Jorge Rodrigues Simão Perspectivas VozesGeoturismo e Parques Temáticos “Through our close the partnerships with the globally renowned IPs, LINE FRIENDS, we hope to discover more unique tourism resources, enhance Macau’s tourism appeal, and promote “IP + Tourism” as the diversified development of the tourism industry. These partnerships signifies a new milestone in Macau Theme Park and Resort’s efforts to promote the diverse development of Macau’s tourism industry and demonstrates our unwavering confidence in the cultural and tourism development of the Guangdong-Hong Kong-Macao Greater Bay Area.” Angela Leong No século XXI, o turismo evoluiu para além do mero deslocamento e lazer, tornando-se um campo estratégico de produção simbólica, desenvolvimento territorial e diplomacia cultural. Neste contexto, os parques temáticos integrados em hotéis e resorts emergem como dispositivos sofisticados de geoturismo não apenas pela sua capacidade de atrair visitantes, mas pelo poder de narrar o território, reinterpretar identidades e gerar valor cultural. O conceito de geoturismo, tal como definido por organizações internacionais e instituições académicas, vai muito além da apreciação cénica. Refere-se a uma forma de turismo que valoriza a geografia, cultura, história e identidade de um lugar. Trata-se de uma abordagem que transcende o turismo convencional, oferecendo uma imersão interpretativa no espaço vivido. O geoturismo não consome o território, mas revela-o, narra-o e enobrece-o. Neste sentido, os parques temáticos inseridos em hotéis e resorts representam uma evolução paradigmática. Ao integrar narrativa, arquitectura, gastronomia, arte e memória, estes espaços tornam-se plataformas de interpretação territorial, onde o visitante não é meramente acomodado, mas envolvido numa dramaturgia identitária. Ao contrário dos parques de diversões convencionais, os parques temáticos hoteleiros funcionam como dispositivos de territorialização simbólica. Cada elemento desde a cenografia à programação cultural é concebido como um acto de interpretação. A piscina deixa de ser um mero espaço de lazer e torna-se uma evocação da geografia local. O restaurante não serve apenas refeições mas oferece também composições gustativas que narram o território. O quarto não é apenas abrigo mas transforma-se num palco de imersão temática. Estas empreitadas operam como micro-repúblicas culturais, onde o território é dramatizado, estetizado e experienciado. A sua força reside na capacidade de transformar o espaço em linguagem, o serviço em narrativa e o consumo em reconhecimento. O valor dos parques temáticos hoteleiros no contexto do geoturismo ultrapassa largamente a experiência do visitante. É estratégico, institucional e simbólico. Estes empreendimentos geram capital simbólico ao posicionar o território como espaço criativo e narrativo; contribuem para o reconhecimento internacional como no caso de Macau, designada “Cidade Criativa pela UNESCO”; promovem a diplomacia cultural ao integrar saberes locais com técnicas globais; estimulam economias territoriais ao valorizar produtos, ingredientes e talentos locais; e fortalecem a identidade colectiva ao oferecer experiências que educam, comovem e conectam. Apesar da sua originalidade e poder narrativo, o modelo dos parques temáticos como dispositivos de geoturismo permanece subdesenvolvido na literatura internacional. A maioria dos estudos foca-se em parques de diversões ou resorts convencionais, ignorando as dimensões territoriais e simbólicas destas empreitadas híbridas. É essencial reconhecer e aprofundar esta categoria analítica emergente de arquitecturas de experiência territorial que dramatizam o lugar através da hospitalidade temática. Os parques temáticos integrados em hotéis e resorts representam uma inovação estratégica no campo do geoturismo. Ao transformar o território em narrativa, a hospitalidade em dramaturgia e o visitante em intérprete, estes espaços inauguram uma nova forma de turismo mais sensível, inteligente e comprometida com a valorização cultural. O seu valor reside não apenas na estética ou entretenimento, mas na sua capacidade de produzir reconhecimento, pertença e legado. São, portanto, instrumentos de diplomacia simbólica, desenvolvimento territorial e inovação cultural. E como tal, merecem ser estudados, protegidos e replicados como modelos de excelência no turismo contemporâneo. Angela Leong e o seu filho Arnaldo Ho desempenharam papéis fundamentais na criação do Lisboeta Macau e na sua actual gestão, não apenas como um empreendimento comercial, mas como uma homenagem à identidade cultural e à memória colectiva dos residentes de Macau. Com uma arquitectura nostálgica inspirada em marcos históricos como o Hotel Estoril e o Macau Palace, o projecto reflecte um profundo respeito pelo património da cidade e uma vontade clara de preservar o seu carácter único face à modernização acelerada. A longa trajectória de Angela Leong na Assembleia Legislativa de Macau e o compromisso público de Arnaldo Ho em “nunca esquecer as suas raízes em Macau” evidenciam a dedicação de ambos à comunidade local. A liderança que exercem neste projecto revela uma visão mais ampla que valoriza o reconhecimento dos residentes, a continuidade cultural e a protecção do tecido social de Macau, garantindo que a população permaneça no centro da evolução da cidade. O Lisboeta Macau constitui um exemplo emblemático desta abordagem. Ao integrar parque temático, hospitalidade, gastronomia e programação cultural, o complexo oferece uma leitura inovadora da identidade sino-portuguesa. A sua arquitectura evoca a Lisboa histórica, enquanto os espaços interiores celebram a fusão cultural que define Macau. Posicionado entre a memória urbana e a inovação turística, o Lisboeta Macau não é apenas um hotel é, em essência, uma obra de arquitectura narrativa que transforma o território em experiência. Localizado na zona do Cotai, entre grandes resorts de jogo e centros de convenções internacionais, o Lisboeta Macau emerge como uma alternativa disruptiva, com um parque temático que não apenas entretém, mas também reflecte, preserva e comunica. A sua proposta é radicalmente distinta dos modelos convencionais de turismo asiático. Articula memória urbana, estética retrofuturista e identidade sino-portuguesa numa linguagem espacial que transcende o espectáculo e inscreve-se na pedagogia do lugar. Em vez de importar narrativas globais, o Lisboeta Macau constrói a sua própria mitologia urbana, sensorial e profundamente enraizada na história de Macau. O parque temático é concebido como uma extensão simbólica da cidade, uma cartografia afectiva que reinterpreta o Macau das décadas de 1960 e 1970 através de uma lente contemporânea. A arquitectura do complexo incorpora fachadas inspiradas em edifícios históricos, calçadas portuguesas estilizadas, iluminação evocativa de antigos bairros comerciais e cenários que remetem à vida urbana pré-moderna. Cada elemento é desenhado para funcionar como signo, vestígio e evocação. Entre as suas características distintivas destaca-se o mencionado design retrofuturista, que combina nostalgia e inovação para criar uma atmosfera visual que simultaneamente honra o passado e projecta o futuro. Esta fusão é rara no turismo temático, onde a maioria dos empreendimentos opta por estéticas futuristas genéricas ou descontextualizadas. O cenário urbano recria ruas, praças e fachadas que recordam o Macau histórico, promovendo a memória colectiva como experiência sensorial. Os visitantes não se limitam a observar mas também habitam, percorrem e interagem com uma cidade reimaginada. A narrativa integrada é outro traço definidor pois cada espaço dentro do parque conta uma história. Gastronomia, decoração, atracções e até os percursos pedonais são concebidos como capítulos de uma