Hoje Macau PolíticaFórum Boao | Lei Wai Nong participou na cerimónia de abertura O secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, marcou presença na cerimónia de abertura da Conferência Anual do Fórum Boao para a Ásia 2024, que decorreu entre 26 e 29 de Março em Boao, Hainão. Este ano o fórum teve como tema “A Ásia e o Mundo: Desafios Comuns, Responsabilidades Compartilhadas”. O secretário aproveitou igualmente a deslocação à província insular para se encontrar com Ni Qiang, membro permanente do Comité do Partido Comunista Chinês da Província de Hainão. Durante a reunião foram abordados assuntos como o desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin e da Zona de Comércio Livre de Hainão. Segundo o gabinete do secretário, a troca de opiniões resultou mesmo numa sintonia quase perfeita, entre os dois. “Os dois dirigentes consideraram uniformemente que os dois locais revelam semelhanças a nível das políticas inovadoras e de outros domínios, pelo que devem aprender com a experiência de sucesso de um e do outro e reforçar o intercâmbio e a cooperação”, foi relatado. Durante a visita a Hainão, o secretário para a Economia e Finanças passou pela Cidade Internacional de Duty Free de Haikou, um dos lugares de comércio com maior vitalidade na província insular.
Hoje Macau Grande Plano MancheteFórum Boao | Relatório prevê crescimento de 4,5% da economia asiática Arrancou ontem em Hainão mais uma edição do Fórum Boao. O relatório anual que dá início às reuniões estima um crescimento de 4,5 por cento da economia asiática este ano. O fórum, que termina na sexta-feira, tem uma agenda focada em temas económicos, financeiros e na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” Começou ontem, na ilha de Hainão, no sul da China, a edição deste ano do Fórum Boao, dedicada a debater assuntos económicos a nível global, o fomento de cooperação ao nível da iniciativa criada por Pequim, “Uma Faixa, Uma Rota” ou mesmo a presença da inteligência artificial em cada vez mais áreas de actividade, nomeadamente a economia e as finanças. No dia de arranque do Fórum Boao, tido como o “Davos asiático”, foi divulgado o relatório anual das perspectivas económicas e progressos da integração da Ásia. As conclusões apontam para o crescimento da economia do continente em 4,5 por cento este ano, fazendo com que continue a ser o “maior contribuinte para o crescimento económico mundial”. Apontando a existência de “vários desafios externos”, o documento ressalva que a economia asiática vai manter “uma taxa de crescimento relativamente elevada” graças ao consumo e a políticas fiscais pró-activas. A organização do evento perspectiva que o leste asiático deve registar um crescimento anual de 4,3 por cento, o sul da Ásia 5,8 por cento, a Ásia Central 4,3 por cento e a Ásia Ocidental 3,5 por cento. “Em termos de paridade de poder de compra, a quota das economias asiáticas no PIB [Produto Interno Bruto] global aumentará de 48,5 para 49 por cento em 2024”, é acrescentado no relatório que deu o pontapé de partida da iniciativa. Problemas com o emprego Embora seja estimado que as economias asiáticas invertam a tendência negativa em termos de comércio e investimento, graças a factores como a integração regional, também é realçada uma perspectiva “não particularmente optimista” para o emprego. O relatório referiu que o “fraco” crescimento do emprego nas regiões do Leste e do Sul da Ásia significará que a taxa global de crescimento a nível continental será inferior à média mundial. O crescimento do rendimento “continua a enfrentar uma pressão significativa”, especialmente devido à situação no leste asiático, onde o número de horas trabalhadas continuará a ser 1,4 por cento inferior ao de 2019. Esta situação, aliada a factores como o fraco crescimento da produtividade, torna “difícil alcançar um crescimento significativo dos níveis de rendimento na Ásia”, com algumas áreas a registarem mesmo declínios, embora as pressões inflaccionistas “diminuam ainda mais” este ano. Uma agenda cheia Segundo a agência Lusa, o Fórum realiza-se numa altura em que a China regista uma quebra no investimento e de transacções comerciais com o exterior. Assim sendo, a conferência deste amo vai incluir painéis de discussão e mesas redondas com directores executivos e representantes de multinacionais, segundo a agenda divulgada na página ‘online’ oficial do evento. O tema da conferência deste ano é “Ásia e o Mundo: Desafios Comuns, Responsabilidades Partilhadas”. Os painéis vão abranger temáticas como o investimento na Ásia, o aprofundamento da cooperação financeira asiática e os esforços para transformar a Ásia num centro de crescimento da economia mundial. Os tópicos vão centrar-se no aumento da confiança dos investidores, a melhoria do ecossistema de investimento, o aumento da atractividade para investimento estrangeiro, o avanço