Automobilismo | Pilotos locais ambicionam correr no WTCR Grande Prémio

Apesar de apenas haver dois convites da FIA para que os pilotos locais possam participar no WTCR, são vários os locais que gostariam de ter a oportunidade de correr este ano no Circuito da Guia

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s dois ‘wild cards’ da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) a atribuir à Corrida da Guia da 65ª edição do Grande Prémio de Macau têm sido alvo de muita cobiça. E se o número de candidatos superava já largamente o número de lugares disponíveis, a lista poderá ter aumentado este fim-de-semana.

Para além dos vinte e seis concorrentes inscritos no campeonato, a Eurosport Events, a empresa promotora da competição mundial sob a chancela da FIA, atribui por prova dois ‘wild cards’ a pilotos convidados, supostamente locais. A prova a realizar em Novembro no território não será excepção.

O HM sabe que o número de pilotos da RAEM candidatos a um ‘wild card’ para a última prova da temporada de 2018 do WTCR supera a meia dúzia, sendo que mais um se perfila a horizonte. Depois da prestação de encher o olho na prova do TCR China em Ningbo, em que venceu duas corridas e poderia ter vencido as três do programa se não fossem as vicissitudes climáticas, André Couto terá sido abordado pela equipa MacPro Racing Team para competir na Corrida da Guia com o Honda Civic TCR.

“O tema foi discutido em algumas conversas, mas não houve nada de concreto. Foi só um tema discutido em conversas informais”, disse André Couto, ao HM. “Para mim a participação no Grande Prémio de Macau só acontecerá no WTCR ou nos GTs”, explicou.
Dos pilotos do território que já colocaram o seu nome para uma potencial selecção, o único a admiti-lo publicamente foi Filipe Clemente Souza que no mês passado confirmou ao HM que em Novembro irá abdicar da sua tradicional participação na Taça de Carros de Turismo de Macau (ex-‘Taça CTM’), para regressar à Corrida da Guia onde foi presença assídua entre 2011 e 2014. O piloto macaense realizou, ao longo dos anos, várias aparições em provas asiáticas do WTCC, o antecessor do WTCR, o que lhe dá hoje um favoritismo óbvio para receber uma nomeação.

Habitualmente, a escolha dos ‘wild cards’ é da responsabilidade do Eurosport Events, em colaboração com os organizadores e promotores das provas que o WTCR visita.

Critérios dúbios

Na conferência de imprensa de antevisão da segunda prova do campeonato, que se disputou na Hungria, François Ribeiro, o responsável máximo pela Eurosport Events, esclareceu aos jornalistas que os ‘wild cards’ são para a atribuir a pilotos com um currículo de referência ou então, para permitir a possibilidade a jovens talentos de competir lado a lado com os melhores do mundo da especialidade. Ribeiro aproveitou para clarificar que estes são exclusivos para pilotos do país organizador do evento.

“Por mim, faríamos um evento do WTCR trinta e duas vezes por ano e assim haveria mais oportunidades para pilotos de outros países. Mas a realidade é que temos 10 eventos e 30 corridas, o que já é muito. Tenho pena que não possamos receber todos, mas isto é uma Taça do Mundo e o nível precisa de ser restrito para ter algum valor”, explicou na altura o dirigente francês, clarificando que quer ter ” os melhores pilotos de carros de Turismo do mundo inscritos a tempo inteiro e sem restrições para quem quer que seja. A única restrição são os wildcards. Mas se um brasileiro ou um russo quiser fazer parte da grelha de partida tem sempre a possibilidade de correr a tempo inteiro.”

Contudo, na prova da Alemanha um dos ‘wild cards’ foi o dinamarquês Kris Richard, com a justificação que este dominava a língua alemã, ao passo que o checo Petr Fulín usufruiu da mesma benesse para correr na prova da Eslováquia.

O HM questionou o Eurosport Events sobre se os pilotos de Hong Kong e da China Continental, apesar de representarem uma Autoridade Desportiva Nacional (ADN) diferente, estariam habilitados a concorrer a um ‘wild card’ em Macau e se, da mesma forma, os pilotos da duas RAEs podem ser candidatos a um ‘wild card’ nas provas chineses do campeonato – Ningbo e Wuhan – mas não obteve uma resposta apesar das insistências.

