Terrenos | Associação denuncia DSSOPT ao MP e CCAC por falhas

Os terrenos em redor dos lagos Nam Van estão a deixar preocupados os membros da Associação Iniciativa de Desenvolvimento Comunitário de Macau, que ontem acusou a DSSOPT de não estar a par de alegadas ilegalidades lá cometidas

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Associação Iniciativa de Desenvolvimento Comunitário de Macau denunciou, ao Ministério Público (MP) e ao Comissariado Contra a Corrupção (CCAC), falhas e acções alegadamente ilegais da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) em relação aos lotes públicos e privados que se encontram vazios nos Lagos Nam Van.
O deputado e membro da Associação recentemente criada Au Kam San, juntamente com os dois representantes da Associação Cloee Chao e Lei Man Chao, entregaram ontem cartas ao MP e ao CCAC, solicitando investigações aos 14 lotes concedidos para desenvolvimento privado e público, localizados nas zonas C e D dos Lagos Nam Van. Quatro destes são destinados ao desenvolvimento público.
Au Kam San disse aos média que os quatro terrenos públicos em redor do edifício da Assembleia Legislativa (AL) não têm sido desenvolvidos de forma legal desde há 20 anos, quando foi concluído o aterro, em 1994. “Até o Chefe do Executivo respondeu, numa actividade pública, que não sabe da existência e uso desses lotes. No entanto, existem rumores que apontam para a concessão destes lotes a empresas privadas com o intuito de lucrar”, começou por dizer. “Conforme essas informações, achamos que a DSSOPT não tem desempenhado a sua função, pois não desenvolveu os lotes públicos de acordo com a lei e é preciso assumir responsabilidades penais”, indicou o deputado.

Nada à vista

Au Kam San destacou ainda que os 14 lotes concedidos para desenvolvimento privado também estão desocupados desde 2001. Citando informações dos contratos da concessão, justificou que os concessionários deviam lá construir habitações com cerca de 200 mil metros quadrados, estabelecimentos comerciais de mais de mil metros quadrados, hotéis de 156 mil metros quadrados e outros complexos até 2005. Contudo, “nenhum metro quadrado foi desenvolvido”, de acordo com Au Kam San.
“A DSSOPT permitiu que as concessionárias deixassem os lotes desocupados sem que nada lhes fosse feito”, acusou. “Nenhum deles foi tratado, mesmo dez anos após prescrição da concessão dos terrenos e ainda se permitiu o aumento da altura dos projectos dos construtores nos lotes”, adiantou. A situação corrente, lamenta Au, dá azo para que “os proprietários dos terrenos lucrem na mesma sem um aumento de custo pelo atraso no começo das obras de tratamento do terreno”, considerou.

10 Nov 2015

MAP | Iniciativa chega ao fim com mais de 1700 participantes

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Macau Architecture Promenade (MAP), projecto desenvolvido pela BABEL desde final de Outubro até início deste mês, contou com a participação de 1700 pessoas, número que deixa a organização confiante para uma próxima edição. Este ano marcou a estreia da iniciativa, que contou com 38 actividades para miúdos e graúdos por essa cidade fora.
Entre workshops, actividades para famílias, visitas e tours, exibição de filmes, exposições e palestras, Macau ficou, por uns dias, mais colorida. Só no playLAND – intervenção dos Like Architects no espaço do Centro de Ciência de Macau – teve lugar durante dois dias e a presença de mais de 500 crianças. O projecto Bodies in Urban Spaces contou com 1200 partilhas só no WeChat e 18 mil visualizações no Facebook. Mais de sete mil pessoas partilharam fotografias da experiência que teve lugar pelas ruas. England, London, Southwark, Bodies in Urban Spaces Show
No cômputo geral, foram mais de 36 mil as visualizações dos conteúdos digitais da MAP entre os dias 10 de Outubro a 5 de Novembro. Entre os países que mais acederam estão Portugal e Macau, mas também Hong Kong, Reino Unido, Suíça, Alemanha, Espanha e Brasil.
“O MAP partiu de um mapeamento dos recursos culturais existentes procurando articula-los de forma inovadora e criativa”, refere a organização.
De entre uma série de objectivos conseguidos, a BABEL foi mais longe e conseguiu permitir que o Treeplets, de João Ó e Rita Machado, fique no campus da Universidade de Macau (UM) até final de Novembro, “em reconhecimento do trabalho concluído”. No programa total estiveram integrados 30 artistas locais e internacionais, com colaboração de 40 organizações públicas e privadas, de universidade a infantários, de associações culturais e desportivas a museus.

10 Nov 2015

E o amor?

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]amor, que já se tentou explicar na voz da literatura, da música, da arte e da ciência, gosta de se manter envolto em mistério. Por alguma razão que o conceito, talvez da mesma forma que o sexo, é um tópico de conversa desejado. Se não é amor no seu estado puro, fala-se bastante de relações humanas em geral. De como nos ligamos e desligamos dos outros, como nos mantemos ou como nos queremos alienar ou como podemos viver num mundo tão cheio de pessoas, que ao mesmo tempo é inundado pela nossa individualidade.
Perder-me em definições de amor talvez seja um processo sem sentido, porque, como qualquer outra emoção humana, há quem o viva de formas distintas em momentos distintos e em contextos culturais que moldam estas coisas românticas da nossa vida, de forma distinta. Acho que já faz parte do bom senso dos demais que existem vários tipos de amor. Focar-me-ei, portanto, no amor que interessará a esta sexanálise: o amor romântico.
O amor romântico é aquele que sentimos por alguém estranho a nós. O amor aproxima quem outrora foi um desconhecido mas que gradualmente se envolve nas malhas emotivas que nos tornam humanos. Esta forma de gostar de alguém, para além de pressupor companheirismo, amizade e compromisso, envolve sexo. A perspectiva moderna-naturalista trouxe (e ainda bem) uma visão alternativa do sexo, percebendo-o separado de tudo resto, como uma necessidade biológica, tal como comer e dormir (daí terem começado a surgir os tão convenientes amigos coloridos). Mas e o amor? Porque é que o acto de procriação está tão ligado a este sentimento, que uns sentem e outros dizem que não, mas que nos é impossível ficar indiferentes às suas insistentes formas sociais, discursivas e relacionais?
Apesar de existirem momentos onde o sexo e o amor são entendidos como mutuamente exclusivos, uma outra visão insiste na bidireccionalidade dos mesmos, e no seu constante sistema de alimentação, ou seja, sexo melhora o amor, e o amor melhora o sexo. Apesar de ser um sistema mediado por outras possíveis variáveis (nada no mundo é de tão directo efeito), os estudos mostram que, de facto, maior satisfação sexual, maior satisfação conjugal/relacional, e que das muitas fórmulas que tentam perceber como nos apaixonamos, o sexo está entre as prescrições para atingir o pico de sensação romântica. Não me parece totalmente descabido se pensarmos que sexo proporciona momentos de alto teor íntimo. Pessoas nuas, e por isso num estado de vulnerabilidade maior do que o normal, pessoas a quererem prazer e a oferecê-lo também. Se existe quem consiga ser especialmente egoísta no acto do sexo, o mais comum dos humanos tem uma missão altruísta, uma dedicação ao outro e do que o outro poderá sentir. Por isso o sexo, por mais preverso que possa ser percebido por camadas sociais mais púdicas, pode ser entendido como um acto de cuidado e de carinho que queremos oferecer a outra pessoa. Não é completamente à toa que são beijos, abraços e carícias que preparam a majestosa escadaria do orgasmo. Para além de que o ‘orgasmar’ em companhia, provavelmente, constitui um importante momento de revelação para si e para o outro. Mostram-se as manias, as caras esquisitas, os ruídos estranhos, todas aquelas coisas que acontecem quando se é atacado pela sensação de prazer e se perde o controlo sobre as coisas.
O amor e o sexo são amigos de longa data e disso a sociedade humana já entendeu. Se as representações de sexo já são complicadas de desconstruir pela negatividade que lhes é assumida, sejam pelos vocábulos que se utilizam ou pela simplicidade que lhe é negada, a discussão do amor encontra dificuldades muito diferentes. Se um é excessivamente negativo, o outro pode ser excessivamente positivo, ou vice-versa, porque há todo um mundo de perspectivas. Por isso misturá-los não é tarefa fácil, pelo menos dentro da dita diversidade. Porque no nosso íntimo, na nossa privacidade emotiva, há ideias de uma clareza tremenda. E isto há-de saber quem se apaixonou e teve o melhor sexo da sua vida.
O sexo é um acto de amor. Corrijo-me: o sexo pode ser um acto de amor (porque pode ser muita coisa, como tenho vindo a declamar ao longo de semanas). O sexo é um acto altamente social de possibilidade romântica porque constitui uma partilha e uma troca: de fluidos e de momentos. O meu lado hippie está neste momento a gritar pela uniformização e inclusão do amor no sexo. Óbvio que não se ama tudo o que se fode, mas, pelo menos, cuida-se e mima-se, nem que seja por umas horas somente. Se o amor está ausente, há um gostar simples e singelo. Se o amor atacou os corpos em contacto, bem-vindos ao momento mais espectacularmente belo e aterrador das vossas vidas.

