácil ou difícil, possível ou impossível conhecer alguém. Põe no núcleo duro do problema a reciprocidade. Sou eu quem se reconhece como um “si”, como portador da “vida”, do ser universal que escancara todos os tempos havidos e a haver e todas as pessoas de todas as gerações passadas e futuras? Como posso, então, reconhecer o outro como outro, isto é, como portador da vida universal e a fortiori, à escala mundial, em si mesmo como outro e como um “si próprio” para si? Sou eu quem está projectado no outro que eu reconheço? É o outro que existe em mim e quem o outro aí comigo também pode reconhecer-me como um duplo de si próprio? São os amigos uma multiplicação dos mesmos nos outros como diferentes filhos são o mesmo mas multiplicados pelo seu número? Pode “isto” passar-nos despercebido, isto é, que sou quem existe no outro e que é o outro que existe em mim, como diz Platão no Fedro dos enamorados, que cada um está apaixonado por si no outro, mas isso mesmo, a paixão por si no outro lhe passa desapercebidamente?

O reconhecimento da alma (psychê) uma outra palavra para o si próprio é compreendido analogicamente pelo facto do quotidiano de nos vermos ao espelho. Tal como um olho se pode ver a si próprio espelhado no olho do outro para quem estamos a olhar também o próprio de nós poderá ser reconhecido ao olhar-se para o próprio do outro, naquela dimensão em que nós podemos ficar plasmados no olhar do outro, no olhar de preocupação que inspiramos no outro, no olhar de amor de que somos susceptíveis e podemos inspirar no outro. Um olho pode ver-se a si mesmo no seu reflexo na pupila de um outro olho. De modo semelhante, uma alma pode conhecer-se a si mesmo na sua “reflexão” na dimensão mais complexa do si próprio no outro. Além do mais, um olho pode ver-se a si mesmo melhor ainda na sua reflexão num espelho. Uma alma, de modo semelhante, pode conhecer-se a si mesma quando usa o melhor dos espelhos reflexivos, e contempla o modo como se encontra refletida em Deus.

Assim, “O rosto da pessoa que olha nos olhos de outra pessoa é mostrado nos olhos da pessoa que se encontra à sua frente, como num espelho, e chamamos isso pupila, pois de certo modo é uma imagem da pessoa que olha. Um olho ver-se-á, enquanto vê o outro olhos nos olhos, sobretudo quando olha para a parte mais perfeita dele, aquilo mesmo com o qual vê. E assim também se verá a si. Mas não pode olhar para nenhuma outra parte do outro, nenhuma parte do seu corpo, nem do seu rosto. Terá de ver para lá do próprio olhar e enfrentar olhos nos olhos a vida que acontece no outro. Terá de olhar para o que verdadeiramente se assemelha a si, a sua própria vida espelhada na vida do outro diferente de si. Essa diferença é anulada e duas pessoas reconhecem-se como sendo uma da outra: uma e outra projectadas reciprocamente em cada um dos outros.

“E se a alma também vier a conhecer-se a si mesma, certamente deve olhar para uma alma e, especialmente, para aquela região em que ocorre a excelência de uma alma. Porquanto essa parte da existência onde ocorre a sua excelência é assimilada por Deus. Quem olhar para isso e vier a conhecer tudo o que é divino, obterá assim o melhor conhecimento de si mesmo.” (Platão, Alcibíades II)

Conhecer-nos a nós mesmos implica desviar o olhar da imagem da pupila do olho no espelho em frente (e fora) de nós e olhar para aquela região da alma que é mais divina. Então, olhando para Deus e fazendo uso deste mais belo espelho interno e também olhando para a excelência da alma, somos, portanto, muito mais capazes de ver e reconhecer nós mesmos da maneira como realmente somos. Reconhecemos o outro susceptível de Deus. O outro reconhece-nos “capazes de Deus”. Deus é um nome para a possibilidade radical da felicidade no amor de outrem por nós e de nós por outrem.

O outro apresenta-se em si tal como é ao olhar? E nós o que vemos quando olhamos os outros olhos nos olhos? Vemos os outros simplesmente? Os outros o que vêem, quando nos vêem? Vemos nós simplesmente os outros ou vemo-nos lá a olhar os outros sem nos apercebermos de que somos nós próprios lá? E os outros o que vêem de nós? Não se verão também a si mesmos em nós, não percebendo esse facto, achando que nos vêem tal como somos em nós próprios? Não há nenhum acontecimento isolado de si. Ou, antes, cada pessoa percebe-se no seu isolamento apenas, porque percebe a distância a que se encontra de toda a outra pessoa. Mas o milagre acontece e todo o reconhecimento recíproco traz consigo esse maravilhamento de que o outro é o nosso próprio si e nós somos o próprio si do outro. Passar-nos-á despercebido a maior parte do tempo da vida a respeito da esmagadora maioria da humanidade, mas a hipótese filosófica do reconhecimento do outro como outro, da vida a acontecer no outro, implica crescermos à altura em que vemos a vida de que somos portadores, universal, a fortiori à escala mundial e vital.

