Joana Freitas BrevesMelco Crown instala sistema de reconhecimento facial A operadora Melco Crown vai instalar dispositivos de reconhecimento facial nos casinos, como avança a revista Macau Business, algo que irá permitir detectar todas as pessoas que foram banidas dos casinos, mas que estão a tentar entrar. FaceVACS-VideoScan é o nome do sistema em causa e pertence à empresa Cognitec. Num comunicado à imprensa, o grupo mostrou-se feliz pelo acordo entre entidades. “Estamos orgulhosos por entregar o primeiro sistema deste género ao sector do Jogo”, afirmou a empresa.
Tomás Chio Manchete SociedadePatrimónio | Pedida revisão de sistema de administração de templos Recebem doações e são responsáveis diariamente pelos templos, mas nem isso faz evitar acidentes e intervenção do Governo em caso de incidentes. Um membro do Conselho do Património Cultural vem pedir que se mude a forma de gerir o património [dropcap style=’circle’]L[/dropcap]am Fat Ian, membro do Conselho do Património Cultural, sugere a implementação de um sistema de responsabilidade para os proprietários de imóveis classificados, de forma a que seja garantida protecção. O pedido chega depois de um incêndio ter danificado o Templo de A-Má, com Lam a pedir também a revisão do sistema de doação nos templos. Lam Fat Ian diz que o fogo que danificou uma parede antiga no Templo da deusa, na Barra, mostra que, apesar de o Instituto Cultural ter a sua quota parte de responsabilidade na fiscalização, é a própria administração do templo quem tem de intervir em casos de necessidade. Os templos são geridos por associações e, diz, o Governo deve rever completamente esse sistema, já que estas associações recebem doações para manter os locais. Lam Fat Ian diz ser não só necessário um sistema de responsabilização para quem faz a administração diária dos templos, mas também um maior aperto ao nível financeiro. “Como cada templo tem um administrador geral, este funcionário deveria participar em cursos de formação sobre técnica administrativa, sistema de segurança dentro templo, etc”, exemplificou, acrescentando que “o Governo deve rever o sistema de doação dos templos, porque neste momento a doação dos visitantes é recebida pelas associações, mas a despesa de reparação vai ser paga pelo Governo, logo erário público”. Lam Fat Ian acha que é o tempo de rever completamente o sistema de doação, até porque no caso do Templo de A-Má da Barra vai mesmo ser o Executivo a prosseguir com o pagamento das obras de reparação, que vão demorar um ano. O membro do Conselho do Património diz ainda que deveria haver punições no caso dos templos que são classificados não serem bem mantidos pelos proprietários. Depois dos estragos Num comunicado à imprensa, o Instituto Cultural avisa que Guilherme Ung Vai Meng, presidente, e a Chefe do Departamento do Património Cultural, Leong Wai Man, se reuniram mais uma vez com a Associação do Templo de A-Má, pedindo que esta cumpra rigorosamente as orientações para a segurança contra incêndios nos templos de Macau para evitar casos semelhantes. A avaliação inicial ao incêndio mostrou que as estruturas principais do pavilhão não sofreram danos graves, incluindo vigas principais, paredes e telhado, entre outras partes, mas os artigos de madeira colocados no interior do pavilhão, como o altar, mesa para incenso e painel em madeira, entre outros, ficaram “danificados gravemente”. O item mais valioso, a estátua da deusa, ainda tem “condições para ser recuperada”. O IC prevê que a obra de restauro da estrutura do pavilhão principal esteja concluída dentro de dois ou três meses, mas para a recuperação do Templo original vai ser necessário “pelo menos um ano”. O incêndio deveu-se a um curto circuito.
Hoje Macau Eventos ManchetePintura | “Ma-Boa Lis-Cau”, de Charles Chauderlot, inaugura dia 23 São retratos com algum humor, detalhados, produtos do confronto entre as duas cidades das sete colinas, onde o espectador é impelido a confundir-se apesar das evidências. São as pinturas de Charles Chauderlot que trazem Macau e Lisboa à Creative Macau na quinta-feira [dropcap style=’circle’]“[/dropcap]São diferentes mas parecem-se”, garante Charles Chaderlot a propósito de Macau e Lisboa. É isto, aliás, que o pintor vai tentar provar na sua próxima exposição de desenhos e litografias na Creative Macau: a visão do artista ao combinar as duas. “Gosto do sabor especial dos tabacos no meu cachimbo, da mistura dos diferentes tabacos”, garante Chauderlot para ilustrar o espírito desta exposição que, significativamente, intitulou “Ma-Boa Lis-Cau”. Segundo o pintor, “Macau e Lisboa têm muitos aspectos diferentes como a sua a história e a própria localização. Mas também têm muitas semelhanças, como a cancela chinesa, as igrejas, as pequenas lojas, etc.” Nesta descoberta, Chauderlot retrata diversas cenas das duas cidades, na visão composta delineia entre Macau e Lisboa. Das ruas de Madrid aos recantos inacessíveis da Cidade Proibida, num percurso de pintura ocidental e chinesa com passagens por Lisboa e Macau, onde vive desde 2006, Charles Chauderlot tem um longo percurso na pintura. Nasceu em Madrid, em 1952, no seio de uma família franco-espanhola com uma árvore genealógica cheia de reconhecidos escultores, pintores, arquitectos e gente das Artes. Começou a pintar aos 11 anos, em Bordéus, com um professor de Belas Artes, até que em 1996 vem pela primeira vez à China e em 1997 muda-se para Pequim onde acaba a pintar em zonas restritas da Cidade Proibida, numa época em que estudava as técnicas de pintura chinesa e desenvolvia capacidades para explorar a pintura a preto e branco. Em 2006, muda-se para Macau, onde continua a pintar. Um percurso que o levou a expor um pouco por todo o mundo e a participar em várias feiras de arte. Em 2011 o IACM organiza-lhe uma exposição de dois meses e publica um importante catálogo da sua obra. Em 2013, no Museu do Oriente, em Lisboa, Chauderlot também viu a sua obra exposta por cinco meses no contexto das celebrações dos 500 Anos das Relações entre Portugal e a China. Agora, a sua mais recente exposição inaugura no próximo dia 23 pelas 18h30 na Creative Macau, sendo a entrada gratuita. A organização promete uma tarde de refrescos e animação intermitente. Os trabalhos de Charles Chauderot estarão disponíveis ao público todos os dias, de segunda a sábado, entre as 14h00 e as 19h00 até ao dia 19 de Março.
Carlos Morais José h | Artes, Letras e IdeiasA culpa e o macaco [dropcap]E[/dropcap] assim entrou o ano do Macaco, saltando de liana em liana, com o destempero que se lhe reconhece. Ano de macacadas, de simiescas caretas e roletas do azar a girar sem descanso, é isso que Macau deseja ou, sinceramente, espera. Que volte a excessiva fortuna, a do facilitismo, a mesma que vai sempre para os mesmos e nunca para os outros. A fortuna que caía desse céu a que chamam corrupção e que foi uma excelente casca de banana para ver escorregar os poderosos que nela depositaram as suas apostas. Aqui temos pois o perigoso Macaco de Fogo, animal-rei na mitologia chinesa, capaz destas e demais magias, senhor das artes e dos mistérios. Nosso primo direitíssimo, desde Darwin; parte constitutiva do Homem, na “Peregrinação ao Oeste”, o macaco incomoda, chateia e assusta. Talvez pela sua proximidade na cadeia evolutiva e por nos lembrar a desagradável realidade de sermos mesmo animais. E, atendendo às últimas décadas, cada vez menos racionais, sobretudo enquanto espécie. Certo é que aqui por Macau todos têm a certeza de que cada macaco continuará no seu galho, que isto de igualdades é muito bonito mas é lá no continente. Aqui na RAEM, mandam os que cá estão, espera o macaco folião do ramo dourado. Quanto à primalhada que por aí anda, que se amanhe e coma cascas que as bananas estão pela hora da sorte. Ou seja, é só de vez em quando. Já se viu, ainda agora quando do chumbo da Lei Sindical, que a RAEM é uma árvore muito complicada: os macacos de cima tudo fazem para não deixar trepar os macacos de baixo, sem perceberem que na selva agora prima outra lei. Enfim, os macacos de cima têm um legítimo medo de brincadeiras pois sabem que foi a brincar, a brincar, que o macaco tomou liberdades desajustadas ao normal fluir da vida em família e sociedade. Quer essa macacada que para aí anda ter direitos?! Isso é que era bom: isto não é uma república das bananas! Aqui mandam os mandões e os outros são seres da margem, que andam à volta da mesa farta, em ânsia de migalhas. As macacas também não julguem põem a pata em ramo verde que a coisa não está para modernices. “Se os deixassem, acabávamos todos como os bonobos, numa rebaldaria daquelas que são tão antigas que já ninguém se lembra”, revelam os macacos de bem, em tom professoral. E o bando aquiesce, envergonhado da ousadia que vai contra a harmonia. * Rimemos pois ficarão as vacas, depois de se irem os bois: Cuidado, contudo, cuidado, que o macaco não é de confiança. Por vezes diz que canta mas, afinal, dança. Doutras diz que é adulto, portando-se como criança. É assim a macacagem: confunde estupidez com coragem e casino com lavagem. Nada que nos afecte ou mesmo que nos inquiete. Que nos tire o caro pão ou cause aflição. Não. O macaco é boa gente, assim como nós, e também mente. Se o faz de boca cheia ou ainda por encher, tudo depende do ramo no qual o deixam viver. Que isto de trabalhar não é bem para o macaco: no fim, olha pró bolso e sobra… o cheiro a sovaco. Pobre animal que tanto sofre nesta terra desleixada. Cada vez tem menos ruas para fugir da manada. E pensa com os seus botões, ao gente aos borbotões: “vou mas é ficar em casa, resta-me essa prenda”, esquecendo não ter chavo, nem para pagar a renda. Queres fiado, meu amigo?, pergunta-lhe o senhorio. Por aqui disso não há: vai dormir ao pé do rio. Em Macau manda o mercado, quando isso é avisado: se é caso de milhões, vai tudo prós macacões; quando alguém trabalha bravo, paga-lhe com um avo. E não diga de onde vem ou p’ra onde se desloca, se quiser sobreviver, macaco faça de foca. Mas deixemo-nos de macacadas, de caretas para a geral. Viva, senhor animal, subi presto estas escadas, entrai nesta pobre casa que é vossa por um ano, pois que não é desumano de andar com grão na asa. E se lá para as calendas, ao invés de mais prebendas, já se vir o fundo ao saco, não faz mal, caros doutores, guardai os vossos temores: a culpa foi do macaco.