10 Nov 2015

The Ritz-Carlton Bar & Lounge

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]minha impressão da imagem Ritz-Carlton, em geral, não é favorável mas é baseada em escassos exemplos. Não conheço muitos. O de Cantão e o de Kuala Lumpur exploram uma propensão demasiado conservadora para o meu gosto. O de Hong Kong, de desejo amodernado, recolhe mais o meu favor, não total. O seu bar Ozone, sito no 118° andar, para além de oferecer uma vista inédita, demonstra uma dedicação generosa (mas não particularmente ousada) à bebida. O antigo hotel, em Central, era clássico e sóbrio, fininho.
O de Macau não poderia senão adaptar-se ao gosto local. Mas nada disso obsta a que, como já tantas vezes aqui foi dito, no meio das dúvidas que o gosto regente impõe, a oferta não seja de excelente qualidade.
O que me aborrece é que continue a não haver em Macau um único bar de hotel em que haja uma ousadia contemporânea que, acrescente-se, o de Hong Kong também não cumpre com distinção. Não se espere igualmente uma clientela arrojada nas suas ideias, desejos ou aparência, antes o amolecimento habitual. Hier findest du keine Anita Berber. Cumpre-se em pleno a maldição de Auden.
Este bar do Ritz-Carlton tem, no entanto, uma bondosa vantagem sobre muitos outros bares de hotel de Macau (e de repente estou a lembrar-me dos bares dos hotéis Wynn, Wynn Encore, Star World, New Emperor, Four Seasons): abre às 10 da manhã para as bebidas individuais e serve bebidas misturadas a partir das 2 da tarde. Inclino-me, contudo, a concordar parcialmente com uma das suas funcionárias que me confessou que ninguém pede cocktails às 10 da manhã.
O seu desenho, pouco aventureiro como se esperava de um Ritz-Carlton em Macau, contém algumas boas surpresas. Entra-se para um salão de pé direito muito alto e com uma iluminação sóbria situado num 51°andar. As paredes exibem revestimentos em madeira e, por trás do balcão, abre-se, com estrondo, uma grande superfície em vidro cujo efeito diurno ainda não recebi. O balcão, longo, mostra-se muito confortável, oferece um indispensável foot rail e os bancos altos têm um pequeno amparo que previne quedas para trás.
Deixo um elogio à escolha de recusar abusar da sua situação num 51° piso e de se refugiar num recolhimento que a sua banda – felizmente quase imperceptível – nunca ousa ferir.
Este bar é longe para quem parte de Macau. O mesmo acontece com, por exemplo, o Bar Azul, o Lan ou o Macallan. Mas, como acontece com este último, em que a oferta de mais de 400 whiskys e whiskeys promove deslocação própria, o bar do Ritz-Carlton merece também uma viagem particular.
O que ele introduz é uma não muito ousada mas suficiente especialização em gin: 17 marcas diferentes, provenientes da Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos e Escócia. Estes podem combinar-se segundo receita do próprio cliente que tem à sua escolha 9 flores, especiarias ou frutas diferentes e 5 marcas diferentes de água tónica.
O resto do cardápio não causa grandes surpresas e é muito parecido como o do bar Ozone, a instalação de Hong Kong da mesma marca hoteleira: poucos champagnes, 11 chás diferentes, 9 cocktails de assinatura, 7 clássicos, uns 5 mocktails, os espíritos habituais, algum vinho, a habitual escolha banal de cervejas e, marca importante de intenções sérias, uma dedicação muito bem cumprida ao gelo.
Recordo que o Ozone, em Kowloon, mostrou de início uma inclinação para o gin, com cerca de 6 entradas diferentes. Desconheço se esta se mantém. Estamos num universo onde não se podem esperar grandes surpresas. Começa a ser evidente que não será em hotéis que aparecerá um bar de características excepcionais no que pertence à excepcionalidade e rotatividade das bebidas e à hodiernidade do seu desenho.
Pode dizer-se que o gin, e especialmente o gin tónico, ganhou uma fama que aborrece, que esta oferta de 17 marcas não causa grandes frissons e que um gin tónico é uma mistura que se alcança com facilidade em casa. É verdade. Mas este conjunto de marcas pode ser utilizado para martinis secos não em lista mas já intensamente desejados, ou em outras misturas.
Como seria de esperar, o nível do serviço e o sentido de hospitalidade é elevado e o bar percorre-se sem percalços com a ajuda pronta e muito profissional do pessoal de serviço (que não me parece conter staff local). Como tal, a pequena especialização gínica, o cuidado no desenho (mesmo que conservador), o serviço, a hospitalidade e a dimensão imperial das suas paredes e dos corredores que levam às casas de banho e aos elevadores e a um outro espaço de lounge a uso, aconselham visita.
Por enquanto parece que este lugar escapou à maldição que percorre a maioria dos bares das albergarias de Macau: a ausência de clientela. Resta ver se permanecerá em roteiro ou se a sua frequência não passa de uma moda.
Na próxima semana, acrescentar-se-á a estas fúteis linhas uma apreciação do bar Heart, sito no Ascott, e uma reformulação da lista de bares de hotel que se apresentara aqui há cerca de um ano. Tendo desaparecido o Crystal Piano bar e o Jaya (penso), continuamos reduzidos a 13 pobres instalações.

(continua)

10 Nov 2015

O desenvolvimento das economias emergentes

“Emerging markets are the financial markets of economies that are in the growth stage of their development cycle and have low to middle per capita incomes. Emerging markets possess a greater upside in the long term because of their strong economic growth. Specifically, they offer the best opportunity for higher returns and diversification. Emerging economies account for about two thirds of the world’s land mass-that’s a large part of the world that you can’t afford to miss out on!”
The Little Book of Emerging Markets: How To Make Money in the World’s Fastest Growing Markets
Mark Mobius,

