Sérgio Fonseca DesportoGP | Apresentado F3 que não correrá no Circuito da Guia O Autódromo Nazionale de Monza, em Itália, foi palco da apresentação do Dallara F3 2025, a próxima geração de monolugares de Fórmula 3 e o primeiro da disciplina, em quatro décadas, que não será visto a competir no Circuito da Guia O Dallara F3 2025 irá suceder ao Dallara F3 2019 que se retirou oficialmente das pistas este fim de semana. Este último, foi o primeiro monolugar de Fórmula 3 após a fusão entre a GP3 Series e o Campeonato Europeu de Fórmula 3, tendo competido no Circuito da Guia em 2019 e 2023. Para os livros de história também fica escrito que este foi o monolugar com que o inglês Luke Browning estabeleceu no ano passado o recorde da volta mais rápida em corrida no Circuito da Guia, com o tempo de 2:06.257, uma marca que provavelmente irá perdurar imbatível durante alguns anos. Visualmente, este novo carro tem semelhanças com os actuais modelos F1 e F2 e está equipado com o mesmo motor Mecachrome de 6 cilindros e de 3,4 litros que debita 380 cavalos de potência às 8000 rpm. Curiosamente, o carro que está confirmado para as três próximas temporadas, terá jantes de 16 polegadas, uma nova caixa de seis velocidades e será pela primeira vez alimentado por um combustível cem por cento sustentável. “Ao alinhar-se estreitamente com a aerodinâmica da Fórmula 2 e da Fórmula 1 da FIA, o novo carro de F3 oferece aos jovens pilotos uma plataforma essencial para desenvolverem as suas capacidades, preparando-os para os desafios que se avizinham nas categorias superiores”, disse o presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA), Mohammed Ben Sulayem, que acrescentou que “o design melhorado do cockpit reflete os nossos esforços contínuos para tornar o desporto motorizado mais inclusivo, garantindo que pilotos de todos os perfis físicos tenham a oportunidade de competir ao mais alto nível.” O ex-piloto de ralis e o primeiro presidente da FIA não europeu, que publicamente nunca comentou a exclusão da Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau, referiu ainda que “este novo FIA Fórmula 3 incorpora a visão da FIA de um desporto que é progressivo, inclusivo e sustentável”. Este novo carro, que contou com a experiente colombiana Tatiana Calderón como piloto de desenvolvimento, terá sido uma das razões para a FIA decidir trocar no Grande Prémio de Macau os emblemáticos monolugares de Fórmula 3 pelos monolugares da muito menos reconhecida Fórmula Regional a partir já deste ano. Curiosamente, não foram reveladas as dimensões do novo carro, nem se este foi mais rápido nos testes que o modelo anterior, apenas que é capaz de atingir velocidades acima dos 300 km/h e acelerar dos 0 aos 100 km/h em três segundos. Um novo capítulo Os monolugares de Fórmula 3 usados até aqui serão ainda utilizados nos testes oficiais no mês de Outubro em Jerez e Barcelona e depois serão retirados. Grande parte destes carros serão adaptados para uso privado pelas equipas e outros acabarão como modelos de exposição. Por exemplo, o chassis com que Richard Verschoor venceu o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 de 2019 ainda se encontra na MP Motorsport e será provavelmente vendido a um coleccionador privado. O 71.°Grande Prémio de Macau terá lugar de 14 a 17 de Novembr o e “a vinda de carros de Fórmula Regional a Macau para a Taça do Mundo FIA é uma consequência natural da evolução do panorama das corridas de monolugares de formação nos últimos anos e é um passo lógico na pirâmide”, disse o diretor de estratégia e operações de monolugares da FIA, François Sicard. A F3 foi introduzida no Grande Prémio de Macau em 1983, pelas mãos de Barry Bland com o apoio de Rogério Santos, na altura o presidente do Leal Senado, quando a FIA considerou que o Circuito da Guia não reunia as condições para receber a F2. As equipas de F3 visitaram o território por 38 vezes, uma vez que, de 2020 a 22, a pandemia de COVID-19 restringiu as viagens à RAEM. Durante esta quatro décadas, a prova de F3 de Macau recebeu inúmeras Taças Intercontinentais e Taças dos Mundo da FIA.
Hoje Macau SociedadeCircuito da Guia | Concentração motard dia 24 No âmbito das celebrações do 24 de Junho, e também do sétimo aniversário da Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Circuito da Guia de Macau, será organizada, no dia 24, uma concentração motard no Circuito da Guia, também em jeito de celebração da 70.ª edição do Grande Prémio de Macau. A concentração terá cerca de 70 participantes, realizando-se a partir das 9h30 na área do pit lane do edifício do Grande Prémio. A cerimónia de abertura realiza-se às 10h30, com uma paragem às 10h45 para uma foto de grupo junto à curva do Hotel Lisboa. Às 11h15 decorre a restante volta ao circuito habitual do Grande Prémio, com uma passagem pelo NAPE e paragem no Harbourview Hotel para almoço.