da cooperação financeira na Ásia a fim de impulsionar a economia real, e o reforço da cooperação industrial e das cadeias de abastecimento entre as nações asiáticas, segundo a informação fornecida pela organização do fórum. A agenda do evento prevê também discussões sobre inteligência artificial, o futuro dos veículos eléctricos e a cooperação no âmbito da Iniciativa Faixa e Rota, o gigantesco projecto de infraestruturas que se tornou parte central da política externa da China. O jornal China Daily ouviu vários especialistas que apontaram que os painéis e debates do Fórum vão centrar-se sobretudo nos desafios mundiais, numa altura em que há dois conflitos na Europa e Médio Oriente, nomeadamente Ucrânia-Rússia e na Faixa de Gaza. Zafar Uddin Mahmood, conselheiro político e secretário-geral do Fórum, declarou ao jornal estatal que “a ideia de trabalhar para ‘uma comunidade de futuro partilhado para a humanidade’ através das iniciativas de Segurança Global, Desenvolvimento e Civilização é um caminho a seguir para enfrentar os desafios que o mundo enfrenta actualmente”. Por sua vez, Atul Dalakoti, director-executivo da Federação das Câmaras de Comércio e Indústria da Índia, frisou a necessidade de paz mundial, uma vez que “no mundo existem ainda quatro a cinco mil milhões de pessoas que precisam de ter muito melhores empregos, uma vida muito melhor, fundamentos económicos muito melhores… A única forma de crescer é ter paz”. Atul acrescentou ainda que “a ideia de desenvolvimento comum apresentada pelo Presidente Xi Jinping é o caminho a seguir”. Numa altura em que a Índia se prepara novamente para ir a eleições, Dalakoti disse ainda ao China Daily que o país “tem trabalhado em estreita colaboração com a Ucrânia e com a Rússia para ver se existe uma possível hipótese de alcançar a paz”. Carl Fey, professor de estratégia na BI Norwegian Business School e um dos académicos que marcará presença em Hainão, falou dos dois conflitos na Ucrânia e em Gaza, que opõe israelitas e as forças do Hamas. “Existem muitas possibilidades para uma maior colaboração e isso é muito necessário”, defendeu. A aposta nos eléctricos A ilha de Hainão anunciou em 2022 um plano para proibir a venda de todos os veículos movidos a combustível até 2030, tornando-se a primeira província da China a anunciar uma medida deste género. Dois em cada cinco veículos vendidos na China são eléctricos, representando estas vendas 60 por cento do total mundial. De acordo com estimativas do banco suíço UBS, até 2030, três em cada cinco veículos novos vendidos na China serão alimentados por baterias e não por combustíveis fósseis. A dimensão do mercado chinês propiciou a ascensão de marcas locais, incluindo a BYD, NIO ou Xpeng, que ameaçam agora o ‘status quo’ de uma indústria dominada há décadas pelas construtoras alemãs, japonesas e norte-americanas. Ainda no evento, estão previstas palestras sobre a fragmentação no comércio global, as perspectivas geopolíticas e económicas globais, a chamada “Iniciativa de Segurança Global” na abordagem dos desafios de segurança e promoção da paz mundial, e a superação de obstáculos políticos para enfrentar a crise climática global. Proposta pelo Presidente chinês, Xi Jinping, a “Iniciativa de Segurança Global” visa construir uma “arquitectura global e regional de segurança equilibrada, eficaz e sustentável”, ao “abandonar as teorias de segurança geopolíticas ocidentais”. Em particular, a proposta chinesa opõe-se ao uso de sanções no cenário internacional. A conferência decorre num período em que a China tenta injectar um novo ímpeto nas suas relações com o exterior, abaladas pelo encerramento das fronteiras, durante a pandemia da covid-19, e tensões regionais, incluindo com o Japão e os países do sudeste asiático. O deteriorar dos laços com os Estados Unidos e a Europa é outro aspecto que marca o momento político chinês. A China registou no ano passado o menor volume anual de Investimento Estrangeiro Directo (IED) desde a década de 1990, numa altura em que os países ocidentais apostam numa estratégia de redução de dependências económicas e comerciais face ao país. Apesar deste cenário menos positivo, a directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, declarou, no Fórum de Desenvolvimento da China, que decorreu domingo, que a China vai continuar a ser um contribuidor central para o crescimento da economia a nível mundial, com mais de três por cento tanto este ano como no próximo, noticiou o Diário do Povo online. Desde 2002 que o Fórum Boao se realiza em Hainão, na cidade de Bo’ao, sendo encarado como a resposta asiática ao Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça, centrando-se mais no posicionamento económico chinês e de outras economias vizinhas. Paralelamente a este fórum, Pequim organiza ainda o “Invest China”, com o objectivo de atrair investimento estrangeiro.
