Covid-19 | Filipinas quer dar alimentos grátis à população para vacinar 15 milhões em três dias

O Presidente das Filipinas quer vacinar 15 milhões de pessoas contra a covid-19 em três dias com a ajuda do exército e polícia, e sugeriu a distribuição de alimentos gratuitos aos vacinados para convencer a população.

Num discurso transmitido na terça-feira à noite do palácio presidencial de Malacañang em Manila, Rodrigo Duterte pediu às autoridades locais que utilizem “todos os recursos necessários, especialmente recursos humanos” para estes dias nacionais de vacinação entre 29 de novembro e 01 de dezembro.

“Autorizo todos os governadores e presidentes de câmara. Gastar o dinheiro. Um dia, pagarei”, disse o Presidente, que incluiu a distribuição de alimentos gratuitos entre as recomendações para persuadir os mais relutantes em se vacinarem .

Esta operação sem precedentes no país vai exigir a participação de 160.000 voluntários para multiplicar por sete a taxa habitual de vacinação, que mal chega a 700.000 doses por dia, e para levar as doses para áreas remotas do arquipélago.

Duterte também disse que aqueles que não querem ser vacinados não devem ter acesso a restaurantes e hotéis “porque são um perigo para a saúde pública”.

Com uma população de mais de 100 milhões, 33,5 milhões de filipinos receberam até agora as doses completa das vacinas, incluindo três milhões de crianças com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos.

Muitos filipinos estão relutantes em serem vacinados após a controvérsia de 2016 sobre uma vacina contra o dengue promovida pelo Governo, destinada a crianças, mas que mais tarde se descobriu aumentar o risco de sintomas graves em pacientes que não tinham tido a doença no passado.

Depois de manter um dos confinamentos mais longos e rigorosos do mundo em Manila, as autoridades aliviaram quase todas as restrições nos últimos meses, uma vez que o número de casos diminuiu.

As Filipinas são o segundo país mais afetado pelo novo coronavírus no Sudeste Asiático, depois da Indonésia, com 2,8 milhões de pessoas infetadas e 47.000 mortos.

25 Nov 2021

Covid-19 | Alvis Lo rejeita vacinação ou teste obrigatório em crianças

No seguimento da aprovação da vacinação a partir dos três anos, o Director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo Iek Long, garantiu que a apresentação de certificado de vacinação ou teste negativo à covid-19 não será obrigatória para ir à escola, como já acontece na Função Pública. Nova aplicação do código de saúde com função de rastreio já foi descarregada 40 mil vezes

 

Alvis Lo Iek Long, director dos Serviços de Saúde (SSM) assegurou ontem que, apesar da inclusão da faixa etária entre os 3 e os 11 anos no grupo elegível para ser inoculado contra a contra a covid-19, a apresentação de certificado de vacinação ou resultado negativo de um teste de ácido nucleico, não será obrigatória para as crianças irem à escola.

Citado pelo canal chinês da TDM-Rádio Macau, o responsável disse que, pela sua natureza, as escolas não podem seguir o exemplo da Função Pública, mas que o aumento das exigências de vacinação será bem-vindo, desde que não vá contra a o princípio da voluntariedade.

“Não podemos impor esse tipo de restrições ao nível da vacinação, impedindo assim as crianças [não vacinadas] de ir à escola”, apontou o director dos SSM, referindo-se aos alunos do ensino não superior.

Recorde-se que, actualmente, as orientações dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP) estipulam que todos os funcionários públicos tenham de apresentar comprovativo de vacinação ou teste de ácido nucleico com resultado negativo feito nos últimos sete dias.

Tudo vai bem

Sobre a nova aplicação para telemóvel do Código de Saúde, que inclui a funcionalidade de registo de itinerários das população e está actualmente em fase experimental, Alvis Lo revelou que o software já foi descarregado por 40 mil utilizadores desde o seu lançamento a 28 de Novembro. O responsável classificou ainda a resposta da população como “positiva” e salientou que “não foram identificados grandes problemas” com a utilização da aplicação.

Paralelamente, acrescentou, está a decorrer um programa de sensibilização que visa os proprietários de estabelecimentos e outras instituições. Questionado sobre a utilização da aplicação de rastreamento será obrigatória para frequentar transportes públicos, Alvis Lo disse que o tópico terá que ser estudado.

Recorde-se que a nova aplicação serve para fazer um ‘scan’ a um código QR dos locais frequentados, permitindo assim a entrada no interior dos espaços e registar o percurso dos utilizadores.

Relativamente ao alargamento do prazo dos testes de ácido nucleico de 48 horas para sete dias, para entrar em Zhuhai, Alvis Lo referiu que a decisão foi tomada após um “estudo de ambos os lados da fronteira”, lembrando que as medidas anti-epidémicas de Macau são “altamente consistentes” com as restrições impostas pela Comissão Nacional de Saúde.

24 Nov 2021

Vacina covid-19 | Dose de reforço administrada a partir de terça-feira

A terceira dose da vacina contra a covid-19 vai começar a ser administrada em Macau na próxima terça-feira. O plano de reforço será concretizado em duas fases, a começar pelos grupos de risco e trabalhadores da linha da frente vacinados com duas doses há mais de seis meses. Vacinação entre os 3 e os 11 anos em cima da mesa

 

A partir da próxima terça-feira, a terceira dose da vacina contra a covid-19 vai começar a ser administrada em Macau a todos os indivíduos que tenham completado as duas doses do plano regular de vacinação há, pelo menos, seis meses. O plano de reforço será distribuído em duas fases e abrange, tanto a população vacinada com o fármaco da Sinopharm, como o da BioNTech.

Segundo explicou Tai Wa Hou, médico da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, na primeira fase, estão incluídos trabalhadores da linha da frente e vacinados com fraca imunidade ou com uma “supressão imunitária de grau médio ou grave”.

Na prática, detalhou, o grupo alvo dos vacinados com a Sinopharm são aqueles que já completaram “a inoculação de duas doses há seis meses, e com uma idade superior a 18 anos”. No caso dos vacinados com a BioNTech, as regras mantêm-se, mas existem cinco cenários diferentes:

“[Em primeiro lugar], maiores de 18 anos, mas expostos a alto risco no local de trabalho. Segundo, aqueles com uma baixa imunidade. Terceiro grupo, quem vive em lares ou ambientes em que muitas pessoas coabitam. Depois, os maiores de 18 anos que pretendam deslocar-se a locais de alto risco. O quinto grupo: indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos”, explicou Tai Wa Hou.

Questionado sobre o número estimado de pessoas elegíveis para receber a dose de reforço na primeira fase que arranca na terça-feira, o responsável estimou que serão abrangidos cerca de 100 mil indivíduos.

Na segunda fase, “serão bem-vindas todas as pessoas com qualificação para tomar a terceira dose da vacina”, revelou de seguida Tai Wai Hou sem, contudo, adiantar uma data para o seu início.

O também coordenador do plano de vacinação, aconselhou ainda que, na toma da terceira dose, a população opte pela mesma vacina seleccionada nas doses anteriores.

“Sugerimos que escolham uma vacina que tenha a mesma técnica de fabrico. Mas se tiverem tomado duas doses da vacina da Sinopharm, nada impede que tomem a vacina da BioNTech”, esclareceu.

