Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeSão Januário | Curto-circuito originou incêndio na madrugada de sábado Na madrugada de sábado, um incêndio no Centro Hospitalar Conde de São Januário obrigou à evacuação de uma enfermaria, sem que se tivessem registado consequências graves. A direcção do hospital exigiu um relatório sobre o sucedido à empresa que gere o sistema de reserva de energia Deflagrou na madrugada de sábado, por volta das 05h, um incêndio numa das enfermarias do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ). O incidente não resultou em mortos ou feridos, mas obrigou à retirada de 26 pessoas, incluindo 24 pacientes que se encontravam internados e dois familiares, que foram transferidos para outra ala do hospital, segundo informação divulgada no sábado pelos Serviços de Saúde. Um curto-circuito terá estado na origem do incidente, o que obrigou à actuação dos bombeiros que, rapidamente, conseguiram resolver a situação. Depois da limpeza do local, os pacientes e familiares voltaram à enfermaria, tendo o funcionamento do hospital regressado à normalidade. De frisar que esta ala de internamento é da especialidade de medicina interna. Pedido relatório As primeiras declarações sobre o ocorrido decorreram no sábado pouco tempo depois de ter sido reposta a normalidade do serviço. Ao canal chinês da Rádio Macau, Kuok Cheong U, director do hospital, disse que foi pedido um relatório detalhado à empresa responsável pela gestão do sistema de reserva de energia para obter respostas detalhadas sobre o ocorrido. Ainda assim, o responsável apontou que a causa para o curto-circuito poderá estar num dos componentes do referido sistema. O também sub-director dos Serviços de Saúde destacou ainda a rapidez com que foi extinto o incêndio, resultado da “eficácia” dos simulacros que regularmente são organizados no hospital para garantir a segurança de todos. Aos jornalistas o director do hospital falou ainda da afluência de pessoas ao serviço de urgência por causa da gripe ou covid-19, afirmando que não houve um aumento significativo.
João Luz Manchete SociedadeCancro | Médico alerta para lentidão entre diagnóstico e tratamento Um médico especialista do Hospital São Januário alertou para a lentidão administrativa na oncologia em Macau, em particular nas doenças do sangue, que pode demorar meio ano entre a descoberta de sintomas e o tratamento. Yu Ming Sheng lamenta ainda não seja possível fazer transplantes de medula óssea em Macau Um médico especialista em oncologia do Centro Hospitalar Conde de São Januário considera que se perde muito tempo em Macau entre a detecção de sintomas e o tratamento de cancros do sangue, como o linfoma e a leucemia. Yu Ming Sheng, clínico que trabalhava em Taiwan antes de vir para Macau, revela que entre a descoberta dos primeiros sintomas e o diagnóstico, segunda a prática local, podem decorrer três meses e entre o diagnóstico e o tratamento é frequente passar mais um trimestre. O especialista em hematologia, que trata cancros do sangue, compara a lentidão administrativa de Macau à prontidão a que estava habituado em Taiwan, onde o tratamento pode começar menos de um mês depois da identificação de sintomas, e ser finalizado num prazo de seis meses. Os reparos de Yu Ming Sheng foram feitos durante um workshop organizado pela Associação de Feliz Paraíso no fim-de-semana, que teve como objectivo promover o conhecimento e formas de prevenção de cancro entre a população de Macau. Prata da casa Outro grande problema enfrentado pelos pacientes de doenças oncológicas em Macau, é a impossibilidade realizar transplantes de medula óssea, opção que não existe no sistema de saúde local, em particular tendo em conta que o número de doentes com cancro tem aumentado nos últimos anos. A falha no sistema de saúde obriga os pacientes que necessitam de transplante de medula óssea a serem transferidos para unidades hospitalares em Hong Kong, situação alterada durante a pandemia, com recurso a hospitais do Interior da China. Neste aspecto, Yu Ming Sheng está esperançado que no Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas sejam disponibilizados serviços de transplante de medula óssea. Porém, o especialista alerta para a necessidade de formar equipas inteiras, não apenas médicos, mas também profissionais de enfermagem e de análises laboratoriais. De acordo com dados avançados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, em 2022 registaram-se 3.004 mortes, uma subida de 684 óbitos face a 2021, com as autoridades a especificar que um dos factores que levou ao elevado número de óbitos foi o aumento de tumores malignos, que estiveram na origem de 970 óbitos.
Hoje Macau Manchete SociedadeSão Januário | Mães e recém-nascidos já podem estar juntos Os Serviços de Saúde de Macau (SSM) voltaram atrás e decretaram que as mães e os filhos recém-nascidos já podem ficar juntos no mesmo quarto, isto depois de ter sido denunciada a situação dos bebés estarem separados das mães no Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ). Numa nota de imprensa, é dito que a mudança surge porque “face ao alívio da situação epidemiológica a pressão causada pela falta de camas no CHCSJ também foi aliviada”. Desta forma, “com vista a poder ser retomada a organização da amamentação, com as mães amamentarem os recém-nascidos no quarto conjunto, com a maior brevidade possível, através da mobilização das camas”, começou a ser retomada, desde ontem, “a área de internamento das enfermarias de cuidados pós-parto”. Desta forma, as “puérperas podem amamentar o seu recém-nascido no quarto conjunto, à semelhança do que sucedia no passado”, apontam os SSM. Sobre as críticas feitas e a “inconveniência causada pela gestão temporária das enfermarias”, o organismo pede “compreensão, tolerância e cooperação dos doentes e seus familiares”. Cai o registo Horas antes de decidirem juntar as mães e os seus filhos, os SSM anunciaram que as mulheres que quisessem