CPU | Habitação pública em terreno da CEM suscita estudos

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s planos para o terreno da Companhia de Electricidade de Macau (CEM) junto à Avenida Venceslau de Morais vão na direcção de construção de habitação pública, mas a planta que prevê a sua construção está já a ser alvo de críticas e reticências por membros do Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU). O problema reside no facto de uma obra deste calibre naquela zona poder trazer ainda mais pessoas à Areia Preta, que já é das mais populosas de Macau.
“Os problemas associados ao trânsito, se já são muitos, tenderão a piorar”, afirmou Manuel Iok Pui Ferreira, ontem, em mais uma reunião do grupo.
O membro do Conselho questiona a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) acerca da existência de um estudo capaz de avaliar o fluxo de carros naquela zona, bem como de prevenir o seu ainda maior congestionamento. Para Leong Chung Io, outro dos membros, é “necessário um estudo de todas as zonas a nordeste e da sua estrutura demográfica de modo a estabelecer um plano concreto”.
O responsável da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) afirma que são assuntos que serão tidos em conta e Li Canfeng, director da DSSOPT, explica ainda que a planta prevê uma zona para bombeiros, para eventuais emergências.

Que impacto?

Leong Chung Io adverte para a ausência de um plano específico para aquela área, sendo que considera que esse plano deveria ser conhecido antes que os processos de demolição tenham início. Por outro lado, e tendo em conta a necessidade de demolição, o membro do CPU quer saber se vai ser feito um estudo de impacto ambiental, algo que considera necessário.
Li Canfeng admite que esse estudo é essencial e argumenta que as próprias demolições dependem da sua conclusão. “Antes de demolir temos que ter os resultados do estudo de impacto ambiental, até podemos não ter condições para as demolições”, afirmou o director.
A CEM tinha entregue ao Governo uma proposta para sair das instalações da actual central térmica que a concessionária ocupa na Avenida Venceslau de Morais. A proposta da CEM visa a destruição das actuais instalações, a limpeza e descontaminação do solo, estando ainda prevista uma avaliação do impacto ambiental do edifício. No local, já tinha sido definida a construção e habitação pública.

Vai tudo abaixo

A Associação Novo Macau entregou ontem uma petição a solicitar aos membros da CPU que se manifestassem relativamente à intenção de demolição da fachada do Hotel Estoril. A entrega ocorreu antes da reunião realizada ontem, onde a defesa da fachada se fez sentir por alguns dos membros do grupo. A DSSOPT continua, contudo, com o parecer positivo para a demolição integral do Hotel e Raimundo Rosário afirmou no final da reunião que o processo está já no Executivo, sendo que o parecer dos seus serviços “apoia a demolição”.