Questionado se o contrário também é possível, ou seja, tomar uma terceira dose do fármaco da Sinopharm após duas tomas prévias da vacina da BioNTech, Tai Wa Hou afirmou “ser possível”, mas considerou esse cenário pouco provável, dado que vacina da BioNTech tem provado ser mais eficaz. “A vacina da Sinopharm tem uma menor taxa de protecção e dura menos tempo”, acrescentou.

Tudo incluído

Durante a conferência de imprensa, Tai Wa Hou admitiu ainda a possibilidade de, à semelhança do que acontece no Interior da China, a vacinação em Macau começar a abranger a faixa etária entre os 3 e os 11 anos.

“Estamos a ponderar (…) baixar a idade da vacinação abaixo dos 12 anos [e acima dos 3], mas ainda estamos a analisar os dados científicos referentes as estas crianças (…) e a comparar diferentes regiões para ver se a vacina é segura e eficaz”.

O responsável revelou ainda que a taxa global de vacinação da população é de 68 por cento. Por faixa etárias, há 62 por cento de população vacinada entre os 12 e os 18 anos, 90 por cento entre os 20 e os 60 anos e 70 por cento entre os 50 e 59 anos.

Sobre a campanha de vacinação nas escolas, à qual 55 estabelecimentos já aderiram, Tai revelou haver 84 por cento dos docentes e 47 por cento dos alunos do ensino não superior vacinados, ao passo que no ensino superior, o número de alunos vacinados é de 80 por cento e de docentes, 82 por cento.

Tai Wa Hou | Quarentena de 21 dias previne todas as variantes

Questionado sobre a falta de fundamento científico das quarentenas de 21 dias, apontada recentemente por um epidemiologista português, Tai Wa Hou justificou a prática com a necessidade de prevenir, não só a variante Delta, mas também outras afectas à covid-19.

“A variante Delta tem uma incubação de 14 dias (…) mas nós não queremos prevenir apenas a variante Delta, mas também outras como a Beta, a Alpha e a Gamma. Como não sabemos qual a variante que está a circular actualmente nesses países estrangeiros, queremos aplicar uma medida abrangente que garanta que, após a quarentena, a comunidade não é afectada”, explicou. “Esta medida não vai durar para sempre”, rematou.

5 Nov 2021

Pandemia | Conselheiro pede plano para reabertura ao estrangeiro

O membro do Conselho Consultivo dos Serviços Comunitários da Zona Central, António de Jesus Monteiro, solicitou às autoridades que comecem a preparar-se para um novo normal e que assegurem uma transição “segura, harmoniosa e sem sobressaltos”

 

António de Jesus Monteiro, membro do Conselho Consultivo dos Serviços Comunitários da Zona Central, apelou ao Governo para formular um plano e avançar com uma data para a abertura da RAEM ao estrangeiro. A intervenção foi feita na quarta-feira, durante uma reunião do Conselho Consultivo, em que o orador alertou para os impactos económicos, sociais e psicológicos das medidas de controlo pandémico.

Segundo o relato do jornal All About Macau, António Monteiro defendeu que as autoridades têm de começar a pensar na vida após a pandemia e “traçar uma meta e data específica para que Macau regresse rapidamente ao ‘normal’ e abra as fronteiras ao estrangeiro e a toda a Grande China”. De acordo com o conselheiro, um planeamento atempado vai permitir que a região possa conviver com o vírus de forma “segura, harmoniosa e sem sobressaltos”.

Sobre o encerramento das fronteiras e as exigentes medidas de quarentena para quem vem do estrangeiro, que contrastam com a bolha de viagem com o Interior, António Monteiro afirmou que a política levanta várias dúvidas entre as comunidades de Macau.

Por outro lado, o membro do conselho traçou um cenário de grande incerteza face ao isolamento a que o Governo conduziu a RAEM. “Alguns residentes questionam se Macau vai permanecer fechada ao mundo exterior até 2030 ou para sempre”, vincou. As medidas de encerramento ao exterior levaram o conselheiro a alertar para os “sérios riscos” para a economia, saúde e qualidade de vida e efeitos psicológicos sobre os residentes.

Mais coerência

Na intervenção antes da ordem do Conselho Consultivo dos Serviços Comunitários da Zona Central, António Monteiro apontou igualmente à necessidade de haver uma melhor política de promoção da vacinação. De acordo com o conselheiro, a forma como as autoridades têm lidado com o vírus tem levado a um medo excessivo e também a que várias pessoas “questionem a necessidade e eficácia” da vacinação.

No âmbito destas medidas, Monteiro levantou dúvidas sobre o que disse ser “algum radicalismo” face à detecção de dois ou três casos de covid-19, porque, no seu entender, ao forçar-se o encerramento de estabelecimento comerciais há um impacto muito negativo para a economia, que conduz a um aumento do desemprego. O conselheiro considerou também que o radicalismo face a um reduzido número de casos tem gerado sentimentos de discriminação e xenofobia entre as comunidades de Macau.

Por último, o orador admitiu ter recebido várias queixas de pessoas que acusam as autoridades de terem deixado de responder às dúvidas dos cidadãos nas conferências de imprensa semanais e pediu aos responsáveis que tratem as questões da população e jornalistas de forma mais activa, objectiva e directa.

5 Nov 2021

Covid-19 | China detecta 109 casos nas últimas 24 horas

A China detectou 109 casos de covid-19, nas últimas 24 horas, 93 por contágio local e os restantes oriundos do estrangeiro, anunciaram hoje as autoridades de saúde do país.

Os 93 casos locais foram detetados nos municípios de Pequim (nove) e Chongqing (quatro) e nas regiões autónomas da Mongólia Interior (seis) e Ningxia (dois) e nas províncias de Heilongjiang (35), Gansu (14), Hebei (14), Jiangxi (dois), Sichuan (um), Yunnan (dois) e Qinghai (quatro).

Os restantes 16 casos foram diagnosticados em viajantes provenientes do estrangeiro, nos municípios de Xangai (leste) e nas províncias de Guangdong (sudeste), Yunnan (sul), Liaoning (nordeste), Zhejiang (leste), Shandong (leste), Guangxi (sul) e Sichuan (sul).

A Comissão de Saúde da China adiantou que o número total de casos ativos é de 1000, entre os quais 37 graves. Desde o início da pandemia da covid-19, o país registou 97.423 casos da doença e 4.636 mortos.

3 Nov 2021

Quarentena e restrições de viagem sem base científica, diz epidemiologista português

O epidemiologista Manuel Carmo Gomes disse à Lusa que não vislumbra bases científicas para restrições de viagens e quarentenas, no mínimo de 21 dias, impostas a pessoas provenientes do estrangeiro. Além disso, considera que a insistência na política de zero casos “atrasa o inadiável”

 

“Dá-me ideia de que essas medidas são mais para desencorajar as entradas em Macau do que propriamente por terem sustentação científica”, afirmou à Lusa o professor, investigador e epidemiologista da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

O investigador, figura frequente nas reuniões do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde), vai mais longe e diz não conhecer mais nenhum local do mundo que tenha utilizado medidas dessa natureza. “Nem agora, nem mesmo nos piores momentos da pandemia”, frisou.

No melhor dos cenários, um residente, ao entrar em Macau, com um teste negativo à covid-19 ao embarcar, tem de fazer 21 dias de quarentena dentro de um quarto de hotel, mesmo estando inoculado com as duas doses da vacina. Durante esses 21 dias, são feitos vários testes à covid-19.