amamentar no hospital público poderiam fazê-lo dez horas após o parto e mediante registo. Macau cancelou recentemente as medidas de prevenção e controlo da covid-19 e está a viver o maior surto desde o início da pandemia. “A fim de responder eficazmente à situação epidémica”, as mães, que eram mantidas separadas dos filhos, tiravam leite e o “recém-nascido era alimentado por uma enfermeira especializada”, explicaram os SSM num outro comunicado. A permissão da amamentação directa surgiu depois de Ana Jael Tavares, portuguesa a viver em Macau, denunciar ter sido impedida de ver a filha nas primeiras 30 horas após o parto. Associação preocupada Na sequência deste caso, a Associação Promotora de Aleitamento e Cuidados Infantis de Macau (APACIM) expressou preocupação com a separação à nascença de mães e bebés no único hospital público do território. “É difícil de acreditar”, reagiu à Lusa a presidente da APACIM, que se mostrou “bastante surpreendida com a notícia”. Virginia Tam realçou que, mesmo que a mãe tenha covid-19 – o que não era o caso de Ana Jael Tavares – a medida “não está em conformidade com as directrizes da Organização Mundial de Saúde [OMS]” no que diz respeito à amamentação. “Desde o início [da pandemia], o requisito é que as mães fiquem com o bebé e cumpram os requisitos de higiene, como o uso de máscara, a lavagem frequente de mãos, mas a preferência é que a mãe e o bebé sejam mantidos juntos”, realçou a responsável, notando ainda “os benefícios do contacto pele com pele” entre mãe e filhos logo após o nascimento para, entre outros, facilitar a amamentação.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Governo admite separação de mães e recém-nascidos O Governo não só admite separar mães de recém-nascidos, como se limita a justificar a medida com a “situação da pandemia” e a necessidade proteger a saúde de mães e filhos. Porém, as autoridades afirmam que pretendem reverter a situação actual Uma associação de amamentação de Macau expressou preocupação com a separação à nascença de mães e bebés no único hospital público do território, que justificou a medida com “a situação da pandemia” de covid-19. “É difícil de acreditar”, reagiu a presidente da Associação Promotora de Aleitamento e Cuidados Infantis de Macau (APACIM), em declarações à Lusa, que se mostrou “bastante surpreendida com a notícia”. Virginia Tam realçou que, mesmo que a mãe tenha covid-19, a medida “não está em conformidade com as directrizes da Organização Mundial de Saúde [OMS]” no que diz respeito à amamentação. “Desde o início [da pandemia], o requisito é que as mães fiquem com o bebé e cumpram os requisitos de higiene, como o uso de máscara, a lavagem frequente de mãos, mas a preferência é que a mãe e o bebé sejam mantidos juntos”, realçou a responsável, notando ainda “os benefícios do contacto pele com pele” entre mãe e filhos logo após o nascimento para, entre outros, facilitar a amamentação. Ana Jael Tavares, portuguesa a viver em Macau, fez uma cesariana no domingo no Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) e foi impedida de ver a filha nas primeiras 30 horas após o parto. À Lusa, a mãe de 41 anos, que não tem covid-19, disse que só teve acesso a informações básicas, como o peso da bebé, quando o marido se deslocou ao andar onde se encontram os recém-nascidos para questionar os funcionários. “O que me disseram é que estão a usar a ala de maternidade para os casos de covid-19 e, por isso, os bebés estão num piso e as mães noutro”, notou. Após muita insistência para ver a criança, a portuguesa foi levada “para um cantinho do corredor da neonatologia que é onde estão neste momento todos os bebés, com ou sem problemas”. “Mesmo quando me deixaram vê-la e pedi para amamentar fizeram uma pressão terrível para não amamentar. Eu estava numa ala que está resguardada, à qual só têm acesso médicos e enfermeiros. Uma pediatra e uma enfermeira estiveram ali imenso tempo para eu não amamentar”, salientou Ana, notando a “violência tremenda” da separação a que tem estado sujeita. “Disseram que eu podia tirar leite e eu expliquei que não estava a conseguir, mas que se a colocasse no peito, ela podia agarrar e estimular e seria mais fácil”, acrescentou. Leite em pó sem autorização Não ter amamentado durante as primeiras 30 horas significa também que a recém-nascida foi alimentada sem permissão dos pais com leite em pó: “Ninguém me pediu absolutamente nada”, reforçou Ana Jael Tavares. A portuguesa, que, entretanto, conseguiu voltar a ver ontem a filha, encontra-se num quarto com três pessoas, entre parturientes e mulheres que se submeteram a outras cirurgias, numa situação excepcional gerada pelas medidas de prevenção contra a covid-19. “No meu quarto todas as mulheres são chinesas. Penso que há uma que também teve bebé, mas não vejo ninguém a queixar-se. Aliás, a questão é mesmo que até [entre] portuguesas que soube que tiveram bebé, nunca tinha ouvido ninguém falar sobre isto”, referiu. Neste sentido, a presidente da APACIM, Virginia Tam, chama a atenção para a população de Macau “que geralmente é muito obediente”: “Em geral, permite o que as autoridades impõem”, disse. À Lusa, o Governo confirmou a separação das mães e crianças, justificando a decisão com “a situação da pandemia”. “É necessário atender às necessidades médicas urgentes para o tratamento de casos graves urgentes, mas também proteger a segurança e a saúde da mãe e recém-nascido. Portanto, ter um quarto conjunto com mãe e recém-nascido não pode ser feito por enquanto”, escreveram os Serviços de Saúde de Macau, num email enviado à Lusa, realçando que o CHCSJ vai tentar reverter a situação o “mais rápido possível”. O departamento sublinhou, no entanto, que para as mães que pretendem amamentar, “o pessoal de enfermagem recolherá e armazenará o leite materno de acordo com as especificações previstas, e então o recém-nascido será alimentado, por uma enfermeira especializada, com o leite materno”, frisou.