7 Set 2018

A Coreia na Guerra do Japão à China

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]e todos os consulados de Portugal na China, o de Shanghai é indubitavelmente o que tem mais elevado grau de importância, e quer porque revista os seus titulares de carácter e funções de juízes, quer pela numerosa comunidade que está sob a sua jurisdição e pelos magnos interesses que naquele tribunal se debatem e ventilam, exige que só seja confiado a um cônsul de carreira, ou a um homem suficientemente habilitado e que dê todas as garantias do bom desempenho de tão transcendente missão”, segundo O Independente de 1 de Agosto de 1891.

De 1891 a 1893 os capitalistas europeus e sobretudo os de Londres retiraram uma imensa quantia de dinheiro do giro comercial da China por eles empregado em Hong Kong, pois estava em curso a desvalorização do preço da prata.

Regressado a Shanghai vindo da Metrópole, o cônsul geral de Portugal e Sénior cônsul, Joaquim Maria Travassos Valdez, de 1893 a 1895 como Doyen (decano do corpo consular) geriu as questões de Shanghai, “muitas, importantes como, a proibição da importação de máquinas, a de medidas preventivas por ocasião da peste bubónica, a do jubileu de Shanghae, a da dragagem de Vonsung, a da supressão da loteria e outros jogos, a queima e destruição de pagodes, e finalmente a da neutralidade de Shanghae por ocasião da guerra entre a China e o Japão.” No início o Daily Press de Shanghae mostrara-se contra o Sr. Valdez para decano do corpo consular, mas escolhido pelos seus colegas, o facto desmentia as asserções desse jornal.

Como Doyen da Concessão Internacional, o Sr. Valdez presidia ao Shanghai Municipal Council, eleito pela elite económica dos proprietários estrangeiros e nesse cargo conviveu com três tao-taes e com esses governadores da cidade chinesa manteve cordiais relações de amizade. Quando rebenta a guerra entre a China e o Japão, o tao-tae de Shanghae procura amiudadas vezes o Sr. Valdez para ouvir a sua autorizada opinião sobre várias questões, algumas delas estranhas ao seu cargo, mostrando não só confiança no Sr. Valdez, como lhe reconhece competência. Informações do jornal O Provir de Hong Kong.

Parecer do Doyen

Camilo Pessanha ainda viaja para Macau quando a 28 de Março de 1894 em Shanghai ocorre o assassinato de um refugiado político da Coreia, Kim Ok Kiun, a residir no Japão, morto por Hung, também coreano. “Como a Coreia não é uma potência que tivesse tratado com a China, pois considerada como um seu Estado tributário, é difícil decidir qual deve ser a lei, e qual o juiz para julgar o caso” e aqui entra o Sr. Travassos Valdez, cônsul geral de Portugal e Sénior cônsul, na sua qualidade de Doyen do corpo consular em Shanghae. “Mostra que os cônsules e o conselho municipal reunidos possuem os poderes legislativo, executivo e judicial – tudo quanto constitui uma verdadeira soberania. Prova que o pagamento de um pequeno foro ao imperador da China, (que, pela lei chinesa, é proprietário de todo o terreno no Império e só o afora aos seus súbditos) não afecta a questão de soberania dentro dos Estabelecimentos, do mesmo modo como o pagamento de um tributo, feito por um Estado tributário, não diminui os seus direitos de soberania dentro das suas fronteiras. Demonstra ser a autoridade do magistrado chinês pelos regulamentos do tribunal misto quem tem a menor alçada e é limitada pela presença de um assessor estrangeiro. Conclui que o caso deve ser julgado por um membro do corpo consular, e conforme as leis de seu país. A oposição que houve no corpo consular impediu a adopção dessa conclusão e Hung foi entregue às autoridades chinesas e libertado na Coreia. Para o Sr. Valdez um ultraje às bandeiras estrangeiras que defendiam os Estabelecimentos, como uma violação dos sagrados direitos de asilo, e com um perigoso precedente que poderia conduzir a crimes sem fim.

