Pequim pressionado a reconhecer sentença de tribunal de Haia

[dropcap style=’circle’]E[/dropcap]stados Unidos da América, Japão e Austrália instaram ontem a China a aceitar a sentença do Tribunal Permanente de Arbitragem, com sede em Haia, que deu razão às Filipinas numa disputa territorial no Mar do Sul da China.
Os chefes da diplomacia dos três países (John Kerry, Fumio Kishida e Julie Bishop) divulgaram um comunicado conjunto em que expressam “forte apoio ao estado de Direito” e instam a China e as Filipinas “a respeitar” a sentença daquele tribunal, “que é final e vincula legalmente” os dois países.
Kerry, Kishida e Bishop participaram ontem nas reuniões multilaterais da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), na capital do Laos, e reuniram-se na segunda-feira.
Os três defendem a liberdade de trânsito aéreo e marítimo no Mar do Sul da China e criticam a construção de “postos fronteiriços” e de uso militar na região.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, e os seus homólogos da ASEAN acordaram um comunicado conjunto na segunda-feira em que se comprometem a resolver as disputadas no Mar do Sul da China de forma pacífica e “amistosa” e a assinar o mais depressa possível um “código de conduta” para evitar conflitos.
Numa conferência de imprensa, Wang Yi reiterou a recusa da China em aceitar a sentença do tribunal internacional e assegurou que os ministros da ASEAN lhe disseram que a organização não tomará partido nesta disputa entre Pequim e Manila, apesar de as Filipinas serem um dos membros fundadores da organização.
John Kerry, Fumio Kishida e Julie Bishop condenaram, por outro lado, o teste nuclear de os ensaios de mísseis da Coreia do Norte nos últimos meses e instaram o regime de Pyongyang a acatar as resoluções das Nações Unidas sobre a proliferação de armas.
Além disso, apelaram à Coreia do Norte para respeitar os direitos humanos.
A ASEAN foi fundada em 1967 e integra a Birmânia, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietname.

27 Jul 2016

O feitiço do artista 这个意大利人

* por Julie O’Yang

[dropcap style=’circle’]H[/dropcap]á alguns meses atrás a leiloeira Sotheby vendeu pela quantia astronómica de 137,4 biliões de HK dólares um dos 18 quadros assinados pelo pintor Lang Shining.
Giuseppe Castiglione, um missionário católico chegou à China, à corte do Imperador Kangxi, em 1715. Como o Imperador Kangxi não via com bons olhos a Igreja Católica, o monge apresentou-se como pintor e, nessa qualidade, instalou-se oficialmente na corte Kangxi. A tarefa mais importante que lhe foi atribuída consistia no registo pictórico de todas as actividades da corte, desde a guerra, eventos históricos e figuras a cavalo, a cenários paisagísticos, jardins e festivais. No desempenho destas funções, o monge italiano influenciou e alterou para sempre a estética chinesa.
O Imperador Kangxi não só não gostava das cores usadas na pintura europeia, como não se sentia francamente à vontade com o conceito de perspectiva. Kangxi detestava os “claros-escuros” dos quadros a óleo, manifestando uma forte preferência por rostos pintados de frente, que exibissem toda uma claridade radiante e “positiva”. Para cair nas boas graças do Imperador, Castiglione aprendeu a dominar as técnicas de pintura chinesa, que, como se sabe, são extraordinariamente exigentes. Aprendeu a pintar em seda, uma técnica que não permite emendas. Assim que o pincel toca na seda, já está, é permanente, não pode ser modificado, melhorado ou retocado. Estas limitações devem-no ter feito sentir como uma dançarina de circo acorrentada. Contudo, acabaram por obrigá-lo a desenvolver um estilo único que desafiou todas as regras conhecidas até aí. Por exemplo, o italiano pintou paisagens com sombras, introduzindo a noção de profundidade na percepção que os chineses tinham do mundo. A uma dada altura, Castiglione sugeriu ao Imperador que fosse criada uma escola de pintura, mas o pedido foi rejeitado. Depois da morte do Imperador Kangxi, o seu filho, o Imperador Yongzheng, subiu ao trono do dragão. Ao contrário do pai, o Imperador Yongzheng sentia-se fascinado pela arte europeia. Foi neste período que Castiglione deu largas à introdução da perspectiva nas pinturas palacianas. Incentivou Yongzheng a pintar com ele; Castiglione pintaria as figuras centrais e o Imperador ocupava-se das paisagens de fundo, dando assim o seu contributo à ambiência geral. A isto chamava-se “hebihua”, ou seja, pintar um quadro a dois. Castiglione fez imensos hebihua com o Imperdor Qianlong, durante o seu reinado e, à época, tornou-se moda nas famílias aristocráticas estes ensembles de homenagem à pintura ocidental.
Através do seu trabalho, Castiglione ensinou aos pintores chineses a importância da expressão, da precisão das formas, das texturas e do olhar que capta a personalidade do retratado. A sua pintura poderia não estar ao nível das melhores da Europa, mas ele teve certamente um papel determinante na forma como os chineses passaram a observar o mundo. Castiglione participou na concepção de Yuanmingyuan, o antigo Palácio de Verão, que deveria ser uma simbiose das arquitecturas oriental e ocidental. A partir de 1840, e nos 60 anos que se seguiram, Yuangmingyuan foi pilhado e incendiado por diversas vezes na sequência dos conflitos com a Aliança das Oito Nações e com o Japão.

27 Jul 2016

Lojas violam a lei quando afixam imagens de pessoas a furtar

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s lojas que colocam nas paredes fotografias de pessoas a furtar estão a violar a Lei de Protecção de Dados Pessoais. É o que indica um parecer do Gabinete de Dados Pessoais (GPDP) a que o HM teve acesso.
O documento do GPDP está disponível no site do organismo, tendo sido a investigação desencadeada por um “cidadão que apresentou uma participação contra” uma loja, que colou na parede imagens de uma pessoa que lá tinha roubado produtos.
O suspeito já tinha “até furtado várias vezes” no mesmo local, mas como os montantes dos furtos não foram elevados, o proprietário acabou por não fazer queixa à PSP. Decidiu, antes, utilizar as imagens retiradas do sistema de videovigilância para colar nas paredes da loja, de forma a “dissuadir” o homem de voltar a levar coisas sem pagar. Mas, se o sistema de videovigilância não viola a lei, a utilização das fotografias já conta outra história.
“No [caso da videovigilância], os interesses pessoais dos titulares dos dados não prevalecem sobre os interesses legítimos da loja. (…) No entanto, a loja recolheu as imagens recolhidas pelo sistema de videovigilância e elaborou as fotos do suspeito para a afixação – a actuação em causa não tinha a finalidade de segurança, mas sim a de “punir” o indivíduo envolvido. Por isso, o tratamento de dados desvia-se da finalidade de segurança da instalação de sistema de videovigilância”, indica o GPDP.
Uma vez que, com as fotos, se podia identificar o rosto do suspeito, estas foram consideradas como informações de dados pessoais e o GPDP indica que esta actuação é “excessiva” e viola a lei. A loja foi até multada em quatro mil patacas por ter infringido as regras.

