Hoje Macau BrevesAtletismo | Costa felicita Nelson Évora pelo título europeu [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]primeiro-ministro, António Costa, deu ontem os parabéns a Nelson Évora pela conquista do título europeu de triplo salto, e saudou os finalistas na prova de estafeta masculina, em mensagens publicadas na sua conta oficial no Twitter. “Parabéns Nelson Évora! Os campeões afirmam-se nas dificuldades. Grande salto, em Berlim. Mais uma vez, o Ouro tem as cores nacionais. Parabéns pelo esforço e pela conquista. Uma palavra de saudação extensível a todos os atletas e equipas técnicas nacionais que, marcando presença nesta prova, honram o nome de Portugal”, escreveu António Costa dirigindo-se ao novo campeão europeu do triplo salto. Nelson Évora sagrou-se pela primeira vez campeão europeu do triplo salto, conquistando o ouro nos campeonatos disputados em Berlim, com a marca de 17,10 metros na final. O atleta do Sporting, campeão mundial em 2007 e campeão olímpico em 2008, conseguiu, aos 34 anos, o único grande título que lhe faltava ao ar livre, com a melhor marca da temporada, alcançada ao quinto ensaio. António Costa saudou ainda o quarteto português que disputou a final de 4×100 metros, nos campeonatos de Berlim, tendo a equipa nacional de estafeta terminado a prova no sétimo lugar, mas melhorando o tempo face ao resultado da meia-final. “Uma palavra de saudação para os finalistas José Pedro Lopes, Diogo Antunes, Frederico Curvelo e Carlos Nascimento. Portugal qualificou-se este domingo para a final dos 4×100 metros dos Campeonatos Europeus de atletismo, em Berlim. Parabéns!”, escreveu Costa.
João Santos Filipe DesportoFutebol | Equipa da associação de futebol garante apuramento para as meias Os jogadores locais estiveram a vencer por 3-0 frente ao Wuhan Freeman, mas com o primeiro golo sofrido entraram numa fase de nervosismo, que só terminou com o empate. O 3-3 ficou a dever-se a um “frango” de Ho Man Fai, já no tempo de desconto [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]equipa da Associação de Futebol de Macau qualificou-se, ontem, para as meias-finais da Zona Sul 2 da 4.ª Divisão da China, depois de ter empatado diante do Wuhan Freeman por 3-3. Os atletas locais estiveram a vencer por 3-0, mas permitiram o empate na sequência de um erro do guarda-redes Ho Man Fai. À equipa da Associação de Futebol de Macau valeu o facto de no outro encontro do Grupo A da Zona Sul 2, a formação do Hunan Mangguoba e o Hubei Chufeng Heli terem empatado, numa partida sem golos. Assim, a formação de Hubei qualificou-se em primeiro lugar do grupo, com nove pontos, Macau foi segundo, com quatro pontos, os mesmos que a formação de Hunan. Porém, como no primeiro encontro, a formação local tinha batido o rival directo por 3-1, conseguiu o apuramento. No último lugar terminou o Wuhan Freeman, com um ponto apenas. As meias-finais realizam-se já hoje e Macau vai defrontar a formação que terminou em primeiro do Grupo A. À hora de fecho da edição do HM ainda não era conhecido o adversário, mas após os dois primeiros jogos o líder era a formação Wuhan Shangwen, já apurada, seguida por Guangzhou Glorious e ainda Hubei Wuhan Athletics Zaiming. Valente susto Em relação ao encontro de ontem, a formação de Macau entrou bastante tranquila e muito pressionaste. Durante a primeira parte o domínio foi praticamente absoluto. Por esta razão, não foi uma surpresa que no primeiro tempo Carlos Choi Dion e Ng Ka Weng tenham colocado a formação da associação na frente do marcador, com o resultado em 2-0. O regresso do intervalo parecia confirmar a vitória da equipa local, até porque conseguir chegar ao terceiro golo. Todavia, a formação orientada por Iong Cho Ieng acusou o primeiro tento sofrido. A partir dessa altura, os jogadores de Macau entraram numa fase completamente diferente. O nervosismo apoderou-se dos atletas e as dificuldades começaram a surgir, até ser apontado o 3-2. Finalmente, naquele que foi praticamente o último lance da partida, Ho Man Fai tenta sair a um cruzamento rasteiro, mas deixa a bola passar entre as mãos. O esférico acabou por sobrar para um adversário que se limitou a encostar para o empate.