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]desenvolvimento económico podia situar-se nos grandes mercados da Europa e América do Norte, mas nas últimas décadas surgiram atractivos emergentes na Ásia e América do Sul. As primeiras mudanças no poder económico global, uma mega tendência com efeitos directos no centro dos negócios começaram a dar-se. Mas enquanto as empresas se encontram a trabalhar para captar novos consumidores das regiões emergentes, as mudanças tecnológicas podem ser consideradas como outra mega tendência, que atinge todos os mercados e estão a transformar o consumo, numa experiência muito mais complexa, que exige novas respostas.
Tendo em consideração a aproximação ao novo cenário, o seu impacto nos negócios, as estratégias que as empresas estão a implementar e os casos de sucesso., a primeira conclusão que se pode retirar é de que a tecnologia não é um problema, e a título de exemplo, é de salientar que os países desenvolvidos e grande parte dos países em desenvolvimento registaram grandes progressos desde o inicio do nosso milénio na adopção de novos métodos digitais de comunicação, como telefones inteligentes ou Internet de banda larga.
A sustentabilidade ambiental é uma preocupação de longo prazo em muitos casos, que vão desde a necessidade de proteger as florestas tropicais amazónicas no Brasil e as preocupações sobre o aumento da intensidade de carbono na Índia e os altos níveis de poluição do ar e da água na China. Todavia, as ameaças mais importantes ao desenvolvimento económico apontam primeiro para a estabilidade económica e de seguida para as instituições políticas e sociais.
O aumento dos níveis da dívida, em particular, poderá produzir bolhas de crédito que eventualmente podem rebentar. É um facto também, que o crescimento da força laboral nos mercados emergentes irá abrandar à medida que as populações aumentem de idade, sobretudo na China e na Rússia, e se tivermos em consideração a pressão social por melhores salários, poderá esperar-se que os centros de produção se desloquem para locais de mão-de-obra mais baratos, ou que sejam realojados em mercados avançados da América do Norte e Europa. Daí o poder-se concluir que as instituições e as infra-estruturas necessitam de melhorar de forma significativa, em muitos países.
Os países do G7 têm os mercados plenamente desenvolvidos e mais importantes do mundo, que tradicionalmente têm dominado o poder económico e político mundial, e que é constituído pelos Estados Unidos, Japão, Itália, Reino Unido, França, Alemanha e Canadá. O grupo E7 é constituído pelas sete maiores economias emergentes do mundo, incluídos os BRIC, e que são a China, Índia, Brasil, Rússia, México, Indonésia e Turquia. É de prever que em 2030 situar-se-ão entre os doze maiores mercados do mundo. É de considerar os países do F7 ou de economias de fronteira, a partir de sete mercados pequenos e altamente dinâmicos que são a Nigéria, Colômbia, Peru, Marrocos, Vietname, Bangladesh e Filipinas. Este grupo tem rendimentos médios abaixo dos países do grupo E7, mas em muitos casos está a crescer mais rapidamente.
O futuro do poder económico global será disputado indiscutivelmente pelos actuais mercados emergentes. O grupo de países do E7 estava há vinte anos muito atrasado em relação ao G7, mas a distância encurtou-se consideravelmente e é de crer que em 2030, o grupo E7 será relativamente maior que o G7, em termos de tamanho das suas economias. Tendo por base estas perspectivas, as organizações estão a aumentar as suas operações nas regiões do grupo E7, uma estratégia conveniente, sem margem para dúvidas, mas que também poderá ser insuficiente se tivermos em consideração o longo prazo.
As empresas devem repensar as suas estratégias para mais além dos BRIC e do grupo E7, para procurar uma série mais ampla de oportunidades, e para tal existe o novo grupo F7. Trata-se de economias que pelo seu tamanho estão num nível imediatamente inferior ao do grupo E7 e dos BRIC, mas que continuarão a desenvolver-se nos próximos dez a quinze anos, e que se irão converter em grandes mercados de consumo.
As projecções de crescimento económico entre 2030 e 2050 para trinta e dois países que representam cerca de 85 por cento do PIB mundial, fazem antecipar que os países mais desenvolvidos, terão uma queda no seu crescimento, enquanto a maioria dos países em desenvolvimento e as economias emergentes aumentariam o seu crescimento. É de considerar também, que o rendimento médio “per capita” continuará a ser significativamente maior nas economias avançadas no fim da primeira metade do século, pelo que a actual separação com os países em desenvolvimento é demasiado grande para poder haver uma significativa aproximação nos próximos trinta e cinco anos.
A fim de analisar a partir de uma perspectiva holística as economias desenvolvidas e emergentes a empresa transnacional “PricewaterhouseCoopers”, líder prestadora de serviços nas áreas de auditoria e consultoria criou o denominado por “Índice ESCAPE2”, que combina vinte indicadores, em cinco dimensões, como o crescimento económico e estabilidade; progresso e coesão social; tecnologia das comunicações; instituições políticas, legais e regulamentares e sustentabilidade do meio ambiente. Quanto às economias do grupo E7, o índice identificou indicadores abaixo da média global no período de 2007 a 2013.
A China substituiu os Estados Unidos como a maior economia mundial em 2014 em termos de paridade de poder aquisitivo. Se for feita uma projecção, é de prever que o mesmo sucederá com o PIB à taxa de câmbio de mercado para o ano de 2030. É de prever que para 2030, sete das doze maiores economias do mundo provenham de mercados emergentes, do grupo E7. Seria desejável que 70 por cento das empresas tivessem pelo menos uma unidade global de negócios, com sede na Ásia antes de 2020.
É de esperar que o tamanho da classe média na região Ásia Pacífico, supere a Europa e a América do Norte, em 2015. É de prever que o grupo E7 superará o G7, em tamanho e poder aquisitivo (em termo de taxa de câmbio de mercado) em 2030. É de esperar que no prazo de cinco anos as economias de fronteira, as do grupo F7, sejam maior um terço. Os últimos anos foram penosos e a maior parte das empresas a nível global foram obrigadas a lidar com numerosos processos de melhoria da eficiência e contenção de custos para continuar a competir no mercado. No entanto, enquanto isso acontecia, o ambiente em que operam, mudou completamente.
A tecnologia tem transformado as relações, os clientes têm aumentado o seu poder, existem novos concorrentes, tudo acontecendo rapidamente, e se as empresas tivessem de escolher uma única constante, esta seria a alteração. Neste contexto, as empresas devem voltar a focar-se no crescimento, pois as peças chave do seu modelo de negócio, por vezes, não se encaixam bem, na forma a lidar com os novos desafios colocados pelo meio em que actuam.
A procura de crescimento tem levado as empresas a estar presentes em mais países, para expandir a gama de produtos, a ter mais canais, clientes, fornecedores e colaboradores, ao incorporar mais tecnologias e a fazer aquisições e alianças. Tudo isto gerou empresas maiores, mais complexas e que incorporam novos mecanismos de coordenação, que tendem a criar ainda mais complexidade.
Os negócios deixaram de ser simples, faz muito tempo, traduzido num mercado único para ser fornecido a partir da mesma área geográfica. Tudo mudou rapidamente e os negócios são internacionais. É comum que a expansão internacional se tenha realizado de forma acelerada, dando prioridade ao crescimento sobre a estrutura operativa e fiscal, criando um ecossistema complexo e difícil de gerir dada a abundância de empresas, organizações, estruturas e heterogeneidade de processos.
As empresas devem responder com mais rapidez e agilidade às contínuas mudanças do mercado, mas não têm muitas das vezes a informação necessária que necessitam para tomar decisões estratégicas com segurança, e tal acontece, porque os responsáveis pela tomada de decisões estão acorrentados ao enorme volume de dados, e carecem de informação rigorosa e útil que lhes traga um valor acrescentado aos negócios. É necessário que as empresas ao estabelecer-se em determinado mercado, e nomeadamente, nos países do grupo F7 possam contar com informação exacta, dinâmica, integrada e capaz de prever com rapidez o comportamento do mercado, devendo ser uma informação que seja partilhada por toda a organização e com um nível de alinhamento estratégico que exige o ambiente em que actuam.

10 Nov 2015

Estudo sobre mecanismo de alerta de turismo chega no fim do ano

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]directora dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes, afirmou ontem que espera concluir em breve o estudo sobre a criação de um mecanismo de alerta de turismo, algo que existe já nas regiões vizinhas. 
Segundo o Jornal do Cidadão, Helena de Senna Fernandes foi questionada sobre a situação de urgência implementada nas Maldivas devido à agitação política, tendo já a cidade vizinha de Hong Kong emitido uma alerta amarelo sobre o turismo naquele país, mas o mesmo não se fez em Macau.
A directora afirmou que até ao momento não recebeu pedidos de ajuda de residentes de Macau que viajaram para as Maldivas, tendo recebido apenas três pedidos de informação sobre a situação, para compreender se era possível continuar a viajar para as ilhas. O organismo sugere que os cidadãos consultem as agências de viagem para qualquer dúvida.

Helena de Senna Fernandes
Helena de Senna Fernandes

Helena de Senna Fernandes avançou que ainda está a estudar a criação de um sistema de alerta de turismo. A proposta estará, segundo a directora, concluída até ao final do ano e seguirá para apreciação superior.
“Temos como referência o sistema de alerta de turismo de Hong Kong, das regiões vizinhas e do interior da China, depois fazemos um sistema apropriado à situação de Macau”, indicou. 
A responsável frisou ainda que uma alerta de turismo não é um sistema para que os residentes possam devolver os bilhetes de viagens, algo que só podem fazer através de seguros. Helena de Senna Fernandes disse ainda que já negociou com o sector de seguros sobre os critérios de avaliação de risco.   