Hoje Macau SociedadeSão Januário | Serviços regressam à normalidade Os serviços de urgência, internamento, admissão de novos doentes e operações urgentes no Centro Hospitalar Conde de São Januário regressam hoje à normalidade, incluindo o serviço de consultas externas diferenciadas ou a realização de análises. As visitas aos doentes internados podem também decorrer nos horários habituais, sendo que, no máximo, duas pessoas poderão estar num quarto a visitar um doente, não sendo aconselhável visitas de crianças com menos de cinco anos. Os Serviços de Saúde decidiram, no entanto, suspender o horário de visita dos doentes na urgência “até novo aviso”. Todos os que não conseguiram ter as suas consultas, agendadas para o período de 28 de Dezembro a sábado, serão novamente contactados pelo hospital para novo agendamento ou para ter a consulta via telefone. Nos centros e postos de saúde, incluindo no centro de exames médicos para os funcionários públicos, mantém-se, entre hoje e sexta-feira, o normal funcionamento dos serviços para adultos, cuidados de saúde pré-natais, exames obstétricos, cuidados de saúde infantil, medicina tradicional chinesa, acupuntura, saúde oral, colheita de sangue e cuidados de enfermagem. No entanto, haverá limitações para as consultas externas não marcadas, sendo canceladas as restantes marcadas. Para o levantamento da medicação deverão ser contactados os centros de saúde das áreas de residência.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaAL | Mais de 500 utentes inférteis atendidas no hospital público O Centro Hospitalar Conde de São Januário atendeu, no ano passado, 538 mulheres com infertilidade na consulta externa. Só este ano, entre os meses de Janeiro e Outubro, houve 498 utentes atendidas. A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, promete avanços na legislação para facilitar o processo aos casais que sofrem com infertilidade O Governo prometeu ontem novas medidas para apoiar mulheres que têm dificuldades em engravidar, numa altura em que os números de consultas externas no hospital público são significativos. No segundo dia de debate na Assembleia Legislativa (AL), marcado pelas respostas do Executivo às interpelações orais dos deputados, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, adiantou, em resposta ao deputado Ma Io Fong, que só no ano passado foram atendidos 538 utentes na consulta externa de infertilidade do Centro Hospitalar Conde de São Januário, com 20 utentes a submeterem-se à inseminação intra-uterina (IUI). Por sua vez, entre os meses de Janeiro e Outubro deste ano, foram atendidos 498 utentes na consulta externa de infertilidade, com 16 utentes a recorrerem à IUI. Outro serviço disponibilizado pelo hospital público, é o encaminhamento para casais dispostos a aceder à fertilização in vitro. Elsie Ao Ieong U falou da proposta de lei que regula as “técnicas de procriação medicamente assistida”, cuja conclusão da análise, da parte do Conselho Executivo, aconteceu na última semana. Nas palavras da secretária, este diploma visa que as referidas técnicas “possam ser aplicadas de forma cautelosa e segura, em conformidade com os padrões médicos, princípios éticos e normas legais”. Subsídio não muda Na sua interpelação, Ma Io Fong pediu mais políticas de incentivo à natalidade tendo em conta as medidas adoptadas na China, além de ter alertado para a desactualização do subsídio de nascimento há três anos. No entanto, a secretária afastou essa possibilidade. “O subsídio de nascimento foi elevado pela última vez para 5.418 patacas em Janeiro de 2020 e, até Outubro de 2022, a taxa de variação acumulada do índice de preços no consumidor geral registou uma subida de 0,91 por cento, não tendo atingido o nível de 3 por cento, definido para a activação do mecanismo de ajustamento, pelo que o subsídio de nascimento vai manter-se ao nível actual”, rematou.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaAgressão | Deputados exigem explicações sobre saída de doente do São Januário Uma mulher agredida num supermercado terá “sido obrigada” a deixar o Centro Hospitalar Conde de São Januário por ordem de um homem que disse ser médico, mas que a família diz não saber quem é. A mulher foi posteriormente internada no hospital Kiang Wu. Os deputados José Pereira Coutinho e Che Sai Wang exigem explicações dos Serviços de Saúde Os deputados José Pereira Coutinho e Che Sai Wang exigem explicações dos Serviços de Saúde de Macau (SSM) sobre o caso de uma mulher, funcionária num supermercado da cadeia Tai Fung, e agredida por dois clientes no passado dia 10, que terá sido “obrigada” a deixar o Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) no dia 14, sem que a família tenha sido notificada da alta. Além disso, a família queixa-se que um homem, vestido com uma bata branca e que disse ser médico, mas que não apresentou qualquer identificação, terá acompanhado a doente no processo de saída. O caso foi ontem denunciado pelos deputados José Pereira Coutinho e Che Sai Wang, que exigem explicações dos SSM. “Acho uma situação bastante estranha que merece explicações por parte do director dos SSM [Alvin Lo] e da secretária [para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U], que tutela os SSM”, disse Pereira Coutinho. O marido da mulher agredida, de apelido Leong, adiantou aos jornalistas que o homem em causa “disse que era médico”. “Quando fui ao hospital e vi que a minha esposa ia sair, confrontei esta pessoa, pois também não sabia quem era”, frisou Leong, que disse não ter nenhum documento comprovativo da alta da esposa. Depois de deixar o CHCSJ, já em casa, a mulher sentiu tonturas e contactou o patrão, senhor Wong, sobre como deveria proceder. Este aconselhou-a a dirigir-se ao hospital Kiang Wu e garantiu que pagava todas as despesas médicas. “Ela ficou ferida em contexto de trabalho e fazemos todos os esforços para a apoiar. Quando ela foi dispensada pelo CHCSJ, o marido ligou-me e eu disse para irem ao Kiang Wu”, adiantou. Em observação Pereira Coutinho assegura que a direcção do CHCSJ “nunca telefonou ao marido ou a qualquer membro da família para a irem buscar ao hospital”. “Ela estava com ferimentos, e continua com eles”, frisou o deputado. A mulher tem hematomas e dores nas costas, tendo feito também três raio-x, dois no CHCSJ e um no Kiang Wu, onde permanece internada. O deputado disse que a mulher “foi obrigada” a deixar o hospital público. “Achamos estranho que uma pessoa, que não sabemos quem é, sem acompanhamento dos médicos, tenha obrigado a senhora a sair do hospital. Exigimos que haja uma averiguação para saber quais as condições em que a senhora foi autorizada a deixar o hospital, e que sejam dadas explicações sobre este senhor, de bata branca, que não se identificou.” O marido assegura que a esposa não estava em condições para ter alta, pois sentiu tonturas em casa. “Sabendo que esse caso teve um grande impacto social, devido aos vídeos que começaram a circular nos meios de comunicação social e nas redes sociais, porque é que não se chamou a família para explicar o estado clínico desta senhora antes de a mandar para casa?”, questiona Coutinho. O HM tentou obter uma reacção por parte dos SSM, mas até ao fecho desta edição não foi obtida resposta.
Hoje Macau SociedadeVisitas a doentes internados no CHCSJ regressam entre as 18h e as 20h [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde de Macau (SSM) decidiram reduzir as restrições de acesso dos utentes a alguns serviços do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ). De acordo com um comunicado, desde ontem que são permitidas visitas a doentes internados entre as 18h e as 20h, mas, ainda assim, com regras, uma vez que só será permitida a entrada de duas pessoas de cada vez. Permanece proibida a entrada de bebés e crianças. Desde ontem que a porta do rés-do-chão do Edifício de Consulta Externa do CHCSJ está aberta ao público. Mantém-se a obrigatoriedade do uso de máscara para todas as pessoas, a medição da temperatura corporal e a apresentação do código de saúde de Macau para entrar em todas as instalações dos Serviços de Saúde. No que diz respeito aos centros de saúde e postos de saúde foram reactivados todos os serviços.