narrativa territorial. O Lisboeta Macau não é um parque temático sobre Macau, mas é Macau contado através da linguagem do espaço. A experiência oferecida é totalizante. Não se trata de um conjunto de atracções isoladas, mas de uma cartografia cultural onde cada elemento serve a identidade territorial. Quando comparado com outros parques temáticos integrados em hotéis na Ásia, a singularidade do Lisboeta Macau torna-se evidente. Em Singapura, o “Resorts World Sentosa” oferece experiências centradas em marcas globais como “Transformers” ou “Jurassic Park”. Em Tóquio e Hong Kong, os hotéis da Disney replicam universos ficcionais que poderiam existir em qualquer parte do mundo. Na China continental, empreendimentos como o “Chimelong Hotel” ou o “Hangzhou Songcheng Park” misturam elementos culturais locais com entretenimento de massas, mas sem coerência narrativa territorial. Na Tailândia, hotéis como o “The Okura Prestige Bangkok” apresentam cenários temáticos discretos, sem parques integrados. Nenhum destes projectos articula, como o Lisboeta Macau, uma proposta de parque temático simultaneamente urbana, histórica, sensorial e educativa. Nenhum transforma o território em narrativa experiencial. Nenhuma propõe o turismo como forma de leitura espacial. O Lisboeta Macau encarna plenamente os princípios do geoturismo e da diplomacia cultural, entendidos como práticas turísticas que sustentam e valorizam o carácter geográfico de um lugar, incluindo o seu ambiente, cultura, estética, património e bem-estar dos residentes. Além disso, desempenha um papel estratégico para Macau ao oferecer uma alternativa ao turismo de jogo, contribuindo para a diversificação da economia local; ao celebrar a fusão sino-portuguesa, reforça a imagem da cidade como ponte entre culturas; e ao integrar memória urbana com inovação temática, posiciona-se como referência internacional no turismo cultural com identidade. O Lisboeta Macau não é apenas inovador; é singular. Num mundo onde o turismo se tornou espectáculo, propõe uma experiência com alma, história e território. Uma jornada que não apenas entretém, mas reflecte; que não apenas atrai, mas educa; que não apenas diverte, mas transforma. Este projecto constitui um novo paradigma no turismo temático hoteleiro, sem equivalentes directos na Ásia ou noutras regiões. É arquitectura narrativa, pedagogia espacial, diplomacia simbólica. Em suma, é uma obra que merece ser reconhecida, protegida e disseminada como referência internacional em inovação cultural e territorial. (Continua)
João Santos Filipe Manchete PolíticaTurismo | Sam Hou Fai reforça compromisso com “bairro internacional” O Chefe do Executivo quer promover a economia local com “um bairro internacional turístico e cultural integrado”, para mostrar Macau como uma “janela” de “intercâmbio e aprendizagem” e promover a “excelência da cultura chinesa” O Chefe do Executivo comprometeu-se a criar “um bairro internacional turístico e cultural integrado” para mostrar Macau como uma “janela importante para o intercâmbio e aprendizagem mútua entre a civilização chinesa e a civilização ocidental”. O plano foi apresentado num encontro com o Ministro da Cultura e Turismo, Sun Yeli, na sexta-feira, e visa atrair “mais visitantes, dinamizando a economia local”, de acordo com uma nota de imprensa oficial. Sam Hou Fai terminou na semana passada uma visita a Pequim, onde teve encontros com vários governantes chineses. Uma das paragens foi no Ministério da Cultural e Turismo, na qual o Chefe do Executivo destacou que o “Governo da RAEM está empenhado em enriquecer, constantemente, os elementos de Macau como um centro mundial de turismo e lazer” e acelerar o desenvolvimento das indústrias cultural e desportiva para impulsionar a criação da “Cidade Cultural” e “Cidade do Desporto”. Sam Hou Fai destacou também que Macau deve promover “a prosperidade das indústrias culturais e turísticas através de meios diversificados” para “apresentar melhor a cidade ao mundo e difundir a excelência da cultura chinesa, através do intercâmbio internacional entre as pessoas”. Os quatro grandes No mesmo dia, o dirigente do Governo de Macau teve um encontro com o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, Zheng Shanjie. Durante a reunião, Sam vincou que o Governo “está a avançar ordenadamente com a implementação dos quatro grandes projectos” que identificou como a “Cidade Internacional de Ensino Superior em Hengqin”, onde vão ser abertos os pólos de várias universidades locais, a “Zona Complexa Turística e Cultural Internacional de Macau”, que tinha sido apresentada anteriormente a Sun Yeli, o “Complexo Aéreo na Bacia Oeste do Rio das Pérolas” e ainda “o Parque Industrial de Pesquisa e Desenvolvimento de Ciências e Tecnologias de Macau”. À luz destes projectos, Sam pediu à Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma que “continue a dar orientações e apoios para que Macau possa aperfeiçoar os planos, aprofundar as cooperações regionais, integrar-se da melhor forma na conjugação global do desenvolvimento nacional, injectando mais dinamismo e impulso à diversificação adequada do desenvolvimento económico de Macau”.
Nunu Wu Manchete SociedadeTurismo| Prevista subida de dois dígitos do número de visitantes O Centro de Intercâmbio de Turismo da Ásia reviu em alta as previsões para a entrada de turistas chineses em Macau na segunda parte de 2025. O organismo que estuda o sector, sob a alçada Ministério da Cultura e Turismo da China, estima que o fluxo de residentes da RAEM para o Interior também aumente O Centro de Intercâmbio de Turismo da Ásia juntou-se ao coro de entidades que estimam o aumento do fluxo de turistas entre as regiões administrativas especiais e a China na segunda metade deste ano. Num estudo publicado na terça-feira, o organismo sob a alçada do Ministério da Cultura e Turismo da China, prevê o aumento anual de dois dígitos em todas as previsões sobre entradas de turistas no segundo semestre de 2025. O novo estudo, que revê em alta as previsões anteriores da entidade nacional, estima que Macau seja visitada por cerca 28,5 milhões de turistas na segunda metade deste ano. A nova projecção representa um aumento de meio milhão de turistas face à estimativa feito no início deste ano, e uma subida de 16,4 por cento em comparação com o mesmo período de 2024. Por outro lado, é também previsto o aumento do número de residentes de Macau a entrar no Interior da China na segunda metade de 2025. O organismo ligado ao Governo Central aponta para um aumento de 35,5 milhões para 37,5 milhões de entradas para a China, ou seja, uma subida de 11,4 por cento em termos anuais. Em relação ao fluxo nas fronteiras entre Hong Kong e o Interior da China, é previsto um aumento de 3,5 milhões de turistas chineses a visitar a RAEHK, face à estimativa inicial, para 93,5 milhões visitantes, um total que representa uma subida de 13,1 por cento em comparação com o segundo semestre de 2024. A grande fotografia Quanto à proporção de turistas por semestre, o Centro de Intercâmbio de Turismo da Ásia estima que no cômputo geral do movimento de turistas entre as regiões administrativas especiais e o Interior da China, o segundo semestre ocupe entre 51 e 54 por cento do volume total de visitantes de 2025, “se não acontecer um incidente súbito”. Os analistas salientam que a evolução dos fluxos turísticos segue a tendência de crescimento verificada na primeira metade de 2025. Porém, a revisão em alta foi justificada com a implementação de medidas facilitadoras a nível de vistos e travessias de fronteiras, assim como a realização de actividades e festividades atractivas em termos turísticos. Neste capítulo, os analistas destacam a realização dos próximos Jogos Nacionais como mais um factor potenciador para os mercados turísticos das regiões organizadoras.
