João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Macau e Zhuhai coordenam resposta e procuram contactos próximos Os testes em massa em Zhuhai revelaram nove casos positivos da variante ómicron, um deles contacto próximo de um funcionário do Aeroporto de Macau (que testou negativo). Mais de 6.000 residentes de Macau ficaram com o código de saúde amarelo, destes mais de 1000 foram sujeitos a quarentena ou obrigados a fazer dois testes a cada três dias A descoberta de casos positivos em Zhuhai e a grande conectividade entre Macau e a cidade vizinha fez soar alarmes dos dois lados da fronteira. Depois da descoberta de um caso positivo em Zhongshan na quinta-feira, as autoridades de Zhuhai testaram toda a população e encontraram mais sete casos da variante ómicron, apenas um com sintomas leves. Quatro dos casos positivos identificados na cidade vizinha, dizem respeito a uma família cujos percursos tornados públicos incluíam uma área muito próxima da fronteira das Portas do Cerco e altamente frequentada por residentes de Macau: o centro comercial subterrâneo do posto fronteiriço de Gongbei. O Executivo da RAEM e as autoridades de Zhuhai realizaram no sábado uma videoconferência para coordenar a prevenção e controlo da pandemia, e trocar informações. O secretário do Comité Municipal de Zhuhai do Partido Comunista Chinês (PCC), Lv Yuyin, informou que depois do conhecimento de casos positivos as autoridades focaram a intervenção em quatro zonas interligadas com Tanzhou em Zhongshan, “como Nanping da zona de Xiangzhou, Qianshan, Rua de Fengshan e Baijiao em Doumen”. No total, foram recolhidas 510 mil amostras que revelaram os setes casos positivos (de imediato transferidos para hospitais). O passo seguinte, foi a testagem em massa da população de Zhuhai, com a recolha de 1,95 milhões de amostras, cujos resultados foram negativos no sábado. Ontem, foi realizada uma segunda ronda de testes e encontrados mais dois casos positivos, em conexão com o surto de Nanping. Além destas medidas, o governo municipal de Zhuhai afirmou que Nanping “encontra-se em gestão de controlo”, ou seja, a entrada e saída de pessoas da área está condicionada. Quanto às passagens fronteiriças, os governos das duas cidades “chegaram ao consenso de que é obrigatório apresentar certificado com o resultado negativo do teste de ácido nucleico realizado nas últimas 48 horas”, e apelaram às populações para evitarem atravessar fronteiras desnecessariamente. Entretanto, ainda no sábado, o centro de controlo e prevenção de Zhuhai apelou à população para não sair da cidade e reduziu a validade dos testes de ácido nucleico para 24 horas. Questão de proximidade Um dos casos confirmados na vila de Nanping esteve em contacto com uma pessoa que se encontra em Macau, classificada como contacto próximo e, como tal, submetida a quarentena no Centro Clínico de Saúde Pública no Alto de Coloane. Além disso, quatro colegas de trabalho foram classificados contactos secundários. Todos foram testados, sempre com resultado negativo. O contacto próximo, corresponde a um trabalhador não residente, de 36 anos, que faz parte da equipa de segurança do Aeroporto Internacional de Macau. O indivíduo é motorista de veículos de patrulha, natural da China, e almoçou em Zhuhai na quinta-feira passada com uma pessoa infectada com covid-19. Os Serviços de Saúde entraram em contacto com pessoas que tiveram contacto com o segurança do aeroporto, desde que este regressou a Macau para trabalhar na madrugada de sexta-feira. Durante a videoconferência com as autoridades de Zhuhai, Ho Iat Seng revelou que “dos residentes de Macau que se deslocaram a Tanzhou em Zhongshan ou a Nanping em Zhuhai, 6.200” estava no sábado com código amarelo, dos quais 1.043 foram sujeitos a observação médica, isolamento no local ou sujeitos a dois testes a cada três dias”.
Hoje Macau SociedadeZhuhai quer criar centro sino-lusófono científico e tecnológico com Macau O presidente do município de Zhuhai, Huang Zhihao, prometeu trabalhar com a região vizinha de Macau para criar, ainda este ano, um centro científico e tecnológico sino-lusófono. Segundo o jornal local de língua chinesa Ou Mun Iat Pou, o responsável confirmou que o futuro Centro de Intercâmbio em Ciência e Tecnologia e Transformação de Resultados entre a China e os Países de Língua Portuguesa ficará em Hengqin. O centro fará parte da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, adjacente a Macau, uma das prioridades para o desenvolvimento de Zhuhai este ano, sublinhou Huang Zhihao. O presidente falava na quarta-feira, durante a apresentação das linhas de acção governativa para 2022 no Congresso do Povo Chinês em Zhuhai, o parlamento local da cidade da província de Guangdong. Huang Zhihao disse ainda que irá promover a criação de uma aliança para a inovação e investigação entre universidades e empresas privadas de Macau e de Zhuhai. O vice-ministro da Ciência e Tecnologia da China, Huang Wei, tinha em junho apelado a Macau para acelerar o estabelecimento do centro científico e tecnológico sino-lusófono. O responsável chinês veio ao território para uma reunião do Conselho de Cooperação de Ciência e Tecnologia entre o Interior da China e Macau. Durante a reunião, o diretor dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico de Macau, Tai Kin Ip, apresentou um projeto de conceção preliminar para a construção do centro, que terá sede em Macau. A exploração da Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin pretende reforçar a integração de Macau na China e aliviar a falta de espaço e de recursos humanos disponíveis para a diversificação da economia para áreas como a saúde, finanças, tecnologia de ponta, turismo, cultura e desporto. O parque industrial de cooperação Guangdong-Macau, em Hengqin, já disponibilizou terrenos para 25 projetos com um investimento acordado de 79,3 mil milhões de yuan. Mais de 4.500 empresas de Macau já se registaram, sendo que mais de 300 estão a operar em Hengqin.
Pedro Arede SociedadeFronteiras | TNR de volta a casa pedem melhor coordenação no futuro Antes de cruzarem a fronteira rumo a Zhuhai, vários trabalhadores não residentes (TNR) mostraram-se satisfeitos pelo fim da medida de quarentena e ansiosos por voltar finalmente a casa e ver a família, após terem ficado retidos em Macau durante mais de duas semanas. Ouvidos pelo jornal Ou Mun, muitos são também da opinião que, no futuro, as autoridades de Macau e Guangdong devem coordenar melhor o mecanismo de resposta a novos surtos de covid-19, de forma a reduzir o impacto na comunidade. Um trabalhador de apelido Ng, afirmou que mal soube do anúncio da reabertura das fronteiras na passada segunda-feira, dirigiu-se imediatamente ao posto de testagem mais próximo para “ver a família o mais depressa possível”. O mesmo funcionário apontou também esperar que, no futuro, as autoridades criem uma plataforma de assistência centralizada para facilitar a obtenção de informações relativas às medidas anti-pandémicas. Mas há também quem tenha optado por esperar mais um pouco. Uma trabalhadora estrangeira de apelido Chan revelou que durante o último meio mês teve a sorte de a entidade patronal ter pago as despesas do seu alojamento e não tem pressa de atravessar a fronteira. A trabalhadora, que decidiu ficar para já em Macau, admitiu ainda ficar atenta aos desenvolvimentos dos próximos dias e considerará voltar ao Interior da China apenas quando a situação estabilizar. Por fim, um outro TNR retido em Macau durante mais de 20 dias que partiu ontem para Zhuhai, conta que teve de assumir os encargos da própria estadia e que isso “custou quase um mês de salário”.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Zhuhai retoma passagem de fronteiras a partir do meio-dia A partir do meio-dia de hoje, quem entrar em Zhuhai vindo de Macau não precisa cumprir quarentena de 14 dias, apenas apresentar teste de ácido nucleico com menos de 48 horas. A retoma implica excepções e exclui a obrigação de mostrar certificado de vacinação. Escolas continuam sem data de abertura Duas semanas depois de um surto de covid-19 em Macau, que manteve em vigor a obrigação de cumprir 14 dias de quarentena à entrada para Zhuhai, a circulação de pessoas entre as duas cidades volta a ser aliviada. As autoridades vizinhas anunciaram que a partir do meio-dia de hoje basta apresentar teste de ácido nucleico com menos de 48 horas para passar a fronteira para Zhuhai. A medida, que motivou a corrida aos postos de testagem, inclui excepções. Quem esteve em “contacto íntimo com casos confirmados de covid-19 só pode entrar em Zhuhai sete dias depois de cumprir 14 dias de quarentena. Os moradores das zonas de código de saúde vermelho e amarelo também ficam com passagem condicionada, só podendo entrar na cidade vizinha sete dias depois da reabertura das zonas condicionadas. Finalmente, os trabalhadores com funções de alto risco só podem entrar em Zhuhai 14 dias depois de deixarem de exercer tais funções. Este grupo compreende quem esteja em contacto directo com pessoas vindas de regiões do mundo de médio e alto risco, como funcionários de bordo de companhias aéreas que voem para essas regiões, e pessoas que trabalhem em locais destinados a quarentena ou ao tratamento de pacientes infectados com o novo tipo de coronavírus. Tai Wa Hou, coordenador do plano de vacinação, esclareceu ontem que a medida foi imposta pelas autoridades de Zhuhai para garantir a segurança dos residentes da cidade vizinha. O médico acrescentou que o grupo de trabalho conjunto das duas regiões tem um mecanismo de interrupção do alívio