Hoje Macau China / ÁsiaFórum Boao | Economia tem bases sólidas, diz Li Qiang O primeiro-ministro chinês Li Qiang expressou o seu optimismo na quarta-feira sobre a economia da China e pediu à comunidade internacional que defenda o multilateralismo e mantenha a segurança e a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais. Li fez as declarações durante uma reunião com Kristalina Georgieva, directora-gerente do Fundo Monetário Internacional, em Boao, província de Hainan. A chefe do FMI está na China para participar da Conferência Anual do Fórum Boao para a Ásia 2023. Li disse que desde o início deste ano, a economia chinesa estabilizou e manteve o ritmo de recuperação, indica o Diário do Povo. Observando que a economia da China desfruta de bases sólidas, amplas perspectivas e um futuro promissor, o primeiro-ministro afirmou que o país fortalecerá a coordenação macropolítica, esforçar-se-á para libertar o potencial de consumo e investimento, expandirá inabalavelmente a abertura e prevenirá e neutralizará os riscos de maneira adequada. “Temos confiança e capacidade para cumprir as metas e cumprir as tarefas traçadas para o crescimento deste ano”, afirmou. O primeiro-ministro destacou também a necessidade de defender o multilateralismo e pediu à comunidade internacional que proteja a segurança e a estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento globais. A China continuará aprofundando a cooperação com o FMI e avançando no desenvolvimento da governança global numa direção mais justa e equitativa, acrescentou. Georgieva prevê que a China responderá por mais de um terço do crescimento económico global este ano. O FMI aprecia o apoio da China ao multilateralismo e suas importantes contribuições para prevenir crises de dívida em países em desenvolvimento, destacou, acrescentando que o FMI está pronto para aprofundar ainda mais a sua cooperação com a China.
Hoje Macau China / ÁsiaFórum Boao | Xi Jinping propõe iniciativa para segurança “de todos os Estados” Na abertura do Fórum Boao, que se realiza em Hainan, o presidente chinês defendeu a implementação de uma nova estratégia diplomática que promova “a segurança em todo o mundo”, respeitando a soberania de cada Estado, sempre em nome do multilateralismo O Presidente chinês propôs hoje uma nova iniciativa para “promover a segurança em todo o mundo”, que “respeite tanto a soberania de todos os Estados como o caminho de desenvolvimento que cada um escolhe”. Xi Jinping proferiu um discurso na abertura do Fórum de Boao, que se realiza na ilha de Hainan, conhecido como o ‘Davos asiático’, com quase nenhuma presença internacional devido às restrições impostas pela China face à pandemia de covid-19. “Respeitamos a soberania e a integridade territorial de todos os países. Aderimos à não interferência nos assuntos internos dos outros, e também respeitamos o caminho de desenvolvimento que cada país escolhe”, afirmou. O governante sublinhou que a China continua “comprometida com os princípios da Carta das Nações Unidas” e opõe-se a “mentalidades de guerra fria, unilateralismo e confrontação em bloco”. “Levamos muito a sério as legítimas preocupações de segurança de todos os países e procuramos uma arquitectura de segurança equilibrada, eficaz e sustentável, em vez de cada um procurar a sua própria segurança à custa dos outros”, acrescentou. Xi referia-se à posição da China sobre a guerra na Ucrânia, tendo apelado ao respeito pela integridade territorial de todos os países e evitado utilizar a palavra “invasão” para se referir à ofensiva russa, reiterando ao mesmo tempo a sua oposição às sanções contra Moscovo. “As diferenças e disputas devem ser resolvidas através do diálogo. A China apoia todos os esforços