João Luz Manchete SociedadeTurismo | Mais de 22,6 milhões de turistas até Julho Nos primeiros sete meses do ano, mais de 22,6 milhões de turistas visitaram Macau, quase mais 15 por cento em termos anuais, marca que pode representar um retorno aos tempos antes da pandemia. Só em Julho, entraram em Macau mais de 3,4 milhões de turistas, a larga maioria excursionistas chineses Entre o início deste ano e o fim de Julho entraram em Macau 22.676.906 turistas, total que significa um aumento de 14,9 por cento face ao mesmo período do ano passado, impulsionado em grande parte pela subida do mercado excursionista vindo do Interior da China. A fasquia ultrapassa metade da previsão da directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes, de um total entre 38 e 39 milhões de entradas no fim de 2025, quando ainda falta o período tradicional de época alta relativos aos feriados nacionais de Outubro. Seguindo este ritmo de entradas, 2025 pode fechar com números semelhantes ao período pré-pandémico. Recorde-se que em 2019, Macau foi destino escolhido por cerca de 39,4 milhões de turistas. Segundo dados revelados na sexta-feira pela Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), dos cerca de 22,7 milhões de visitantes, número de entradas de excursionistas foi de quase 13,2 milhões, enquanto os turistas individuais totalizaram 9,5 milhões, representando aumentos anuais de 25,5 e 2,8 por cento, respectivamente Apesar do aumento de pessoas a visitar Macau, a sua estadia no território diminuiu 0,1 dias para 1,1 dias, em relação aos primeiros sete meses de 2024. A DSEC explica a descida com o “aumento da proporção de excursionistas em relação ao total de visitantes”, uma vez que o período médio de permanência dos excursionistas (0,2 dias) e o dos turistas (2,3 dias) se mantiveram. Bons vizinhos No mês passado, mais de 3,4 milhões de visitantes entraram em Macau. O registo mensal de Julho foi o mais elevado desde Janeiro, quando o território foi visitado por 3,65 milhões de turistas. Mas dos 3.458.366 visitantes que se deslocaram ao território, mais de metade (1.980.732) eram excursionistas, o que representa um aumento de 24,1 por cento face ao mesmo mês do ano anterior, refere-se na nota da DSEC. O número de turistas (1.477.634) também aumentou 3,7 por cento, em termos anuais. A maioria dos visitantes (2.563.212) era proveniente do Interior da China – mais 17,4 por cento -, sendo que 625.343 chegaram de Hong Kong e 92.037 de Taiwan, uma subida homóloga de 6,2 e 21,4 por cento, respectivamente. O número de visitantes vindos das nove cidades do Delta do Rio das Pérolas da Grande Baía foi de 1.225.642, mais 23 por cento, face a Julho de 2024, graças ao aumento de 56,8 por cento dos visitantes provenientes de Zhuhai. No que diz respeito aos visitantes internacionais (177.774), refere ainda a DSEC, o aumento registado foi de 2,8 por cento. Neste capítulo, destaque para os turistas vindos da Tailândia que subiram 48,9 por cento, para um total de 12.352, face a Julho do ano passado.
Hoje Macau PolíticaTurismo | Pedidas medidas para diversificar origem dos visitantes Samuel Tong, presidente do Instituto de Gestão de Macau, defendeu que o Governo deve lançar mais medidas para atrair turistas de outras províncias chinesas além de Guangdong, tendo em conta que o número de visitantes do resto do país, nos primeiros quatro meses deste ano, registou um aumento de apenas 4 por cento em termos anuais. Segundo o jornal Ou Mun, o académico lembrou que a medida de acrescentar mais oito cidades à política de “visto individual” para deslocações a Macau e Hong Kong já está em vigor há um ano. Assim, Samuel Tong destacou que os turistas portadores de “visto individual” oriundos de outras cidades e províncias além de Guangdong registaram uma tendência de queda, destacando o caso das cidades do norte e leste da China em que se demora duas a três horas para viajar para o Japão ou Coreia do Sul, o mesmo tempo gasto numa viagem para Macau ou Hong Kong, tratando-se, porém, de destinos mais atractivos. Samuel Tong sugere a criação de mais voos directos entre as cidades do país mais longínquas e as duas regiões administrativas especiais. Por sua vez, o presidente da Associação da Indústria Turística de Macau, Andy Wu, argumentou que o aumento significativo dos turistas de Guangdong faz com que o crescimento de visitantes de outras províncias seja mais lento. Este defende também que o número de voos directos não traz grande efeito positivo ao número de turistas, pois estes podem aproveitar os aeroportos de Zhuhai para se deslocarem a Macau. Ao mesmo jornal, Andy Wu concluiu que o maior problema com o sector turístico em Macau é a queda da capacidade do consumo, sendo necessário pensar em estratégias para levar os turistas a consumir em bairros comunitários fora das zonas com maiores atracções.
Hoje Macau China / ÁsiaTurismo | Viagens aumentam 6,4 por cento durante feriados de Maio A China registou cerca de 314 milhões de viagens domésticas durante o fim de semana prolongado do Dia Internacional dos Trabalhadores (01 de maio), um crescimento homólogo de 6,4 por cento, segundo dados ontem divulgados. As despesas turísticas também aumentaram este ano, informou o Ministério da Cultura e do Turismo, atingindo 180,3 mil milhões de yuan, um aumento de 8 por cento, face ao ano anterior. As autoridades já tinham previsto um aumento da actividade turística durante as férias de 01 a 05 de Maio, com as reservas a apontarem para uma preferência por viagens de longa distância dentro do país. O país asiático registou cerca de 10,89 milhões de viagens de entrada e saída durante o feriado, um aumento de 28,7 por cento em relação ao mesmo período de 2024, de acordo com a Administração Nacional de Imigração. O sector do turismo, um dos mais afectados pela pandemia de covid-19 e pela política de “covid zero”, que fechou as fronteiras do país asiático durante três anos, é uma das grandes esperanças do Governo chinês para impulsionar o consumo e fortalecer sectores como a restauração, os transportes e o comércio a retalho. Em Março, o Governo divulgou um plano de acção com orientações para garantir um ambiente favorável ao consumo, para o qual desenhou propostas como a protecção dos direitos laborais em termos de descanso e férias, a melhoria das infraestruturas comerciais e a redução das restrições ao consumo. De acordo com os dados oficiais, a segunda maior economia do mundo cumpriu o objectivo de crescimento de 5 por cento em 2024, mas os analistas continuam a apontar problemas como a fraca procura interna e internacional, a guerra comercial, os estímulos insuficientes, uma prolongada crise imobiliária e a falta de confiança dos consumidores e do sector privado.
Hoje Macau SociedadePrimeiro trimestre foi segundo melhor de sempre em número de turistas Macau recebeu até Março 9,86 milhões de visitantes, mais 11,1 por cento do que no mesmo período de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano, foi ontem anunciado. De acordo com dados oficiais, o número de turistas que passou pelo território só foi superado no primeiro trimestre de 2019, quando registou quase 10,4 milhões de visitantes. No entanto, segundo a Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), cerca de 59 por cento dos visitantes (5,82 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na cidade. Em 2024, o Governo Central divulgou uma série de medidas de apoio a Macau, como o aumento do limite de isenção fiscal de bens para uso pessoal adquiridos por visitantes da China. Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas alargaram a mais 10 cidades da China a lista de locais com “vistos individuais” para visitar Hong Kong e Macau. Além disso, desde 1 de Janeiro passado que os residentes da vizinha cidade de Zhuhai podem visitar Macau uma vez por semana e ficar até sete dias. Em resultado, a esmagadora maioria (90,8 por cento) dos turistas que chegaram a Macau nos três primeiros meses do ano vieram do Interior da China ou Hong Kong. Ainda assim, o número de visitantes internacionais cresceu mais depressa, 16,9 por cento em comparação com o primeiro trimestre de 2024, para mais de 682 mil. No entanto, este valor representa uma queda de 20,3 por cento em comparação com o mesmo período de 2019, antes do início da pandemia de covid-19. Grupos alvo Em 10 de Abril, a directora dos Serviços de Turismo de Macau (DST), Maria Helena de Senna Fernandes, disse que em 2025 a prioridade vai continuar a ser “captar turistas internacionais”, participando em feiras no estrangeiro e organizando actividades no território. A directora da DST recordou que Macau vai receber em Junho a reunião semianual da Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos e, em Dezembro, o congresso anual da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT). Em Agosto, Senna Fernandes apontou como meta mais de três milhões de visitantes internacionais em 2025. Macau recebeu no ano passado 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8 por cento do que no ano anterior, mas ainda longe do recorde de 39,4 milhões fixado em 2019, antes da pandemia.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Quase 409 mil visitantes em três dias Entre sexta-feira e domingo, 408.778 visitantes entraram em Macau, segundo dados divulgados pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública. O fim-de-semana prolongado pelo feriado Cheng Ming (dia dos finados) registou um número de entradas de visitantes progressivamente menor, ou seja, depois dos mais de 173 mil turistas que chegaram a Macau na sexta-feira, o número foi diminuindo até domingo. Como manda a tradição, o posto fronteiriço das Portas do Cerco registou o maior fluxo de travessias, com 185.152 entradas de visitantes nos três dias, seguido pelo posto da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, com 81.464 entradas e o posto de Hengqin com 62.854. Com o registo durante o fim-de-semana prolongado, o número de entradas em Macau desde o início do ano ultrapassou os 10 milhões de visitantes.