Valério Romão h | Artes, Letras e IdeiasO corpo digital [dropcap style=’circle’]S[/dropcap]e há uma coisa que as redes sociais vieram inequivocamente provar é que não estávamos preparados para as redes sociais. A forma como a nossa identidade habita o espaço cibernético é assaz diferente daquela a que estamos acostumados. Por um lado, a nossa voz está “ali”. Mas é uma presença amputada, já que esta dispensa o corpo. E talvez a imortalidade tão almejada pelo humano desde sempre – sem qualquer noção das consequências que dela podem advir – acabe por ser isso mesmo: uma consciência desprovida de corpo, visto que o corpo, como toda a matéria, está exposto à degradação que o tempo provoca. Mais a mais, e mesmo que o corpo fosse incorruptível, subsistiria um problema de monta: se todos fôssemos imortais, o espaço disponível para nos albergar seria sempre limitado. As almas, mesmo que na versão digital, são muito mais económicas na área que ocupam. Ora esta ausência de corpo é porventura o aspecto que melhor define a radicalidade das posições do sujeito digital. Não é raro vermos sujeitos, no Facebook – sujeitos que conhecemos pessoalmente e que prezamos pela capacidade de diálogo e pela moderação – demonstrarem uma extraordinária intolerância perante opiniões que não perfilham. Intolerância amiúde acompanhada de violência verbal. Esta síndrome Mr. Hyde cibernético, pela qual um sujeito cordial na vida quotidiana se transforma num arruaceiro digital radica fundamentalmente na ausência de corpo que é a marca de água da presença da identidade nas redes sociais. Do corpo e da forma como este condiciona e define a nossa relação com outrem. De facto, não há consequências físicas para o excesso de tenacidade com que defendemos determinada posição. Não há olhares que se cruzam, não há os múltiplos indícios pelos quais o nosso substrato animal percebe imediatamente a fronteira da passagem do confronto verbal ao confronto físico. O sujeito que discute na internet não aposta o corpo nessa discussão. É apenas um tipo num quarto com um teclado sob os dedos e a possibilidade de transcender o constrangimento físico que advém de estar cara a cara com aquele com quem se discute. Pode crescer à vontade em volume e violência. Pode crescer infinitamente. Esta ausência de consequências físicas dá azo aos comportamentos arruaceiros que vemos um pouco por todo o lado, desde as caixas de comentários dos jornais aos murais do Facebook. Como canta Sérgio Godinho “foi muita liberdade de uma só vez / e o rapaz está confuso”. Até a característica fundamental das redes sociais que podia prevenir este tipo de atitude – que é a memória infinita e infinitamente precisa que subjaz à internet – não é suficiente para condicionar e restringir o excesso. O sujeito conta – e bem – com a rapidez esmagadora dos conteúdos digitais a que estamos expostos. Dada ao particular confinamento do nosso foco de atenção, uma coisa rapidamente substitui outra no fluxo de consciência. O que resta saber, em boa verdade, é se com o tempo conseguiremos crescer civilizacionalmente e sair deste wild west digital onde nos encontramos ou se, pelo contrário, a ausência de corpo e das consequências a que este está sujeito condicionará sempre a nossa presença cibernética. No melhor dos cenários, ultrapassaremos esta infância digital de algum modo. No pior, a violência virtual acabará por nos transformar e por transformar o modo como nos relacionamos com os outros “cá fora”. A despeito do corpo.
Paulo José Miranda h | Artes, Letras e IdeiasOs factos são lendas – A mulher do padeiro, de Marcel Pagnol [dropcap style=’circle’]I[/dropcap]nserido no ciclo “Os Padrinhos da Nouvelle Vague”, a Medeia Filmes está a passar alguns filmes que considera terem sido fundamentais para a geração posterior do cinema francês. Neste contexto, convidaram-me a assistir a um dos filmes e a escrever acerca dele. Deixo-vos aqui o texto que escrevi precisamente há uma semana acerca do filme de Marcel Pagnol, A Mulher do Padeiro. Os factos são lendas. E isso fica muito claro neste filme. Se nos ativermos à história, ela é muito simples: numa aldeia do interior de França, a mulher de um padeiro, muito mais nova do que ele – ela poderia ser sua filha –, deixa-o por um homem mais novo e ele não faz mais pão. Mas isso é como a vida, se nos ativermos à história, ela é muito simples. O facto em si não existe, aquilo que aqui se designaria por facto – a mulher deixar o homem – não é visto da mesma maneia por nenhum dos intervenientes. Todos vêm e sentem diferentemente o facto. Isto é, o facto, de um ponto de vista objectivo, não é uma coisa palpável. A maior das divisões de ponto de vista é, evidentemente, aquela que opõe o padeiro Aimable a todos os outros. Aimable sente o acto da mulher por dentro, sente a perda – mais até do que a traição – enquanto todos os outros não sentem a perda, mas julgam o acto. E neste julgamento do acto as posições dividem-se, desde a pura chacota até ao medo, por parte do padre e da mulher mais beata da aldeia, que isso possa ser um mau exemplo. Mas pode-se querer continuar a dizer que o facto está lá, pois esses modos diferentes de olhar não fazem desaparecer o que aconteceu: a mulher do padeiro tê-lo deixado. Por outro lado, e em contradição com esta posição, aquilo a que se chama facto, aparece constantemente no filme como uma vivência diferente; e é esta vivência que dá forma ao acontecimento. De tal modo, que o próprio padeiro está continuamente a recusar que a mulher o tenha deixado, projectando diferentes possibilidades de acontecimento, como o ela ter ido visitar a mãe ou, mais tarde, o pastor ter enfeitiçado a mulher, por ser uma espécie de encarnação do diabo, pondo em causa junto do padre o livre arbítrio. E tudo isto se passa numa contínua tensão entre o humor e a tragédia. Aliás, humor é já uma forma de tragédia, um entendimento profundo de algo que sob a capa aparente do riso esconde uma tristeza. Não podemos aqui deixar de nos lembrar de Pirandello acerca da diferença entre humor e comédia. Num texto teórico chamado Humorismo, Pirandelo escreve: “Vejo uma velha senhora, com os cabelos retintos, untada não se sabe de qual pomada horrível, e depois toda ela torpemente pintada e vestida de roupas juvenis. Ponho-me a rir. Advirto que aquela senhora é o contrário do que uma velha e respeitável senhora deveria ser. Assim posso, à primeira vista e superficialmente, deter-me nessa impressão cómica. O cómico é precisamente um advertimento do contrário. Mas se agora em mim intervém a reflexão e me sugere que aquela senhora não sente talvez nenhum prazer em vestir-se como um papagaio, mas que talvez sofra por isso e o faz somente porque se engana piamente e pensa que, assim vestida, escondendo assim as rugas e as cãs, consegue reter o amor do marido, muito mais moço do que ela, eis que já não posso mais rir disso como antes, porque precisamente a reflexão, trabalhando dentro de mim, me leva a ultrapassar aquela primeira advertência, ou antes, a entrar mais em seu interior: daquele primeiro advertimento do contrário ela me faz passar a esse sentimento do contrário. E aqui está toda a diferença entre o cómico e o humorístico.” Não que não haja também comédia neste filme, porque há. Há cómico, em A Mulher do Padeiro, mas o tom contínuo e de fundo é o do humor, tal como Pirandello o define: um sentimento do contrário, isto é, o sentimento daquilo pelo qual Aimable está a passar, e que não é um facto. Pois o filme não trata de lendas, mas da vida humana. E nesta não há factos, mas vivências, afectações, modos como vibramos com o que acontece. E este modo de vibrar com o que acontece não é um facto. Ainda no mesmo livro de Pirandello, ele continua com o célebre exemplo de Marmeladov – o bêbado, pai de Sónia – na hospedaria a falar com Raskalnikov, em Crime e Castigo de Dostoiévski: “– Senhor, senhor! Ó senhor! Talvez, como os outros, julgais ridículo tudo isto: talvez eu vos aborreça, contando-vos estas estúpidas e miseráveis particularidades da minha vida doméstica; mas para mim não é ridículo, porque eu sinto tudo isto…” Precisamente! Ele sente tudo aquilo, tal como Aimable, em A Mulher do Padeiro. E esta diferença, a de sentir tudo aquilo, não é modal, é existencial. No humano tudo é sentido. E é este sentido que faz toda a diferença e simultaneamente confere significado ao que acontece. Os factos são lendas.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreias | Nova cimeira de líderes até final de Setembro [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s duas Coreias acordaram ontem realizar em Pyongyang, até final de Setembro, uma terceira cimeira entre o Presidente sul-coreano e o líder da Coreia do Norte, informou hoje a agência Yonhap. Os dois países escreveram um comunicado conjunto em que declararam que vão estudar os avanços sobre os acordos assinados na Declaração de Panmunjom. Na Declaração de Panmunjom, firmada em Abril durante a histórica cimeira entre os líderes das duas Coreias, ambos concordaram em trabalhar para alcançar a “completa desnuclearização” da península e comprometeram-se a conseguir a assinatura de um tratado multilateral para acabar com o estado de guerra técnico na região que existe desde a Guerra da Coreia (1950-1953). A decisão da realização de uma nova cimeira foi tomada na sequência de uma reunião realizada ontem entre altos representantes dos dois países, durante mais de duas horas, na cidade fronteiriça de Panmunjom, Coreia do Norte.