que conduzam a uma solução pacífica das crises, opondo-se simultaneamente à imposição de sanções unilaterais”, salientou. Sempre confiantes O chefe de Estado chinês falou também da covid-19, numa altura em que a China está a atravessar uma onda de surtos atribuídos à variante Ómicron, que tem resultado num número de infecções semelhante ao registado no início da pandemia, no primeiro semestre de 2020. “A saúde e a segurança são necessárias para o progresso e desenvolvimento humano, e temos de as defender. Face aos desafios, não devemos perder a confiança, hesitar ou recuar. Temos de reafirmar a nossa confiança e prosseguir contra todas as probabilidades”, defendeu. “São necessários mais esforços se a humanidade quiser alcançar a vitória contra a pandemia. É essencial que os países se apoiem uns aos outros e coordenem melhor as suas ações. Temos de melhorar a governação global da saúde e formar sinergias na luta contra a covid-19”, acrescentou. Xi também garantiu que a China irá proporcionar “grande dinamismo” à recuperação económica global com “mais oportunidades de mercado para todos os países”, afirmando que a economia chinesa permanece “forte, resistente, sustentável a longo prazo, com enorme potencial e espaço de manobra”. “São necessários esforços para manter a globalização económica a funcionar e, para o fazer, todos nós precisamos de coordenar melhor as nossas políticas macroeconómicas. Devemos utilizar a ciência e a tecnologia para alcançar novos impulsos de crescimento”, indicou. O Presidente chinês prometeu “manter as cadeias de abastecimento globais estáveis” e “evitar os efeitos negativos dos ajustamentos feitos por alguns países”, numa aparente referência à próxima reunião da Reserva Federal dos EUA, a 4 de Maio, num contexto de elevadas pressões inflaccionistas.
Hoje Macau China / ÁsiaFórum Boao | HK e Macau querem desenvolvimento inovador na Grande Baía Os participantes de Hong Kong e Macau na conferência anual do Fórum de Boao para a Ásia, apelaram, na terça-feira, à inovação tecnológica para estimular o desenvolvimento de alta qualidade no aglomerado de cidades na área da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau. “Sendo uma das principais cidades da Grande Baía, Hong Kong tem fortes capacidades de pesquisa científica básica e serviços financeiros sólidos”, disse Carrie Lam, a chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong, num sub-fórum da reunião anual. Depois de se integrar no desenvolvimento da Grande Baía, “Hong Kong pode promover o desenvolvimento de alta qualidade de toda a região, contribuindo para a competitividade de manufactura e para o enorme potencial de mercado local”, disse Lam. “Para alcançar o desenvolvimento impulsionado pela inovação tecnológica, a Grande Baía precisa acelerar o fluxo de factores de produção e atrair mais pesquisadores científicos”, afirmou a chefe do Executivo de HK. Por seu lado, Edmund Ho, ex-Chefe do Executivo de Macau e vice-presidente do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, afirmou que “cada cidade deve ter uma divisão de trabalho eficiente e planear o seu próprio desenvolvimento complementar”. Edmund Ho exortou a promoção da inovação industrial com a inovação tecnológica, actualização da cadeia industrial e exploração de novos modelos de cooperação entre Guangdong, Hong Kong e Macau visando promover o desenvolvimento integrado da Grande Baía a um nível superior. Já Lei Wai Nong, secretário para a Economia e Finanças do Governo da Região Administrativa Especial de Macau, disse que “a RAEM pode prestar serviços jurídicos e comerciais no sector do comércio de mercadorias, têxteis e produtos mecânicos e eléctricos entre a China e os países de língua portuguesa”.