Hoje Macau SociedadePortugal lidera delegação europeia à feira internacional de turismo Profissionais do sector turístico e jornalistas portugueses vão liderar uma delegação europeia à feira internacional de turismo de Macau, de 25 a 27 de Abril, disseram à Lusa as autoridades da região. A Direcção dos Serviços de Turismo de Macau (DST) revelou que uma delegação europeia vai participar na 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau (MITE, na sigla em inglês). Numa resposta escrita, a DST acrescentou que a delegação está a ser organizada pela Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT). Macau vai receber em Junho a reunião semianual da Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos (ECTAA, na sigla em inglês). “Eu acho que é um bom começo”, disse, em 17 de Janeiro, a directora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes. “Embora vá ter menos do que 100 pessoas, eles representam, no todo, 80 mil agências de viagens de toda a Europa”, sublinhou a dirigente. “Isto é também um resultado de boa colaboração entre nós e a APAVT, porque foi através da APAVT que nós fomos apresentados à ECTAA”, disse Senna Fernandes. Ajuda lusitana Senna Fernandes acrescentou que Portugal pode ajudar a região a atrair no futuro mais visitantes vindos do resto da Europa. “Portugal não serve só para atingir Portugal. Portugal serve também para nos ajudar a atingir o mercado europeu”, disse Senna Fernandes. Em Abril de 2024, a vice-presidente da ECTAA, Heli Mäki-Fränti, disse à Lusa, durante a 12.ª MITE, que a reunião no território acontece “por iniciativa” da APAVT. Será a segunda vez que a ECTAA se reúne fora da Europa, após Kuala Lumpur, na Malásia. A confederação escolheu também Macau como destino preferido para 2025. O território quer atrair mais visitantes internacionais e, só este ano, participou na Feira Internacional de Turismo de Madrid, em Janeiro, e na ITB Berlim, a maior feira de viagens do mundo, entre 04 e 06 de Março, além de realizar seminários nos Emirados Árabes Unidos e na Arábia Saudita. Macau não esteve presente na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), que decorreu entre 12 e 16 de Março, mas a DST garantiu que Portugal continua a ser “um mercado prioritário”. A DST recordou que Macau vai acolher, entre 02 e 04 de Dezembro, o 50.º congresso da APAVT, “considerado o maior encontro anual da indústria turística portuguesa e que está previsto reunir entre 700 e 800 participantes”.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Excursionistas internacionais crescem quase 50% No mês de Fevereiro, o número de excursionistas internacionais, ou seja, de outros países que não a China, foi de 19 mil, o que representa um aumento de 44,8 por cento em termos anuais. Destaque para o facto de, deste grupo, 11 mil turistas que vieram em excursões serem oriundos da Coreia do Sul, ou seja, 64,8 por cento. Ainda assim, as excursões com turistas da China continental continuam a dominar, tendo Macau recebido, no mês de Fevereiro, 124 mil turistas do país, com uma ligeira quebra de 0,7 por cento. Em termos globais, o território recebeu 145 mil excursionistas, mais 3,8 por cento face ao mesmo mês do ano passado. Os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) mostram que os estabelecimentos hoteleiros disponibilizavam um total de 44.000 quartos de hóspedes, menos 5,7 por cento, em termos anuais, sendo que a taxa de ocupação média dos quartos de hóspedes fixou-se em 90,6 por cento, mais 5,5 por cento. O período médio de permanência dos hóspedes manteve-se em 1,6 noites.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Número de visitantes com quebra de 4,4% em Fevereiro Em Fevereiro, o número de entradas de visitantes em Macau foi de 3,147 milhões, o que representou uma quebra de 4,4 por cento em comparação com igual período do ano passado. De acordo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), a redução do número de turistas deveu-se “principalmente à elevada base de comparação” e à data dos feriados dos Ano Novo Lunar. Segundo as explicações da DSEC, no ano passado houve oito dias dos feriados do Ano Novo Lunar que coincidiram com mês de Fevereiro. No entanto, neste ano, alguns dos dias dos feriados foram em Janeiro, o que fez com que houvesse menos visitantes. Em concreto, o número de turistas, ou seja, pessoas que viajam por si para o território, sofreu uma quebra de 11,7 por cento, em termos anuais. No entanto, o número de pessoas a viajar em excursões aumentou 1,1 por cento, para 1,89 milhões de pessoas. O período médio de permanência dos visitantes situou-se em 1,1 dias, período idêntico a de Fevereiro de 2024. O período médio de permanência dos turistas foi de 2,2 dias, e o dos excursionistas de 0,3 dias, o que se reflecte em apenas algumas horas no território. O número de entradas de visitantes do Interior fixou-se em 2,29 milhões, menos 6,4 por cento, em termos anuais. Por outro lado, o número de entradas de visitantes internacionais totalizou 207.728, mais 17,9 por cento, em termos anuais.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTuristas | Analistas dizem que aumento não leva a mais receitas A empresa de serviços financeiros CreditSights Inc. indica que muitos dos novos visitantes possuem um poder de compra mais limitado, pelo que os gastos nos casinos são mais baixos A empresa de serviços financeiros CreditSights Inc. acredita que a dissonância entre o aceleramento do número de turistas e a lentidão na recuperação das receitas dos casinos deve persistir ao longo deste ano. A ideia foi defendida num relatório da CreditSights Inc., citado pelo portal GGR Asia, assinada pelos analistas Nicholas Chen e David Bussey. De acordo com as explicações apresentadas pela CreditSights Inc., a recuperação mais lenta das receitas do jogo deve-se à conjugação de dois factores. Por um lado, os visitantes das províncias com maior produto interno bruto, como Cantão, Jiangsu, Zhejiang, Xangai ou Pequim, atingiram os níveis pré-pandemia, o que limita a margem de crescimento entre estes jogadores. Por outro lado, o crescimento dos visitantes deve-se ao facto de os novos turistas terem origem em províncias com menor poder de compra, sem capacidade para gastar os níveis dos jogadores com mais dinheiro. Esta é uma tendência que os analistas acreditam que vai prolongar-se ao longo deste ano. Em Janeiro, o número de visitantes teve um crescimento de 27 por cento, enquanto as receitas do jogo registaram uma redução de seis por cento. Olhando especificamente para as receitas durante o Ano Novo Lunar de Janeiro, que terão ficaram aquém das expectativas dos analistas, a CreditSights Inc. indicou que tal se explica com o menor número de chegadas, nos primeiros dias do Ano Novo Lunar, assim como com o facto de os jogadores possuirem um menor poder de compra. Novas tendências Em relação aos números de Janeiro, os analistas colocaram ainda a possibilidade de muitos dos novos visitantes procurarem alternativas no território, que não passam pelas mesas ou máquinas dos casinos. “Em Janeiro de 2025, a média das receitas brutas do jogo por visitante apresentou uma redução de 26 por cento em relação ao ano anterior, caindo para 5,006 patacas […] Contudo, este valor pode estar distorcido, devido aos visitantes que não foram aos casinos”, foi indicado. Nos últimos meses, os factores negativos a afectar o jogo de Macau tem vindo a multiplicar-se. No início de Fevereiro, um promotor do jogo contou ao portal GGR Asia que a situação económica do Interior se está a reflectir no jogo VIP em Macau e que contribuiu para “corroer” o pouco que restava deste segmento. Recorde-se que com a nova lei do jogo, as autoridades mudaram a lei dos junkets, o que em conjunto com as campanhas na justiça contra alguns promotores, levou a que o segmento VIP registasse uma grande redução.
