Macau Legend | Governo cabo-verdiano reverte bens da empresa

O governo liderado por Ulisses Correia e Silva resolveu o contrato com a empresa de Macau, que acusou de violar “de forma flagrante e reiterada” o compromisso de investir num hotel com casino

 

O Governo cabo-verdiano declarou que a Macau Legend Development (MLD) violou “de forma flagrante e reiterada” as obrigações num investimento turístico e de jogo, na Praia, ao justificar a sua resolução e reversão, publicadas na segunda-feira.

“Tendo em conta que a MLD violou, de forma flagrante e reiterada, as obrigações (…) não resta ao Estado de Cabo Verde outra saída que não seja a de proceder à resolução” dos contratos, lê-se numa decisão do Conselho de Ministros, sobre o investimento de 250 milhões de euros, anunciado há 10 anos, mas nunca concluído.

“O Estado de Cabo Verde deu às sociedades MLD [em Cabo Verde], todas as oportunidades para a retoma das obras ou para negociar a venda das acções ou a cedência da sua posição contratual a um potencial interessado na continuação do projecto”, mas não foram apresentadas alternativas, acrescentou.

Segundo o executivo, “as violações contratuais perpetradas pela MLD sucederam-se a vários níveis”, conferindo ao Estado de Cabo Verde, “parte lesada”, o direito “à resolução da Convenção de Estabelecimento, bem como dos contratos dela derivado”, detalha o texto subscrito pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.

A resolução do Conselho de Ministros foi publicada em Boletim Oficial, a par da portaria do Ministério das Finanças e Fomento Empresarial que determina a reversão dos bens cedidos e construídos.

Transferência sem autorização

Segundo o executivo, a MLD “violou também” o regime jurídico da exploração de jogos, “ao transferir, sem autorização do Governo de Cabo Verde, a propriedade de mais de 20 por cento do capital social”.

O Governo cita ainda “condenações, pelos tribunais da Região Administrativa Especial de Macau, de accionistas, administradores e outros elementos com direitos e responsabilidades na MLD”, bem como “a situação económica e financeira da sociedade mãe”.

A 28 de Agosto deste ano, Cabo Verde comunicou a intenção de resolver todos os contratos à sociedade macaense, que, a 16 de Setembro, se justificou (em audiência prévia) com a pandemia de covid-19 para negar “incumprimento culposo das obrigações”.

“Todavia, este fundamento não pode proceder porque a covid-19 acabou em 2021 e, até hoje, as obras encontram-se paradas e sem data prevista de retoma”, acrescentou a resolução do Conselho de Ministros cabo-verdiano.

Em 2015, o empresário macaense David Chow assinava com o Governo cabo-verdiano um acordo para a construção do empreendimento e a primeira pedra foi lançada em Fevereiro de 2016.

Nos últimos anos, há apenas guardas nos portões do recinto, uma área de cerca de 160 mil metros quadrados, que inclui o ilhéu de Santa Maria, parcialmente esventrado e, uma ponte asfaltada de poucos metros que o liga a um prédio de cerca de oito andares, vazio e vedado com taipais.

Há cerca de um ano, numa entrevista à televisão de Hong Kong TVB, o presidente e director executivo da MLD, Li Chu Kwan, disse que o grupo pretendia fechar os projectos em Cabo Verde e Camboja até 2025.

Na altura, o primeiro-ministro cabo-verdiano disse que era necessário reverter a concessão, antes de decidir “o destino a dar a esse investimento, que não pode ficar assim, como está”, concluiu.

20 Nov 2024

Macau Legend retorna a “terreno positivo” com receitas de 2023

A Macau Legend Development anunciou lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) de 185,9 milhões de dólares de Hong Kong (HKD) em 2023. O resultado apresentado à bolsa de valores de Hong Kong representa uma melhoria de cerca de 404,7 milhões de HKD face ao registo de 2022, quando o grupo registou perdas EBITDA de 218,8 milhões de HKD.

A Macau Legend opera actualmente o Macau Fisherman’s Wharf, o casino Legend Palace sob a licença da SJM. A empresa cessou as operações no Babylon 21 Casino e Landmark Casino em 2022, e vendeu o seu resort de casino Savan Legend no Laos no ano seguinte.
De acordo com a declaração enviada à bolsa de valores de Hong Kong, o grupo obteve receitas no valor de 901,6 milhões de HKD, o que representa um aumento de 26,7 por cento em relação aos 711,6 milhões de HKD registados em 2022.

As receitas geradas pelas operações de jogo diminuíram ligeiramente em cerca de 5 por cento em 2023, em comparação com o ano anterior. A cessação dos serviços no Babylon 21 Casino e no Landmark Casino resultou numa queda de 356,2 milhões de HKD nas receitas totais do jogo. Entretanto, a melhoria das mesas do mercado de massas no Legend Palace Casino e a operação global de jogo no Savan Legend Casino resultaram numa recuperação de 331,3 milhões de HKD nas receitas totais do casino.

Vida além do jogo

No que respeita ao segmento não-jogo, a Macau Legend registou um aumento anual de 112 por cento de receitas totais, atingindo 408,5 milhões de HKD.
A empresa atribuiu o crescimento principalmente ao aumento das receitas geradas pelos quartos de hotel, impulsionado pela crescente afluência de turistas depois do fim das restrições de viagem relacionadas com a covid-19.

Em relação ao futuro, a Macau Legend disse que iria intensificar os esforços para rentabilizar os espaços de gere na costa da península de Macau e oferecer “experiências exclusivas em restaurantes e eventos desportivos”.

O grupo garante também que vai apostar em desenvolver o conceito de “local de casamento de sonho” e potenciar as suas propriedades para acolher eventos de grande escala, como o desfile anual de carros alegóricos do Ano Novo Lunar, o festival gastronómico e concertos.

2 Abr 2024

Cabo Verde | Pedida solução para hotel-casino inacabado da Macau Legend

Depois do grupo Macau Legend Development ter anunciado que iria abandonar o projecto do mega resort em Cabo Verde, moradores e associações locais dividem-se sobre o destino a dar ao hotel-casino inacabado que assombra a cidade da Praia

 

Jorge Soares é estivador no porto da Praia e todos os dias controlava pela janela de casa a chegada dos barcos para descarregar, até que lhe taparam a vista com o maior edifício da marginal, projecto para casino-hotel agora abandonado.

“Daqui, já não vejo nada”, queixa-se, na encosta do bairro Brasil, ao apontar pela janela de casa para o edifício em frente, de altura equivalente a oito andares e que, por esta altura, já devia ser um hotel e casino – projecto que afinal não vai avançar, anunciou este mês a empresa promotora Macau Legend Development.

“É um muro como outros que se ergueram”, entre a capital e o mar, refere Job Amado, bastonário da Ordem dos Arquitectos de Cabo Verde: “Este é o maior muro de todos”, está inacabado e “sob o ponto de vista arquitectónico é uma autêntica aberração”, com largas janelas de vidro nas fachadas expostas ao sol, exemplifica.

Agora, Job Amado defende a demolição do edifício gigante (comparando com os imóveis à volta), depois de concluída a reversão para o Estado, já anunciada pelo primeiro-ministro. Questionado sobre os custos que a demolição pode implicar, sustenta que o pior custo é o de deixar de pé um erro grave para o futuro urbanístico da zona costeira da capital.

Um bom exemplo do que podia ter sido feito está no pré-projecto do Casino Park Hotel da Madeira, da autoria do Óscar Niemeyer: Job Amado mostra na Internet um esboço em que o célebre arquitecto brasileiro escolhe o alinhamento perpendicular à costa.