Guerra da Coreia

Quatro meses em Macau e Camilo Pessanha toma conhecimento ter o Japão, incitado pelos britânicos e com ajuda americana, a 1 de Agosto de 1894 invadido a Coreia, país ainda tributário da China e por isso sobre sua protecção. “Tudo começa na Primavera de 1894 com uma revolta de camponeses, tendo os senhores feudais coreanos pedido ajuda ao Governo Qing para enviar tropas. Quando em Junho chegam as 1500 tropas chinesas a Asan, está já a revolta controlada, encontrando-se quase toda a força naval e dez mil soldados da infantaria japonesa em Seul e ao redor de Inchun. A China propõe ao Japão deixarem ambos os países de ter tropas na Península da Coreia. O Japão recusa, dizendo ser para ajudar a Coreia nas suas internas reformas”, segundo Bai Shouyi, em Outline History of China. E nesse livro em tradução livre continuamos, “Nos finais de Julho, os vasos de guerra chineses encontram-se em Asan, quando de repente uma frota japonesa os ataca, causando a morte a mais de 700 soldados, levando a armada chinesa a retirar para Pyongyang, onde a 15 de Setembro ocorre a batalha, que as tropas chinesas ajudadas pelos coreanos conseguem repelir. Dois dias depois da Batalha de Pyongyang, a armada chinesa Beiyang comandada pelo Almirante Ding Ruchang, inexperiente em batalhas navais, encontra-se no Mar Amarelo quando é cercada pela japonesa. A batalha dura cinco horas e os chineses perdem cinco navios. Em finais de Outubro, as tropas japonesas invadem o Nordeste da China, capturando a Península de Liaodong e no Rio Yalu, Jiulian e Andong (hoje Dandong, Liaoning). Em meados de Janeiro de 1895, os japoneses vão à Província de Shandong e assaltam o porto Weihaiwei, onde o que restara da frota Beiyang é completamente destruída em Fevereiro. Passam as tropas japonesas à península coreana e rapidamente ocupam muito território, levando o Governo Qing a pedir a paz.

A astuciosa inteligência comercial estimula atritos que sabe levarem à guerra e assim mais uma vez resulta. A Inglaterra apoia o Japão e não a Rússia, sua oponente em Xinjiang, no Oeste da China, onde os britânicos para Norte e os russos para Sul tentam expandir os seus impérios, levando entre ambos à assinatura de um tratado em 1895.

A Guerra da Coreia (1894-95) dá ao Japão asas no sonho de construir um império na Ásia. Guerra que marca um novo estado de agressão estrangeira à China, a ter de permitir aos poderes ocidentais investir aí em fábricas a satisfazer as suas necessidades urgentes para exportar capital. O status da China como semi-colónia fica confirmadíssimo, segundo Bai Shouyi. Ainda em 1893 começara um movimento reformista de chineses ricos ligados aos Qing a investirem largas somas de dinheiro na modernização tecnológica das suas fábricas. A maioria dos negócios desses milionários acaba em bancarrota devido à competição dos comerciantes estrangeiros, já na Era do capitalismo industrial.

Controlam os transportes, as matérias-primas e a produção, e sem rivais no comércio entram por todos os países. O mercado tem que ser livre, nem que seja pela força. Ou ocorre como com a planta do chá.

A Rainha Vitória impera no mundo, cujo jubileu de diamante será em 1897.

7 Set 2018

Índia | Supremo Tribunal descriminaliza homossexualidade

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Supremo Tribunal da União Indiana aboliu ontem a lei contra a homossexualidade, punida com dez anos de prisão tal como determinava a legislação da época colonial britânica. A decisão do tribunal foi consequência de uma petição subscrita por cinco pessoas que declararam viver em sobressalto pelo medo de serem presas e perseguidas pela polícia. Já em 2009 o Tribunal de Nova Deli se tinha pronunciado sobre a inconstitucionalidade da secção 337 da lei, que indicava que as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo iam contra a “ordem natural”. Na altura, a decisão final foi adiada depois de o Supremo Tribunal ter considerado que as emendas à lei deviam ser discutidas no Parlamento. O Governo acabou por determinar que a decisão final sobre a extinção da lei era da competência do Supremo Tribunal que acabou agora por abolir a legislação que datava da época colonial britânica.

7 Set 2018

Coreias | Cimeira em Pyongyang de 18 a 20 de Setembro

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]líder da Coreia do Norte e o Presidente da Coreia do Sul reúnem-se de 18 a 20 de Setembro em Pyongyang para discutir a “completa desnuclearização da península coreana”, informou ontem uma autoridade do Governo de Seul. As duas Coreias “acordaram celebrar uma cimeira (…) de 18 a 20 de Setembro, durante três dias e duas noites”, explicou em conferência de imprensa Chung Eui-yong, director do Gabinete de Segurança Nacional de Seul, que liderou a delegação sul-coreana que visitou Pyongyang na quarta-feira. Chung Eui-yong adiantou que o líder norte-coreano também reafirmou a sua “firme determinação” em proceder à desnuclearização da península coreana e que Kim Jong-un sublinhou que o desmantelamento no seu principal local de testes significava a “suspensão completa” de todos os futuros lançamentos de mísseis balísticos de longo alcance. A Coreia do Norte avançou com várias medidas visando o seu programa nuclear, como o desmantelamento do seu local de testes, este ano, mas os EUA querem que sejam tomadas acções mais sérias de desarmamento. Chung referiu ainda que as duas Coreias vão reunir-se na próxima semana para prepararem a cimeira.