Andreia Sofia Silva Grande Plano MancheteTurismo | Análise diz que Macau é cada vez mais um destino de lazer Os académicos Pedro Steenhagen e Sofia Xiaoying Hou analisaram a indústria do turismo de Macau, concluindo que, cada vez mais, o território é encarado como um destino de lazer e não tanto como uma terra de jogo. Os autores alertam para o “longo caminho a percorrer no que respeita à promoção do turismo sustentável” O sector do turismo em Macau tem mudado nos últimos anos e as visões dos próprios turistas também, encarando cada vez mais o território como um local onde se pode passear e desfrutar de zonas de lazer, e não tanto como uma terra de jogo. Esta é uma das conclusões da análise “Tourism as a Driver of China’s Cultural Soft Power: The Role of Macau and the Convergences Between the New Silk Road and the Greater Bay Area” [O Turismo como Motor do Soft Power Cultural da China: O Papel de Macau e as Convergências entre a Nova Rota da Seda e a Área da Grande Baía], da autoria de Pedro Steenhagen, da Universidade de Fudan, e Sofia Xiaoying Hou, ligada à Universidade de Estudos Internacionais de Xi’an. A análise à indústria do turismo na RAEM é um dos capítulos do livro “The Palgrave Handbook on China-Europe-Africa Relations”, recentemente editado. Desta forma, conclui-se que “a percepção da imagem de Macau por parte dos turistas tem vindo a mudar nos últimos 10 anos, sendo a RAEM cada vez mais vista como um local de lazer e férias em geral, e não especificamente ou puramente como um centro de jogo”. Acrescenta-se ainda que “a imagem da RAEM como destino turístico está em transição, e as pessoas que visitam Macau têm valorizado muito as suas atracções culturais únicas, incluindo a sua arquitectura e gastronomia, resultado da mistura das culturas e heranças chinesa e portuguesa”. Porém, os autores consideram que “Macau tem ainda um longo caminho a percorrer no que respeita à promoção de um turismo sustentável efectivo”. Entende-se que o turismo sustentável “deve ter plenamente em conta os seus impactos económicos, sociais e ambientais, abordando as necessidades dos visitantes, do sector, do ambiente e das comunidades relacionadas”. Neste campo, os autores destacam, citando outro autor, que “Macau tem feito esforços para alcançar boas notas nestas e noutras matérias, pois a indústria do turismo da RAEM tem vindo a passar por uma ‘revolução silenciosa’ desde o início da pandemia”. Destaca-se também que, a nível mundial, a Organização Internacional do Turismo criou algumas directrizes sobre sustentabilidade, criando “um importante quadro de turismo sustentável”. Para tal foram propostos “cinco pilares fundamentais para avaliar a sustentabilidade do sector turístico de um Estado”, tais como “política e governação do turismo; comércio, investimento, dados e competitividade; emprego, trabalho digno e capacitação; redução da pobreza e inclusão social; e sustentabilidade dos ambientes naturais e culturais”. A Rota da Seda Os académicos analisam também o papel do sector turístico de Macau na estratégia de “Uma Faixa, Uma Rota”, destacando que o território “tem vindo a ganhar um papel de destaque nas políticas locais, regionais e externas, sendo um actor capaz de melhorar a Rota da Seda do Turismo e dinamizar o turismo na região da Grande Baía”. Entende-se que Macau traz novos contributos à forma como a China apresenta a sua cultura, pois “devido ao património e produtos turísticos existentes, apresenta a cultura chinesa aos visitantes estrangeiros através de uma nova lente, mais diversificada, que vai além da tradicional”. Desta forma, permite-se que os turistas, “em especial do mundo lusófono, [criem] uma melhor ligação e compreensão do país através de laços históricos e culturais comuns”. No que diz respeito ao projecto da Grande Baía, considera-se também que tanto essa região como o próprio território de Macau têm “integrado activamente as estratégias de desenvolvimento turístico no quadro da BRI”, ou seja, a “Belt and Road Initiative”, designação inglesa para “Uma Faixa, Uma Rota”. Macau possui “um leque diversificado e distinto de recursos turísticos, tais como as artes, a história, as construções e tradições religiosas, a gastronomia, o desporto, os museus, entre outros”, e as autoridades locais têm procurado, segundo os autores, “marcar a sua indústria turística, promovendo o ‘Turismo+’ com a cooperação transfronteiriça no âmbito da BRI”. A ideia é “criar uma imagem de Macau como uma cidade com culturas diversificadas, integrando os sectores do turismo, entretenimento, cultura, desporto, negócios, convenções e exposições, cuidados de saúde, recreação, tecnologia e grandes eventos”. Melhorias em curso Pedro Steenhagen e Sofia Xiaoying Hou entendem que o Governo de Macau “tem tentado melhorar o soft power cultural e aumentar a atractividade turística através do desenvolvimento de produtos, da melhoria das instalações e de propaganda”, além de que têm sido realizados “projectos para melhorar as instalações, como hotéis, restaurantes, transportes e passeios digitais”. Dá-se o exemplo de dois percursos em formato digital criados pelo Instituto Cultural, nomeadamente, em 2021, “A Casa da Família de Zheng Guanying” e também “Fortaleza da Guia”. De resto, as autoridades têm criado diversas plataformas interactivas com recurso à realidade virtual aumentada. Apesar de todos os esforços apontados às autoridades locais, entende-se que “a RAEM tem ainda um potencial inexplorado para reforçar os laços culturais entre a China e os países de língua portuguesa, podendo esta década apresentar grandes oportunidades nesse sentido”. A aposta turística Neste capítulo, os autores olham também para o posicionamento do turismo na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” por parte de Pequim, tendo em conta que “a China tem vindo a prestar cada vez mais atenção à necessidade de expandir o seu soft power cultural, tanto a nível regional como global”. Desta forma, o país “tem formulado vários planos de desenvolvimento cultural associados a “Uma Faixa, Uma Rota” e à área da Grande Baía, e o turismo tem aparecido constantemente como um elemento essencial da sua estratégia global”. No próprio país “o turismo ganhou relevância, quer como meio de melhorar a imagem internacional, quer como fonte de receitas”. Só em 2018 “cerca de 159 milhões de visitantes viajaram para o país, que investiu 155 mil milhões de dólares em infra-estruturas turísticas – um valor que só fica atrás do dos Estados Unidos, mas que deverá tornar-se o primeiro até 2028 -, uma vez que viu o sector representar 11 por cento do seu produto interno bruto total”. Os autores defendem que “ao ligar e aumentar a dinâmica entre a BRI [Belt and Road Initiative] e a área da Grande Baía, com um esforço interessante na diversificação da economia de Macau e no fortalecimento do seu sector turístico, bem como entre os objectivos nacionais e regionais, a China parece estar a encontrar uma forma de impulsionar o turismo e colher os frutos em termos de soft power cultural”. Assim, e a longo prazo, considera-se que o país “poderá não só fazer crescer o poder das suas narrativas e da sua cultura, mas também melhorar o poder normativo e o posicionamento institucional na cena mundial, sobretudo no que diz respeito às questões de governação”. De referir que o livro “The Palgrave Handbook on China-Europe-Africa Relations” é editado por Yichao Li, Jorge Tavares da Silva, Carlos Rodrigues e Francisco José Leandro, da Universidade de Macau. A edição está a cargo da Palgrave Macmillan.