Na Praia, todos os sinais já apontavam para o abandono do projeto do Djeu (ilhéu, em crioulo), como é conhecido na capital cabo-verdiana. Há cerca de dois anos que há apenas guardas nos portões daquele recinto que esteve para ser um grande complexo turístico, numa área de cerca de 160 mil metros quadrados, que inclui o ilhéu de Santa Maria, parcialmente esventrado e uma ponte asfaltada de poucos metros que o liga à cidade.

Ao lado do edifício, uma grua permanece erguida no meio do terreno com terraplanagens inacabadas, vedado por taipais que se erguem sobre o passeio pedonal da marginal de onde antes se vislumbrava a praia da Gamboa.

Mau caminho

Januário Nascimento chama-lhe um “grande monstro” contra o qual a Associação para Defesa do Ambiente e Desenvolvimento (ADAD), que dirige, sempre se insurgiu, tal como parceiros internacionais que, informalmente, lhe referiram que, “neste projecto, Cabo Verde andou mal”.

Os erros apontados iam desde a excessiva altura para um edifício naquela zona, até à sua orientação, paralela ao mar (como um muro) e ao desrespeito pela flora marítima, descreve.

Agora, recomenda que não haja “decisões precipitadas” e defende a criação de uma comissão que estude o assunto a fundo antes de haver decisões – seja demolição ou outra –, um grupo que analise também o impacto social da eventual criação de uma zona de jogo, com casino.

Essa comissão deve ser realmente abrangente, com técnicos, académicos e sociedade civil, além das autoridades governamentais e locais, frisa.
À porta do edifício, qualquer tentativa de entrar no recinto ou obter informações esbarra nos guardas, que remetem para responsáveis pelo projecto. A Lusa tentou contactar esses responsáveis para obter detalhes além dos que a Macau Legend Development já anunciou, mas sem sucesso.

Vistas curtas

No bairro Brasil, à frente do qual o edifício cresceu, as opiniões dividem-se: Jorge acha que demolir “seria uma tristeza” e defende um aproveitamento, por exemplo, para dar habitação a quem vive em dificuldades. “A praia de Gamboa e o ilhéu são nossos”, diz Helena Tavares, outra moradora no bairro Brasil, que gostava de voltar a ter acesso à área, seja qual for o destino final do empreendimento.

“Deitar abaixo é um desperdício”, diz o vizinho Henrique Centeio, certo de que “não devia ser tão alto, para não cortar a vista para o ilhéu, e assim talvez chegasse ao fim”.

No cimo de uma das rampas para a Achada de Santo António, uma das colinas da Praia, está um restaurante onde as refeições são servidas numa larga varanda à frente da qual se ergueu o edifício do Djeu. É como ter “um elefante” na sala, refere Magda Marta, gerente do restaurante O Poeta, que lamenta ter perdido a vista para navios iluminados no porto. “Não sei qual vai ser o destino para o elefante, mas espero que vá à selva”, desabafa, esperando que, no mínimo, que lhe seja dada uma utilidade, rapidamente. “Eu acho que qualquer coisa” vai ser uma melhoria, porque, agora, “fica apagado, não tem brilho. É tipo um caroço no sapato”.

Em 2015, o empresário de Macau David Chow assinou com o Governo cabo-verdiano um acordo para a construção do empreendimento e a primeira pedra foi lançada em fevereiro de 2016. O projecto envolvia o maior empreendimento turístico de Cabo Verde, na altura, com um investimento global previsto de 250 milhões de euros – cerca de 15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) cabo-verdiano.
Numa entrevista à televisão de Hong Kong TVB, transmitida 4 de Outubro, o presidente e director executivo da Macau Legend Development, Li Chu Kwan, anunciou que o grupo pretende encerrar os projectos em Cabo Verde e Camboja até 2025.

No dia seguinte, questionado pela Lusa, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, anunciou que o Governo vai reverter a concessão. “Primeiro temos de reverter a concessão. Havia, já há algum tempo, indicação de problemas do lado do investidor” e agora avançará todo o “suporte jurídico” para fazer reverter a concessão “e depois ver que destino dar a esse investimento, que não pode ficar assim como está”, concluiu.

16 Out 2023

Macau Legend | Activistas propõem investigação científica em resort

Um grupo de activistas cabo-verdianos, que em 2015 ocupou um ilhéu na Praia contra a construção de um complexo turístico, propõe um pólo de investigação ligado ao mar, após abandono do projecto por parte dos investidores de Macau.

“O ilhéu devia ser uma extensão das universidades para estudar o nosso mar, que é muito vasto”, sugeriu Adérito Tavares, um dos membros do movimento social “Korrenti di Ativista”, que em Agosto de 2015 acamparam no ilhéu de Santa Maria, defronte da cidade da Praia, em protesto contra a construção do empreendimento turístico que estava previsto para o local.

Na semana passada, o grupo Macau Legend Development anunciou que decidiu abandonar o projecto ligado ao jogo, para apostar em iniciativas ligadas ao entretenimento e turismo de iates. Na altura, os activistas defendiam que o empreendimento de David Chow iria servir sobretudo para trazer para o país “lavagem de capitais, prostituição e turismo sexual”.

9 Out 2023

Jogo | Macau Legend abandona projecto para hotel-casino em Cabo Verde

Com as obras do hotel Djeu-Praia por terminar, o presidente e director executivo da Macau Legend Development, Li Chu Kwan, confessou que até 2025 a empresa vai abandonar o projecto em Cabo Verde e as operações no Camboja

 

O presidente e director executivo da Macau Legend Development anunciou que a operadora de jogo decidiu abandonar o projecto para um hotel-casino no ilhéu de Santa Maria, na capital de Cabo Verde, Praia. Numa entrevista à televisão de Hong Kong TVB, transmitida na noite de quarta-feira, Li Chu Kwan disse que a Macau Legend pretende encerrar as operações tanto em Cabo Verde como no Camboja até 2025.

O executivo justificou o abandono do hotel-casino em Cabo Verde com a vontade da empresa, fundada pelo empresário David Chow, de reduzir o investimento no jogo e apostar em projectos ligados ao entretenimento e turismo de iates. No passado mês de Junho, a Macau Legend anunciou planos para vender o empreendimento integrado de jogo Savan Legend, em Savannakhet, no Laos, junto à fronteira com a Tailândia, por 45 milhões de dólares.

Em 2015, David Chow assinou com o Governo cabo-verdiano um acordo para a construção do empreendimento no ilhéu de Santa Maria, tendo sido lançada a primeira pedra do projecto em Fevereiro de 2016. O projecto envolvia o maior empreendimento turístico de Cabo Verde, com um investimento global previsto de 250 milhões de euros – cerca de 15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) cabo-verdiano.

O plano envolvia a construção de uma estância turística com uma área de 152.700 metros quadrados, um hotel com ‘boutique casino’, de 250 quartos, que já foi construído, mas está fechado, uma piscina, várias instalações para restaurantes e bares, além de uma marina. Mas o projecto sofreu sucessivos adiamentos. A Macau Legend anunciou em Março de 2020 que previa inaugurar no final de 2021 o hotel-casino na cidade da Praia, depois de em 2019 ter previsto a conclusão da obra para final do ano seguinte.

Obras paradas

Em Dezembro, o presidente da Cabo Verde TradeInvest, José Almada Dias, disse à Lusa que a Macau Legend tinha prometido apresentar em breve um plano para retomar as obras, paradas há vários anos.

A empresa recebeu uma licença de 25 anos do Governo de Cabo Verde, 15 dos quais em regime de exclusividade na ilha de Santiago. Esta concessão de jogo custou à CV Entertaiment Co., subsidiária da Macau Legend, o equivalente a cerca de 1,2 milhões de euros. A Macau Legend recebeu também uma licença especial para explorar, em exclusividade, jogo ‘online’ em todo o país e o mercado de apostas desportivas durante dez anos.