Andreia Sofia Silva SociedadeCHCSJ | Determinado levantamento de medicação hospitalar a cada dois meses Um utente do Centro Hospitalar Conde de São Januário queixou-se de só poder levantar medicação para dois meses e de ter sido informado que, depois desse período, teria de recorrer às urgências. Os Serviços de Saúde negam o alegado, garantem não limitar a prescrição de medicamentos, e que o levantamento por dois meses se deve à necessidade de gestão de recursos [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) decidiram decretar o levantamento de medicação hospitalar a cada dois meses para melhor gerir recursos. A decisão foi anunciada por Tai Wa Hou, coordenador dos exames médicos dos postos fronteiriços dos SS. “Quanto a medicamentos não limitamos a sua prescrição. São apenas medidas para levantamento por fases, de modo a poupar a mão-de-obra envolvida, e também para evitar o desperdício de medicamentos. Portanto, vamos implementar uma medida para os cidadãos levantarem os medicamentos a cada dois meses, não estamos a limitar a prescrição.” A questão surgiu depois de um utente que levantou medicação para dois meses na farmácia do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ), ter sido informado de que, caso necessitasse de mais medicamentos, teria de recorrer aos serviços de urgência do CHCSJ. Num comunicado, os SS negam esta situação. “Os residentes só podem levantar medicamentos após prescrição médica efectuada após diagnóstico e tratamento nas consultas de especialidade no CHCSJ ou nos centros de saúde.” Nesse sentido, “não há indicação para que os pacientes levantem medicamentos prescritos nas consultas de especialidade usando o serviço de urgência”. Risco de escassez O fornecimento de medicação hospitalar no CHCSJ é feito consoante as datas das consultas de especialidade, para que o paciente não fique sem medicamentos. No entanto, a pandemia da covid-19 obrigou à reestruturação do serviço. “A produção e o transporte de medicamentos em todo o mundo foi afectada e prevê-se que alguns medicamentos possam escassear”, adiantam os SSM no mesmo comunicado. Por esse motivo, os SSM “vão adoptar medidas de contingência que limitam a prescrição e o número de medicamentos prescritos. Assim sendo, os médicos “só podem prescrever medicamentos convencionados apenas para dois meses”. “Não é pedido que o utente recorra aos serviços de urgência para obter a prescrição de medicamentos”, frisa a mesma nota. Está também a ser analisada a possibilidade de levantamento faseado. “Sendo esta uma medida electrónica, os utentes podem recorrer às farmácias convencionadas dos Serviços de Saúde para levantar os medicamentos prescritos em diferentes períodos. No momento do levantamento da prescrição médica, os utentes podem obter orientações adequadas dos farmacêuticos.” A medida “não foi ainda implementada”, mas, caso venha a ser necessário, os SS prometem concretizá-la “de acordo com a situação real do fornecimento de medicamentos”.
João Santos Filipe SociedadeCovid-19 | Macau regista mais seis altas hospitalares [dropcap]E[/dropcap]ntre o dia 29 de Abril e ontem, o território registou mais seis pacientes com altas, entre eles a residente com 50 anos, que chegou a precisar de utilizar ventilador. Cinco das seis pessoas a quem foi dada alta, são residentes, com idade entre os 20 anos e os 50 anos. Em relação à alta divulgada ontem trata-se de um trabalhador não-residente, das Filipinas, de 39 anos. Ao mesmo tempo, duas pessoas a quem tinha sido dada alta e que estavam em observação extra por 14 dias, como acontece com todos os pacientes na RAEM, voltaram a testar positivo e por esse motivo permaneceram em observação. No total, foram registadas três recaídas em Macau.
Andreia Sofia Silva SociedadeCovid-19 | Cinco doentes recuperados obrigados a pagar despesas hospitalares Os cinco pacientes recuperados de covid-19 que estiveram internados no Centro Hospitalar Conde de São Januário têm mesmo de pagar as despesas do internamento, uma vez que em dois meses não apresentaram a documentação que comprova alegadas dificuldades financeiras. Governo já notificou os responsáveis [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde de Macau (SSM) vão cobrar as despesas hospitalares de cinco doentes recuperados de covid-19, não residentes, uma vez que em dois meses não conseguiram apresentar a documentação necessária que comprove as alegadas dificuldades financeiras dos antigos pacientes. “Até ao momento as cinco pessoas que receberam alta há dois meses ainda não apresentaram os documentos necessários para verificar a sua situação económica. Depois de uma apreciação, recusámos o seu pedido [de isenção], pelo que têm de pagar as respectivas despesas. Se tivessem esses documentos, já os deveriam ter entregue. Não vamos esperar sem limite”, explicou Alvis Lo, médico adjunto da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ), na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. O Governo promete, assim, recorrer a todos os meios para “cobrar essa despesa, seja qual for a situação”. “Estamos a iniciar esse procedimento mas primeiro precisamos de notificar os interessados para o pagamento das despesas. Se eles pagarem voluntariamente tudo bem, mas se durante um prazo não forem pagas as despesas vamos encaminhar o processo para a Direcção dos Serviços de Finanças para uma cobrança obrigatória”, acrescentou Alvis Lo. No passado dia 14 um turista espanhol infectado com covid-19 pagou a quantia de 44 mil patacas pelos tratamentos médicos que recebeu no território. Também um trabalhador não residente teve de pagar 18 mil patacas.