João Luz Manchete SociedadeTurismo | Preocupações com quebra de visitantes de Hong Kong Andy Wu salienta a necessidade de entender a quebra de turistas vindos de Hong Kong durante os feriados do Ano Novo Lunar, que terão optado por viajar para o Interior da China. Por outro lado, o Governo realça o aumento de 10 por cento de visitantes internacionais, com uma média diária de 7.300 entradas Os feriados do Ano Novo Lunar, um período de época alta do turismo, não foram tão auspiciosos quanto o esperado a nível do número de visitantes. Apesar das enchentes nas ruas, durante os feriados, visitaram Macau quase 1,31 milhões de pessoas, total que representou uma quebra anual de 3,5 por cento. Também as expectativas do Governo saíram goradas, com a média de entradas diárias a ficar aquém dos 185 mil visitantes estimados e a fixar-se em 163,7 mil. No rescaldo dos feriados, num número destaca-se. A quebra de 8,9 por cento dos visitantes oriundos de Hong Kong face aos feriados do Ano Novo Lunar de 2024, para um total de 230 mil pessoas (quase 29 mil por dia). O presidente da Associação de Indústria Turística de Macau, Andy Wu, garante estar optimista em relação à performance do sector em 2025, que estima recuperar até aos níveis de 2019, mas alerta para a necessidade de consolidar os mercados tradicionais, como o Interior da China e Hong Kong. Em declarações ao jornal Exmoo, o representante e empresário do sector explica a diminuição de turistas vindos de Hong Kong com vários factores, como os eventos de grande dimensão organizados na região vizinha nos primeiros dois dias do Ano Novo Lunar, mas, sobretudo com a preferência por destinos no Interior da China. Andy Wu, salienta a facilidade em viajar de comboio para a China a partir da Estação de Kowloon Oeste e a possível propensão dos residentes de Hong Kong em visitar Macau na época baixa. Face a este panorama, o representante do sector indica que as campanhas de promoção do Governo para atrair turistas se focaram no exterior, esforço que deve continuar este ano, sem descurar os mercados tradicionais da China e Hong Kong. Reverso da medalha Apesar da performance aquém das expectativas, Andy Wu entende que não há razões para grandes preocupações e que Macau continua a ser um destino turístico muito apetecível. A Direcção dos Serviços de Turismo destacou ontem o aumento de 10,2 por cento dos visitantes internacionais durante os feriados do Ano Novo Lunar, que chegaram a 58 mil, perto de 7.300 por dia. Importa referir, que apesar do aumento, em termos proporcionais, os turistas internacionais representaram apenas 4,4 por cento do volume total de visitantes. O Governo indica também que, de acordo com os dados fornecidos pelos operadores do sector hoteleiro, durante os feriados, a taxa média de ocupação dos estabelecimentos hoteleiros de Macau foi de 95 por cento, resultado idêntico ao ano passado. O valor mais elevado da taxa de ocupação foi atingido no quarto dia do Ano Novo Lunar (1 de Fevereiro) com 97,8 por cento.
Jorge Rodrigues Simão Perspectivas VozesMacau no Ano da Serpente e o Turismo de Massas “Today’s tourist no longer pays attention to consolidated elements – heritage, cultural, etc. – which have traditionally been located in what has come to be called the tourist bubble, but flees from it in search of what he or she considers authentic.” Constructing the Tourist Bubble Dennis R. Judd Macau, uma região conhecida pela sua rica mistura de culturas portuguesas e chinesas, transformou-se num ponto de atracção turística global, sobretudo nas últimas décadas. Macau tem uma história complexa influenciada por vários intercâmbios culturais. Originalmente uma aldeia piscatória tornou-se uma colónia portuguesa no século XVI, estabelecendo rotas comerciais que ligavam a Ásia à Europa. Com o tempo, Macau começou a servir de porta de entrada para os comerciantes ocidentais que procuravam produtos asiáticos. A transferência de soberania para a China em 1999 marcou uma nova era, com a transição da gestão colonial para um estatuto administrativo especial sob governação chinesa. No início da década de 2000, Macau conheceu um desenvolvimento significativo das suas infra-estruturas turísticas devido às políticas económicas favoráveis à liberalização. O governo incentivou os investimentos estrangeiros, o que levou a um aumento das infra-estruturas destinadas a casinos e hotéis de luxo. Este desenvolvimento diversificou significativamente a economia, criando emprego e estimulando a rápida urbanização. Como resultado, Macau emergiu como um destino de referência não só para o jogo, mas também para o lazer e o entretenimento, atraindo milhões de turistas todos os anos. O ano da Serpente, que ocorre de doze em doze anos e que se verificou em 10 de Fevereiro de 2013, e se repete este ano pode simbolizar uma transformação e um crescimento significativos. Durante este período, Macau registará um afluxo de turistas, principalmente da China continental, contribuindo para a economia local. O modelo de turismo de massas proporcionou benefícios económicos, incluindo o aumento do PIB e das oportunidades de emprego. Todavia, a forte dependência do turismo, especialmente do jogo, coloca riscos para a sustentabilidade económica de Macau. À medida que a indústria do turismo cresce, começam a surgir preocupações quanto às potenciais repercussões económicas a longo prazo. O crescimento do sector do turismo conduz a um aumento do custo de vida, o que pode criar fricções entre residentes e visitantes. A inflação na habitação e nos serviços essenciais afecta as comunidades locais, que enfrentam a ameaça de serem marginalizadas no seu próprio território. Há muito que Macau devia ter implementado um planeamento urbano à actividade turística e roteiro gastronómico no centro histórico da cidade com o encerramento do trânsito da Calçada de São João e Rua de S. Domingos a partir da esquina com a Travessa do Bispo até à Rua de Pedro Nolasco da Silva ou Rua do Campo e reabilitando a Travessa da Sé que oferece aos visitantes e residentes um ambiente degradante com estabelecimentos que vendem comida “fast food” chinesa sem qualquer controlo de qualidade de alimentos e higiene com as pessoas a partilharem nos bancos e de cócoras pela rua os recipientes de comida, bem como a implementação de um plano de todos os passeios da RAEM onde as bactérias e vírus proliferam A Rua da Palha está invadida por amontoados de estabelecimentos que vendem todo o tipo de “fast food” chinês onde predominam os biscoitos de amêndoas cada vez menos artesanal e dos famosos pasteis de nata (que invadiram Macau e a Ásia e que a enciclopédia Wikipedia menciona e reproduzimos https://en.wikipedia.org/wiki/Egg_tart#cite_note-7 “In 1989, British pharmacist Andrew Stow and his wife Margaret Wong opened Lord Stow’s Bakery in Coloane, where they sold Portuguese tarts that copied the pastel de nata. [7] This variation is a Portuguese tart (葡撻; poùh tāat). [8][9] In 1999, Wong sold the recipe to KFC, which then introduced the Macau-style pastel de nata to other parts of Asia, including Singapore and Taiwan. [3][10]” – Deve existir uma reflexão a propósito da consulta pública para classificar o pastel de nata como parte do Património Cultural Intangível de Macau pelo Instituto Cultural. Em 2011, o Pastel de Belém no Norte de Portugal conhecido por Pastel de Nata foi eleito uma das 7 Maravilhas da Gastronomia de Portugal, pelo que devia o Consulado Geral de Portugal pronunciar-se também sobre este ícone da gastronomia portuguesa), para farmácias, etc. (onde as rendas das poucas lojas disponíveis são a preços milionários e que pouco ou nada existe na zona rendas de lojas que sejam compatíveis com as vendas e daí a constante dança de abertura e encerramento de estabelecimentos. Será que esta lei de mercado do capitalismo selvagem e sem controlo interessa a Macau e que Milton Friedman tão bem descreve em “Free to Choose” sobre Hong Kong? Mesmo na ausência de regime de preços estabelecidos não deixa de constituir especulação e levam à criação de bolhas imobiliárias que todos sabemos as consequências.
Hoje Macau Manchete SociedadeTurismo | Quase 26 milhões visitaram Macau até Setembro Mais de 2,5 milhões de turistas visitaram Macau em Setembro, volume que representa um aumento anual de quase 10 por cento, mais de metade em excursões. Feitas as contas, nos primeiros nove meses do ano o número de visitantes chegou a quase 25 milhões, acima das expectativas do Governo Entre Janeiro e Setembro, entraram em Macau 25,9 milhões de turistas, volume que representou uma subida anual de 30,1 por cento e uma recuperação de 85,8 por cento do registo de 2019, antes da pandemia paralisar as passagens fronteiriças, revelou ontem a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Deste universo, mais de 13,8 milhões eram excursionistas, ou seja, 53,4 por cento de todos os visitantes. Os dados divulgados ontem pela DSEC mostram também que a recuperação do segmento das excursões teve um aumento anual mais acentuado (+ 42,8 por cento) do que o segmento de turistas (+ 18,1 por cento). O subdirector dos Serviços de Turismo (DST), Cheng Wai Tong, confessou ontem que o volume de turistas desde o início do ano ficou ligeiramente acima das estimativas do Governo. Em declarações no programa Fórum Macau, do canal chinês da Rádio Macau, Cheng Wai Tong indicou ainda que o turista típico que visita o território é mais jovem, com maior predominância feminina. Além disso, as razões para vir a Macau também se alteraram, com as tradicionais visitas a sítios mais turísticos a perderem terreno para propósitos mais virados para o relaxamento e a descoberta de iguarias gastronómicas. Se tivermos em conta apenas o mês de Setembro, entraram em Macau cerca de 2,53 milhões de visitantes, mais 9,9 por cento em relação ao mesmo mês de 2023, volume que se traduz numa recuperação de 91,4 por cento relação ao registo de Setembro de 2019, indicou a DSEC. Apesar da aposta do Executivo em explorar mercados turísticos externos, em Setembro os visitantes internacionais constituíram uma pequena fatia da totalidade dos turistas, 6,8 por cento, com 173.614 entradas. Ainda assim, o registo do mês passado foi 37,6 por cento superior a Setembro de 2023 e atingiu 92,7 por cento dos níveis pré-pandémicos. À conquista do mundo O subdirector da DST reiterou a aposta na promoção do destino Macau, lembrando que o Governo completou este ano seis campanhas de marketing no estrangeiro. No mundo virtual, as autoridades lançaram campanhas de promoção de Macau em 28 plataformas online do Interior da China e em vários mercados externos. Porém, como é natural, o volume de turistas oriundos do Interior da China, com particular incidência para a Grande Baía, e Hong Kong continua a constituir a maior fatia demográfica dos turistas que visitam o território. Nos primeiros nove meses de 2024, os visitantes vindos do Interior da China superaram a fasquia dos 18,2 milhões, mais de metade com visto individual, traduzindo-se numa subida de 36,3 por cento. Os turistas vindos de Hong Kong foram mais de 5,4 milhões. Somados os dois mercados emissores, Interior da China e Hong Kong totalizaram mais de 91 cento das entradas em Macau entre Janeiro e Setembro.