26 Jul 2016

CEM da Areia Preta: Reabilitar e Regenerar, os outros R´s da sustentabilidade

João Palla

[dropcap style=’circle’]P[/dropcap]artindo de uma nota de imprensa dando conta que o governo pretende demolir as instalações da CEM na Areia Preta para construção de habitação e espaços de cultura, cabe-nos uma outra pequena nota de imprensa.
Em 1906 instalou-se a Melco, Macao Electric Lighting Company Ltd., na Estrada da Bela Vista, encostada às colinas da Montanha Russa e D. Maria II, uma zona íngreme dando para o rio. Circundada pelas actuais Rua dos Pescadores e Avenida Venceslau de Morais foi aqui que, durante muitos anos, se gerou a electricidade necessária para abastecer a cidade. A CEM, que veio substituir a Melco em 1972, reestruturou-se profundamente. Deslocou a principal central eléctrica para Coloane e construiu várias infra-estruturas necessárias para a modernização do abastecimento que, nos anos 80, ainda representava a electricidade mais dispendiosa do mundo.
A CEM foi, por isso, e naturalmente a par do governo, um dos importantes promotores de encomenda de arquitectura ao longo das últimas décadas; de edifícios para centrais eléctricas, escritórios, subestações ou postos de transformação. Arquitectos de Macau desenvolveram interessantes exercícios plásticos que constituem hoje indiscutíveis valores da produção arquitectónica contemporânea. A CEM irá devolver o terreno da Central Térmica de Macau ao Governo onde este pretende construir habitação pública com cerca de mil fracções habitacionais.
Em Macau, um dos últimos exemplos daquilo a que poderíamos chamar património industrial situa-se exactamente neste local, sendo os outros as fábricas de panchões.
É preciso encontrar soluções que não sejam a da elementar demolição; olhá-las como oportunidade e desafio e não como mais um lote para construir blocos de apartamentos. A reabilitação é uma medida não só possível como a apropriada para este tipo de locais.
Não temos uma Central Tejo convertida em Museu de Electricidade e em espaço de exposições mas, mais modestamente, temos uma História da electricidade que valeria a pena saber contar às novas gerações de modo a preservar a memória histórica. Porque mostrar o passado não é vergonha, apagá-lo é que chega a ser criminoso.
E enquanto a reabilitação trata da adaptação e da reutilização de edifícios para novos usos, a regeneração urbana é um conceito relativamente recente que se refere a intervenções urbanas que visam dar qualidade = requalificação, e vida =revitalização a zonas ou quarteirões degradados ou obsoletos transformados em equipamentos sociais, de lazer, de criatividade e alguma também habitação devolvendo uma utilização colectiva com espaços verdes
A regeneração urbana de espaços industriais constitui motivo de reflexão sobre outras disciplinas tais como o turismo industrial, a museologia, a arqueologia industrial e o próprio urbanismo.
Aos decisores incautos de cultura arquitectónica ficam alguns exemplos de reabilitação de espaços industriais, como a fábrica de Pompeia em São Paulo, da autoria da Arquitecta Lina Bo Bardi, e a famosa Docklands em Londres.
Quanto à regeneração urbana de espaços industriais, podem-se testemunhar inúmeros movimentos, tais como Industrial Heritage Association, The International Committee for the Conservation of the Industrial Heritage (TICCIH), e intervenções urbanas em Singapura ou várias cidades chinesas onde o melhor exemplo é o “798 Art District” em Pequim.
O desafio deste lote obsoleto é uma abordagem que sintetize o equilíbrio urbano entre o desenvolvimento necessário e uma revitalização com algum grau de preservação. Não basta dizer-se que temos uma cidade de património quando não se olha para além do que já foi classificado pela Unesco, em 2005, ou pelo Decreto-Lei n.o 83/92/M, de 31 de Dezembro, há quase vinte cinco anos.
A ideia de património arquitectónico deve ser vista nas acções presentes como sedimentos de acumulação de valor. Em Macau temos exemplos de diferentes estilos e correntes arquitectónicas que só existem porque houve a consciência da necessidade de as preservar. Também porque não houve a ira demolidora dos dias de hoje.
E, se por magia, certos pós de bom senso mostrassem vontade de descender à Terra, indicar-lhes-íamos a escadaria que toca no céu e que traz ao interior quente do edifício da CEM – da autoria do Arquitecto Adalberto Tenreiro, construído em 1993. Este pequeno edifício de escritórios com dois pisos representa um dos melhores exemplos da arquitectura desconstrutivista em Macau. Um desenho complexo de desmontagem das peças arquitectónicas onde a estrutura dança sobre volumes desfasados. Um exercício arquitectónico irrepreensível e de valor indubitável.
Nesse sentido, havendo um novo bairro de equipamentos para este local, defendemos a reutilização deste edifício cuja área reduzida em relação à área do lote, a planta livre e o seu bom estado de conservação propiciam a facilidade técnica de uma adaptação a novas funções.
Entendemos que um concurso de ideias aberto será a forma mais límpida, colocando em pé de igualdade ateliers já reconhecidos com a crescente classe de arquitectos jovens de Macau.
Elabore-se um programa que contemple as vertentes atrás descritas e lance-se o desafio aos que pouco ou nada têm conseguido acrescentar recentemente à cidade por força dos responsáveis governamentais e igualmente da insistente moda em importar projectos que são desenhados no exterior, unicamente assinados por arquitectos locais.