Hoje Macau Desporto MancheteCircuito da Guia | Programa promete muita acção ao longo dos quatro dias de prova A 69.ª Edição do Grande Prémio de Macau arranca esta manhã e com um programa muito composto e corridas para quase todos os gostos. No papel, a prova de Fórmula 4 volta a ser a principal, mas todas as atenções vão estar viradas para a Taça GT Macau com o duelo entre Maro Engel (Mercedes) e Edoardo Mortara (Audi) e para o regresso do Grande Prémio de Motos Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 – Sands China A corrida principal do programa volta a ser disputada com os desactualizados monolugares Mygale M14-Geely do Campeonato Chinês de Fórmula 4. Com o objectivo de vencer pela terceira vez consecutiva esta corrida, feito inédito na história do Grande Prémio, Charles Leong Hon Chio lidera uma lista de inscritos híbrida, com alguns jovens pilotos como Gerrard Xie, líder do campeonato, e alguns “dinossauros” do Circuito da Guia, como Henry Lee de Hong Kong ou Lam Kam San de Macau. A maior oposição ao domínio de Charles Leong poderá vir da frágil fiabilidade destes monolugares e da vontade de vencer do compatriota Andy Chang, o segundo classificado nas duas últimas edições da corrida. A RAEM terá um quarto piloto na prova, o experiente piloto de karting Cheong Chi Hou. 54º Grande Prémio de Motos de Macau Sem nenhum dos nomes sonantes das provas de estrada, ainda assim, esta será certamente uma das provas que merece mais atenção. Robert Hodson, o piloto que deu origem à carambola da corrida de 2019, o nórdico Erno Kostamo, o polícia espanhol Raul Torras ou o experiente português André Pires partem com a vantagem de conhecer o Circuito da Guia e por isso podem almejar um feito que provavelmente não conseguiriam em “condições normais”. Destaque para a estreia de Sheridan Morais, conhecido pelas suas participações nos campeonatos do mundo de Resistência, Supersport ou Moto2, agora naturalizado português e residente na cidade algarvia de Lagos, vai conduzir uma Honda CBR1000 da sempre competitiva Penz13. Julian Trummer (Yamaha R1) e Joey Thompson (BMW S1000RR) são os estreantes melhores cotados pela imprensa internacional. Contudo, as atenções da corrida vão certamente recair na holandesa Nadieh Schoots, a primeira senhora a participar no Grande Prémio de Motos de Macau. Corrida da Guia – TCR Asia Challenge – Wynn Quando se celebram 50 anos da Corrida da Guia, a corrida de carros de Turismo do continente asiático merecia outro desígnio. Os concorrentes do TCR Ásia e do Campeonato de Carros de Turismo de Macau foram colocados na Taça de Carros de Turismo de Macau, deixando os pilotos de Hong Kong, de Macau e alguns do Interior da China na Corrida da Guia. O vencedor da corrida receberá o título de primeiro vencedor do TCR Asia Challenge, mas é um título que saberá a muito pouco. Mesmo contrariados por lhes ter sido retirada uma boa parte da concorrência, Filipe Souza (Audi RS3 TCR), Cheung Chi On (Audi RS3 TCR), Billy Lo (Audi RS3 TCR), Eurico de Jesus (Honda Civic), ou qualquer outro piloto de Macau, têm a oportunidade única de subirem ao pódio da Corrida da Guia, algo que os pilotos da casa nunca conseguiram em cinquenta anos. Andy Yan (Honda Civic), Lo Sze Ho (Hyundai i30 N TCR) e Samuel Hsieh (Lynk & Co 03 TCR ex-equipa oficial do WTCR) lideram a representação da RAE vizinha e também eles querem vencer. Taça GT Macau – Galaxy Entertainment Aquela que será provavelmente a mais apelativa das corridas de automóveis do programa tem sabores de outros tempos, com três dos cincos vencedores da Taça do Mundo de GT da FIA. A Audi e a Mercedes-AMG não se pouparam a esforços para vencer esta popular corrida e com isso a prova ganha projecção internacional. A Audi conseguiu convencer o seu piloto de maior sucesso em Macau, Edoardo Mortara, e ainda irá colocar um carro, em parceria com a FAW, para o chinês Franky Cheng Congfu, ex-piloto do DTM e antigo protegido da McLaren F1. A Mercedes-AMG, que venceu quatro vezes a Taça GT Macau nos últimos cinco anos, foi ainda mais longe e persuadiu Maro Engel e Raffaele Marciello. A marca de Estugarda tem ainda do seu lado Darryl O’Young, o vencedor da dramática corrida do ano passado. A Porsche, que também costuma ter uma palavra a dizer sobre a hegemonia da categoria FIA GT3 na Ásia, confia no suíço Alexandre Imperatori para ombrear com as suas rivais, um piloto residente em Xangai que já subiu ao pódio nesta corrida. Entre os privados, há também pilotos capazes como Adderly Fong (Audi R8 LMS GT3), David Chen (Ferrari 488 GT3) ou Ling Kang (Lamborghini Huracán GT3). O único piloto do território é o experiente Leong Ian Veng, que contra si tem a falta de fiabilidade do “velhinho” BMW M6 GT3. Taça GT Grande Baía – Melco A Taça GT Grande Baía estava a afirmar-se saudavelmente como a prova da categoria GT4 