Hoje Macau China / ÁsiaDireitos humanos | PCC defende repressão sobre minoria étnica muçulmana Um jornal oficial do Partido Comunista Chinês (PCC) defendeu ontem medidas repressivas contra a minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigur, afirmando que impediu a região do Xinjiang de se converter na “Síria da China” [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]editorial do Global Times, jornal em inglês do grupo do Diário do Povo, o órgão central do PCC, surge após um comité antidiscriminação da ONU ter condenado o tratamento dado por Pequim aos uigures, num relatório que cita detenções em campos de reeducação “envoltos num manto de secretismo”. Após ataques cometidos por separatistas muçulmanos no Xinjiang, centenas de milhares de uigures foram arbitrariamente detidos em campos de doutrinação política, onde são forçados a criticar o islão e a sua própria cultura, e a jurar lealdade ao PCC. O Global Times cita aquele processo como “uma fase a que Xinjiang tem que ser submetido, visando a reconstrução da paz e prosperidade”, mas não refere directamente a existência dos campos de internamento. O jornal insiste que a “paz e estabilidade estão acima de tudo”, denunciando o que classifica de “opiniões públicas destrutivas do ocidente”. “Graças à liderança forte do Partido Comunista na China, a solidez do país e a contribuição dos funcionários locais, Xinjiang foi salvo quando se encontrava à beira de uma turbulência imensa”, afirma o jornal. “Foi evitado que se tornasse na Síria da China ou na Líbia da China”, acrescenta. Desde que, em 2009, a capital do Xinjiang, Urumqi, foi palco dos mais violentos conflitos étnicos registados nas últimas décadas na China, entre os uigures e a maioria han, predominante em cargos de poder político e empresarial regional, a China tem levado a cabo uma agressiva política de policiamento dos uigures. Campos secretos Nos últimos meses, grupos de defesa dos direitos humanos e testemunhas denunciaram a criação dos campos de doutrinação. A população uigur na China é de cerca de 10 milhões de habitantes – o país tem, no conjunto, quase 1.400 milhões de habitantes – e nunca houve um protesto em larga escala, capaz de ameaçar a autoridade do PCC. Contudo, Pequim diz que a repressão é necessária para combater o separatismo e extremismo islâmico, enquanto activistas uigures afirmam que serve apenas para alimentar as tensões. Quando o Comité da ONU para a Eliminação da Discriminação Racial começou a rever o relatório, na sexta-feira, em Genebra, a delegação chinesa sublinhou o progresso económico e melhoria do nível de vida na região. A vice-presidente do Comité, Gay McDougall, afirmou que os membros estão “profundamente preocupados”, face a “numerosos e credíveis relatórios que dão conta de que em nome do combate ao extremismo religioso e manutenção da estabilidade social, [a China] converteu a região autónoma uigur em algo que se assemelha a um campo de internamento massivo e envolto em secretismo”. McDougall afirmou que se estima que mais de um milhão de pessoas “estão a ser mantidas em centros designados de anti extremismo e que outros dois milhões foram detidos nos chamados campos de reeducação para doutrinação política e cultural”.
Hoje Macau China / ÁsiaFamília | Tribunais tentam travar divórcios com “período de reflexão” [dropcap style=’circle’]T[/dropcap]ribunais em toda a China estão a começar a impor aos casais que se querem divorciar um período de espera, de entre duas semanas e três meses, visando travar o aumento no número de separações. Segundo o jornal oficial China Daily, mais de uma centena de tribunais do país estão a impor aquele “período de reflexão”, num programa piloto para resolver disputas domésticas, lançado pelo Supremo Tribunal Popular do país. O programa é sobretudo dirigido a casais jovens que, segundo os juízes, são mais propensos a “rupturas impulsivas”, comparativamente às gerações anteriores. Durante aquele período, o casal receberá aconselhamento matrimonial e, em alguns casos, psicológico, enquanto o juiz explica aos casais as dificuldades de um divórcio, como a negociação da custódia dos filhos ou a partilha de propriedades comuns. Segundo o China Daily, aquelas conversas decorrem fora dos tribunais, em espaços mais ligeiros, com sofás, televisões e outros confortos. A taxa de divórcios tem aumentado na China, nos últimos anos, numa tendência que preocupa o Partido Comunista Chinês, que considera a unidade tradicional da família fundamental para manter a estabilidade social. Segundo o Ministério dos Assuntos Civis, o número de casais divorciados aumentou 40 por cento, na última década, para 4,2 milhões. A maioria dos divórcios ocorre entre os casais nascidos na década de 1980, quando o Governo chinês impôs à população urbana do país a política de “um casal, um filho”, criando uma geração de filhos únicos conhecidos como “xiao huangdi” (pequenos imperadores). Em cidades como Xangai, a “capital” económica do país, a taxa de divórcios já supera a dos novos matrimónios. Os juízes chineses asseguram que aquele “período de reflexão” não se aplicará em casos que envolvem violência doméstica.