Depois ainda tem de passar por um período de sete dias de autogestão em que está impossibilitado de ir a restaurantes, serviços públicos, entre outras restrições. Para que a sua vida possa regressar ao ‘normal’, tem ainda de fazer um último teste à covid-19. “Não vejo a lógica nisso”, disse o investigador, que foi um dos peritos ouvidos pelo Governo de Portugal.

“Acho isso tudo muito exagerado, nomeadamente para pessoas que estão completamente vacinadas. Não percebo a lógica dos 21 dias”, frisou Manuel Carmo Gomes, recordando que Portugal teve sempre 14 dias para quarentenas, período que, na sua opinião, “já está no limite, porque é isso que se sabe acerca da duração máxima do período de incubação”.

“Não vejo bases científicas para restrições tão fortes. Acho que há aí uma componente de querer ter certezas absolutíssimas de que a pessoa não vai transmitir”, afirmou.

Anticorpos não são vírus

Há também a possibilidade de a quarentena no quarto de hotel ser de 28 dias, caso a análise de sangue feita pelas autoridades já em Macau mostrar que a pessoa possui anticorpos para a infecção, ou seja, que já teve covid-19.
Esta diferenciação do número de dias de quarentena devido aos anticorpos é também, na opinião do investigador, injustificada.

“Estar a usar ter ou não ter anticorpos como critério, acho que as bases científicas para isso são muito ténues. Por isso também não percebo”, justificou o epidemiologista, reforçando: “Não vejo qual é a fundamentação sólida para esse tipo de restrições”.

A acrescentar a estas regras, existe ainda mais uma restrição: as pessoas que tenham tido covid-19 e pretendam regressar ao território só o podem fazer dois meses depois da manifestação da doença ou da data do primeiro teste positivo, sendo que, antes do embarque, têm de mostrar um certificado de recuperação da doença, além de um teste com resultado negativo.

Em conferência de imprensa, as autoridades de saúde justificaram a medida afirmando que, “segundo a experiência de Macau, um paciente, depois de ter [tido a] infecção, até passar a ser negativo, leva dois meses ou mais (…), e durante esse período pode ter situações de recaída”.

“Aqui em Macau, um doente da primeira vez que deu positivo até desaparecer o vírus, ou seja, [até] ter resultado negativo (…), demorou cerca de um a dois meses. Por isso, durante esse período, há um certo risco de infectar outras pessoas”, explicaram.

Questionado pela Lusa, Manuel Carmo Gomes detalhou as razões científicas que demonstram que esta medida é injustificada. “Nós sabemos que com a covid-19, e não só com a covid-19, depois de as pessoas recuperarem da infecção, durante muito tempo continuam a excretar RNA do vírus”, começou por explicar. “Mas isso não significa de maneira nenhuma que estejam infecciosas. A partir do momento em que somos infectados, o vírus multiplica-se e faz biliões de cópias. Entretanto, o nosso sistema imunitário responde e nós acabamos por controlar a infeção, recuperamos, mas ainda ficamos com muitas cópias do RNA do vírus, que vão sendo excretadas ao longo do tempo”, prosseguiu.

Contudo, frisou, “esse tipo de excreção do RNA não é infeccioso”. “Se eu agarrar nos vestígios de RNA do vírus passado um mês e meio, dois meses, e tentar fazer uma cultura do vírus em laboratório, ele não é viável, portanto ele não é infeccioso”, justificou o investigador português.

Vacinas e o zero absoluto

O epidemiologista considerou que territórios como Macau que insistiram na política de zero casos de covid-19 não provocaram a necessidade às pessoas de se vacinarem e “estão apenas a atrasar o inadiável”.

“É muito difícil sem ter uma vacinação muito alta conseguir aguentar com medidas dessas. Estão apenas a atrasar o inadiável”, afirmou.

Passado mais de um ano e meio desde o início da pandemia, a ‘receita’ do território permanece quase inalterada. Macau continua praticamente fechado ao mundo, proibindo a entrada a estrangeiros não residentes, e as novas medidas epidémicas vão no sentido contrário à esmagadora maioria de outros países e territórios.

Esta receita, na opinião de Manuel Carmo Gomes, é contraproducente, porque apesar de ser possível controlar a propagação de casos através de fortes confinamentos, esta política provoca uma sensação de segurança, que pode desincentivar a população de se vacinar.

“Países que apostaram na política de zero casos rapidamente perceberam que a população não adere à vacinação, porque não sente que existe um perigo real. É o caso da Nova Zelândia e da Austrália, que já abandonaram a política de casos zero e estão a apostar na vacinação”, detalhou.

Segundo os últimos dados divulgados na passada quinta-feira, a taxa de vacinação em Macau situava-se em menos de 51 por cento da população.

2 Nov 2021

Covid-19 | Surto em 14 províncias criou “elevada proporção de casos graves”

O atual surto do novo coronavírus na China, que já se propagou a pelo menos 14 províncias, resultou numa “elevada proporção de casos graves”, disse um porta-voz da Comissão Nacional de Saúde, Mi Feng.

De acordo com o balanço divulgado hoje pela Comissão de Saúde, a China continental registou mais 71 infetados, 48 deles por contágio local, elevando para 814 o número de casos ativos, 33 dos quais classificados como “graves”.

Embora Mi tenha dito que “a situação epidémica está a desenvolver-se rapidamente”, assegurou também que alguns dos locais mais afetados pelo atual surto, como Ejin na Mongólia Interior, conseguiram controlar “o avanço” do coronavírus.

De acordo com estatísticas citadas por Guo Yanhong, um perito da Comissão de Saúde afirmou que, entre os infetados, a população com mais de 60 anos excede os 40%, o que explicaria a maior proporção de casos graves.

Em surtos anteriores, a percentagem de pessoas mais velhas entre os infetados era de cerca de 18%, disse Guo.

As autoridades locais responderam aos surtos da forma habitual: limitando a mobilidade entre cidades, aconselhando as pessoas a permanecer dentro de casa e realizando testes de ácido nucleico em massa.

Este último surto foi detetado na China em meados de outubro, após um grupo de reformados ter viajado para zonas turísticas nas províncias de Gansu, Mongólia Interior e Shaanxi. E, de acordo com oficiais de saúde, é causado pela variante delta, que é considerada mais contagiosa.

Em Pequim, a capital, há pelo menos 39 casos ativos de covid e a cidade restringiu a entrada de pessoas de áreas com casos e impôs o encerramento de locais de entretenimento em alguns distritos.

Embora Mi Feng tenha salientado que 1,07 mil milhões de chineses já foram vacinados com as duas doses da vacina – de um total de 1,4 mil milhões de habitantes – as autoridades chinesas continuam a política de tolerância zero contra a covid-19.

Três cidades impuseram um confinamento à população: Lanzhou, Ejin e Heihe.

A China registou a sua última morte causada pela covid-19 em janeiro. No total, o país contabilizou 4.636 óbitos e 97.151 infetados desde o início da pandemia.

31 Out 2021

Turismo | Registado aumento de visitantes entre os dias 20 e 28

Macau registou um aumento do número de visitantes nos últimos dias. Segundo dados da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), entre os dias 20 e 28 entraram, em média, 25 mil pessoas por dia no território, sendo que o dia 26 registou o número mais elevado de visitantes diários, com mais de 28 mil pessoas.