6 Set 2018

Automobilismo | Charles Leong cumpriu mais uma ronda da F3 Ásia

 

André Couto não foi o único piloto de Macau em acção no passado fim-de-semana no Circuito Internacional de Ningbo. No circuito que pertence a uma subsidiária do Zhejiang Geely Holding Group (ZGH), o grupo automóvel chinês que detém as marcas Volvo e da Lotus, também esteve em pista o jovem piloto do território Charles Leong Hon Chio

 

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]epois de uma estreia convincente no Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3, há quinze dias no circuito inglês de Silverstone, o piloto de Macau teve uma segunda jornada mais complicada do que esperado do Campeonato Asiático de Fórmula 3. Isto, numa pista que até não lhe era estranha de participações anteriores. Depois de ter terminado nos lugares do pódio na prova inaugural em Sepang, na estreia do campeonato de monolugares na China, Leong não conseguiu repetir a proeza.

“Foi um dos fins-de-semana mais difíceis para mim desde que comecei no desporto automóvel. O carro estava muito difícil de guiar e os resultados não foram os que eu esperava”, reconheceu o jovem desportista da RAEM.

O piloto da equipa britânica Hitech Grand Prix começou a sentir dificuldades para acompanhar os mais rápidos logo nas duas sessões de qualificação de sexta-feira, qualificando-se em sexto lugar para a primeira e para a terceira corrida do programa, a um segundo de diferença do norte-americano Jaden Conwright, o mais rápido nas duas sessões.

Na primeira corrida do fim-de-semana, realizada no sábado de manhã, Leong teve um mau arranque, perdendo posições, o que o obrigou a correr “atrás do prejuízo” nas 15 voltas de corrida para terminar no sexto lugar. Um resultado frustrante para o piloto da RAEM, atendendo que o vencedor foi o seu companheiro de equipa Ben Hingeley que neste evento foi chamado a substituir o indisponível Jack Hughes que tinha dominado a jornada de abertura na Malásia.

Meio do pelotão

Como a grelha de partida da segunda corrida da renovada Fórmula 3 asiática é delineada pelos melhores tempos por volta da primeira corrida e como Leong passou a maior parte do tempo do primeiro embate do fim-de-semana em lutas de meio de pelotão, o piloto de 16 anos conseguiu um tempo apenas correspondente ao oitavo posto da grelha de partida. A história da primeira corrida repetiu-se, com Leong a perder terreno no arranque, recuperando, com garra, posições na classificação ao longo da corrida para terminar em quinto numa corrida vencida outra vez por um dos seus companheiros de equipa, desta vez Raoul Hyman.

No domingo teve lugar a terceira e última corrida do programa e que não diferiu em muito das anteriores. Leong viu a bandeirada de xadrez no sexto posto, sob intensa pressão do chinês James Yu, numa corrida vencida por Conwright, o norte-americano da Absolute Racing, equipa cujo Team Manager da estrutura de Fórmula 3 é o piloto de Macau Rodolfo Ávila.

Com seis das quinze corridas do ano já disputadas, o campeão asiático de Fórmula 4 e Fórmula Renault de 2017 ocupa a quinta posição do campeonato. A próxima jornada realiza-se dentro de três semanas no Circuito Internacional de Xangai.

4 Set 2018

Automobilismo | GP Internacional de Karting de 2018 é para avançar

 

Apesar de não ter ainda uma data confirmada e de não constar do calendário de actividades de 2018 do Instituto do Desporto (ID) disponível online, o tradicional Grande Prémio Internacional de Karting de Macau deverá realizar-se novamente ainda este ano

 

[dropcap style=’circle’]S[/dropcap]egundo apurou o HM junto das entidades oficiais, a prova de automobilismo de final de ano tradicionalmente co-organizada pela Associação Geral-Automóvel Macau-China (AAMC), ID e Direcção dos Serviços de Turismo (DST) no Kartódromo de Coloane está a ganhar forma nos bastidores.

