Pais dos filhos maiores da China acampam no Senado e prometem manifestação

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]erca de cem membros da Associação da União Familiar estão desde o dia 22 acampados na praça do Leal Senado, para reivindicar a autorização da fixação de residência em Macau dos filhos, cidadãos do interior da China, chamados de “filhos maiores”. A Associação pede ainda doações voluntárias dos residentes e turistas que por ali passam.
A directora da Associação, Lei Iok Lan, afirmou ao HM que o “acampamento” foi permitido até dia 15 de Novembro, justificando ainda que o pedido de doação voluntária é para uso das despesas do funcionamento da Associação. “Existe uma parte dos residentes que suporta a nossa união” , indicou.
Lei recordou ainda que o Chefe do Executivo, Chui Sai On, prometeu durante a campanha eleitoral, do ano passado, solicitar a vinda dos mais de 1200 filhos maiores existentes ao Governo Central. No entanto, até ao momento não existe qualquer novidade.
“Já pedi muitas vezes um encontro directo com Chui Sai On mas nunca chegou a acontecer. Agora marcámos uma reunião para dia 6 de Novembro, mas o Gabinete do Chefe do Executivo disse que há possibilidades de alteração”, explicou.
A directora avisou ainda que caso não seja realizada a reunião, os encarregados de educação dos filhos maiores “vão manifestar-se à Sede do Governo até a questão estar resolvida”.
Alguns dos filhos foram autorizados através de uma medida especial a vir para Macau e a requerer a residência, depois dos pais serem admitidos a viver na RAEM. Mas a outros foi barrada a entrada, continuando assim a política. Os idosos afirmam que a situação é ridícula, uma vez que os filhos, alguns deles formados, poderiam ser uma ajuda para colmatar a falta de recursos humanos.

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