Hoje Macau China / ÁsiaIncêndio | Pelo menos 14 pessoas morreram num hospital de Taiwan [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]elo menos 14 pessoas morreram ontem de paragem cardíaca na sequência de um incêndio num hospital em Nova Taipei, Taiwan, informou o Ministério da Saúde e Saneamento em comunicado. O incidente ocorreu no sétimo andar do Hospital Weifu, no distrito de Xinchuang, onde os bombeiros foram obrigados a resgatar 36 pessoas, 14 delas já sem sinais vitais, adiantou o Gabinete de Prevenção de Desastres do Ministério da Saúde e Bem-Estar. A operação mobilizou 276 bombeiros, apoiados por 76 veículos, que conseguiram controlar o fogo em cerca de 50 minutos. Os mortos são sete homens e sete mulheres. A causa do incêndio é desconhecida e a polícia de Nova Taipei iniciou uma investigação para apurar o que esteve na origem do incidente.
Hoje Macau China / ÁsiaTransportes | Inaugurados 93 aeroportos entre Janeiro e Junho [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]número de aeroportos para aviação geral mais do que duplicou na China, nos primeiros seis meses do ano, passando de 80 para 173, segundo dados das autoridades chinesas para a aviação, citados pela agência oficial Xinhua. Os equipamentos de aviação geral incluem qualquer tipo de aeronaves que não sejam voos regulares de linhas aéreas ou aeronaves militares. Isto inclui desde pequenos aviões de propriedade particular até jactos executivos ou helicópteros. No primeiro semestre do ano, as autoridades de aviação registaram ainda 118 novas aeronaves para uso na aviação geral, um aumento de 9,5 por cento, face ao mesmo período do ano passado, para 2.415.
Hoje Macau China / ÁsiaVisto | Estudante alemão expulso por fazer trabalho sobre direitos humanos [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s autoridades chinesas suspenderam o visto de um estudante alemão, após este escrever uma reportagem sobre direitos humanos, num projecto escolar, parte de um mestrado em jornalismo e comunicação numa das mais prestigiadas universidades da China. David Missal, 24 anos, aterrou no domingo na cidade alemã de Duesseldorf, depois de as autoridades de imigração lhe terem comunicado que o seu visto de estudante foi anulado e que tinha uma semana para sair da China. Missal considera que a decisão se deve a um trabalho sobre a campanha repressiva contra advogados dos direitos humanos, lançada por Pequim, em 2015. O estudante já tinha sido avisado duas vezes por um responsável da universidade Tsinghua, onde frequentava o mestrado, para que não reportasse tópicos politicamente sensíveis, mas ele continuou, porque queria “aprender mais sobre a sociedade e política chinesas”. “De certa forma, nos últimos dois meses aprendi muito sobre a sociedade e política chinesas”, afirmou sobre o seu caso, citado pela agência Associated Press. Localizada no norte de Pequim, a Tsinghua é considerada uma das mais prestigiadas universidades da China, e foi frequentada pelo actual Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu antecessor, Hu Jintao. A campanha repressiva contra advogados e activistas pelos direitos humanos, reportada por Missal, foi lançada a 9 de Julho de 2015, e resultou na detenção de 300 pessoas por todo o país. Vários dos detidos foram punidos com pena de prisão por subversão do poder do Estado, enquanto outros continuam à espera de serem julgados. Missal garante que o trabalho foi apenas publicado no seu blogue e página no Youtube, onde recebeu menos de cem visualizações. O gabinete de propaganda da Tsinghua recusou comentar de imediato, afirmando que estava a averiguar o caso.
Hoje Macau China / ÁsiaEnsino | Autoridades negam fraude no exame de acesso à universidade As autoridades da província de Henan, centro da China, determinaram ontem que não houve fraude durante o ‘Gaokao’ chinês, o maior exame de acesso à universidade do mundo, considerado “crucial para a meritocracia chinesa” [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s pais de quatro estudantes denunciaram, na semana passada, que os exames dos filhos foram trocados, acusando as autoridades de “má conduta” e “abuso de poder”. Após reverem os exames dos estudantes e as imagens captadas pelos vídeos de vigilância no centro de exames, as autoridades asseguraram que não ocorreram ilegalidades. Os pais suspeitavam que os gabinetes de admissão da província tinham trocado as folhas dos exames, após os seus filhos receberem notas muito aquém do que esperavam. Um dos pais, Su Hong, publicou no Wechat, a rede social mais popular do país, fotos das respostas de um exame da sua filha, assegurando que tinham sido adulteradas e que não eram suas. Os pais afirmaram ainda que havia correcções nas respostas que não tinham sido feitas pelos seus filhos. Operações especiais Num outro caso difundido a semana passada, seis pessoas foram condenadas na China a penas até quatro anos de prisão por organizarem um esquema fraudulento durante o ‘Gaokao’. Os alunos levaram para o exame transmissores e receptores sem fios, a partir dos quais leram as perguntas a colaboradores fora das instalações, que após consulta transmitiram as respostas. Uma lei aprovada em 2015 prevê penas até sete anos de prisão em caso de cábulas durante o exame de acesso ao ensino superior. Pelas contas do Governo chinês, de um total de quase dez milhões de adolescentes que se submeteram ao exame, apenas 3,25 milhões conseguiram entrar na universidade. Entre aqueles, só alguns milhares terão acesso às universidades de topo do país, que garantem maiores probabilidades de um bom futuro profissional ou académico. De acordo com relatos na imprensa local, os produtos e dispositivos utilizados por cábulas variam entre relógios, auscultadores e t-shirts com receptores, até equipamento usado em espionagem.