“O trabalho de preparação do Grande Prémio Internacional de Karting de Macau de 2018 está actualmente em curso, embora a data do evento e o programa desportivo ainda estejam a ser negociados com várias partes”, clarificou ao HM fonte oficial do ID.
O evento do ano passado, realizado no segundo fim-de-semana de Dezembro, teve um diferente figurino das edições anteriores. Os campeonatos CIK FIA Ásia-Pacifico para as categorias KZ e OK, que iriam fazer parte do programa da edição de 2017, foram cancelados a pedido das entidades responsáveis pelo evento no território apenas seis dias depois de terem aberto as inscrições. Apesar da anulação das corridas que iriam atribuir os títulos dos dois mais importantes campeonatos CIK FIA para a região Ásia-Pacifico, a AAMC avançou com a organização da prova, oferecendo uma série de incentivos aos participantes.

Formato mistério

120 participantes, oriundos da República Popular da China, Austrália, Taipei Chinês, Itália, Indonésia, Malásia, Filipinas, Singapura, Sri Lanka, Índia, Tailândia, Reino Unido, Hong Kong e Macau, aderiram às três provas, que envolveram nove grupos, incluindo a “Macau Cup KZ Invitation Race International”, a “AAMC Cup KZ Invitation Race Asia”, o Campeonato Open Asiático de Karting (AKOC) nas classes Formula 125 Open Sénior, Júnior e Veteranos, X30 Júnior e Sénior, ROK Sénior e Mini ROK.

O formato da edição é, por agora, uma incógnita, apesar do ID adiantar que “é esperado que diferentes categorias sejam incluídas no eventos”, no entanto, “mais detalhes serão anunciados assim que um acordo seja alcançado”.

O Kartódromo de Coloane tem uma data reservada para o fim-de-semana 8 e 9 de Dezembro para a segunda visita do ano do Campeonato Open Asiático de Karting (AKOC, na sigla inglesa) a Macau. Esta é uma competição que habitualmente faz parte do programa de corridas do Grande Prémio Internacional de Karting do território.

31 Ago 2018

Automobilismo | Vários pilotos de Macau interessados na Taça da Grande Baía

A “Taça da Grande Baía” é a única novidade no programa da 65ª edição do Grande Prémio de Macau. O promotor do conceito esteve em Macau recentemente, onde apresentou o carro que dá corpo à competição monomarca, o Lotus Exige GT, e revelou mais pormenores sobre a competição

“Ser o promotor do troféu monomarca Lotus no 65º Grande Prémio de Macau é uma honra”, admitiu ao HM Eric Wong, o fundador da Richburg Motors, a empresa responsável pela organização da “Taça da Grande Baía”. “Este é um momento significante para a Lotus, como primeiro promotor a apoiar um evento da Grande Baía. Além disso, será no primeiro ano depois da Lotus UK (Group Lotus plc) ter sido comprada pela Geely (Zhejiang Geely Holding Group). Isto é relevante.” Para Eric Wong, também ele um entusiasta dos desportos motorizados e piloto amador, esta nova competição distingue-se por “proporcionar uma plataforma para pilotos que queriam juntar-se a uma competição de desportos motorizados de topo, de nível amador e com carros de Grande Turismo (GT)”.
Antes da grande corrida no Circuito da Guia, os pilotos que apostarem em competir na Taça vão ter a possibilidade de experimentar os carros ingleses no Circuito Internacional de Zhuhai, onde será realizada uma prova no terceiro fim-de-semana de Setembro.

