Take-away | PJ alerta para casos de burla

A Polícia Judiciária (PJ) emitiu ontem um alerta sobre a ocorrência de vários casos de burla relacionados com serviço de take-away.

Isto porque, segundo um comunicado, “foram criadas falsas páginas no Facebook sobre alegados comerciantes de Macau” que disponibilizavam aos clientes “refeições leves e com baixo teor de gordura”. Numa primeira fase, os mesmos falsos lojistas começaram por vender “diversos tipos de marisco” em promoção.

Após o pagamento feito através da plataforma MPay, com o número disponibilizado nessas páginas falsas, a entrega não foi efectuada no prazo indicado, sendo que os clientes não conseguiram contactar o fornecedor, tendo sido bloqueados no acesso à página. Dados avançados pela PJ falam em 19 queixas desde o início do mês, com prejuízos que variam entre 400 e 1.200 patacas.

Além disso, a burla relacionada especificamente com a compra de refeições com menos gordura “causou prejuízos a várias vítimas entre Maio e Julho deste ano”, sendo que se “transformou numa burla em que falsos lojistas locais vendem marisco a preços promocionais”.

18 Nov 2024

Take-away | Associações pedem supervisão a plataformas online

A Aliança do Povo de Instituição de Macau e uma associação ligada ao sector da restauração pediram ao Governo legislação para regular as plataformas online de venda de comidas e bebidas para fora.

A Associação de Qualidade Verde Marca, assim como o braço associativo ligado à comunidade de Fujian, considera que as comissões cobradas pelas plataformas online são demasiado elevadas e pouco transparentes, deixando os empresários da restauração sem saber que serviços ou despesas estão a pagar.

Segundo o jornal do Cidadão, o presidente da Associação de Qualidade Verde Marca, Aeson Lei, refere que a falta de escolha entre plataformas online e o domínio que têm no mercado fragiliza a posição das pequenas e médias empresas, que ficam num estado de passividade, aceitando todas as condições impostas por empresas como a MFood e Aomi. Como tal, o dirigente entende que o Governo deve reforçar a supervisão e criar mecanismos anti-monopólio para garantir relações saudáveis e estáveis entre restaurantes e as plataformas. Aeson Lei acha essencial para o tecido empresarial que os âmbitos das comissões sejam enquadrados legalmente, com transparência que permita aos comerciantes perceber a composição e cálculo das comissões.

Por seu turno, a vice-presidente da Aliança do Povo de Instituição de Macau, Chan Peng Peng, defende a criação de leis que obriguem as plataformas de take-away a pagar mais rapidamente aos restaurantes.

10 Jul 2024

Take-away | Restaurantes queixam-se das comissões

Com comissões que podem chegar a 30 por cento do preço cobrado aos clientes, os restaurantes queixam-se das plataformas de entrega de comida tentam criar alternativas mais baratas

 

As plataformas cobradas pelas plataformas de entrega de comida estão novamente a ser criticadas pelo sector da restauração. De acordo com um artigo do Jornal Ou Mun, os montantes cobrados chegam a 30 por cento do preço final, ou seja, numa encomenda de 100 patacas, o restaurante tem de pagar 30 patacas à empresa de entrega da comida.

Segundo um dono de um restaurante, que o maior jornal da região não identificou, quando se inscreveu numa plataforma havia a promessa de que a comissão cobrada seria de 20 por cento. Contudo, esta comissão era apenas para a distribuição de comida.

De forma a poder utilizar a aplicação, ao restaurante eram exigidas outras despesas relacionadas com a exposição dos produtos do restaurante na plataforma online e até de promoção da própria plataforma. Como consequência destas despesas acrescidas, cerca de 32 por cento do preço cobrado pela refeição é entregue à plataforma online.

O responsável citado indicou ainda que as aplicações de distribuição de comida têm “uma margem de lucro enorme” e que os restaurantes que vendem através delas praticamente não fazem dinheiro, quando têm em conta que além da comissão ainda têm de pagar as rendas, salários, despesas com água e electricidade, entre outras.

Com estes desafios, e também com mais gente a preferir consumir no Interior, devido à política de permitir que os carros da RAEM circulem em Cantão, o proprietário apontou que há uma maior aposta em levar as pessoas de novo para os restaurantes. Outra estratégia, passa por criar estratégias para que seja o cliente a ir buscar a comida encomendada para fora, com a oferta de descontos que podem variar entre cinco e 10 por cento.

Excluídos da sociedade

Outro proprietário de um restaurante, confirmou a situação e lamentou que actualmente sem presença nas aplicações de distribuição de comida os restaurantes ficam praticamente desligados da sociedade.

O comerciante queixou-se ainda da evolução das aplicações e recordou que no início as comissões eram baixas, quando havia poucos utilizadores. Nessa altura, havia ainda muitas promoções para incentivar uma maior utilização por restaurantes e clientes. Contudo, com a popularização das plataformas, as promoções para os restaurantes tornaram-se cada vez mais raras, o que fez subir os preços.

Outro dos exemplos indicados no jornal Ou Mun, fala do caso de um dono de um café que no início do seu negócio praticamente só trabalhava no modelo de take-away. Contudo, depois do aumento das comissões, começou a fazer contas e apostou numa estratégia diferente: criou um espaço para os clientes comerem e criou a sua própria equipa de distribuição.

Segundo este proprietário, face às encomendas que recebe para a entrega de comida fica mais barato ter uma equipa de distribuição do que recorrer às plataformas de distribuição de comida mais populares.

24 Jan 2024

Segurança alimentar | Lojas de “take-away” vão ter registo obrigatório

[dropcap]A[/dropcap]s lojas de take-away e online aumentaram com o contexto de pandemia, e uma vez que não estão reguladas “serão incorporadas no sistema de fiscalização através do regime obrigatório de registo”, disse ontem o secretário para a Administração e Justiça.

A proposta de lei está feita e prevê-se que o regime de registo seja lançado ainda este ano, por motivos de higiene e segurança alimentar. Durante o debate, André Cheong disse que pretende atingir este objectivo no próximo mês. “Não esperamos com a implementação deste regime obrigatório que as actividades desses lojistas venham a ser afectadas”, comentou.

Desde que a Lei de Segurança Alimentar entrou em vigor, o Instituto para os Assuntos Municipais emitiu 250 acusações de infracção, num valor de 12,5 milhões de patacas, e 13 foram remetidas para o Ministério Público. Apesar disso, o secretário disse que a lei já entrou em vigor há vários anos e “é necessária uma revisão”.

31 Jul 2020