A DST explica que, “com a estabilidade da pandemia e o efeito gradual das promoções” ao turismo de Macau realizadas na China, “o número de entradas de visitantes voltou a subir nos últimos dias”. Além dos eventos habituais que decorrem em Macau até Dezembro, tal como o Grande Prémio de Macau e o Festival de Gastronomia de Macau, a DST também deposita esperanças no evento “Semanas de Macau” para que este atraia mais turistas.

31 Out 2021

Previdência Central | Regime só será obrigatório entre 2026 ou 2028

O regime de previdência central só deverá ser obrigatório entre 2026 e 2028, e a culpa é da pandemia. Esta é a principal conclusão do relatório de avaliação, elaborado pela Universidade de Macau, e que foi apresentado pelo Governo na sexta-feira. O documento aponta que “se a economia estivesse a acompanhar a tendência positiva do ano 2019, o regime já disporia de condições favoráveis para se tornar num regime obrigatório”.

No entanto, com o surgimento da pandemia, “a economia de Macau foi afectada”, pelo que se propõe “fixar um período de observação de três anos” até 2023. Posteriormente deverá ser estabelecido, “conforme a recuperação da economia, duas propostas de ‘Período de preparação de 5 anos’ e ‘Período de preparação de 7 anos’, sendo implementado o regime de previdência central obrigatório no ano 2026 ou 2028”.

Relativamente às dotações, o regime obteve 28,6 mil milhões de patacas entre os anos de 2010 e 2020. Além disso, “ao longo dos três anos de implementação do regime contributivo, o número de participações, a dimensão de fundos de pensões e o retorno de investimento tem vindo a aumentar”.

Até setembro deste ano estavam registados no regime mais de 264 empregados e cerca de 24 mil trabalhadores participavam no plano conjunto de previdência. Por sua vez, mais de 75 mil residentes criaram os seus planos individuais de previdência. Para este estudo foram realizadas 20 entrevistas, sendo que “a maior parte dos entrevistados concorda com os arranjos do regime existente e tem uma atitude positiva em relação à implementação obrigatória do regime de previdência central”.

31 Out 2021

Covid-19 | Defendida uniformização de regras nas fronteiras 

Depois de Carrie Lam ter anunciado que serão eliminadas as excepções de entrada em Hong Kong, para haver maior igualdade em relação às medidas de Macau, as autoridades locais entendem ser necessário uniformizar as regras de passagem fronteiriça para Hong Kong e o Interior da China

 

As passagens fronteiriças entre os três territórios das regiões administrativas especiais e do Interior da China continuam a ter graus diversos de restrições e, portanto, é fundamental a uniformização de medidas para lidar com a covid-19. Esta foi a ideia deixada por Leong Iek Hou, do Centro de Coordenação e de Contingência do novo tipo de coronavírus, na conferência de imprensa de ontem.

“Sabemos que as autoridades de Hong Kong têm contacto com as autoridades do Interior da China sobre a passagem de fronteiras e relaxamento de medidas. Temos mantido conversações com Hong Kong e o Interior da China. Temos de ter medidas uniformes nos três territórios para conseguirmos controlar a pandemia. Só assim poderemos avançar para o próximo passo de abertura [de fronteiras].”

Segundo o canal RTHK, Carrie Lam, Chefe do Executivo de Hong Kong, disse que serão eliminadas as poucas excepções que ainda existem para entrar no território, tal como a isenção de quarentena para empresários cuja actividade profissional tenha particular relevância para o desenvolvimento económico da região.

“No início do ano passado, em relação às excepções de quarentena para alguns grupos de pessoas, a maior parte serão removidas. Vamos apenas manter as excepções relacionadas com serviços de emergência ou ligados ao fornecimento diário de produtos para Hong Kong, como os motoristas de pesados. Isto dará confiança às autoridades centrais de que é seguro abrir a fronteira.”

Entretanto, as autoridades locais receberam 336 pedidos de estrangeiros que pretendem viajar para Macau a partir de Hong Kong, tendo sido autorizada a entrada a apenas 94 pessoas. Foram recusados 45 pedidos “por não preencherem os requisitos”, adiantou Leong Iek Hou.

Testes sem decisão

Muitas associações do sector do turismo têm pedido o aumento da validade do teste de ácido nucleico para entrar no território para 7 dias. No entanto, o Governo ainda não tomou uma decisão. “Estamos a negociar com as autoridades do Interior da China. Para as pessoas já vacinadas, se calhar a validade do teste pode ser adiada, e para os estrangeiros pode ser exigida uma validade de 48 horas. Mas estamos sempre a analisar a situação de forma dinâmica”, explicou Leong Iek Hou.

Relativamente ao plano de vacinação, recomeça na próxima semana a campanha de proximidade nas escolas do ensino não superior. As crianças com mais de 12 anos podem optar por se vacinar com a BioNTech ou com a Sinopharm.

Foi ontem revelado que cerca de 85 por cento dos docentes do ensino superior estão vacinados, cenário que não se verifica no ensino não superior, onde apenas 46 por cento dos professores foram inoculados. As autoridades continuam a apelar à vacinação de jovens estudantes e idosos, os dois grupos sociais onde a taxa é mais baixa.

29 Out 2021

Covid-19 | China detecta 59 casos locais e 50 importados nas últimas 24 horas

A China detetou 59 casos de covid-19, nas últimas 24 horas, 50 por contágio local e os restantes oriundos do estrangeiro, anunciaram hoje as autoridades de saúde do país. Os casos locais foram detetados no município de Pequim (três), nas regiões autónomas da Mongólia Interior (32) e Ningxia (dois) e nas províncias de Gansu (quatro), Guizhou (cinco) e Shandong (quatro).

Lanzhou, a capital de Gansu, lançou uma campanha de testes de ácido nucleico e confinou complexos residenciais, dos quais só é possível sair para comprar alimentos, receber tratamento médico ou participar das tarefas de controlo e prevenção contra o coronavírus.

Os restantes nove casos foram diagnosticados em viajantes provenientes do estrangeiro, nos municípios de Xangai (leste) e Tianjin (norte) e nas províncias de Guangdong (sudeste), Liaoning (nordeste), Guangxi (sudoeste), Fujian (sudeste) e Shandong (leste).

A Comissão de Saúde da China adiantou que o número total de casos ativos é de 643, entre os quais 27 graves. Desde o início da pandemia da covid-19, o país registou 96.899 casos da doença e 4.636 mortos.

27 Out 2021

Covid-19 | China confina cidade de quatro milhões após detetar surto

A China colocou em confinamento a cidade de Lanzhou, no centro do país e com quatro milhões de pessoas, devido ao aumento dos casos de covid-19 registado nos últimos dias, anunciaram hoje as autoridades.

A Comissão Nacional de Saúde do país asiático notificou seis novos casos em Lanzhou, a capital da província de Gansu, diagnosticados nas últimas 24 horas. No total, há agora 51 casos ativos em Gansu, entre os quais 39 em Lanzhou, desde que o surto foi detetado, na China, em meados de outubro.

Mais de 33.300 pessoas estão sob observação médica em todo o país. “O controlo da epidemia e a situação de prevenção em Lanzhou são sérios e complexos”, disseram as autoridades locais, em comunicado. Aquela decisão foi tomada para evitar que o surto se alastre ainda mais.

A cidade vai lançar uma campanha de testes de ácido nucleico e confinar complexos residenciais, dos quais só será possível sair para comprar alimentos, receber tratamento médico ou participar das tarefas de controlo e prevenção contra o coronavírus.