Flora Fong Entrevista MancheteChang Kam Pui, director de associação ambiental: “Governo está desligado do sector da reciclagem” A participação numa conferência da ONU sobre mudanças climáticas trouxe novas ideias a Chang Kam Pui de como promover a protecção ambiental em Macau. Mas o director da Associação de Protecção Ambiental e Gestão de Macau não tem dúvidas: o Governo não tem planeamento, tecnologia, nem consciência para resolver o problema e nem sequer ajuda o sector que ainda se vai dedicando à temática A vossa Associação, juntamente com outra, participou na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas em Paris no fim do ano passado. Como foi a experiência? Ganhámos muito. Quando acabou a conferência e voltámos para Macau, percebemos que Macau, é de facto, pequeno. Não só ao nível da área territorial, mas também ao nível da tecnologia para a protecção ambiental. Noutros países e regiões, as técnicas são desenvolvidas, os métodos e o planeamento utilizados são pioneiros, a educação cívica vai no caminho da sustentabilidade. Só assim se pode avançar para um desenvolvimento ao nível da protecção ambiental. No estrangeiro, é tudo muito avançado, não se faz apenas a promoção da protecção ambiental como em Macau, mas faz-se essa protecção, no âmbito da tecnologia, da economia e dos negócios. Participou como representante de Macau? Como é que esse trabalho foi conseguido? Participámos pela primeira vez. Fomos nós próprios a entregar documentos para ingressar na conferência e depois fomos convidados a participar, após uma avaliação. Macau foi uma das regiões que participou como organização observadora. Quais as principais diferenças que sente entre o que viu na conferência e Macau? O que vi é que os trabalhos de protecção ambiental de Macau ficam muito atrás de outras organizações internacionais, tanto ao nível do pensamento, como na prática. Vamos a ver e o nosso território é definido como um Centro Mundial de Turismo e Lazer e uma cidade apropriada para viver. Mas será esta definição correcta? Não será demasiado? Sem contar com os países mais distantes, estamos em competição com outros países asiáticos como Taiwan e Japão. Macau não avança na protecção ambiental. O que poderia fazer o Governo? Os conhecimentos que adquiri [na conferência] versam sobretudo sobre o uso da energia solar, soluções para [acabar com] a poluição do ar, poluição visual e das águas. Mas a tecnologia utilizada ultrapassa a actual capacidade de Macau – isto a juntar à falta de terrenos, faz com que Macau não consiga avançar para essas resoluções, mesmo que haja profissionais estrangeiros e especialistas em protecção ambiental em Macau. Por exemplo, a energia solar precisa de grandes espaços para se colocarem os painéis solares, algo que não se coaduna com a realidade de Macau. Mas o que é mais de salientar é a educação cívica e a cooperação interdepartamental, porque na conferência observámos que todos os departamentos dos governos estrangeiros estão bem coordenados: no Japão, por exemplo, as crianças aprendem como proteger o ambiente desde o jardim-de-infância. Um exemplo muito simples é o de colocar caixotes de reciclagem de lixo dentro das escolas, sobretudo nas cantinas, e os próprios professores ensinam directamente como se faz a separação do lixo. Outro exemplo é que os professores pedem aos alunos para trazerem os próprios sacos para festas escolares, para levarem as prendas. Assim, eleva-se a consciência da população, formando-se hábitos de protecção ambiental. Tem que se perceber que a protecção ambiental não é algo obrigatório, mas depende da auto-disciplina das pessoas. E é isso que o Governo de Macau precisa de ter como referência para melhorar o ambiente e os trabalhos com ele relacionados. Como avalia o actual planeamento da protecção ambiental de Macau? Foi publicado há pouco tempo o Relatório da Situação do Ambiente de 2014 e vi que, na parte sobre a gestão da protecção ambiental, o Governo defende que vai promover a educação, mas fala apenas nos números de actividades de promoção, de participantes… são meramente belas palavras. De forma geral, não existe um planeamento real e completo e é mesmo preciso avançar com esses detalhes no futuro. Como? Primeiro, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) deve coordenar-se com a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) para incluir a disciplina de protecção ambiental nas escolas, porque até agora não existe nem nas escolas primárias, nem secundárias, nem sequer nas universidades. Quem quiser trabalhar na área de protecção ambiental tem de estudar em Hong Kong, Taiwan, Estados Unidos, Canadá ou Singapura, porque Macau não tem um curso específico. Posso dizer que não existe uma base [para a protecção ambiental] em Macau, o que faz com a promoção de protecção ambiental exista, mas sem dar a colher frutos. Esse relatório mostra que a qualidade do ar tem uma tendência de melhoria, comparado com o de 2012 a 2013. A qualidade do ar melhorou realmente ou são, como diz, apenas números? Os dados são apenas para referência, a melhoria da qualidade de ar depende do que sentimos como cidadãos. Acredito que a maioria da população considera que o ar em Macau é pior agora. A principal fonte de poluição são os gases dos automóveis e, se não se resolver esta questão, a qualidade do ar do território nunca vai melhorar. O Governo tem promovido o uso de carros electrónicos, o que é positivo, mas como existe o problema do trânsito, quanto mais carros pior a situação, porque quando há engarrafamento os gases emitidos pelos automóveis parados são mais poluentes. Neste âmbito, quais são as medidas urgentes da DSPA para resolver essa poluição? Queremos saber. Ao que sei, os gases de automóveis são mais poluentes quando os combustíveis são de má qualidade ou não são usados de forma apropriada. Será que o Governo pode regular melhor o uso de combustíveis, promovendo os de melhor qualidade, pelo menos para diminuir a poluição? É que isso depende da implementação de políticas do Governo. No ano passado, o sector da reciclagem de Macau manifestou-se contra a falta de apoio do Governo. Qual é a sua opinião face a isto? Quanto à indústria de protecção ambiental, actualmente em Macau existem apenas micro empresas que reciclam os materiais. Não existe Lei de Protecção Ambiental que as suporte e, mesmo que o Governo implemente instruções, regras ou decretos-lei, não adianta. Em Taiwan, por exemplo, a indústria é completa: a lei regula que as pessoas façam a separação do lixo em casa e depois coloquem nos caixotes de lixo públicos correspondentes, fazendo com que o lixo já esteja separado quando a empresa o vai recolher. As associações começaram a reciclar os papéis e garrafas plásticas para que sejam feitos produtos novamente. Olhando para Macau, as empresas não têm confiança para avançar com trabalhos, porque parece que não temos um verdadeiro sector de reciclagem. O Governo ainda não conseguiu criar um ambiente para a sobrevivência dessas micro empresas. Recentemente, começou a pensar em classificar o sector de protecção ambiental como uma indústria, o que é uma boa notícia, mas até ao momento não houve nenhuma mudança. Como é que o Governo poderia apoiar esta indústria? É preciso haver cooperação entre o sector e o Governo, que actualmente estão desligados [um do outro]. O Governo deve criar regras para o sector da reciclagem, compreender como as empresas reciclam materiais… é preciso comunicação. Além disso, poderia aproveitar-se terrenos na Ilha da Montanha, onde Macau arrenda dez quilómetros quadrados, para promover a diversificação desta indústria. Acredito que um a dois quilómetros quadrados especificamente para a protecção ambiental já é suficiente: poderia, por exemplo, haver uma base de formação onde os residentes de Macau poderiam ser formados como especialistas nesta área, onde se poderiam desenvolver produtos reciclados, que pudessem suportar o sector em Macau. Claro que é preciso aceitação e planeamento do Governo. Caso contrário, vai manter-se sempre na fase actual, sem espaço para avançar. O Governo está a realizar agora uma consulta pública sobre o uso dos sacos de plástico e a proposta sugere o pagamento obrigatório de uma pataca por cada saco. Concorda? A proposta é positiva, mas a eficácia é incerta. Essa medida foi implementada em Taiwan há muitos anos e falhou porque as lojas de lembranças continuavam a dar sacos gratuitos. Será que o dinheiro pode resolver o problema do lixo? Não me parece. Seja uma ou cinco patacas, os turistas não se importam de pagar quando compram muitas coisas, sobretudo nas lojas de marca e de luxo. Já para os cidadãos, prevejo que a eficácia seja maior entre os idosos, que se importam com poupar dinheiro. O que considero mais importante é o Governo mostrar que confia realmente na protecção ambiental, do que estar a propor esta medida. Sabemos quantos sacos de plástico os organismos públicos utilizaram? Porque é que não se mostra primeiro à população a meta de diminuição no uso de sacos de plástico na Função Pública e depois se sugere aos cidadãos seguirem a mesma medida? O pagamento é apenas um alerta, mas a mudança da situação depende da auto-disciplina de cada um.
Joana Freitas Manchete PolíticaDeputada Ella Lei volta a pedir debate sobre cláusulas compensatórias em contratos É a segunda vez: a deputada Ella Lei quer que o Governo vá ao hemiciclo responder sobre por que não inclui nos contratos públicos cláusulas que permitam indemnizações e sanções. É que o dinheiro continua a sair dos cofres públicos, sem que o Executivo intervenha A Assembleia Legislativa (AL) aceitou um pedido de debate sobre a inclusão de cláusulas penais compensatórias nos contratos de obras públicas. Apresentada pela deputada Ella Lei, a proposta versa sobre um assunto que tem sido defendido por outros membros do hemiciclo e que visa responsabilizar as empresas quando houver falhas nas obras públicas. Numa nota justificativa que acompanha o pedido, assinado apenas pela deputada da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), pode ler-se que “o Governo deve incluir as cláusulas penais compensatórias nos contratos de obras públicas, com vista a impulsionar o cumprimento rigoroso dos contratos, por parte dos empreiteiros, nomeadamente quanto aos prazos de conclusão das obras, evitando assim os sucessivos atrasos e excessos de despesas daí recorrentes”. A deputada relembra que a inclusão destas cláusulas – que iriam fazer com que as empresas tivessem de pagar indemnizações ao Governo em caso de atrasos ou problemas – “é legalmente permitida pela legislação vigente”, sendo que estas foram mesmo propostas pelo Comissariado de Auditoria (CA). Ella Lei evoca, aliás, o CA para lembrar que, actualmente, sem estas cláusulas nos contratos não há muito que o Executivo possa fazer. “Devido à insuficiência de fiscalização e à falta de mecanismos eficazes de indemnização e sanção, o Gabinete para as Infra-Estruturas de Transportes (GIT) nada pôde fazer, mesmo perante os graves atrasos registados nas obras do metro ligeiro e a falta de entusiasmo dos empreiteiros em envidar esforços para recuperar tempo.” O metro ligeiro é um dos exemplos mais utilizados pelos interessados na implementação destas medidas, uma vez que ultrapassou não só o orçamento, como o período de construção. Só que em nenhum contrato do metro o Governo incluiu estas cláusulas. Errar duas vezes Ella Lei relembra que a “sociedade se mostra a favor” destas cláusulas e critica o Executivo pela inércia demonstrada. “O Governo afirmou repetidamente que ia proceder ao estudo sobre a viabilidade da inclusão e que, para o efeito, alguns governantes até se dirigiram a Hong Kong para troca de experiências. Em Novembro, o Chefe do Executivo disse que estavam em curso negociações e estudos, mas até ao momento ainda não respondeu.” Da mesma forma, também o GIT fala em estudos, o que fará com que as cláusulas penais compensatórias “não vão ser incluídas no novo concurso para a obra do parque de materiais e da oficina do metro”, obra que motivou justamente os apontamentos do CA e que levou o Governo a tribunal contra a empresa. Ella Lei volta à carga com o pedido de debate que, em Janeiro de 2015, foi chumbado devido à promessa de estudos do Governo. A deputada pede novamente que os deputados aprovem o debate, para que o Executivo tenha de ir dar explicações à AL. Até porque, diz, “vai haver grandes obras públicas sucessivamente” e “atendendo à imperfeição dos actuais mecanismos de fiscalização, são enormes os gastos de dinheiro público”. “Assim não nos conseguimos livrar do beco sem saída dos atrasos, excessos de despesa e má qualidade das obras.” O pedido de debate foi agora traduzido para Português, tendo sido entregue a 26 de Janeiro. Resta agora subir a plenário e esperar pela votação dos deputados.