A relação entre David Chow e o Governo de Cabo Verde vinha a degradar-se desde o final do ano passado, quando foi tornado público que o Executivo do país africano aguardava há meses esclarecimentos sobre o andamento dos trabalhos do casino que estavam parados.

Também em Janeiro deste ano, David Chow abandonou a posição de Cônsul Honorário de Cabo Verde em Macau e, de acordo com a informação veiculada pelo jornal A Nação, teria igualmente encerrado o espaço onde funcionava o consulado. Actualmente, Cabo Verde tem apenas um casino em funcionamento, o Casino Royal, em Santa Maria, no Sal, que abriu portas em Dezembro de 2016, após um investimento de quase cinco milhões de euros.

Adeus concessão

O Governo de Cabo Verde vai reverter a concessão do projecto para um hotel-casino na cidade da Praia, após abandono do grupo Macau Legend Development, e depois procurar outro destino para o investimento, anunciou ontem o primeiro-ministro.

“Primeiro temos que reverter a concessão. Esta é uma concessão de exploração e de investimentos. Havia já algum tempo indicação de que haveria problemas do lado do investidor, a sua capacidade de concluir o projecto”, afirmou Ulisses Correia e Silva, na cidade da Praia.

“Agora vamos fazer as partes que têm a ver com todo o suporte jurídico para fazer a concessão e depois ver que destino dar a esse investimento, que não pode ficar assim como está”, completou. Segundo o primeiro-ministro, o grupo, fundado pelo empresário David Chow, alegou problemas financeiros e de organização accionista para desistir do projecto. O Governo vai agora retomar a ocupação feita em regime de concessão e criar condições para que surjam novos projectos no local.

6 Out 2023

Macau Legend | Primeiro semestre com menos prejuízo

A Macau Legend Development registou um prejuízo de 182,5 milhões de dólares de Hong Kong (HKD) na primeira metade deste ano, resultado que apesar de negativo representa uma melhoria significativa face às perdas de 485,5 milhões de HKD registadas nos primeiros seis meses de 2022.

Num comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, o grupo empresarial informa que no primeiro semestre deste ano obteve uma receita de 420,2 milhões de HKD, que representou um decréscimo de 22,7 por cento em relação ao período homólogo anterior, quando a receita atingiu 543,8 milhões de HKD.

Tendo em conta os resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês), o grupo registou uma margem de lucros de 103,8 milhões de HKD, voltando à tona depois de sucessivos resultados negativos.

As receitas totais do jogo do grupo diminuíram 49,2 por cento em relação ao ano anterior, para 228,2 milhões de HKD. A descida deveu-se principalmente à cessação dos serviços no Landmark Casino e à interrupção das operações das mesas VIP no Babylon Casino em Janeiro deste ano.

Porém, as receitas de jogo do mercado de massas do Legend Palace Casino e do Savan Legend Casino no Laos, registaram um notável aumento anual de 62,1 por cento para 163,0 milhões de HKD.

A Macau Legend Development é proprietária do complexo Macau Fisherman’s Wharf e explorou casinos satélite no Babylon, Landmark e Legend Palace. Embora continue a explorar o casino Legend Palace sob a concessão da SJM Resorts, o grupo diminuiu o escopo da exploração de mesas de jogo com a interrupção da actividade de dois outros casinos-satélite.

31 Ago 2023

Macau Legend | So Ka Man é o novo representante da empresa

A Macau Legend tem um novo secretário e representante, desde ontem. De acordo com um documento apresentado pela empresa à Bolsa de Valores de Hong Kong, So Ka Man passa a ser o representante da Macau Legend.

O responsável conta no currículo com duas décadas de experiência executiva, e é “actualmente director de serviços corporativos da Tricor Services, empresa especializada em planeamentos integrados de negócios e serviços de investimento”, é indicado no documento.

So Ka Man ocupa o lugar deixado em aberto pela saída de Tsang Ka Hung, anterior secretário e representante da empresa, que levou a Macau Legend a anunciar no início de Outubro não estar em condições de respeitar os regulamentos da Bolsa de Valores de Hong Kong. No passado mês de Setembro, foi revelado que a empresa responsável pelo hotel Legend Palace e pela Doca dos Pescadores estaria em situação de incumprimento perante créditos nos bancos Luso e CMB Wing Lung.

2 Dez 2022

Macau Legend | Relatório revela falhas no pagamento de empréstimo

A empresa fundada por David Chow falhou o pagamento de dois empréstimos aos bancos Luso e CMB Wing Lung. A 30 de Junho, o grupo tinha empréstimos de 2.373 milhões de dólares. Precisa de pagar 237 milhões nos próximos 12 meses

 

A Macau Legend Development, empresa responsável pelo hotel Legend Palace e pela Doca dos Pescadores, está em situação de incumprimento face aos bancos Luso e CMB Wing Lung. A revelação foi feita pela empresa, com a apresentação dos resultados para os primeiros seis meses do ano.

Segundos os dados avançados, a Macau Legend tinha à data de 30 de Junho de 2022 um total de 2.373 milhões de dólares de Hong Kong em empréstimos bancários. Deste valor, 237 milhões têm de ser pagos nos próximos 12 meses, apesar do grupo apenas ter disponíveis 66 milhões de dólares de Hong Kong.

Contudo, o problema é mais profundo, e o auditor considera que a empresa se encontra em situação de incumprimento. “Ao dia 30 de Junho de 2022, o grupo quebrou algumas cláusulas de um certo contrato de empréstimo, e ao dia da aprovação do relatório e contas encontrava-se a tentar negociar uma reestruturação com o banco credor”, é indicado. “O não cumprimento do contrato constitui uma situação de incumprimento, e os bancos podem exercer os seus direitos e notificar o grupo para que devolva imediatamente todos os empréstimos bancários, incluindo o pagamento de juros”, foi acrescentado.
Os bancos com os quais a empresa está em incumprimento surgem identificados como o Banco Luso e a representação de Macau do banco CMB Wing Lung.

Nos primeiros seis meses do ano, com juros em empréstimos bancários e outros custos de financiamento a Macau Legend gastou 49,1 milhões de dólares de Hong Kong, um aumento de 19,5 milhões, em comparação com o ano transacto, quando tinha pago 29,5 milhões.

Em negociações

Num cenário em que a empresa admite existirem “dúvidas” sobre a continuidade das operações é indicado que decorrem negociações com os bancos para acertar novas formas de pagamento das dívidas.

Segundo estas explicações, além de recorrer a reestruturações dos empréstimos com os bancos, o financiamento está a ser feito através da injecção de capital, na forma de empréstimos, pelos principais accionistas, que este ano já foram responsáveis por injecções de capital no valor de 200 milhões de dólares.

A empresa tem ainda planos para vender títulos de dívidas que tem em sua posse e que acredita poderem gerar 200 milhões de dólares, além de terem tomado medidas para “mitigar os custos de operação em áreas não essenciais”.

Ainda assim, é reconhecido que para que o grupo se mantenha vivo é necessário que os bancos aceitem negociar as dívidas, continuem a disponibilizar os créditos actuais, e que aqueles face aos quais existem situações de incumprimento se mostrem disponíveis para reestruturar as dívidas vencidas.

Perdas menores

Em relação aos primeiros seis do ano, a empresa declarou perdas de 485,5 milhões de dólares de Hong Kong. Estes números são uma melhoria face ao período homólogo, quando as perdas tinham sido de 688,6 milhões de dólares de Hong Kong.

Os resultados não têm a aprovação do auditor, que afirma face à falta de elementos não ter base para emitir uma opinião sobre os números apresentados.

Com a apresentação dos resultados, as acções da Macau Legend Development voltaram a ser negociadas na Bolsa de Hong Kong, depois de as transacções terem sido suspensa no dia 1 de Setembro. Na sessão de ontem, as acções da empresa desvalorizaram 2,46 por cento para 0,24 dólares de Hong Kong.