10 Nov 2015

Filho único | Medida positiva e tardia influenciará mentalidades, dizem especialistas

“[dropcap style=’circle’]É[/dropcap] um assunto muito discutível”, começam por defender alguns académicos, economistas e deputados de Macau quando questionados, pelo HM, sobre o fim, oficializado na semana passada, da política do filho único na China Continental.
Depois de 35 anos – implementada em 1980 – a lei que proibia as famílias chinesas de terem mais do que um filho deixou de existir. O Governo Central da China decidiu permitir que os pais em vez de um, possam ter dois filhos. Os problemas demográficos – o constante aumento da taxa de envelhecimento da população – são os argumentos que servem de base para a mudança. Note-se que até ao momento a lei continha algumas excepções, como é o caso das famílias das cidades rurais que poderiam ter mais do que uma criança, caso o primeiro filho fosse uma rapariga, ou caso um dos membros do casal não tivesse filhos.
“Há muito que isto devia ter acontecido”, afirmou Melody Lu, docente de Sociologia da Universidade de Macau. A proibição para a docente não fazia sentido, até porque o Governo nunca conseguiu controlar o nascimento de crianças nas zonas rurais do país.
“Para percebermos as consequências reais desta mudança por parte do Governo Central precisamos de 20 ou 30 anos. Mas é preciso perceber que esta mudança vem influenciar directamente a relação e a visão que a China e todos nós temos da família e das relações parentais”, defendeu, frisando que esta terá um “impacto a longo prazo”.
Para a docente a medida avançada, a curto prazo, pouco se fará sentir nos centros rurais do interior da China. “Desde os anos 80 que estas famílias destas áreas já tinham mais do que um filho. Nas zonas urbanas os dados mostram-nos que as pessoas querem menos filhos, as razões passam por questões monetárias, é caro ter filhos. Portanto há duas zonas e uma medida a implementar de forma diferente para cada uma”, argumenta.
Melody Lu não tem qualquer dúvida quando afirma que esta medida surge de forma atrasada, “muito atrasada”. “O Governo Central começou a perceber as consequências do envelhecimento da população, mas já é tarde. A China foi alertada para este problema demográfico há dez anos. Esperaram até agora para tomar uma decisão. As decisões não se tomam depois das coisas acontecerem”, assina.
Apesar de Macau nunca ter assumido esta política e de forma livre as famílias poderem ter o número de filhos que quiserem as consequências podem não ter sido sentidas de forma directa, tal como a mudança do conceito de família. 15OBOX1-superJumbo
A concordar está Teresa Vong, também docente do mesmo estabelecimento de ensino, que defende uma mudança radical no conceito demográfico chinês que poderá influenciar sempre as regiões vizinhas.
“Foi feito um estudo que indica que apenas 30% da população residente na China quer ter mais que um filho, se assim for, isso não terá qualquer efeito nem Macau. Ainda assim é preciso perceber a mudança que esta alteração vem trazer. As famílias vão crescer, vão tornar-se cada vez mais numerosas. Acredito que a nova geração, a que neste momento está na casa dos 20, irá querer ter mais do que um filho. As minhas alunas sei que sim, que querem dois e três filhos. Há claramente uma tendência tanto na China como em Macau, e agora a ser estimulada, para ter mais filhos”, explicou.

Falamos daqui a 20 anos

Um aumento no agregado familiar trará mudanças obrigatórias, defende a docente. “Acho que os Governos terão que assumir que as novas gerações vão querer ter mais filhos e se isto acontecer as administrações terão de estar preparadas para receber esse aumento”, defende. Questões como a educação, saúde a habitação poderão ser verdadeiros “problemas” caso os Governos não estejam preparados. “É preciso que garantir as condições para as novas gerações”, diz.
A não ter um impacto directo no território a curto prazo, e com diferentes mentalidades em Macau e na China, serão precisos pelo menos dez anos para perceber as tendências demográficas e da sociedade. Para já, a única certeza é que a geração jovem de Macau quer, “e isso é claro”, ter muitos filhos.
Caracterizando-a como uma política desactualizada, Miguel de Senna Fernandes, advogado, explica que esta lei nasceu para controlar uma crise demográfica sentida na altura, mas que há muito que não faz sentido.
“A China é a China, pode decidir isto, e claro, durante décadas controlou esta questão dos filhos únicos. Agora irá surgir uma nova tendência, um novo comportamento”, conta ao HM.

Uma questão política

O Governo de Macau, diz o advogado, terá que reforçar o seu controlo da demografia. A questão da reunificação dos pais [residentes no território] com os filhos que ficaram no continente, sem permissão de entrada, “é um problema que a RAEM terá que resolver”, e claro, estar mais atenta no futuro.
“Não tenho qualquer dúvida que daqui a 15 ou 20 anos esta questão aumentará. O Governo da RAEM terá que resolver isto. Não sei de que forma poderá ser resolvido, mas isto terá que ser feito de uma forma gradual. Não podemos, claro, emitir um decreto que permita a entrada de todos, porque assim teremos sérios problemas cuja resolução será muito mais difícil, muito mais morosa”, argumenta.
O problema demográfico de Macau, actual e no futuro, irá, defende, assumir níveis mais delicados aos quais o Governo terá que estar muito atento e agir com muito cuidado. “O que está em causa, claro que queremos que as famílias estejam juntas, nem se coloca essa questão, mas não podemos olhar esta tendência isoladamente”, diz. Macau é altamente populoso e com mais terrenos e mais famílias “rebentará pelas costuras”. ftgJoséMacedo
A refutar a ideia do advogado está o deputado José Pereira Coutinho. “Não acho que esta nova política tenha um impacto directo nos novos emigrantes que chegam a Macau. Não me parece que vá alterar muito aquilo que já tem vindo acontecer. Não me parece. Neste momento, com a política de emigração da China, de permitir os vistos singulares, acho que são 100 por mês, de permitir a vinda de famílias à Macau”, anota o deputado, reforçando a baixa percentagem.
Também Teresa Vong considera uma taxa muito baixa para se perceber se irá trazer, ou não, mudanças para o território, mas ainda assim é preciso esperar para perceber. “Os Governos devem estar com atenção e perceber os resultados”, nota.

Pelos cofres nossos

As justificações para a decisão por parte do Governo Central são muito claras para Miguel de Senna Fernandes. “Não há dúvidas que esta decisão está directamente relacionada com a distribuição de riqueza e com a distribuição de recursos”, diz. O controlo do número de filhos que cada família pode ter traz, para Miguel de Senna Fernandes, “implicações enormes na sociedade”.
“É preciso ver que quando a China adoptou a política de um único filho estava numa situação de isolamento, era uma situação de um país completamente fechado à economia mundial. Era preciso controlar a distribuição de riqueza que, claro, estava directamente relacionada com o número de pessoas”, esclarece.
Nos tempos actuais a China “é um país completamente diferente”. “O facto de existir uma abertura para mais um filho está directamente relacionada com a vontade de expansão da China. Talvez por uma razão política populacional e demográfica”, reforça.
A mudança na sociedade é inegável, diz, começando pelo comportamento das próprias famílias. “Com a política de um único filho houve muitas famílias que escolhiam os filhos dependendo do sexo, existiam situações macabras, desumanas, relatos impressionantes. Tudo isto porque a população queria ultrapassar esta lei. Agora as coisas são diferentes, e as pessoas vão reagir de forma diferente”, remata.
O economista José Sales Marques acredita que “hoje a China sente-se mais preparada para assumir esta política demográfica porque há um envelhecimento da população, por que a nível social a política do filho único tem, do ponto de vista do crescimento e formação das crianças, até a nível das famílias, um impacto que não é positivo”.
Bastante criticada, a China descalça agora uma bota que lhe trouxe muitos dedos apontados, sejam internacionais ou internos. “Sempre foi uma política muito criticada, mas acredito que neste momento a posição da China relativamente à questão demográfica está a mudar porque o país precisa, por um lado resolver a bem a questão do envelhecimento da população, e por outro, a China tem uma política mais geral do ponto de vista do crescimento da população urbana e da necessidade de fazer crescer o consumo interno”, argumenta.
George Wei, também docente da Universidade de Macau, caracteriza a mudança como “algo muito positivo”, que permitirá combater a tendência do envelhecimento da população. “Mas ainda existe outro problema. A China tem uma falha na força trabalhadora, a classe reformada é bastante elevada e só a classe trabalhadora a poderá sustentar, logo terá que ser reforçada”, remata.
Para já a notícia é recebida de forma positiva, mas “é preciso sempre ter cautela com as consequências”.