Pedro Arede Manchete SociedadeCovid-19 | Turista espanhol vai pagar 44 mil patacas pelos tratamentos [dropcap]O[/dropcap] turista espanhol a quem foi concedida alta médica no domingo vai ter de pagar 44 mil patacas pelos tratamentos relacionados com a covid-19 a que foi sujeito em Macau. A informação foi avançada ontem por Lo Iek Long, médico do Centro Hospitalar Conde de São Januário. A par com o turista espanhol, Lo Iek Long revelou também que o trabalhador não residente (TNR) filipino que teve alta hospitalar no mesmo dia terá de pagar uma conta de 18 mil patacas. “De acordo com a lei (…) os não residentes têm de pagar as respectivas despesas de tratamento. Um dos pacientes era TNR e o outro turista. Para o TNR as despesas são 18 mil e para o turista são de 44 mil patacas. Isto porque o TNR tem de pagar 100 por cento das despesas e o turista tem de pagar o dobro. Por isso, podem ver que aqui há uma diferença entre as despesas”, explicou Lo Iek Long. Segundo o médico “ambos os pacientes disseram que precisam de alguns dias para preparar o pagamento”, encontrando-se neste momento a cumprir uma quarentena de 14 dias. Além do TNR filipino de 31 anos (15º caso), proveniente de Manila e do turista espanhol de 47 anos (12º caso), foi anunciada mais uma alta médica no domingo. Trata-se de um residente de Macau de 27 anos (31º caso), que veio dos Estados Unidos. Macau registou, até ao momento, 45 casos confirmados, 13 dos quais já tiveram alta médica. Dos 32 casos em tratamento existe um caso grave, sendo os restantes considerados ligeiros. Segundo os Serviços de Saúde existem ainda 469 pessoas em observação.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Governo diz que risco de surto na comunidade se mantém [dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau alertaram hoje que continua a existir um risco de surto da covid-19 na comunidade e pediram à população para manter as medidas de prevenção de contágio em vigor. No mesmo dia em que foi anunciado o 44.º caso importado da doença respiratória, o médico do Centro Hospitalar Conde São Januário Lo Ick Long considerou existir ainda “um risco de surto na comunidade” local. Na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, o responsável pediu à população que mantenha as medidas de prevenção definidas pelas autoridades do território. Para evitar a circulação de pessoas, o autocarro público entre Macau e Hong Kong, através da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, vai deixar de fazer a única ligação directa entre as duas regiões às 00:00 de segunda-feira. “Nenhum transporte público pode ligar as duas regiões, a partir de segunda-feira”, com excepção para carros particulares autorizados e transporte de mercadorias, afirmou o responsável do Corpo de Polícia de Segurança Pública. A partir de hoje, os corredores de entrada e saída de veículos na ponte, antes abertos 24 horas, vão passar a funcionar entre as 06:00 e as 22:00, enquanto os postos fronteiriços vão estar abertos entre as 10:00 e as 20:00. Na passada terça-feira, o transporte pelas autoridades de Macau de residentes regressados ao território através de Hong Kong terminou. A esmagadora maioria das pessoas que chega a Macau de destinos internacionais, que não a Ásia, aterra no Aeroporto Internacional Hong Kong e só depois vem para Macau através da maior ponte do mundo que liga as duas regiões, ou por ligação marítima, já suspensa. Hong Kong, numa medida muito similar também aplicada em Macau, proíbe desde há uns dias a entrada de todos os não residentes na região semiautónoma chinesa, o que torna praticamente impossível os residentes de Macau chegarem a ‘casa’. Por outro lado, as autoridades indicaram que um dos hotéis designados para a quarentena obrigatória de 14 dias foi já desocupado, estando ainda a ser desinfectado e limpo, passando a 11 o número de unidades hoteleiras designadas para observação médica. As autoridades contabilizaram agora 1.818 pessoas em quarentena, das quais 1.605 residentes de Macau, 176 trabalhadores não residentes e 37 turistas. Depois de Macau ter estado 40 dias sem identificar qualquer infecção, a partir de meados de março foram identificados 34 novos casos, todos importados.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTUI | Pais que viram filha de dois anos morrer no S. Januário sem compensação Tribunal de Última Instância reconhece que há indícios de “actos médicos deficientes”, mas responsabiliza a acusação pela perda da causa. A decisão do tribunal “perdoa” ao Governo o pagamento de um milhão de patacas [dropcap]O[/dropcap] Tribunal de Última Instância (TUI) negou a compensação de um milhão de patacas aos pais de uma criança de dois anos que morreu no Hospital Conde São Januário, em Março de 2016. A morte aconteceu depois de um período de coma de dois meses que começou com uma operação plástica a uma fissura no lábio. A decisão foi tomada em Novembro do ano passado e tornada pública durante o dia de ontem. Por este motivo, o acórdão do Tribunal de Segunda Instância (TSI) que condenava os Serviços de Saúde ao pagamento de uma multa de um milhão de patacas ficou sem efeito. O TUI reconhece que há indícios de “actos médicos deficientes” na forma como a menina de dois anos foi tratada, mas critica a acusação por não ter focado esses indícios durante o julgamento. A decisão vai mais longe e afirma que a acusação não soube apontar as falhas. “Deve começar-se por dizer que os factos alegados pelos autores na petição inicial a tal respeito foram manifestamente insuficientes, por ela não sendo possível saber que falhas apontaram os autores à intervenção cirúrgica e ao pós-operatório”, é frisado. Segundo o TUI, mesmo os indícios que existem foram apontados pelos Serviços de Saúde na defesa dos seus procedimentos. “Como é evidente, o autor de uma acção não deve esperar que seja o réu a contribuir para o êxito da acção”, é atirado. O casal já tinha perdido a causa na primeira instância, quando tinha sido pedida uma compensação de 1,5 milhões de patacas. Porém, o TSI tinha reverteu a decisão e condenou os Serviços de Saúde ao pagamento de um milhão de patacas. Sobre a decisão do TSI, a última instância, num acórdão que teve Viriato Lima como relator, entendeu que nunca deveria ter havido uma análise de factos que não foram contestados pela acusação. Em coma Foi em Janeiro de 2016 que a menina foi hospitalizada para fazer uma intervenção plástica a uma fissura no lábio. As complicações começaram logo na entubação de auxílio respiratório com duas tentativas falhadas. Após a intervenção, quando o tubo de auxílio de respiração foi retirado, a menina entrou em paragem cardíaca. Depois de nova intubação, a menina recuperou mas voltou a ter mais duas paragens cardíacas. Posteriormente, a vítima foi levada para a Unidade de Internamento do Serviço de Pediatria, onde esteve dois meses, com sinais vitais instáveis, até falecer. Face a este cenário, o tribunal deu como provado que “a morte da vítima ocorreu por terem surgido obstruções nas vias respiratórias”. No entanto, defendeu que “não houve prova de que tais violações [técnicas dos actos médicos] foram a causa adequada do coma, de onde adveio a morte da vítima”.