das restrições fronteiriças caso sejam diagnosticados novos casos. Aliás, Tai Wa Hou frisou que se for dectectada alguma infecção hoje ou nos próximos dias, a passagem fronteiriça voltará a implicar quarentena de 14 dias. Aulas e vacinas O responsável pela vacinação em Macau adiantou que as autoridades da RAEM e Zhuhai estão a negociar a possibilidade de prolongar a validade dos testes de ácido nucleico para vacinados que queiram atravessar a fronteira. Apesar de não ter especificado para quantos dias, Tai Wa Hou mencionou na conferência de imprensa o período de sete dias sublinhando não se tratar de um anúncio, mas de um rumo possível. Desta feita, as autoridades do Interior não pedem comprovativo de vacinação para atravessar a fronteira, como o fizeram depois do segundo teste em massa. Tai Wai Hou explicou a diferença com o facto de desta vez terem passado 14 dias desde o encerramento da fronteira. Com o levantamento da obrigação de quarentena à entrada para Zhuhai, as autoridades pediram calma à população. “Apelamos a que evitem deslocar-se para os postos fronteiriços logo ao meio-dia e que acompanhem notícias sobre o fluxo de pessoas para evitar aglomerações”, pediu Ma Chio Hong, do Corpo de Polícia de Segurança Pública. No passado dia 4 de Outubro, o súbito volte-face que reteve em Macau mais de um milhar de crianças que residem em Zhuhai fez com que as autoridades locais se vissem na iminência de dar abrigo a centenas de jovens sem família. Alguns destes estudantes, hospedados em pousadas da juventude, foram ontem levados a fazer testes de ácido nucleico para hoje regressarem a casa. O responsável da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), Wong Ka Ki, garantiu que durante a estadia forçada em Macau estes alunos estiverem ocupados com trabalhos de casa e que as escolas estão prontas para reabrir, sem, no entanto, apontar uma data para tal. Testes | Mais de 80 mil amostras negativas No total, 80.452 pessoas foram testadas no domingo, no âmbito do programa de testagem em áreas-chave, áreas de código vermelho e amarelo e dos grupos incluídos na testagem de alta frequência. De acordo com um comunicado divulgado ontem, relativamente ao teste de ácido nucleico para pessoas de áreas especificas, que decorreu entre as 9h00 e as 24 horas de domingo, foram testadas 56.130 pessoas, sendo as restantes 24.322 afectas às pessoas provenientes das áreas de código vermelho e amarelo. Todos os testes acusaram negativo para a covid-19. Covid-19 | Vacina da Sinopharm aprovada para maiores de 12 anos O Governo aprovou ontem a vacinação para maiores de 12 anos com a vacina inactivada da Sinopharm. “A idade dos destinatários aplicáveis de vacinas inactivadas contra a covid-19 foi reduzida de 18 para 12 anos”, pode ler-se num comunicado divulgado ontem pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. Na mesma nota, as autoridades acrescentaram que “a vacina inactivada contra o novo tipo de coronavírus é agora aplicável às pessoas com idade igual ou superior a 12 anos e inferior a 60 anos e às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos com boas condições de saúde e maior risco de exposição”. Recorde-se que desde meados de Junho que a faixa etária entre os 12 e 18 anos já pode ser inoculada com a vacina da Pfizer/BioNTech, baseada no RNA mensageiro (mRNA). A medida que entrou ontem em vigor prevê ainda que os menores de 18 anos que pretendam tomar a vacina devem obter uma autorização dos seus pais ou encarregados de educação. Ontem foi ainda anunciada a chegada de 300 mil doses da vacina da Sinopharm e 90 mil doses da BioNTech, aumentando o stock para da RAEM para cerca de 453 mil doses. IAS | Ponderada vacinação de proximidade em lares de idosos As autoridades de saúde estão a negociar com o Instituto de Acção Social a possibilidade de lançar uma campanha de vacinação de proximidade nos lares de idosos, à semelhança do que aconteceu em escolas e universidades. O possível caminho foi indicado ontem por Leong Iek Hou, médica do Centro de Coordenação. A hipótese divulgada ontem pela coordenadora do organismo de resposta à pandemia coincide com a preocupação do deputado e vice-presidente da Associação Geral dos Operários de Macau, Lei Chan U, que defende que se deve incentivar o aumento da taxa de vacinação contra a covid-19 entre os idosos. Recordando que o universo de idosos actualmente vacinados em Macau é de apenas 43,6 por cento na faixa entre os 60 e os 69 anos, 24,8 por cento na faixa entre os 70 e os 79 anos e 6,3 por cento entre as pessoas com mais de 80 anos, Lei Chan U apontou, segundo o jornal Ou Mun, que a inoculação desta franja de residentes é essencial para aumentar a taxa de vacinação geral da população. Isto, quando o objectivo passa por atingir uma taxa de vacinação acima dos 80 por cento que permita normalizar as passagens transfronteiriças com as regiões vizinhas, especialmente com o Interior da China, impulsionando a recuperação económica de Macau. Para o deputado, a baixa taxa de vacinação entre idosos deve-se ao facto desta parte da população considerar que, devido à sua idade avançada ou por serem portadores de doenças crónicas, não se encontram em condições de ser vacinados. Por isso, Lei Chan U sugere que o Governo ponha em prática medidas como um “serviço de avaliação integral” dedicado aos idosos interessados na vacinação contra a covid-19, palestras dedicadas, dispensas de trabalho para acompanhamento de familiares e a criação de uma equipa móvel de vacinação dedicada a visitar lares e centros de atendimento para idosos.
Hoje Macau China / ÁsiaChina exibiu em Zhuhai novo armamento da Força Aérea A China apresentou esta terça-feira o novo equipamento da Força Aérea, que inclui veículos aéreos não tripulados (“drones”) de vigilância ou ataque e aviões de guerra eletrónica, numa altura de crescentes tensões com os Estados Unidos. A apresentação do armamento, durante a maior exibição aeroespacial da China, a “AirShow China”, que decorre em Zhuhai, cidade que faz fronteira com Macau, ocorre numa altura em que Pequim avança com o programa de modernização do exército, que espera concluir até 2035. A China continua longe de ter o poderio militar dos Estados Unidos, que têm um orçamento de Defesa três vezes maior, mas está, aos poucos, a diminuir a lacuna, segundo observadores. Um recente relatório produzido pelos serviços de informações norte-americanos expressou preocupação com a crescente influência de Pequim, que vê como a maior ameaça dos Estados Unidos. Entre as principais novidades exibidas em Zhuhai está o drone WZ-7, com 14 metros de comprimento e destinado a missões de reconhecimento e patrulha marítima. O país apresentou ainda o J-16D, um caça dedicado à “guerra eletrónica” – a deteção e destruição de transmissões de rádio e sistemas de comunicação. Segundo especialistas citados pela imprensa chinesa, este avião pode atacar instalações de radar ou sistemas de deteção e comando aerotransportados. Ambos os aparelhos estão já a ser utilizados pelo exército chinês e “desempenharão um papel importante no Estreito de Taiwan e no Mar do Sul da China”, afirmou o analista militar chinês Song Zhongping, citado pela agência France Presse. As reivindicações territoriais da China nestes territórios são regularmente frustradas pela passagem de navios de guerra norte-americanos. Outra máquina apresentada hoje foi um protótipo do versátil “drone” de reconhecimento e ataque CH-6. Com 15 metros de comprimento e uma envergadura de mais de 20 metros, o veículo aéreo não tripulado deve realizar voos de teste em 2023. Os construtores do “drone” estimam que possa operar a grande altitude (10.000 metros) e em alta velocidade (500-700 quilómetros por hora), durante 20 horas. O aparelho pode transportar radares, sistemas de reconhecimento, mísseis ou mesmo bombas ar – terra. Estes novos veículos aéreos permitem que as forças armadas chinesas observem e conduzam ataques em locais antes inacessíveis. Perante a relutância dos países ocidentais em vender “drones” mais avançados a países que não sejam os aliados mais próximos, a China também se posiciona como um “fornecedor alternativo”, a preços acessíveis, apontou Kelvin Wong, da empresa britânica Janes, especializada em assuntos de Defesa. “Drones” chineses já são usados por vários exércitos estrangeiros, incluindo a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. O caça J-16D demonstra uma “melhoria geral” nas capacidades de combate da China, segundo James Char, especialista da Universidade Tecnológica de Nanyang, de Singapura. “Podemos falar de um avanço significativo, porque dá aos militares chineses uma vantagem em termos de guerra eletrónica aérea, contra alvos que têm capacidade de defesa aérea significativa”, descreveu. De acordo com muitos especialistas, no entanto, a China ainda está atrás dos Estados Unidos, especialmente na qualidade dos motores dos seus aviões militares e no número de satélites de comunicação necessários para realizar operações. Mas, mesmo que Pequim continue a ser incapaz de projetar verdadeiramente o seu poder para além do continente chinês, vai ter um sistema de defesa marítima e aérea capaz de conter uma potencial ofensiva norte-americana, descreveu Justin Bronk, analista da firma britânica Royal United Services Institute. Além de fabricantes de equipamentos militares, a exposição de Zhuhai reúne os principais grupos da aviação civil chinesa e mundial, como as construtoras Boeing e Airbus. Originalmente agendada para o final de 2020, a reunião, que se realiza a cada dois anos, foi adiada devido à pandemia.