Joana Freitas Manchete PolíticaNovo “ciclo” justifica aumento de capital da Macau Investimento e Desenvolvimento A injecção de capital na Macau Investimento e Desenvolvimento, S.A. deveu-se à entrada numa fase mais madura do projecto. É a justificação da Direcção dos Serviços de Economia (DSE) ao HM, que questionou o organismo sobre o aumento em 86% do valor inicial da empresa criada em 2011 e que tem como accionistas a RAEM, com 94%, o Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização (3%) e o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (3%). Em Janeiro, o HM avançou que a sociedade comercial, que é uma sociedade anónima, passa assim a ter um capital social de quase três mil milhões de patacas, proveniente do erário público. Em resposta ao HM, a DSE explica o motivo. “O Parque Industrial estava na fase de desenvolvimento e investimento e, concretamente, já entrou num ciclo mais aprofundado [devido] ao desenvolvimento de projectos. Para o desenvolvimento de longo prazo de projectos, o Parque Industrial tem a necessidade de explorar as suas actividades [consoante] a necessidade do capital social”, começa por dizer a DSE. “Em simultâneo, para a necessidade de desenvolvimento de projectos e de capital social relativa à exploração de actividades em Zhongshan, a Macau Investimento e Desenvolvimento, S.A. procedeu ao aumento do capital social para concretizar os [objectivos] supra-referidos.” A empresa foi criada precisamente para “promover o desenvolvimento sustentável e os negócios no exterior de Macau”, realizando “projectos de investimento” e para ficar responsável pela exploração e gestão da área da Ilha da Montanha e dos projectos a desenvolver conjuntamente entre a RAEM e a região vizinha. A DSE relembra que esta Sociedade e a Zhuhai Da Hengqin Investment Co. Limited constituíram, em conjunto, a Guangdong-Macau Traditional Chinese Medicine Technology Industrial Park Development Co., Ltd., como uma entidade para ter a finalidade de funcionar e explorar as actividades relativas ao Parque Industrial. A autorização de injecção de capital foi promulgada no ano passado, só tendo sido tornada pública em Boletim Oficial em Janeiro. O capital social é de 2,97 mil milhões de patacas, dividido e representado por 296.800 acções ordinárias, com o valor nominal de dez mil patacas cada uma, totalmente subscritas e realizadas em dinheiro.
Tomás Chio PolíticaFórum Macau | Governo prepara-se para injectar restantes 350 milhões Lionel Leong, Secretário para a Economia e Finanças, confirmou ao jornal Ou Mun que o Governo está a ultimar a injecção dos 350 milhões de dólares norte-americanos para o Fundo de Cooperação e Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa, sendo esta a última parte de um montante de 400 milhões de patacas que Macau se comprometeu a desembolsar. “Os restantes 350 milhões de dólares já estão a ser preparados e o Governo vai discutir com o Banco de Desenvolvimento da China sobre as formas de acesso ao Fundo, e a forma como as empresas de Macau podem participar no investimento em conjunto com os países lusófonos”, apontou o Secretário. Conforme foi avançado em 2013, o Fundo, anunciado pelo Governo Central, vai contar com mil milhões de dólares norte-americanos, para o qual vão contribuir vários países. Macau investiu 50 milhões de dólares logo na primeira fase do projecto, que visa fomentar os negócios de Pequenas e Médias Empresas (PME) do mundo lusófono e o incremento das relações com a China. Lionel Leong não apresentou datas concretas para a inauguração dos três centros de cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa, os quais deverão arrancar este ano em Macau. O Secretário prometeu continuar a cooperar com o Governo Central sobre esta medida, anunciada também em 2013, ano da 3ª Conferência Ministerial do Fórum Macau. “No Fórum Internacional de Investimento e Construção de Infra-estruturas (realizado em Macau), alguns países lusófonos participaram e tiveram a possibilidade de pedir empréstimos ao Fundo. Agora podem ser analisados potenciais projectos, o que pode causar bons efeitos aos países lusófonos”, defendeu o Secretário. O Secretário para a Economia e Finanças disse ainda que a criação de uma exposição sobre produtos alimentares dos países lusófonos vai ser concluída este trimestre. Lionel Leong lembrou que o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento (IPIM) lançou em Abril o Portal para a Cooperação na Área Económica, Comercial e de Recursos Humanos entre a China e Países de Língua Portuguesa, algo que vai apoiar as políticas neste âmbito.
Hoje Macau SociedadeRestauro do templo de A-Ma vai durar um ano O incêndio de quarta-feira no Templo de A-Má, classificado pela UNESCO, vai obrigar a um ano de obras, apesar de o pavilhão principal se encontrar em estado “aceitável” e peças históricas não terem ficado danificadas. Após uma inspecção realizada ontem ao templo, a chefe do departamento do Património Cultural do Instituto Cultural (IC), Leong Wai Man, referiu que “a estrutura do pavilhão principal [onde se registou o incêndio] encontra-se em estado aceitável” e que “não existe perigo” actualmente. A mesma responsável disse, citada num comunicado, que se prevê que “a recuperação estrutural esteja concluída dentro de dois ou três meses” e que “as obras de recuperação do templo original levem pelo menos um ano”. Leong Wai Man considerou “que a estrutura danificada pode ser recuperada pelos artesãos locais” e que “não será necessária a ajuda de peritos do exterior”, já que artesãos locais poderão reconstruí-lo. Também salientou que o incêndio não causou danos em itens de interesse histórico no interior do pavilhão e que a estátua da Deusa A-Má não foi afectada. Segundo um relatório preliminar dos bombeiros, o incêndio no Templo de A-Má ficou a dever-se a um curto-circuito ocorrido durante a noite, período durante o qual não estavam a ser queimados incensos no pavilhão. O incêndio foi apagado em poucos minutos, segundo informações dos bombeiros aos meios de comunicação locais. O templo já existia antes do estabelecimento da cidade de Macau, segundo os Serviços de Turismo e é composto pelo Pavilhão do Pórtico, o Arco Memorial, o Pavilhão de Orações, o Pavilhão da Benevolência, o Pavilhão de Guanyin e o Pavilhão Budista Zhengjiao Chanlin, dedicados à veneração de diferentes divindades. Os vários pavilhões do Templo de A-Má foram construídos em diferentes épocas, e a sua configuração actual data de 1828, de acordo com as autoridades locais. O templo faz parte do património de Macau classificado há dez anos pela UNESCO, o organismo das Nações Unidas para a Educação e Cultura. O HM tentou perceber junto do IC qual será o orçamento para as obras, mas não foi possível receber resposta até ao fecho desta edição. Da mesma forma, não foi possível contactar Vicente O, presidente da associação que gere o templo.
Flora Fong Manchete SociedadeTerapeutas | Macau sem pedidos do exterior por “falta de interesse” O Instituto de Acção Social já deu luz verde para a importação de terapeutas estrangeiros, mas até ao momento nenhum pedido foi feito. Associações dizem que condições de recrutamento não são as ideais O assunto foi debatido, o Governo autorizou, mas o interesse parece ser pouco. Há um ano o Instituto de Acção Social (IAS) deu luz verde para a importação de terapeutas para pessoas com necessidades educativas especiais, mas numa resposta enviada ao HM a entidade confirma que, até ao momento, nenhum pedido foi feito para a introdução de terapeutas não residentes. Associações contactadas pelo HM explicam o motivo provável: as circunstâncias de recrutamento são pouco atractivas, tanto ao nível do salário, como das próprias condições apresentadas. Sandra Lio, secretária-geral da Associação dos Familiares Encarregados dos Deficientes Mentais de Macau, explicou que a entidade já publicou anúncios em Hong Kong e Taiwan, mas as respostas têm sido poucas. “Os terapeutas do interior da China não correspondem às qualificações porque a sua formação diz respeito a trabalhadores na área da reabilitação e essa credenciação não é aceite em Macau. As condições dos terapeutas de Hong Kong são diferentes das de Macau e podem não ter vontade de trabalhar cá. Em Taiwan os salários são muito melhores e podem receber a mesma remuneração e desenvolvimento na carreira na sua terra natal, pelo que não há grandes razões para que optem por trabalhar em Macau. Até porque a habitação pode constituir uma grande carga”, disse Sandra Lio ao HM. Também Nerissa Lau, presidente da Associação de Surdos de Macau, explicou que são poucos os terapeutas de Hong Kong que querem trabalhar em Macau, sobretudo devido aos baixos salários. O idioma é um factor atractivo, mas a Associação garante que só pode tentar convidar terapeutas de Taiwan. A responsável frisou ainda que os procedimentos administrativos para recrutar terapeutas no exterior “são complicados” porque envolvem não só o IAS como os Serviços de Saúde (SS) e o Gabinete de Recursos Humanos (GRH). Nerissa Lau espera, assim, que o Governo facilite o processo para que se possa resolver a falta de mão-de-obra na área. Luta por profissionais Sandra Lio explicou que a sua associação tem tentado há meio ano recrutar mais terapeutas, mas não consegue, também devido às dificuldades em competir com as condições da Função Pública. Não só não arranjam recursos humanos, como os perdem. “Quando o Governo abre concursos de ingresso para recrutar terapeutas todos se candidatam, incluindo os da nossa Associação. Estamos carentes de mão-de-obra e os nossos serviços estão suspensos”, apontou. Para Sandra Lio, o trabalho de terapeuta está numa situação passiva, porque nenhuma instituição do ensino superior criou cursos nesta área. A responsável acredita que só uma aposta na formação local pode resolver as carências de recursos humanos. Na resposta ao HM, o IAS reiterou que vai fazer uma avaliação contínua sobre os recursos humanos nesta área e que só vai permitir a importação de terapeutas para colmatar lacunas, por forma a não afectar o emprego dos locais e as suas condições de trabalho. O IAS prometeu manter a cooperação com as associações, mas não avançou novas medidas para responder à ausência de candidaturas.
Andreia Sofia Silva SociedadeGripe das Aves | Internado não queria isolamento mas tribunal obrigou-o Um dos três comerciantes do Mercado Provisório do Patane, suspeito de estar infectado com vírus H7N9, não aceitou o isolamento imposto pelos médicos e recorreu aos tribunais. Os juízes deram razão aos Serviços de Saúde O Tribunal de Segunda Instância (TSI) recusou um recurso apresentado por um dos três trabalhadores internados no hospital suspeitos de terem contraído o vírus H7N9. O recurso foi apresentado depois dos médicos terem declarado o isolamento obrigatório dos três doentes, decisão fundamentada pelo Tribunal Judicial de Base (TJB). Segundo o acórdão, “os três trabalhadores em causa recusaram o cumprimento das referidas medidas”, sendo que apenas um decidiu recorrer da decisão, “com o fundamento dos resultados negativos e da não manifestação da doença”. Os juízes assumiram que o isolamento terá “prejudicado o interesse individual do recorrente”, mas lembraram que “esta doença tem alta letalidade” e representa grande perigo para a população em geral, sendo que não há certezas quanto ao período de incubação. “Neste caso, os interesses prosseguidos, gerais, de saúde pública, de sociedade e da economia em geral, hão-de sobrepor-se, necessariamente, ao sacrifício de um cerceamento temporário da liberdade individual, de uma só pessoa, por um curto período de dez dias, ainda que numa época festiva muito importante”, lê-se no acórdão. O TSI apontou ainda que “não há qualquer desproporção, visto os interesses em jogo, em função da natureza, gravidade e dimensão dos interesses concretamente sacrificados em dos direitos gerais, públicos e de saúde pública que têm de ser acautelados”. O caso remonta ao passado dia 3 de Fevereiro, quando os técnicos do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) abateram dezenas de aves infectadas com o vírus da gripe H7N9, tendo os três trabalhadores do Mercado Provisório do Patane sido internados e sujeitos a isolamento. Os testes realizados confirmaram a ausência do vírus nestes doentes.