admin Manchete SociedadeTUI | Pais que viram filha de dois anos morrer no S. Januário sem compensação Tribunal de Última Instância reconhece que há indícios de “actos médicos deficientes”, mas responsabiliza a acusação pela perda da causa. A decisão do tribunal “perdoa” ao Governo o pagamento de um milhão de patacas [dropcap]O[/dropcap] Tribunal de Última Instância (TUI) negou a compensação de um milhão de patacas aos pais de uma criança de dois anos que morreu no Hospital Conde São Januário, em Março de 2016. A morte aconteceu depois de um período de coma de dois meses que começou com uma operação plástica a uma fissura no lábio. A decisão foi tomada em Novembro do ano passado e tornada pública durante o dia de ontem. Por este motivo, o acórdão do Tribunal de Segunda Instância (TSI) que condenava os Serviços de Saúde ao pagamento de uma multa de um milhão de patacas ficou sem efeito. O TUI reconhece que há indícios de “actos médicos deficientes” na forma como a menina de dois anos foi tratada, mas critica a acusação por não ter focado esses indícios durante o julgamento. A decisão vai mais longe e afirma que a acusação não soube apontar as falhas. “Deve começar-se por dizer que os factos alegados pelos autores na petição inicial a tal respeito foram manifestamente insuficientes, por ela não sendo possível saber que falhas apontaram os autores à intervenção cirúrgica e ao pós-operatório”, é frisado. Segundo o TUI, mesmo os indícios que existem foram apontados pelos Serviços de Saúde na defesa dos seus procedimentos. “Como é evidente, o autor de uma acção não deve esperar que seja o réu a contribuir para o êxito da acção”, é atirado. O casal já tinha perdido a causa na primeira instância, quando tinha sido pedida uma compensação de 1,5 milhões de patacas. Porém, o TSI tinha reverteu a decisão e condenou os Serviços de Saúde ao pagamento de um milhão de patacas. Sobre a decisão do TSI, a última instância, num acórdão que teve Viriato Lima como relator, entendeu que nunca deveria ter havido uma análise de factos que não foram contestados pela acusação. Em coma Foi em Janeiro de 2016 que a menina foi hospitalizada para fazer uma intervenção plástica a uma fissura no lábio. As complicações começaram logo na entubação de auxílio respiratório com duas tentativas falhadas. Após a intervenção, quando o tubo de auxílio de respiração foi retirado, a menina entrou em paragem cardíaca. Depois de nova intubação, a menina recuperou mas voltou a ter mais duas paragens cardíacas. Posteriormente, a vítima foi levada para a Unidade de Internamento do Serviço de Pediatria, onde esteve dois meses, com sinais vitais instáveis, até falecer. Face a este cenário, o tribunal deu como provado que “a morte da vítima ocorreu por terem surgido obstruções nas vias respiratórias”. No entanto, defendeu que “não houve prova de que tais violações [técnicas dos actos médicos] foram a causa adequada do coma, de onde adveio a morte da vítima”.
Hoje Macau SociedadeSão Januário | Quase 500 comprimidos Xanax desaparecem [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde foram informados do desaparecimento de quatro caixas com embalagens de Xanax 0.5mg do Centro Hospitalar Conde de São Januário, de acordo com o canal chinês da TDM – Rádio Macau. O caso foi descoberto depois de um paciente ter tentado levantar uma receita do medicamento que lhe havia sido prescrito, mas que o farmacêutico não encontrou. Foi apurado faltarem 480 comprimidos Xanax. O caso está a ser investigado para apurar o responsável pelo desaparecimento dos medicamentos.
admin SociedadeSão Januário | Quase 500 comprimidos Xanax desaparecem [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde foram informados do desaparecimento de quatro caixas com embalagens de Xanax 0.5mg do Centro Hospitalar Conde de São Januário, de acordo com o canal chinês da TDM – Rádio Macau. O caso foi descoberto depois de um paciente ter tentado levantar uma receita do medicamento que lhe havia sido prescrito, mas que o farmacêutico não encontrou. Foi apurado faltarem 480 comprimidos Xanax. O caso está a ser investigado para apurar o responsável pelo desaparecimento dos medicamentos.
admin SociedadeSão Januário | Paciente com alta será isolado novamente [dropcap]L[/dropcap]o Iek Long, médico adjunto da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, disse ontem que o paciente respeitante ao décimo caso por infecção de coronavírus em Macau teve alta ontem, mas terá de ser sujeito a mais dias de quarentena no Centro Clínico de Saúde Pública em Coloane. Trata-se de um motorista de 56 anos cujos sintomas de infecção tiveram início no passado dia 26 de Janeiro, tendo recorrido aos hospitais a 3 de Fevereiro. Lo Iek Long explicou que é necessário um segundo período de quarentena dadas as notícias de que, na província de Guangdong, houve pacientes cujos testes ao Covid-19 deram positivo uma segunda vez. “Desde o dia 16 de Fevereiro que os seus testes são negativos, o que corresponde aos critérios para a alta hospitalar. Mas tendo em conta as notícias do Interior da China sobre a possibilidade de ocorrência de testes positivos, e o risco de transmissão na comunidade, vamos submeter [o paciente a nova quarentena].” Com esta alta, restam apenas dois casos não graves de infecção em Macau com o novo coronavírus oriundo de Wuhan.
Andreia Sofia Silva SociedadeSão Januário | Paciente com alta será isolado novamente [dropcap]L[/dropcap]o Iek Long, médico adjunto da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, disse ontem que o paciente respeitante ao décimo caso por infecção de coronavírus em Macau teve alta ontem, mas terá de ser sujeito a mais dias de quarentena no Centro Clínico de Saúde Pública em Coloane. Trata-se de um motorista de 56 anos cujos sintomas de infecção tiveram início no passado dia 26 de Janeiro, tendo recorrido aos hospitais a 3 de Fevereiro. Lo Iek Long explicou que é necessário um segundo período de quarentena dadas as notícias de que, na província de Guangdong, houve pacientes cujos testes ao Covid-19 deram positivo uma segunda vez. “Desde o dia 16 de Fevereiro que os seus testes são negativos, o que corresponde aos critérios para a alta hospitalar. Mas tendo em conta as notícias do Interior da China sobre a possibilidade de ocorrência de testes positivos, e o risco de transmissão na comunidade, vamos submeter [o paciente a nova quarentena].” Com esta alta, restam apenas dois casos não graves de infecção em Macau com o novo coronavírus oriundo de Wuhan.