João Luz Manchete SociedadeHengqin | Centro de computação garante estabilidade e ordem social As autoridades de Zhuhai anunciaram um acordo com o centro de computação de Hengqin para desenvolver ferramentas digitais de governação que garantam estabilidade e ordem social. O centro na Ilha da Montanha é descrito como a maior e mais potente plataforma de Inteligência Artificial da China Sem o alarido dos filmes de ficção científica, o Governo Municipal de Zhuhai anunciou ontem que assinou um acordo com o Centro de Computação Avançada de Hengqin para o desenvolvimento de infra-estruturas digitais que respondam a exigências de governação nas mais diversas matérias sociais. O protocolo irá alargar o papel do centro de computação no exercício do poder executivo e naquilo que as autoridades da cidade vizinha intitulam de “governação digital”. Assim sendo, o centro de computação de Hengqin irá responder a necessidades de “protecção e coordenação de assuntos de interesse público, segurança pública, estabilidade social e gestão de situações de emergência”, anunciou ontem o o Governo Municipal de Zhuhai. O acordo assinado pelo Gabinete de Gestão de Dados da cidade vizinha na passada sexta-feira com o centro de computação vai garantir no futuro o “armazenamento seguro de dados, autorização de dados, transmissão de informação, cálculo de índice de privacidade, modelação conjunta, verificação de algoritmos, e análise de convergência”. As autoridades da cidade vizinha destacam também que a aposta nos projectos de Inteligência Artificial e análises de dados são vias para impulsionar a inovação, a economia digital e também servir de motor de arranque tecnológico da área da Grande Baía. Um mundo aqui ao lado O Centro de Computação Avançada de Hengqin é, de acordo com as autoridades de Zhuhai, a maior e mais potente plataforma de Inteligência Artificial de toda a China e materializa a aposta no processamento digital da gestão de assuntos governamentais. Na zona de Xiangzhou, centro político e financeiro de Zhuhai, a Inteligência Artificial é usada na gestão do trânsito, segurança em áreas residenciais, parques industriais, escolas, estaleiros de construção, assim como monitorização ambiental. O centro foi estabelecido em Maio de 2019 pela Academia Chinesa de Ciências e pelos Governos de Guangdong, Zhuhai e Hengqin. As autoridades da cidade do Interior adiantaram também que, desde a sua fundação, o centro serviu uma centena de projectos, incluindo investigação científica de equipas da Universidade de Macau.
João Luz Manchete SociedadeGrande Baía | Zhuhai quer abrir extensões de laboratórios de referência As autoridades de Zhuhai aprovaram legislação que permite abrir extensões dos laboratórios nacionais de referência instalados em Macau. Além disso, a inovação regulamentar irá permitir que projectos de investigação científica financiados por fundos de Zhuhai sejam conduzidos em Macau e Hong Kong Nem só de vistos e imobiliário se faz a integração regional. A Comissão de Assuntos Legislativos do Comité Permanente do Congresso Popular Municipal de Zhuhai aprovou legislação com o intuito de aprofundar a cooperação científica e tecnológica entre a cidade e as regiões administrativas especiais. Com a entrada em vigor do regulamento de promoção da inovação científica e tecnológica na Zona Económica Especial de Zhuhai, passa a ser possível abrir na cidade vizinha extensões dos laboratórios de referência nacionais que estão instalados em Macau, como por exemplo o Laboratório de Referência do Estado da Ciência Lunar e Planetária e o Laboratório de Referência do Estado da Internet das Coisas da Cidade Inteligente. Além disso, investigadores e instituições científicas de ensino superior de Macau e Hong Kong, assim como empresas privadas, vão ter direitos de propriedade, uso e pesquisa de projectos financiados por fundos de Zhuhai, desde que os projectos não sejam relativos a segurança nacional ou de interesse público, apontaram as autoridades do Interior sem especificar. É também referido que o departamento de inovação científica e tecnológica de Zhuhai irá aprofundar a cooperação com a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico e o Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia. Todos juntos A ideia das autoridades é acelerar a cooperação de Zhuhai com as regiões administrativas especiais através de laboratórios conjuntos e atrair capital e talentos de Macau para projectos inovadores. Por outro lado, os responsáveis municipais da cidade vizinha pretendem construir um centro de intercâmbio científico e tecnológico entre países de língua portuguesa e a China, tendo Macau como plataforma, para a transferência de conhecimento tecnológico e cooperação científica. No sentido de fomentar o interesse empresarial e individual serão também estabelecidos prémios para distinguir “resultados notáveis e grandes contribuições de inovação científica e tecnológica”, informaram ontem as autoridades de Zhuhai em comunicado. O volume do investimento em ciência e inovação no município vizinho corresponde a 3,15 por cento do seu PIB, o segundo mais elevado de Guangdong.