do programa do Grande Prémio. Quis o “destino” que este ano a corrida fosse também aberta aos carros GTC (carros de GT provenientes de troféus monomarca). Quer isto dizer que de um momento para o outro, quem investiu na estável e acessível categoria GT4 arrisca-se a “ver passar navios”. Sendo assim, os Lamborghini Huracán de Brian Lai e Alex Liang e os Audi R8 LMS Cup dos locais Delfim Mendonça Choi e Hoi Wai Chong são definitivamente os carros mais rápidos no papel. Com armas desiguais, Luo Kai Luo (Mercedes-Benz AMG GT4), Chris Chia (Audi R8 GT4) ou Evan Mak (BMW M4 GT4) vão pelo menos lutar pela vitória na classe. Com quinze pilotos de Macau à partida, há nomes que já se confundem com o próprio GP, como os eternos Lei Kit Meng (Ginetta G55), Mak Ka Lok (Lotus Exige) ou Liu Lic Ka (Mercedes-Benz AMG GT4). Taça de Carros de Turismo de Macau – China Touring Car Championship – MGM Num Grande Prémio de consumo interno, o duelo das equipas de fábrica dos construtores de automóveis chineses Lynk & Co e MG deveria ter certamente outro palco que não uma corrida classificada de suporte. A Lynk & Co que venceu as duas últimas edições da Corrida da Guia traz o vencedor das mesmas, Zhang Zhi Qiang, mais David Zhu, que veio ocupar o lugar de Ma Qing Hua, e o fiel escudeiro Sunny Wong. Os novos MG5 serão entregues ao campeão chinês de TCR, Rodolfo Ávila, o único piloto de Macau nesta corrida, a Martin Cao, ex-campeão britânico de F3, a Zhang Zhen Dong, múltiplo campeão chinês de carros de Turismo, e ao super-reforço Rob Huff que dispensa apresentações. A MG tem um melhor grupo de pilotos, mas o Lynk & Co 03 TCR é um carro muito superior, como muito mais competente também é a equipa que lhes dá assistência. Numa corrida que aceita também os carros “made in China” do CTCC, existem quatro novos VW Lamando oficiais da Volkswagen SAIC que por força do regulamento podem imiscuir na luta “Lynk & Co v MG”. Macau Roadsport Challenge – SJM Esta junção que assistimos agora entre as duas categorias de carros de Turismo de Macau – 1950cc e Acima e 1600cc Turbo – já nós vimos entre 2017 e 2020, mas na Taça de Carros de Turismo. A categoria para viaturas com motorizações 1950cc e Acima, mais conhecida por Roadsport, deverão ser os mais rápidos em pista, mas a sua fragilidade, fruto de um desenvolvimento por vezes levado para além do limite, poderá oferecer-nos boas corridas. Wong Wan Long (Mitsubishi Evo10) é o favorito, mas resta saber o valor da oposição que tem nomes portugueses que primam por andar depressa – Luciano Lameiras (Mitsubishi Evo9), Jerónimo Badaraco (Mitsubishi Evo9) ou o estreante na categoria Sabino Osório (Mitsubishi Evo9). Entre os 1600cc, Célio Alves Dias (Mini Cooper S), que teve um domínio retumbante no ano passado até ao acidente que terminou a corrida, vai tentar repetir a vitória, ao passo que Rui Valente (Mini Cooper S) parte confiante para um possível regresso ao pódio. Na sua segunda participação no Grande Prémio, Júnio Pereira (Ford Fiesta) certamente que quererá melhorar a sua prestação depois de ter mostrado que é capaz de ombrear com uma concorrência muito mais experiente. Programa de Hoje 06:00 Fecho do Circuito 06:30-07:00 Inspecção do Circuito 07:30-08:15 Grande Prémio de Motos de Macau – Treinos Livres 08:30-08:55 Macau Roadsport Challenge SJM – Treinos Livres 1 09:10-09:35 Taça GT Grande Baía Melco – Treinos Livres 1 09:55-10:20 Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 – Sands China – Treinos Livres 1 10:35-11:00 Taça de Carros de Turismo de Macau MGM – Treinos Livres 1 11:30-11:55 Corrida da Guia Macau Wynn – Treinos Livres 1 12:10-12:35 Taça GT Macau Galaxy Entertainment – Treinos Livres 1 12:50- 13:15 Macau Roadsport Challenge SJM – Treinos Livres 2 13:30-13:55 Taça GT Grande Baía Melco – Treinos Livres 2 14:15-14:40 Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 – Sands China – Treinos Livres 2 14:55-15:20 Taça de Carros de Turismo de Macau MGM – Treinos Livres 2 15:35-16:00 Corrida da Guia Macau Wynn – Treinos Livres 2 16:15-16:40 Taça GT Macau Galaxy Entertainment – Treinos Livres 2 18:00 Abertura do Circuito