Salomé Fernandes PolíticaFórum Boao | Xi apelou a intercâmbio internacional científico e tecnológico Xi Jinping expressou vontade de intercâmbio internacional mais aberto na área da ciência e tecnologia, numa mensagem dirigida a um evento do Fórum Boao que decorre em Macau. O evento conta com a participação de perto de uma centena de oradores e cerca de mil representantes de 18 países e regiões [dropcap]A[/dropcap] China está disposta a trabalhar com outros países no âmbito da inovação científica e tecnológica, para promover um intercâmbio internacional mais aberto e com benefícios mútuos, bem como contribuir para a recuperação económica global e protecção da saúde pública. Foi o que disse o Presidente Xi Jinping, numa carta dirigida ao Fórum Internacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do Fórum Boao para a Ásia, que decorre até amanhã, contando com perto de cem oradores e cerca de mil representantes de 18 países e regiões. O Presidente chinês observou que o mundo enfrenta vários desafios, como a pandemia e apontou a tecnologia como uma “força importante” para a superação de desafios e promoção da paz e do desenvolvimento. Na carta, Xi Jinping aponta ao surgimento de uma nova revolução científica e tecnológica, que trará “mudanças profundas” e outro caminho para lidar com desafios globais. O apelo à cooperação também se sentiu nas palavras de Edmund Ho, vice-presidente do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. “Os países e regiões de todo o mundo devem adoptar uma abordagem mais aberta relativamente ao intercâmbio e à cooperação internacionais no campo da ciência e da tecnologia”, disse na cerimónia de abertura do Fórum Boao, que arrancou ontem em Macau. A pandemia e as alterações climáticas foram usadas como exemplos de como a humanidade enfrenta “desafios comuns mais complexos e graves” e da necessidade de trabalhar em conjunto para os ultrapassar. O antigo Chefe do Executivo, recordou o papel de Macau na troca de conhecimento científico entre o Oriente e o Ocidente na altura dos Descobrimentos. No contexto actual, Edmund Ho considerou “imperativo” articular a relação entre “Um País, Dois Sistemas e três territórios aduaneiros”, e disse que vão ser construídas plataformas internacionais de intercâmbio, nomeadamente na indústria de serviços modernos. Mensagem de encorajamento Por sua vez, o actual Chefe do Executivo frisou que Macau vai planear o desenvolvimento tecnológico e da inovação. “Encorajamos e apoiamos as empresas a recorrer activamente a tecnologias avançadas para atingirem a transformação e actualização”, apontou Ho Iat Seng. O líder da RAEM comentou que o mundo está a viver mudanças “sem precedentes”, que foram aceleradas pela epidemia. No discurso indicou ainda que Macau vai expandir o intercâmbio e cooperação económica, comercial e tecnológica, bem como apoiar o país “na busca de níveis mais elevados de abertura ao exterior e de desenvolvimento de maior qualidade”. A agência Lusa noticiou que o vice-primeiro-ministro chinês, Han Zheng, num vídeo divulgado na Conferência do Fórum, reforçou a aposta no multilateralismo e na rejeição do proteccionismo, tendo defendido que “a competição promove o crescimento”, mas o reforço da cooperação é o caminho a seguir. Sobre a pandemia da covid-19, o secretário-geral do Fórum Boao para a Ásia, Li Baodong, afirmou que a conferência só pode ser realizada devido “ao controlo bem-sucedido” na China Continental e em Macau. De acordo com a Lusa, o presidente do Fórum Boao e antigo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moo, frisou que a tecnologia será fundamental para estancar a crise económica provocada pela pandemia.
Pedro Arede SociedadeHong Kong | Carrie Lam visita Macau entre hoje e amanhã [dropcap]A[/dropcap] Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam inicia hoje uma visita de dois dias a Macau. De acordo com uma nota oficial divulgada pelo Governo do território vizinho, Carrie Lam vai participar na cerimónia de inauguração do Fórum Internacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do Fórum Boao para a Ásia, agendado para amanhã de manhã. Durante a visita a Macau, Carrie Lam será acompanhada por Alfred Sit, secretário para Inovação e Tecnologia e Chan Kwok-ki, director do gabinete da Chefe do Executivo de Hong Kong. Numa nota publicada ontem, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus garante estarem reunidas todas as condições para a realização “tranquila e segura” do evento, justificando o facto de Carrie Lam não ter de fazer quarentena à chegada a Macau. “A delegação da RAEHK acabou de terminar uma visita oficial no Interior da China. Fará um novo teste de ácido nucleico em Hong Kong na véspera da chegada a Macau e após a entrada na RAEM irá sujeitar a outro teste de ácido nucleico. Só após o conhecimento dos resultados e caso estes sejam negativos, é que a delegação irá participar em actividades, que são limitadas a 24 horas na RAEM”, pode ler-se no comunicado.