Hoje Macau SociedadeVisitantes chegam quase a meio milhão até ontem Quase meio milhão de pessoas entrou em Macau entre domingo e as 11h00 de ontem, nos primeiros dias das festividades do Ano Novo chinês, levando a polícia a adoptar “medidas de controlo de multidões”. Um total de 483.423 pessoas entrou no território desde sábado, dois dias antes do início no novo Ano Lunar, agora sob o signo do Macaco, disse fonte dos Serviços de Migração à agência Lusa. Quarta-feira – o terceiro feriado consecutivo dedicado ao Ano Novo Chinês – foi o dia mais movimentado até à data, com um total de 153.249 entradas em Macau. O posto fronteiriço das Portas do Cerco – passagem terrestre para o interior da China – foi durante estes dias o mais movimentado, com um fluxo de entradas superior ao terminal marítimo do porto exterior e ao aeroporto. Em igual período foram registadas 399.725 saídas em todas as fronteiras de Macau. Sentido único Em declarações à Lusa, fonte da PSP informou ontem que na quarta-feira, como já aconteceu em anos anteriores, foram implementadas medidas de controlo de multidões durante cerca de uma hora junto a dois pontos turísticos da cidade – a praça do Leal Senado, incluindo a Avenida de Almeida Ribeiro, e as Ruínas de São Paulo. As mesmas medidas de “grau 1” voltaram a ser accionadas ao início da tarde de ontem, o que implica, por exemplo, a implementação de sentidos únicos para a circulação de peões nas ruas laterais e escadaria das Ruínas de São Paulo. A PSP indicou também que caso sejam accionadas as medidas de “grau 2”, à semelhança do ano passado, serão instaladas duas ambulâncias junto à praça do Leal Senado e Ruínas de São Paulo e o Centro de Actividades Turísticas (na praça do Leal Senado) vai funcionar como centro provisório de socorro. Divididas em três graus, as medidas de controlo de pessoas são aplicadas nos dias de maior concentração de pessoas nas ruas de Macau, incluindo nas festividades do Ano Novo Lunar. Um total de 40 agentes foi destacado para reforçar a segurança nas ruas e nenhum incidente foi registado, segundo a PSP. A operação deverá estender-se à próxima quarta-feira, 17 de Fevereiro, o décimo dia do Ano Novo Lunar.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeNovo Banco Ásia | Lucros dobram mas “continuam a ser baixos” José Morgado, presidente da Comissão Executiva do Novo Banco Ásia, garante que a instituição bancária poderia ter tido um melhor desempenho, apesar de ter registado lucros em 2015 de 4,7 milhões, o dobro face a 2014 Os resultados financeiros do Novo Banco Ásia relativos a 2015 foram ontem publicados em Boletim Oficial (BO) e mostram que a instituição bancária, uma subsidiária do Novo Banco em Portugal, registou lucros de 4,7 milhões de patacas, o dobro face a 2014. Apesar disso, os números revelam estabilidade e não um crescimento de maior dimensão como seria desejável, explicou ao HM José Morgado, presidente da Comissão Executiva do Novo Banco Ásia. “Os resultados continuam a ser baixos, se compararmos com anos anteriores. Obviamente que dobraram o ano passado e isso é sinónimo de estabilidade, mas o potencial na Ásia é bastante maior e estamos a pensar que, de facto, podemos fazer ainda melhor”, disse José Morgado. A curto prazo, o Novo Banco Ásia pretende manter a estabilidade que tem demonstrado. “Queremos manter a mesma linha de acção até que haja uma melhor definição relativamente àquilo que o Banco pretende fazer.” Numa altura em que o processo de venda do Novo Banco continua por concluir, o Banco de Portugal escolheu o Deutsche Bank para ser o assessor financeiro deste processo. José Morgado não sabe se este impasse poderá ou não influenciar os planos do Novo Banco Ásia. “Obviamente que as coisas estão ligadas, mas são um pouco complementares. Nós somos uma subsidiária do Banco em Portugal, nem sequer somos uma sucursal”, apontou. Venda poderá acontecer O presidente da Comissão Executiva da instituição bancária referiu ainda que “existem fortes possibilidades do Novo Banco Ásia ser vendido”. “Aparentemente a entidade supervisora europeia está a colocar como hipótese a venda, para que haja um esforço menor de capital numa altura em que o Novo Banco também está num processo de venda. Pelo que tenho lido, vai nesse sentido”, apontou José Morgado ao HM. “O projecto na China é sempre interessante e, pelo que sei, a actual administração do Novo Banco queria manter esta situação porque a considerava estratégica. Continuo a achar que o projecto asiático tem muito potencial e tanto no passado como no presente existem alguns interessados na aquisição do Novo Banco, por isso pode ser que o processo evolua”, rematou. Segundo o jornal Diário Económico, os principais bancos de Espanha, como é o caso do Santander, serão os principais interessados no segundo processo de aquisição do Novo Banco, incluindo o Banco Português de Investimento (BPI) e o seu accionista espanhol CaixaBank. O grupo chinês Fosun e a Apollo, gestora de fundos americana, e que já tinham participado na primeira tentativa de venda, poderão também estar na corrida para adquirir o Novo Banco.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong indicia 37 pessoas de motim por distúrbios de segunda-feira Trinta e sete pessoas foram ontem presentes a tribunal em Hong Kong e acusadas individualmente de participação em motim, em conexão com os distúrbios registados na noite segunda-feira, informa a imprensa local. Um adolescente de 15 anos, que enfrenta a mesma acusação, deverá ser presente a um tribunal juvenil, segundo a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK). Entre os acusados está o porta-voz do grupo Hong Kong Indigenous, Edward Leung – apontado como candidato às eleições deste ano para o Conselho Legislativo (LegCo) – e Stephen Ku Bok-him, da revista dos alunos da Universidade de Hong Kong Undergrad. Derek Lam, um membro do movimento estudantil Scholarism – que esteve envolvido nos protestos pró-democracia em 2014 – integra também o grupo de acusados. A acusação requereu o adiamento dos casos para 7 de Abril para dar continuidade à investigação da polícia. O crime de que são acusados é punível com uma sentença de até 10 anos de prisão. Até quarta-feira, foram detidas 64 pessoas em conexão com os incidentes ocorridos na noite de segunda-feira na zona de em Mong Kok. Destes, foram acusados 35 homens e três mulheres com idades entre 15 e 70 anos. Os distúrbios, que escalaram de um protesto contra uma tentativa da polícia para dispersar vendedores ambulantes de comida, resultaram em 130 feridos, a maioria polícias, refere a RTHK. Seis pessoas continuavam na manhã de ontem internadas no hospital. O grupo ‘Scholarism’ disse em comunicado que Derek Lam esteve apenas quatro horas em Mong Kok na noite de segunda-feira e que não participou nos confrontos violentos nem atacou os polícias. Segundo o Scholarism, agentes tentaram revistar a casa de Derek Lam sem um mandado do tribunal e que a revista não chegou a acontecer porque o seu advogado chegou rapidamente ao local. Avisos escolares Em declarações ontem à RTHK, o líder do Scholarism, Joshua Wong, advertiu que Hong Kong pode testemunhar mais incidentes como os motins de Mong Kok, se a abordagem do Governo liderado por Leung Chun-ying, também conhecido por CY Leung, não mudar. Wong disse que vários partidos políticos e amplos sectores da sociedade condenaram a violência, mas que o Governo deve aceitar a responsabilidade pela divisão social que existe. Segundo Wong, alguns activistas radicalizaram-se após os protestos pró-democracia de 2014, por considerarem que os movimentos pacíficos não conseguem mudanças. Também o deputado do Partido Democrático James To disse que prender pessoas não resolve nada e defendeu que é preciso analisar as razões pelas quais tantos jovens desenvolveram um profundo ódio à polícia e às autoridades. Já o deputado da Liga dos Sociais Democratas Leung Kwok-hung, conhecido por acções radicais dentro e fora do Conselho Legislativo, disse que as pessoas estão fartas de CY Leung, que descreveu como um tirano que não foi eleito pela população. Por sua vez, o deputado Tam Yiu-Chung, do partido pró-Pequim Aliança Democrática para a Melhoria e Progresso de Hong Kong (DAB, na sigla inglesa), apontou os protestos pró-democracia em 2014 como a razão da radicalização dos manifestantes. Para Tam Yiu-Chung, estes manifestantes estão cada vez mais arrojados nas suas acções, advertindo que este é um caminho perigoso, desencadeado por não terem sido punidos adequadamente. Sem desculpas A acção da polícia também está sob escrutínio. Um jornalista do jornal em língua chinesa Ming Pao disse que foi espancado por agentes quando estava a tirar fotografias a um autocarro, apesar de ter gritado repetidamente que era repórter. Entretanto, o secretário para as Finanças do Governo de Hong Kong, John Tsang, disse acreditar que a violência foi incitada por um pequeno grupo de pessoas irracionais que queriam atacar a polícia. Também acrescentou que não é apropriado justificar as acções dos atacantes culpando o Governo de CY Leung por má governação, porque não há desculpas para a violência.
Hoje Macau EventosArte | José Drummond e Peng Yu apresentam-se em Berlim Um encontro de almas predestinadas a estarem juntas é o tema da exposição de vídeo-arte que José Drummond e Peng Yun desenvolveram e vão inaugurar em Berlim já amanhã. No dia 20, os artistas seguem para a vizinha Áustria, onde dão uma palestra e apresentam trabalhos para o Festival de Vídeo Arte do Danúbio A inspiração para o novo projecto de José Drummond e Peng Yun perpassa pelo antigo ditado chinês “embora nascido a mil li de distância, as almas que são uma vão encontrar-se” e é esse o tema da exposição de vídeo-arte que os artistas vão inaugurar em Berlim já amanhã. O projecto alerta para algum tipo de força predestinada que une as pessoas mesmo que estejam distantes. A configuração deste reencontro traz um nível perturbador, embora criativo, existencial, onde o ponto de encontro predestinado é alcançado através de uma perspectiva nómada. Segundo os artistas, ela pressupõe que uma, ou ambas as “almas”, devam viajar para um determinado ponto para assim se realizarem. Em declarações à imprensa, o par declara ainda que “este conceito de unicidade das almas concorre com a ideia de alma gémea que tem a sua origem no ‘Simpósio’ de Platão”. Nas imagens, “a ideia de quatro braços, quatro pernas e uma única cabeça feita de duas faces leva um valor interessante quando aplicado ao conceito de dois artistas trabalhando em conjunto para o mesmo objecto, o mesmo objectivo”. Uma reflexão sobre um caso específico de artistas que “embora nascidos separados por mais de mil li” reúnem-se num novo lugar como “almas que são uma”, trabalhando em conjunto e onde cada identidade individual é uma contribuição para um objecto que existe entre lugares, como garantem José e Yun. Peng Yun nasceu na província de Sichuan, na China, e é bacharel do Departamento de Pintura a Óleo da Academia de Belas Artes de Sichuan, tendo ainda um mestrado em Belas Artes conferido pelo Departamento de Novos Média da Academia de Artes da China. O seu trabalho incide especialmente em imagens em movimento, fotografia e instalação tal como o de José Drummond. Nascido em Lisboa, este residente de Macau estudou pintura e cenografia sob orientação do professor Pedro Morais e possui um mestrado do Instituto Transart. O par conheceu-se em Macau em 2010 e, em 2015, decidiram começar a trabalhar juntos em projectos relevantes. No dia 20, os artistas seguem para a Áustria, onde dão uma palestra e apresentam trabalhos para o Festival de Vídeo Arte do Danúbio.