Andreia Sofia Silva Eventos MancheteGrande Prémio de Macau | Associação promove nova exposição em Outubro Entre 27 de Outubro e 13 de Novembro vai ter lugar uma nova exposição de trabalhos artísticos sobre o Grande Prémio de Macau. A entidade promotora da mostra, a Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Circuito da Guia de Macau, enviou ontem uma nova carta ao Governo sobre o pedido de classificação do circuito da Guia como Património Mundial da UNESCO Chama-se “O Circuito da Guia como Património Mundial da UNESCO” e é o tema da nova exposição organizada pela Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Circuito da Guia de Macau, agendada para os dias 27 de Outubro a 13 de Novembro na galeria Ritz, no Largo do Senado, sede da Direcção dos Serviços de Turismo. Ao HM, José Luís Estorninho, presidente da direcção, adiantou que os detalhes ainda estão a ser ultimados, sendo que este ano a mostra deverá contar com cerca de 20 artistas. Esperam-se trabalhos na área das artes plásticas e visuais, incluindo fotografia. “Tem sido um sucesso. Mas temos ainda de ver os apoios que vamos ter, porque estamos numa fase de pandemia e as coisas estão um pouco incertas”, referiu. A associação promoveu também, há dois anos, uma exposição de carros ao ar livre, que deverá repetir-se novamente este ano, bem como a realização de uma palestra sobre o Grande Prémio de Macau e a importância histórica do Circuito da Guia. Devido à pandemia, este evento deverá acontecer online. Silêncio total Foi em 2018 que a associação entregou um pedido, junto do Governo, para que o Circuito da Guia seja classificado como património mundial pela UNESCO. Mas até à data não houve qualquer resposta das autoridades, o que obrigou a entidade a entregar ontem uma nova carta ao Instituto Cultural. José Luís Estorninho assume que esta será uma luta difícil. “Há muitos concorrentes para a classificação por parte da UNESCO e não é fácil, Macau não é exclusivo. Entregamos hoje [segunda-feira] uma nova carta ao Governo para sabermos o ponto de situação do nosso pedido. Esta decisão não cabe apenas a Macau, mas também às autoridades de Pequim.” No comunicado ontem divulgado na sua página de Facebook, a associação voltou a frisar que “o prestigiado circuito citadino da Guia é uma referência internacional associado ao Grande Prémio de Macau, considerado como o maior evento automobilístico de Macau e um dos maiores do mundo”. Na mesma nota, é referido que a proposta feita ao Executivo “tem naturalmente a ver com o valor histórico do circuito da Guia enquanto palco do maior evento automobilístico do género no mundo, com relevante importância no que respeita ao seu contributo no desenvolvimento turístico e económico da cidade de Macau”.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauGuia mantém WTCR mas deverá deixar de ser palco da finalissima [dropcap]O[/dropcap] calendário de 2019 do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) ainda não foi anunciado, mas este deverá contar novamente com a presença do Circuito da Guia que, no entanto, desta vez não será a prova de encerramento de temporada. Segundo o calendário provisório para a próxima temporada que tem circulado pelas equipas do mundial e a que o HM teve acesso, a última prova de 2019 deverá ser disputada na Malásia, no Circuito Internacional de Sepang. O evento será realizado no último fim-de-semana de Dezembro em concomitância com o Campeonato do Mundo de Endurance de Motociclismo e poderá ser realizado à noite, aproveitando o novo sistema de luzes instalado pelo ex-circuito malaio de Fórmula 1 este ano. A competição de duas rodas é também promovida pelo Eurosport Events, o promotor do WTCR. Depois do sucesso da edição de 2018, a continuidade do WTCR no Circuito da Guia não parece estar em questão, tendo François Ribeiro, o CEO do Eurosport Events, garantido que “nós vamos voltar (a Macau) com uma grelha ainda mais competitiva”. O calendário do WTCR deverá ser dado a conhecer depois do próximo Conselho Mundial da FIA que está agendado para o dia 5 de Dezembro, em São Petersburgo, na Rússia. Para além de Macau, o campeonato deverá manter as duas provas no interior da China, uma no circuito de Ningbo, e outra em Suzhou, no lugar do circuito citadino de Wuhan. Esta última prova é uma incógnita, visto que não há qualquer circuito permanente na cidade da província de Jingsu. Portugal irá manter-se também no calendário, com a habitual jornada no Circuito de Vila Real, no mês de Julho e como última prova no continente europeu. O 66º Grande Prémio de Macau deverá ser disputado de 14 a 17 de Novembro. Regresso de Farfus Augusto Farfus, que no fim-de-semana passado conquistou a Taça do Mundo FIA de GT pela BMW, deverá ser um dos rostos do WTCR em 2019. Durante o Grande Prémio de Macau, a BMW Motorsport anunciou que o brasileiro irá deixar o campeonato alemão DTM. Segundo rumores do paddock, Farfus está de malas feitas para a Hyundai. O construtor coreano que venceu o campeonato de pilotos com Gabriele Tarquini vai deixar de contar com Yvan Muller e Thed Bjork. A Cyan Racing aproveitou o Grande Prémio para anunciar que Muller vai acompanhar Björk na primeira campanha dos Lynk & Co 03 TCR no WTCR. O carro chinês desenvolvido pela Geely Group Motorsport na Suécia foi apanhado recentemente a testar no Circuito do Estoril, já com Muller ao volante. A marca chinesa ainda não confirmou quantas viaturas colocará no terreno no WTCR de 2019, mas Yann Ehrlacher, sobrinho de Muller, é um dos nomes apontados a um terceiro carro.