7 Jun 2016

Gás Natural | Governo conclui este ano rede de distribuição nas ilhas

Este ano, Taipa e Coloane vão ter gás natural. É o que assegura o do Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético, que diz, contudo, ainda estar a analisar o pedido da CEM para alargar o número de instalações para geradores

Hoi Chi Leong, coordenador do Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético (GDSE) garantiu que a rede de distribuição de gás natural nas ilhas vai ser concluída este ano. O anúncio surge numa resposta ao deputado Au Kam San, que questionou o Governo sobre a questão.
Numa interpelação, o deputado tinha acusado o Executivo de “se mostrar indeciso” face à implementação do gás.
O coordenador do GDSE referiu que a conclusão das instalações nas ilhas vai acontecer este ano e diz mesmo que o território terá uma maior estabilidade no fornecimento de gás natural.
Au Kam San tinha dito ainda que, com a inclusão do gás nas ilhas, a CEM poderia haver o abastecimento da Companhia de Electricidade de Macau (CEM), mas, no mesmo documento, o Governo diz que ainda está a ser analisado o pedido feito pela empresa para alargar o número de instalações para geradores de gás natural, algo que já tinha sido prometido.

Dependências

Sobre o problema da produção de electricidade através do gás natural, o GDSE explicou que a rede visa o fornecimento a habitações e lojas, sendo que o fornecimento de gás natural está dependente da Sinosky. Hoi Chi Leong explicou que a rede utilizada para esse fim já foi estabelecida em 2008, estando prevista a sua utilização assim que o Governo solucione o problema do preço e fornecimento de gás natural.
Conforme já foi noticiado, o Governo tem tentado solucionar a falta de fornecimento de gás natural com a Sinosky, tendo sido referida a possibilidade de rescisão do contrato.
Sobre o pedido da CEM para o alargamento de novas instalações para geradores de electricidade a gás natural, Hoi Chi Leong sublinhou que a empresa teve de entregar mais documentos para uma análise da eficácia económica e a influência que poderá existir ao nível das tarifas. O Governo deixou a promessa de continuar a estudar o pedido.

8 Abr 2016

CEM | Novas instalações e despesas a descer

[dropcap style=’circle’]I[/dropcap]un Iok Meng, Vice-Presidente da Comissão de Ligação CEM-Clientes, defendeu que a Companhia de Electricidade de Macau (CEM) planeia adicionar mais dez estações de carregamento de carros eléctricos em parques de estacionamento público. Numa reunião da Comissão de Ligação, na última quarta-feira, o responsável anunciou ainda que a tarifa de electricidade deverá diminuir em Abril.
Em declarações ao jornal Ou Mun, Iun Iok Meng anunciou que a CEM planeia adicionar entre sete a dez estações de carregamento para os carros eléctricos nos parques de estacionamentos público ainda este ano, já que só existem nove destas estações actualmente. A empresa quer ainda que estas estações sejam também instaladas nos prédios privados, sendo que dois terços dos proprietários de um dos edifícios previstos já concordaram com a instalação. “Espero que se simplifiquem os processo administrativos relativos a essas instalações”, apelou o responsável.
O vice-presidente, que também é assessor da Comissão Executiva da CEM, avançou que as estações vão ser instaladas para responder às medidas governamentais e ajudar ao aumento dos veículos eléctricos em Macau.
Iun Iok Meng prevê ainda que as despesas de electricidade diminuam por causa da depreciação do Renminbi.

Rede de consultas

Na mesma reunião, Billy Chan, director de Operação e Manutenção da Rede da CEM, explicou que os projectos da empresa a curto-prazo envolvem um consulta sobre a utilização de electricidade – como o valor e a forma de utilização, o projecto de instalação de subestações e a utilização de carros eléctricos – e um estudo para utilização dos espaços subterrâneo públicos – bem como a possibilidade de implementar subestações subterrâneas e o projecto de instalação de cabos electrónicos.
Viena Ng, da área de desenvolvimento da CEM, sublinhou que o resultado de um relatório sobre a satisfação face aos serviços da CEM, que feito em Julho e Agosto, demonstrou que 86% entrevistados se sentem satisfeitos com os serviços.