José Simões Morais h | Artes, Letras e IdeiasPrevisões para os signos do ano do macaco O simbolismo e as características psicológicas específicas de cada um destes animais representam o carácter e o comportamento correspondente às pessoas nascidas neste ano do Macaco. Este trabalho foi baseado nas previsões de Li Ju Ming (Lei Koi Man em cantonense) e do que delas entendi Macaco O Tai Sui (Deus de cada um dos 60 anos do ciclo) que rege o ano lunar de 2016 é o Capitão Guan Zhong, que traz muitas e grandes ondas, significando mudança e por isso, é ano para mudar de emprego, terminar com o antigo trabalho e começar um novo, emigrar ou trocar de casa. Todas estas mudanças são boas para serem realizadas neste ano do seu signo. Carreira: Este ano não tem direcção e sem estrela da sorte para o ajudar, só poderá contar consigo mesmo, pois não terá apoio de ninguém. Com a sua normal grande inteligência e confiança, que ao seu modo tudo faz, vai-se sentir rodeado de inimigos, mas se mantiver a calma conseguirá resultados bem melhores do que poderia esperar. Amor: Nada espere e não fique desapontado. Se não é casado/a, mas tem namorado/a, pode ocorrer uma grande discussão e haver a separação. Se é casado/a evite discussões, mesmo pequenas que sejam, pois irão culminar em divórcio. Saúde: Este ano, o seu maior inimigo é você mesmo. Deve manter-se relaxado. Muito cuidado com os acidentes, mesmo quando caminha tenha atenção para não cair. Dinheiro: É um ano para não pensar em realizar dinheiro, mas sim em viagens. Estude para adquirir novos conhecimentos. Num degrau inferior poderá conquistar o mundo, mas se colocar a fasquia elevada pode perder tudo. Galo Como no ano passado o único conselho para os nativos de Galo era trabalhar muito, este ano vem já cansado e não terá nenhuma estrela da sorte a ajudar. Carreira: Os nativos de Galo vão estar este ano em confronto com mudanças, e este é o seu ponto fraco. Perderá o lugar de controlo. Encontra-se numa encruzilhada e não sabe se deve seguir em frente, ou recuar. Por isso, o nativo deste signo deverá criar uma nova ideia, ou produto, que lhe dê a solução para se desembaraçar dessa encruzilhada. Amor: Cuidado com as relações, pois é um ano de flor de pessegueiro não importa onde esteja, terá sempre à perna os/as amantes e por isso, para as pessoas casadas, quantas mais relações, mais trabalhos. A franqueza é o modo para manter o seu casamento e para as pessoas solteiras, mesmo tendo um grande número de amantes, nenhum é a pessoa correcta para si. Logo não é ano para se casar. Saúde: Problemas depressivos espreitam, sobretudo para os nativos nascidos no Outono e no Inverno. Poderão aparecer problemas relacionados com sangue e ataque de coração. Em Maio e Agosto, cuidado para não fracturar nenhum osso. Dinheiro: Ano para pesquisar e para manter o que tem. Procure uma nova ideia, pois só dela poderá fazer dinheiro. Divirta-se com a paixão, mas não se atire de cabeça. Cão Este ano os nativos deste signo perdem o grande suporte e terão que fazer tudo por si próprios. Terá que se defender no seu território e não poderá sair para fora desse seu espaço para atacar. Contará a estrela da sorte YiMa que representa mudança, emigrar, ou ir estudar para fora, trocar de casa ou viajar. Carreira: Como não terá suporte de ninguém, terá que se desenvencilhar sozinho, sentir-se-á cansado tanto fisicamente como na mente. Será inteligência ir estudar línguas e arte, improvisando o seu talento. Deverá aceitar tudo o que vem, sem reagir, interiorizando e acalmando os seus primeiros instintos. Absorvendo, conseguirá perceber as razões de eles existirem. Por causa da estrela TianGou, é fácil criar conflitos e não terá boas relações com as pessoas e no mais grave, poderá mesmo chegar a tribunal, ou ser roubado todo o recheio da sua casa. Ambos, Saúde e Riqueza, serão influenciados por esta estrela. Amor: Como estará sobre a influência da estrela Yi Ma, mudança, ao viajar, emigrar e estando no estrangeiro, encontrará aí um/a namorado/a, mas sem a estrela da flor do pessegueiro, este amor é de curta duração. Deverá controlar-se pois quanto mais forte for a paixão, mais profundo será o ódio quando terminar a relação e perder-se-á. Para os casados, é um ano propenso a se divorciar e de sofrimento. Não importa que tipo de amizade tem, familiar, entre amigos, ou amantes, a relação emotiva sofrerá. Saúde: Não apenas terá que tomar cuidado com a sua saúde física, mas também com o seu ânimo, já que se sentirá deprimido. Especialmente os nativos de Cão nascidos no Verão terão que ter muito cuidado com AVC’s. Abril será um mês perigoso para todos os nativos de Cão em questão de saúde. Dinheiro: Não é ano para ganhar dinheiro na sua forma normal, mas pode poupar pelo caminho do silêncio e revolucionar-se a si mesmo. Porco No ano passado ganhou a Força e este ano continuará a conquistá-la. No entanto, pequenas pontos negros ainda lhe vão ser apontadas pelo exterior, já que este ano, os nativos de porco são prejudicados pelo Hoi Tai Sui. Tal se deve ao porco não ser um animal que combine com o macaco e por isso, vai ter muita gente contra si. Amigos que o vão tentar prejudicar, fazendo-lhe mal e terá outro poder exterior como inimigo a combatê-lo. Mas estando sobre protecção de três estrelas da sorte, vai ter um ano muito bom, sendo o signo do Porco um dos quatro mais bafejados do ano. Carreira: Com três estrelas da sorte, duas delas, Tian De (天德) e Fu Xin福星, estrelas protectoras que lhe limparão o caminho e a estrela criativa Tian Yi Gui Ren, (天乙贵人), coloca-o com muita e boa energia, o que levará a ter confiança para encarar todos os seus interesses, desejos e vontades emocionais e de carreira. Tudo terá bom desenvolvimento, logo auspicioso ano para usar da sua imaginação e criatividade. Siga caminhando pois tal trará frutos. Mas lembre-se estar sobre influência também de três más estrelas, por isso deve ter muito cuidado com as relações de amizade e não se coloque por si mesmo em maus lençóis. Amor: Com a estrela da sorte Tian De, o nativo poderá casar e ter filhos, apesar do ano não ter Festa da Primavera e por tal levaria a não ter descendência. Para os casados, tenha cuidado com a outra parte de si, quando mais próximos menos vemos. Ponha mais coração na sua relação e assim conseguirá um ano harmonioso. Ano para cuidar da família. Saúde: Será um ano perigoso, pois haverá propensão a acidentes e cirurgias. Os nativos de Porco nascidos nos anos de 1935, 1971, 1995, têm propensão a que facas o cortem. Por isso, evite todas as operações perigosas e actividades radicais. Maio e Setembro são os meses perigosos, cuidado com as mãos, pés e acidentes de trânsito. Dinheiro: Um bom ano monetário devido a ser fácil consegui-lo e pode ser promovido devido à ajuda das estrelas da sorte. Ano para planear os próximos na questão monetária. Lembre-se que facilmente arranja discussões e por isso, deverá acalmar-se e conseguir manter a sua estabilidade emocional controlada. Discutir, rouba-lhe a sua energia da sorte. Evite euforias, que levarão ao seu extremo. Ser moderado é o mais inteligente, siga o caminho do meio e não leve a sua acção até ao extremo. Rato Os nativos do signo Rato combinam bem com os de Macaco, por isso a sua relação com as pessoas será melhor do que no ano transacto. Só terá uma estrela da sorte para o ajudar e tê-la, pouco poderá ajudar. Mesmo que tenha muitos planos, não terá ajuda dos outros e é como, um rato tentar mover uma tartaruga. Carreira: Como é um ano sem fortuna, a sua carreira não melhorará e sendo assim, trate de promover as suas relações sociais. Pelas boas relações com os nativos de Búfalo, Dragão e Macaco, deverá com eles conviver mais e deles encontrar boas ideias para investir no futuro. Mas este ano, terá uma das mais fortes más estrelas, a Tigre Branco, por isso facilmente sofre acidentes e problemas emocionais. Para os homens nativos de Rato, cuidado pois as mulheres poderão colocá-lo em graves situações, logo problemas. Amor: Ano de paixões para os nativos de Rato, mas só lhe trará problemas e mesmo para os solteiros, os/as amantes criam-lhe muitas ondas, discussões e problemas. Pode gostar, mas não colha, especialmente para os homens, não esqueça que este ano está sobre a influência do Tigre Branco. Saúde: Propiciado pela estrela da pouca sorte, facilmente se encontra envolvido numa grande discussão e mesmo numa luta física de confrontação. Se está grávida, cuidado com o bebé que transporta. Agosto é um mês perigoso. Nascidos no Outono e Inverno evitem todas as actividades aquáticas. Novembro, melhor fazer análises e um body check. Dinheiro: Este ano não há maneira de conseguir mais, por isso tente conseguir conservar o que tem. Melhor aproveitar as suas relações sociais para preparar o próximo ano. Paz é o ouro para os nativos. Búfalo No ano anterior tudo foi mau, mas para este ano a palavra é Ganhar. Com três súper estrelas da sorte a proteger, para este ano o melhor signo é Búfalo. A estrela da sorte Zi Wei Long De, que representa conquistar poder e ser promovido, é muito bom para a carreira. Outra súper estrela da sorte Tian Xi é propícia para o casamento e na boa relação com todas as pessoas. Carreira: Como ano de sorte, os nativos deverão mudar de comportamento e abrir o coração, colocando toda a energia para aceitar a boa mudança e com trabalho árduo consegue atingir um posto importante. A riqueza segue-o, por isso só necessita é colocar gasolina e siga em frente. Mas como tem também duas estrelas de pouca sorte, alguns desastres poderão ocorrer, sem haver forma de os evitar. Lembre-se quanto mais elevada for a sua posição, mais tensão encontrará; mas com a sua normal paciência consegue atingir a única palavra para este ano, Ganhar. Amor: Um grande ano de flores de pessegueiro, que serão de boa energia. Ano para se casar. Se estiver casado/a, faça uma segunda lua-de-mel. Para os não casados, este é o momento para encontrar a sua cara-metade pois, se não o fizer, só daqui a doze anos terá uma tão boa oportunidade, sendo os melhores meses para o fazer, Fevereiro, Junho, Agosto. Saúde: Cuidado com os acidentes de trânsito. Nascidos em 1985, 1973 e 1961 cuidado com problemas de sangue (cortar ou operações). Não pratique actividades perigosas. Como vai ter que trabalhar muito, intercambie com momentos de relaxamento. Dinheiro: Ano de mudança total. Se o fizer, o dinheiro segue-o. Terá várias maneiras de as realizar e em todas elas, com bons resultados. Por isso, este ano não é para ficar sentado à espera da boa sorte, mas coloque-se em movimento e entregue-se cem por cento em tudo o que faz. Tigre Macaco e Tigre são o oposto, logo não conciliáveis, por isso, o inevitável confronto, sendo para os nativos de Tigre este ano o de colidir Chong Tai Sui. Toda a sua vida se vai transformar, devendo os nativos a cada passo ter muito cuidado, mas como este ano tem várias estrelas da sorte a ajudar, significa que, após as vagas, tudo ficará melhor, mais tranquilo. Carreira: Com três estrelas da sorte a ajudar a carreira, poderá resolver um por um os problemas sem receio, pois continuará a controlar todas as coisas pelo seu poder. Ajudado pelas boas estrelas, consegue convencer os outros pelo falar e solucionar os problemas. Um bom ano para a sua carreira. Amor: Com toda a atenção virada para a carreira, não tem tempo para se dedicar às paixões que rapidamente aparecerem, mas também com a mesma velocidade desaparecem. Não vai encontrar este ano a pessoa indicada para casar. Saúde: Como é o ano Chong Tai Sui é fácil ter um acidente de trânsito e ser levado a Tribunal, sendo entre as três e cinco da tarde de cada dia o período mais perigoso. Assim no início do ano deve ir ao templo pedir protecção aos deuses, acção conhecida por Fa Tai Sui (Fa = solucionar o problema) Dinheiro: Estando a carreira em boa onda, o dinheiro vem, mas este ano terá a má estrela Tai Hou, que significa perder dinheiro, por isso se pensa fazer algum investimento esteja muito atento. É um ano que precisará de trabalhar muito para ganhar algum dinheiro mas, mesmo sem ganhar dinheiro, ganhará conhecimento e experiência. Coelho