27 Jul 2016

Investidora de Abu Dhabi compra metade da última fase dos Nova City

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]novo centro comercial da Shun Tak que vai nascer na Taipa juntamente com torres de habitação foi dividido com uma empresa dos Emirados Árabes Unidos. O acordo foi assinado no final de Junho e ontem dado a conhecer através de um comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, o Heng Seng Index.
O negócio vai valer à Shun Tak, de Pansy Ho, mais de três mil milhões de dólares de Hong Kong. O acordo foi feito entre a empresa, uma sua subsidiária, a Ace Promise Investment Limited, das Ilhas Virgens Britânicas, e a Hip Company, subsidiária da Abu Dhabi Investment Authority.
A participação que a Shun Tak vai vender é de 50%, pelos quais a empresa de Ho vai arrecadar 3,23 mil milhões de dólares de Hong Kong. Destes, 157,5 milhões foram já pagos.
A quinta fase do complexo Nova City, que vai nascer entre os prédios com o mesmo nome e os Nova Taipa, em frente ao Parque Central da Taipa, deverá estar pronta em finais de 2018. Do projecto fazem parte oito torres residenciais, mais de 600 lugares de estacionamento e um centro comercial, que vai ter supermercado, restauração, lojas e cinema. O complexo é de 60.899 metros quadrados e, para a Shun Tak, “vai trazer uma nova dimensão de conveniência aos residentes dos Nova City e dar resposta a uma crescente procura [de um centro comercial] por parte da comunidade local”, como se pode ler no comunicado enviado ao Heng Seng Index.

27 Jul 2016

Hong Kong | Jornalistas condenados por publicações proibidas

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]ois jornalistas de Hong Kong ligados a revistas sobre política foram condenados a prisão na China, sob a acusação de gerirem um negócio ilegal, a mesma aplicada a cinco livreiros da cidade que estiveram desaparecidos durante meses.
Os dois jornalistas, ambos detidos em 2014, são o editor Wang Jianmin, 62 anos, condenado a cinco anos e três meses de prisão, e o director Guo Zhongxiao, 40 anos, condenado a dois anos e três meses. Ambos se declaram culpados num tribunal em Shenzhen no ano passado, escreve ontem o jornal de Hong Kong South China Morning Post.
O advogado de Guo Zhongxiao disse que o seu cliente será libertado no próximo mês, após cumprir a pena.
Wang e Guo têm bilhetes de identidade de Hong Kong, mas viviam em Shenzhen quando foram presos.
A acusação disse que a sua empresa de ambos, a National Affairs Limited, registada em Hong Kong, ganhou sete milhões de dólares de Hong Kong com a publicação de duas revistas – a New-Way Monthly e a Multiple Face – e que as receitas provenientes dos leitores chineses ascendiam a 66.000 yuan da receita total.
A defesa alegou que as publicações eram impressas em Hong Kong e as cópias enviadas apenas para oito pessoas na China, todos amigos do editor.
A mulher de Wang, Xu Zhongyuan, que ajudou a enviar cópias das revistas por correio, e um ‘freelance’ que colaborava com a revista, Liu Haitao, declararam-se culpados de operarem um negócio ilegal perante o mesmo tribunal.
Xu foi sentenciada a um ano de prisão, suspensa por dois anos, e Liu condenado a dois anos de cadeia, suspensa por três anos.
O advogado de Xu disse ontem que os quatro afirmaram que “iriam aceitar o veredicto do tribunal e que não iriam recorrer”.
A presidente da Associação de Jornalistas de Hong Kong, Sham Yee-lan, considerou a sentença um ataque à liberdade de expressão, publicação e imprensa em Hong Kong porque as duas revistas eram impressas na cidade.
“As penas de prisão são muito pesadas. As publicações eram, de facto, impressas em Hong Kong por empresas registadas aqui”, afirmou. “Parece que o Governo chinês intensificou a repressão contra estas publicações”, disse.
Sham disse ainda que o Governo de Hong Kong tem a responsabilidade de oferecer apoios aos dois jornalistas, cidadãos de Hong Kong.

27 Jul 2016

Subtropical (episódio I)

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]pós anos numa longa e dura jornada onde Jacinto, chamemos-lhe assim, teve de ultrapassar várias dificuldades, ei-lo a poucas milhas do destino um dia por ele escolhido. “Tarde demais para decisões dessas”, disseram-lhe vezes sem conta.
As forças tinham sido testadas ao limite e a ideia de desistir não lhe foi estranha. Mas insistiu, dissipou dúvidas e medos, os próprios e os que lhe foram emprestando pelo caminho, ignorou os espectros dos pesadelos e não voltou atrás.
Um dia, quase convencido de perseguir uma quimera, como um D. Quixote da era moderna, e próximo de dar razão às vozes chamadas da razão, fosse lá isso o diabo que fosse, aí estava!
As formas adivinhavam-se através da bruma que aquela manhã trouxe. O destino sonhado parecia finalmente ali. Ou melhor, quase ali. Avistou-o ao chegar a um profundo abismo. “A última prova”, pensou? Uma prova brutal, uma garganta rasgada a perder de vista e um fundo que, se existisse, ocultava-se da sua vista. Mas o destino estava do outro lado, ou assim Jacinto pensava, a menos que fosse um truque da mente depauperada, uma manifestação da sua vontade cega mas ele quase o podia cheirar, tocar, sentir…
O abismo. Esse sim era real, assustador e intransponível.
Dias e noites andou em ambas as direcções, mas o rasgo na crosta parecia não ter fim nem forma de ultrapassar. Um dia, já parco de esperança descobriu uma ponte, ou algo parecido com isso. Um trabalho de alguém que um dia terá sofrido penitência igual, feito sabe-se lá como.
“Existirão mais dificuldades do outro lado”, pensou Jacinto porque o destino sonhado não estava propriamente ali, logo na iminência da outra margem, mas milhas mais para diante. Porém, Jacinto sentiu as energias do seu corpo gasto renovarem-se e um brilho na sua mente quase apagada. Dificuldades passadas e futuras pareciam-lhe irrelevantes, pois esta não era a primeira vez que uma solução lhe surgia do nada quando tudo parecia perdido.
Regenerado, atreveu-se a sorrir, revisitando essa emoção quase esquecida. Reuniu forças, avaliou a ponte, os cabos, os madeiros suspeitos que lhe davam um vago ar de caminho e nela entrou. Alguns passos dados e tudo começou a estalar, a abanar perigosamente. Estacou, mãos crispadas no vão corrimão de corda. Ponderava as hipóteses quando a trave onde assentava um pé cedeu quase o levando com ela. De coração aos saltos, crispou-se ainda mais e reflectiu.
Ao longe, continuava a vislumbrar a silhueta do seu destino. “Não pode ser miragem”, pensou, “Não pode!”. Avançou mais uns passos. Devagar, como felino em modo de caça, como se pretendesse que a ponte não desse por ele. Olhou para baixo e arrependeu-se. Olhou para cima, como demandando clarividência, apoio, ou apenas para esquecer o abismo. Viu nuvens, escuras, negras. O sol tinha desaparecido há pouco, mas Jacinto não tinha dado por isso. A tempestade iminente era óbvia. Subtropical e brutal. Jacinto focou-se na outra margem.
“Tarde demais para voltar”, pensou obstinado. Uma rajada de vento. Mãos crispadas, dentes cerrados. Aquele ranger insuportável. Mais um passo e sentiu-se no ar “como um Tarzan”, ainda lhe ocorreu estupidamente. A ponte tinha quebrado mas ele continuava agarrado à corda e voava ligeiro em rota de colisão contra a escarpa da margem de onde vinha onde embateu violentamente. “Ainda estou vivo”, pensou naquele instante, talvez para esquecer as dores e o terror. A ironia quase o fez rir e a atracção do abismo, porque ela existe, começou a insinuar-se, mansamente, até o envolver como uma bênção, um derradeiro conforto. “Seria como voar”, pensou, julgando não ser uma morte assim tão funesta.
O primeiro trovão ribomba. Talvez tivesse sido o estrépito a acordá-lo do torpor suicida com que aquecia a alma e Jacinto voltou a agarrar-se à vida, ou à corda, com mais força do que nunca. A mente, em alta rotação, procurava soluções furiosamente. Mas ele sabia que as forças estavam no limite. Apenas a vontade o mantinha ali, quiçá a imagem do sonho. porque já não era o corpo físico que o sustinha. “A imaginação dá asas”, pensava, tentando manter-se animado e imaginando-se uma criatura alada. A chuva começou a cair.