19 Fev 2016

Habitação | CEM já entregou proposta de saída de central térmica

A Companhia de Electricidade de Macau (CEM) já entregou ao Governo a proposta para a saída das instalações da actual central térmica que a concessionária ocupa na Avenida Venceslau de Morais. Numa resposta ao deputado Si Ka Lon, o director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), Li Canfeng, garantiu que o Executivo vai agora avançar com o planeamento da construção de mais um edifício de habitação pública neste local.
“O Governo ainda está a discutir com a CEM sobre a utilização do terreno na Venceslau de Morais tendo a empresa garantido que vai desocupar o terreno, e já entregou uma proposta para a sua saída”, disse Li Canfeng.
A proposta da CEM visa a destruição das actuais instalações, a limpeza e descontaminação do solo, estando ainda prevista uma avaliação do impacto ambiental do edifício. A CEM pretende ainda que o Governo dê o aval para a melhoria das infra-estruturas da central térmica de Coloane.
A DSSOPT promete ainda resolver o problema da concessão de um terreno localizado na zona oeste do Cotai, o qual poderá servir para construir mais duas mil fracções de habitação pública. Li Canfeng prometeu tornar públicas todas as novidades sobre o projecto.

3 Fev 2016

CEM | Devolução do terreno da Central Térmica a caminho

Está quase tudo pronto e a CEM não quer mais a Central da Areia Preta, mas faltam relatórios de avaliação ambiental e desmontagens de geradores, que têm de ser feitos por concurso público

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Companhia de Electricidade de Macau (CEM) já está a elaborar o plano de mudança da central eléctrica localizada na Avenida Venceslau de Moraes, mas ainda não tem data para a entrega do terreno ao Governo. O lote onde actualmente se encontra a Central Térmica é um dos terrenos que faz parte do plano do Executivo para a construção de habitação pública, com cerca de mil fracções.
Iun Iok Meng, porta-voz da Comissão Executiva da CEM, disse ao jornal Cheng Pou que já há dois anos a CEM tinha mostrado vontade de devolver o terreno ao Governo. Actualmente mantém contacto próximo, diz, sendo necessário entregar um plano de energia de longo prazo para o Governo. O responsável diz que falta também um estudo sobre o impacto de avaliação ambiental, já que a Central Térmica possui vários geradores a diesel.
Iun Iok Meng garantiu, contudo, que a Central Térmica da Venceslau de Moraes já não consta nos planos futuros da CEM.
“Já começámos os trabalhos preliminares, mas tanto a avaliação ambiental como a desmontagem dos geradores a diesel precisam de ser feitos depois de aberto um concurso público. O tratamento das máquinas tem de ser planeado”, explicou.
Quanto ao calendário da entrega, depende apenas do progresso dos trabalhos e da coordenação com o Executivo. Segundo o responsável, o contrato de exclusividade exige uma certa capacidade de gerar energia e enquanto a Central Térmica de Coloane não tiver mais autorizações, a central na Avenida Venceslau de Moraes continua a desempenhar “um papel principal” para a empresa.
A questão deste terreno já decorre há vários anos, com a empresa a dizer em 2014 que iria desactivar a Central Térmica de Macau precisamente para que o terreno pudesse ser aproveitado para a construção de habitação pública.

20 Out 2015

À espera do gás natural

A CEM registou mais procura de electricidade devido à construção de novas infra-estruturas em Macau e na Ilha da Montanha e por causa da abertura das fronteiras 24 horas. A empresa diz ser necessário diversificar o fornecimento, mas continua a ter de importar quase 90% da energia por não ser abastecida com gás natural

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Companhia de Electricidade de Macau (CEM) continua a ter de importar a maior parte da sua energia, devido à falta de fornecimento de gás natural pela empresa contratada para o efeito, a Sinosky. De acordo com o relatório anual da CEM, publicado ontem em Boletim Oficial, a procura e o consumo de energia aumentaram em 2014 e a empresa diz ser preciso diversificar o fornecimento.