Hoje Macau PolíticaEconomia | Governo reitera aposta no turismo O embelezamento das ruas no Porto Interior é uma das grandes estratégias do Governo para desenvolver o turismo no território e promover a diversificação da economia. A medida consta de uma resposta de Cheng Wai Tong, subdirector dos Serviços de Turismo, a uma pergunta do deputado Lei Chan U. De acordo com as explicações apresentadas pelo responsável, para desenvolver o turismo, a DST “tem vindo a aconselhar as autoridades sobre o desenvolvimento comunitário e o embelezamento das ruas, numa perspectiva mais turística”, para “melhorar ainda mais o ambiente através de um planeamento racional e transformar Macau num centro mundial de turismo e lazer”. Cheng Wai Tong acrescenta igualmente que este é um trabalho que está a ser feito em cooperação com o Instituto Cultural e as seis concessionárias, responsáveis pela “revitalização” de seis bairros históricos, quatro dos quais localizados na zona do Porto Interior. Além da diversificação, Cheng Wai Tong garante que o Executivo está a trabalhar para criar mais actividades para os turistas nesta zona da cidade, assim como desenvolver a rede transportes públicos e o “ambiente pedonal”. Cheng garante ainda que o trabalho do Governo visa reforçar a ligação entre os bairros históricos e instalações públicas, para “melhorar continuamente a acessibilidade dos bairros históricos para os residentes e turistas”.
Hoje Macau Manchete SociedadeTurismo | Registadas mais entradas em Agosto do que em 2019 Macau recebeu em Agosto mais visitantes do que no mesmo mês de 2019, pela primeira vez desde o fim da pandemia de covid–19, anunciaram ontem os Serviços de Turismo. Num comunicado, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau indicou que, de acordo com dados provisórios, quase 3,7 milhões de visitantes chegaram ao território em Agosto, mais 40 mil do que em igual período de 2019. A DST sublinhou que o mês passado terminou com uma média de 118 mil entradas de turistas por dia e um pico de quase 167 mil visitantes, atingido em 24 de Agosto. Já em Agosto de 2023, o pico foi de 151 mil turistas. Macau recebeu nos últimos dois meses, Julho e Agosto, quase 6,7 milhões de visitantes, um número que representa 93,4 por cento do valor registado no mesmo período de 2019, referiu o comunicado. A DST destacou ainda que entre 1 de Julho e 31 de Agosto cerca de 336 mil visitantes internacionais passaram pela cidade, mais 29,8 por cento do que em igual período do ano passado.
Hoje Macau PolíticaDST | Sorteio de viagens e estadias para atrair estrangeiros A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) anunciou ontem o lançamento de uma campanha promocional destinada aos mercados de visitantes internacionais, que irá sortear pacotes de viagem com bilhetes de avião de ida e volta a Macau, alojamento, e experiências de “apreciação culinária em restaurantes com estrelas Michelin e a gastronomia típica local”. Para aceder à iniciativa, que já está disponível online, os visitantes podem até 17 de Outubro participar num jogo online de perguntas e respostas relacionadas com o turismo de Macau. Para tal, precisam inscrever-se na página electrónica da “Sentir Macau Edição Limitada” e participar no questionário uma vez por dia. Se acertarem nas três questões, ficam automaticamente habilitados ao concurso e ganham automaticamente uma prenda. “Entre as inúmeras ofertas da campanha, figuram 100 prémios de peso como experiências de viagem de edição limitada, as quais incluem bilhetes de avião de ida e volta a Macau e alojamento”, “exploração do património mundial, experiências da cultura do património cultural intangível, apreciação culinária em restaurantes com estrelas Michelin e a gastronomia típica local, actividades de aventura e lazer”, indica a DST. O Governo irá ainda atribuir “um prémio final de experiência de viagem das seis empresas de turismo e lazer integrado, para dar a sentir as infra-estruturas de lazer de classe mundial de Macau aos visitantes das diferentes partes do mundo”.
Hoje Macau Manchete SociedadeDSEC | Macau recebeu mais de 3 milhões de turistas em Julho No mês passado, Macau foi visitado por mais de três milhões de turistas, volume que representou um crescimento de 9,5 por cento face a Julho do ano passado e 85,6 por cento do registo de 2019. Mais de metade dos visitantes chegaram ao território em excursões e partiram no mesmo dia Macau recebeu em Julho mais de três milhões de visitantes, 9,5 por cento acima do que no mesmo mês de 2023 e um valor que representa 85,6 por cento do registado antes da pandemia, foi ontem anunciado. Mais de metade dos visitantes (1,6 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia no território, de acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Desde o início do ano, o Governo Central divulgou uma série de medidas de apoio a Macau, como o aumento do limite de isenção fiscal de bens para uso pessoal adquiridos por visitantes da China, que, estando em excursões, podem também, no prazo de sete dias, viajar várias vezes entre a região administrativa especial e Hengqin, através do Posto Fronteiriço de Hengqin. Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas alargaram a mais 10 cidades da China a lista de locais com “vistos individuais” para visitar Hong Kong e Macau. Os dados oficiais mostram ainda que 91,8 por cento dos turistas que entraram em Macau vieram do Interior da China ou Hong Kong, enquanto o território recebeu menos de 173 mil visitantes internacionais, 75,5 por cento do registado em 2019. Festival estival No início de Junho, a directora dos Serviços de Turismo de Macau, Helena de Senna Fernandes, disse que iria usar a nomeação da região como Cidade Cultural da Ásia Oriental 2025 “para promover Macau junto de uma audiência mais alargada”. Nos primeiros sete meses de 2024, Macau recebeu mais de 19,7 milhões de visitantes, mais 37 por cento do que em igual período do ano passado e 82,9 por cento do registado entre Janeiro e Julho de 2019. Em 8 de Agosto, os Serviços de Turismo anunciaram que Macau recebeu quase 843 mil visitantes, nos primeiros sete dias do mês, mais 14,3 por cento face a igual período do ano passado. A média diária foi, naquele período, de 120 mil visitantes, indicou a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau, em comunicado. O maior número diário, no período de férias de Verão, até agora registado ocorreu no dia 3 de Agosto, quando cerca de 152 mil visitantes entraram em Macau. “Em comparação com o pico diário das férias de Verão de 2019 (Julho a Agosto), registado no dia 27 de Julho (155 mil visitantes), significou uma recuperação de 97,8 por cento”, assinalou a DST.