David Chan Macau Visto de Hong Kong VozesTestagem obrigatória Soube-se na semana passada que os departamentos de saúde da Província de Guangdong, da cidade de Zhuhai e de Macau estabeleceram contacto após os Serviços de Saúde ter identificado alguns residentes de Macau que estiveram em contacto com pessoas infectados com COVID, na cidade de Zhongshan. Estes indivíduos foram testados e observados por uma equipa médica. De acordo com o comunicado da cidade de Zhongshan, a 22 de Julho foi detectado um caso de infecção numa pessoa assintomática que estava a regressar a Guangdong, vinda de uma zona de risco mediano. Esta pessoa apanhou um voo no Aeroporto Internacional de Nanjing, durante a tarde de 19 de Julho. Posteriormente, apanhou outro avião de regresso ao Aeroporto Zhuhai Jinwan. De seguida, foi transportada no autocarro que liga o Aeroporto à estação ferroviária de Zhuhai, onde apanhou o comboio para Zhongshan. Durante este período, um total de cinco residentes de Macau tiveram contactos com esta pessoa. Os Serviços Saúde fizeram diligências para que fossem todos testados e submetidos a observação médica. Foi também feito um apelo aos residentes para que sempre que haja contacto com pessoas infectadas se dirijam de imediato ao Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. O Governo de Macau reajustou prontamente as medidas de combate à epidemia para todas as pessoas que entrem ou saiam da cidade de Zhongshan. A partir das 21h de 23 de Julho, todos os que tenham estado em Zhongshan depois de 19 Julho têm de apresentar um certificado de teste negativo, com a validade máxima de 48 horas. Como existiram contactos próximos com residentes de Macau, o Governo afirmou que existe uma possibilidade de aparecimento de surtos na comunidade e apelou à vacinação urgente de toda a população. No entanto também sublinhou que não é caso para preocupação. Embora a notícia de alguns residentes de Macau terem tido contacto com uma pessoa infectada não seja boa, na conferência de impressa surgiram outras que são animadoras. O Governo fez saber que existe um Plano de Testagem Universal Obrigatório (PTUO). Este Plano tem já todas as condições necessárias para avançar, em termos de materiais e de recursos humanos, no entanto ainda não existe data para a sua implementação. Este plano representa uma segurança para todos os residentes de Macau. Como a epidemia não pode ser erradicada de um dia para o outro, a possibilidade do aparecimento de um surto na comunidade continua a existir. Na ausência de medicamentos que possam tratar quem contrai o vírus é fundamental rastrear a população. Para implementar o PTUO o Governo tem de fazer um grande investimento em recursos humanos, em recursos materiais e financeiros. O Governo já afirmou que está tudo a postos para a implementação do Plano. Existe capacidade para lidar com um eventual surto que apareça na comunidade, não há necessidade de pânico. É inegável que o investimento que é necessário fazer para o PTUO é muito grande e só deve ser levado a cabo se necessário. Não é uma estratégia de segurança a longo prazo. Devido à pequena dimensão territorial de Macau, se os recursos o permitirem, poderemos considerar a implementação regular do PTUO em diversas áreas? Com esta medida, mesmo que haja contactos de risco, podemos detectar mais rapidamente as infecções. Além disso, de forma a incentivar mais pessoas a serem testadas, devemos considerar a redução do custo dos testes. Só quando as pessoas decidirem fazer o teste voluntariamente, poderemos garantir a saúde de todos. Houve ainda outra boa notícia divulgada na conferência de imprensa. O Governo vai convidar especialistas da China, da Comissão Nacional para a Saúde, para visitarem Macau e darem formação sobre o trabalho que é necessário efectuar para prevenir a epidemia. A China é um país de grandes recursos e pode facilmente travar a propagação do vírus e reduzir o número de infecções. Os especialistas vão trazer esta experiência para Macau. As medidas que a cidade tomar para prevenir a propagação do vírus serão mais eficazes e a saúde de todos os residentes estará mais assegurada. É uma verdadeira mais valia. O Director da Secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura, Ouyang Yu, afirmou que os especialistas vêm a Macau para inspeccionar as condições de prevenção e controlo e para fazerem sugestões relevantes, que irão ajudar na reabertura de fronteiras entre Hong Kong e Macau e também a facilitar a reabertura de fronteiras entre a China continental e Macau. Desta vez, o aparecimento de contactos de risco na comunidade acabou por representar uma experiência valiosa que vai permitir compreender melhor a necessidade do Plano de Testagem Universal Obrigatório. Nas condições actuais, a única forma de identificar infecções, e impedir a sua propagação, é através da testagem. Consultor Jurídico da Associação para a Promoção do Jazz em Macau Professor Associado da Escola Superior de Ciências de Gestão/ Instituto Politécnico de Macau Blog:http://blog.xuite.net/legalpublications/hkblog Email: legalpublicationsreaders@yahoo.com.hk
Salomé Fernandes PolíticaZhuhai | Isenção gradual de quarentena começa hoje [dropcap]A[/dropcap] isenção de quarentena para entrada em Zhuhai começa a partir das 8h da manhã de hoje. Vai aplicar-se apenas a quem teve o pedido aceite pelas autoridades de Macau e da cidade vizinha. Zhuhai definiu uma quota diária de mil residentes por dia, avançou ontem Ma Chio Hong, do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). Os primeiros autorizados receberam a confirmação por mensagem escrita, e as autoridades abriram uma excepção para que ontem até às 22h pudessem fazer teste de ácido nucleico sem marcação prévia. “Não queremos que haja desperdício deste prazo das pessoas que têm realmente necessidade de passar a fronteira”, disse o médico Alvis Lo. O conteúdo da declaração ainda estava a ser confirmado pelas autoridades, mas definiu-se que quem cruzasse a fronteira ia ter de se comprometer em não sair da cidade de Zhuhai. Recorde-se que a isenção só é autorizada a pessoas por missão oficial, actividade comercial ou motivos especiais. É requerido aos residentes que nos últimos 14 dias não tenham saído de Macau ou do Interior da China, não apresentem febre ou outros sintomas e tenham certificado de teste de ácido nucleico e código de saúde verde. Com o objectivo de “facilitar a passagem de fronteira”, as pessoas com autorização devem passar pelas fronteiras da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e da ilha de Hengqin. “Os restantes postos fronteiriços não reúnem condições”, indicou Ma Chio Hong. Alvis Lo indicou que, de momento, o sistema informático através do qual se submete o pedido vai continuar suspenso, e que serão feitos estudos. No espaço de dois dias registaram-se 7611 pedidos, um número “muito grande”. “O nosso sistema não consegue suportar tantas pessoas a pedir ao mesmo tempo. Mas o Governo da RAEM tem comunicado com várias autoridades do Interior da China”, disse o médico.
João Santos Filipe SociedadePedida isenção de quarentena para ir a Zhuhai comer sopa [dropcap]U[/dropcap]m dia depois de ter entrado em funcionamento, os Serviços de Saúde de Macau (SSM) suspenderam a plataforma online que permitia pedir isenção de quarentena para entrar em Zhuhai. A excepção destinava-se essencialmente a empresários e pessoas com negócios no Interior, mas os SSM receberam mais de 5.000 pedidos só no primeiro dia, até de pessoas que apenas queriam passar a fronteira para comer sopa. “No primeiro dia recebemos mais de 5.00 pedidos de cidadãos, que não tinham qualquer motivo plausível para pedir a isenção de quarentena para entrarem em Zhuhai”, afirmou Alvis Lo, médico adjunto no Hospital Conde São Januário. “Há cidadãos que pediram isenção de quarentena para ir ao Interior por quererem comer sopa ramen ou por terem saudades de Zhuhai…”, revelou. O médico apelou assim às pessoas que utilizem os pedidos de isenção de forma responsável: “Todos os casos são revistos por uma equipa, que analisa os pedidos […] há casos sem um motivo aparente ou especial, até parece que é uma brincadeira”, desabafou. Apesar de o esquema de isenção de quarentena ter sido retomado no sábado, o serviço voltou a ser ontem suspenso temporariamente. “Não serão aceites novos pedidos”, anunciou ontem o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, em comunicado. A reabertura de pedidos será anunciada, com pelo menos um dia de antecedência. Independentemente de ter sido suspenso por duas ocasiões num curto espaço de tempo, o esquema não deixou de causar muitas dúvidas, uma vez que não tem critérios públicos, nem uma quota do número máximo de pedidos. Entre os 5 mil pedidos do primeiro dia, apenas 1981 foram reencaminhados pelas autoridades locais para Zhuhai, que tem a última palavra. Português virou italiano Além dos vários pedidos, a plataforma dos SSM marcou ainda a conferência de sexta-feira sobre o covid-19 por estar em chinês e italiano. Alvis Lo prometeu que o Governo ia fazer tudo para melhorar a situação. “A tradução tem uma qualidade menos boa, mas estamos a tentar corrigir os erros”, indicou. “Eu não sei quem fez as traduções, mas independentemente disso vamos tentar melhorar os trabalhos”, acrescentou. Na sexta-feira foram ainda divulgadas os horários do ferry que vão partir de Macau para o aeroporto de Hong Kong, para quem deseja sair do território. A partir de dia 17 deste mês, há duas viagens por dia para o aeroporto de Hong Kong, uma com partida às 9h e outra às 19h. Os bilhetes do ferry têm de ser comprados com dois dias de antecedência e as pessoas devem certificar-se que as companhias aéreas permitem check-in em Macau. “A viagem com partidas às 9h, vai servir para os voos que descolam entre o meio-dia e as 22h00 desse dia. A embarcação com partida às 19h para os voos das 22h às 8h do dia seguinte”, explicou Inês Chan, representante dos Serviços de Turismo.