(continua)

MÚSICA DA SEMANA

“There Is A Happy Land” (David Bowie, 1967)

There is a happy land where only children live
They don’t have the time to learn the ways Of you sir, Mr. Grownup
There’s a special place in the rhubarb fields underneath the leaves
It’s a secret place and adults aren’t allowed there Mr. Grownup,

27 Jul 2016

Emprego | Feira promove oportunidades para início de carreira

Dias 30 e 31 de Julho os mais jovens vão ter a oportunidade de perceber quais as oportunidades de emprego na RAEM. Lionel Leong vai estar presente

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]fim-de-semana que se aproxima é de oportunidades, com a realização da 11ª edição da Feira de Emprego para jovens. O evento foi anunciado ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e tem lugar a 30 e 31 de Julho no Centro de Convenções e Entretenimento da Torre de Macau.
O subdirector da DSAL, Chan Un Tong, deu a conhecer o programa da iniciativa salientando que representa uma oportunidade bilateral de informação acerca das possibilidades de emprego na RAEM. Para esta edição, é esperada a presença de 61 empresas que põem ao dispor dos interessados três mil ofertas de emprego. Quanto aos jovens, e à semelhança da assiduidade em anos anteriores, são esperados mais de quatro mil, na sua maioria recém-licenciados à procura de uma orientação profissional.
Segundo o subdirector, cabe à iniciativa representar dois objectivos principais: por um lado ser uma plataforma de oportunidades e por outro um meio de avaliação das necessidades dos jovens que entram no mercado, para que se possa proceder ao conhecimento das suas potencialidades.
A feira estará dividida em três zonas: uma área dedicada às empresas, uma outra para informações acerca de vagas a tempo inteiro, parcial e estágios e uma terceira de serviços de aconselhamento profissional. “É importante dar orientações acerca da melhor forma de procurar e gerir a carreira”, afirma a representante da Associação da Nova Juventude Chinesa de Macau.
Neste sentido são ainda disponibilizadas dicas de como procurar trabalho mais eficazmente, “de como redigir uma carta de apresentação, de técnicas a empregar aquando de entrevistas, etc”.

Edição diferente

A grande novidade este ano prende-se com a presença do Secretário para a Economia e Finanças. Além da sua presença na abertura oficial do evento estará ainda em contacto próximo com os jovens de modo a auscultar as suas necessidades.
Chan Un Tong salienta a existência de uma maior procura de trabalhadores para o sector do turismo, sendo que as áreas das empresas e entidades participantes são diversas. Da educação à aviação, os jovens podem ainda escolher, consoante a sua formação e perfil de carreira, empregos nas telecomunicações, seguros, jogo, administração de propriedades, comércio etc.
Para ajudar os mais novos a gerir a sua carreira, a Feira de Emprego 2016 vai ainda contar com a realização de um seminário em que os participantes podem testemunhar as experiências de profissionais que falarão acerca da gestão de tempo, interacção, detecção de pontos fortes e fracos , etc.

27 Jul 2016

Universidade de Tsinghua analisa qualidade dos solos

O Governo incumbiu a Universidade de Tsinghua da realização de um estudo sobre a qualidade dos solos. O anúncio tinha sido feito em Boletim Oficial e, questionada pelo HM, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) explica que a ideia do estudo é “melhorar o sistema de padrões da qualidade ambiental de Macau”. “A DSPA encarregou a Universidade Tsinghua de realizar o Estudo Profundo sobre a Norma de Qualidade dos Solos. Neste estudo vai proceder-se à investigação e à análise da qualidade dos solos de Macau, para os futuros trabalhos da elaboração de documentos sobre os respectivos padrões”, explica o organismo dirigido por Raymond Tam. Num despacho assinado por Chui Sai On, Chefe do Executivo, fica a saber-se que a Universidade Tsinghua vai receber 2,12 milhões de patacas, num pagamento dividido em duas fases que se estende até ao próximo ano.

27 Jul 2016

Parisian abre a 13 de Setembro

O novo resort da Sands China no Cotai abre a 13 de Setembro. O anúncio da abertura do Parisian foi ontem feito pela empresa à Bolsa de Valores de Hong Kong, Heng Seng Index, no mesmo dia em que se ficou a saber que a operadora voltou a ter quebras nos lucros em Macau.
As receitas da Sands China ascenderam a 1,48 mil milhões de dólares americanos no segundo trimestre, menos 16,4% face ao mesmo período do ano passado. Já os lucros líquidos caíram para 237 milhões de dólares americanos de Abril ao mês passado, menos 39% face ao ano passado.
Ainda assim, Sheldon Adelson mostra-se positivo. “O ambiente de negócios continuou a ser desafiante no primeiro semestre, mas vemos sinais de estabilização, especialmente no mercado de massas, cujas receitas aumentaram em Junho”, disse o dono da Sands China no comunicado à Bolsa. Este foi o primeiro mês em dois anos em que houve um crescimento anual. O magnata também prevê sinais positivos com a abertura do Parisian.
“Continuamos confiantes de que as nossas propriedades no Cotai, que vão ser completas com a abertura do Parisian Macau, vão continuar a providenciar benefícios à diversificação económica em Macau e ajudar a atrair muitos visitantes tanto em negócios, como em lazer.”

27 Jul 2016

Trabalhadores do Palácio Imperial à deriva

O subdirector da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), Chan Un Tong, fez ontem saber, à margem da apresentação da Feira de Emprego 2016, que até agora foram 11 os casos de trabalhadores do Hotel Palácio Imperial que vieram solicitar apoio do organismo para encontrar um novo trabalho. Estes trabalhadores fazem todos parte do grupo de 20 que trabalhava no estabelecimento, fechado pela Direcção dos Serviços de Turismo, a tempo inteiro.
Chan Un Tong adianta ainda que “estão a ser feitos os esforços possíveis” para reintegração destas pessoas no mercado de trabalho, apesar de não existir até ontem nenhum acto de despedimento por parte da gerência do Hotel, recentemente fechado por um período provisório de seis meses.
Já Angela Leong, número um da Sociedade de Jogos de Macau, que opera o casino dentro do espaço, fez saber em comunicado de imprensa que a decisão de encerramento do Hotel “não teve em conta o futuro dos empregados e suscitou nos mesmo surpresa e receios”. Foram pessoas que se viram sem emprego “da noite para o dia”, refere, dizendo ainda que a decisão “trouxe uma imagem negativa para Macau”.