Hoje Macau SociedadeTurismo | DST leva gastronomia e cultura portuguesas a Xi’an Dança folclórica, música e gastronomia portuguesas vão integrar a acção de promoção turística de Macau no noroeste da China, de 22 a 26 de Agosto, anunciou ontem a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). A Semana de Macau em Xi’an, capital da província de Shaanxi, vai levar espectáculos a uma popular praça pública no parque Qujiang, local com mais de 2.200 anos de história. Entre os espectáculos vão estar grupos de dança folclórica e bandas de música portuguesa, “para reflectir as características culturais chinesas e portuguesas de Macau”, acrescentou a DST, em comunicado. A Semana de Macau em Xi’an vai ainda abranger um festival gastronómico, entre 20 de Agosto a 1 de Setembro, num hotel da cidade chinesa, acrescentou, na mesma nota. Chefes de cozinha de Macau vão preparar um ‘buffet’ com pratos portugueses e macaenses, indicou a DST, referindo-se à gastronomia, considerada a primeira cozinha de fusão do mundo, da comunidade euro-asiática, com muitos lusodescendentes e raízes no território. O comunicado lembrou que os voos directos regulares entre Xi’an e Macau vão recomeçar a 20 de Agosto, pela primeira vez desde o fim da pandemia da covid-19. Desde 6 de Março que os residentes de Xi’an passaram a poder requisitar vistos individuais para Macau, medida que alargou para 51 as cidades da China abrangidas pelo programa. A DST, o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) e a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin vão ainda procurar reunir empresários de Xi’an e de Macau. As três entidades vão organizar uma sessão de bolsa de negócios e uma conferência de promoção de eventos, para encorajar empresários das duas cidades a “explorar oportunidades de negócios em conjunto”, referiu a DST.
João Luz Manchete SociedadeTurismo | Quase 843 mil visitantes na primeira semana do mês Entre 1 e 7 de Agosto, entraram em Macau quase 843 mil turistas, numa média de cerca de 120 mil por dia. O volume de turistas registado nos primeiros sete dias de Agosto representa um aumento anual de mais de 14 por cento e um incremento médio de mais de 20 mil turistas em comparação com Julho A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) divulgou ontem dados que demonstram a popularidade que Macau atravessa enquanto destino de Verão. Entre os dias 1 e 7 de Agosto, os dados provisórios da DST apontam para a entrada de quase 843 mil turistas em Macau, o que significa uma média diária de 120 mil visitantes e um aumento anual de 14,3 por cento. “À medida que atingimos o ponto mais elevado da época alta do turismo de Verão, as atracções turísticas e os locais em vários distritos de Macau registam um fluxo crescente de pessoas, revelador do crescente desejo dos turistas de visitar Macau”, indicou ontem o organismo liderado por Helena de Senna Fernandes. O Governo salienta o registo do primeiro sábado do mês, quando entraram em Macau cerca de 152 mil turistas, o maior volume de visitantes desde o início do Verão. O registo ficou apenas a 3 mil pessoas do dia com mais entradas no Verão de 2019 (27 de Julho), quando entraram em Macau 155 mil turistas, ou seja 97,8 por cento do dia mais concorrido. No mesmo dia, foi batido mais um recorde com 717.197 entradas e saídas nos postos fronteiriços, o número mais elevado de que há registo, mas que também reflecte o fluxo de entradas e saídas de moradores de Macau para Zhuhai. A DST destaca também que o número médio de turistas registados nos primeiros sete dias de Agosto superou em mais de 20 mil a média diária verificada no mês anterior de quase 98 mil. Foram ontem também actualizados os dados provisórios da entrada de turistas em Julho. Ao longo do mês passado, Macau foi visitado por 3,028 milhões de turistas, um aumento de 9,7 por cento face ao ano anterior e uma recuperação para 85,8 por cento dos níveis verificados em Julho de 2019. Medidas favoráveis A DST explica os resultados dos primeiros sete dias de Agosto com as diversas “medidas favoráveis” aprovadas pelo Governo Central, como o alargamento do número de cidades chinesas autorizadas para emitir salvos-condutos individuais para entrada nas regiões administrativas especiais, assim como o aumento do limite de isenção de imposto de produtos transportados em bagagem pessoal pelos visitantes. Além disso, DST destaca as várias campanhas de promoção que tem lançado para atrair turistas, nomeadamente actividades para levá-los para os bairros comunitários.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Novo recorde com 717 mil entradas e saídas no sábado No passado sábado, Macau bateu mais um recorde com 717.197 entradas e saídas nos postos fronteiriços, o número mais elevado de que há registo. Os dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública mostram ainda que 54 por cento das travessias se realizaram através do posto fronteiriço das Portas do Cerco. Também no sábado, Macau ultrapassou a fasquia dos 20 milhões de turistas que entraram no território desde o início de 2024, um registo só atingido no ano passado já em Outubro. Feitas as contas, entraram em Macau 93 mil turistas numa média diária, o que representa um aumento de 36 por cento face ao mesmo período do ano transacto, e uma recuperação para quase 83 por cento dos níveis verificados em 2019. Em Julho, Macau foi visitado por mais de 3 milhões de turistas, fluxo que se reflectiu numa média de ocupação hoteleira superior a 90 por cento. Segundo as estimativas do Governo, Macau deverá acolher até ao final deste ano cerca de 33 milhões de turistas, incluindo 2 milhões de visitantes estrangeiros.
João Luz Manchete SociedadeTurismo | Quase 17 milhões visitaram Macau no primeiro semestre Durante os primeiros seis meses de 2024, 16,729 milhões de turistas escolheram Macau como destino turístico, segundos dados provisórios, total correspondente a um aumento anual de 43,6 por cento. O volume de turistas aproximou-se dos níveis de 2019. Visitantes internacionais mais que duplicaram Macau está a regressar à velha forma, retomando o lugar de um dos destinos de eleição desta parte do globo. Segundo dados provisórios adiantados ontem pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST), entre Janeiro e Junho deste ano entraram em Macau cerca de 16,729 milhões de visitantes, uma média diária de perto de 92 mil (91.918). O total dos turistas que visitaram Macau no primeiro semestre de 2024 representa “um aumento de 43,6 por cento face ao período homólogo de 2023 e um regresso ao nível de 82,5 por cento registado no mesmo período de 2019”, antes da pandemia afectar severamente o sector. A DST refere que o “número que está de acordo com as expectativas”. A direcção de serviços liderada por Helena de Senna Fernandes realça ainda o “aumento significativo do número de visitantes em excursões internacionais”. Nos primeiros seis meses de 2024 entraram em Macau cerca de 1,17 milhões de visitantes internacionais, um aumento anual de 146,4 por cento, tendo sido retomado o nível de 67,2 por cento da primeira metade de 2019. Por outro lado, de acordo com os dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), nos primeiros cinco meses deste ano, 928 mil visitantes chegaram a Macau em excursões, ou seja, mais 230 por cento em termos anuais. Neste capítulo, o Governo destaca o aumento de 14 vezes do número de visitantes em excursões internacionais, que chegou a 88 mil. Segunda parte Em termos de ocupação hoteleira, a DST recorda que entre Janeiro e Maio deste ano, a taxa média de ocupação se fixou em 84,3 por cento, uma subida de 7,7 por cento face ao mesmo período de 2023 e menos 7,2 pontos percentuais do que em 2019 (quando a taxa média de ocupação foi de 91,5 por cento). “O número de hóspedes dos hotéis voltou a ser mais expressivo, com 6.135.000 entre Janeiro e Maio de 2024, mais 25 por cento do que no período homólogo de 2023 e mais 6 porcento do que no mesmo período de 2019”, indicou ontem a DST em comunicado. Em relação à segunda metade do ano, a DST começa por enaltecer as “medidas de apoio do Governo Central a Macau”, nomeadamente o alargamento dos programas de vistos individuais a mais cidades do Interior da China, e indica uma série de actividades programadas para os meses que se seguem. “No segundo semestre deste ano, uma série de actividades comemorativas do 25.º Aniversário do Estabelecimento da RAEM serão realizadas, incluindo o 32.º Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau, a corrida de bandejas do Dia Mundial do Turismo 2024, o Iluminar Macau 2024 e o espectáculo de fogo-de-artifício em celebração do 25.º aniversário do estabelecimento da RAEM, entre outros”.