João Santos Filipe SociedadeMédica mandou fazer exame a cadela no Hospital São Januário Uma chefe funcional do Hospital Conde São Januário foi condenada a pagar uma multa de 18 mil patacas por ter ordenado que fosse feito um exame a um canino para detectar um eventual cancro [dropcap]U[/dropcap]ma médica do Centro Hospital Conde São Januário foi condenada a pagar uma multa de 18 mil patacas pelo Tribunal de Segunda Instância (TSI), devido à prática do crime de abuso de poder. Em causa está o facto de em Junho de 2013, a então chefe funcional do Serviço de Anatomia e Patológica ter ordenado que os equipamentos fossem utilizados para detectar se a sua cadela, de nome Becca, tinha cancro. Na primeira instância, a médica, que foi contratada em 1987 e que conta no currículo com várias distinções e louvores pelos serviços à sociedade, tinha sido condenada com pena de prisão suspensa de 9 meses. Porém, o TSI considerou que por ser primária e o código penal prever tendencialmente penalizações que não sejam privativas da liberdade justificava-se uma multa de 18 mil patacas em vez da pena de prisão. De acordo com o acórdão do TSI, datado de 24 de Outubro, a chefe funcional “a arguida, na qualidade de Chefe dos Serviços de anatomia Patológica do C.H.C.S.J., levou uma amostra de tecido da sua cadela ao seu local de trabalho, e pediu aos seus colegas para efectuar uma análise à referida amostra, o que sucedeu”. A médica defendia que desde 2007 havia indicações do director do CHCSJ que em casos especiais e urgentes permitia que as instalações fossem utilizadas para exames a animais. No entanto, não se conseguiu provar que esta indicação tivesse efectivamente sido dada, apesar de ter havido duas situações especiais de análise a tecidos de animais, nomeadamente a pedido do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) e da Polícia Judiciária (PJ). O tribunal sublinhou com análise das provas que os equipamentos serviam apenas para analisar tecidos de seres-humanos. Na atenuação da pena face à primeira instância, o TSI teve igualmente em conta o facto da chefe funcional do Serviço de Anatomia e Patológica ter procurado obter uma “benefício ilegítimo” devido aos sentimentos pela cadela. “No caso, colhe-se de factualidade provada que a ora recorrente também agiu movida por instituto de estima à sua cadela, tentando assegurar a saúde e bem-estar, não se mostrando intenso, ou elevado, o seu dolo, assim como o grau da ilicitude da conduta”, foi sublinhado. Pedidos para Hong Kong O acórdão explica igualmente que em Macau não existe uma unidade que permita detectar a natureza de tumores animais e que por isso é necessário enviar os tecidos para Hong Kong. A operação tem um custo de cerca de 1.500 patacas e dos resultados demoram aproximadamente uma semana a chegar. Quando confrontada com esta possibilidade por uma clínica privada de animais, a profissional do sector da saúde recusou a ideia e pediu para ficar com o tecido da cadela Becca. Na primeira instância este aspecto foi focado principalmente pelo facto de ter ficado provado que a vida do animal não estava em perigo de vida e que nada impedia que se pudesse esperar cerca de uma semana.
João Santos Filipe SociedadeEx-deputado acusa hospital público de desviar clientes dos privados Ung Choi Kun acusa o Governo de oferecer condições demasiado boas a utentes e médicos e de “dificultar a vida” às clínicas privadas. Ex-deputado do campo de Chan Meng Kam defende preços mais elevados para “aliviar as contas públicas” [dropcap]O[/dropcap] ex-deputado Ung Choi Kun atacou o Governo por desviar clientes e recursos de hospitais e clínicas privadas. As declarações do presidente da Associação de Incentivar Políticas da Humanidades de Sabedoria de Macau [ndr. os erros gramaticais fazem parte do nome oficialmente registado] foram prestadas durante uma palestra do Instituto de Enfermagem do Kiang Wu, no domingo, e foram citadas na edição de segunda-feira do Jornal do Cidadão. De acordo com Ung, o investimento público tem subido demasiado depressa, algo que os privados não conseguem acompanhar e que, como tal, “as autoridades devem equilibrar o desenvolvimento das instituições da área pública e privada”. Ao mesmo tempo, o ex-deputado ligado a Chan Meng Kam defende que o desenvolvimento da assistência médica pública e privada não está totalmente equilibrado, em particular quando os hospitais públicos oferecem aos residentes serviços “gratuitos” ou com um preço mais acessível do que os hospitais privados. Segundo Ung, os preços praticados no público dificultam o desvio de pacientes das entidades públicas para as privadas. Por este motivo, Ung defendeu políticas públicas para apoiar o crescimento das instituições médicas privadas e evitar “o excesso de encargos para o orçamento público”. Na mesma palestra esteve presente Cheung Chun Wing, vice-director do Hospital Kiang Wu, que também deixou críticas às políticas de contratação do Executivo. Segundo Cheung, “devido aos diferentes benefícios dados aos funcionários entre as instituições de assistência médica pública e privada, os gerentes do sector privado precisam de enfrentar a perda contínua de pessoas”. O mesmo director do hospital privado defendeu ainda que Macau pode aproveitar os recursos médicos da Grande Baía e ajudar a reformar a saúde do Interior da China, dado o avanço face à realidade do outro lado da fronteira. Problema de fundo Entre os presentes, apenas Hewick Yu, presidente da direcção da Macau Society of Clinical Internal Medicine, referiu a necessidade de aumentar a confiança na população nos serviços médicos locais. Segundo Hewick, os investimentos públicos e privados podem ser mais equilibrados, porém, se a confiança dos residentes aumentar vai haver uma maior procura, o que permitirá desenvolver ainda mais o sector. O mesmo operador privado apontou também a necessidade de haver maior formação de médicos locais no exterior, onde podem ter contacto com operações e procedimentos médicos poucas vezes realizados no território, devido à dimensão da população residente. Também da Macau Society of Clinical Internal Medicine, a secretária-geral Kok Wan defendeu que a saúde pública deve existir para garantir a sobrevivência das instituições privadas.
Hoje Macau SociedadeSão Januário | Alvis Lo novo director clínico [dropcap]O[/dropcap] médico Alvis Lo Iek Leong vai ser o novo Director de Clínico do Centro Hospitalar Conde de São Januário, sucedendo a Mário Évora. A informação foi revelada pelo Canal Macau na sexta-feira e surge na sequência da aposentação de Mário Évora da posição. O novo director não quis comentar a situação, ficando a aguardar uma publicação oficial sobre o assunto. Alvis Lo Iek Leong é actualmente coordenador do Centro de Avaliação e Tratamento da Demência e pelo Centro de Geriatria. Desempenha igualmente funções como assessor do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam. Já Mário Évora vai continuar a desempenhar as funções de médico cardiologista.