É nativo de um dos quatro melhores signos do ano. Tudo vai ser fácil e continuará com a sorte do ano anterior. Tem três boas estrelas a ajudar e proteger. Carreira: Não precisa de se preocupar com nada, é seguir o caminhar e viver a vida, que tudo está nos carris. Amor: Espera-se uma boa relação. Para os não casados poderá encontrar a pessoa indicada, qual peixe entrando dentro da água, sendo o mês de Dezembro o melhor período. As suas amizades poderão ajudá-lo a desenvolver outros projectos de carreira. Saúde: Tenha cuidado pois os antigos problemas de saúde querem regressar. Os nascidos no Outono e Inverno devem cuidar dos pés e mãos, rins e intestinos. Os nascidos em 1951 e 1975, haverá probabilidade de ter problemas de faca, cortes, de um dedo ou operações cirúrgicas. Maio é o pior mês para os nativos de Coelho. Dinheiro: Terá uma boa receita este ano, mas vai ter muitos encargos, por isso difícil em amealhar dinheiro. Assim, tal como rapidamente recebe, também o gasta e a saúde é um dos problemas que poderão surgir e levar a essas despesas. É melhor no início do ano fazer análises e um Body Check. Dragão É ano do Dragão Voador, por este signo combinar bem com o do Macaco. A palavra do ano é Cooperar. Terá a estrela da sorte San Tai e por isso o suporte para atingir elevadas notas nos exames, ou tornar-se famoso e com poder, atingindo um outro novo nível mais elevado e criar o seu próprio espaço. Carreira: Vai ter muitas hipóteses, mas sentir-se-á sem grande confiança. Por isso, só poderá aventurar-se a voar mais longe e mais alto, após planear muito bem para manter sobre controlo todas as coisas. Com esse trabalho de casa feito, nesse espaço finito pode criar o infinito. As mudanças como vagas, uma a seguir à outra, trazem inveja e sentirá setas espetadas nas costas. Para confrontar-se com tudo isto, os nativos de Dragão terão de usar talento. Amor: Não encontrará a sua cara-metade este ano, por isso não coloque grandes anseios nesse desígnio. Para os casados, há muitas hipóteses de aparecerem amantes, mas o melhor é evitar ter. Saúde: Como trabalhará muito e estará sobre grande pressão, deve balançar o tempo entre trabalho e recreio. Nascidos no Outono e Inverno deverão ter cuidado com os acidentes de trânsito. Dinheiro: Como este ano é para atingir uma nova plataforma na sua vida, e o que preparar agora, não importa o que está a ganhar, prosseguirá com frutos. Serpente Poderá encontrar um bom companheiro para negócios e no amor, mas a seguir vai entrar em conflito. Se ganha algo, perde também algo, por isso é um ano mediano. Importante para os nativos são as três estrelas da sorte: Tian Chu (a cozinha do Céu), que permite saborear boa comida e as outras duas são Lu Shen e Tian Guan. Carreira: Sem estrela de suporte, mas sendo os nativos de serpente inteligentes, não importa a situação, pois conseguem olhar de frente e resolver os problemas. Apenas ter cuidado para não discutir com os outros, pois pode perder os seus projectos e também trazer problemas, que serão apenas resolvidos no Tribunal. Entre as ondas vislumbrará novas esperanças. Amor: É um ano cujos nativos de Serpente ficarão mais encantadores aos olhos dos que neles reparam. É altura dos solteiros encontrarem a pessoa certa e para os casados, fazer uma segunda lua-de-mel, ou ter um filho. Saúde: Encontra-se sobre a influência de três estrelas de má sorte, por isso muito cuidado para não ter acidentes. Nativos nascidos no Outono e Inverno tenham atenção aos problemas de sangue, útero e bexiga. Para os nascidos em 1941, 1965, 1989 deverão ir ao templo pedir protecção aos deuses pois é um ano perigoso. Dinheiro: O ordenado é normal e está estável. Faça o que quiser. Cavalo O desenvolvimento que os nativos tiveram no ano transacto abranda este ano e falar muito traz problemas. Ano também de mudança pois, pela influência da Estrela YiMa, há hipótese de ter que sair, talvez emigrar, ou ir estudar para fora, ou mudar de casa. Assim pela mudança de vida, ou no trabalho, os nativos podem sentir-se cansados e não recompensados pelo trabalho que fazem. Carreira: Não coloque desejos como vontades; mantenha o que tem, que já não é mau. O melhor é entender o que lhe interessa e o que gostaria de aprender e meter-se ao estudo para se recompensar da falta de perspectivas no trabalho. Ou escolha fazer mais viagens e evite fortemente discussões. Se tiver uma decisão errada este ano, irá arrepender-se para o resto da sua vida. Amor: Tem a estrela GuChen que representa estar sozinho/a. Os solteiros vão sentir-se contentes quando sozinhos, mas para os casados esse ficar só pode criar no seu companheiro a designada guerra fria e de costas voltadas, as situações extremarem-se e haver a separação. Por isso, deverá ter muita paciência e agudeza de espírito para acalmar a situação. Saúde: Este ano, quando sair ou guiar carro, muito cuidado com os acidentes, ande sempre prevenido e coloque atenção ao que faz e aos outros. Os nativos de 1930, 1966 e 2002, são este ano os que mais propensos estão aos perigos. Os nascidos em 1966, pois irão atingir os 50 anos, não devem cair em depressão e para isso, deitem fora as más energias e realize uma grande festa de aniversário. Dinheiro: Faça o que tiver que fazer, não questione quanto vai receber. O dinheiro não lhe vai trazer alegria e saúde, sendo as boas relações familiares os seus melhores tesouros. Cabra Os nativos deste signo, como no ano passado trabalharam muito nos seus projectos, tal esforço este ano singra e desenvolve-se em boa direcção, tanto na Carreira, como no Amor e Riquezas. Um dos quatro bafejados signos deste ano. Uma boa estrela protege-o. Carreira: O Sol (Tai Yang), como a grande estrela, ajudá-lo-á em todas as formas e relações com as pessoas, como se alguém maior estivesse a puxar para cima. Ano que poderá realizar os seus sonhos e criar uma carreira; é um verdadeiro vencedor. Amor: Bom ano para se casar. Os nativos singulares, em Fevereiro, Agosto e Dezembro, têm meses propícios para realizar os seus desejos em encontrar o parceiro, por isso, não perca essa grande oportunidade. Se já tem namorada/o, é um bom ano para casar. Se é casado não tente ir buscar paixões fora do casamento, o que lhe reduziria a boa sorte. Saúde: Não se coloque sob pressão no trabalho. Os nascidos em 1931, 1955, 1991, devem ter cuidado com os acidentes, por isso evite actividades perigosas. Dinheiro: Este ano ficará na sua memória para toda a vida como o mais importante na página do dinheiro. Já mencionado no início, é um dos quatro signos favorecidos do ano. É um Vencedor. Um bom ano de 2016. Boa saúde. Neste texto, as palavras quando são empregues para ambos os géneros vão pelo masculino, já que este representa esse todo que, para além de ignição é a inicial Luz Solar. É o Espaço versus formas, qual Homem a representar todos os Seres Humanos e não serem apenas homem e por isso a mulher também terá de ser mencionada. É como o dia, ele há o de 24 horas e o dia versus noite, que também está integrada no dia.
Isabel Castro VozesMá sorte 1. Primeiro foi o troço das antigas muralhas, vandalizado por quem acha que pode fazer o que lhe apetece, onde lhe apetece, quando lhe apetece. Depois foi a Casa de Lou Kao, que levou com uma parede em cima que não lhe pertence, por causa de obras que – dispensa-se o relatório preliminar e também não é preciso esperar por conclusões finais – são feitas às três pancadas, como quase tudo o que diz respeito à construção em Macau. E agora o templo de A-Ma. Um incêndio com causas desconhecidas, em plenas comemorações do ano novo chinês. O património não anda com sorte. Um incêndio de madrugada, de origem incerta. O Instituto Cultural já veio garantir que foi feita, há pouco tempo, uma inspecção ao local, espaço de peregrinação de centenas (milhares?) de pessoas durante estes dias. À hora a que escrevo, presume-se que se tenha tratado de um curto-circuito, uma daquelas coisas de que ninguém tem culpa – ou às tantas tem. Mas não interessa a culpa: já se sabe por aqui morre quase sempre solteira e, quando contrai matrimónio, por norma fá-lo com o cônjuge mais fraco que poderia arranjar. O que importa é pensar no que se anda a fazer, no que se vai fazer, como evitar que estas situações aconteçam. No meio da má sorte, a sorte toda: tivessem as chamas começado a outras horas e este texto seria, todo ele, muito diferente. Num edifício com acessos complicados, a má sorte seria uma enorme tragédia. Macau tem esta estranha condição da má sorte relativa: o mundo vai desabando, mas aqui, neste pedaço de terra crescente, nada acontece. Esta forma de evitar o azar total não se deve à competência das autoridades ou à consciência de quem age no espaço público: deve-se à sorte, que muitos dizem ser divina, apesar de os deuses não serem consensuais. É bom que o azar total não nos bata à porta: antes cair o revestimento dos corredores, que sucumbiu ao frio, do que o tecto em cima da cabeça. Antes furar um pneu num buraco da estrada que já conta com mais de seis meses de vida, do que estourar o carro nesse mesmo buraco que a chuva tapou. Antes isso, claro está. Mas a má sorte que se vai tendo deveria servir para se começar a exigir mais – das autoridades e de quem age no espaço público. É que um dia destes o panchão rebenta no sítio errado, na hora errada, na mão errada. Não há má sorte relativa que não possa ser, um dia, absoluta. 2. Corro o risco de ser culturalmente intolerante. Corro. Mas as touradas também fazem parte da cultura do meu país e não lhes acho a mínima piada, pelo que não é uma questão de idiossincrasia – é mesmo uma questão de bom senso. Macau continua a ser, em termos de ano novo chinês, uma coisa estranha, bastante primitiva. Dir-me-ão que faz parte da tradição isto de andar a queimar coisas para o ar, a horas em que há gente que quer, por exemplo, dormir descansada, sem a sensação de acordar no meio da Guerra do Pacífico. Queimam-se panchões nos locais que as autoridades definem mas também noutros sítios, que já sabemos que há sempre quem faz o que lhe apetece, quando lhe apetece, onde lhe apetece. Dir-me-ão que faz parte da tradição e eu acredito, mas há 300 anos havia outras tradições, aqui e noutras partes do mundo, que se abandonaram por razões lógicas, próprias da evolução da espécie. Os panchões não fazem parte da realidade de muitas cidades da China, que também é tradicionalmente dada a fogos-de-artifício e outros dispositivos ruidosos. Houve alguém, do outro lado da fronteira, que se lembrou da poluição – sonora e sobretudo atmosférica, que isto de andar a queimar coisas não faz nada bem ao ar que se respira. Por aqui, tudo na mesma. A festa ainda dura mais uns dias, pelo que quem quiser dormir que se aguente, porque até à uma da manhã a festa dura e há tolerância governamental para algumas tradições. Os turistas dão jeito e há que manter o povo contente. E depois – que fique claro porque já nos disseram, vezes sem conta, esta verdade absoluta – a culpa da poluição não é nossa. É só má sorte. 3. Outra sorte tiveram os Serviços de Saúde num caso recente que deu origem a uma das notas de imprensa mais extraordinárias que já tive oportunidade de ler. Chegou pouco antes da uma da manhã, acompanhada de uma mensagem para o telefone. O título diz tudo: “SSM [Serviços de Saúde de Macau] agradecem ao tribunal que julgou improcedente um recurso sobre o levantamento da medida de isolamento obrigatório”. Quero ter a esperança de que a nota de imprensa original tenha sido redigida em chinês e que em chinês tenha um sentido completamente diferente. É que não fica bem uma entidade pertencente a um Governo agradecer decisões de órgãos judiciais – por mais importantes que possam ser para a saúde pública, como parece ter sido o caso. É a escolha do verbo, bem sei, pode ser só mesmo falta de jeito, admito. Para a próxima, um “congratulam-se” cai melhor. Ou então um título informativo, daqueles tipo “Tribunal dá razão aos Serviços de Saúde”. Por causa daquelas coisas da separação dos poderes e do Estado de direito. É que só falta mesmo o cesto de frutas e o cartão a acompanhar. Em nome da boa sorte, pois.