Para clientela diferente

Nos últimos quatro anos a dita “slot comercial” do Grande Prémio foi ocupada pela “Corrida da Taça Chinesa”, prova de carros de Turismo, patrocinada pelo construtor automóvel chinês BAIC e que o ano passado foi ganha pelo macaense Hélder Assunção. A “Taça da Grande Baia” apresenta-se como um conceito diferente.
Eric Wong acredita que o seu novo produto tem para oferecer algo mais interessante aos pilotos, uma vez que sublinha as capacidades e talento de cada um, até porque a preparação da viatura é igual para todos os concorrentes.
“Ao contrário das corridas de carros de Turismo, os carros GT são muito mais relevantes no que respeita ao nível de habilidade (dos pilotos) e no equilíbrio de performance da dinâmica aerodinâmica, equilíbrio do chassis, potência e peso. O nosso troféu com o Exige GT tem todos os elementos necessários para os pilotos que procuram competir em condições de igualdade e custos razoáveis”, explicou Eric Wong que em 2015 foi o impulsionador da “Suncity Lotus Celebrity Cup” do Grande Prémio, uma corrida primordialmente pensada para atrair celebridades do showbiz de Hong Kong.
Esta também não é uma competição para iniciantes, apesar de representante da marca Lotus para Macau estar ciente que vai ter vários pilotos com pouca ou nenhuma experiência em carros de GT. Por isso mesmo, o empresário da região vizinha está a oferecer “cursos de pilotagem para quem queira iniciar-se nas corridas de GT, com pilotos profissionais de topo, que têm experiência de pódios no Grande Prémio de Macau.”
Outro dos motivos para cativar potenciais pilotos, está no moderno carro inglês, equipado com um motor V6 com compressor, “que está disponível para venda por um preço bastante razoável, 998.000 dólares de Hong Kong.”

Interesse em alta por cá

A trabalhar em contra-relógio para ter todos os carros prontos para Setembro, Eric Wong está confiante que vai ter casa cheia para o evento do mês de Novembro entre nós. “O recrutamento de pilotos já começou em Hong Kong, na China Continental e em Macau. Nós esperamos 25 carros no evento”, afirma o promotor.
Diversos pilotos da RAEM já mostraram interesse em junta-se à “Taça da Grande Baía”, mas Eric Wong prefere não revelar números, nem nomes, apenas atesta que “há interesse” e que “estamos em negociações com vários pilotos”.
Para aqueles que não estejam dispostos a comprar um destes vinte e cinco Lotus Exige GT, a organização tem uma outra opção: alugar um volante nas corridas de Zhuhai e Macau pelo valor de 460.000 dólares de Hong Kong, um preço que inclui todo o apoio técnico, inscrição, transporte, gasolina e pneus.
As inscrições encerram no dia 7 de Setembro e, no caso dos representantes do território, apenas pilotos que participaram nos dois Festivais de Corridas de Macau ou em corridas de carros de Turismo estão elegíveis.

 

 

23 Ago 2018

Automobilismo | Leong Hon Chio deu boa conta de si no Europeu de F3

 

O piloto de Macau, Charles Leong Hon Chio, fez a sua estreia no Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3, no circuito inglês de Silverstone, terminando as três corridas do programa com performances bastante animadoras

 

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]pesar das dificuldades esperadas – era a primeira vez que o piloto de 16 anos competia com o Dallara F317 Mercedes e numa pista que lhe era totalmente estranha até à passada sexta-feira – o representante da RAEM não desapontou, mostrando andamento para acompanhar o forte ritmo dos melhores pilotos da especialidade.
Na primeira qualificação, Charles Leong escapou ao último lugar da grelha de partida, colocando o seu monolugar no 23º lugar. Na segunda qualificação, o piloto do Dallara nº66 ficou com o 20º melhor tempo, a menos de um segundo do pole-position. Por fim, para a corrida final, Leong qualificou-se novamente no 23º lugar.
Na primeira corrida, disputada no sábado de manhã, ganha por Daniel Ticktum, o último vencedor do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, Leong aproveitou alguns abandonos para finalizar como 19º classificado. Na segunda corrida, em que o vencedor foi Mick Schumacher da Thedore Racing, Leong terminou no 22º posto depois de ter sido obrigado a entrar nas boxes para trocar a asa dianteira, após um toque com um adversário. No domingo, Leong foi 20º classificado na terceira e última corrida.