Hoje Macau EventosFuturo do Circuito da Guia é tema de várias palestras O arquitecto Rui Leão e os historiadores João Guedes e Vicent Ho vão realizar na quarta e na quinta-feira, em Macau, palestras sobre o futuro do circuito da Guia, onde decorre o Grande Prémio. Organizadas pela Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Circuito da Guia de Macau (APDCGM), por ocasião do segundo aniversário, as palestras vão ser apresentadas em português, chinês e inglês, estando previstas mais sessões no dia 19 e 20 de Novembro. O piloto de Macau André Couto vai também marcar presença no evento, estando prevista uma sessão de autógrafos. Na segunda-feira, a APDCGM inaugurou a segunda edição da exposição colectiva “O Circuito da Guia como Património Mundial da UNESCO”, que apresenta trabalhos de 20 artistas e que estará patente ao público até 21 de novembro próximo. A 65.ª edição do Grande Prémio de Macau vai decorrer entre quinta-feira e domingo próximos e inclui três corridas de carros, as taças do mundo de Fórmula 3, GT e de carros de turismo (WTCR), bem como o 52.º grande prémio de motos, além da taça de carros de turismo de Macau e a taça da Grande Baía.
João Santos Filipe Manchete SociedadeUNESCO | Pedida classificação de Circuito da Guia como Património da Humanidade [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Circuito da Guia de Macau (APDCGM) esteve reunida com representantes do Instituto Cultural (IC) e apresentou uma proposta para que o Circuito da Guia seja classificado como Património da Humanidade da UNESCO. Ao HM, José Estorninho, presidente da APDCGM, justificou o pedido com as singularidades do traçado, o contexto cultural e com o facto de ser o circuito citadino mais antigo da Ásia. “O traçado é um legado patrimonial e histórico, visto que foi o primeiro no extremo oriente e por isso justifica-se que seja classificado Património da Humanidade. Estamos aqui a entregar esta proposta, porque entendemos que também cabe à sociedade civil ter uma atenção para valorizar o circuito a nível mundial”, disse José Estorninho, que se fez acompanhar por Carlos Rodrigues, Presidente do Conselho Fiscal da APDCGM, na entrega da carta com a proposta. “Os representantes do IC mostraram-se muito interessados e prestaram muito atenção à questão da classificação. No entanto, sabemos que há uma lista de propostas para ser analisada e entendemos que há outros processos em fila de espera, pelo que é expectável que tudo leve algum tempo”, acrescentou. Contudo, o presidente da APDCGM mostrou-se confiante quanto à receptividade do Governo para a proposta e revelou que o próprio secretário para os Assuntos Sociais e Cultural, Alexis Tam, se interessou pela iniciativa. “Tivemos um apoio formal do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura. Ele teve a amabilidade de aceitar o nosso projecto com muita abertura e atenção. Não temos dúvidas que vamos ter um forte apoio do Governo”, considerou José Estorninho. Primeiro circuito citadino Entre os argumentos utilizados pela APDCGM está o legado que o Circuito da Guia representa, principalmente no ano em que se celebra a 65.ª edição do Grande Prémio. A proposta é justificada com o “legado cultural e histórico da cidade de Macau”, com a “importância e dimensão” que “a preservação tem para a cidade” assim como o facto de ter sido “um dos factores de maior projecção de Macau no exterior”. Por outro lado, são destacados todos os monumentos que se encontram ao longo da extensão de 6,2 quilómetros, como o Farol da Guia, Quartel de São Francisco, Cemitério dos Parses, Escola Ling Nam, Fontanário da Guia ou Miradouro Dona Maria II. A carta deixada ainda no instituto liderado por Mok Ian Ian sublinha que o circuito citadino é “o primeiro e o mais antigo em toda a Ásia, com características ímpares, quer em termos de valores culturais, quer em termos humanos”
Sérgio Fonseca DesportoTaça da Corrida Chinesa voltará ao que era no GP [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Taça da Corrida Chinesa deverá apresentar novos moldes na 65ª edição do Grande Prémio de Macau. A competição monomarca apoiada pelo construtor automóvel chinês BAIC deverá regressar pelo quinto ano consecutivo ao Circuito da Guia e voltará apostar aos moldes vistos antes de 2017. Isto é, a habitual primeira corrida do programa de festas do evento anual da RAEM passará novamente a ser disputada por um tipo único de viaturas, neste caso os novos BAIC Senova D50 TCR. O ano passado os BAIC Senova D50 dividiram pela primeira vez o asfalto da cidade de Macau com algumas viaturas da categoria TCR, provenientes do campeonato TCR China Series. O HM apurou que este foi um episódio excepcional e não se repetirá este ano. Segundo fonte da competição chinesa, “desta vez não haverá carros TCR, porque a Taça da Corrida Chinesa terá mais de trinta inscritos este ano.” Por se tratar de uma competição que apela ao patriotismo chinês, no que respeita à nacionalidade dos pilotos, a mesma fonte esclareceu que “pilotos estrangeiros não poderão correr. Como nos anos anteriores, só será permitida a participação de pilotos chineses”. Organizada pela Shanghai Lisheng Racing Co. Ltd, a Taça da Corrida Chinesa é um campeonato composto usualmente por quatro eventos, mas em 2018 o número de eventos poderá ascender aos cinco ou seis eventos. O calendário para a temporada que aí vem deverá ser “apresentado em breve”, sendo a tradicional corrida no território o ponto alto da temporada para pilotos e equipas. A 65ª edição do Grande Prémio de Macau será realizada de 15 a 18 de Novembro e a presença da prova da Taça da Corrida Chinesa no programa de corridas está ainda pendente de confirmação da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau. 2017 foi um ano especial A edição do ano passado da Taça da Corrida Chinesa será recordada, acima de tudo, pelo triunfo de Hélder Assunção. O piloto macaense teve um fim-de-semana isento de erros e soube como capitalizar as falhas dos pilotos mais rápidos e experientes para colocar a bandeira da RAEM no mastro principal da cerimónia do pódio. A prova ficou igualmente marcada pela ausência de grande parte do pelotão do campeonato TCR China Series. Os contentores provenientes de Ningbo, carregados com os carros e material, daqueles que eram os favoritos à vitória à geral nesta corrida, não chegaram a Macau devido a problemas alfandegários. Sendo assim, apenas três SEAT Leon TCR, que estavam estacionados em Zhuhai antes da prova, um deles do piloto do território Alex Liu Lic Ka, se imiscuíram sem grande sucesso na luta dos carros “made in China”.