14 Set 2022

Macau Legend | Consultor não achou irregularidades em negócios com Levo Chan

Um consultor independente investigou os negócios feitos entre a Macau Legend e Levo Chan e as suas empresas sem ter detectado quaisquer irregularidades. O maior accionista da Macau Legend e CEO da Tak Chun foi detido no final de Janeiro suspeito dos crimes de actividades de jogo ilegal, associação criminosa e lavagem de dinheiro

 

“Não foi identificada qualquer irregularidade.” Esta foi a conclusão de um consultor independente que analisou as operações e transacções entre Levo Chan (e as suas empresas) e o grupo Macau Legend Development Ltd. O consultor em questão foi uma empresa de contabilidade escolhida pelo grupo actualmente liderado por Melinda Chan. A informação foi anunciada numa nota enviada à bolsa de valores de Hong Kong pela Macau Legend.

Recorde-se que Levo Chan, fundador da promotora de jogo Tak Chun, foi detido pela Polícia Judiciária no passado dia 28 de Janeiro, por suspeitas dos crimes de actividades de jogo ilegal, associação criminosa e lavagem de dinheiro, dois meses depois da detenção de Alvin Chau, presidente do Grupo Suncity.

Levo Chan é o maior accionista da Macau Legend e presidiu ao grupo proprietário do Macau Fisherman’s Wharf que operou os casinos-satélite Babylon e Legend Palace sob a concessão de jogo da SJM. Após ter sido detido, Chan abdicou das posições que ocupava na empresa.

Na nota assinada por David Chow, a Macau Legend afirma que a revisão às operações da segunda maior junket que operou em casinos do território incidiram sobre o período entre 1 de Setembro do ano passado e 31 de Janeiro de 2022.

“Apesar de existirem transacções comerciais recorrentes e não-recorrentes entre a Macau Legend e o Sr. Chan Weng Lin (Levo Chan)”, o conselho de administração da Macau Legend concluiu que o “incidente” não teve impacto significativo, nem efeito, nos negócios e operações do grupo. Sem especificar de que “incidente” se trata, subentende-se estar em causa a detenção de Levo Chan e a investigação às suas empresas promotoras de jogo.

Pratos limpos

A nota enviada na sexta-feira à bolsa de valores de Hong Kong, a dar conta do resultado da vistoria do consultor independente, culmina um processo de averiguação promovido por um comité especial da Macau Legend, que tenta colocar-se a “salvo” da investigação criminal que incide sobre a Tak Chun.

O processo começou em Março, quando a empresa proprietária da Macau Fisherman’s Wharf estabeleceu um comité especial para identificar e avaliar o impacto dos negócios das empresas de Levo Chan no grupo. Na altura, a empresa descreveu o consultor independente como “uma empresa de contabilidade com reputação internacional”.

A compra e venda de acções da empresa liderada na actualidade por Melinda Chan, ex-deputada e esposa do fundador da Macau Legend, David Chow, foi suspensa no passado dia 1 de Abril por não ter os seus resultados anuais.

24 Mai 2022

Caso Levo Chan | Maria Tam apresenta demissão da empresa Macau Legend

A influente política de Hong Kong tinha um registo perfeito de participações nas actividades do grupo, mas apresentou a demissão por “motivos pessoais”. Maria Tam estava envolvida com a Macau Legend desde 2013

 

Maria Tam, política de Hong Kong e advogada, apresentou a demissão do cargo de directora não-executiva na empresa Macau Legend, que gere os casinos-satélite Legend Palace e Babylon. A informação foi revelada pela empresa através de um comunicado à Bolsa de Hong Kong, emitido na sexta-feira à noite, após o a hora de fecho dos mercados.

Segundo a justificação, a política demitiu-se do cargo que ocupava desde 2013 devido a “motivos pessoais”. Contudo, a saída surge dias depois do maior accionista do grupo, Levo Chan, ter sido detido em Macau, por suspeitas de liderar uma associação criminosa, jogo ilegal e branqueamento de capitais.

“A senhora Tam confirma que não tem qualquer discordância com a direcção da empresa e que não há qualquer assunto relacionado com a sua saída que deva ser mencionado aos accionistas”, poder ler-se na mensagem de sexta-feira.

Além de ser directora não-executiva, Maria Tam, formada em Direito, exercia os cargos de presidente da comissão de nomeações da Macau Legend, e era ainda membro das comissões de remunerações e de auditoria.

Em 2020, Tam teve ainda um registo de assiduidade perfeito e, segundo o relatório e contas do grupo para esse ano, participou em todas as reuniões dos órgãos em que estava envolvida. Foi no âmbito dessas funções que foi paga pela empresa em 525 mil dólares de Hong Kong, o que mesmo assim significou uma redução face a 2019 quando tinha levado para casa 554 mil dólares de Hong Kong.

Supervisora do ICAC

Apesar de só agora anunciada, a saída “por motivos pessoais” acabar por não ser surpreendente. As alegadas actividades criminosas de Levo Chan, que está em prisão preventiva, deixam Tam numa posição complexa, mesmo que não tenha sido revelada qualquer ligação entre as actividades criminosas e a empresa Macau Legend.

Além de ser directora não-executiva da Macau Legend, o que implica que tinha a “obrigação” de inspeccionar a conduta dos accionistas do grupo, Tam é igualmente presidente da Comissão de Inspecção das Operações da Comissão Contra a Corrupção de Hong Kong (ICAC, em inglês), desde 2015. Contudo, era Tam que presidia à Comissão de Nomeações da Macau Legend, em 2020, quando Levo Chan foi nomeado presidente.

Ainda como consequência da saída da também membro da Comissão da Lei Básica do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, Charles Wang Hongxin assume a presidência da Comissão de Nomeações da Macau Legend.

Levo Chan Weng Lin, dono da promotora Tak Chun, a segunda maior de Macau, foi detido no final do mês passado e está indiciado pela prática dos crimes de actividades de jogo ilegal, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Na apresentação do caso a Polícia Judiciária nunca mencionou o nome da empresa Macau Legend, tendo antes ligado as alegadas actividades ilegais a Alvin Chau, dono da promotora do jogo Suncity, que foi detido em Novembro do ano passado.

7 Fev 2022

Crime | Levo Chan detido por suspeitas de jogo ilegal e associação criminosa

O proprietário da Tak Shun e da Macau Legend foi detido pela Polícia Judiciária na sexta-feira, na sequência das investigações ligadas a Alvin Chau, dono da Suncity. Em menos de dois meses, as autoridades prenderam os donos das duas principais empresas junkets de Macau

 

Levo Chan Weng Lin, dono da promotora de jogo Tak Chun, a segunda maior de Macau, foi detido na sexta-feira e está indiciado pela prática dos crimes de actividades de jogo ilegal, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A operação foi apresentada ontem numa conferência da Polícia Judiciária (PJ), em que as autoridades apenas referiram que o detido tem o “apelido de Chan” e 49 anos de idade.

Além do responsável pela empresa Tak Chun e também presidente da Macau Legend, foi também detido um outro executivo de apelido Choi, de 34 anos, que segundo a imprensa de Hong Kong será director financeiro da empresa junket.

Na conferência de imprensa, Chong Kam Leong, porta-voz da PJ, afirmou que as detenções dos dois suspeitos estão relacionadas com a detenção de Alvin Chau, proprietário do grupo Suncity, preso desde finais de Novembro.

De acordo com a informação apresentada, a associação criminosa era “controlada e gerida pelo suspeito de apelido Chan” que desenvolvia apostas ilegais, assim como jogo online ilegal nos casinos de Macau. Por sua vez, o detido Choi assistia Chan na gestão das operações.