Continuar a aprendizagem

O campeão em título do asiático de Fórmula Renault e da Fórmula 4 na China reconheceu que foi um fim-de-semana duro e de muita aprendizagem. Competindo “mano-a-mano” com pilotos que estão a fazer este campeonato desde o início do ano, Leong admite “ainda estar a aprender a conduzir este carro” e a habituar-se ao pneus Hankook, que obrigam a uma gestão de corrida diferente e “são difíceis no final da corrida”.
O jovem piloto, que deu os primeiros passos no automobilismo no Kartódromo de Coloane com 8 anos, não sabe quando regressará exactamente ao volante do Dallara F317 Mercedes da equipa Hitech Bullfrog GP, mas espera voltar a sentar-se no cockpit do carro da equipa inglesa antes do 65º Grande Prémio de Macau no mês de Novembro. Existe a possibilidade em cima da mesa de realizar mais uma bateria de testes, em Inglaterra, dentro em breve.
A próxima corrida na agenda de Leong é mesmo a segunda jornada do Campeonato Asiático FIA de Fórmula 3, nos dias 1 e 2 de Setembro, em Ningbo, competição em que ocupa o terceiro posto na classificação de pilotos.

21 Ago 2018

Fernando Alonso ausente do Mundial de Fórmula 1 em 2019

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] espanhol Fernando Alonso, antigo bicampeão mundial de Fórmula 1, vai estar ausente do campeonato em 2019, anunciou a McLaren-Renault, pouco tempo após o piloto ter publicado uma mensagem de despedida no seu Twitter oficial.

“Após 17 anos maravilhosos neste fantástico desporto, chegou a altura de mudar e seguir em frente. Adorei todos os minutos daquelas temporadas incríveis e agradeço a todas as pessoas que contribuíram para as tornar especiais”, afirmou Alonso, em comunicado publicado no sítio oficial da escuderia inglesa na Internet.

O espanhol, de 37 anos, sagrou-se duas vezes campeão mundial de F1, em 2005 e 2006, ambas na Renault, em 17 temporadas na disciplina – cinco das quais na McLaren -, tendo vencido 32 corridas, alcançado 22 ‘pole positions’ e subido 97 vezes ao pódio.

Sem adiantar de que forma tenciona prosseguir a carreira de piloto, nem se poderá regressar à categoria rainha do desporto automóvel, o anúncio está a ser encarado como uma forma de o espanhol alcançar a designada ‘tripla coroa’.

Alonso já venceu o Grande Prémio do Mónaco de F1, em 2006 e 2007, e as 24 Horas de Le Mans, em 2018, mas na única vez que disputou as 500 Milhas de Indianápolis, em 2017, teve de abandonar a 21 voltas do fim da corrida, devido a problemas mecânicos.

Nono classificado no Mundial de 2018, o espanhol estreou-se na F1 em 2001, ao volante de um Minardi, tendo, posteriormente, pilotado para a Renault, na qual obteve os maiores êxitos da carreira, McLaren e Ferrari.

15 Ago 2018

Automobilismo | Eurosport vai transmitir as corridas dos “supercarros”

[dropcap style=’circle’] D [/dropcap] urante a apresentação das 24 Horas de Spa, o líder do SRO Motorsports Group enalteceu a importância dos eventos automobilísticos de Macau e da cobertura que vão ter este ano na Eurosport.

Na habitual conferência de imprensa que antecedeu as 24 Horas de Spa, na Bélgica, em que a SRO Motorsports Group por tradição apresenta as linhas gerais para a temporada seguinte dos seus vários campeonatos de GT espalhados pelo mundo, Stéphane Ratel, o CEO e fundador do influente grupo francês, falou um pouco da edição deste ano da “Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA”

A SRO Motorsports Group colabora desde 2016 com a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) e com a FIA na selecção dos participantes daquela que é a corrida mais importante de carros de Grande Turismo que se realiza no continente asiático.

Sobre o evento da RAEM, Ratel referiu à plateia que “é um dos meus favoritos”, mesmo sendo “o miúdo turbulento do bairro”, numa clara alusão aos espectaculares acidentes que marcaram as duas últimas edições.