Hoje Macau PolíticaFórum de Boao | Chefe do Executivo parte amanhã para Hainão [dropcap]O[/dropcap]Chefe do Executivo, Chui Sai On vai participar, amanhã e na quinta-feira, na reunião anual do Fórum Boao para a Ásia, a ter lugar na província de Hainão. Num comunicado, divulgado ontem, o gabinete do porta-voz do Governo dá ainda conta de que a Comissária do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China em Macau, Shen Beili, foi novamente convidada a participar como assessora da delegação da RAEM. O tema principal do Fórum Boao será “Destino comum – acção comum – desenvolvimento comum”.
Hoje Macau China / ÁsiaFórum Boao | António Guterres lembra na China benefícios da globalização [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou ontem que a globalização “trouxe vários benefícios”, durante um fórum económico no sul da China, apelando contra o isolacionismo, proteccionismo e exclusão. “Estou profundamente convencido de que a globalização é universal e que trouxe vários benefícios, como a integração económica e o comércio”, afirmou Guterres. O secretário-geral da ONU, que falava na abertura do fórum Boao, lembrou que a globalização ajudou a reduzir a pobreza, mas que muitas pessoas foram deixadas para trás. Ainda assim, Guterres apelou a uma distribuição mais justa dos recursos. Fundado em 2001, o fórum celebra-se na ilha de Hainan, extremo sul da China, e tem nesta edição o tema “uma Ásia aberta e inovadora para um mundo próspero”. O evento conta ainda com a presença do Presidente chinês, Xi Jinping, a directora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, e os Presidentes das Filipinas e da Áustria, Rodrigo Duterte e Alexander van der Bellen. Portugal, que em 2017 esteve representado pelo então ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral, não teve este ano participação a nível ministerial.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Xi promete abertura e melhores condições para firmas estrangeiras O Presidente chinês prometeu ontem reduzir os impostos sobre a importação de automóveis, abrir mais o mercado chinês e melhorar as condições para as firmas estrangeiras, numa altura de intensas disputas comerciais com Washington [dropcap style≠‘circle’]N[/dropcap]o discurso inaugural do fórum Boao, conhecido como o “Davos asiático”, Xi Jinping não mencionou o Presidente norte-americano, Donald Trump, mas mencionou pontos que são chave na crescente tensão com os Estados Unidos em torno do comércio e partilha de tecnologia. Xi prometeu que a China irá abrir os seus sistemas financeiro e bancário à participação estrangeira e proteger melhor os direitos de propriedade intelectual. “A China não se fechará e irá abrir-se ainda mais”, afirmou Xi, na abertura do fórum Boao, que se realiza em Hainan, extremo sul do país, reafirmando a posição pró-globalização de Pequim, numa altura em que Trump avança com uma agenda protecionista. Pequim vai “baixar significativamente” as taxas sobre as importações de automóveis este ano e reduzir as restrições à participação de empresas estrangeiras naquele sector “o mais rápido possível”, disse o líder chinês. É de salientar, neste aspecto, que a China é o maior mercado automóvel do mundo. Dito nas entrelinhas No mesmo discurso, Xi Jinping não referiu directamente a disputa, mas prometeu encorajar “o intercâmbio regular de tecnologia” e “proteger os direitos legais de propriedade intelectual das firmas estrangeiras”. Na semana passada, os Estados Unidos divulgaram uma lista de importações chinesas avaliadas, no conjunto, em 40.700 milhões de euros, e às quais propõem aplicar taxas alfandegárias, como retaliação pela “transferência forçada de tecnologia e propriedade intelectual norte-americana”. Em reacção, Pequim ameaçou subir os impostos sobre um conjunto de produtos norte-americanos, que em 2017 valeram o mesmo valor nas importações chinesas. No fim de semana passado, Trump ameaçou subir as taxas alfandegárias para produtos chineses num valor adicional de 81.000 milhões de euros.