As detenções resultaram das investigações em curso ao caso que envolve Alvin Chau, mas só agora foram realizadas, por ser este o tempo “mais oportuno”. No momento da detenção, os dois residentes de Macau encontravam-se num hotel, na zona do NAPE.

As buscas envolveram ainda os escritórios e as residências dos detidos, o que levou à apreensão de material informático e 4,1 milhões de dólares de Hong Kong em dinheiro vivo.

Bico calado

Interrogados pelas autoridades, os detidos optaram por ficar em silêncio, o que levou a PJ a considerar haver uma recusa de participação nas investigações. Contudo, acredita-se que as alegadas associações criminosas lideradas por Alvin Chau e Levo Chan estariam a actuar em conjunto no caso ontem apresentado.

“Apesar de as duas operações policiais terem tido como alvos duas associações criminosas diferentes, há provas suficientes, de acordo com a nossa investigação, que mostram que estavam a actuar em conjunto”, afirmou Chong Kam Leong.

A Polícia Judiciária reconheceu também que, apesar das detenções terem ocorrido na sexta-feira, a investigação teve início em 2019.

A detenção surge dias depois da Direcção de Inspecção e Coordenação do Jogo ter renovado a licença de promoção de jogo da Tak Chun.

Levo Chan Weng Lin é presidente e CEO da Macau Legend, responsável pela gestão da Doca dos Pescadores. Ontem, a empresa emitiu um comunicado onde afirma que a detenção de Levo Chan não vai afectar a actividade do grupo.

“A Direcção é de opinião que, uma vez que o Grupo é operado por uma equipa de pessoal de gestão e o incidente acima referido está relacionado com os assuntos pessoais do Sr. Chan e não relacionados com o Grupo, a Direcção não espera que o incidente acima referido tenha um impacto material adverso nas operações diárias do Grupo”, refere o documento.

A nota enviada à Bolsa de Hong Kong e assinada pelo co-presidente e director não executivo David Chow Kam Fai – o antigo proprietário da empresa – acrescenta que a Direcção irá “acompanhar de perto e rever a situação e fazer outro(s) anúncio(s) conforme e quando apropriado”. O anúncio também indica que “os accionistas e potenciais investidores da Empresa são aconselhados a ter cautela ao negociar as acções da Empresa”. Macau Legend Development é proprietária da propriedade do Macau Fisherman’s Wharf e opera os casinos Babylon e Legend Palace sob a concessão de jogo da SJM.

Cem mil para Portugal

Além de empresário, Levo Chan tem um historial de doações para instituições de caridade em Macau, e não só. Em Abril de 2020, em nome individual, o dono da Tak Chun, contribuiu com um donativo de 100 mil patacas para a luta contra a covid-19 em Portugal, recebido pelo cônsul Paulo Cunha Alves. Na altura, a campanha foi realizada no âmbito do esforço de várias associações locais para ajudar Portugal na compra de material para responder à pandemia.

3 Fev 2022

Macau Legend | Prejuízo de 688,6 milhões no primeiro semestre

A Macau Legend registou um prejuízo de 688,6 milhões de dólares de Hong Kong durante os primeiros seis meses de 2021. Os números constam do relatório sobre o primeiro semestre de actividade e mostram que as perdas se agravaram face ao prejuízo de 550,2 milhões de dólares registado no mesmo período do ano passado.

Segundo o relatório, o registo negativo foi explicado com a situação pandémica. “Os resultados dos dois períodos [2020 e 2021] foram afectados de forma significativa pelas medidas de distanciamento social e as restrições de viagem impostas pelas autoridades em resposta à pandemia da covid-19”, é explicado. “O número de visitantes a chegar a Macau e ao Laos registaram quebras severas nos dois períodos, em comparação com 2019”, é acrescentado.

Apesar dos resultados negativos, a empresa aumentou as receitas que saltaram para 527,4 milhões de dólares de Hong Kong, em comparação com 364,1 milhões no período homólogo.

A Macau Legend gere os casinos Landmark, Babylon e Legend Palace na RAEM, além de também estar presente no Laos, com o casino Savan Legend Resort. A empresa está igualmente a construir um casino em Cabo Verde, cuja primeira fase diz “estar praticamente concluída”.

Desde 2019 que a Macau Legend, fundada pelo empresário David Chow, tem como principal accionista Levo Chan, que amealhou fortuna através da empresa promotora de jogo Tak Chun.

2 Set 2021

Grupo Tak Chun adquire 20,65 por cento da Macau Legend Development 

[dropcap]L[/dropcap]evo Chan Weng Lin, CEO de um dos maiores grupos junket de Macau, o Tak Chun Group, adquiriu 20,65 por cento da Macau Legend Development, informou a empresa esta terça-feira à bolsa de valores de Hong Kong. Segundo o comunicado, citado pelo portal GGRAsia, a transacção foi de 1,34 mil milhões de dólares de Hong Kong e concretizada através de uma empresa offshore detida a 100 por cento por Levo Chan Weng Lin sediada nas Ilhas Virgens Britânicas.

Antes desta transacção, o empresário já tinha adquirido, a título individual, 0,11 por cento da Macau Legend Development, ficando assim com 20,75 por cento do capital, o que faz dele o segundo maior accionista. O primeiro continua a ser David Chow, ex-CEO da empresa, que detém 29,9 por cento do capital. As negociações das acções da Macau Legend na Bolsa de Valores de Hong Kong foram suspensas às 9h da manhã de segunda-feira, por estar para breve a divulgação de informação privilegiada relacionada com fusões e aquisições.

Ano de mudanças

A aquisição por parte do grupo Tak Chun surge num ano atípico para a maior parte das operadoras de jogo. A Macau Legend Development, que opera três casinos ao abrigo da concessão da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), registou perdas de 569,47 milhões dólares de Hong Kong no primeiro semestre de 2020, devido à crise económica gerada pela pandemia da covid-19. Em Março, David Chow foi substituído no cargo de CEO pela mulher, Melinda Chan. O empresário mantém-se como co-presidente da direcção e responsável pela definição de políticas do grupo, que detém também o empreendimento Doca dos Pescadores.

Actualmente, a Macau Legend Development leva a cabo vários projectos de investimento na área do jogo e do turismo em Cabo Verde e Portugal, entre outros.

Questionado, em 2018, sobre o processo de revisão das licenças de jogo, David Chow confessou ao HM que não é o número de licenças que importa, mas sim “a criação de mais oportunidades de promoção para os locais que estão há vários anos na indústria a aprender”.

16 Set 2020

Macau Legend anuncia perdas de 569,47 milhões de dólares de HK no primeiro semestre

[dropcap]O[/dropcap] grupo Macau Legend anunciou perdas de 569,47 milhões dólares de Hong Kong no primeiro semestre de 2020, devido à crise económica derivada da covid-19.

O grupo, que opera vários casinos em Macau sob a bandeira da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), fundada pelo magnata do jogo Stanley Ho, anunciou ainda uma receita de 364 milhões dólares de Hong Kong, de acordo com um comunicado divulgado na quinta-feira. No mesmo período do ano passado, o grupo tinha registado receitas de 1,08 mil milhões dólares de Hong Kong.

A Macau Legend é uma empresa com investimentos na agricultura, banca, casino e hotelaria, estando actualmente a desenvolver um projeto turístico em Cabo Verde. Em relação ao projecto de turismo no país, a empresa indicou que a construção do novo complexo hoteleiro e de casino está em curso “embora afectada pelas medidas preventivas da covid-19”.

“O Grupo irá trabalhar com o Governo local e empreiteiros para prosseguir com a construção de uma forma mais eficaz e económica”, salientou na mesma nota.

Aquando da apresentação dos resultados do primeiro trimestre, em março, o grupo anunciou que previa inaugurar no final de 2021 o hotel-casino na cidade da Praia, em Cabo Verde, depois de em 2019 ter previsto a conclusão da obra para o final de 2020.