7 Set 2018

Malásia | Governo reprova castigo a lésbicas por não reflectir valores do Islão

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, condenou ontem a punição de duas mulheres que foram espancadas por terem tido relações homossexuais, argumentando que a decisão não reflecte os ideias valores do Islão. “O Governo (…) considera que [a punição] não reflecte os ideais de justiça e compaixão do Islão”, disse Mahathir, num vídeo difundido nas redes sociais. O primeiro-ministro da Malásia referia-se a uma decisão, na terça-feira, do Tribunal Superior da Sharia de Kuala Terengganu que alegou que as duas mulheres violaram as leis islâmicas por terem tido relações homossexuais e que por essa razão foram açoitadas.

“Sendo o primeiro caso delas, (as mulheres) deveriam ter recebido conselhos e não uma punição”, acrescentou o presidente. “Temos de mostrar que o Islão não é uma religião sem escrúpulos que humilha as pessoas com punições severas”, insistiu.

As duas mulheres, de 22 e 32 anos, foram detidas em Abril depois de serem encontradas dentro de um carro perto de uma praça pública no estado conservador de Terengganu, no norte do país. Ambas declararam-se culpadas de violar a lei islâmica e foram sentenciadas por um tribunal islâmico a uma multa de cerca de 690 euros.

A comunidade Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgéneros (LGBT) tem sofrido crescentes pressões nos últimos anos na Malásia, um país onde cerca de 60 por cento dos 32 milhões de habitantes são muçulmanos. O sistema judicial na Malásia permite que os tribunais islâmicos tenham poder em relação a questões religiosas e familiares, bem como em casos como o adultério.

7 Set 2018

Japão | Pelo menos sete mortos após sismo de magnitude 6,7

Um novo balanço das autoridades nipónicas aponta para a morte de pelo menos sete pessoas na sequência do terramoto de magnitude 6,7 que atingiu ontem a ilha de Hokkaido, no Japão. Na sequência do sismo, a central nuclear de Tomari, recorreu a geradores de emergência para arrefecer combustível

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]número foi avançado pelo porta-voz do Governo japonês, Yoshihide Suga, que falou em dezenas de pessoas desaparecidas e que poderão estar soterradas, sem adiantar mais detalhes, sublinhando apenas que cerca de 21 mil operacionais estão envolvidos nas operações de resgate. Segundo a televisão pública NHK, pelo menos 200 pessoas sofreram ferimentos, os transportes públicos estão paralisados e as escolas encerradas em Hokkaido.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse que 25 mil soldados e outros funcionários vão ser enviados para a região de forma a ajudarem nas operações de resgate.
O terramoto ocorreu a 62 quilómetros a sudeste da capital regional, Sapporo, a 40 quilómetros de profundidade, apenas dois dias depois de um tufão ter devastado a região oeste de Osaka.

Uma réplica de magnitude 5,3 foi registada alguns momentos depois em Hokkaido. Várias pessoas foram dadas como desaparecidas na cidade próxima de Atsuma, onde um enorme deslizamento de terra envolveu as casas numa avalanche de terra, pedras e madeira.

Questão nuclear

O órgão regulador nuclear do Japão disse que a central nuclear de Tomari, em Hokkaido, recorreu a geradores de emergência para arrefecer o combustível, noticiou a televisão pública NHK. O operador da central, a Hokkaido Electric Power Company, adiantou que todos os três canais de fontes de energia externas foram cortados cerca de 20 minutos após o terramoto.

Os três reactores da central estão todos desligados, com um total de 1.527 conjuntos de combustível armazenados, devido ao corte de energia que afecta Hokkaido. Após o sismo, seis geradores movidos a diesel foram ligados automaticamente para resfriar o combustível nuclear. Não foram relatadas alterações nos níveis de água ou na temperatura da piscina de armazenamento.

A Autoridade de Regulamentação Nuclear e a Hokkaido Electric dizem que não é possível prever quando as fontes de energia externas serão restauradas, segundo a NHK. Os geradores de emergência poderão manter a fábrica da Tomari a funcionar durante pelo menos sete dias, através do fornecimento de combustível diesel armazenado nas suas instalações.

Ambas as entidades acrescentaram que o terramoto não parece causar nenhuma irregularidade nas principais instalações da central e que os postos de monitorização de radiação não registaram alterações.

7 Set 2018

Xi quer que relação com Cabo Verde seja modelo de “tratamento igual”

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Presidente chinês, Xi Jinping, disse ontem ao primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, que Pequim quer tornar a relação bilateral “num modelo do princípio de tratamento igual” para todos os países, “independentemente da dimensão”.

Os dois líderes estiveram ontem reunidos, na sequência do Fórum de Cooperação China/África, que se realizou esta semana, e trouxe a Pequim dezenas de chefes de Estado e de Governo do continente africano.