Hoje Macau PolíticaPatriotismo | Pedida maior cooperação com Zhuhai [dropcap]L[/dropcap]eung Chi Ho, membro da Comissão Municipal de Zhuhai da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), quer que os Governos de Macau e Zhuhai estabeleçam um sistema de cooperação focado nos jovens dos dois territórios, dedicado à promoção de actividades de intercâmbio. De acordo com o jornal Ou Mun, Leung Chi Ho aponta a Ilha da Montanha como “plataforma fundamental” para eventos desportivos e culturais transfronteiriços, capazes de mobilizar a integração dos jovens no desenvolvimento nacional, através da exploração colectiva da Ilha da Montanha. Para o membro do CCPPC, os Governos de Macau e Zhuhai devem continuar empenhados no desenvolvimento do projecto da Grande Baía e na diversificação económica, para que seja possível promover o amor à pátria junto de jovens talentos. Sobre o mesmo tema, Tina Ho, presidente da Associação das Mulheres de Macau e irmã do Chefe do Executivo, indicou ser essencial a implementação de uma plataforma de educação sobre o patriotismo em Macau. As declarações, segundo o jornal Cidadão, foram proferidas na segunda-feira por Tina Ho durante uma sessão online da Associação de Educação Patriótica da Juventude de Macau, na qual participou. A irmã de Ho Iat Seng considera importa contar bem a implementação de sucesso em Macau do princípio “Um País, dois sistemas”, para que o sentido de identidade, pertença e orgulho nacional no País saia reforçado. Para Tina Ho, os jovens devem ainda agarrar as oportunidades da Grande Baía para desenvolver e concretizar sonhos, num destino simultaneamente individual e nacional.
João Santos Filipe SociedadeZhuhai | Autoridades retiram isenção de quarentena a TNR Trabalhador tinha assumido o compromisso de permanecer na província de Cantão, mas no dia 23 de Maio apanhou um voo para Tianjin. As autoridades apelam a que se respeitem as regras [dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Zhuhai retiraram a isenção de quarentena a um trabalhador não-residente em Macau com autorização de residência no outro lado da fronteira. O caso foi revelado na passada sexta-feira por Lei Tak Fai, chefe de Divisão das Relações Públicas do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). “Há um trabalhador não-residente a quem foi cancelada a isenção de quarentena para circular entre Zhuhai e Macau. Ele é portador de bilhete de residente em Zhuhai e estava isento da quarentena. Mas, para estar isento tinha assinado um compromisso de que não sairia da província de Cantão durante os 14 dias em que passa as fronteiras”, começou por ser indicado por Lei. “Só que no dia 23, depois de ter entrado em Zhuhai, apanhou um avião para Tiajin. Acabou por regressar”, acrescentou. Face ao facto de não ter sido respeitado o compromisso assumido por este TNR, as autoridades de Zhuhai avançaram para a retirada da isenção de quarentena. “Segundo as regras de prevenção da epidemia o trabalhador não residente viu a sua isenção cancelada. Para haver isenção, as pessoas têm de permanecer na província de Cantão. Por isso a isenção foi anulada”, apontou. “Apelamos a que todos colaborem com as autoridades e respeitem as regras”, sublinhou o agente do CPSP. Na sexta-feira, Macau registava 51 dias consecutivos sem qualquer caso de infecção pela covid-19, que tendo em conta os dias de hoje subiram para 54. 77 milhões de máscaras Ainda de acordo com a informação de sexta-feira, hoje começa hoje a 14.ª ronda de venda de máscaras disponibilizadas pelo Executivo. Segundo os números disponibilizados, até esta ronda já tinham sido vendidas 77 milhões de máscaras, o que o médico-adjunto do Hospital Conde São Januário, Alvis Lo, reconheceu ser um número significativo. No entanto, e ao contrário do que aconteceu em Taiwan, não estão previstas medidas especiais para exigir que as máscaras sejam descartadas em recipientes próprios de forma a ser possível tratá-las de forma separada e proceder com a reciclagem. “É uma boa sugestão […] Mas as pessoas sem riscos acrescidos podem deixar as máscaras nos caixotes porque o risco é muito reduzido”, considerou Alvis Lo. “Nós, como pessoas com um risco mais reduzido só precisamos de respeitar as instruções sanitárias básicas. E como o número de máscaras usadas é enorme, é muito difícil estabelecer um sistema especial para o tratamento [de reciclagem]. Acho que a forma que utilizamos é suficiente”, acrescentou. Sobre a possibilidade de as pessoas deixarem de utilizar máscara na rua numa altura em que não há infecções há 51 dias, não houve qualquer reposta. Finalmente foi explicado que as crianças entre os 5 a 8 anos vão ter acesso as 10 máscaras para crianças na ronda de hoje. O mesmo não acontece com as crianças com idades entre 3 e 4 anos, o que foi justificado com o facto de os mais velhos regressarem esta manhã às escolas.
Pedro Arede Manchete PolíticaZhuhai | Residentes de Macau com novas regras para cruzar fronteira Desde a meia noite de domingo, os residentes isentos de quarentena à entrada na província de Guangdong têm de avisar as autoridades que pretendem cruzar a fronteira com algumas horas de antecedência. Após cinco dias sem registo de novos casos, os Serviços de Saúde admitem, contudo, não conseguir ver “um fim próximo para a epidemia” [dropcap]O[/dropcap]s residentes que vivem em Zhuhai estão desde o passado domingo, obrigados a contactar as autoridades locais três horas antes de cruzarem a fronteira se forem de Macau para Zhuhai e uma hora antes, para fazer o percurso inverso. As novas regras foram avançadas no sábado pelo Grupo de Trabalho de Prevenção e Controlo Conjuntos Zhuhai – Macau e dizem respeito apenas aos residentes de Macau isentos de fazer os 14 dias de quarentena exigidos pela província de Guangdong. As restantes regras são para manter. Ou seja, além da apresentação da declaração electrónica de saúde, para atravessar a fronteira é preciso continuar a fazer prova da residência em Zhuhai e ainda apresentar a cada sete dias “um certificado de resultado de teste de ácido nucleico negativo” ou “um certificado de amostras de teste de ácido nucleico emitido pelos departamentos competentes da Cidade de Zhuhai”, pode ler-se em comunicado. Quem não cumprir a medida, está sujeito “às medidas de observação médica de quarentena concentrada pelo período de 14 dias”, à semelhança do que acontece desde o final de Março, a todos os residentes de Macau que cruzam a fronteira. Recorde-se que podem pedir isenção “trabalhadores que asseguram a normal vida produtiva de Macau”, comerciantes, transportadores de bens essenciais, condutores com dupla matrícula, idosos com mais de 70 anos e menores de 14 anos. Sem fim à vista Sem registo de novos casos ao fim de cinco dias, os Serviços de Saúde (SS) admitiram ontem, no entanto, não ser possível antecipar um prazo para o final da crise provocada pela covid-19, sobretudo quando a situação a nível mundial é ainda preocupante. “Desde o início da epidemia até agora já muitos especialistas e académicos fizeram previsões sobre o desenvolvimento da situação epidémica. Não podemos agora antecipar a situação num futuro muito próximo, uma vez que a situação mundial é ainda alarmante. Num curto espaço de tempo não estamos a ver a extinção deste vírus ou o fim desta epidemia”, sublinhou Lo Iek Long, médico do Centro Hospitalar Conde de São Januário, por ocasião da conferência diária sobre o novo tipo de coronavírus. O médico referiu ainda a aposta feita na investigação e na criação de uma vacina para combater a covid-19, alertando, contudo, para possíveis mutações do vírus. “Não sabemos quais são as mutações do vírus. Pode haver uma mutação em que o vírus começa a baixar a probabilidade de contaminação ou, ao invés, poderá ser um vírus mais severo”, afirmou Lo Iek Long. “Só com o desenvolvimento da situação é que poderemos saber quais as novas medidas a ser lançadas”, acrescentou. Sobre o número de pedidos de residentes de Macau para regressar ao território, após se deslocarem a Hong Kong para receber tratamento médico, Inês Chan, dos serviços de turismo revelou que são já 24. Destes, dois dos residentes já estão em Macau e oito têm os documentos exigidos para voltar. Recorde-se que o Governo criou um corredor especial para estes casos na semana passada.