Andreia Sofia Silva Perfil PessoasAnnya Lai, estudante: “Macau é uma forma de poder ver o mundo” Annya Lai é uma jovem estudante que nasceu do lado de lá das Portas do Cerco, mas isso não a impediu de transpor fronteiras para cá e sair da China que sempre conheceu, para descobrir o mundo. Deste pedaço de território onde se fala Português, Annya Lai garante que consegue ver tudo o resto. “Desde que vim para Macau penso que posso ver mais do mundo e explorar mais coisas. Macau é um pequeno território mas tem muitos elementos… é a minha forma de poder sair da China para ver mais o mundo. Então penso que Macau é um bom lugar para mim”, contou. Annya Lai sempre quis fazer todo o ensino superior na RAEM, mas acabou por frequentar a licenciatura de Comércio Internacional em Zhuhai. Hoje frequenta o Mestrado em Estudos Europeus na Universidade de Macau. Da Europa, esse continente do qual permanecem pequenos laivos em Macau, a estudante garante gostar da história e da cultura. “Escolhi esta área porque achei que seria muito interessante. Na licenciatura estudei Comércio Internacional e achei que não era assim uma área que gostasse muito, então decidi mudar. Antes de entrar no mestrado não prestava muita atenção às questões europeias, mas comecei a gostar da história e da cultura. São as coisas que mais acho interessantes no continente. Macau também tem esse lado europeu, da mistura das culturas chinesa com a portuguesa”, referiu a estudante. Annya Lai garante que Macau é uma boa cidade para viver uma vida mais tranquila. Embora não aposte nos casinos, a estudante diz gostar do ambiente. “Não jogo e não gosto, mas gosto do ambiente dos casinos, acho que é algo único. Mas não me quero envolver nesse ambiente. Gosto das atracções, é como se fosse uma cidade de sonho para muitas pessoas. Macau é um óptimo sítio para as pessoas que querem ter uma vida mais confortável.” Num território onde o Jogo é rei, haverá algo que atraia os turistas mais do que apostar nas mesas dos casinos? Annya Lai garante que sim. “As pessoas do continente acham que Macau é um lugar muito tranquilo e dizem que esta é uma cidade agradável. A cultura e todos esse elementos de Macau atraem os chineses a vir cá antes de visitarem outras cidades do mundo. Para eles também é como se fosse uma janela para verem o mundo. Aqui eles desfrutam de um ambiente que é totalmente diferente do que existe na China continental”, apontou. Apesar disso, Annya Lai acredita que é preciso fomentar a criação de mais actividades culturais. Estas são “muito importantes para Macau para fazer desta uma cidade mais diversa, sem estar muito ligada ao Jogo. Aqui já existe naturalmente um ambiente mais virado para a cultura, mas é preciso que as pessoas percebam isso. É preciso que compreendam que Macau tem este lado”. Mudar a política Annya Lai ainda não sabe o que quer fazer quando se especializar em Estudos Europeus. Talvez faça Gestão ou seja profissional de Relações Públicas. Uma coisa é certa: a estudante não vai virar costas a um desafio profissional no território, apesar de considerar que o mercado de trabalho poderia estar mais aberto a receber pessoas de fora, sobretudo os finalistas do continente. “Na área da Educação, Macau tem muitos recursos para os estudantes e seria bom para o Governo criar mais oportunidades para os estudantes do continente. Para além disso, eles podiam usufruir dos frutos do esforço do Governo ao partilhar esses recursos. Há ainda muitas restrições no mercado de trabalho para as pessoas da China continental, mas talvez isso venha a mudar no futuro, porque Macau precisa muito de pessoas de fora e até do estrangeiro. Macau precisa de mais pessoas para que o mercado se diversifique”, considerou. Quando olha para o seu país, Annya Lai vê uma sociedade mais aberta, onde as pessoas já assumem uma postura totalmente diferente do conservadorismo do passado. “Desde que a China se desenvolveu, tanto os jovens, como os pais têm uma mentalidade mais aberta e querem que os seus filhos tenham uma educação no estrangeiro. Isso também faz com que os mais jovens estejam mais abertos. Isso é algo bom, o facto do país estar cada vez mais envolvido nas questões internacionais. Ainda há muitas pessoas com uma visão algo limitada e então são os jovens que tentam mudar a mentalidade e levar o país para o caminho certo em termos de desenvolvimento”, rematou.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Mercado financeiro chinês à beira do colapso ? Kyle Bass, que cometeu o “pecado” de apostar contra os fundos imobiliários de Wall Street alerta para os perigos do mercado financeiro chinês. Uma crise quatro vezes pior do que a americana, com perdas gigantescas no horizonte e a obrigatoriedade da China desvalorizar o yuan em pelo menos 30%, são algumas das revelações Numa carta dirigida aos investidores, e à qual a Bloomberg teve acesso, Kyle Bass alerta para o facto de que se o sistema bancário chinês perder 10 por cento dos seus activos por via do crédito mal parado, verá desaparecer cerca de 3.5 biliões de dólares de capital. Isto significa que a segunda maior economia mundial poder ver-se obrigada a “imprimir mais de 10 biliões de yuan para recapitalizar a banca e pressionar a moeda para desvalorizar em pelo menos 30% em relação ao dólar”, garante o investidor Bass, que ganhou uma fortuna ao apostar contra as hipotecas do mercado financeiro norte-americano em 2007, e retratado no recente filme “The Big Short”, tem-se mostrado um às na previsão de colapsos financeiros pois, para além da crise norte-americana previu, em 2010, a crise do mercado obrigacionista japonês. “Estamos a assistir à redefinição do maior macro desequilíbrio que o mundo alguma vez viu” garante Bass na referida carta, avisando ainda que “o crédito na China atingiu o limite de curto prazo e o sistema bancário vai conhecer um ciclo de perdas que terão implicações profundas no resto do mundo.” Bass reforça a ideia dizendo ainda que, “os problemas que a China enfrenta não têm precedentes. São tão grandes que o Governo chinês vai ter de se empenhar a fundo para rectificar os desequilíbrios. Investimentos de risco não é o lugar para se estar quando isto está a acontecer”, diz o investidor que nos últimos 18 meses tem vindo a libertar-se dos seus activos de maior risco, apesar de ter “85% do portefólio investido em produtos relacionados com a China”, como próprio garantiu. Bomba Relógio Para Bass, “o epicentro do problema é o sistema bancário chinês e as suas perdas em perspectiva.” Segundo as suas estimativas, “os activos bancários chineses aumentaram 10 vezes na última década, para mais de 34.5 biliões de dólares, e está impregnado de produtos de risco utilizados por instituições financeiras para fugirem aos regulamentos.” O crescimento da banca no país, que estima ter inchado mais de 600% nos últimos três anos — citando dados da UBS Group AG data — “é onde os primeiros problemas de crédito estão a surgir”, garante. Para além disso, “os produtos de gestão de fortunas que têm sido utilizados pelos bancos chineses para cobrirem as folhas de balanço emprestando e atraindo compradores com promessas de garantias e lucros que ultrapassam os depósitos bancários, começam a falhar”, assegura Bass, adiantando ainda que a utilização dos ‘trust beneficiary rights’ – direitos legais para garantir produtos financeiros – “são autênticas bombas relógio, pois são utilizadas pelos bancos para esconderem as suas perdas nos créditos mal parados”. Padrão de desaceleração O crescimento da economia chinesa, que se manteve na casa dos 10% durante quase 30 anos, tem vindo a desacelerar desde há cinco atingindo o seu ponto mais baixo em 25 anos em 2015, com uma taxa de 6.9%. Este ano, segundo uma sondagem efectuada pela Bloomberg junto de economistas, prevê-se que baixe ainda mais para os 6.5%. Este abrandamento fica a dever-se à mudança de perfil da economia chinesa que tem vindo a mutar de um padrão de manufactura e investimento para um perfil de serviços e consumo que, segundo os especialistas, não conseguiu ainda equilibrar com o antigo perfil económico do país. Em Outubro Kyle Bass já tinha previsto que a China iria fazer face a uma contracção de crédito e uma iminente crise bancária na Ásia.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeHong Kong | Rixa em Mong Kok associada a movimento “Scholarism” Começou por ser uma operação policial contra vendedores ambulantes de comida, mas acabou em violentos confrontos entre a população e a polícia, aos quais nem os jornalistas escaparam. A revolta ocorrida na zona de Mong Kok começa a ter contornos políticos, com a prisão de um membro do “Scholarism” Na noite de terça para quarta-feira viveram-se momentos de terror nas ruas da zona de Mong Kok, em Hong Kong, num violento protesto como não se via desde 2014, ano em que o movimento Occupy Central ocupou o distrito financeiro da região vizinha. Os desacatos começaram com uma operação policial contra vendedores ambulantes, mas depressa grupos de pessoas manifestaram-se de forma violenta, cujos actos culminaram em 90 polícias feridos e dezenas de pessoas detidas, número que poderá aumentar, segundo o Executivo da região vizinha. A operação da polícia desencadeou protestos entre os comerciantes e frequentadores da zona de Kowloon que, segundo a polícia, acabaram por lançar pedras, contentores e garrafas às forças de segurança. A polícia respondeu com gás pimenta e disparos de aviso. O subcomandante da polícia de Hong Kong Crusade Yau Siu-kei disse ao jornal South China Morning Post que é provável que o protesto contra a polícia estivesse preparado e organizado porque, assegurou, os manifestantes tinham carros para transportar escudos, capacetes e luvas, entre outros objectos. A polícia já deteve mais de 60 pessoas, acusadas de ataque às forças de segurança, resistência à detenção, alteração da ordem pública e de obstaculizarem o trabalho policial. Os desacatos na rua duraram mais de dez horas, sendo que ontem a policia de Hong Kong ainda patrulhava o local. “Scholarism” envolvido Ontem os confrontos em Mong Kok começaram a estar associados ao movimento “Scholarism”, já que, segundo o jornal South China Morning Post, Derek Lam Shun-in foi preso. Derek Lam Shun-in pertenceu ao movimento Occupy Central e é membro do Scholarism, tendo sido apanhado pela polícia no Aeroporto Internacional de Hong Kong na manhã de ontem, acusado de ter incitado a rixa. Derek Lam Shun-in estaria a viajar para Taiwan para se juntar à família, sendo que os familiares terão regressado a Hong Kong assim que souberam da sua detenção. Um comunicado publicado pelo “Scholarism” já veio negar esta acusação, dizendo que Derek Lam Shun-in estava em Mong Kok apenas para comprar comida aos vendedores ambulantes. “Ele deixou Mong Kok às 2h15 horas da manhã de terça-feira e não atacou nenhum política ou fez algo violento”, aponta o comunicado, que fala de uma detenção feita sem autorização judicial. “Estamos profundamente indignados com o facto da polícia prender de forma indiscriminada um estudante, algo que significa um ataque aos direitos da pessoa e à sua liberdade de expressão. Até este momento o advogado não conseguiu contactar Derek de nenhuma forma. Pedimos à polícia que dê declarações sobre a situação do Derek e que autorize a sua libertação imediatamente. Nós, sem medo, vamos usar toda a nossa força para lutar nesta batalha ao lado do nosso membro Derek Lam”, lê-se no comunicado divulgado no Facebook. Ao HM, Scott Chiang, presidente da Associação Novo Macau (ANM), acredita que podem