Citado pela agência Xinhua, Xi Jinping afirmou que Pequim quer “reforçar o vínculo entre as estratégias de desenvolvimento de Cabo Verde” e “expandir a cooperação em áreas como infra-estrutura e economia do mar”. Xi apelou a um apoio mútuo “mais firme” em questões envolvendo os respectivos “interesses fundamentais” dos dois países.

O líder chinês enalteceu ainda a participação de Cabo Verde na iniciativa Nova Rota da Seda. Xi Jinping prometeu já um investimento da China no continente africano, nos próximos três anos, de 60.000 milhões de dólares, no âmbito daquela iniciativa.

O também secretário-geral do Partido Comunista Chinês afirmou que Pequim presta “especial atenção” às preocupações de Cabo Verde como um pequeno país insular, afirmando que a China está disposta a reforçar a coordenação em assuntos como as alterações climáticas e a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável, da ONU.

Durante a abertura do Fórum China/África, Xi Jinping prometeu um perdão de dívida para alguns dos países do continente, incluindo pequenas nações insulares, mas sem detalhar quais.

O primeiro-ministro cabo-verdiano reafirmou o compromisso com o princípio de uma só China – visto por Pequim como uma garantia de que Taiwan é parte do território chinês -, e a vontade em participar na Nova Rota da Seda.

Ulisses Correia e Silva esteve na quarta-feira na Nova Área de Binhai, na cidade portuária de Tianjin, a cerca de 120 quilómetros de Pequim. O responsável cabo-verdiano disse a Xi Jinping que a visita àquela área, construída de raiz nos últimos anos, foi “inspiradora”, detalhou a Xinhua.

Cabo Verde está a negociar com a China vários projectos de desenvolvimento, como a Zona Económica Especial Marítima de São Vicente, o Cidade Segura e o Centro Nacional de Convenções da Cidade da Praia.

7 Set 2018

Taiwan | China acusada de pressionar universidade espanhola

Uma académica taiwanesa revelou ontem mensagens da embaixada chinesa em Espanha a pressionar a Universidade de Salamanca para cancelar um evento cultural dedicado a Taiwan, ilustrando a rápida expansão do totalitarismo político de Pequim além-fronteiras

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]evento, designado “Dia da Cultura de Taiwan”, estava marcado para Outubro passado, mas acabou por ser cancelado, devido à intervenção da embaixada chinesa, segundo Shiany Perez-Cheng, que deu aulas naquela universidade espanhola entre 2008 e 2017. O ‘email’, enviado pelo gabinete de assuntos da Educação, pede ao reitor, José Manuel del Barrio, que cancele a programação dedicada a Taiwan, para que se evite um “incidente desagradável” que poderia ter impacto nas relações da universidade com Pequim.

“Não gostaríamos que a vossa instituição fosse usada pelas autoridades de Taiwan como uma plataforma para propaganda política; isso afectaria as boas relações da universidade com a China”, lê-se na mensagem, enviada em outubro passado. Em particular, a diplomacia chinesa desaprovou o convite endereçado ao representante de Taiwan em Espanha, Simon Ko Shen-yeaw, para participar na abertura do evento. “Isso causaria confusão e mal-entendidos sobre a questão de Taiwan”, nota.

A embaixada lembra ainda ao reitor que há muitos estudantes e académicos chineses que frequentam a Universidade de Salamanca.

Citado pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post (SCMP), Perez-Cheng diz que o reitor encaminhou a mensagem para o departamento de estudos de Taiwan, que organizou o evento, e marcou uma reunião para o mesmo dia. “Quando chegamos à faculdade de Ciências Sociais, havia uma atmosfera sombria”, afirmou a académica, citada pelo SCMP. “Eles estavam verdadeiramente assustados”, lembrou. Segundo Perez-Cheng, o reitor explicou então que a universidade falou ao Governo espanhol sobre o incidente, que deu as “instruções” sobre como lidar com a situação. No dia seguinte, o “Dia da Cultura de Taiwan” foi cancelado, “devido a circunstâncias não relacionadas com a faculdade de Ciências Sociais”, explicou.

Caso de Braga

Funcionários do Governo espanhol ou da universidade não comentaram, até à data, o incidente, que ocorre numa altura em que Pequim redobra os esforços para isolar Taiwan. Nos últimos meses, o Governo chinês exigiu a companhias áreas, hotéis ou marcas internacionais que passassem a referir-se a Taiwan como parte da República Popular da China, ameaçando com sanções legais.

Um dos casos mais badalados envolvendo a censura chinesa além-fronteiras ocorreu em Portugal, durante uma conferência que reuniu centenas de sinólogos na Universidade do Minho. Páginas do programa contendo informação sobre a Fundação Chiang Ching-kuo, uma organização académica de Taiwan que promove o estudo do chinês, foram arrancadas a mando da directora-geral do Instituto Confúcio, organismo patrocinado por Pequim para assegurar o ensino da língua chinesa. O episódio passou-se em Braga, mas as autoridades chinesas justificaram a sua atitude com a necessidade de cumprir com as “regulações chinesas”.

