Finanças | Fim de pagamentos por multibanco

A partir de Janeiro, os cidadãos deixam de poder pagar os impostos através da rede de máquinas multibanco. A decisão da Direcção de Serviços de Finanças (DSF), que passa por levar os cidadãos a instalarem nos seus telemóveis a aplicação Conta Única, foi revelada ontem.

“A Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) tem promovido, de forma activa, o governo electrónico e, para uma distribuição eficaz dos recursos administrativos, após a revisão e integração das diversas formas de pagamento de impostos, será cessado, a partir do dia 1 de Janeiro de 2024, o serviço de pagamento de impostos através das máquinas ATM da rede JETCO”, foi anunciado.

Apesar de falar de uma “distribuição eficaz dos recursos administrativos”, o comunicado não revela como é que a distribuição é mais eficaz, nem se a medida vai permitir poupar recursos financeiros da RAEM.

“Com a crescente generalização da aplicação de telemóvel, actualmente, os contribuintes podem proceder ao pagamento de impostos online, na comodidade de sua casa, através da aplicação móvel Macau Tax ou Conta Única de Macau e, sem limite de tempo, sendo a experiência dos utilizadores cada vez mais completa, como por exemplo, a obtenção imediata de informações fiscais, recibos, etc.”, foi acrescentado.

Caso não queiram instalar as aplicações do governo para pagar os impostos, a alternativa passa agora a limitar-se às deslocações aos bancos, ou através do sistema ebanking, das mesmas instituições.

28 Dez 2023

Banco central da China | Custo de financiamento reduzido para estimular economia

As autoridades tentam agora acelerar o processo de recuperação financeira iniciado após o fim das rígidas medidas de combate à pandemia que vigoraram nos últimos anos

 

O Banco Popular da China (banco central) cortou ontem o custo de financiamento a curto prazo, visando estimular a economia, numa altura em que o país regista uma débil recuperação, após ter abandonado a estratégia ‘zero covid’.

O banco central anunciou um corte na taxa para operações de venda com acordo de recompra (Repo, em inglês) de sete dias, em 10 pontos base, de 2 por cento para 1,9 por cento, injectando dois mil milhões de yuan no sistema bancário.

Os acordos de recompra constituem uma forma de financiamento em que a instituição financeira cede títulos da sua carteira como contrapartida de um empréstimo e, simultaneamente, se obriga a recomprá-los numa data preestabelecida. A diferença entre os preços de venda e de recompra constitui o juro pago pelo devedor.

A decisão do Banco Popular da China surge após os principais bancos estatais do país terem reduzido, na semana passada, as taxas para a remuneração dos depósitos a prazo, sinalizando uma flexibilização monetária.

A medida ocorre também antes do banco central anunciar a decisão sobre as taxas de juro para empréstimos a médio prazo, prevista para quinta-feira. Num relatório, a divisão de gestão de fortunas do banco UBS disse esperar mais flexibilização da política monetária daqui para a frente.

“Acreditamos que a política monetária vai continuar a concentrar-se em manter a liquidez ampla e o crescimento do crédito estável”, indicaram os analistas do UBS, prevendo que o banco central vai fazer entre um e dois cortes “modestos” este ano.

Após a decisão, o preço dos títulos de dívida soberana da China subiu. O rendimento das obrigações do Governo a 10 anos caiu cerca de 4,0 pontos base, fixando-se em 2,645 por cento, o valor mais baixo dos últimos nove meses. O valor do dólar norte-americano face ao yuan subiu para 7,1610, logo após o banco central ter anunciado a sua decisão.

Olhos no presente

Vários indicadores económicos, incluindo o comércio externo, consumo ou actividade da indústria transformadora sugerem um abrandamento na recuperação da economia da China, após Pequim ter abolido, em Dezembro, as medidas de prevenção contra a covid-19, que no ano passado empurraram o país para um ciclo de bloqueios e estagnação.

A decisão do banco central visa desencorajar a poupança, de modo a promover a actividade e apoiar a economia.

O crescimento económico nos primeiros três meses do ano acelerou para 4,5 por cento, em comparação com igual período de 2022, mas os analistas dizem que o pico da recuperação provavelmente já passou.

O ritmo de crescimento ficou também aquém da meta estabelecida pelo Partido Comunista para este ano: “cerca de 5 por cento”.

13 Jun 2023

Banca | Liu Chak Wan vai presidir ao recém-criado Banco de Desenvolvimento de Macau

[dropcap]O[/dropcap]Banco de Desenvolvimento de Macau, autorizado a operar em Outubro, vai ter o empresário e membro do Conselho Executivo Liu Chak Wan como presidente, noticiou ontem a Macau News Agency (MNA). Liu Chak Wan, que é também membro do Comité Permanente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, tem negócios em diferentes sectores, incluindo na Transmac. Foi ainda um dos co-fundadores da Universidade de Ciência e Tecnologia, em 2000. O Banco de Desenvolvimento de Macau vai contar ainda com dois vice-presidentes: Liu Cai Seng, gestor de Macau, e Mao Yumin, residente de Hong Kong, que vai desempenhar em simultâneo o cargo de CEO do banco, de acordo com a MNA. A lista de corpos sociais do Banco de Desenvolvimento de Macau inclui ainda o advogado Leonel Alves, antigo deputado e também membro do Conselho Executivo, que surge como secretário do conselho fiscal.

 

26 Fev 2019

Cinco empresas de corretagem investigadas

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s autoridades chinesas estão a investigar cinco empresas de corretagem, incluindo uma de um banco estatal, por eventuais irregularidades durante as recentes quedas das bolsas na segunda maior economia mundial.
Quatro das companhias anunciaram, na terça-feira, terem recebido notificações da Comissão Reguladora de Valores da China, dando conta da abertura de uma investigação pelas suspeitas de que não verificaram adequadamente a identidade dos seus clientes.
Além disso, a agência oficial chinesa Xinhua informou que oito funcionários da Citic Securities, parte do conglomerado financeiro estatal Citic, também se encontram sob investigação por suspeita de implicação na compra e venda ilegal de valores mobiliários.
Contudo, o organismo oficial de supervisão dos mercados financeiros não emitiu qualquer informação sobre a investigação.
Entre as empresas investigadas figura a Huatai Securities, a maior empresa de corretagem da China em termos de volume de negócio.
Estas investigações surgem no contexto das pesadas perdas sofridas pelas bolsas chinesas.
As autoridades colocaram sob supervisão o trabalho das corretoras no início de Julho, na crise registada nos mercados bolsistas da China durante quatro semanas, sendo que, na altura, o ponto de viragem deu-se precisamente quando foi anunciada a abertura de uma investigação sobre as práticas especulativas.

27 Ago 2015