9 Nov 2015

Jogo | Avaliação intercalar pronta ainda este ano, prevê Lionel Leong

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, quer concluir a análise do estudo sobre a avaliação intercalar do Jogo – da responsabilidade da Universidade de Macau – ainda este ano. O referido documento, elaborado pelo Instituto de Estudos sobre a Indústria do Jogo da UM, foi entregue às entidades governamentais em Setembro passado. Já passaram dois meses, mas Lionel Leong argumenta que o estudo é “extenso” e a sua análise só deverá estar concluída no final do ano. “O Secretário revelou que o conteúdo do documento sobre a avaliação intercalar do sector do jogo entregue pelo Instituto de Estudos sobre a Indústria de Jogo da Universidade de Macau é extenso”, explica o Gabinete do Secretário em comunicado.
“O Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças está a empenhar-se em analisar o mesmo, e espera que o trabalho de análise possa ser concluído dentro do corrente ano, para assim a versão final ser divulgada oportunamente ao público no fim deste ano ou no início do próximo ano”, acrescentou.
Isso mesmo confirmou o Secretário na passada sexta-feira, à margem da tomada de possa da coordenador do Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum Macau, Cristina Morais. Lionel Leong revelou ainda que não está escolhida a pessoa que vai substituir o ainda director da Inspecção e Coordenação de Jogos, Manuel das Neves, pois “ainda existem alguns procedimentos administrativos que devem acontecer”. Quando seleccionada a pessoa, será do conhecimento público “o mais rápido possível”, mas na eventualidade de não existir ninguém que satisfaça as exigências do Governo, sobe ao pódio o actual subdirector do serviço, Leong Man Ion.

Mobilidade saudável

Além disso, o Secretário pronunciou-se sobre a mobilidade de pessoal na Função Pública, tarefa que tem sido levada a cabo desde a tomada de posse dos actuais Secretários. Lionel Leong garantiu que o bom funcionamento dos serviços não vai ser afectado. “Qualquer mobilidade de pessoal não deve afectar o funcionamento normal do Governo e os serviços públicos prestados”, esclarece o comunicado.
Durante a mesma intervenção, o responsável foi questionado pelos media sobre o imposto sobre veículos e o plano de comparticipação pecuniária: “A posição do Governo é a de que o imposto é um meio importante para apoiar a política de transportes públicos”, começou por dizer. “Relativamente ao plano de comparticipação pecuniária, Lionel Leong reiterou que este sistema deve ter em conta, de uma forma geral, o saldo financeiro do ano e outros factores”, acrescentou. Além disso, o Secretário prevê que o saldo financeiro de 2015 seja positivo e que por isso mesmo seja possível continuar com a atribuição desta ajuda.

9 Nov 2015

PS | Secção de Macau avalia preocupações dos portugueses

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]o contrário do que se possa pensar, a obtenção do Bilhete de Identidade de Residente (BIR) não é a principal preocupação da comunidade portuguesa residente em Macau. Isso mesmo mostram os resultados provisórios de uma sondagem online lançada pela Secção do Partido Socialista (PS) em Macau.
Ao HM, Tiago Pereira, secretário-coordenador da secção, disse que a promoção do questionário visa definir futuras estratégias de actuação. cadernob
“O objectivo do questionário é ter uma ideia clara das principais preocupações da comunidade portuguesa em Macau para estabelecer prioridades em relação aquilo que devemos fazer na secção junto do PS em Portugal, em Lisboa. É uma tentativa de sensibilizar o partido para esses problemas, por forma a podermos ter uma acção que de facto vá de encontro às necessidades prioritárias dos portugueses em Macau.”
Questionado sobre se a sondagem está relacionada com os maus resultados que o partido teve pelo Círculo Fora da Europa, Tiago Pereira negou. “Não está relacionado com isso. É uma perspectiva nossa tendo em vista esse objectivo. Não tem a ver com os resultados das eleições, tem a ver com a actividade que queremos desenvolver.”
Nas eleições para a Assembleia da República (AR) em Portugal, o PS obteve apenas, no Círculo Fora da Europa, 41 votos, ficando em terceiro lugar. O partido Nós! Cidadãos, com José Pereira Coutinho como candidato, liderou com 1237 votos, seguindo-se a coligação Portugal à Frente, composta pelo PSD e CDS-PP, com 57 votos.

Português é o que mais preocupa

Em primeiro lugar na lista de preocupações, surge a “Difusão da Língua e Cultura Portuguesas”, com 21,79% dos votos até então registados. Em segundo lugar surge a preocupação com os “Serviços Consulares”, nas áreas da renovação do Bilhete de Identidade, Cartão de Cidadão ou Passaporte, com 15,38% dos votos obtidos. Em terceiro lugar, com 15,38% de votos, surgem as “Obrigações Fiscais em Portugal”.
Seguem-se as “Condições de regresso a Portugal”, com 15,38%, a “Pensão de Reforma em Portugal”, com 12,82% dos votos, os “Investimentos em Portugal (compra de casa)”, com 6,41%, seguindo-se dos “Investimentos portugueses em Macau e na China”, com 5,13%.
A preocupação relativa à “Informação sobre a obtenção de BIR” é a penúltima da lista, com 3,85%. O “reconhecimento de habilitações” encerra os tópicos do inquérito com 3,85% dos votos.

9 Nov 2015

LAG | Jovens querem resoluções para a questão da habitação

[dropcap style=’circle’]H[/dropcap]abitação, trânsito e saúde são as áreas onde os jovens mais desejam mudanças no âmbito das Linhas de Acção Governativa (LAG) para 2016. É o que aponta um inquérito promovido pela União Geral das Associações de Moradores (Kaifong), o qual também mostra que os jovens se preocupam mais com questões relacionadas com a economia e o emprego, em vez da cultura ou educação.
O inquérito dos Kaifong mostra ainda que a “diferença entre as remunerações mensais e o preço dos imóveis é grande” e que os jovens “não têm esperança em comprar casa”, esperando que o Executivo construa mais edifícios com limite de preços nos apartamentos. thumbs.web.sapo
Segundo o Jornal do Cidadão, foram questionados mais de mil jovens entre os 18 e 45 anos de idade para o inquérito intitulado “As esperanças dos jovens sobre as LAG 2016”. Dos inquiridos, 67% consideram que a habitação deve estar no topo das prioridades do Chefe do Executivo para as LAG, enquanto que 49% dos entrevistados estão mais preocupados com o trânsito. Já o sector da saúde representa 46,28% das respostas. Questões como o emprego, o desenvolvimento económico ou a inflação preocupam 30% dos inquiridos.
Si Sao Kei, um dos membros do grupo que promoveu o questionário, disse que, analisando os inquéritos realizados nos últimos cinco anos, os jovens mostram-se cada vez menos preocupados com as áreas da educação e cultura. Para Si Sao Kei, isso deve-se à queda das receitas do Jogo e às influências económicas do exterior.