No início do mês de agosto, o Governo cabo-verdiano admitiu que a pandemia de covid-19 deverá atrasar a conclusão do hotel-casino que o grupo Macau Legend está a construir na Praia, mas disse acreditar que o investimento não está em causa.

Em declarações à agência Lusa, o ministro do Turismo cabo-verdiano, Carlos Santos, garantiu que tal como o empreendimento que o grupo está a implantar entre o ilhéu de Santa Maria e o litoral da Praia, os grandes investimentos no setor turístico em Cabo Verde não foram colocados em causa pelos promotores, até ao momento, apesar das consequências da covid-19.

Em 2015, o responsável do Macau Legend David Chow assinou com o Governo cabo-verdiano um acordo para a construção do empreendimento, tendo sido lançada a primeira pedra do projeto em fevereiro de 2016.

Trata-se do maior empreendimento turístico de Cabo Verde, com um investimento global previsto de 250 milhões de euros – cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) cabo-verdiano – para a construção de uma estância turística no ilhéu de Santa Maria, que cobrirá uma área de 152.700 metros quadrados, inaugurando a indústria de jogo no arquipélago.

A obra envolve a construção de um hotel com ‘boutique casino’, de 250 quartos, uma grande piscina e várias instalações para restaurantes, bares e estabelecimentos comerciais, além de uma marina.

Contudo, uma minuta de adenda ao acordo entre a empresa e o Governo cabo-verdiano, de abril de 2019, refere que, “considerando que, face à evolução da envolvente nacional do empreendimento nos últimos dois anos, o promotor sugeriu, e o Governo entendeu aceitar, uma proposta de realização do projeto de investimento por fases”. Assim, nesta primeira fase do projeto, que devia estar concluída dentro de 22 meses, serão investidos 90 milhões de euros.

O empresário David Chow recebeu uma licença de 25 anos do Governo de Cabo Verde, 15 dos quais em regime de exclusividade na ilha de Santiago. Esta concessão de jogo custou à CV Entertaiment Co., subsidiária da Macau Legend, o equivalente a cerca de 1,2 milhões de euros. A promotora recebeu também uma licença especial para explorar, em exclusividade, jogo ‘online’ em todo o país e o mercado de apostas desportivas durante dez anos.

28 Ago 2020

Macau Legend | Hotel e casino em Cabo Verde terminado até final de 2020

O grupo Macau Legend, do empresário David Chow, prevê concluir até final de 2020 a construção do hotel e do casino em curso na cidade da Praia, em Cabo Verde, segundo informação enviada aos investidores

 
[dropcap]D[/dropcap]e acordo com a mesma informação do grupo Macau Legend, de finais de Agosto e consultada ontem pela Lusa, o edifício de escritórios e a infraestrutura no ilhéu de Santa Maria, na Praia, “serão concluídos até ao final de 2019 e o novo hotel e casino será concluído até o final de 2020”.
“Algumas alterações ao plano original são necessárias para acomodar as limitações geográficas locais, mas no geral o projecto está no caminho certo”, lê-se na mesma informação.
A Lusa noticiou em 10 de Maio que os promotores da estância turística com casino a construir no ilhéu de Santa Maria, situado defronte da cidade da Praia, vão implementar aquele projecto por fases, garantido agora um investimento inicial de 90 milhões de euros, quase um terço da previsão anterior.
Em causa está o projecto do grupo liderado pelo empresário de Macau David Chow e que foi alvo de uma adenda ao nível do acordo anterior entre os investidores privados e o Governo de Cabo Verde, conforme publicação em Boletim Oficial em Abril. Em 2015, David Chow, empresário luso-chinês nos sectores do turismo, entretenimento e jogos em Macau, e proprietário do grupo Macau Legend, assinou com o Governo cabo-verdiano um acordo para a construção do empreendimento Gamboa/ilhéu de Santa Maria.
A primeira pedra deste projecto foi lançada em Fevereiro de 2016. Trata-se do maior empreendimento turístico de Cabo Verde, com um investimento previsto de 250 milhões de euros – cerca de 15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional – para a construção de uma estância turística no ilhéu de Santa Maria, que cobrirá uma área de 152.700 metros quadrados, inaugurando a indústria de jogo em Cabo Verde.

Quarto de século

David Chow recebeu uma licença de 25 anos do Governo de Cabo Verde, 15 dos quais em regime de exclusividade na Ilha de Santiago. Esta concessão de jogo custou à CV Entertaiment Co., subsidiária da Macau Legend, o equivalente a cerca de 1,2 milhões de euros. A promotora recebeu também uma licença especial para explorar, em exclusividade, jogo ‘online’ em todo o país e o mercado de apostas desportivas durante 10 anos.
A obra, que inclui um edifício de grandes dimensões frente ao mar, onde funcionará um casino e um hotel, provocou críticas e despertou a curiosidade dos transeuntes que nos últimos três anos se habituaram aos taipais com carateres chineses e ao prédio, recentemente pintado.
Contudo, na minuta de adenda ao acordo entre a empresa e o Governo cabo-verdiano, publicada em 8 de Abril no Boletim Oficial de Cabo Verde, refere-se que, “considerando que, face à evolução da envolvente nacional do empreendimento nos últimos dois anos, o promotor sugeriu, e o Governo entendeu aceitar, uma proposta de realização do projecto de investimento por fases”.
Assim, nesta primeira fase do projecto, que deverá estar concluída dentro de 22 meses, serão investidos 90 milhões de euros.
Até lá deverá estar concluída a estrutura actualmente existente no local, a ponte para o ilhéu de Santa Maria, os arranjos paisagísticos associados, o estacionamento e infraestruturas de apoio, um hotel com ‘boutique casino’, com 250 quartos, uma grande piscina e várias instalações para restaurantes, bares e estabelecimentos comerciais, segundo o mesmo documento.
Na minuta refere-se que “as demais fases do projecto ficam sujeitas às condições de mercado e às novas políticas adoptadas pelo Governo de Cabo Verde, visando o benefício mútuo”.
As outras fases do projecto “serão apresentadas para apreciação pelo Governo de Cabo Verde, após a conclusão da primeira fase”, lê-se no documento.

13 Set 2019

Macau Legend | Hotel e casino em Cabo Verde terminado até final de 2020

O grupo Macau Legend, do empresário David Chow, prevê concluir até final de 2020 a construção do hotel e do casino em curso na cidade da Praia, em Cabo Verde, segundo informação enviada aos investidores

 

[dropcap]D[/dropcap]e acordo com a mesma informação do grupo Macau Legend, de finais de Agosto e consultada ontem pela Lusa, o edifício de escritórios e a infraestrutura no ilhéu de Santa Maria, na Praia, “serão concluídos até ao final de 2019 e o novo hotel e casino será concluído até o final de 2020”.

“Algumas alterações ao plano original são necessárias para acomodar as limitações geográficas locais, mas no geral o projecto está no caminho certo”, lê-se na mesma informação.

A Lusa noticiou em 10 de Maio que os promotores da estância turística com casino a construir no ilhéu de Santa Maria, situado defronte da cidade da Praia, vão implementar aquele projecto por fases, garantido agora um investimento inicial de 90 milhões de euros, quase um terço da previsão anterior.

Em causa está o projecto do grupo liderado pelo empresário de Macau David Chow e que foi alvo de uma adenda ao nível do acordo anterior entre os investidores privados e o Governo de Cabo Verde, conforme publicação em Boletim Oficial em Abril. Em 2015, David Chow, empresário luso-chinês nos sectores do turismo, entretenimento e jogos em Macau, e proprietário do grupo Macau Legend, assinou com o Governo cabo-verdiano um acordo para a construção do empreendimento Gamboa/ilhéu de Santa Maria.