Sérgio Fonseca Manchete SociedadeWTCC | Circuito da Guia eleito o melhor de sempre Nem Monza se compara. O Circuito da Guia foi considerado “o melhor de sempre”, por um painel de 18 países. E tudo começou numa tertúlia… [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Circuito da Guia foi eleito como o “melhor circuito de todos os tempos” do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC), de acordo com um painel constituído pela imprensa de dezoito países e territórios, em que o Hoje Macau esteve representado. O circuito do território, que nasceu numa tertúlia de quatro amigos portugueses no Hotel Riviera em 1954, fez parte do calendário do WTCC de 2005 a 2014, regressando este ano para a penúltima prova da história do campeonato, onde Mehdi Benanni e Rob Huff dividiram os triunfos, foi aquele que mais votos arrecadou por parte dos jornalistas que acompanharam o campeonato. Macau teve uma pontuação de 43 pontos, superando o circuito alemão de Nürburgring Nordschleife, que teve 27 pontos, e o mítico traçado de Monza, em Itália, que somou 16. Dos quatro circuitos portugueses por onde o WTCC passou nesta sua segunda iteração, Vila Real foi o melhor classificado, tendo o traçado citadino transmontano sido o sexto mais votado, com um total de 7 pontos. Depois de treze anos o WTCC chegou ao fim no final da temporada de 2017. A partir de 2018, o campeonato passa a ser uma Taça do Mundo FIA e chamar-se-á WTCR – FIA World Touring Car Cup. A nova competição, que continua sob a égide do Eurosport Events, anunciou na pretérita semana o calendário de dez provas para 2018 e confirmou que visitará o Grande Prémio de Macau, de 15 a 18 de Novembro. Monteiro foi o “Piloto do Ano” Os órgãos de comunicação social elegeram também o francês Yvan Muller, como o melhor piloto de sempre do WTCC, e o Citroën C-Elysée recebeu o troféu de melhor carro. Já o piloto português Tiago Monteiro, que ainda se encontra a recuperar de um violento acidente num teste privado em Barcelona no passado mês de Setembro, foi eleito o “Piloto do Ano” pelo júri constituído por vinte e cinco jornalistas. Monteiro, que era líder isolado do WTCC quando sofreu o acidente que não lhe permitiu completar a temporada, recebeu 10 votos, ao passo que Norbert Michelisz teve sete e o campeão Thed Björk cinco. “Fico feliz com este troféu. Claro que gostava mais de ter vencido o campeonato, mas fico muito sensibilizado pela forma como estes jornalistas avaliaram o meu trabalho sabendo que não tive hipótese de continuar a correr. São estes pequenos detalhes que me fazem continuar focado na recuperação e com o regresso em mente”, afirmou o primeiro e único piloto português a triunfar na Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau e que nas últimas semanas esteve no EUA onde visitou alguns médicos.
Sérgio Fonseca DesportoRosenqvist esperado de Ferrari [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois de ter vencido o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 em 2014 e 2015 e ter finalizado em segundo o ano passado, Felix Rosenqvist deverá regressar este ano ao Circuito da Guia, mas para competir pela primeira vez na Taça do Mundo FIA de GT. A notícia foi avançada ontem pela revista inglesa Autosport, mas carece ainda de confirmação oficial, até porque a lista de inscritos da prova só será divulgada a 24 de Outubro. O piloto sueco deverá conduzir no circuito do território um Ferrari 488 GT3 da equipa norte-americana Scuderia Corse, estrutura que tem como director desportivo Stefan Johansson. O ex-piloto da Ferrari na Fórmula 1 venceu a Corrida de Qualificação do Grande Prémio de Macau em 1984 e, para além de grande entusiasta do Circuito da Guia, é também responsável pela gestão da carreira desportiva de Rosenqvist. Se conseguir vencer a corrida, Rosenqvist, que este ano está a competir no campeonato de monolugares japonês Super Fórmula, tornar-se-á o segundo piloto a vencer a corrida de Fórmula 3 e a prova de GT, um feito apenas conseguido até aqui por Edoardo Mortara. Com a participação inesperada deste Ferrari, o número de construtores diferentes na prova deverá ascender a seis. Corrida que promete A terceira edição da Taça do Mundo FIA de GT promete trazer alguns nomes sonantes ao Circuito da Guia. É aguardada com alguma expectativa se a Mercedes-Benz convoca o “Sr. Macau” Edoardo Mortara para esta corrida, se a BMW aposta em António Félix da Costa, se a Porsche chama o campeão em título Laurens Vanthoor e se a Audi comparece à partida com um outro piloto lusófono ex-vencedor no Circuito da Guia. Enquanto essas dúvidas não são dissipadas, confirmada já está a participação do brasileiro Augusto Farfus, que guiará um BMW M6 GT3 especial: o 18º exemplar da Colecção BMW Art Car, saído da imaginação da artista chinesa Cao Fei. O construtor da Baviera irá reforçar-se em Macau com mais dois M6 GT3 de uma equipa privada de Taiwan. A AAI Motorsports vai colocar em pista um BMW para o alemão Marco Wittmann, um ex-campeão do DTM, piloto de fábrica da casa de Munique e que já foi sétimo classificado nesta corrida, e outro para o australiano Chaz Mostert que compete no seu país no campeonato V8 Supercars e que impressionou nas 24 Horas de Bathurst. Já a Mercedes irá reforçar-se em Macau com mais AMG GT3 da equipa privada GruppeM Racing, entregues aos pilotos Raffaele Marciello e Maximillian Buhk.