9 Nov 2015

China e Taiwan | Macau é plataforma de trocas, dizem deputados à APN

[dropcap style=’circle’]P[/dropcap]ara os deputados de Macau à Assembleia Popular Nacional (APN), Lei Pui Lam e Lau Ngai Leong, o primeiro encontro entre o presidente da China, Xi Jinping, e o de Taiwan, Ma YingJeou, revela-se como um momento histórico. Os dirigentes das duas regiões não se encontravam há 66 anos. Ambos consideram que Macau deve assumir-se como promotor das relações entre os dois lados do estreito. 11811
Ao Jornal Ou Mun, Lei Pui Lam disse considerar que mesmo que o encontro não tenha sido oficial, representa já um grande avanço nestas relações. Tem, na sua opinião, o objectivo de desenvolver a paz e até unificar os territórios. Lei Pun Lam diz que apenas encontros e conversas directas entre os dois líderes podem fazem progredir estas questões. O deputado considera que, para Macau, “é necessário compreender os resultados do encontro”, uma vez que o território deverá assumir uma posição enquanto promotor de desenvolvimento de paz, assim fortalecendo a imagem de Macau internacionalmente.
Outro deputado de Macau à APN, Lau Ngai Leong, concorda com a posição de Lei, vendo o encontro entre os dirigentes como “impressionante”. O mesmo representante vê Macau como empenhado em ser uma plataforma de intercâmbio entre Taiwan e a China, sobretudo no que diz respeito ao aprofundamento da cooperação civil entre Macau, a Ilha Formosa e o interior da China.
O também presidente do Conselho Regional de Macau para a Promoção de Reunificação Pacífica da China espera que o território de Macau continue a aproveitar as vantagens do regime político, localização, ambiente social e humanidade para reforçar a ponte de comunicação entre os dois lados.

9 Nov 2015

Uber | Alexis Tam diz que prestação de serviço viola a lei

[dropcap style=’circle’]E[/dropcap] mais uma vez, a Uber é tida como ilegal. Desta vez foi o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, a determinar que a prestação de serviço de transporte de passageiros pela empresa norte-americana viola a lei local. Alexis Tam, afirmou [no passado sábado] que não concorda com a prestação de serviços de transporte em veículos privados pela Uber, referindo que “viola a lei, portanto é ilegal”, pode ler-se num comunicado emitido pelo seu Gabinete. File illustration picture showing the logo of car-sharing service app Uber on a smartphone next to the picture of an official German taxi sign
O mesmo responsável disse ainda que também o sector do Turismo está “de acordo” com a decisão de combater a actividade da Uber na cidade. “A posição do Governo e do sector turístico em relação aos serviços prestados pela Uber é unânime”, frisou.

Tudo no seu sítio

O argumento de Alexis Tam é que “Macau tem o seu próprio sistema legal e de transportes públicos”, pelo que “não deseja que o sector turístico” participe nos serviços de transporte de veículos privados. É que, aparentemente, “os veículos do sector apenas servirão para prestar serviços aos turistas e não à população”. A rejeição do Secretário vem juntar-se às dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, da Secretaria para os Transportes e Obras Públicas e dos Serviços de Turismo, cuja intenção é fazer frente à “ilegalidade” que o fornecimento deste serviço implica. “O sector turístico mantém com o Governo uma relação de cooperação, pelo que o governo apoiará cem por cento o sector. A prestação de serviços de transporte em veículos privados não deverá ser feita pelas agências de viagem, acreditando que o sector não irá participar nestes transportes”, reitera o comunicado do Gabinete de Alexis Tam.

9 Nov 2015

Criado “Guia do cidadão português em Macau”

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s portugueses que queiram mudar-se para Macau já têm disponível um guia com informações úteis sobre legislação, obrigações e direitos, mas também sobre os sistemas de saúde e educação locais. O “Guia do cidadão português em Macau”, lançado pelo Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong em parceria com dois grupos de escritórios de advogados, reúne informações práticas destinadas a quem quer mudar-se para a RAEM, incluindo passos a ter em atenção ainda em Portugal. 15420745
Editado em português e chinês, o guia destina-se também a pessoas com nacionalidade portuguesa que vivem em Macau. Segundo o Relatório da Emigração de 2014, conhecido no final de Outubro, no ano passado 262 portugueses emigraram para Macau, menos 1,1% do que em 2013.
Segundo o documento, esta “ligeira quebra” de 2014 foi a excepção de uma tendência de aumento registada desde 2007, sendo que em 2011 foi quando mais aumentou a emigração para Macau (mais cerca de 38%).
“Em 2014, as entradas de portugueses representaram 11,5% das entradas totais em Macau”, ainda segundo o mesmo documento. Na lançamento do guia, na sexta-feira, o cônsul Vítor Sereno afirmou que esta é “uma ferramenta de grande utilidade” que “apoia de modo claro e eficaz” quem pretender emigrar para Macau, sublinhando que “não é fácil” encontrar de forma “tão rápida” o conjunto de informações práticas reunidas no guia.

9 Nov 2015

Emissão de cartões de crédito aumentam

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] número de emissão de cartões de crédito aumento no terceiro trimestre do ano, conforme indica um comunicado da Autoridade Monetária de Macau. Ao todo foram 899,763 o número de cartões de crédito emitidos entre Julho e Setembro, em Macau, ou seja, mais 3,4% do que no período homólogo de 2014. O limite de crédito de cartões foi de 20,3 mil milhões de patacas, isto é, mais 4,1%. No terceiro trimestre de ano, o crédito usado foi de 4,5 mil milhões, um crescimento de 3,1%. O adiantamento de numerário atingiu 221,7 milhões, correspondendo 5% do total do crédito usado no período. Por outro lado, o montante do reembolso, incluindo os juros e despesas, foi de 4,6 mil milhões, ou seja, aumentou 8,6% relativamente ao trimestre anterior.

9 Nov 2015

Fórum Macau | Conferência Ministerial é prioridade para nova coordenadora

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]epois de Echo Chan abdicar do cargo de coordenadora do Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, ocupado por nove meses, é a vez de Cristina Morais assumir funções.
Durante a cerimónia de tomada de posse, Cristina Morais explicou à comunicação social que a prioridade, para já, será a organização da próxima conferência ministerial, que acontece já em 2016.
Sem avançar datas, a nova coordenadora adiantou ainda que os colóquios de cooperação serão também uma das preocupações e tarefas constantes. Com esperança no trabalho que aí chega, Cristina Morais assume que este é “um grande desafio”.

Humildade e esforço

“É preciso fazer um trabalho com muita humildade e apostar forte na função de relações públicas internacionais”, indica Rita Santos, uma das caras mais conhecidas do Fórum Macau.
Baseando-se na sua experiência como coordenadora do Fórum, Rita Santos indica que a organização da conferência ministerial é “dos trabalhos mais difíceis”.
“É preciso que a Cristina Morais trabalhe muito, porque é difícil”, indica, sublinhando que o trabalho não é uma novidade para a nova coordenadora. “A Cristina [Morais] trabalha no departamento de economia e tinha muito contacto, enquanto eu era coordenadora, com o Fórum e todo o trabalho que ele desenvolvia. Não é novidade para ela, agora terá que se dedicar mais, mas vai conseguir. A Cristina [Morais] é muito trabalhadora”, reforçou.

Na ponta da Língua

Ser trilingue é um dos “pontos mais fortes” da nova coordenadora. “A escolha [para a nova coordenadora] foi muito bem feita. O Secretário [para a Economia e Finanças] Lionel Leong escolheu bem. Dominar o mandarim, o inglês e o português é algo muito bom para quem ocupa este cargo que precisa de estar sempre em contacto com outras comunidades”, adicionou.
Cristina Morais é a nova cara do Fórum Macau que deixa o departamento de Relações Económicas Externas da pasta de economia, lugar que ocupava desde 2009. Licenciou-se em Gestão de Empresas, pela Universidade de Washington e é mestre na mesma área, pela Universidade de Macau. Em 1991 ingressou na Direcção dos Serviços de Economia (DSE), e exerceu, por nomeação, funções como adjunta do Departamento do Comércio da DSE, assistente do Chefe da Delegação do Governo da RAEM em Bruxelas, chefe da Divisão do Comércio Externo da DSE, chefe substituta do Departamento do Comércio da DSE, chefe substituta do Departamento de Relações Económicas Externas da DSE, tendo sido promovida, em 2009, e assumido até à presente data, o cargo de chefia desse Departamento.