A primeira pedra deste projecto foi lançada em Fevereiro de 2016. Trata-se do maior empreendimento turístico de Cabo Verde, com um investimento previsto de 250 milhões de euros – cerca de 15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional – para a construção de uma estância turística no ilhéu de Santa Maria, que cobrirá uma área de 152.700 metros quadrados, inaugurando a indústria de jogo em Cabo Verde.

Quarto de século

David Chow recebeu uma licença de 25 anos do Governo de Cabo Verde, 15 dos quais em regime de exclusividade na Ilha de Santiago. Esta concessão de jogo custou à CV Entertaiment Co., subsidiária da Macau Legend, o equivalente a cerca de 1,2 milhões de euros. A promotora recebeu também uma licença especial para explorar, em exclusividade, jogo ‘online’ em todo o país e o mercado de apostas desportivas durante 10 anos.

A obra, que inclui um edifício de grandes dimensões frente ao mar, onde funcionará um casino e um hotel, provocou críticas e despertou a curiosidade dos transeuntes que nos últimos três anos se habituaram aos taipais com carateres chineses e ao prédio, recentemente pintado.

Contudo, na minuta de adenda ao acordo entre a empresa e o Governo cabo-verdiano, publicada em 8 de Abril no Boletim Oficial de Cabo Verde, refere-se que, “considerando que, face à evolução da envolvente nacional do empreendimento nos últimos dois anos, o promotor sugeriu, e o Governo entendeu aceitar, uma proposta de realização do projecto de investimento por fases”.

Assim, nesta primeira fase do projecto, que deverá estar concluída dentro de 22 meses, serão investidos 90 milhões de euros.

Até lá deverá estar concluída a estrutura actualmente existente no local, a ponte para o ilhéu de Santa Maria, os arranjos paisagísticos associados, o estacionamento e infraestruturas de apoio, um hotel com ‘boutique casino’, com 250 quartos, uma grande piscina e várias instalações para restaurantes, bares e estabelecimentos comerciais, segundo o mesmo documento.

Na minuta refere-se que “as demais fases do projecto ficam sujeitas às condições de mercado e às novas políticas adoptadas pelo Governo de Cabo Verde, visando o benefício mútuo”.

As outras fases do projecto “serão apresentadas para apreciação pelo Governo de Cabo Verde, após a conclusão da primeira fase”, lê-se no documento.

13 Set 2019

Macau Legend | Prejuízos quase duplicaram em 2017

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Macau Legend obteve prejuízos de 507,3 milhões de dólares de Hong Kong, quase o dobro do registado no ano passado (277,5 milhões). Em comunicado, divulgado na noite de terça-feira, o grupo justificou parte das perdas ao impacto do tufão Hato.

O ano de 2017 “foi excepcionalmente afectado por três factores negativos independentes que convergiram ao mesmo tempo. Em primeiro lugar, houve um aumento nos custos operacionais e depreciação devido à abertura do Legend Palace [em Fevereiro].

Em segundo, foram registados danos a propriedades e equipamentos e perda de receita como resultado do tufão Hato [em Agosto]. Finalmente, houve um aumento dos custos financeiros relacionados com grupo”, afirmou o co-presidente e director-executivo da Macau Legend, David Chow, num comunicado separado citado pelo portal especializado GGRAsia.

A Macau Legend arrecadou receitas no valor de 1,84 mil milhões de dólares de Hong Kong, mais 24,8 por cento do que em 2016, com as provenientes do sector do jogo a representarem dois terços do total.

Sob a bandeira da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), a Macau Legend opera três casinos no território que, a 31 de Dezembro, contavam com um total de 194 mesas de jogo, das quais 165 operacionais. Os resultados incluem ainda um ano completo de gestão e operação do casino no Laos, iniciada em Setembro de 2016. O Savan Legend, que tinha em funcionamento 59 mesas no final do ano passado, gerou receitas de jogo na ordem dos 246,4 milhões de dólares de Hong Kong.

29 Mar 2018

David Chow | Macau Legend diz-se interessada em investir em Setúbal

Afinal o interesse do empresário David Chow por Setúbal não esmoreceu. Em declarações ao Diário da Região, Duarte Pinto Gonçalves, representante da Macau Legend Development em Lisboa, disse ao jornal de Setúbal que foi apresentado um plano de investimento de 246 milhões de euros, tendo desmentido as recentes declarações da Ministra do Mar, sobre a desistência de Chow do projecto da marina.

“É totalmente falso. O interesse não é apenas na Marina de Setúbal mas em desenvolver um projecto de turismo integrado na região, conforme é público. Desconheço a origem de tal notícia.”

“Solicitámos formalmente a concessão do edifício Cais 3, tendo a mesma sido recusada justamente para incluir no tal concurso de Marina, que sairá um dia. Pretendíamos instalar equipamentos de animação, entretenimento e restauração e arrancar de imediato com a fase 1, bem como construir o parque de estacionamento no terreno vizinho. Não foi possível, a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) entendeu de outra forma. Só nos resta aguardar.”, disse Duarte Pinto Gonçalves ao diário.

Esse pedido de concessão do Cais 3 à Macau Legend foi apresentado em Novembro do ano passado e foi recusado em Janeiro pela APSS, que defendeu a necessidade de incluir o edifício no concurso público que a Câmara Municipal de Cascais está a pensar para a Marina de Setúbal.

Nesse sentido, a Macau Legend Development decidiu “avançar com a fase 1” ao perceber que o projecto de revitalização da zona ribeirinha de Setúbal “ia levar vários anos”. Duarte Pinto Gonçalves clarificou que a empresa de David Chow “tem tido boa colaboração da APSS”

O responsável garantiu estar a aguardar pela realização do concurso público. “Neste momento, mantemos [a estratégia], mas temos que esperar, não temos outra saída, pois a zona do projecto será, ao que parece, afectada pelo concurso da Marina. Quando o concurso sair veremos.”, comentou. “Gostaríamos muito de, em breve, estarmos a operar qualquer coisa em Portugal”, conclui o empresário.

7 Mar 2018

Construção | Ministra e Câmara de Setúbal discordam quanto a investimento de David Chow

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Ministra do Mar de Portugal diz que a Macau Legend terá desistido do projecto de construção da marina de Setúbal, enquanto a autarquia afirma que os planos de investimento do grupo liderado por David Chow continuam de pé.

“Houve uma desistência dos interessados” na marina de Setúbal, afirmou na Sexta-feira Ana Paula Vitorino, em declarações ao Setúbal Mais. A informação foi, contudo, desmentida por fonte do gabinete da presidência da autarquia sadina que indicou, ao mesmo jornal, que Maria das Dores Meira se reuniu há dias com o empresário David Chow. Fonte da autarquia garantiu que o grupo “continua a manifestar o seu interesse” em participar do concurso público que será lançado para a construção da marina.

O caderno de encargos para o concurso, a que a Macau Legend terá de concorrer para poder concretizar o projecto, encontra-se actualmente em preparação.

A Macau Legend firmou, no Verão de 2016, um memorando de entendimento com a Câmara de Setúbal relativo a um projecto de turismo, lazer e entretenimento, cuja primeira fase inclui um hotel, área comercial e residencial, um pavilhão multidesportivo, um parque de estacionamento e uma marina, num investimento na ordem dos 250 milhões de euros.

5 Mar 2018

Receitas da Macau Legend Developmet subiram 2,5 por cento

O dinheiro arrecadado pela companhia de David Chow em actividades fora dos casinos sofreu uma quebra no ano passado. O jogo acabou por equilibrar as contas. O empresário mostra-se confiante em relação a 2017. De Portugal, ainda não há novidades

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] grupo Macau Legend anunciou receitas no valor de 1471,5 milhões de dólares de Hong Kong em 2016, mais 2,5 por cento que no ano anterior. De acordo com um comunicado divulgado na noite de terça-feira, o grupo indicou que as receitas de jogo subiram 6,1 por cento para 952,4 milhões de dólares de Hong Kong. As receitas do segmento não-jogo desceram 3,7 por cento para 519 milhões de dólares de Hong Kong.