Hoje Macau EventosCristais | ‘Workshop’ amanhã no Yoga Loft [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]espaço Yoga Loft acolhe amanhã, entre as 18h30 e as 21h30, um ‘workshop’ sobre a técnica do uso de cristais. Da composição, às propriedades, até às aplicações metafísicas que podem ter, o ‘workshop’ vai ensinar também como devem ser limpas, tratadas e até combinadas, explicou ao HM Rita Gonçalves, responsável pelo Yoga Loft. “O uso de cristais é bastante normal para os chineses, particularmente inserido no contexto do ‘feng shui’, mas para nós é um mundo mais exótico, por isso quis trazer a Helena Brandão [que vai conduzir o ‘workshop’]para entrarmos e percebermos esse universo de uma perspectiva mais ocidental”, indicou Rita Gonçalves. A iniciativa tem uma lotação limitada a um máximo de dez pessoas, estando preenchidas mais de metade das vagas. O ‘workshop’ custa 750 patacas.
Hoje Macau EventosCinema | João Salaviza e Renée Nader Messora vencem melhor filme em Lima [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]filme “Chuva é cantoria na aldeia dos mortos”, de João Salaviza e Renée Nader Messora, venceu o prémio de melhor obra de ficção do Festival de Cinema de Lima, no Peru, anunciou a organização. O filme, que já havia recebido o prémio especial do júri da secção ‘Un Certain Regard’ no Festival de Cannes, ganhou ainda a distinção por melhor fotografia. O 22.º Festival de Cinema de Lima contou ainda com a presença de outro português – o produtor Paulo Branco – enquanto homenageado. A produtora portuguesa Karõ Filmes realçou, em comunicado, que “Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos irá ser exibido em dezenas de festivais internacionais nos próximos meses” e tem estreia comercial em Portugal, França e Brasil prevista para o primeiro trimestre do próximo ano. O filme foi rodado durante nove meses, em 16mm, sem equipa, na aldeia Pedra Branca, no estado de Tocantins, no Brasil. “Não há espíritos ou cobras esta noite e a floresta em redor da aldeia está sossegada. Ihjãc, de 15 anos, tem pesadelos desde que perdeu o pai. É um Krahô indígena do norte do Brasil. Ihjãc caminha pela escuridão, o seu corpo suado move-se com receio. Um cântico distante atravessa as palmeiras. A voz de seu pai chama por ele através da cascata: é hora de organizar o festim funerário para que o espírito possa partir para a aldeia dos mortos. O luto deve cessar”, pode ler-se na sinopse disponibilizada pelo festival de Cannes. O texto acrescenta: “Negando o seu dever e para poder escapar ao processo crucial de se tornar um xamã, Ihjãc foge para a cidade. Longe do seu povo e da sua cultura, enfrenta a realidade de ser um indígena no Brasil contemporâneo”. “Chuva é cantoria na aldeia dos mortos” foi produzido por Ricardo Alves Jr. e Thiago Macêdo Correia, da produtora Entre Filmes, sediada em Minas Gerais, em coprodução com a portuguesa Karõ Filmes e com a Material Bruto, de São Paulo.
Sofia Margarida Mota EventosMúsica | Hedy Kou lança “My Little Songs” na Fundação Rui Cunha Hedy Kou é uma jovem estudante de sociologia que não se deixou levar por uma infância complicada. É também a artista local que dá voz ao primeiro álbum de música pop para crianças produzido no território. “My Little Songs” é baseado na vida da cantora e pretende transmitir esperança aos mais novos [dropcap style=’circle’]H[/dropcap]edy Kou lançar o mini álbum “My Little Songs” no próximo dia 18, na Fundação Rui Cunha, às 15h30. “My Little Songs” é o primeiro disco de pop produzido em Macau que tem como público alvo as crianças e que tem como ponto de partida a vida pessoal da cantora que lhe dá voz. “Hedy Kow é a nova estrela de Macau”, começa por dizer a sua agente, Josie Ho, ao HM. Estudante de sociologia, Hedy é um exemplo para os mais novos, destaca. “Cresceu com os pais separados e com uma mãe que tinha problemas com drogas”, conta a representante. Com este contexto familiar, a artista tinha tudo para desmoralizar, mas não o fez. “Desde pequena que o seu desempenho escolar não fica abaixo da excelência”, conta. Paralelamente à vida académica, Hedy Kou tem vindo a desenvolver talentos na área da dança, representação e agora da música. Carreira diversa Em 2017, quando passou a ser agenciada, começou a carreira como actriz e chegou mesmo a ter um filme baseado na sua vida. “É um pequeno filme, chamado ‘Choices of Life’ e que trata da sua história”, diz Josie Ho. A película tem como fio condutor uma mensagem de resistência a obstáculos e aborda a questão das drogas, dado o ambiente em que Hedy Kou cresceu. “O que tinha tudo para ser um drama acabou por ser uma história muito positiva, tanto da sua vida como do que tem para dizer aos outros”, comenta Ho. O filme teve “muito sucesso e acabou por se tornar viral no mundo digital devido à mensagem positiva que transportava e à forma como conseguia chegar aos alunos das escolas locais”, apontou. Do cinema à música Depois do filme surgiu o desafio para gravar um disco. “Hedy recebeu um convite da editora para ensaiar durante um ano e se preparar na área do canto”, conta a agente. Quando interrogada sobre o que há de especial no disco, Josie Ho realça o género, “uma espécie de música pop infantil”. “Por outro lado, Hedy consegue cativar os mais pequenos com a sua cara doce”, destaca a agente. O álbum é composto por cinco temas que abordam “tópicos como a amizade, a demonstração de amor e paixão pela vida e a coragem necessária quando se passam dificuldades”, explica Ho. Dois dos temas contam com a colaboração de crianças. No que toca ao design do álbum, foi feito a pensar num livro de música de modo a ter uma componente pedagógica. Apesar de ser dirigidos aos mais pequenos, as canções “são adequados para todas as idades”, remata.