Pedro Arede SociedadeWuhan | Três casos de pneumonia viral confirmados em Zhuhai No mesmo dia em que as autoridades chinesas confirmaram o terceiro caso mortal e mais de 130 novos casos derivados da pneumonia viral de Wuhan, os Serviços de Saúde (SS) afirmaram que Macau vai manter, por enquanto, o nível três de alerta. Ao final do dia de ontem, já depois do anúncio em Macau, as autoridades de Guangdong confirmaram a existência de três casos em Zhuhai [dropcap]D[/dropcap]e acordo com informações divulgadas ontem ao final do dia e citadas pelo canal chinês da Rádio Macau, as Autoridades de Guangdong confirmaram 14 novos casos de pneumonia viral, três dos quais detectados na cidade vizinha de Zhuhai. Antes ainda do anúncio das Autoridades de Guangdong, os Serviços de Saúde (SS) de Macau já tinham admitido a possibilidade de vir a aumentar o nível de alerta de emergência devido à aproximação das celebrações do Ano Novo Lunar, altura em que se verificam grandes movimentações de pessoas em toda a China. “Estamos a observar a situação epidémica em todo o mundo, incluindo Shenzhen, Zhuhai e Hong Kong para fazer um resumo da situação. É possível que o grau de risco seja aumentado. O surto da epidemia deve manter-se, especialmente durante a Festa da Primavera e podem surgir casos suspeitos importados”, afirmou Lam Chong, director do Centro de Prevenção e Controlo de Doença. Para já, segundo os SS, mantém-se assim o nível três de alerta de emergência, considerado de risco médio (Grave), em vigor desde o passado dia 5 de Janeiro. A legislação de Macau define cinco níveis de alerta, sendo o nível seguinte de gravidade (nível dois) considerado “Muito Grave” e o nível máximo (nível um) “especialmente grave”. As declarações foram feitas por ocasião de uma conferência de imprensa convocada no mesmo dia em que a Coreia do Sul informou ter detectado o primeiro caso no país e depois de a China ter relatado um terceiro caso mortal e um aumento acentuado no número de infectados com este novo tipo de pneumonia. Até à hora do anúncio existiam assim, excluindo os novos casos reportados pelas Autoridades de Guangdong, 136 novos casos, elevando o número total de infectados com a nova pneumonia viral para mais de 190. Sob controlo Em relação à situação da doença em Macau, os SS confirmaram que não foi detectado qualquer caso, registando-se até à tarde de ontem 13 casos suspeitos que estão a ser monitorizados. Os serviços de saúde garantiram ainda que o hospital e centros de saúde estão preparados para lidar com a pneunomia viral e que existem na região medicamentos suficientes para combater a doença. Quanto a medidas de prevenção para fazer face à disseminação da doença, os SS afirmaram que todos os turistas que chegam de Wuhan estão a ser verificados individualmente através de uma declaração de saúde que têm forçosamente de preencher à entrada de Macau e através do controlo de temperatura, quer o acesso seja feito por via terrestre, marítima ou aérea. Com Lusa
admin SociedadeWuhan | Três casos de pneumonia viral confirmados em Zhuhai No mesmo dia em que as autoridades chinesas confirmaram o terceiro caso mortal e mais de 130 novos casos derivados da pneumonia viral de Wuhan, os Serviços de Saúde (SS) afirmaram que Macau vai manter, por enquanto, o nível três de alerta. Ao final do dia de ontem, já depois do anúncio em Macau, as autoridades de Guangdong confirmaram a existência de três casos em Zhuhai [dropcap]D[/dropcap]e acordo com informações divulgadas ontem ao final do dia e citadas pelo canal chinês da Rádio Macau, as Autoridades de Guangdong confirmaram 14 novos casos de pneumonia viral, três dos quais detectados na cidade vizinha de Zhuhai. Antes ainda do anúncio das Autoridades de Guangdong, os Serviços de Saúde (SS) de Macau já tinham admitido a possibilidade de vir a aumentar o nível de alerta de emergência devido à aproximação das celebrações do Ano Novo Lunar, altura em que se verificam grandes movimentações de pessoas em toda a China. “Estamos a observar a situação epidémica em todo o mundo, incluindo Shenzhen, Zhuhai e Hong Kong para fazer um resumo da situação. É possível que o grau de risco seja aumentado. O surto da epidemia deve manter-se, especialmente durante a Festa da Primavera e podem surgir casos suspeitos importados”, afirmou Lam Chong, director do Centro de Prevenção e Controlo de Doença. Para já, segundo os SS, mantém-se assim o nível três de alerta de emergência, considerado de risco médio (Grave), em vigor desde o passado dia 5 de Janeiro. A legislação de Macau define cinco níveis de alerta, sendo o nível seguinte de gravidade (nível dois) considerado “Muito Grave” e o nível máximo (nível um) “especialmente grave”. As declarações foram feitas por ocasião de uma conferência de imprensa convocada no mesmo dia em que a Coreia do Sul informou ter detectado o primeiro caso no país e depois de a China ter relatado um terceiro caso mortal e um aumento acentuado no número de infectados com este novo tipo de pneumonia. Até à hora do anúncio existiam assim, excluindo os novos casos reportados pelas Autoridades de Guangdong, 136 novos casos, elevando o número total de infectados com a nova pneumonia viral para mais de 190. Sob controlo Em relação à situação da doença em Macau, os SS confirmaram que não foi detectado qualquer caso, registando-se até à tarde de ontem 13 casos suspeitos que estão a ser monitorizados. Os serviços de saúde garantiram ainda que o hospital e centros de saúde estão preparados para lidar com a pneunomia viral e que existem na região medicamentos suficientes para combater a doença. Quanto a medidas de prevenção para fazer face à disseminação da doença, os SS afirmaram que todos os turistas que chegam de Wuhan estão a ser verificados individualmente através de uma declaração de saúde que têm forçosamente de preencher à entrada de Macau e através do controlo de temperatura, quer o acesso seja feito por via terrestre, marítima ou aérea. Com Lusa
João Luz SociedadeZhuhai | Anunciada construção de centro de hotelaria junto à ponte HKZM A cidade vizinha de Zhuhai vai leiloar mais de 220 mil metros quadrados de terra para construir um centro hoteleiro dedicado ao turismo de negócios junto à Ponte HKZM. O projecto destina-se à construção de unidades hoteleiras, que possam competir com os preços praticados em Macau, e com os centros de convenções [dropcap]O[/dropcap] leilão começa com uma licitação inicial de 5,64 mil milhões de yuans para os 226 mil metros quadrados de terra onde as autoridades de Zhuhai pretendem ver construído um centro de turismo de negócios. A proximidade do terreno com a ponte HKZM é estratégica e demonstra o propósito de aposta no segmento das viagens de negócios dentro da área da Grande Baía. O terreno em questão fica a norte do porto de Zhuhai, que será inaugurado daqui a duas semanas, e será leiloado no próximo dia 18 de Outubro. O preço base do metro quadrado será de 5.828 yuans, segundo noticiado pelo jornal South China Morning Post. A “jogada” segue a intenção do Governo da cidade vizinha em se tornar numa capital do turismo de negócios, objectivo que tem sido colocado em causa pela oferta de hoteleira de Macau. Porém, analistas do sector consideram que face aos preços praticados em Macau, e à ausência de unidades abaixo das cinco estrelas a preço competitivo, Zhuhai pode preencher essa lacuna. Além disso, as autoridades da cidade vizinha apostam as suas fichas no crescimento do sector do turismo de negócios com o desenvolvimento do projecto da Grande Baía. Nomes que chamam Uma das condições impostas pelo Governo do distrito de Xiangzhou é que o licitador que ganhe o leilão apresente documentos que indiciem o compromisso com, pelo menos, uma marca internacional de resorts, como a Intercontinental ou o Ritz-Carlton. Além disso, deve garantir num prazo de três anos a fixação no local de, pelo menos, 20 empresas estrangeiras e construir, pelo menos, dois grandes hotéis. O director de investigação da consultora Tospur, Zhang Hongwei, destaca as dificuldades das condições exigidas às empresas interessadas no projecto, assim como o preço pedido pelo terreno. “Ainda para mais nesta altura, em que o acesso a capital está apertado”, aponta Zhang citado pelo South China Morning Post. O analista considera que o terreno pode ser atractivo para investidores estrangeiros, incluindo de Hong Kong. O director da Vincorn Consulting and Appraisal, Vincent Cheung, avança, também citado pelo jornal de Hong Kong, que New World Development and Sun Hung Kai Properties podem entrar na corrida. “São empresas que têm estado muito activas no Interior da China. Ambas têm as suas próprias marcas hoteleiras”, comenta o analista, acrescentando ser provável licitações por um grupo que reúna várias empresas.