9 Nov 2015

Pearl Horizon | Construtora pede mais tempo para compensar atrasos

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Grupo Polytec, responsável pela construção do projecto Pearl Horizon, desculpabiliza-se pelo atraso na conclusão da obra e alega que tudo tem que ver com a demora na finalização das avaliações do Governo. Num encontro directo com os proprietários, o responsável está confiante de que o Governo vai apresentar uma proposta melhor no final do ano, para resolver a questão da expiração do lote. Depois de manifestações e pedidos da ajuda ao Governo, o construtor do projecto Pearl Horizon reuniu-se, pela primeira vez neste ano e directamente, com os proprietários que adquiriram as pré-vendas do edifício na semana passada. 20141217-111f
Segundo o Jornal do Cidadão, vários proprietários ficaram agitados e insatisfeitos com o facto do construtor ter já conhecimento da prescrição do prazo do terreno, mas ainda assim ter prometido aos proprietários que a obra estaria concluída em 2018. Isto porque, dizem, este “não notificou os donos das casas da situação do terrenos antes de estes adquirirem as pré-vendas”. Há ainda quem queira saber se a Polytec está a pensar indemnizar os compradores ou pagar um prémio ao Governo pela demora na construção. As hipóteses foram colocadas mediante hipótese do Executivo vir a recuperar o lote, que prescreve a 26 do próximo mês.

De quem é a culpa?

Um dos administradores do Grupo Polytec, Ieong Kuok Kuong, reiterou que o processo da obra se atrasou devido à demora na aprovação da planta de construção do projecto e do relatório da avaliação ambiental, justificando que é preciso descobrir o responsável. “Foram precisos três anos para entregar o relatório da avaliação ambiental, o grupo correspondeu às exigências do Governo, mas só em Agosto [de 2014] foi emitida a licença de início da obra (…)”, começou por dizer. “Não se deve culpar o construtor pelo atraso, até porque já em Fevereiro deste ano apresentámos justificações suficientes ao Governo para pedir que fosse recuperado o tempo que atrasou a obra, mas até ao momento o Governo não respondeu”, defende. Ainda assim, espera que os proprietários sejam pacientes.
Ieong Kuok Kuong avançou ainda que acredita numa proposta melhor do Executivo até final deste ano. No entanto, caso o Governo opte por retirar o lote, o representante promete que o grupo vai cumprir a lei.

9 Nov 2015

Sin Fong | Proprietários em concordância aguardam aprovação de reconstrução

[dropcap style=’circle’]J[/dropcap]á todos os proprietários de Sin Fong Garden entraram em concordância para finalmente se reconstruir o edifício que está em risco de ruir desde 2012. A novidade foi confirmada pelo porta-voz dos moradores e pelo presidente da Comissão de Administração dos Condomínios. O que está em falta são a aprovação da planta do projecto da reconstrução pelo Governo e a posterior abertura de concurso público para dar início às obras. Wong Man Sang, presidente da Comissão de Administração dos Condomínios de Sin Fong Garden afirmou ao canal chinês da Rádio Macau que já há consenso entre todos os proprietários para que o edifício seja reconstruído. sin fong garden
Wong Man Sang avançou que vão, através da “Companhia de Empreendimento Social Limitada”, entregar uma planta do projecto de reconstrução à Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), esperando que o organismo “lide com o caso especial com um mecanismo especial”. É assim que deverá ser reedificado o Sin Fong. O HM também recebeu a mesma nota de concordância da parte do porta-voz dos moradores, Chao Ka Cheong. O responsável refere que conseguiu convencer o último proprietário discordante.
No entanto, o porta-voz ainda não ficou satisfeito com esta decisão, justificando que é ainda necessário esperar pela aprovação da planta do projecto. Tal como o presidente da comissão, espera que a DSSOPT aprove “já amanhã” para que seja aberto o concurso público. “A ideia do concurso público já está pronta, mas ainda não sabemos quais são as empresas de construção que se vão candidatar”, disse.
Wong Man Sang, presidente da Comissão acrescentou que em princípio, a reconstrução vai ser apenas feita dentro da área pública, vão ser feitas obras para fortalecer a fundação de estacas e satisfazer os requisitos da prevenção contra incêndios e de ventilação entre outros equipamentos, de acordo com as leis. “A nova planta do edifício vai acrescentar 39 estacas às 100 originais”, disse. No entanto, é ainda desconhecido o valor da reconstrução.

Mesmo apoio

Como a Associação dos Conterrâneos de Kong Mun de Macau tem prometido que vai apoiar 60% da despesa da reconstrução de Sin Fong Garden, o vice-presidente, Chan Pou Sam, afirmou ao mesmo canal que não se vai voltar atrás com a promessa, prevendo que a obra tenha início em breve. Chao Ka Cheong confirmou também que a associação tem dito aos moradores que vai manter a promessa de apoio financeiro da despesa da reconstrução.
O Sin Fong, recorde-se, foi evacuado em Outubro de 2012, por estar em risco de ruir depois de terem sido descobertas fendas nos pilares do edifício. O Governo revelou, já em 2014, num relatório técnico, que a culpa é da empresa construtora e do fiscal da obra, mas não podem ser responsabilizados porque já passaram mais de cinco anos desde a construção do prédio. Os proprietários teriam de optar por reconstruir o prédio, mas o caso andava num impasse devido ao facto de dois proprietários não concordarem com a reconstrução.

9 Nov 2015

Medicina tradicional chinesa precisa de mais instalações

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]hao Enxiang, grande mestre em medicina tradicional chinesa, considera que o sector em Macau necessita de mais infra-estruturas para dar resposta aos residentes. “Macau é diferente do interior da China, porque cada ano há vários médicos de medicina tradicional chinesa que são formados no interior da China. Em Macau acho que é necessário criar um centro científico nesta área, e é necessário reforçar o intercâmbio e comunicação entre Macau e China. Acho que a sociedade de Macau está na fase inicial para o desenvolvimento da medicina tradicional chinesa, mas não é suficiente para os residentes”, disse o médico aos jornalistas.
Chao Enxiang foi um dos participantes do encontro dos Grandes Mestres de Medicina Tradicional Chinesa, promovido pelos Serviços de Saúde (SS) e que decorreu no centro de saúde da Areia Preta.

Partilhar é preciso

Chao Enxiang considera ainda que para o território “é importante a transmissão básica de conhecimentos, devendo-se reforçar os equipamentos e instalações, bem como as informações. Isso é muito importante para Macau, trocar e transmitir as experiências (nesta área). Entre 50 a 60% dos utentes atendidos por mim são provenientes de regiões exteriores e acho necessário desenvolver esta área e criar alguns acordos com regiões exteriores”, realçou aos jornalistas.
Chao Enxiang é actualmente médico chefe de serviço e especialista em medicina interna, sendo também docente. Sendo tutor doutorado pelo Hospital de Amizade Sino-Japonesa, é um perito que aufere o subsídio especial atribuído pelo Conselho de Estado da China.
O director dos SS, Lei Chin Ion, prometeu que o Executivo vai reforçar ainda mais a promoção desta área, numa altura em que, segundo as estatísticas, um residente faz dois tratamentos de medicina tradicional chinesa por ano.
“O Governo da RAEM tem dado apoio à medicina tradicional chinesa e vai dar mais apoio a esta área. Nos últimos anos temos mantido a cooperação com o interior da China, enviando os médicos para os centros de saúde para darem consultas aos residentes. Já foram dados oito cursos de formação na área da medicina tradicional chinesa”, apontou.

9 Nov 2015

Saúde | Lam Cheong classifica Macau positivamente

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]e boa saúde. É assim que o Chefe do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Lam Cheong, classifica Macau quanto às condições de saúde apresentadas à sociedade. O chefe falava à Rádio Macau, depois da participação no programa chinês Fórum, na passada sexta-feira.
Com boas condições e com uma das maiores taxas de esperança média de vida no mundo, a única preocupação são, por isso, as doenças crónicas. “A esperança média de vida em Macau é de 82 anos e este é um número muito alto entre os países desenvolvidos, sendo que até nos Estados Unidos se regista um nível inferior. No entanto, as doenças crónicas são o maior problema de saúde dos residentes, especialmente as doenças do foro cardiológico, cancerígenas e a diabetes”, explicou Lam Cheong. Saude
O chefe indicou ainda que o seu departamento está a par do desenvolvimento de Macau e com trabalho em acção. “Estamos a promover a auto-monitorização, por exemplo, disponibilizamos pontos de auto-medição de tensão arterial nos centros comunitários e nos centros de saúde”, indicou, frisando, uma vez mais, que os serviços de Macau estão aptos a minimizar o impacto das doenças crónicas entre os pacientes.