Sofia Margarida Mota EventosExposição | Trabalhos locais inspirados no Circuito da Guia São duas as exposições que marcam o primeiro aniversário da Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Circuito da Guia de Macau. Os trabalhos são de artistas locais e pretendem sensibilizar a população para a importância do património [dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] o primeiro aniversário da Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Circuito da Guia de Macau (APDCGM) e a data vai ser comemorada com a realização de duas exposições acerca de “O Circuito da Guia como Património Mundial da UNESCO”. “Faz este ano um ano que fundámos a associação e vamos fazer uma pequena celebração com a realização de várias actividades”, disse o presidente da associação, José Estorninho, ao HM. Para o efeito, a associação está a organizar duas exposições colectivas que contam com a participação de artistas locais. Para ter acesso às obras a organização fez o convite a várias entidades de modo a chegar ao maior número de possíveis interessados em expor no evento. As áreas artísticas estão “praticamente todas abrangidas”, diz José Estorninho. “Temos pintura, escultura, fotografia e joalharia, por exemplo”, ilustra o responsável. O objectivo é também “não deixar ninguém de fora e dar oportunidade ao maior número de pessoas de expor o seu trabalho até porque nem todos têm a oportunidade de participar em exposições”, refere. Lugar especial Por outro lado, a associação pretende chamar a atenção para a questão do património, nomeadamente no Circuito da Guia. “A defesa do património local é fundamental e o Circuito da Guia do Grande Prémio é um local que precisa de atenção e preservação” completa José Estorninho. Com o envolvimento de artistas e da comunidade, a associação pretende ainda “apelar e sensibilizar as pessoas para esta causa”. José Estorninho está satisfeito com os trabalhos que têm chegado à associação. “Já recebemos 21 obras, o que podemos considerar um número alargado de artistas a participarem”, afirma. Para o responsável, as obras que vão ser exibidas já representam “uma colecção bastante abrangente e simbólica” que reflecte diferentes manifestações artísticas locais. A primeira exposição tem data de inauguração marcada para o próximo sábado, pelas 18h15, na Galeria do Edifício RITZ, no Largo do Senado. Dadas as limitações de espaço não estarão aqui expostos todos os trabalhos e a 16 do próximo mês é inaugurada a segunda exposição, agora sim, com todas as obras recebidas. O local é a Galeria de Acesso à Fortaleza do Monte. A escolha de dois espaços é também estratégica. Para José Estorninho “estas duas mostras vão dar a possibilidade aos visitantes de conhecer dois espaços diferentes além da própria exposição”. Depois das exposições está já agendada uma palestra no Ritz. O tema será “O Circuito da Guia e o seu Futuro”. “Vamos focar o tema tendo em conta o ponto de vista de profissionais em várias áreas úteis para a matéria”, explica o responsável. A palestra pode ainda dar origem a uma troca de opiniões, sendo que, afirma, “é a primeira palestra do género no território”.