27 Jul 2016

Croupier e apostador sócios em fraude

Um croupier local é suspeito de se associar a um apostador para cometer fraudes com fichas de casinos. Segundo o jornal Ou Mun, um dos suspeitos já admitiu ter cometido a ilegalidade três vezes e o casino lesado está ainda a calcular o prejuízo. O caso está em investigação na Polícia judiciária. O croupier detido tem 28 anos e o outro suspeito é um desempregado, com 64 anos. Estão ambos entregues ao Ministério Público sob a acusação de peculato e assumem-se como culpados, justificando que perderam mais do que esperavam no jogo e por isso juntaram-se para recuperar dinheiro. Terão trocado fichas no valor de mil dólares de Hong Kong por fichas no valor de 50 mil, o que levantou suspeitas e levou a que a Polícia fosse chamada. Admitiram ainda que já tinham usado a mesma estratégia em Março e Junho tendo angariado um total de 58 mil.

27 Jul 2016

Fachada do Hotel Estoril vai ser preservada

“Não há dúvidas de ‘sim’ ou ‘não’ acerca da manutenção da fachada do Hotel Estoril, a fechada vai ser reservada definitivamente, bem como a sua pedra inaugural.” É o que afirma Guilherme Ung Vai Meng, em declarações prestadas num telefonema que o presidente do Instituto Cultural (IC) fez para o programa Fórum Macau da Rádio Macau.
A questão prende-se é onde se vai preservar a fachada: se no mesmo lugar, se noutro sítio. O organismo diz ter uma atitude aberta e vai esperar pela decisão do arquitecto que for escolhido para o projecto. O IC adiantou ainda que o seu trabalho principal neste momento é o de elaborar o plano de reparação e manutenção da fachada.
Face ao desafio da reparação, o IC diz que já tem organizada uma equipa técnica com experiências idênticas noutros locais de referência e que está a trabalhar com o Laboratório de Engenharia Civil de Macau para seja encontrada a melhor resolução. O presidente não exclui a possibilidade de convidar especialistas estrangeiros para dar apoio ao projecto.
As declarações surgem depois de, na segunda-feira, no Conselho do Planeamento Urbanístico, a Direcção de Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes ter dito que o hotel ia ser totalmente demolido.

27 Jul 2016

Animais | Diversões turísticas na Ásia levam ao sofrimento de milhares

China e Tailândia são dois dos lugares na Ásia onde mais animais sofrem por serem atracções turísticas. Ingenuidade ou puro esquecimento fazem de todos nós contribuintes para que continuem as fotografias com tigres e passeios em elefantes e, consequentemente, os abusos e maus tratos a animais. Está na altura de riscar alguns desejos da sua lista

[dropcap style=’circle’]F[/dropcap]otografias com macaquinhos vestidos com lantejoulas. Passeios nas costas de elefantes, selfies com ursos polares no meio de centros comerciais ou aquela imagem de um turista sentado num templo com tigres enormes ao lado.

São várias as formas de entretenimento com animais que são toleradas na Ásia, com a China e a Tailândia no topo dos locais com atracções. Mas sabe qual é o preço para que turistas como nós possam ter uma fotografia com animais presos em cativeiro? Maus tratos, sofrimento, doenças e malformações e, às vezes, a própria vida. É este o preço que pagam os animais confinados a circos, gaiolas ou correntes.

Só abriu em Janeiro deste ano, mas é já considerado um dos “zoos mais tristes do mundo”. O Grandview Aquarium, em Cantão, alberga 500 espécies diferentes de animais, incluindo do Árctico. Mas fica num centro comercial, sem luz natural e onde as jaulas são “demasiado pequenas”. A ideia de criar o espaço? Permitir selfies com animais raros e providenciar ao público espectáculos de entretenimento.

Torturas expostas

Urso polar num centro comercial em Guangzhou
Urso polar num centro comercial em Guangzhou

Dois ursos polares, seis baleias-beluga jovens, dois lobos do Árctico e cinco leões marinhos fazem as delícias dos visitantes no Grandview Aquarium. Mas o oposto não é real: o facto do local não ser um santuário, mas um zoo, leva a problemas que podem já ser notados nos animais.

“Sofrem de negligência, maus tratos, falta de estimulação e falta de luz natural. Os espaços pequenos não permitem que façam os movimentos normais que fariam na Natureza”, pode ler-se num relatório da Animals Asia.

O fundador do Grandview Aquarium é a Haichang Ocean Park Holdings, um dos maiores operadores de parques aquáticos do continente. Espectadores, alguns sem saber, relatam que os animais estão a sofrer de uma doença conhecida como “zoochosis”, um comportamento típico de animais em cativeiro, onde os movimentos são tão repetidos que se tornam únicos, invariáveis e sem qualquer função útil para a criatura.

“Os leões marinhos e as baleias nadam em círculos nos seus pequenos tanques e os ursos, raposas e lobos raspam as unhas nas paredes, enquanto andam para a frente e para trás no mesmo sentido. Muitos animais em cativeiro desenvolvem este comportamento anormal e neurótico, porque são literalmente levados à loucura por causa do local onde estão confinados. Animais marinhos em cativeiro morrem, normalmente, mais cedo do que no seu habitat natural”, explica a Animals Asia, uma das maiores organizações do mundo de protecção animal.

Os ursos polares ainda sem nome que habitam no local são a maior atracção para quem quer tirar selfies. Vídeos e imagens mostram os animais num pequeno quadrado de cimento pintado de azul: a maioria das vezes, os ursos estão deitados com a cara no chão de cimento – para que possam escapar ao calor de Cantão -, ou a tentar fugir de turistas que dão murros nos vidros para chamar a atenção dos animais.

“Os pobres dos ursos não têm por onde escapar. Nenhum local para se esconderem das pessoas a tirar fotografias”, frisou Dave Neale, director do departamento de Bem-Estar Animal da organização. “Eles precisam de espaço, para correr, para subir, para caçar… para andar.”

Depois da morte do “urso polar mais triste do mundo” – o Arturo, preso num zoo da Argentina – os ursos desta infra-estrutura aqui ao lado já são considerados uma substituição. E o problema é que parecem haver sempre substitutos.

O erro de não pensar

O Grandview Aquarium é, como muitos outros aquários que servem de zoo, uma “prisão” para animais a quem estão a ser negados os direitos de viver num habitat natural para prazer dos humanos. Mas, como muitos outros sítios, não é o único a chamar a atenção.

Recentemente, diversos mosteiros budistas na Tailândia começaram a ser investigados, depois de um dos mais populares templos do país ter sido acusado de tráfico de vida selvagem e maus tratos: mais de uma centena de tigres viviam no local. Mais de 40 crias foram encontradas congeladas.

Ao retirarem os tigres do templo, as autoridades tailandesas foram confrontadas pela população, que queria proteger os tigres e pensava que o local para isso era o templo. Esse é, de acordo com organizações internacionais pelos direitos dos animais, um dos maiores problemas. É que, enquanto turistas, muita gente não pensa que por trás de um belo exemplar de tigre que posa para uma foto, estão inúmeros casos de maus tratos e de injecção de drogas aos animais.