existir ligações não directas ao “Scholarism” ou Occupy Central. “Podem existir elementos políticos por detrás do movimento. Não compreendo totalmente toda a situação, mas penso que a política será um dos motivos por detrás do que aconteceu”, disse Scott Chiang, que falou da possibilidade de “um número de pessoas terem recusado utilizar os canais normais para expressar a sua insatisfação e tomaram acções para mostrar ao Governo a sua posição política”. “Podem ter tomado mais acções pró-activas ou diria violentas…em chinês chamamos de “locais” pró-activos, este tipo de pessoas convenceram-se que o pacifismo já não lhes serve desde o Occupy Central, e perceberam que talvez o facto de terem sido pacíficos fez com que o movimento tenha falhado. Penso que um grupo de pessoas se convenceu que deviam ser mais violentos ao lidar com o Governo, por isso vimos mais jovens a aderir à revolta, pareciam bem preparados. Não diria que já estavam organizados, mas sabiam o que estavam a fazer”, disse o presidente da ANM ao HM. O South China Morning Post avançou ainda que depois da prisão de Derek Lam foi preso outro homem na zona de Sham Shui Po, sendo que a polícia terá descoberto cinco walkie-talkies em casa do suspeito. Para além do “Scholarism”, o grupo “Hong Kong Indigenous” estará envolvido no caso, já que o seu líder, Edward Leung Tin-kei, referiu na sua página do Facebook ter sido preso acusado de estar ligado aos acontecimentos de Mong Kok. Edward Leung escreveu ainda que a polícia terá forçado a entrada em casa de outros alegados suspeitos, o que terá resultado na prisão de mais 20 pessoas. CY Leung rejeita violência Entretanto, o Chefe do Executivo de Hong Kong, CY Leung, já veio condenar os actos de violência, falando dos carros da polícia e de privados que ficaram danificados, para além dos agentes das forças de segurança que foram alancados com diversos objectos mesmo depois de já estarem caídos no chão e feridos. “Penso que as pessoas poderão ver por si próprias nas imagens da televisão a seriedade da situação. O Governo condena com firmeza estes actos violentos”, afirmou. Para Scott Chiang, CY Leung vai utilizar este episódio para garantir uma reeleição ao cargo de Chefe do Executivo, em 2017. “CY Leung usou este incidente para ter mais apoio, para que possa ter uma reeleição assegurada” defendeu o presidente da ANM. Para o académico Larry So, o que aconteceu em Mong Kok não foi apenas por uma questão política. “Não se pode falar de um movimento puramente ideológico, diria que não foi um movimento político quando se transformou numa revolta, sem nenhuma ideia ou objectivo político por detrás disso. Numa primeira fase parecia planeado e organizado, mas não havia uma extensão. Uma mob deste género é irracional é um movimento colectivo”, defendeu. Para o futuro, Larry So acredita que “mais acontecimentos deste género podem ocorrer, este tipo de descontentamento pode voltar a aparecer junto da sociedade. Se Hong Kong consegue suportar isso? Sim, mas terão de pagar um preço”, rematou. Scott Chiang acredita que “a situação se vai tornar mais polarizada”, frisou.
Hoje Macau PolíticaGoverno | Localização do Centro de infecção é adequada Chui Sai On, Chefe do Executivo da RAEM, defendeu, numa cerimónia do Ano Novo Lunar, em Tai Seac, que a localização do Centro de doenças infecciosas é adequada, sugerindo aos residentes que não se sintam preocupados relativamente a esta questão. “De acordo do caso de SARS na Ásia, em 2003, os residentes preocuparam-se muito com as doenças infecciosas, e depois da aprovação da Lei de Prevenção, Controlo e Tratamento de doenças transmissíveis, em 2004, é definido que Macau precisa de um ambiente saudável, isso envolve as instalações e a formação dos profissionais para lidar, prevenir e controlar as doenças infecciosas”, segundo o Jornal Ou Mun. Chui Sai On defendeu que “a sugestão da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a experiência demonstram que a localização ao lado do hospital, para o Centro, é a mais adequada. A possibilidade do Centro ficar naquele local aumenta as instalações contra este tipo de doenças, evita o vazamento de doenças e separa os doentes por tipo, isto previne vidas”. Chui avançou ainda que o Governo irá preparar com mais rigor os trabalhos de prevenção e instalações de materiais como a filtração de ar, portanto, os residentes não precisam de se preocupar sobre isso. Ano do Macaco | Chui Sai On quer enfrentar “pressão” económica Na sua habitual mensagem de Ano Novo Chinês, o Chefe do Executivo, Chui Sai On, garantiu que o “inicio do ano simboliza a renovação”, sendo que o Executivo vai “trabalhar em conjunto com os cidadãos, reunindo sabedorias, para enfrentar a pressão trazida pela desaceleração da economia, manter a estabilidade financeira, dar prioridade aos projectos relacionados com a vida e o bem-estar da população, e consolidar a harmonia e a estabilidade sociais, abrindo assim um novo cenário para o desenvolvimento de Macau”. Para o novo ano, Chui Sai On pretende construir “uma cidade com condições ideais de vida, que permita aos idosos viver com tranquilidade, aos jovens ter oportunidades de desenvolvimento dos seus talentos e um crescimento feliz às crianças, que seja um lugar ideal para viver e trabalhar com alegria”, rematou.
Flora Fong PolíticaNg Kuok Cheong quer órgãos municipais antes das eleições Ng Kuok Cheong quer que o Governo crie órgãos municipais sem poder político já este ano. Mas mais que isso, o deputado pede que os membros destes órgãos sejam eleitos de forma directa pelos residentes O deputado Ng Kuok Cheong quer saber quais os avanços do plano do Governo sobre a criação de órgãos municipais sem poder político. Numa interpelação oral, o deputado defendeu que os membros desses órgãos devem ser eleitos pelos residentes de Macau, de forma directa. O deputado apontou que na resposta da Direcção dos Serviços para a Administração e Função Pública (SAFP), a outra interpelação escrita em Outubro do ano passado, foi declarado que o Governo já tinha criado um grupo especializado, composto por líderes de vários organismos públicos e especialistas jurídicos. A SAFP afirmou que os membros do grupo concordaram na necessidade da criação de órgãos municipais sem poder político, conforme a exigência da Lei Básica, avançando com um estudo preliminar sobre a forma da composição destes órgãos municipais, bem como as suas funções e direitos. No entanto, o deputado Ng Kuok Cheong acha pouco satisfatório que não haja nenhum resultado do estudo. “Até ao momento, qual é o resultado do estudo sobre a forma de criação de membros de órgãos municipais, as funções e os direitos? O Governo concorda que os membros sejam eleitos directamente pelos residentes de Macau?”, questionou. O pró-democrata exemplificou que no passado o Governo criou muitos conselhos consultivos, bem como instruções de consultas de políticas. No entanto, para Ng Kuok Cheong, o resultado “não satisfez as previsões”, considerando que teve que ver com a natureza dos membros, ou seja, estes foram nomeados e não eleitos. “Se os membros forem eleitos pelos cidadãos, não dependem das relações com os governantes, assim, as suas opiniões podem ser mais fortes, com capacidade de até melhorar os trabalhos”, apontou. Exemplos de lá Ng Kuok Cheong exemplificou ainda que sob o mesmo sistema “Um País, Dois Sistemas”, em Hong Kong são criadas assembleias distritais que contam com a participação de deputados totalmente eleitos. O deputado considera que o Governo de Macau deve acompanhar a tendência e criar órgãos municipais cujos membros são eleitos por residentes de Macau, com objectivo de melhorar os trabalhos municipais e recolher opiniões dos cidadãos de forma eficaz. “O Governo deve começar a consulta pública sobre esta ideia no início da segunda metade deste ano, tentando concretizar a criação de órgãos municipais sem poder político dentro deste mandato do Chefe do Executivo, antes de 2019”, rematou. A Secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan referiu, em Novembro do ano passado, que o Governo prevê que os órgãos municipais sem poder político possam ser criados em 2017. Ieong Wan Chong, académico do Instituto Politécnico de Macau (IPM) apresentou a sugestão de criar esses órgãos municipais através de uma reorganização do conselho consultivo do IACM. Até ao momento, o Governo ainda não publicou detalhes sobre a forma de criação.
Flora Fong BrevesSubsídios | Alexis Tam vai publicar lista de associações Ip Peng Kin, chefe de gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, confirmou que o Executivo vai rever a lista das associações que recebem subsídios públicos. Segundo o Jornal do Cidadão, a partir deste ano vai começar a ser publicada uma lista das associações que recebem subsídios e os valores que são atribuídos, para além das publicações que já são feitas no Boletim Oficial (BO). Para este ano a tutela dos Assuntos Sociais e Cultura terá, de entre as cinco secretarias, o orçamento mais elevado, no total de 189 milhões de patacas. Ip Peng Kin garantiu que há associações que muitas vezes recebem subsídios de vários organismos do Governo, mas, da parte do gabinete de Alexis Tam, apenas são subsidiadas associações que abrangem várias áreas. “Analisámos se vale a pena apoiar as actividades antes de atribuir os subsídios, e questionámos outras direcções de serviços se já atribuíram subsídios, para não haver repetições”, explicou o chefe de gabinete, acrescentando que as associações vão ter de entregar relatórios e recibos que comprovem a realização das actividades realizadas. Ip Peng Kin confirmou que, além da publicação da lista, o Governo vai reorganizar as associações pelas direcções cujas áreas são correspondentes.
Flora Fong PolíticaHabitação pública | Ho Ion Sang preocupado com conflito de terrenos O Governo está a planear a apresentação de nova tipologia de habitação, algo que para o deputado Ho Ion Sang é preocupante, visto as actuais estratégias de distribuição de habitação pública não serem claras. Esta medida pode piorar a diferenciação de cada classe, apontou. O Governo justifica a ideia da nova tipologia para ajudar os cidadãos de Macau que não são qualificados e que não tenham capacidade para comprar fracções privadas. Segundo o Jornal do Cidadão, Ho Ion Sang apontou que a possibilidade de falha deste plano é grande, justificando que o território tem poucos terrenos e os residentes já apresentam muitas queixas sobre o assunto. O deputado acredita que a nova tipologia poderá entrar em conflito com os recursos que Macau dispõe para habitação, para além de estar a diferenciar as diversas classes da sociedade. “O Governo tem uma má gestão de utilização de terrenos, não existem terrenos suficientes para resolver o problema da habitação dos residentes de Macau. O Governo deve ser responsável e elaborar uma proporção de habitação pública e de edifícios privados, outra de habitação económica e social, esclarecendo as políticas de habitação e a oferta de fracções públicas”, argumentou. Dos limites Para Leong Kuai Peng, membro do Conselho para os Assuntos de Habitação Pública o Governo deve considerar a criação de habitação a preços limitados, nos terrenos não aproveitados e que agora foram recuperados, apesar do Governo já ter dito que não o iria fazer. Leong Kuai Peng disse ainda que a habitação pública não é “medicamento” para o problema de habitação, é apenas uma medida de conveniência. O membro considera viável que o Governo promova junto dos construtores a construção de casas a preços limitados.