O EBITDA ajustado (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) foi de 215,6 milhões de dólares de Hong Kong, menos 19,7 por cento em termos anuais.

O Macau Legend opera três casinos em Macau sob a bandeira da Sociedade de Jogos de Macau (SJM). Um dos casinos abriu este ano e não conta para as contas de 2016.

Na mesma nota, a empresa de David Chow informou que o projecto em Portugal, de requalificação da frente ribeirinha de Setúbal, “aguarda o preenchimento de certas pré-condições”. A empresa assinou um memorando de entendimento com a Câmara de Setúbal, mas, em Dezembro, o Ministério do Mar português afirmou desconhecer o acordo e sublinhou não estar em curso qualquer transferência de terrenos nesse sentido.

Optimismo em curso

Em relação ao resort integrado, com jogo, em Cabo Verde, a Macau Legend informou que as obras já começaram. O resort “vai ser desenvolvido em duas fases, e o hotel, casino e edifício de escritórios devem estar terminados nos próximos dois anos”, indicou o comunicado.

“Continuamos muito confiantes no nosso projecto em Cabo Verde e somos encorajados pelo contínuo aumento da chegada de turistas, bem como os novos projectos de resorts e instalações que estão a ser introduzidas no mercado”, afirmou Chow.

A 1 de Setembro de 2016, o grupo Macau Legend adquiriu a gestão e operação de um casino-resort no Laos, o Savan Vegas Hotel and Entertainment Complex, que tem 90 mesas de jogo, 466 slots e 472 quartos de hotel. Os trabalhos de renovação e expansão devem começar no próximo mês, indica o comunicado.

Sobre Macau, Chow disse que “apesar do fraco início em 2016, as condições do mercado (…) parecem ter estabilizado e estamos a ver melhorias recentes tanto no mercado de massas como no VIP”.

A 27 de Fevereiro, a Macau Legend inaugurou o hotel-casino Palace Hotel, o segundo projecto aberto nos últimos dois anos na Doca dos Pescadores, com cerca de 70 mesas de jogo, incluindo 15 novas concedidas pelo Governo.

“Estamos optimistas sobre o que resta de 2017, à medida que a economia da China estabiliza, as infra-estruturas que ligam Macau à região melhoram e atracções turísticas não-jogo são adicionadas ao mercado”, afirmou David Chow.

A empresa completou o design do quarto hotel na zona da Doca dos Pescadores e espera começar as obras em meados de 2018.

30 Mar 2017

Legend Palace Hotel abriu com promessa de diversificação

[dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oi ontem inaugurado, com pompa e circunstância, o Hotel e Casino Legend Palace. O complexo é mais uma valência da Macau Legend Development, propriedade de David Chow e, em dia de inauguração, não faltaram as personalidades ilustres do território e a tradição chinesa.

O novo hotel de cinco estrelas é uma construção em homenagem ao facto de “Macau ser conhecido pela Monte Carlo do Oriente”. “A construção é, assim, inspirada na cidade europeia”, frisou David Chow no discurso de abertura.

“Estou feliz por abrir este hotel que foi feito em 13 meses. Penso que é um tipo de estrutura completamente nova em Macau e que é uma opção diferente para atrair muitas pessoas ao território”, afirmou ao HM à margem do evento.

A cerimónia contou ainda com a presença de Vítor Sereno. O cônsul de Portugal não deixou de referir a sua particular satisfação por este ser mais um evento em que o protagonista tem nacionalidade portuguesa. “David Chao é um cidadão português e fico muito satisfeito por apostar neste empreendimento e na diversificação pedida pelo Governo da RAEM e da China Continental”, disse.

Já Maria Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, apontou ao HM a importância de um novo hotel na península. Para a directora, “esta parte de Macau, a península, não tem tido muitas aberturas de espaços como este e, por isso, pode contribuir para novos produtos para os turistas”. Senna Fernandes contrapõe com a situação do Cotai, onde se tem registado a abertura de unidades hoteleiras, salientando que “é importante ter aqui um produto tão diversificado como este”.

O novo empreendimento conseguiu autorização para 15 mesas de jogo, conta com 223 quartos, e vários espaços comerciais e de restauração.

Docas para todos os gostos

O Legend Palace integra o complexo da Doca dos Pescadores e “reflecte o compromisso da empresa nem promover o desenvolvimento do turismo no território”, frisou o proprietário.

David Chow acrescenta ainda a intenção em reforçar a marina e, desta forma, “concretizar a política do turismo individual, através de embarcações de recreio”.

Paralelamente, a Macau Legend Development pretende continuar os trabalhos de iluminação na cobertura recentemente construída na “boulevard” do recinto, promover a exibição de obras a serem expostas no Museu dos Dinossauros e, desta forma, promover a oferta de novos produtos fora do sector do jogo.

Na calha estão também a construção de uma Casa da Ópera e de um Centro de Exposições.

 

28 Fev 2017

Receitas do grupo Macau Legend subiram no terceiro trimestre do ano

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] grupo Macau Legend anunciou receitas de 377,6 milhões de dólares de Hong Kong no terceiro trimestre, mais 1,9 por cento face ao período homólogo do ano passado

Em comunicado enviado às redacções, o grupo que opera dois casinos em Macau sob a bandeira da Sociedade de Jogos de Macau (SJM) detalha que as receitas de jogo aumentaram 12 por cento para 257,1 milhões de dólares de Hong Kong, ao passo que as não-jogo diminuíram 14,5 por cento, em termos anuais homólogos, atingindo 120,4 milhões de dólares de Hong Kong.

O EBITDA ajustado (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) foi de 75,5 milhões de dólares de Hong Kong, mais 1,2 por cento em relação mesmo período de 2015.

Na mesma nota, a empresa de David Chow informa que o seu novo hotel, o Legend Palace, deve estar concluído no final do ano, devendo as operações do novo casino iniciar-se no princípio de 2017. “Parece haver alguma estabilidade em termos gerais do ambiente de negócios em Macau. Enquanto o perfil dos visitantes de Macau está claramente a mudar, nós permanecemos cautelosamente optimistas relativamente ao resto do ano e aguardamos por ver 2017”, afirma o co-presidente e CEO do grupo Macau Legend.

“Dada a actual situação em Macau, vamos aproveitar esta oportunidade para continuar a visar o ‘mix’ de produtos certo, e continuar a olhar para o crescimento do nosso negócio internacionalmente, no Laos, em Cabo Verde e em Portugal”, assinala David Chow.

Aqui e lá fora

No comunicado, o empresário refere que o projecto turístico em Cabo Verde, considerado o maior em curso no país, deve ficar pronto em 2019 e recorda que assinou, em Julho, um memorando de entendimento com a Câmara de Setúbal também relativo a um projecto de turismo, lazer e entretenimento.

Além disso, a 1 de Setembro, o grupo Macau Legend adquiriu a gestão e operação de um casino-resort no Laos, o Savan Vegas Hotel and Entertainment Complex, que tem 90 mesas de jogo, 466 slots e 472 quartos de hotel.

“O nosso desempenho global melhorou no terceiro trimestre de 2016 quando comparado com o trimestre anterior. Estamos encorajados pelo New Legend, pelas operações VIP [segmento de grandes apostadores] geridas por nós, que continuaram a registar um crescimento positivo, que deve compensar as dificuldades com que se deparam as mesas de VIP terceirizadas”, indica o mesmo comunicado.

10 Nov 2016