Sérgio Fonseca DesportoPromotor do WTCC agradece compreensão da COGPM Os organizadores do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) ficaram satisfeitos pela confirmação que a penúltima ronda da temporada de 2017 será mesmo disputada no Circuito da Guia. [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pós dois anos de ausência e de um impasse em que a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau não dava a prova como certa nas ruas do território, uma situação justificada por estarem em curso negociações com a FIA, ficou decidido que o WTCC terá um formato diferente este ano. Em vez das duas corridas disputadas na manhã de domingo, com um intervalo de 15 minutos para reparações, a primeira corrida será realizada no sábado e a segunda, aquela que será considerada a Corrida da Guia, acontecerá no domingo. Agradado com o acordo conseguido com as entidades responsáveis pelo maior evento automobilístico da RAEM, François Ribeiro, o director do Eurosport Events, a empresa responsável pela promoção do WTCC, reagiu na sexta-feira passada, dizendo que: “Nós esperamos que Macau seja o ponto alto da temporada do WTCC. Estou agradecido à Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau por ter acomodado o nosso pedido de realizar a Corrida de Abertura no sábado à tarde”. Quando saiu de Macau no final da edição de 2014, o dirigente francês não escondeu que o horário que a competição mundial de carros de Turismo tinha no Grande Prémio de Macau era extremamente desfavorável para as audiências europeias, tendo na altura ambicionado ficar com o horário do Grande Prémio de Motas na tarde de sábado. Ribeiro acredita que esta nova posição no programa do evento “irá trazer uma audiência mais vasta na Ásia, Europa e Médio Oriente”. O facto das duas corridas do WTCC não serem disputadas no mesmo dia é igualmente favorável ao espectáculo e foi bem recebido no seio das equipas. Dadas as características do Circuito da Guia, cujo mínimo erro ou exagero é pago caro, um acidente na primeira corrida, comprometia a participação na segunda corrida. Com esta nova disposição do horário, as equipas terão tempo para reparar, ou pelo menos tentar consertar, as viaturas acidentadas de um dia para o outro. “Macau será talvez decisivo para ambos os campeonatos de pilotos e construtores. Todos os pontos irão contar, e nós sabemos quanto difícil é a pista de Macau para as equipas e para os pilotos”, salientou Ribeiro. O WTCC visitou Macau de 2005 a 2014, sendo sempre a última prova do campeonato. Contudo, este ano, o campeonato agora liderado pelo português Tiago Monteiro será a penúltima prova da temporada, terminando no Qatar duas semanas depois. Uma questão de números? Depois da prova ter aparecido no calendário internacional da FIA pela primeira vez em Novembro de 2016, surpreendentemente na cerimónia de apresentação do patrocinador principal do evento de 2017, no passado mês de Maio, as entidades de Macau surpreenderam ao anunciar que a prova do WTCC não estava confirmada. A demora na confirmação da prova foi justificada a semana passada por Pun Weng Kun, o Presidente do Instituto do Desporto do Governo da RAEM e Coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau. “O Grande Prémio de Macau é uma marca de reputação e várias corridas querem participar no evento. Como Comissão Organizadora, temos de ponderar quais são as corridas ou as provas que trazem mais vantagens para este evento”, disse. Do lado do Eurosport Events não houve qualquer comentário sobre esta matéria, tendo a organização francesa se recusado a comentar publicamente sobre o assunto numa atitude inédita e propensa a criar desnecessárias especulações num campeonato que vive um período periclitante da sua história. Apesar de carecer de confirmação oficial, no paddock do WTCC dizia-se à boca cheia que uma das razões para este impasse nas negociações esteva relacionado com o número de participantes. O WTCC tem apenas dezasseis carros garantidos para todas as provas do campeonato, um número muito baixo para uma grelha de partida de uma qualquer corrida do Grande Prémio de Macau. A organização local terá requerido um número mínimo de vinte viaturas, o que já motivou a Eurosport Events a puxar pelos cordelinhos para colocar mais carros em pista para os eventos asiáticos. A empresa de organização de eventos do canal televisivo pan-europeu terá já encetado negociações com as partes interessadas, tendo inclusive alguns conhecidos pilotos portugueses e de Macau sido abordados com propostas tentadoras para a prova do mês de Novembro.
Andreia Sofia Silva DesportoAssociação quer Circuito da Guia como património [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] recém-criada Associação para a Promoção do Desenvolvimento do Circuito da Guia de Macau (APDCGM) pretende que o Circuito da Guia, onde anualmente decorre a competição do Grande Prémio de Macau, seja candidato à classificação como património mundial pela UNESCO. “É um objectivo da nossa Associação e um sonho também”, disse ao HM José Luís Estorninho, presidente da direcção. “Temos junto ao circuito o Farol da Guia e outros monumentos e temos de os preservar. É um conjunto muito valioso para Macau. Estamos numa fase muito inicial mas está dentro do nosso programa e iremos abordar o mais depressa possível essa questão junto das autoridades”, referiu. Para além de Estorninho, Fernando Gomes será o vice-presidente da assembleia-geral, enquanto que João Manuel Ambrósio será o secretário. Já o arquitecto Carlos Marreiros irá presidir à assembleia-geral da Associação. Da logística Mais do que a paixão pelo Grande Prémio de Macau, a APDCGM pretende chamar a atenção para os problemas logísticos causados pelo maior evento desportivo do território. José Luís Estorninho garantiu que um dos objectivos é dialogar com o Governo quanto à organização do Grande Prémio. “As pessoas que vivem em Macau já há alguns anos sentem esse problema e os embaraços que o evento traz ao nosso dia-a-dia. Esperamos cooperar com as autoridades e ajudar a resolver estas questões. As coisas resolvem-se com mais facilidade e é uma iniciativa que vai ao encontro daquilo que as pessoas querem ver resolvido”, apontou o presidente da Associação. “É mais uma causa cívica para que a população esteja alerta às coisas que a todos nós cabe resolver e ter atenção. O Grande Prémio é um evento de muita importância para Macau, que envolve muitas áreas, como o turismo e o trânsito. E tudo isso afecta a nossa vida e temos uma quota parte de responsabilidade no sentido de fazer chegar as nossas ideias e aspirações”, adiantou. Para José Luís Estorninho já fazia falta uma entidade representativa de um circuito automobilístico que anda nas bocas do mundo. “Em Macau temos associações em todas as áreas e porque não uma associação sobre o Circuito da Guia? Faz todo o sentido e achamos que merece ser representado por uma associação, ainda mais um circuito tão emblemático como o nosso. Há algum tempo que carecia de uma representação que pudesse cooperar com entidades públicas e privadas para a implementação de novas iniciativas.”