Quem entra e sai de casa deve apresentar no telemóvel um código de reconhecimento rápido (“QR code”) verde, que garante que a pessoa não está infetada ou não entrou em contacto com infetados.

O último surto foi detetado na China em meados de outubro, como resultado da viagem de um grupo de reformados a áreas turísticas nas províncias de Gansu, Mongólia Interior (norte) e Shaanxi (centro).

Segundo as autoridades sanitárias, o surto foi causado pela variante delta, considerada a mais contagiosa.

A Comissão Nacional de Saúde informou hoje que existem agora 603 casos ativos em todo o país, 21 dos quais em estado grave.

Apesar de 2.250 milhões de doses de vacinas já terem sido administradas entre a população chinesa de 1.411 milhões de habitantes, as autoridades continuam a seguir uma política de “tolerância zero” contra a doença, o que implica confinamentos seletivos e testes em massa contra o coronavírus nos locais onde são detetados surtos.

O país asiático aplica ainda rígido controlo nas entradas no país. Quem viaja para a China tem de apresentar testes de anticorpos negativos antes de embarcar e cumprir um período de quarentena centralizada de pelo menos duas semanas.

Segundo a Comissão Nacional de Saúde, 96.840 pessoas ficaram infetadas na China desde o início da pandemia, das quais 4.636 morreram.

26 Out 2021

Fronteiras | Casos na China podem levar a ajuste de medidas

Com o agravamento da pandemia no Interior da China, os Serviços de Saúde não afastam a possibilidade de introduzir novas medidas nas fronteiras. Medida que obriga infectados a esperar dois meses antes da entrada em Macau foi tomada para evitar o risco de recaída durante esse período. Estrangeiros vão continuar arredados

 

Os Serviços de Saúde admitiram ontem ajustar as medidas de passagem fronteiriça com as regiões vizinhas, no seguimento do agravamento da situação epidémica no Interior da China. Para a coordenadora do núcleo de prevenção e doenças infecciosas e vigilância da doença, Leong Iek Hou, os locais de alto risco já estão identificados, obrigam à realização de quarentena para entrar em Macau e será feita monitorização contínua ao desenvolvimento da situação.

“Estamos a acompanhar de perto a situação da China e não afastamos a possibilidade de ajustar as políticas fronteiriças. Os locais onde houve surtos já foram incluídos na nossa lista de alto risco”, explicou durante a conferência de imprensa sobre a covid-19.

Questionada sobre a possibilidade de alargar o prazo do teste de ácido nucleico, de 48 horas para sete dias, como requisito para cruzar as fronteiras entre Macau e Zhuhai, Leong Iek Hou apontou que tem sido mantida uma comunicação estreita e “com uma atitude cautelosa” junto das autoridades de Zhuhai e que, para já, “não há novidades”.

Caso se verifique um novo surto de covid-19 em Macau, os Serviços de Saúde admitiram também cancelar os eventos de grande envergadura que se avizinham, como o Grande Prémio de Macau e o Festival de Gastronomia.

Sempre à cautela

Leong Iek Hou explicou ainda as razões que levaram as autoridades a obrigar todas as pessoas diagnosticadas com covid-19, a esperar dois meses antes de embarcar em voos comerciais que tenham Macau como destino. Isto, quando, à chegada, estão ainda obrigadas a passar por uma quarentena de 14 dias ou 21 dias. Segundo a responsável, a medida serve, essencialmente, para precaver casos de recaída da doença.

“Segundo a experiência de Macau, um paciente infectado com covid-19 leva dois meses ou mais até voltar a testar negativo. Durante este período podem surgir situações instáveis e de recaída. Assim, para evitar (…) este risco, determinámos esta regra (…), permitindo que as pessoas só possam regressar a Macau quando estiverem mais estáveis a nível de saúde”, justificou.

Questionada sobre as razões que continuam a impedir a entrada de estrangeiros em Macau, apesar do reforço das medidas anti-epidémicas, Leong Iek Hou respondeu com o “impacto” que eventuais novos casos poderiam ter no sistema de saúde público e lembrou que existem mecanismos de avaliação que permitem a entrada dessas pessoas.

“A razão é muito simples. Como a situação epidémica no Interior da China está sempre a mudar e está muito grave, se não aplicarmos esta medida [aos estrangeiros] pode aumentar o risco de termos mais casos confirmados em Macau, o que vai trazer mais impacto ao sistema de saúde público”, disse.

A responsável admitiu ainda que, no futuro, poderá haver uma nova organização dos hotéis destinados a quarentenas, segundo “o risco de cada lugar” de proveniência.

26 Out 2021

Covid-19 | China começa a vacinar crianças dos 3 aos 11 anos

Crianças dos 3 aos 11 anos vão começar a receber vacinas contra a covid-19 na China, onde 76% da população foi já totalmente vacinada e as autoridades mantêm uma política de tolerância zero em relação ao coronavírus.

Os governos locais, de nível municipal e provincial, em pelo menos cinco províncias, anunciaram recentemente que crianças dos 3 aos 11 anos vão ser chamadas para receber as vacinas.

A expansão da campanha de vacinação ocorre numa altura em que várias regiões da China voltam a adotar medidas de prevenção, para tentar extinguir pequenos surtos.

Gansu, uma província no noroeste cuja economia depende fortemente do turismo, encerrou todos os locais turísticos, após diagnosticar quatro novos casos de covid-19.

Outros 19 casos foram detetados na região autónoma da Mongólia Interior. Residentes em algumas áreas foram obrigados a ficar em casa.

No total, a Comissão de Saúde do país asiático informou hoje ter diagnosticado 35 novos casos de transmissão local nas últimas 24 horas.

A China mantém uma política de tolerância zero em relação à pandemia, caracterizada por bloqueios, quarentenas e testes obrigatórios para o vírus. O país vacinou já 1,07 mil milhões de pessoas, entre uma população de 1,4 mil milhões.

O governo está particularmente preocupado com a disseminação da variante delta, mais contagiosa, e quer ter um público amplamente vacinado antes das Olimpíadas de Pequim, em fevereiro.

Os espectadores estrangeiros já estão proibidos e os participantes terão que permanecer numa ‘bolha’ que os separa das pessoas de fora.

As províncias de Hubei, Fujian e Hainan emitiram avisos de nível provincial sobre novos requisitos de vacinação, enquanto cidades na província de Zhejiang e na província de Hunan também emitiram anúncios semelhantes.

Em junho, a China aprovou duas vacinas – Sinopharm do Instituto de Produtos Biológicos de Pequim e Sinovac – para crianças com idades entre os 3 e 17 anos.

Em agosto, os reguladores aprovaram outra vacina da Sinopharm, desenvolvida pelo Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan.

O Camboja usa já injeções da Sinovac e Sinopharm para crianças entre 6 e 11 anos. Os reguladores no Chile aprovaram a Sinovac para crianças a partir dos 6 anos. Na Argentina, os reguladores aprovaram a vacina da Sinopharm para crianças a partir dos 3 anos.

25 Out 2021

Maratona de Pequim adiada indefinidamente após China detectar novos surtos de covid-19

A maratona de Pequim, originalmente marcada para o próximo domingo, foi adiada, indefinidamente, para evitar qualquer risco de transmissão pela covid-19, cem dias antes da capital chinesa receber as Olimpíadas, anunciou hoje a organização.

A China registou hoje 39 novos casos de covid-19, testando a sua política de “tolerância zero” em relação ao coronavírus.