O relatório, correspondente ao ano passado, indica que “apesar de Macau ter sentido um abrandamento económico no final do ano, o consumo de energia aumentou 6,1%”. Isto fez com que a utilização de electricidade atingisse um valor recorde, de 4677 GWh, muito devido às novas infra-estruturas em Macau e na Ilha da Montanha e à possibilidade de se cruzar a fronteira a tempo inteiro.

“Devido ao contínuo aumento de visitantes ocasionado pela implementação do acordo de funcionamento da fronteira 24 horas, em vigor desde o final do ano passado, a inauguração do novo campus da Universidade de Macau na Ilha de Hengqin, o lançamento de múltiplos projectos de entretenimento e a mudança para o complexo habitacional social de Seac Pai Van, [o consumo aumentou] e o pico da procura também subiu em 10,3%”, pode ler-se no relatório.

O que faz falta

[quote_box_right]A CEM continuou a depender largamente da importação de energia para manter o fornecimento ao longo do ano”, pode ler-se no relatório, que indica ainda que as importações totalizaram 87,6% do fornecimento total, atingindo um “novo recorde histórico de 4099 GWh”[/quote_box_right]

A empresa assegura ter conseguido manter um bom nível de serviço e ter superado todos os objectivos contratuais, “em termos de todos os indicadores-chave de desempenho”. O que ainda falta, contudo, é a produção própria, que a empresa não consegue ter.

“O fornecimento de gás natural ainda não foi oficialmente retomado, exceptuando uma disponibilidade temporária entre Maio e início de Setembro, durante um teste num campo de gás. Consequentemente, a CEM continuou a depender largamente da importação de energia para manter o fornecimento ao longo do ano”, pode ler-se no relatório, que indica ainda que as importações totalizaram 87,6% do fornecimento total, atingindo um “novo recorde histórico de 4099 GWh”.

Recorde-se que a Sinosky, concessionária do contrato de importação de gás natural para Macau, ainda não retomou o abastecimento de gás natural à CEM. De acordo com informações prestadas pelo Gabinete de Desenvolvimento do Sector Energético (GDSE) o ano passado, desde 2011 que o abastecimento está suspenso, não havendo prazos para a sua reactivação. Contudo, a intenção da CEM em produzir energia eléctrica a partir de gás natural mantém-se.

Recorde-se que o Governo negou já ter dado autorização para a rescisão do contrato com a Sinosky, conforme avançado pelo HM, mas admite que essa é uma hipótese em cima da mesa, já que as negociações não têm corrido bem.

Diversificar é preciso

No ano passado, a CEM investiu 539 milhões de patacas na melhoria e expansão da rede de transporte e distribuição, mas a empresa sublinha que é preciso diversificar. “Para fazer face à procura futura de energia eléctrica e assegurar um fornecimento estável, é crucial a diversificação do fornecimento. Em linha com o objectivo do Governo de desactivar a Central Térmica de Macau, a CEM vai continuar a negociar com o Governo para substituir algumas unidades de geração a Diesel, obsoletas e ineficientes, por unidades de geração de turbina a gás de ciclo combinado, mais ecológicas e eficientes, para manter a capacidade de geração de energia de Macau”, escreve-se no relatório.

Em termos operacionais, a CEM conseguiu aumentar “os seus resultados líquidos” 4,7% desde 2013, totalizando 608 milhões de patacas. O relatório aponta que também a base de clientes aumentou ligeiramente, em 2%, para 243.888 entidades. As vendas totais de electricidade e os lucros também cresceram 5,6% e 6,1% comparativamente a 2013, estes últimos 5916 milhões de patacas.

O preço de importação aumentou cerca de 1,6% em média desde 2013, devido à valorização do yuan, mas a empresa conseguiu manter as mesmas tarifas para os clientes de habitações com a ajuda do subsídio do Governo, que atingiu os 142 milhões de patacas em 2014.

11 Jun 2015