Hoje Macau Breves PolíticaGrande Baía | Si Ka Lon sugere a criação de zona marítima de turismo mundial [dropcap style≠‘circle’]S[/dropcap]i Ka Lon, deputado à Assembleia Legislativa, considera que o plano geral do desenvolvimento da indústria do turismo de Macau está desactualizado, face às tendências mais recentes da indústria, e entende que há necessidade de melhorar os seus conteúdos. O deputado afirmou que não está incluído no plano geral a cooperação turística com a zona da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, e, por isso, confessou estar preocupado com a perda de oportunidades futuras. O legislador ligado à comunidade de Fujian considera que a RAEM arrisca perder a oportunidade “de enriquecer os elementos turísticos locais através da cooperação regional”. Para evitar esse desfecho, Si Ka Lon interpelou por escrito o Executivo para perguntar se o plano para reforçar os elementos turísticos locais através da cooperação com as cidades da Grande Baía será reforçado. O deputado quer saber se existe um plano do Governo para intensificar a cooperação regional e criar, em conjunto, uma zona marítima de turismo e lazer de nível mundial. Elevadores | Lam Lon Wai exige legislação numa interpelação escrita [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] deputado Lam Lon Wai insiste na necessidade de se legislar em matéria de segurança dos elevadores. Em interpelação escrita, o tribuno apela para que o Executivo avance com medidas concretas e recorda os incidentes que ocorreram com a passagem do tufão Hato pelo território. Mais, há ainda equipamentos que não estão em funcionamento porque não há consenso sobre a sua reparação. Para Lam Lon Wai é preciso o apoio da legislação para resolver as questões da segurança e do bom funcionamento dos elevadores. Nesse sentido, o deputado quer saber quando vão avançar os trabalhos legislativos. Fórum de Boao | Chefe do Executivo participa hoje e amanhã como convidado [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, participa hoje e amanhã, na qualidade de convidado, na reunião anual do Fórum de Boao para a Ásia, que decorre na província de Hainão. Segundo um comunicado do Gabinete do Porta-voz do Governo, o Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China em Macau, Ye Dabo, foi novamente convidado a integrar a delegação da RAEM como assessor. O Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, que também estará presente, irá participar na sessão temática sobre a Grande Baía Guangdong – Hong Kong – Macau. À margem do Fórum Boao, Fernando Chui Sai On tem previstos encontros com responsáveis provinciais e municipais, refere a mesma nota oficial.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Xi e Guterres presentes no Fórum Boao, o “Davos Asiático” [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, assistirá esta semana ao Fórum Boao, conhecido como o “Davos Asiático”, e que contará também com o secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês A directora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, e os Presidentes das Filipinas e da Áustria, Rodrigo Duterte e Alexander van der Bellen, respectivamente, também estarão presentes, afirmou Wang Yi. O evento, que se celebra entre 8 e 11 de Abril, contará ainda com os primeiros-ministros de Singapura, Holanda, Mongólia e Paquistão, acrescentou. Portugal, que em 2017 esteve representado pelo ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, não terá este ano participação a nível ministerial. Fundado em 2001, o fórum celebra-se na cidade chinesa de Boao, na ilha tropical de Hainan, no extremo sul do país, e tem nesta edição o tema “uma Ásia aberta e inovadora para um mundo próspero”. O discurso de inauguração caberá a Xi Jinping, indicou Wang Yi, adiantando que o líder chinês vai reunir-se com mandatários estrangeiros presentes na iniciativa. É a terceira vez que Xi assiste ao fórum, desde que assumiu o cargo de Presidente, o que mostra o “seu compromisso e forte apoio”, segundo Wang Yi. “Boao converteu-se numa importante ponte entre a China e o resto do mundo”, destacou o ministro. A edição deste ano vai dar especial importância ao processo de reforma e abertura económica, adoptado pelo China há 40 anos, e que permitiu ao país converter-se na segunda maior