“É um erro, um acto cruel, que não nos apercebemos do que estamos a fazer. Pagamos para tirar fotos com um tigre, ou para andar de elefante ou para ver macacos a dançar e golfinhos a saltar. Quase 110 milhões de pessoas visitam anualmente atracções relacionadas com a vida selvagem. Mas a maioria não se apercebe o abuso que pode estar por trás desses momentos mágicos. Às vezes, uma vida de sofrimento”, realça um relatório de Junho deste ano da World Animal Protection. A organização estima que, pelo menos, 550 mil animais selvagens sofram às mãos de pessoas que têm como intuito atrair turistas – e isto só falando em espaços registados, com infra-estruturas.

No relatório da organização, a World Animal Protection fez uma lista (ver em baixo) das dez atracções mais mortíferas com e para os animais. Uma delas é precisamente a selfie com o tigre.

“As crias são retiradas da mãe cedo, para que se habituem a fotografias e poses durante horas a fio. São normalmente mantidos em jaulas com chão em cimento ou correntes.”

Contribuintes para o mal

Os ursos bebés são acorrentados pelo pescoço para aprenderem a andar em duas patas
Os ursos bebés são acorrentados pelo pescoço para aprenderem a andar em duas patas

Como qualquer pessoa a viver na Ásia, também o leitor deve ter visitado a Tailândia, destino típico para um passeio às costas de um elefante. No local, pode até nem ter pensado para aquilo que estava a contribuir. A World Animal Protection explica.

“Para que os elefantes aceitem dar boleias às pessoas, são retirados às mães em bebés e passam por um terrível processo conhecido como ‘the crush’, que envolve mantê-los em jaulas minúsculas e fechadas ou prendê-los com correntes nos pés, para que só se mexam quando mandados. Dor severa é constantemente infligida no animal, com ganchos de metal na cabeça e, nos parques, evita-se que desenvolvam relações sociais uns com os outros.”

Os elefantes são criaturas conhecidas por sentirem dor pela perda de um membro da família, imporem o luto entre eles e fazerem parte de uma sociedade.

Os macaquinhos que dançam, às vezes vestidos e maquilhados, nas ruas de Guilin, por exemplo, são outros dos animais que mais sofrem por causa do turismo.

“Os macacos mais jovens são treinados de forma agressiva e dolorosa, para que andem e se comportem como humanos. São mantidos em correntes e, quando não estão a dançar, servem para fazer poses para tirar fotografias. Ao crescer, a corrente começa a ficar enfiada na própria carne do macaco”, relata a World Animals Protection.

Infames circos

Deixando de parte os animais que anualmente são mortos para comida de forma cruel, os festivais de carne de cão ou as tradições que existem apenas para infligir sofrimento, há ainda outra atracção mundial que envolve abusos a animais. São os circos: local de diversão para uns e de desespero para outros.

Uma investigação recente da PETA Asia and Pacific na cidade de Suzhou, na China, é prova disso mesmo. A organização registou algumas das cenas num vídeo impróprio para os mais sensíveis. O HM viu algumas das imagens – ursos e tigres em gaiolas desapropriadas ou animais acorrentados pelo nariz são apenas algumas delas. As outras mostram animais em agonia, aos gritos.

“Visitámos dez circos diferentes e locais de treino de animais só nessa cidade, que tem mais de 300 circos. Os abusos e maus tratos são de uma escala massiva. Crias de ursos são acorrentadas pelo pescoço à parede durante horas, para que aprendam a andar em duas patas. São espancados quando não fazem os truques e, quando acabam o espectáculo ou já estão velhos demais para performances são deixados 24 sob 24 horas fechados em gaiolas”, pode ler-se no relatório da PETA.

Macacos, tigres, elefantes, ursos, lamas e até cães de grande porte e porcos são as estrelas deste filme de terror. “Um dos macacos foi acorrentado aos cornos de uma cabra e forçado a fazer o pino enquanto a cabra subia a uma escada.

Circos como estes não acontecem apenas na China, com Singapura, México e até a Grécia a figurarem na lista de locais com estes espectáculos. Por cá, contudo, muitos dos circos não têm sequer autorizações necessárias para manter os tigres, que são protegidos sob a lei chinesa. Quando os tigres são considerados velhos demais para executar truques, são mortos para serem usados em tratamentos de medicina tradicional.

O que fazer?

animaisO desejo de estar perto de um exemplar da vida selvagem é comum entre turistas, especialmente aqueles que são amantes dos animais. Muitos nem sabem sequer que estão a contribuir para maus tratos – por exemplo, um estudo da World Animal Protection mostra que 80% de mais de 50 mil críticas deixadas em sites sobre locais de vida selvagem são positivas – e também é verdade que há locais que são santuários para os animais.

Então, como saber quando visitar um local? A World Animal Protection é peremptória: nunca pague para ver animais como atracção. “Todos os bilhetes comprados neste sentido apoiam uma indústria cruel. Não interessa se não gosta de animais, se sabe dos maus tratos de que são alvo deve optar por não ir.”

Quase de certeza que cada um de nós já montou um elefante, tirou uma foto com um leão ou foi a um qualquer parque aquático. Agora, antes de lá voltar, lembre-se de analisar bem se vai ver um santuário ou se vai pisar um espaço que maltrata as suas principais estrelas quando as cortinas se fecham.

“Os animais não são actores, nem palhaços de circo. Mas milhares deles são treinados forçosamente para fazer truques, depois de viagens de longas horas confinados em caixas e separados das famílias. Queremos um mundo onde os animais selvagens possam estar na Natureza, onde pertencem. Mas uma das grandes barreiras para que tal aconteça é o turismo global. Mais de 13 mil animais foram salvos [em 2015] de condições abusivas e transferidos para santuários, onde não há espectáculos, nem interacções com turistas”, recorda a World Animal Protection. Alguns desses santuários até lhe abrem as portas, para poder observar os animais, de longe. Em segurança para si e para eles.

As dez piores distrações

1 – Passeios de elefante
2 – Fotografias com tigres
3 – Brincadeiras com leões
4 – Ursos em exposição
5 – Fotografias e passeios com tartarugas (especialmente em vias de extinção)
6 – Performance de golfinhos, focas e leões-marinhos (perseguidos no habitat natural e confinados a jaulas e piscinas que diminuem a sua esperança de vida em mais de metade)
7 – Performance de macacos
8 – Visitas a quintas com gatos-almiscarados (usados na produção de café)
9 – Encantamento de serpentes
10 – Quintas de crocodilos (onde são forçados a reproduzir-se para que haja pele suficiente para roupas e malas e onde são mortos pela carne)

Petições online
Leia e informe-se sobre as condições de alguns animais em cativeiro. Se concordar, pode assinar petições contra o abuso e maus tratos em sites como petaasia.com, worldanimalprotection.org, animalsasia.org, wwf.org
26 Jul 2016

Ex-deputado explica por que retirada dos terrenos “viola Lei Básica”