Hoje Macau SociedadePJ | Detectados dois casos suspeitos de abuso sexual de crianças [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Polícia Judiciária (PJ) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) receberam duas queixas relativas a alegados casos de abuso sexual de crianças, sendo que uma das vítimas terá engravidado em resultado dessa relação sexual. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, um dos dois casos foi revelado pelos pais de uma das alegadas vítimas, estudante do ensino secundário. A adolescente notou diferenças na regularidade da menstruação, facto que a terá levado ao hospital onde foi confirmada a gravidez. A menor contou às autoridades que começou a namorar com um estudante de 19 anos, que frequentava a mesma escola, tendo começado a ter relações sexuais em Fevereiro deste ano. O segundo caso diz respeito a uma aluna de 13 anos, residente na Areia Preta, que teve “comportamentos sexuais” com um jovem de 16 anos nas escadas de um edifício. Os pais da estudante souberam do caso e fizeram queixa às autoridades.
Hoje Macau SociedadeCriptomoeda | Fraude no valor 21 milhões de euros terá passado por Macau [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]ma alegada fraude com moedas virtuais no valor de 21 milhões de euros terá passado por um casino em Macau, através de um esquema montado por uma rede criminosa tailandesa, noticiou ontem o jornal Bangkok Post. O grupo criminoso terá convencido as vítimas a comprarem acções das empresas Expay Group, NX Chain Inc e DNA 2002 Plc com as moedas virtuais bitcoin e Dragon Coins, afirmando que esta última poderia ser usada para investir num casino em Macau. De acordo com o Bangkok Post, de forma a credibilizar o alegado esquema, o grupo tailandês organizou mesmo uma visita a um casino em Macau para convencer as vítimas de que as Dragon Coins poderiam ser usadas para assegurar o investimento. O jornal não especificou qual seria o casino, nem o montante envolvido. Aarni Otava Saarimaa, milionário filandês de 22 anos que fez muita da sua fortuna através de investimentos em moedas virtuais, e o seu parceiro de negócios, Chonnikan Kaeosali, estão entre as vítimas deste alegado esquema. A fraude terá acontecido em 2017, tendo já levado à detenção, na semana passada, do conhecido actor tailandês Jiratpisit Jaravijit, de 27 anos, presumivelmente um dos orquestradores do crime. As autoridades de Macau alertaram, na semana passada, contra o uso das moedas virtuais, ilegais no território, depois de um alegado caso de fraude no valor de 2,2 milhões de euros noticiado pelos órgãos de comunicação locais. De acordo com os jornais locais, cerca de 70 pessoas no território foram alegadamente lesadas ao comprarem este tipo de moedas. A conselheira das comunidades portuguesas Rita Santos terá sido uma das burladas. Na mesma nota, a Autoridade Monetária de Macau lembrou que já tinha notificado no passado todos os bancos e instituições de pagamentos locais para que não se envolvessem neste tipo de serviços financeiros, já que isso “pode constituir uma eventual violação das disposições do Regime Jurídico do Sistema Financeiro”.
Diana do Mar Manchete SociedadeAlibaba | Mais de 273 milhões para Centro de Computação em Nuvem e Plataforma de Mega-Dados É o primeiro passo concreto para a desejada cidade inteligente. O projecto de design do Centro de Computação em Nuvem e Plataforma de Mega-Dados, adjudicado à Alibaba Cloud, vai custar 273,4 milhões de patacas [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]design do Centro de Computação em Nuvem e Plataforma de Mega-Dados, inserido na ambição de Macau de criar uma cidade inteligente, vai custar aos cofres públicos 273,4 milhões de patacas. O valor do projecto, adjudicado à Alibaba Cloud, sociedade filiada do gigante chinês, diz respeito a dois anos. A primeira “tranche”, de 100 milhões, reporta-se a 2018; enquanto a segunda, no valor de 173,4 milhões, vai ser paga em 2019. Os dados relativos ao projecto, adjudicado pelos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP), constam das informações relativas aos encargos plurianuais, autorizados pelo Chefe do Executivo em Junho. A lista foi publicada na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) em Boletim Oficial, como obriga, aliás, a legislação complementar à Lei do Enquadramento Orçamental. O projecto, integrado no Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração (PIDDA), surge no âmbito dos planos do Governo de transformar Macau numa cidade inteligente. Essa ideia começou a materializar-se há sensivelmente um ano com a assinatura de um acordo-quadro de cooperação com a Alibaba Cloud, estabelecida em 2009, que figura como “a maior fornecedora de serviços em nuvem na China” e assume “uma posição de liderança em termos internacionais”, prestando serviços, a governos e empresas, “espalhados por mais de 200 países e regiões”. Ao abrigo do acordo-quadro, essa cooperação divide-se em duas fases e vai desenrolar-se ao longo de quatro anos. A primeira – até Junho de 2019 – prevê precisamente a criação de um centro de computação em nuvem (conjunto de servidores remotos alojados na internet para armazenar, gerir e processar dados em vez dos servidores locais ou de computadores pessoais) e de um plataforma de mega-dados. À luz dos planos, o acordo também contempla o início gradual de projectos de utilização dos mesmos em seis domínios. A saber: promoção do turismo, formação de talentos, gestão do trânsito, serviços de assistência médica, gestão integrada urbana e prestação de serviços urbanos integrados e tecnologia financeira. Passo posterior A segunda etapa – de Julho de 2019 a Junho de 2021 – compreende o aperfeiçoamento do centro de computação em nuvem e da plataforma de mega-dados, abrangendo outras áreas como protecção ambiental, passagem fronteiriça e previsões económicas. A assinatura do acordo foi testemunhada pelo chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, e pelo presidente do grupo Alibaba, Jack Ma, nomeado, em Junho de 2016, consultor dos Conselhos para o Desenvolvimento Económico e de Ciência e Tecnologia de Macau. Aquando do acordo-quadro com a Alibaba Cloud, a chefe do gabinete do Chefe do Executivo, O Lam, afirmou não haver um “orçamento global” para a construção de uma cidade inteligente, uma estratégia definida no plano quinquenal de Macau, apresentado em 2016, indicando que a adjudicação seria feita “projecto a projecto”. Dias depois, o gabinete do porta-voz do Governo divulgou uma estimativa preliminar relativamente à construção da cidade inteligente, apontando para um orçamento na ordem dos 400 milhões de patacas até 2019.