O acto foi publicamente condenado pela Associação Europeia de Estudos Chineses, como uma “interferência totalmente inaceitável”.

7 Set 2018

CCM | Companhia de Dança da Ópera de Gotemburgo apresenta “Noético”

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Centro Cultural de Macau apresenta “Noético”, um espectáculo apresentado pela Companhia de Dança da Ópera de Gotemburgo, “um dos grupos de dança contemporânea mais arrojados da Escandinávia”, de acordo com um comunicado do Instituto Cultural. O espectáculo tem lugar no palco do Grande Auditório, no dia 18 de Novembro. Concebido pelo coreógrafo Sidi Larbi Cherkaoui, “Noético” mistura moda, design e movimentos contemporâneos, “enquadrados num cenário minimalista, cultural e sonicamente eclético”, aponta a mesma fonte. A peça explora mente, corpo e espaço, onde 20 bailarinos aparecem trajados de preto e branco, com a assinatura da marca belga “Les Hommes” e expressam “um turbilhão de emoções manuseando formas em fibra de carbono imaginadas pelo conhecido escultor e cenógrafo britânico Antony Gormley”. A música é composta por Szymon Brzóska e “evolui gradualmente para uma mescla fantástica de passagens orquestrais, percussão e solos vocais interpretados pela cantora sueca Miriam Andersén”.

7 Set 2018

Dança | Sofitel com festa dedicada aos anos 50

“Grease Lightning Swing Dance” é a festa temática de celebração dos sons do jazz dos anos 50 devidamente acompanhados pelos passos de dança que caracterizam a época. O evento realiza-se no Sofitel, no próximo dia 22 de Setembro, e promete uma divertida viagem no tempo

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]“Grease Lightning Swing Dance” é um “novo episódio de uma série de eventos que se centram na dança e na sua alegria”, começa por dizer Joana Soares, uma das organizadoras da iniciativa. O conceito é o de uma festa temática, dedicada ao som e à dança dos anos 40/50, quando o jazz e a alegria se confundiam nas pistas. O objectivo é levar aos residentes um estilo que não tem muita representação no território. “Decidimos fazer esta festa porque o swing dance é ainda relativamente novo em Macau e pensamos que é um estilo que acaba por ser do agrado de toda a gente por ser muito divertido”, acrescenta Joana Soares.

Para que a festa seja completa, a organização convida os participantes a vestirem-se a rigor. “Não é difícil, basta uma vista de olhos por qualquer filme dos anos cinquenta e a panóplia de outfits é variada e sempre apropriada”, conta. O estilo pode variar entre o mais fiel aos clássicos de época, até aos mais arrojados com toques do rock´n roll que emergia na mesma altura.

Aulas incluídas

Que não se inibam os que pensam que não sabem acompanhar a música com os passos de dança mais apropriados. A organização pensou em tudo e antes da festa vai decorrer uma aula em que pelo menos os movimentos básicos são assegurados para abrilhantar a pista. “A entrada que é de 200 patacas e inclui uma aula, e só depois começa a festa” , disse Joana Soares. A ideia é que quando a música tenha início, todos tenham o mínimo conhecimento para dançarem e, “acima de tudo, se divertirem”. Para ajudar à festa, o ingresso, que custa 200 patacas, dá aos participantes o direito a bebidas grátis.

Primeiros passos

O swing dance é um género que tem ganho popularidade crescente um pouco por todo o mundo. No continente não há cidade que não tenha os seus núcleos que se reúnem religiosamente quase todos os dias, e em Hong Kong as festas acontecem, pelo menos, três vezes por semana. Em Macau, este tipo de eventos é ainda um pouco desconhecido, ou pelo menos pouco promovido. Para Joana Soares, a razão é o desconhecimento. “Penso que há muito pouca gente a dançar este género e talvez ainda ninguém tenha tido a iniciativa de promover eventos deste tipo em que as pessoas também começam a aprender a dançar”, contou ao HM.

Por outro lado, “Macau é uma cidade muito pequena e com uma grande parte da população flutuante, que vai e vem, e talvez por isso não exista muito investimento neste tipo de iniciativas para que se tornem mais permanentes”, apontou a responsável.
Para Joana Soares, a escassez de eventos sociais de dança não se limita apenas ao Swing. “Não é muito comum existirem festas temáticas e é por isso que decidimos juntarmo-nos e tentar organizar esta alternativa de divertimento”, explicou.

A iniciativa partiu de um grupo de amigos que gosta de dar uns passos dança. Joana Soares quer, desta forma, cativar o público para festas temáticas em que a dança é rainha. A ideia não é aplicada apenas ao swing dance, mas a outros estilos como a salsa.

A responsável espera que esta seja a primeira de várias festas e, apesar de ainda não existirem em Macau aulas de swing, que “através do seu ensino integrado em eventos, as pessoas se comecem a interessar mais”.