João Luz SociedadeZhuhai | Anunciada construção de centro de hotelaria junto à ponte HKZM A cidade vizinha de Zhuhai vai leiloar mais de 220 mil metros quadrados de terra para construir um centro hoteleiro dedicado ao turismo de negócios junto à Ponte HKZM. O projecto destina-se à construção de unidades hoteleiras, que possam competir com os preços praticados em Macau, e com os centros de convenções [dropcap]O[/dropcap] leilão começa com uma licitação inicial de 5,64 mil milhões de yuans para os 226 mil metros quadrados de terra onde as autoridades de Zhuhai pretendem ver construído um centro de turismo de negócios. A proximidade do terreno com a ponte HKZM é estratégica e demonstra o propósito de aposta no segmento das viagens de negócios dentro da área da Grande Baía. O terreno em questão fica a norte do porto de Zhuhai, que será inaugurado daqui a duas semanas, e será leiloado no próximo dia 18 de Outubro. O preço base do metro quadrado será de 5.828 yuans, segundo noticiado pelo jornal South China Morning Post. A “jogada” segue a intenção do Governo da cidade vizinha em se tornar numa capital do turismo de negócios, objectivo que tem sido colocado em causa pela oferta de hoteleira de Macau. Porém, analistas do sector consideram que face aos preços praticados em Macau, e à ausência de unidades abaixo das cinco estrelas a preço competitivo, Zhuhai pode preencher essa lacuna. Além disso, as autoridades da cidade vizinha apostam as suas fichas no crescimento do sector do turismo de negócios com o desenvolvimento do projecto da Grande Baía. Nomes que chamam Uma das condições impostas pelo Governo do distrito de Xiangzhou é que o licitador que ganhe o leilão apresente documentos que indiciem o compromisso com, pelo menos, uma marca internacional de resorts, como a Intercontinental ou o Ritz-Carlton. Além disso, deve garantir num prazo de três anos a fixação no local de, pelo menos, 20 empresas estrangeiras e construir, pelo menos, dois grandes hotéis. O director de investigação da consultora Tospur, Zhang Hongwei, destaca as dificuldades das condições exigidas às empresas interessadas no projecto, assim como o preço pedido pelo terreno. “Ainda para mais nesta altura, em que o acesso a capital está apertado”, aponta Zhang citado pelo South China Morning Post. O analista considera que o terreno pode ser atractivo para investidores estrangeiros, incluindo de Hong Kong. O director da Vincorn Consulting and Appraisal, Vincent Cheung, avança, também citado pelo jornal de Hong Kong, que New World Development and Sun Hung Kai Properties podem entrar na corrida. “São empresas que têm estado muito activas no Interior da China. Ambas têm as suas próprias marcas hoteleiras”, comenta o analista, acrescentando ser provável licitações por um grupo que reúna várias empresas.
Sofia Margarida Mota SociedadeZhuhai | Seguro médico para residentes de Macau arranca a 1 de Julho Estudantes e idosos de Macau que residam em Hengqin vão ter acesso ao projecto piloto de regime de seguro medico básico do continente. Para tal, só precisam ser portadores do cartão de residência chinês [dropcap]A[/dropcap] data está marcada. No próximo dia 1 de Julho entra em acção o projecto piloto de acesso de residentes de Macau ao seguro básico de saúde em Zhuhai. Para já, a iniciativa vai estar circunscrita à Ilha da Montanha e é aplicável apenas a três grupos de residentes: crianças com idade igual ou inferior a 10 anos, estudantes do ensino primário e secundário e a pessoas com idade igual ou superior a 65 anos. A informação foi dada ontem em conferência de imprensa pela sub-directora dos Serviços de Saúde, Ho Ioc San. Segundo a responsável, para que os residentes de Macau que vivem em Hengqing tenham direito ao apoio têm de ser portadores do documento de autorização e residência chinês. Recorde-se que de acordo com as directivas de Pequim, desde Setembro do ano passado, os residentes chineses de Macau, Hong Kong e Taiwan que vivam no continente há, pelo menos, seis meses, podem ter acesso ao referido documento. A medida foi criada para permitir o usufruto de condições apenas dadas aos nacionais. Um dos direitos conferidos é a adesão à segurança social, ou seja, o direito a igual tratamento nacional através do regime do seguro básico de saúde do Interior da China”, recordou Ho Ioc San. O Governo Central vai contribuir para este projecto com 590 renminbi por ano, enquanto que Macau vai apoiar os adultos – pessoas com mais de 65 anos – com 410 renminbi anualmente, enquanto os estudantes e menores de 10 anos têm o apoio de 180 renminbi. Passos maiores O presente projecto piloto vai ter a duração de seis meses a um ano, após a qual vai ser sujeito a avaliação. A ideia é aproveitar a iniciativa da Ilha da Montanha como exemplo para alargar o âmbito de acção tendo em conta as cidades que envolvem o projecto de cooperação regional da Grande Baía. “O objectivo é facilitar a integração dos residentes na Grande Baía para os estudos, para viver e na sua velhice”, apontou. “Há diferentes regimes entre Macau e Zhuhai e este projecto é para saber como combinar estes dois sistemas”, acrescentou a sub-directora dos SS. A ideia foi reforçada pela directora da Administração de Segurança da Saúde da cidade de Zhuhai, Cheng Zhitao que enquadrou o projecto como uma forma de “dar aos residentes de Macau melhores condições para viver e estudar na Ilha da Montanha, indo de encontro às directivas do presidente chinês Xi Jinping em “apoiar Hong Kong e Macau no plano de desenvolvimento da Grande Baía”. De acordo com os dados fornecidos ontem pelos representantes dos Serviços de Saúde vivem actualmente 281 residentes de Macau em Hengqin portadoras do documento de autorização se residência chinês, mas “há mais pessoas que vão pedir este cartão de autorização”. Segundo Ho Ioc San, o aumento de pedidos está relacionado com a quantidade de residentes locais, cerca de 3000, que neste momento têm negócios e escritório na área vizinha.
Hoje Macau China / ÁsiaZhuhai quer construir ponte marítima para Shenzhen [dropcap]A[/dropcap] Zona Económica Especial de Zhuhai quer construir uma ponte marítima de ligação a Shenzhen para reduzir o tempo de viagem a 30 minutos, noticiou ontem o jornal South China Morning Post. Além de encurtar a viagem entre as duas zonas económicas especiais chinesas, das actuais duas horas para 30 minutos, a ponte teria também uma linha ferroviária de alta velocidade, indicou o diário em língua inglesa de Hong Kong. A ambição de Zhuhai foi divulgada no mês passado pelo líder do município, Yao Yisheng, no final da sessão anual da legislatura da província de Guangdong e antes do início do período de férias do ano novo chinês. Yao indicou que espera começar, em breve, o planeamento da infraestrutura, uma travessia de 46,5 quilómetros sobre o estuário do rio das Pérolas até Qianhai, um centro financeiro em desenvolvimento na costa ocidental de Shenzhen. Idealmente, as viagens entre Zhuhai, a 155 quilómetros de distância de Shenzhen, seriam feitas por comboio de alta velocidade, capaz de atingir pelo menos 200 quilómetros por hora, disseram Yao e o chefe do Partido Comunista de Zhuhai, Guo Yonghang. Yao considerou ainda que ligar Shenzhen, Zhuhai e Zhongshan por comboio de alta velocidade iria dar um novo impulso às zonas económicas costeiras nas margens do estuário do rio das Pérolas. A nova infra-estrutura ficará entre, a norte, uma ponte ainda em construção para ligar Shenzhen e Zhongshan e, a sul, a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (HZMB), inaugurada em Outubro. De acordo com o South China Morning Post, Guo afirmou que a proposta de uma ponte entre Zhuhai e Shenzhen já existia há muito. “Inicialmente, a ideia era construir uma ponte só para veículos. Mas agora, devido aos apelos do Governo central para uma integração mais rápida do delta do rio das Pérolas, é necessária uma ligação ferroviária de alta velocidade”, sublinhou. Alguns peritos na China e em Hong Kong afirmaram recear que a possível nova ligação desvie tráfego da HZMB, cuja utilização, restrita a veículos autorizados, está por enquanto aquém das expectativas dos responsáveis. A HZMB, considerada a maior travessia marítima do mundo com 55 quilómetros de comprimento, que custou centenas de milhões de dólares e demorou quatro anos a ser construída, ainda não atingiu o volume diário de tráfego de 14 mil veículos, projectado pelo Governo da antiga colónia britânica.