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]ng Choi Kun, ex-deputado e presidente da Associação dos Empresários do Sector Imobiliário, mandou uma carta ao Jornal do Cidadão onde faz questão de explicar por que razão a retirada dos terrenos permitida pela nova Lei de Terras viola a Lei Básica.
Na carta, o ex-deputado cita a explicação de Yang Jinghui, que trabalhou no Grupo de Ligação Conjunto Luso-Chinês e na Comissão de Redacção da Lei Básica da RAEM e RAHK, sobre a razão da existência da cláusula do artigo 145º da mini-constituição da RAEM, que prevê que “os contratos firmados pelo Governo anterior de Macau, cujos prazos de validade se prolonguem para além de 19 de Dezembro de 1999, continuam válidos, exceptuando os publicamente declarados por representação com autoridade conferida pelo Governo Popular Central (…), que necessitam de uma nova apreciação por parte do Governo da Região Administrativa Especial de Macau”.
Yang Jinghui explicou que, em Março de 1991, como a China não reconhece sete lotes de um terreno na zona dos NAPE aprovados pela então Administração portuguesa, os investidores preocupavam-se com o facto dos seus direitos não poderem ser garantidos depois de 1999, pelo que exigiram ao Governo que fizesse um acordo com a China, dando origem a tal cláusula.
Para Ung Choi Kun isto explica que esta cláusula demonstra que “o direito dos contratos de terreno cujo período de concessão passa 12 de Dezembro de 1999 deve ser garantido pela Lei Básica”.
A nova Lei de Terras tem andado envolta em polémica, depois de ter sido aprovada em 2013, e são muitas as vozes que pedem a revisão da lei por não concordarem que os concessionários fiquem sem os lotes caso não os aproveitem em determinado período de tempo. Isto para as concessões onde as responsabilidades não podem ser imputadas ao concessionário.
No documento, Ung Choi Kun diz que há uma “clara violação da Lei Básica”, porque a retirada dos terrenos está a ser feita com base no que o ex-deputado diz ser um documento interno às Obras Públicas e com peso inferior à lei. “[A retirada de terrenos] não está em conformidade com qualquer diploma. Só com a vontade [das Obras Públicas]. Quando se vê que a Lei Básica não é interpretada de forma geral ou acontecem actos que violam a lei, não devemos apontá-los para garantir [que a lei é respeitada]?” questiona, alertando o Governo para analisar esta situação.
 
*por Angela Ka

26 Jul 2016

Nam Van com várias exposições até Setembro

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] arte que se faz por cá e a que vem do interior da China trazem agora mais cultura aos lagos Nam Van. O Instituto Cultural (IC) apresenta duas exposições que promovem os jovens artistas locais, sem deixar de enfatizar nomes já destacados no mercado chinês.
A mostra “Passando e Olhando – Exposição de Arte de um Jovem Artista” estará patente na zona do Anim’Arte Nam Van a partir de hoje e até Setembro. A iniciativa expõe mais de 60 pinturas, esculturas e instalações artísticas de 30 artistas locais, onde se incluem, por exemplo, Allen Wong, Sissi Ho, Kitman Leong, Eric Fok e Bruno Kwan.
Segundo adianta a organização, constituída pelo IC e pela Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau, os artistas esperam que, através da plataforma de exposição do Anim’Arte NAM VAN, o público possa conhecer a sua visão em relação à criação artística e à persistência.
Por outro lado é ainda esperança que este tipo de iniciativa venha a apoiar o desenvolvimento de artistas locais através da venda das obras expostas.
Além desta, os Nam Van recebem ainda a exposição “Memória Sussurra”, mostra das obras de Cai Guo Jie que estará patente no mesmo espaço e apresenta 14 pinturas do artista. A mostra explora módulos culturais, a compilação de artigos e a gravação de imagens, principalmente mediante “registo” e “documentário”, afirma a organização.
As duas exposições estarão abertas ao público até 20 de Setembro e contam com entrada livre.

26 Jul 2016

Pequim acusa Coreia do Sul de “abalar” confiança mútua

A China culpou a Coreia do Sul por prejudicar a “confiança mútua”, ao concordar com a instalação do sistema antimísseis norte-americano na península coreana, apesar da oposição de Pequim, noticiou ontem a agência Yonhap.
Seul e Washington anunciaram no início deste mês a decisão de instalar o sistema THAAD, após os mais recentes testes nucleares e com mísseis balísticos, levados a cabo pela Coreia do Norte.
O plano para instalar aquele poderoso sistema, que lança projécteis capazes de destruir os mísseis inimigos, levou a duras críticas de Pequim e Moscovo, que consideram que este fortalecerá a capacidade militar dos EUA na região.
“O recente comportamento da Coreia do Sul prejudicou as fundações da nossa confiança mútua”, afirmou o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros à imprensa, após um encontro com o seu congénere sul-coreano, à margem de um fórum regional em Vientiane, no Laos.
“Quero saber que tipo de acções práticas a Coreia do Sul irá tomar para proteger o nosso sólido relacionamento”, afirmou Wang, citado pela Yonhap.
A China é o principal mercado das exportações sul-coreanas e um parceiro chave nos esforços de Seul para conter o programa nuclear da Coreia do Norte.
Durante o encontro, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Yun Byung-Se, reconheceu os desafios nas relações bilaterais, mas realçou que a instalação do THAAD tem finalidades apenas defensivas e que não constitui um perigo para a segurança da China, segundo a Yonhap.

26 Jul 2016

General do Exército chinês condenado a prisão perpétua

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]general aposentado Guo Boxiong, vice-presidente do organismo máximo militar da China entre 2003 e 2013, foi ontem condenado a prisão perpétua por ter aceitado subornos, anunciaram os tribunais militares, através da agência oficial Xinhua.
Guo, vice-presidente durante uma década da Comissão Militar Central, foi o responsável do posto mais alto do Exército a ser condenado na China, tendo sido privado dos seus direitos políticos para a vida e despojado do título de general, segundo a sentença, na qual foi igualmente ordenada a apreensão dos seus bens.
O alegado dinheiro e bens obtidos ilegalmente por Guo, de 74 anos, foram confiscados e devolvidos aos cofres públicos, refere a sentença do julgamento, celebrado à porta fechada e em segredo, como acontece com frequência na China em muitos processos a figuras políticas influentes acusadas de fraude.
No processo, a Procuradoria militar acusou Guo de “abusar da sua posição para ajudar na promoção de terceiros, aceitando quantidades extremamente grandes de dinheiro”.
“Guo aceitou os subornos “pessoalmente e através da sua família”, acrescentou a acusação, numa informação tornada pública em Abril, mês em que a imprensa de Hong Kong cifrava em 12,3 milhões de dólares o dinheiro obtido ilicitamente pelo ex-general, a troco de promoções de oficiais militares.
Outro vice-presidente da Comissão Militar Central na época em que Guo era um dos responsáveis, Xu Caihou, também foi investigado por corrupção e ficou detido à espera de julgamento mais de um ano, tendo falecido de cancro no ano passado, antes de ir a julgamento.
 

26 Jul 2016

CPU | Habitação pública em terreno da CEM suscita estudos

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s planos para o terreno da Companhia de Electricidade de Macau (CEM) junto à Avenida Venceslau de Morais vão na direcção de construção de habitação pública, mas a planta que prevê a sua construção está já a ser alvo de críticas e reticências por membros do Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU). O problema reside no facto de uma obra deste calibre naquela zona poder trazer ainda mais pessoas à Areia Preta, que já é das mais populosas de Macau.
“Os problemas associados ao trânsito, se já são muitos, tenderão a piorar”, afirmou Manuel Iok Pui Ferreira, ontem, em mais uma reunião do grupo.
O membro do Conselho questiona a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) acerca da existência de um estudo capaz de avaliar o fluxo de carros naquela zona, bem como de prevenir o seu ainda maior congestionamento. Para Leong Chung Io, outro dos membros, é “necessário um estudo de todas as zonas a nordeste e da sua estrutura demográfica de modo a estabelecer um plano concreto”.
O responsável da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) afirma que são assuntos que serão tidos em conta e Li Canfeng, director da DSSOPT, explica ainda que a planta prevê uma zona para bombeiros, para eventuais emergências.