O facto de este ser um estilo com cada vez mais adeptos por todo o lado deve-se, por um lado, à simplicidade dos passos, “que não são muito complicados” e fáceis de aprender. Por outro lado, é muito divertido e fluído, por se tratar de “uma dança feliz que dá vontade de mexer para acompanhar a música”, aponta a organizadora.

7 Set 2018

Museu da Língua Portuguesa apresenta exposição itinerante em Lisboa

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]exposição itinerante “A Língua Portuguesa em Nós”, criada pelo Museu da Língua Portuguesa, no Brasil, chegará a Lisboa em Outubro, indicou à agência Lusa fonte da entidade.

De acordo com o Museu da Língua Portuguesa, a exposição “A Língua Portuguesa em Nós”, deverá ser apresentada no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Belém, onde poderá ser visto parte do acervo da entidade.
Esta exposição tem percorrido países da África onde se fala português e, desde Maio, já foi exibida em Cabo Verde, Angola e Moçambique, onde se encontra desde 15 de Agosto.
Inicialmente montada no Brasil, onde se estreou na 16.ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty, a mostra faz um percurso pela presença da língua portuguesa no mundo, que representa actualmente cerca de 270 milhões de falantes nos cinco continentes. Também é focado o conctato com outros idiomas e a sua participação na formação cultural brasileira.

Língua multifacetada

Várias experiências audiovisuais integram o acervo do Museu da Língua Portuguesa: “A Praça da Língua” reproduz a experiência-símbolo do museu numa instalação imersiva com obras da criação artística em língua portuguesa, que formam um mosaico de músicas, poesias, trechos literários e depoimentos, com textos interpretados por artistas como Maria Bethânia, que declama Fernando Pessoa.

Por sua vez, a área “Música e Culinária” aborda a relação entre língua, identidades e culturas, e no espaço “Cápsula de colecta dos falares”, o visitante é convidado a gravar em vídeo o seu depoimento sobre a relação com o idioma, testemunhos que passarão a fazer parte do acervo do Museu da Língua Portuguesa.

O museu – que em dez anos de funcionamento recebeu cerca de quatro milhões de visitantes – tem vindo a organizar uma programação cultural diversa e exclusiva para cada país onde a exposição é apresentada.

A exposição “A Língua Portuguesa em Nós” é uma iniciativa do Itamaraty, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, a Fundação Roberto Marinho, o Museu da Língua Portuguesa e o Instituto Internacional da Língua Portuguesa, com patrocínio da EDP e apoio do Instituto Camões e do Instituto EDP.

7 Set 2018

Kiang Wu | Problemas no contrato levaram a tentativa de suicídio

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Hospital Kiang Wu prestou ontem esclarecimentos ao jornal Ou Mun quanto ao caso da empregada de limpeza que contemplou a hipótese de se suicidar saltando do 14º andar da unidade hospitalar. A administração do hospital adiantou que o contrato de trabalho da mulher, oriunda do interior da China, tinha problemas afectaram a ligação à entidade patronal. O hospital acrescentou que tem prestado atenção à tentativa de suicídio da empregada e que entrou em contacto com a mulher para evitar a repetição de casos semelhantes. De acordo com o jornal, a empresa que fornece serviços de limpeza tem vindo a lidar com o caso, que está a ser acompanhado pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais. O caso aconteceu esta quarta-feira. “Na origem da situação esteve o facto da empresa não querer renovar o contrato de trabalho”, adiantou fonte da PSP, ao HM. “A mulher desempenhava tarefas de empregada de limpeza no Kiang Wu, mas o contrato é com uma empresa subcontratada”, esclareceu a mesma fonte.

7 Set 2018

Jebi | Autoridades receberam 72 pedidos de informação

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) recebeu 72 pedidos de informação de residentes sobre o tufão Jebi que afectou recentemente o Japão, aponta um comunicado. A maioria dos pedidos era referente aos voos que fazem a ligação entre aquele país e Macau. Entretanto, cinco residentes que estiveram retidos no aeroporto de Kansai, em Osaka, já foram retirados e o GGCT não recebeu qualquer pedido de assistência. A assitência aos passageiros afectados com o cancelamento de voos de Kansai está a cargo da Air Macau, para que os regressos sejam efectuados através dos Aeroportos de Narita ou Fukuoka.

7 Set 2018

Transportes | Cancelamento de ferries do Aeroporto de Hong Kong gera queixas

O cancelamento frequente do último ferry entre o aeroporto da RAEHK e Macau está a gerar queixas. A DSAMA diz que o contrato de concessão está a ser cumprido mas admite que o horário das 22h passou a ser feito de forma “irregular”

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]pesar de ser possível para qualquer residente ou turista reservar um bilhete no último ferry diário entre o Aeroporto Internacional de Hong Kong e o Macau, agendado para as 22h, os frequentes cancelamentos do serviço, durante os dias da semana, motivaram várias queixas online. O caso foi relatado por uma dos principais páginas de fóruns do território sobre transportes públicos e vários internautas indicaram que “a falta de clientes” foi a causa apontada pelos funcionários da TurboJet no aeroporto.