É melhor não

Em reacção ao relatório da Organização Mundial de Saúde, que indica que comer produtos de carne processada, como enchidos e presunto, pode aumentar o risco de cancro, Lam Cheong desaconselha o consumo da mesma.
“O consumo de carne processada foi classificado como grupo 1 apenas porque várias pesquisas confirmaram consistentemente o mesmo resultado: que pode aumentar o risco de cancro. Mas a média é uma propensão 18 vezes mais alta, se virmos o tabaco, este tem um risco muito maior e aumenta conforme o consumo. No entanto, apesar de o risco de cancro não ser muito elevado na carne processada, o seu consumo pode, de facto, aumentar esse risco, portanto, aconselhamos os residentes a comerem pouca carne processada, até porque é tem níveis muito elevados de sal e pode causar outros problemas de saúde como hipertensão, ataques cardíacos e outras doenças cardiovasculares”, explicou Lam Cheong, em declarações à Rádio Macau.
No mesmo momento, o chefe do departamento clarificou ainda que a febre da dengue no território está controlada. Depois dos surtos em Taiwan e em Guangdong, Lam Cheong indica que em Macau foram registados dois casos importados, mas que está tudo normalizado. Ainda assim os cuidados são sempre necessários.
“A população precisa de estar sempre em alerta, porque viajam para Taiwan, para países do sudeste asiático, locais onde os casos de dengue estão sempre a surgir. Mas a situação em Macau está controlada, pelo menos por este ano. Mesmo se houvesse um surto agora penso que seria relativamente fácil de resolver uma vez que as temperaturas estão a baixar. Mas para o ano, precisamos combater outra vez este problema”, alertou o chefe.

9 Nov 2015

SJM não pretende abrir salas VIP no Cotai

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] deputada e administradora da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), Angela Leong, garantiu, citada pelo Jornal do Cidadão, que a operadora não tem planos para a abertura de salas VIP no projecto Lisboa Palace, no Cotai. jogo
“Apenas 10% da área esta ligada ao Jogo, e ainda não considerámos abrir salas VIP no Lisboa Palace. Mas tudo depende do desenvolvimento e das necessidades do mercado”, apontou ao jornal de língua chinesa.
Para além disso, Angela Leong explicou que vão ser criados mais elementos não ligados ao Jogo, os quais ainda não foram desenvolvidos no território, com vista a promover a cultura entre o ocidente e oriente.
O Jornal do Cidadão questionou ainda Angela Leong sobre as Linhas de Acção Governativa (LAG) para o próximo ano. A deputada disse esperar que o Governo apoie mais o sector do Jogo, pedindo maior cooperação com o desenvolvimento, com vista a uma diversificação económica.
A administradora da SJM apontou que as receitas dos casinos não irão voltar a subir de forma rápida, mas defende que “já é muito bom existir um desenvolvimento estável”.

9 Nov 2015

Jogo | Estudo prevê aumento da procura de pessoal especializado

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] procura de pessoal especializado na área do Jogo vai aumentar 30%, revelam estudos feitos por quatros instituições de ensino, requisitados pela Comissão de Desenvolvimento de Talentos. De acordo com um comunicado do organismo, os próximos três anos vão representar um aumento na procura destes profissionais. “No sector do jogo haverá um aumento de cerca de 30% na procura de gestores e quadros especializados”, esclarece a Comissão. Também a área de Hotelaria deverá fruir com a criação de mais 27 mil novos postos de trabalho, enquanto a Restauração se prepara para dar trabalho a mais 16 mil pessoas. A procura no sector da venda a retalho deverá aumentar 25%, especialmente na área de produtos de luxo. Tudo isto, explica a Comissão, deve-se à abertura de casinos e complexos de resort integrados em construção e ainda por abrir. A área de convenções e exposições também deverá aumentar o número de funcionários especializados.
“Nos sectores de hotelaria e restauração prevê-se, respectivamente, a criação de mais de cerca de 27 mil e 16 mil empregos; a procura de emprego no sector de venda a retalho será de cerca de 25%, sobretudo haverá uma maior procura de empregados de venda a retalho de produtos de luxo, e, a procura no sector de convenções e exposições para o futuro terá um aumento para o dobro quando comparado com a procura actual”, destaca o comunicado.
O mesmo documento define a futura procura como “relativamente grande” e com grande maleabilidade para a promoção de pessoal. A Comissão de Desenvolvimento de Talentos é constituída por uma série de grupos e subgrupos que estiveram todos presentes na segunda e mais recente reunião com Chui Sai On.

Esclarecimentos precisos

No entanto, parece que nem tudo está bem clarificado entre os membros do colectivo e o Governo: “mais de dez membros [da Comissão] mencionaram que o Governo deve clarificar quais as profissões com falta de talentos”, mas não só. Estes pediram ainda que fosse melhorada a base de dados sobre estas pessoas especializadas, que se reforçasse o desenvolvimento das escolas técnico-profissionais, que se crie medidas de fomento ao regresso de residentes de Macau a viver no estrangeiro e que se faça com que mais pessoas ingressem na área profissional das convenções e exposições. CAPIH.shutterstock_1088837122
Um dos problemas com que o Governo actualmente se depara é a saída de jovens residentes em busca de trabalho no estrangeiro. É para combater isso mesmo que foi criada, no seio da Comissão de Desenvolvimento de Talentos, um outro grupo que se dedica a traçar medidas de “incentivo ao regresso de talentos” locais à cidade.
A mais recente reunião do grupo, que teve lugar em meados de Outubro, teve como assunto principal a criação de uma “plataforma de serviços/informações online” de forma a que os “residentes ultramarinos” tivessem acesso às necessidades de recursos da RAEM.

9 Nov 2015

Raiva | Imunização canina não corresponde a recomendação da OMS

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Instituto para Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) estima que a taxa de imunização de cães domésticos registados em Macau não chega aos 40%, o que implica que não está garantida a segurança quanto à proliferação da raiva. De acordo com declarações do membro do Conselho de Administração do IACM, Ng Sao Hong, ao jornal Ou Mun, depois da abertura do “Carnaval dos Cães 2015” no sábado passado, a taxa de imunização da raiva em animais domésticos deve atingir os 70% numa região para prevenir eficazmente o contágio de raiva. Os dados são da Organização Mundial de Saúde. O responsável acrescentou que o IACM já emitiu mais de 11 mil registos para animais domésticos na região. Ng Sao Hong pediu aos cidadãos que, ao registarem os seus animais, lhes dêem a vacina. O IACM vai ainda, através de diversas actividades, promover a responsabilidade dos donos e da sua segurança.

9 Nov 2015

Planetário encerrado de 16 a 25 de Novembro

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Planetário do Centro de Ciência de Macau vai estar encerrado de 16 a 25 de Novembro para trabalhos de “manutenção e optimização do sistema de projecção digital” de 3D da cúpula. O Planetário do Centro tem um ecrã inclinado circular com mais de 15 metros de diâmetro e está equipado com projectores digitais que exibem filmes. O espaço volta a abrir portas ao público a 27 deste mês.

9 Nov 2015

Wim Wenders | Exposição de fotografias em Lisboa

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] rodagem de três filmes em Portugal dá o mote a uma exposição de fotografia e a uma retrospectiva que o realizador alemão Wim Wenders apresenta no Lisbon & Estoril Film Festival (LEFF). Mais de quinze anos depois de ter integrado os Encontros de Fotografia de Coimbra, Wim Wenders volta a ter uma exposição em Portugal. Chama-se «À luz do dia até os sons brilham» e apresenta, desde ontem, no Reservatório da Mãe d’Água, às Amoreiras, cerca de 30 fotografias captadas no país, entre 1980 e 1994. Wim Wenders, 70 anos, rodou em Portugal os filmes «O estado das coisas» (1982), «Lisbon Story – Viagem a Lisboa» (1994), com a participação dos Madredeus e Manoel de Oliveira, e algumas cenas de «Até ao fim do mundo» (1991). Foi durante a preparação destes filmes que Wim Wenders captou as imagens da exposição que agora inaugura.

9 Nov 2015