Que impacto?

Leong Chung Io adverte para a ausência de um plano específico para aquela área, sendo que considera que esse plano deveria ser conhecido antes que os processos de demolição tenham início. Por outro lado, e tendo em conta a necessidade de demolição, o membro do CPU quer saber se vai ser feito um estudo de impacto ambiental, algo que considera necessário.
Li Canfeng admite que esse estudo é essencial e argumenta que as próprias demolições dependem da sua conclusão. “Antes de demolir temos que ter os resultados do estudo de impacto ambiental, até podemos não ter condições para as demolições”, afirmou o director.
A CEM tinha entregue ao Governo uma proposta para sair das instalações da actual central térmica que a concessionária ocupa na Avenida Venceslau de Morais. A proposta da CEM visa a destruição das actuais instalações, a limpeza e descontaminação do solo, estando ainda prevista uma avaliação do impacto ambiental do edifício. No local, já tinha sido definida a construção e habitação pública.

Vai tudo abaixo

A Associação Novo Macau entregou ontem uma petição a solicitar aos membros da CPU que se manifestassem relativamente à intenção de demolição da fachada do Hotel Estoril. A entrega ocorreu antes da reunião realizada ontem, onde a defesa da fachada se fez sentir por alguns dos membros do grupo. A DSSOPT continua, contudo, com o parecer positivo para a demolição integral do Hotel e Raimundo Rosário afirmou no final da reunião que o processo está já no Executivo, sendo que o parecer dos seus serviços “apoia a demolição”.

26 Jul 2016

Filhos Maiores | Lei Yok Lam condenada a três meses de prisão com pena suspensa

A Líder da Associação foi ontem condenada prisão com pena suspensa e pagamento de multa. A mulher de 64 anos diz estar a analisar se “vale a pena” interpor recurso num caso “contra o Governo”

[dropcap style=’circle’]L[/dropcap]ei Yok Lam, líder da Associação dos Pais dos Filhos Maiores, foi ontem condenada a três meses de cadeia por desobediência qualificada. A pena decidida pelo Tribunal Judicial de Base (TJB) é suspensa por um ano, mas a responsável pondera pedir recurso.
O caso remonta ao ano passado, quando a mulher foi detida quando tentava entrar na Assembleia Legislativa (AL) quando Chui Sai On, Chefe do Executivo, estava no plenário. Mais de uma centena de idosos da Associação estavam cá fora por, alegadamente, não lhes ter sido permitida a entrada no hemiciclo. Lei Iok Lan, de 64 anos, foi acusada pelas autoridades de não só ter convocado uma manifestação ilegal para o local, como por ter tentado entrar à força na AL. A defesa argumentou que o “único objectivo” do grupo era entrar para assistir ao plenário, como ficou patente no depoimento das testemunhas e no visionamento de imagens em julgamento. Ontem, na leitura na sentença, a juíza disse que ficou provado que a arguida e as pessoas presentes no local receberam uma mensagem de advertência da polícia no sentido de se afastarem da AL, por se tratar de uma manifestação para a qual não tinham pedido autorização, mas que não cumpriram a ordem.

Erro fatal

Lei Yok Lam disse que o seu “maior erro” foi dizer, em voz alta, que entraria à força no hemiciclo se lhe fosse vedado o acesso. Ainda assim, a líder considerou a sentença injusta e, ao HM, afirmou já imaginar este desfecho porque o caso era “contra o Governo”, que deveria querer “que a Associação ficasse sem líder”. Lei Yok Lam ainda vai ponderar interpor recurso da decisão, justificando que precisa de saber se vale a pena gastar mais dinheiro num caso contra o Executivo. A mulher foi ainda condenada a pagar mil patacas de multa no espaço de um mês.
A Associação dos Pais dos Filhos Maiores é composta por idosos cujos filhos nasceram na China. À data da apresentação do pedido para se reunirem com os pais, preenchiam os requisitos, mas durante a apreciação do requerimento, ultrapassaram a idade permitida para a autorização de fixação de residência em Macau.

26 Jul 2016

Orquestra de Macau apresenta ópera de Mozart este sábado

[dropcap style=’circle’]”[/dropcap]Così fan tutte” vai ser apresentada este sábado pela Orquestra de Macau. A ópera de Mozart, uma das mais célebres do compositor, faz parte dos concertos de encerramento da temporada 2015/2016.
O concerto acontece a 30 de Julho, pelas 20h00, no Centro Cultural de Macau. É dirigido pelo Maestro Lü Jia, tendo a orquestra convidado jovens cantores como Jinxu Xiahou, Yunpeng Wang, Louise Kwong, Xiao Yi Xu, Ao Li e Xi Wang para colaborarem na interpretação da ópera em dois actos.
“Così fan tutte” é uma de três óperas célebres de Mozart, a par de “As Bodas de Fígaro” e “Don Giovanni”. Retrata a história de dois irmãos que, a fim de provar a devoção das suas amadas, fazem uma aposta e trocam de noivas, pondo o seu amor e fidelidade à prova.
Numa perspectiva moderna, o enredo desta obra afigura-se algo absurdo, contudo, graças à música de Mozart “que é de uma perfeição tal que impressiona”, como diz o Instituto Cultural, esta ópera tornou-se numa das mais frequentemente representadas do compositor.
“Seis reconhecidos jovens cantores do interior da China e de Hong Kong, cada qual com o seu solo, interpretam os seis papéis da ópera, a qual é caracterizada por uma excelente combinação entre música e árias. Através da extraordinária técnica de composição de Mozart a música não só desenvolve graciosamente a acção dramática e retrata vivamente o carácter dos protagonistas como também faz uma reflexão, revelação e introspecção profundas sobre as diversas camadas da psique humana, as áreas cinzentas da natureza humana e até mesmo sobre paradoxos éticos e morais”, diz a organização em comunicado.
Os bilhetes para o concerto custam entre as 150 e as 350 patacas e estão já à venda.

26 Jul 2016

Jogo |  Revisão à lei vai mesmo proibir funcionários de entrar em casinos

O vício do jogo está a afectar trabalhadores dos casinos, especialmente croupiers, e Paulo Chan quer evitar que isso aconteça. A Lei de Condicionamento da Entrada, do Trabalho e do Jogo nos Casinos vai mesmo proibir a entrada de funcionários das operadoras nas salas de jogo e será entregue à AL em 2017. Só não se sabe ainda se todos vão ser impedidos de entrar

[dropcap style=’circle’]E[/dropcap]stá confirmado: a revisão à Lei de Condicionamento da Entrada, do Trabalho e do Jogo nos Casinos vai mesmo proibir a entrada de funcionários das operadoras nas salas de jogo. A afirmação é do director da Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), que diz a proposta de lei vai ser entregue na Assembleia Legislativa antes das eleições de 2017.
O Governo já tinha demonstrado querer restringir a entrada dos trabalhadores do Jogo nos casinos fora da sua jornada laboral. Agora, a questão confirma-se, ficando contundo por decidir se a proibição se estende a todos os empregados ou apenas aos croupiers, como admitiu Paulo Martins Chan à margem do programa de rádio Fórum Macau.
A DICJ está neste momento a recolher opiniões junto das operadoras de Jogo, associações e trabalhadores do sector, mas Paulo Chan frisa que está “é um dos trabalhos mais urgentes” do organismo que dirige.
“Ainda estamos no processo da revisão e não foram revelados os conteúdos a rever. Mas, com a análise de vários relatórios, notámos que os croupiers são um grupo de alto risco perante o vício do jogo”, explicou.