A Maratona de Pequim foi adiada “para evitar o risco de transmissão epidémica [e] para proteger efetivamente a saúde e a segurança dos corredores, funcionários e residentes”, disseram os organizadores, em comunicado.

Cerca de 30.000 corredores deveriam participar do evento. A maratona de Wuhan, que iria contar com 26 mil participantes, e originalmente marcada para o último domingo, também foi cancelada pelos mesmos motivos.

Pequim vai marcar os 100 dias que antecedem as Olimpíadas de Inverno na quarta-feira. Os organizadores admitiram no início deste mês que “enfrentam grande pressão” devido à covid-19.

As autoridades estão a trabalhar para conter o contágio, através de medidas de confinamento localizadas e testes em massa entre os residentes das zonas afetadas.

As autoridades anunciaram a suspensão de viagens organizadas nas cinco regiões onde foram detetados casos, incluindo Pequim. Algumas cidades também suspenderam os serviços de autocarro e táxi.

25 Out 2021

Covid-19 | Infectados só podem voltar a Macau dois meses depois

Quem for diagnosticado no exterior com covid-19 terá de aguardar dois meses antes de voltar a Macau, sem prejuízo de outras medidas em vigor como a quarentena de 21 dias. Pequim põe fim a quarentenas para quem chega de Macau

 

Numa altura em que tudo indicava que o caminho a seguir passaria pela progressiva abertura ao exterior, os sinais que chegam são de reforço de medidas antiepidémicas para quem vem do estrangeiro. Desde a 00h de hoje, todas as pessoas que tiverem sido diagnosticadas com covid-19 no estrangeiro só poderão embarcar em aviões comerciais que tenham Macau como destino, no mínimo, dois meses após a manifestação da doença.

“Os indivíduos que tiveram covid-19 apenas podem embarcar em aviões civis com destino a Macau, no mínimo, dois meses após a manifestação da doença ou o primeiro teste da covid-19 com resultado positivo, e devem obrigatoriamente apresentar o certificado de recuperação da covid-19”, pode ler-se numa nota divulgada no sábado pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

A nova medida, esclarece o Centro de Coordenação, “não prejudica outras exigências antiepidémicas”, tais como a apresentação do resultado negativo de um teste de ácido nucleico efectuado nas últimas 48 horas ou a obrigatoriedade de realizar uma quarentena de 21 dias à chegada a Macau.

Em sentido contrário, no mesmo dia, devido à estabilização da situação epidémica no território, foi anunciado o cancelamento da obrigatoriedade de realizar quarentena de 14 dias para quem entre em Pequim proveniente de Macau.

Desta feita, para entrar na capital, bastará, antes do embarque, apresentar certificado de teste de ácido nucleico com resultado negativo realizado nas últimas 48 horas. Proibidos de entrar em Pequim de forma imediata, continuam aqueles que tiveram contacto próximo com casos confirmados de covid-19 e os moradores das zonas de código de saúde vermelho e amarelo.

Já o pessoal que desempenha funções de risco elevado só poderá entrar na capital 14 dias após deixar de exercer os respectivos cargos. Também não é permitida a entrada em Pequim a pessoas oriundas de Hong Kong que tenham permanecido menos de 21 dias em Macau.

Vacinação aconselhada

À luz da actual situação epidémica e do plano de vacinação do território, o Centro de Coordenação aconselhou as mulheres que planeiam engravidar a ser inoculadas contra a covid-19. Em causa, para além da segurança do fármaco, está o facto de a infecção durante a gravidez “poder aumentar a probabilidade de aborto ou de doenças graves”.

“Sugere-se às pessoas que estão a planear a gravidez que se vacinem, o mais rapidamente possível e antes da concepção, acrescentando que após a vacina não precisam adiar o plano de gravidez ou tomar medidas contraceptivas”, pode ler-se em comunicado.

Sobre o tópico, as autoridades sanitárias acrescentam ainda que a vacina não constituiu qualquer risco para a amamentação e que contribuiu para reduzir o risco de transmissão do novo tipo de coronavírus ao bebé.

25 Out 2021

China | Adiada maratona de Wuhan devido a aumento de casos de covid-19

A maratona de Wuhan, que devia realizar-se hoje, foi adiada devido aos receios crescentes de ressurgimento da covid-19 na China, à medida que se aproximam os Jogos Olímpicos de inverno de 2022, em Pequim. Na últimas 24 horas, a Comissão de Saúde da China detetou 26 infeções locais no país.

Pequim vai assinalar na quarta-feira os 100 dias que antecedem os Jogos Olímpicos de inverno, com início marcado para 04 de fevereiro, tendo os organizadores admitido, no início deste mês, estarem sob “grande pressão” devido à covid-19.

As autoridades estão a tentar conter os casos, procedendo a testes em massa dos residentes das localidades afetadas e confinamentos seletivos.

Mas perante o aumento do número de casos, a organização da maratona de Wuhan, onde foi identificada a doença em final de 2019, decidiu adiar a prova “para prevenir o risco de propagação da epidemia”, de acordo com um comunicado divulgado no final da semana.

O evento devia contar com 26 mil participantes, entre as provas da maratona e da meia maratona, noticiaram os meios de comunicação estatais.

Contactada pela agência de notícias France-Presse, a organização da maratona de Pequim, prevista para o próximo domingo, não adiantou se iria manter a prova.

A China reduziu drasticamente o número de infeções no país graças a campanhas maciças de testes e ao encerramento das fronteiras.

24 Out 2021

Aulas regressam segunda-feira sem avaliações na 1.ª semana

Está confirmado. Os alunos do ensino superior e não superior voltam às salas de aula na próxima segunda-feira e não serão sujeitos a exames ou avaliações. Serviços de Saúde asseguram que a alta hospitalar da funcionária de supermercado agredida seguiu os trâmites normais

 

É a segunda vez que as aulas para vão recomeçar no presente ano lectivo. O sub-director da Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), Kong Chi Meng, confirmou ontem que as aulas presenciais do ensino superior e não superior serão reiniciadas na próxima segunda-feira.

De acordo com o responsável, antes de autorizar que os alunos regressem às salas de aula, todas as escolas devem realizar a limpeza e desinfecção dos espaços, de acordo com as orientações dos Serviços de Saúde.

Igualmente, assegurou Kong Chi Meng, os estabelecimentos de ensino receberam orientações para recapitular a matéria dada, sendo que, durante a primeira semana de aulas, os alunos não serão sujeitos a exames ou momentos de avaliação. Além das escolas, as instituições particulares de educação contínua, centros de explicação e os cursos afectos ao programa de desenvolvimento e aperfeiçoamento contínuo também retornam à actividade.

“Após auscultar as opiniões dos Serviços de Saúde e considerar os trabalhos preparatórios das escolas [a DSEDJ] decidiu que, se a situação epidémica se mantiver estável, as escolas do ensino não superior retomarão as aulas a partir do dia 25 de Outubro, podendo também as instituições do ensino superior retomar as aulas presenciais a partir da mesma data”, começou por dizer ontem Kong Chi Men, por ocasião da conferência de imprensa sobre a covid-19.

“As escolas devem passar por um período de ajustamento, adaptando, por exemplo, o conteúdo ensinado ou distribuindo a matéria. Os testes podem ser adiados ou o conteúdo dos mesmos vir a ser reduzido. Primeiro (…) deve haver um período de adequação sem dar testes ou exames”, acrescentou.