Hoje Macau SociedadeBurla | Investidores perdem 400 milhões de yuan em projecto em Zhuhai [dropcap]A[/dropcap]proximadamente 300 investidores, de Hong Kong, Macau e da China, perderam um total de 400 milhões de yuan depois de os planos de desenvolvimento de um centro comercial perto de Zhuhai terem desabado. A notícia foi avançada ontem pelo South China Morning Post (SCMP) que indica que os investidores adquiriram espaços comerciais à empresa Zhaohong Shengshi Industrial que começou a construir um ‘shopping’, de 690 mil pés quadrados, no distrito de Xiangzhou. Contudo, o promotor utilizou outra empresa para dissuadir os investidores a avançarem com o dinheiro, indicou a Federação de Sindicatos de Hong Kong (FTU, na sigla inglesa), que tem estado a ajudar aproximadamente três dezenas de vítimas. A subsidiária alegadamente conseguiu então que assinassem um contrato de arrendamento prometendo um retorno lucrativo, mas muitos reclamam ter recebido muito pouco. A FTU deu conta de que as vítimas de Hong Kong foram enganadas em cerca de 20 milhões de yuan. “Desde a abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, os agentes imobiliários e outras empresas têm tentado activamente convencer os empresários de Hong Kong a investir em propriedades comerciais, prometendo elevado lucro. Mas, infelizmente, muitos acabam por cair numa armadilha”, afirmou Poon Chi-fai, director do braço do centro de serviços da FTU em Zhongshan, em declarações ao SCMP. Segundo o mesmo responsável, os investidores não têm hipótese de reaver o dinheiro porque o projecto não se concretizou e dado que a subsidiária com a qual assinaram o contrato é uma empresa fantasma. Ou seja, trata-se de uma firma sem activos significativos usada como fachada para a obtenção de financiamento ou evasão fiscal.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Campeonato de Carros de Turismo de Macau voltará a Zhuhai [dropcap]A[/dropcap] Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) ainda não anunciou o calendário de corridas para a edição de 2019 do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa), mas o futuro promotor do Campeonato de Hong Kong de Carros de GT antecipou-se e revelou as duas datas para a competição automóvel da RAEM. Numa conferência de imprensa, realizada na pretérita semana, na sede do Hong Kong Automobile Association (HKAA), a Richburg Motors deu conta que as duas provas deste no campeonato de GT – cujos contornos ainda são muito vagos mas que poderá atribuir convites para a Taça GT Macau – serão em concomitância com os dois fins-de-semana do “Festival de Corridas de Macau” no Circuito Internacional de Zhuhai, onde por tradição se disputam as provas do MTCS. Assim sendo, o primeiro fim-de-semana da competição que apura dos pilotos locais de carros de Turismo para o Grande Prémio de Macau está marcado para 25 e 26 de Maio, enquanto que o segundo embate está agendado para 29 e 30 de Junho. Estas mesmas datas estão já reservadas, como é possível consultar no calendário de eventos do Circuito Internacional de Zhuhai disponibilizado online. Vantagens da proximidade Apesar de vários pilotos terem mostrado o seu desagrado pelas repetidas visitas ao circuito permanente da cidade adjacente a Macau, a verdade é que este representa bastantes vantagens para os intervenientes locais. “É aqui ao lado e assim não temos custos de viagens e estadias”, explicou ao HM, o experiente piloto português Rui Valente. Ao mesmo tempo, este representa outras preeminências, como o facto de existirem “vários prestadores de serviços em redor do circuito relacionados com o automobilismo e a facilidade de realizar testes.” Visto que 2019 deverá ser um ano de transição para o MTCS, pois a introdução da nova regulamentação técnica só é expectável em 2020, não são esperadas novidades de vulto na próxima temporada no único campeonato de automobilismo do território, nem a nível técnico, nem a nível desportivo.
João Santos Filipe SociedadeFebre suína africana chega a Zhuhai, principal abastecedor de Macau Doença animal já afecta 23 províncias do Interior da China, entre as quais a vizinha, ou seja o principal mercado abastecedor da RAEM. Associação local mostra-se preocupada com o impacto no abastecimento. IACM garante que está a seguir o caso [dropcap]O[/dropcap] surto da febre suína africana chegou ontem ao distrito de Xiangzhou, na cidade de Zhuhai, e causou a morte de 11 porcos. Esta região é uma das principais fornecedoras deste tipo de carne a Macau. A informação foi avançada, ontem, pelo Ministério da Agricultura e para os Assuntos Rurais do Governo Central. Segundo o ministério do Interior da China, o alerta para a situação foi dado às 15h00, quando o Centro Nacional de Pesquisa Sobre Doenças Animais confirmou os resultados das autópsias. Além das 11 mortes registadas, foram abatidos outros 50 suínos que se encontravam no mesmo matadouro. A criação de uma zona de quarentena e a desinfestação dos espaços ocupados pelos animais foram outras das medidas de controlo do contágio adoptadas. Apesar da febre suína africana não ser transmitida para os seres-humanos, é provável que o território vá sentir os efeitos ao nível do abastecimento e dos preços da carne. De acordo com o presidente da Associação dos Comerciantes de Carne Verde Iong Hap Tong de Macau, Che Su Peng, cerca de 95 por cento dos porcos em Zhuhai têm origem na empresa que forneceu os animais contagiados pela febre. Por este motivo, Che teme que a rede de fornecimento acabe mesmo por ser afectada. Segundo as palavras do presidente só ontem foram importados cerca de 140 porcos vivos, que foram colocados de quarentena. Durante o dia de hoje devem ser abatidos, dentro dos procedimentos normais. Governo segue situação Depois de ter sido conhecido o caso, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) emitiu um comunicado a garantir que está a acompanhar os acontecimentos e em contacto com as autoridades do Interior da China. “Após ter sido revelado o incidente [do contágio], entrou-se em contacto com as autoridades do Interior da China e com os fornecedores de porcos vivos. Apesar de haver uma redução no número de animais disponíveis para o fornecimento, o abastecimento de Macau não foi afectado e as pecuárias que fornecem o território não registaram casos de contágio da doença”, pode ler-se, na versão em chinês, do comunicado do IACM. Ainda de acordo com o Governo, “as inspecções e os trabalhos de quarentena em Macau vão ser reforçados, incluindo os cuidados de desinfestação nos matadouros”. O IACM explica ainda que a doença “só afecta javalis e porcos domésticos”, não constituindo qualquer tipo de ameaça para a saúde humana. Segundo a mesma fonte, a febre suína africana não tem “impacto directo na saúde nem na segurança alimentar”. O Governo explica ainda que o vírus é facilmente destruído, uma vez que não resiste a elevadas temperaturas. Em relação à compra de carne de porco, o IACM aconselha as pessoas a não trazerem qualquer tipo de produtos do Interior da China nem a adquirirem produtos de vendedores ambulantes, que não identifiquem a origem dos animais. Em relação aos cuidados durante a confecção de carne de porco, é pedido às pessoas que cozinhem bem a carne e que lavem bem as mãos, após terem estado em contacto com carne de porco crua.
Hoje Macau China / ÁsiaZhuhai | Ex-presidente da Câmara expulso do partido [dropcap]O[/dropcap] Governo Central aprovou a decisão de expulsar do partido Li Zezhong, que foi presidente da câmara de Zhuhai, de forma interina, até Setembro de 2017, altura em que começou a ser investigado. De acordo com um comunicado do órgão máximo contra a corrupção da China, Li Zezhong, de 48 anos, violou a disciplina do partido, cobrou despesas públicas indevidas, recebeu presentes de empresários e abusou do poder. Além de ser expulso do Governo e do partido, Li tem de devolver os dinheiros recebidos de forma ilegal.
Hoje Macau China / ÁsiaChina revela novo ‘drone’ de combate furtivo [dropcap]U[/dropcap]ma empresa estatal chinesa revelou hoje um novo modelo de ‘drone’ (veículo aéreo não tripulado) de combate furtivo, na Feira Aeronáutica e Aeroespacial de Zhuhai, ilustrando a crescente capacidade de combate aéreo da China. O ‘drone’ CH-7 ilustra também a crescente competitividade da China no mercado global para aquele tipo de engenho. O país tem realizado vendas no Médio Oriente e em outras regiões, impulsionadas por preços baixos e ausência de condições políticas. Shi Wen, responsável pela criação deste aparelho, garante que este pode “voar durante longas horas, observar e atingir o alvo quando necessário”. “Muito em breve, acredito que nos próximos dois anos, vamos ver o CH-7 a voar”, afirmou Shi, citado pela agência The Associated Press. Shi afirmou que o fabricante Chinese Aerospace Science and Technology Corporation planeia testar voos com o ‘drone’, no próximo ano, e arrancar com a produção em massa em 2022. Um modelo do CH-7 está esta semana exposto na Feira Aeronáutica e Aeroespacial de Zhuhai, um avento que se realiza a cada dois anos, e mostra os últimos avanços da China nos sectores militares e aviação civil. Com uma largura de asas de 22 metros e um comprimento de 10 metros, o aparelho tem a dimensão de um avião de combate e o seu monomotor pode atingir a velocidade de um avião comercial. Os Estados Unidos, Rússia e França estão também a desenvolver ‘drones’ de combate furtivo, um sector que é há muito liderado por Israel.