Com segurança

Paulo Martins Chan já tinha assegurado que iria  aperfeiçoar a lei que condiciona a entrada, trabalho e jogo nos casinos assim que assumiu o cargo. Agora, assegura que a lei revista vai ser entregue à AL antes das eleições em meados de 2017.
Choi Kam Fu, Presidente da Associação de Empregados das Empresas de Jogo Macau, mostrou preocupações com a decisão e disse esperar “que não afecte o emprego dos trabalhadores”. O responsável diz ainda que se deve proibir a entrada de todos os trabalhadores e não apenas dos croupiers, a fim de construir uma malha de segurança para todos os empregados.
Além da revisão desta lei, Paulo Chan adiantou ainda que o organismo também está a rever a lei que regula os promotores do Jogo e as máquinas de jogo electrónicas. “É necessário, para conseguirmos acompanhar. A nossa equipa legal já passou de duas para cinco pessoas”, frisou, sem adiantar detalhes sobre o que vai mudar nestes diplomas.

* por Angela Ka com Joana Freitas

26 Jul 2016

Plano de Desenvolvimento de Turismo pronto em 2017

[dropcap style=’circle’]T[/dropcap]erminou ontem a consulta pública sobre o Plano Geral do Desenvolvimento da Indústria do Turismo, que durou dois meses e recolheu mais de 1100 opiniões. O Governo prepara-se agora para a terceira fase de trabalhos, para que o projecto final deste plano esteja concluído em “meados de 2017”.
A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) já concluiu a recolha de opiniões, tendo anunciado em comunicado que estas se baseiam principalmente em questões relativas ao desenvolvimento de produtos turísticos, qualidade do turismo e do serviço, aspectos relativamente ao desenvolvimento urbano – como transporte e instalações -, mercados emissores visitantes e segmentos de visitantes e objectivos e estratégias do desenvolvimento turístico.
“As opiniões recolhidas serão processadas e analisadas, para elaboração de um relatório final da consulta. Os trabalhos para o Plano são desenvolvidos em três fases, sendo a primeira a recolha de informações para análise da situação actual e elaboração preliminar dos projectos, que já foi concluída em Novembro do ano passado, e a segunda a consulta pública e elaboração de projectos mais aprofundados do Plano, que se prevê estar concluída em Setembro deste ano”, indica o organismo liderado por Helena de Senna Fernandes. Os trabalhos da fase três serão iniciados no terceiro trimestre deste ano, “para rever e concluir o projecto final do plano”, que se prevê que se seja apresentado em meados do próximo ano.
O Plano Geral do Desenvolvimento da Indústria do Turismo analisa a situação da indústria turística tendo em conta aspectos como a competitividade urbana, recursos e produtos, marca turística e o posicionamento da cidade. A ideia é “promover um desenvolvimento sustentável da indústria turística, que servirá de base para os próximos 15 anos”.

26 Jul 2016

Vozes de ouro no Coro de Macau

[dropcap style=’circle’]T[/dropcap]rês medalhas de ouro vieram de Sochi, na Rússia, para Macau graças ao Coro Juvenil de Macau da Escola de Música do Conservatório. O grupo de canto participou na 9.ª edição dos Jogos Mundiais de Coros e alcançou o primeiro lugar do pódio nas categorias de “Coro Infantil”, “Música Sacra” e “Acompanhamento e Folclore a Cappella”.
Nesta edição, que incluiu o “Concurso Aberto” e o “Concurso dos Campeões”, participaram 283 coros provenientes de 76 países e regiões. O Concurso Aberto incentiva a participação de coros sem pré-requisitos e o Concurso dos Campeões é aberto apenas a vencedores de medalhas de ouro em competições internacionais.
Segundo o Instituto Cultural (IC), que anuncia os resultados em comunicado, nos últimos anos o Coro Juvenil de Macau venceu várias medalhas de ouro no âmbito de concursos internacionais, vendo a sua qualidade artística ser assim reconhecida pelos seus homólogos a nível internacional.
Este concurso, que decorreu entre 5 e 12 de Julho, não foi excepção. Sob a batuta do maestro e director da Escola de Música do Conservatório de Macau, Liu Mingyan, o Coro Juvenil de Macau participou com 44 membros e durante três dias consecutivos no Concurso dos Campeões nas categorias de Coro Infantil, Música Sacra com Acompanhamento e Folclore a cappella, competindo com concorrentes de todo o mundo. Além das três medalhas de ouro nas categorias de “Coro Infantil”, “Música Sacra” e “Acompanhamento e Folclore a Cappella”, o coro do Conservatório conseguiu ainda um quarto lugar na categoria de “Música Sacra com Acompanhamento”.

26 Jul 2016

China encerra vários portais de notícias

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China fechou vários portais de notícias “online”, acusados pelas autoridades de noticiarem e publicarem, de forma independente, artigos sobre temas considerados sensíveis, informou ontem a imprensa estatal.
Os principais órgãos “online” em língua chinesa, incluindo o Sina, Sohu, Netease e iFeng, encerraram alguns sites com informação de carácter político e social, e contas nas redes sociais, após Pequim ter “criticado duramente” a “grande quantidade de acções destes órgãos que violam as leis e regulamentos”, informou o jornal Beijing News.
Estes jornais “publicaram uma grande quantidade de notícias reunidas e editadas por eles próprios”, causando “um impacto particularmente mau”, afirmou, citando fonte não identificada do departamento.
Estes portais vão ser também multados, acrescentou a mesma fonte, sem revelar mais detalhes.

Condicionados

Os jornalistas dos órgãos “online” chineses geridos por grupos privados podem apenas cobrir eventos desportivos e da área do entretenimento, enquanto nos temas mais sensíveis estão autorizados apenas a difundir peças produzidas por órgãos estatais, como a agência oficial Xinhua.
Alguns destes jornais, contudo, formaram as suas próprias equipas de jornalistas de investigação ou fontes de informação, recorrendo muitas vezes a vídeos e registos independentes.
O Partido Comunista Chinês (PCC), que não tolera oposição ao seu poder, exerce um restrito controlo sobre os órgãos de comunicação, enquanto um poderoso aparelho de censura apaga comentários difundidos “online”.
Vários órgãos de comunicação estrangeiros estão bloqueados no país.
Desde que o actual Presidente chinês, Xi Jinping, ascendeu ao poder, em 2013, a pressão repressiva aumentou.
Em Fevereiro passado, Xi apelou à imprensa chinesa para se focar em “notícias positivas” e “exprimir a vontade do Partido e proteger a sua unidade e autoridade”.
Só no segundo trimestre de 2016, o Governo encerrou ou revogou a licença de 1.475 “sites” e encerrou mais de 12.000 contas em redes sociais, numa onda de repressão sobre a “informação online ilegal”, revelou na semana passada a Administração para o Ciberespaço da China.

26 Jul 2016