Hoje Macau Manchete SociedadeRádio-táxis | Anunciado concurso público para concessão de 200 licenças [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m despacho do Chefe do Executivo, publicado ontem em Boletim Oficial, autoriza o lançamento de um concurso público para a concessão de até 200 licenças especiais de táxis. A concessão das licenças especiais, para viaturas que respondem exclusivamente a pedidos por telefone e pela Internet, tem a validade de oito anos. O despacho, que entra hoje em vigor, não refere quando vai ser efectivamente aberto o concurso. O último concurso para o serviço de rádio-táxis, em que foram atribuídas 100 licenças, realizado em Outubro de 2015, foi ganho pela Companhia de Serviços de Rádio Táxi Macau S.A.
Hoje Macau SociedadeConcessionários explicam mau aproveitamento do Vale das Borboletas [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m grupo de concessionários de terrenos situados no Vale das Borboletas veio a público esclarecer as razões do atraso dos projectos de desenvolvimento previstos para aquela área. A clarificação foi feita em resposta a “comentários” que deixaram os responsaveis pelos terrenos insatisfeitos. Em causa estão as declarações do presidente da Associação da Sinergia de Macau, Lam U Tou, que alegou na passada quinta-feira que os concessionários não fizeram nada para o desenvolvimento industrial, inicialmente previsto para aqueles terrenos. Lam U Tou referiu ao Jornal do Cidadão que existem casos, como o do Vale das Borboletas e das zonas C e D do Largo de Nam Van, que apesar de terem um plano de desenvolvimento específico, estão com projectos que não se adequam para o fim estabelecido. Aquela área estaria destinada, inicialmente, para fins industriais, finalidade que foi alterada para fins residenciais. Para Lam U Tou, esta alteração não se justifica e terá sido feita apenas porque estavam implicados interesses económicos. Para o responsável da Associação da Sinergia de Macau a finalidade dos terrenos não deveria ter sido alterada porque nunca se tentou fazer nada no sentido de respeitar a finalidade industrial. Culpa do Governo O grupo de concessionários responsável pelos terrenos sitos no Vale das Borboletas publicou no Jornal Ou Mun um anúncio, que acusa Lam U Tou de prestar declarações falsas. Os concessionários argumentam que quando o Vale das Borboletas foi concedido, nos anos 80, pelo Governo português, aquelas terras se encontravam numa situação em que era dificil trabalhar nelas. De acordo com o anúncio publicado, os solos foram descitos como terras rochosas e de dificil acesso, “quer a pé, quer de carro”. “Com estas condições não era possível desenvolver qualquer indústria na zona e os terrenos não foram utilizados de imediato por necessitarem de ser nivelados”, justificam os concessionários. No anúncio é acrescentado que em 1993 a finalidade dos terrenos foi alterada para residencial depois de o Governo se ter depararado com dificuldades na construção de infra-estruturas básicas. Além disso, os concessionários acusam os serviços do Governo de lentidão quanto aos processos de execução de obras para justificar o não aproveitamento em tempo útil das terras.
Hoje Macau SociedadePME | Novos empréstimos caíram mais de 16 por cento [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]novo limite de crédito aprovado às pequenas e médias empresas (PME) pelos bancos de Macau foi de 10,6 mil milhões de patacas no primeiro semestre, traduzindo uma diminuição de 16,1 por cento em termos anuais homólogos. De acordo com dados divulgados ontem pela Autoridade Monetária, o balanço utilizado do total dos empréstimos concedidos às PME era de 81,9 mil milhões de patacas no final de Junho, mais 12,6 por cento face a igual período do ano passado. Já o balanço relativo aos empréstimos em dívida não pagas pelas PME aumentaram 12,5 por cento em termos anuais para 578,5 milhões no final de Junho.
Hoje Macau SociedadeComércio | Importações de Portugal crescem no primeiro semestre [dropcap style=’circle’]M[/dropcap]acau importou de Portugal, no primeiro semestre de 2018, produtos avaliados em 14,4 milhões de euros, mais 29 por cento comparativamente a igual período de 2017, informou ontem a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP). A informação da delegação de Macau da AICEP baseia-se no último balanço realizado pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos de Macau, a 31 de Julho. O sector alimentar, que continua a representar metade do total de mercadorias que Macau compra a Portugal, registou um aumento de 15 por cento no período em análise, com destaque para o vinho (mais 24 por cento), carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas (mais 43 por cento), o azeite (mais 16 por cento) e as águas (mais 13 por cento). No sector das bebidas observou-se “um incremento de 21 por cento no primeiro semestre de 2018, directamente relacionado com o aumento da compra de vinho a Portugal”, refere o comunicado da delegação de Macau da AICEP. O sector do azeite tem evidenciado um crescimento elevado, com Portugal a assumir-se como principal fornecedor deste produto à RAEM. No primeiro semestre de 2018, a compra de azeite a Portugal cresceu 16 por cento relativamente ao ano anterior, segundo a mesma nota. Destaca-se igualmente a importação de vestuário português, quel cresceu 494 por cento. As máquinas e equipamentos constituem o terceiro grupo de produtos mais importado por Macau a Portugal (14 por cento do total), registando um aumento de 4 por cento (especialmente os transformadores eléctricos), seguido dos produtos farmacêuticos (8 por cento do total), que registaram “um desempenho excepcional” com uma taxa de crescimento de 186 por cento no primeiro semestre de 2018.