Também o Instituto de Acção Social (IAS) anunciou que, a partir de segunda-feira, creches, equipamentos prestadores de cuidados de enfermagem diurnos e equipamentos comunitários, retomam o funcionamento habitual.

22 Out 2021

Covid-19 | Ron Lam acusa Governo de negligência devido a surto

A primeira interpelação escrita de Ron Lam U Tou incidiu sobre as falhas reveladas pelo surto de covid-19 que infectou os seguranças do Hotel Golden Crown China e do Hotel Tesouro. O deputado estreante entende que os casos puseram a nu a negligência do Executivo na gestão dos locais destinados a quarentena

 

Sem paninhos quentes, Ron Lam U Tou escreveu a primeira interpelação escrita acusando o Executivo de negligência na gestão dos hotéis designados para quarentena e enumerou várias incongruências na forma como as autoridades têm coordenado o combate à pandemia. “Algumas pessoas que cumpriram quarentena em hotéis disseram-me que os seguranças responsáveis pela medição de temperatura usam roupas normais e máscara simples apenas enquanto cumprem essa função. As viseiras faciais só foram disponibilizadas depois de o surto ter sido descoberto”, afirma Ron Lam.

Encarando os hotéis reservados para quarentenas como locais de elevado risco, o deputado não tem dúvidas de que a falta de equipamento adequado “revela negligência do Governo e óbvias lacunas na gestão dos hotéis de quarentena”.

O jovem legislador recorda a visita do grupo de especialistas da Comissão Nacional de Saúde, entre 30 de Agosto e 2 de Setembro, que veio a Macau a convite do Executivo de Ho Iat Seng para dar orientações às autoridades locais no controlo e prevenção da pandemia. Uma das sugestões dos especialistas chineses prendeu-se com a melhoria da “observação médica centralizada e gestão em circuito fechado”, como o próprio centro de contingência noticiou a 2 de Setembro.

Apesar de reconhecer a dificuldade de estabelecer um circuito fechado para os profissionais dos hotéis designados para quarentena, Ron Lam lamenta que o Governo não tenha seguido os conselhos da autoridade do Interior da China. “É difícil de aceitar que mesmo depois dos alertas da Comissão Nacional de Saúde, o Governo não tenha feito nada, os seguranças continuaram sem equipamento adequado e a circular livremente na comunidade, sem gestão de pessoal em circuito fechado. Tudo ficou como estava.”

Neste ponto, o deputado recorda que os casos positivos de covid-19 dos trabalhadores de obras de remodelação tiveram possível origem no surto dos seguranças, por terem partilhado o mesmo autocarro público.

Por responder

As ramificações da dúzia de infecções locais levou a testagem em massa, restrições fronteiriças, encerramento de espaços, cancelamento das aulas e à paralisia da cidade. “Estes dois surtos tiveram um severo impacto na economia de Macau e resultaram claramente da negligência do Governo na supervisão do pessoal que trabalha nos hotéis designados para observação médica”, conclui Ron Lam. O passo seguinte será investigar de forma aprofundada como foi possível chegar a esta situação e apurar responsabilidades para prevenir que tal não se repita.

Assim sendo, o deputado pergunta quais as directrizes que o pessoal dos hotéis de quarentena tinha de seguir antes do surgimento do surto, em especial daqueles que estavam em contacto próximo com pessoas em quarentena, e quem supervisiona a aplicação dessas directrizes.

Para que a culpa não morra solteira, Ron Lam pergunta se o Executivo está a apurar as responsabilidades pela “aparente negligência regulamentar” e se as conclusões da investigação serão tornadas públicas.

22 Out 2021

Covid-19 | China cancela centenas de voos domésticos após diagnosticar dezenas de casos

A China cancelou ontem centenas de voos, encerrou escolas e intensificou os testes em algumas áreas, após ter descoberto surtos de covid-19 ligados a um grupo de turistas.

O país mantém uma política de “tolerância zero” com o vírus, incluindo a limitação drástica de entradas no seu território, quarentenas obrigatórias, medidas de confinamento e testes em massa assim que surgem alguns casos.

A utilização de aplicações móveis também permite rastrear o movimento de cada indivíduo.

Estas medidas permitiram à China retomar a atividade social e económica numa fase prematura da pandemia. No espaço de mais de um ano, o país registou apenas duas mortes. No entanto, casos esporádicos são identificados regularmente.

A China registou nos últimos dias algumas dezenas de casos de covid-19, todos vinculados a um casal de idosos que participou de uma viagem organizada.

De Xangai, seguiram para a antiga capital Xi’an, no noroeste do país e, a seguir, para a província de Gansu e para a Mongólia Interior, no norte.

Em resposta, as autoridades locais fecharam locais turísticos, escolas e locais de entretenimento. Eles também impuseram bloqueios a certos bairros e ordenaram a realização de testes em massa.

Os aeroportos das regiões afetadas cancelaram centenas de voos, de acordo com o site especializado VariFlight.

Cerca de 60% das partidas programadas para os aeroportos de Xi’an e Lanzhou, que têm uma população de cerca de quatro milhões, foram canceladas. Lanzhou, a capital de Gansu, também aconselhou os seus habitantes a não deixarem a cidade. A Comissão de Saúde da China relatou esta quinta-feira 13 novos casos de covid-19 em todo o país.

22 Out 2021

Aulas recomeçam na segunda-feira

As aulas para o ensino não superior e superior devem começar na próxima segunda-feira (25 de Outubro), caso não sejam detectados novos casos de covid-19. O anúncio foi feito esta manhã pela Direcção de Serviços de Educação e Desenvolvimento e Juventude (DSEDJ) através de um comunicado que ainda só se encontra disponível em chinês.

Antes do início das aulas, a DSEDJ informou que a partir de amanhã reabre a Base de Educação Patriótica e que pode ser visitada, desde que se cumpram as medidas de controlo da pandemia, como a medição de temperatura, apresentação do código de saúde e utilização de máscara.

Também a partir do dia 25 de Outubro os funcionários das escolas ficam obrigados a apresentar o comprovativo de vacinação ou um teste negativo de ácido nucleico com a validade de sete dias.

21 Out 2021

Abertura das fronteiras

A comunicação social divulgou recentemente que a fronteira de Macau com Zhuhai deve voltar a abrir. Mas, antes disso, é natural que se venha a realizar a quarta testagem em massa à população.

Embora esta notícia ainda não tenha sido confirmada, traz consigo ventos de esperança. Macau é uma cidade de turismo, lazer e entretenimento. Os turistas vêm de todas as partes do mundo, embora a relação preferencial seja com Zhuhai. Existem muitos estudantes em Macau oriundos de Zhuhai, bem como trabalhadores de Macau que vivem em Zhuhai. O encerramento da fronteira afectou seriamente a economia de Macau e as pessoas que estão dependentes deste intercâmbio. Depois de os estudantes de Zhuhai terem chegado a Macau, foi-lhes impossível regressar à sua cidade de origem devido ao encerramento da fronteira, e passaram a precisar de assistência urgente. Foi um problema complexo. Se a fronteira abrir em breve, esta questão fica resolvida. A notícia sobre a abertura eminente da fronteira é sinal que não existem casos de COVID 19 e não existe portanto risco de transmissão. Os locais de entretenimento que se viram forçados a fechar as portas podem voltar a abrir e a economia vai crescer. Não são boas notícias?