Ainda de acordo com as denúncias feitas, a situação acontece, principalmente, durante os dias da semana, enquanto no fim-de-semana o serviço não aparenta ter estes problemas.

A TurboJet foi confrontada pelo HM com o cancelamento dos ferries devido à “falta de clientes”, e não desmentiu o cenário. “Durante a operação [do serviço] existem circunstâncias que fazem com que tenha de haver, de forma inevitável, mudanças no horário dos barcos, como por exemplo, falhas no motor, objectos flutuantes no mar que entram nos sistemas dos navios e afectam o seu funcionamento, atrasos com as bagagens no aeroporto, problemas de atracação, entre outras”, explicou a empresa.

“Mas, de forma a fazer os nossos melhores esforços e reduzir o impacto desta inconveniência para os passageiros afectados, ao mesmo tempo que vamos continuar a aceitar reservas para o horário das 22h, vamos também fornecer a todos os passageiros serviços de transporte do aeroporto para o Terminal Marítimo de Hong Kong, em Sheung Wang, onde as pessoas podem apanhar outro ferry para Macau, em caso de cancelamento do barco das 22h”, acrescentou.

Apesar da resposta, a TurboJet não quis revelar quantas viagens foram canceladas no horário das 22h entre o aeroporto de Hong Kong e Macau nos meses de Junho, Julho e Agosto. Também não foi explicado por parte da TurboJet se tem autorização das autoridades de Macau e Hong Kong para cancelar este horário, ou em que condições tal pode acontecer. Mesmo assim, endereçou um pedido de desculpas aos afectados: “Aproveitamos esta oportunidade, para pedir desculpas por qualquer inconveniente causado aos passageiros afectados.”

Ligação irregular

Por sua vez, a Direcção de Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) garante que o contrato com a concessionária está a ser cumprido. “Depois de considerar vários factores, a operadora passou a fazer a referida ligação de forma irregular, estando obrigada a explicar este facto em detalhe aos passageiros nos balcões de venda”, afirmou a DSAMA, em resposta às questões colocadas.

“Além disso, vamos exigir à operadora que envie sempre relatórios detalhados a explicar às razões e as medidas de resposta, em caso de cancelamento de determinada ligação, que já tivesse reservas, assim como as medidas de informação dos passageiros, incluindo a devolução do preço dos bilhetes, oferta de alternativas para os clientes, etc…”, foi acrescentado.

A DSAMA garante ainda que quanto ao número de ligações a TurboJet “cumpre o contrato de exploração”. Mesmo assim, o Governo admite que através de um documento escrito, apelou à operadora para aumentar o número de barcos que efectivamente saem para o mar.

De acordo com o portal da TurboJet, por dia há ligações do Aeroporto de Hong Kong para Macau às 11h, 13h15, 17h e 22h. Já a Cotai Water Jet oferece a ligação para o Terminal da Taipa às 10h15, 12h15, 14h15, 16h15, 19h e 21h.

7 Set 2018

Economia | Chan Meng Kam negoceia cooperação com Guiné-Bissau

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, encontrou-se com Chan Meng Kam, o novo cônsul honorário daquele país em Macau, para negociar a cooperação e intercâmbio entre Macau e a Guiné-Bissau. O encontrou decorreu durante o Fórum de Cooperação China-África organizado em Pequim. José Mário Vaz sublinhou a longa história da amizade entre a China e a Guiné-Bissau e agradeceu a Pequim os apoios concedidos para o desenvolvimento da economia do país e para a construção de instalações básicas, referia ontem o Jornal do Cidadão. O presidente guineense manifestou ainda vontade de concretizar uma ligação cada vez mais estreita entre a China e a África através de um futuro partilhado.

De acordo com a mesma fonte, Vaz fez uma apresentação a Chan Meng Kam das políticas sobre benefícios fiscais para investimentos estrangeiros bem como as vantagens dos recursos naturais da Guiné. O objectivo foi motivar investimento de Macau naquele país.
Chan Meng Kam agradeceu a confiança do presidente, e adiantou que quatro alunos da Guiné Bissau seguiram os seus estudos na Universidade de Macau financiados por bolsas atribuídas pela fundação que detém .

Chan fez ainda questão de sublinhar que liderou um grupo de 80 empresários locais que participaram numa feira de investimento organizada pela Guiné-Bissau em Pequim. O cônsul honorário da Guiné-Bissau em Macau acrescentou ainda que vai fazer o que estiver ao seu alcance para fomentar a cooperação entre Macau e a Guiné-Bissau nas áreas de economia, educação, turismo e cultura.

7 Set 2018