João Santos Filipe SociedadeONU | DSAL só teve uma queixa de discriminação racial entre 2012 e 2015 Na reunião da Comissão das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação Racial, o Executivo foi aconselhado a intensificar a promoção dos mecanismos de denúncia. Liu Dexue elogiou a sociedade de Macau e falou do contexto histórico de aceitação cultural [dropcap style=’circle’]E[/dropcap]ntre 2012 e 2015, a Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) apenas recebeu uma queixa sobre discriminação racial. Um registo irrisório, apenas suplantado pela justiça, uma vez que nos tribunais não corre nenhum processo quanto a esta matéria. Os números foram avançados pelo Governo de Macau à Comissão das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação Racial, durante o encontro em que foi avaliada a situação na China. Contudo, os números fornecidos pela comissão local liderada por Liu Dexue, director da Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ), fizeram Alexei Avtonomov, membro do órgão das Nações Unidas, sublinhar a necessidade de aumentar o nível de informação para os mecanismos de denúncia junto dos trabalhadores não-residentes. “Em relação a Macau, noto que em 2013 os Serviços de Assuntos de Justiça organizaram encontros com trabalhadores não-residentes sobre discriminação e também sobre tráfico humano. Noto também que apesar da DSAL poder aceitar queixas sobre discriminação, que entre 2012 e 2015 só foi recebida uma única queixa”, começou por dizer Alexei Avtonomov. “Não quero dizer que tenham de trabalhar e ir à procura activamente de queixas, mas deviam fornecer mais informações às pessoas, para que saibam como lidar com situações de discriminação com base na raça, local de origem ou etnia”, aconselhou o russo. Avtonomov considerou mesmo normal que por vezes haja, principalmente no sector privado, casos de discriminação: “Não digo que haja discriminação em Macau, mas poderá haver uns certos preconceitos, principalmente no sector privado”, apontou. Sobre este aspecto, Liu Dexue sublinhou a diversidade cultural e histórica do território, que faz com que haja uma “aceitação enraizada entre a comunidade” das diferentes culturas e etnias. CCAC independente Devido a constrangimentos de tempo, as intervenções de Liu Dexue foram curtas, mas também pelo facto do Governo Central ser o principal foco da reunião. Mesmo assim, o representante local teve tempo para frisar que o Comissariado contra a Corrupção (CCAC) funciona de forma independente do Chefe do Executivo. “O CCAC actua com total autonomia e independência, para promover as liberdades e salvaguardar a liberdade individual, assim como um bom desempenho público”, garantiu Liu Dexue. “O coordenador é nomeado pelo Chefe do Executivo, enquanto líder máximo do Governo, e de acordo com a Lei Básica. Mas depois não há qualquer ligação com o poder Executivo. O CCAC desempenha as funções de forma independente e sem qualquer ligação ou limitação”, acrescentou. Na sessão houve ainda tempo para elogios à implementação por parte de Macau da convenção sobre os refugiados, endereçados por Rita Izsák-Ndiaye, da Hungria. Os elogios a Macau contrastaram com as situações relatadas acerca de Hong Kong e do Interior da China.
Hoje Macau PolíticaEstudo de Políticas | Agnes Lam quer explicações concretas [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]um contexto de controlo do pessoal contratado e simplificação administrativa, o Governo anunciou a criação da Direcção dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional (DSEPDR), que resulta da fusão entre o Gabinete de Estudo das Políticas e o Grupo de Trabalho de Assuntos do Interior da China. Contudo, Agnes Lam considera que estas mudanças são contrárias ao princípio da governação e exige explicações por parte do Governo. De acordo com um artigo publicado no Jornal do Cidadão, a deputada questiona o motivo da direcção passar a ter um total de 120 profissionais, querendo entender as justificações do Executivo. Agnes Lam quer explicações bem claras sobre os planos concretos para a DSEPDR e pergunta porque é que foram contratadas mais pessoas, ao invés de se promover a transferência de outros serviços. Ainda em relação à simplificação administrativa prometida pelo Governo de Chui Sai On, a legisladora pretende apurar quais as competências específicas que exigem à criação de um novo serviço e se não era possível que o trabalho fosse feito por outros departamentos. Outra das questões da deputada prende-se com o nível de autonomia da DSEPDR e com as dúvidas se esta autonomia não será limitada pelo facto dos trabalhos envolverem outros serviços, com direcções diferentes.
Hoje Macau PolíticaLei do Hino | Secretária refere papel dos media e garante liberdade de imprensa [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s deputados da Assembleia Legislativa (AL) aprovaram ontem na generalidade a proposta de lei relativa à “utilização e protecção da bandeira emblema e hino nacionais”, que foi implementada em 1999. Os deputados Ng Kuok Cheong e Au Kam San votaram contra, enquanto José Pereira Coutinho decidiu abster-se. O diploma, que será agora analisado pelos deputados em sede de especialidade, prevê um maior reforço do ensino do hino nas escolas. Nesse aspecto, a secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, frisou o papel que os órgãos de comunicação social vão ter no processo de promoção do hino. “Pedimos para promoverem alguns filmes para educar a nossa população. Temos tido uma boa relação com os media, na divulgação jurídica, por exemplo. Promover a lei do hino nacional não é de modo algum restringir a liberdade dos media. Só se houver desrespeito é que vamos aplicar sanções.” Sónia Chan quis deixar claro que a lei em Macau não é igual à lei do hino que vigora no continente e que as sanções a aplicar estão devidamente clarificadas na proposta de lei. “Naturalmente, que não podemos transpor tudo o que está na lei do hino nacional”, disse, referindo que não se registaram muitos casos de violações à lei em vigor. Sónia Chan chegou mesmo a exemplificar na sessão plenária como as pessoas se devem comportar em locais públicos, chegando mesmo a levantar-se da cadeira. “Estamos a pedir para as pessoas ficarem de pé, é simples, e os participantes também podem cantar o hino. Depende da entidade que organiza. Sabemos que é impossível que todos num autocarro tenham de parar e ficar de pé. Só em locais públicos e próprios. As pessoas devem permanecer de pé e comportar-se com postura. A entidade organizadora também pode chamar a atenção a essas pessoas.”