O fecho das fronteiras foi provocado pela pandemia. Enquanto o risco de transmissão não for eliminado, a vida não pode voltar ao normal. O processo de vacinação vai continuar durante algum tempo e os profissionais de saúde apelam a toda a população para que se vacine. A vacina permite criar anti corpos que combatem o vírus e, no caso de mesmo assim se contrair a doença, os sintomas serão muito mais ligeiros.

Mas, acima de tudo, quando houver uma grande percentagem de pessoas vacinadas, a comunidade cria uma barreira ao vírus que o impede de se alastrar. Claro que esta vacinas são um produto recente. A comunicação social fala por vezes de pessoas que sentiram efeitos secundários após a administração da vacina. No entanto, partindo da premissa que os benefícios ultrapassam largamente os incómodos, toda a população deve considerar vacinar-se o mais rapidamente possível. Actualmente, todas as pessoas que trabalham em contacto directo com o público, ou em espaços fechados, têm de estar vacinadas. Caso contrário, têm de se submeter todas as semanas a um teste ao ácido nucleico. Estas medidas combatem eficazmente a propagação do vírus.

A comunicação social também divulgou recentemente que alguns laboratórios farmacêuticos já desenvolveram um medicamento que, se for administrado na fase inicial da doença, tem resultados positivos. Um laboratório britânico anunciou para breve o lançamento no mercado de um medicamento anti-viral. O aparecimento destes medicamentos vai ser muito útil no combate às infecções.

Embora estes medicamentos estejam para surgir, ainda não se sabe se terão eventuais efeitos secundários, nem quais serão. Assim sendo, vamos ter de continuar a usar máscara e a manter o distanciamento social.

Recentemente, alguns sectores da sociedade propuseram que se implementasse a “Lei da Máscara”, para garantir que todos a usam de forma correcta. A implementação de tal lei implica que uma série de aspectos que têm de ser considerados. É preciso estudar cuidadosamente todos os aspectos da Lei da Máscara, para que se não colida com a vida quotidiana, caso contrário será contraproducente.

Recentemente, o Governo implementou a terceira testagem em massa à população, na sequência do aparecimento de quatro casos de infecção por coronavírus. É o método mais eficaz para identificar casos e evitar a propagação do vírus. Mas a testagem em massa requer a colaboração de todos e é uma tarefa difícil.

Talvez se pudesse considerar a divisão da população em vários grupos, tendo em vista testagens cíclicas.
Macau tomou as medidas necessárias para travar a propagação do vírus e prestou os cuidados apropriados a quem foi infectado. Agora só podemos esperar que haja um desenvolvimento científico positivo ao nível do tratamento e da prevenção. A vacina de última geração vai poder ser administrada a crianças pequenas e a bebés recém-nascidos. Da mesma forma, os medicamentos para combater a COVID são apropriados para estas faixas etárias. As novas conquistas podem vir a eliminar as dúvidas sobre as vacinas e os medicamentos, fazer-nos reagir à ameaça dos vírus e fazer com que a vida das pessoas volte ao normal. Pode ainda voltar a pôr-nos um sorriso no rosto.

 

Consultor Jurídico da Associação para a Promoção do Jazz em Macau
Professor Associado da Escola Superior de Ciências de Gestão/ Instituto Politécnico de Macau
Blog: http://blog.xuite.net/legalpublications/hkblog
Email: legalpublicationsreaders@yahoo.com.hk

20 Out 2021

Fronteiras | TNR de volta a casa pedem melhor coordenação no futuro

Antes de cruzarem a fronteira rumo a Zhuhai, vários trabalhadores não residentes (TNR) mostraram-se satisfeitos pelo fim da medida de quarentena e ansiosos por voltar finalmente a casa e ver a família, após terem ficado retidos em Macau durante mais de duas semanas.

Ouvidos pelo jornal Ou Mun, muitos são também da opinião que, no futuro, as autoridades de Macau e Guangdong devem coordenar melhor o mecanismo de resposta a novos surtos de covid-19, de forma a reduzir o impacto na comunidade.

Um trabalhador de apelido Ng, afirmou que mal soube do anúncio da reabertura das fronteiras na passada segunda-feira, dirigiu-se imediatamente ao posto de testagem mais próximo para “ver a família o mais depressa possível”. O mesmo funcionário apontou também esperar que, no futuro, as autoridades criem uma plataforma de assistência centralizada para facilitar a obtenção de informações relativas às medidas anti-pandémicas.

Mas há também quem tenha optado por esperar mais um pouco. Uma trabalhadora estrangeira de apelido Chan revelou que durante o último meio mês teve a sorte de a entidade patronal ter pago as despesas do seu alojamento e não tem pressa de atravessar a fronteira. A trabalhadora, que decidiu ficar para já em Macau, admitiu ainda ficar atenta aos desenvolvimentos dos próximos dias e considerará voltar ao Interior da China apenas quando a situação estabilizar.

Por fim, um outro TNR retido em Macau durante mais de 20 dias que partiu ontem para Zhuhai, conta que teve de assumir os encargos da própria estadia e que isso “custou quase um mês de salário”.

20 Out 2021

Covid-19 | Abertura de fronteiras leva enchentes às Portas do Cerco

Ontem ao meio-dia, o cenário nas Portas do Cerco anunciava a abertura da fronteira. Em pouco mais de três horas, as travessias já ultrapassavam as 30 mil. Entretanto, 780 moradores do Edifício San Mei On regressaram a casa após 14 dias de quarentena

 

Quando foi anunciado o fim da obrigação de quarentena para entrar em Zhuhai, as autoridades policiais apelaram à calma e à ponderação para se evitarem multidões. Os conselhos não foram seguidos. Ainda antes do meio-dia, já a zona em redor das Portas do Cerco se enchia de pessoas.

Segundo dados das autoridades de Gongbei, entre as 12h e as 15h30, mais de 20 mil pessoas entraram em Zhuhai, sendo que durante o mesmo período de tempo os movimentos (entradas e saídas) ascenderam às 30 mil. Às 17h, todos os postos fronteiriços de Macau registavam cerca de 58 mil movimentos (entradas e saídas), com perto de 41 mil pessoas a regressarem a Zhuhai.

Sem ter de atravessar alfândegas, ontem também regressaram a casa os cerca de 780 moradores do edifício San Mei On, depois uma semana em quarentena num hotel. Recorde-se que no passado dia 5 de Outubro o prédio foi declarado uma zona de código vermelho, em conexão com a descoberta do 75.º caso de covid-19 no território.

Apesar do isolamento forçado ter começado às 10h do dia 5 de Outubro, os residentes foram transferidos para um hotel de quarentena a 11 de Outubro depois de as autoridades de saúde terem verificado que as condições do prédio não eram ideais para observação médica.

Por mar e ar

O centro de contingência acrescentou ontem detalhes quanto ao alívio das restrições fronteiriças, alargando as medidas anunciadas na segunda-feira ao transporte aéreo e marítimo. A partir do meio-dia de ontem, “ quem pretenda sair da Região Administrativa Especial de Macau por avião ou barco civil, deve exibir o certificado com resultado negativo de teste de ácido nucleico realizado nas últimas 48 horas a partir do dia de amostragem”.

A decisão foi tomada ao abrigo da Lei de Prevenção, Controlo e Tratamento de Doenças Transmissíveis. A mesma legislação foi usada para decretar 14 dias de quarentena obrigatória para quem tenha estado na Alxa League da Região Autónoma da Mongólia Interior.

20 Out 2021