economia mundial. Mais de dois mil líderes políticos e económicos, entre os quais directores de grandes multinacionais chinesas e estrangeiras, vão estar presentes no fórum. Bolsas encolhem O encontro de acontece numa altura em que se desenrola uma guerra comercial entre as duas maiores potências económicas mundiais. As principais bolsas mundiais registaram quedas pelo segundo dia consecutivo, com investidores a reagir às crescentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, noticiou ontem a agência Associated Press (AP). A tensão comercial entre os Estados Unidos e a China agravou-se depois de Pequim ter anunciado na segunda-feira novas tarifas sobre produtos agrícolas, uma retaliação contra as taxas na importação de aço e alumínio, aplicadas pela administração de Donald Trump. Como consequência, os mercados da China, Japão e Coreia do Sul caíram na terça-feira e o iene subiu em relação ao dólar. A bolsa de Xangai abriu com uma queda de 1,05 por cento, o índice Nikkei, de Tóquio, caiu 1,28 por cento, e o indicador Kospi, de Seul, desceu 0,21 por cento. Na segunda-feira, também a bolsa de Wall Street fechou em forte recuo, com o receio do agravar das tensões comerciais internacionais e com os investidores a provocarem a queda de alguns valores simbólicos da tecnologia, como a Amazon ou a Intel. O crescente escrutínio público das empresas de tecnologia é apontado como outro motor de queda dos mercados mundiais, verificando-se uma “queda acentuada” das acções de várias empresas, como a Amazon, a Intel e a Tyson, de acordo com a AP. A Amazon, empresa transnacional de comércio electrónico, afundou no último fim-de-semana, enquanto o Facebook entrou em colapso com o “crescente escândalo” de privacidade que continua a pesar nas ações da empresa. A iminente ameaça de uma regulamentação mais rigorosa no sector de tecnologia na Europa e nos EUA levou os investidores a retirar dinheiro de empresas como a Netflix, a Microsoft e a Alphabet, empresa-mãe do Google, avançou a mesma fonte. Depois de um mês de negociações públicas entre os Estados Unidos e vários outros países, a China foi o primeiro estado a colocar tarifas sobre produtos dos EUA em retaliação contra as recentes sanções comerciais do governo Trump. Destaque: Fundado em 2001, o fórum celebra-se na cidade chinesa de Boao, na ilha tropical de Hainan, no extremo sul do país, e tem nesta edição o tema “uma Ásia aberta e inovadora para um mundo próspero”.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Macau pode oferecer bons serviços, diz Roger Coles Roger Coles, presidente da Organização Mundial de Lazer (OML), considera que Macau vai enfrentar um problema de não poder prestar serviço a turistas internacionais. O responsável diz que o território deve melhorar a qualidade dos serviços turísticos neste âmbito. Citado pelo canal chinês da TDM, Roger Coles, que falou no âmbito do Fórum Boao, em Hainão, garantiu que o número de turistas chineses é cada vez maior e que uma grande parte vai ter contacto com os serviços de turismo de Macau. Roger Coles referiu que a China tem potencial para oferecer um bom serviço turístico e que Macau também pode desempenhar um papel mais importante nessa área, mas sem descurar os turistas internacionais. Entretanto, na terça-feira, o Chefe do Executivo, Chui Sai On, teve um encontro com o presidente do Conselho do Turismo da RAEHK, Peter Lam Kin-Ngok, que liderou uma delegação do Conselho da Indústria do Turismo de Hong Kong a Macau. Peter Lam Kin-Ngok disse acreditar que, tendo em conta que Hong Kong e Macau partilham do mesmo ambiente, “ambos devem apoiar-se mutuamente”. O mesmo responsável fez votos para que, após a conclusão da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, os dois territórios também possam desenvolver mais a relação existente assim como a cooperação na área do turismo. A questão da diversificação das fontes de turismo esteve também em cima da mesa, com o director-executivo do Conselho do Turismo da RAEHK, Anthony Lau, a prever uma possibilidade de uma nova diminuição no número de turistas para este ano, “devido ao impacto de vários factores”. A cooperação com Macau na meta “uma viagem, vários destinos” e o explorar do mercado indiano, “devido ao seu potencial”, foram outros dos temas em conversa.