Hoje Macau SociedadeHospital público com mais três médicos portugueses [dropcap]A[/dropcap]lexis Tam, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, adiantou na sexta-feira que trabalham no Centro Hospitalar Conde de São Januário um total de seis médicos portugueses. “Neste momento, seis especialistas portugueses já ingressaram nos Serviços de Saúde de Macau (SSM)”, lê-se no comunicado, sendo que “os procedimentos de recrutamento de médicos de outras áreas no exterior ainda continuam”. No passado dia 10 de Janeiro, Lei Chin Ion, director dos SSM, confirmou que três médicos portugueses contratados estavam a desempenhar funções. No que diz respeito à área dos recursos humanos, os SSM vão também contratar enfermeiros aposentados. “Os SSM planeiam contratar 30 enfermeiros aposentados para prestarem cuidados de saúde em regime temporário ou a tempo parcial, no sentido de aliviar a escassez do pessoal, sendo previsto que esta situação entre em vigor a curto prazo para dar resposta ao trabalho”, explica o comunicado. Lei Chin Ion adiantou que o recrutamento é necessário para responder ao aumento da procura, em 20 por cento, pelos serviços de urgência e centros de saúde durante a época da gripe. Em relação à criança de quatro anos e seis meses que está internada no São Januário desde 6 de Janeiro com uma encefalite grave, o seu estado mental é “considerado satisfatório” e teve alta. A parturiante com 31 anos de idade que foi internada a 18 de janeiro no CHCSJ “já não necessita de utilizar ventilador mecânico nem de oxigenação por membrana extracorpórea, a sua situação melhorou e foi transferida para a enfermaria comum, em processo de recuperação”. Mais camas em Coloane Alexis Tam falou aos jornalistas à margem de uma visita à Unidade de Cuidados Paliativos de Coloane que recentemente entrou em funcionamento. Actualmente, este espaço dispõe de 20 camas, número que pode aumentar para o dobro. A unidade já admitiu 20 pessoas para tratamento, além de que 12 ainda estão hospitalizadas. Quanto ao Hospital de Convalescença em Ká-Hó, cuja abertura está prevista para Abril, irá disponibilizar serviços de fisioterapia, cuidados paliativos, reabilitação e convalescença, com 160 camas.
Hoje Macau Manchete SociedadeMenina de quatro anos morre no hospital público Menina estava diagnosticada com gripe, apesar de ter levado a vacina, mas segundo os Serviços de Saúde a morte ficou a dever-se a um problema cardíaco associado a um outro problema na tiróide [dropcap]U[/dropcap]ma menina com quatro anos morreu ontem, no Hospital Conde São Januário, após ter sido internada no domingo, com manchas nos pés e dificuldades respiratórias. Quando morreu, a menina já tinha sido diagnosticada com uma gripe. Porém, os Serviços de Saúde (SSM) negam que a morte se tinha ficado a dever ao vírus da influenza e explicam o falecimento com um problemas cardíacos, nomeadamente cardiomiopatia dilatada gerada, que terá sido gerado por uma condição rara e grave da tiróide: o hipertiroidismo. A cardiomiopatia dilatada é uma doença que se regista devido à dilatação do músculo ventricular do coração, o que afecta a capacidade deste órgão bombear sangue. Esta condição pode ser gerada por hipertiroidismo, uma doença rara em que a hormona da tiróide é produzida em quantidades excessivas e que afecta principal pessoas do sexo feminino. Terá sido este o acontecimento que levou à morte da criança. “Após termos iniciado o tratamento para as condições diagnosticadas, mas não houve uma evolução satisfatória e depois surgiu a gripe. Mas a gripe não tem relação com a cardiomiopatia dilatada, nem de forma directa ou indirecta”, afirmou Jorge Sales Marques, Responsável do Serviço de Pediatria e Neonatologia, no Hospital Conde São Januário. “Ontem tivemos de entubar a criança ao final da tarde […] Mas esta manhã entrou em paragem cardíaca. Houve várias tentativas de reanimação, mais dos que as normais, mas acabou mesmo por falecer”, acrescentou. De acordo com a explicação dos SSM, as duas doenças não estavam diagnosticadas, o que só ocorreu no dia 13, já na visita ao hospital. No dia seguinte foi diagnosticada a gripe, apesar de ter levado duas doses da vacina. “Entrou sem febre, apresentou febre no dia seguinte e fizemos o rastreio da gripe A. Mas a gripe não teve nada a ver com o resultado final, foi apenas um achado”, apontou Jorge Sales Marques. Não se sabe se a menina foi infectada no hospital ou em casa, uma vez que o irmão, de dois anos, tinha apanhado uma gripe dois dias antes do internamento. Também segundo o médico, a criança ficou internada em regime de isolamento. Situações estáveis A conferência de ontem serviu igualmente fazer um ponto de situação sobre as duas crianças que estão internadas com encefalite associada a gripe. Esta é uma condição rara, mas que este ano já afectou duas crianças em Macau. Segundo a informação disponibilizada, a primeira criança mais nova, uma menina de 2 anos, foi internada no Kiang Wu, a 11 de Janeiro, e está numa condição estável. Já a outra criança afectada, um menino de quatro anos, está receber tratamento de manutenção, que se deve prologar por quatro semanas. Nesta atura, o menino já consegue ingerir líquidos, mas os médicos dizem ser “cedo para saber as sequelas” da doença. Em relação ao números da gripe, entre Setembro e 15 de Janeiro foram registados 27 casos de gripe com pneumonia. Entre os afectados, 80 por cento não tinha levado a vacina da gripe. No que diz respeito às pessoas testadas que acusaram o vírus da influenza, 75 por cento estavam infectados com o vírus H1N1 e 25 por cento H3N2. Em relação às horas de espera no serviço de urgência, no fim-de-semana passado, a média foi de 3 horas e a taxa de ocupação das camas foi de 95 por cento. Mesmo no período de menor movimento, a espera foi de uma hora. Operações às cataratas suspensas A afluência ao hospital público devido ao pico da gripe fez com que as operações às cataratas fossem suspensas por tempo indeterminados. Segundo os Serviços de Saúde a medida foi tomada para evitar eventuais contaminações e para disponibilizar mais recursos para a gripe. Os SSM admitem a possibilidade de recorrerem ao sector privado, através de prestação de serviços, para fazerem estas operações mais tarde.