O empresário e ex-piloto francês, que em 1994 esteve envolvido na organização do circuito citadino de Zhuhai, revelou que a corrida deste ano terá uma transmissão televisiva ainda mais global. “Nós pressionámos um pouco mais o Eurosport para termos o evento em directo este ano”, disse aos jornalistas.

Um resumo da corrida será também transmitido no Eurosport 1 em prime-time, no domingo, dia 18 de Novembro. O ano passado apenas as duas corridas do agora defunto WTCC tiveram transmissão no influente canal pan-europeu de desporto, embora todas das outras corridas do programa tivessem tido uma ampla cobertura regional e mundial, com transmissões televisivas em 100 países através de 14 canais e emissão em directo (live streaming) pela internet.

 

Adesão em força

Apesar das críticas de alguma imprensa e de alguns construtores automóveis, que colocam em causa a natureza do Circuito da Guia para ser palco da decisão de um título desta envergadura, Ratel admite que Macau “é um grande lugar, com espectadores fantásticos e que proporciona corridas realmente excitantes.”

A Audi, BMW, Ferrari, Honda, Lamborghini, Mercedes-AMG e Porsche foram as marcas representadas na grelha de partida da edição de 2017, em que o inevitável Edoardo Mortara, em Mercedes-AMG, venceu. Ratel mantém o optimismo quanto à edição deste ano e está confiante que as marcas vão voltar a aderir em força. “Vamos ter outro grande evento este ano”, garantiu.

A Sociedade de Jogos de Macau será novamente o patrocinador da Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA, uma aposta que terá custado um valor superior a 4 milhões de patacas. Vinte e cinco concorrentes, a serem conhecidos no mês de Outubro, serão seleccionados para a prova que fará parte do 65.º Grande Prémio de Macau.

30 Jul 2018

André Couto termina 24 horas de Fuji em terceiro lugar

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pós um dia de prova, o Audi R8 LMS tripulado pelo piloto de Macau terminou a corrida no traçado de Fuji no terceiro lugar. A prestação de André Couto foi afectada por alguns problemas no carro que partilhou com Jeffrey Lee, Shintaro Kawabata e Alessio Picariello. No entanto, no final, o piloto mostrou-se bastante satisfeito com o feito alcançado, apesar de ter ficado a 14 voltas do vencedor.

“Este resultado é muito bom porque tivemos vários problemas ao longo da corrida. Tivemos duas ou três penalizações, que por acaso não foram causadas por mim, e ainda perdemos cerca de 16 voltas devido a problemas de uma roda. Por isso, é um resultado muito positivo”, afirmou André Couto, ao HM.

Após os problemas, a equipa ficou relegada para o quarto lugar e teve de passar vários horas em disputa com o Lexus n.º 999, tripulado por Go Hayato, Tetsuya Tanaka, Takeshi Tsuchiya e ainda Kimiya Sato. Ao longo de várias horas, ambos os carros estiveram em disputa pelo pódio. Foi só na meia-hora final a situação ficou resolvida, quando o Lexus teve de fazer mais uma paragem, desta vez para reabastecer e o Audi R8 conseguiu conquistar de forma definitiva o 3.º lugar.

“Havia um Lexus mais lento e andámos toda a noite a lutar com eles. Mas conseguimos ultrapassá-los quase no fim”, apontou Couto.

O grande vencedor foi o Nissan n.º 99 tripulado por Kazuki Hoshino, Hironobu Yasuda, Sun Zheng e Teruhiko Hamano, seguido pelo Audi R8 LMS n.º 83, que teve como pilotos Marchy Lee, Melvin Moh, Max Hofer e Lim Keong Wee.

Além do resultado, André Couto mostrou-se igualmente satisfeito por ter conseguido chegar ao fim da prova, aguentando o desafio de resistência.

“Uma corrida de 24 hora não é nada fácil, depois do acidente não era a melhor das ideias vir participar neste evento. Mas vim e estou vivo. Correu tudo bem. Sinto que está tudo ultrapassado”, admitiu Couto.

Penalização na qualificação

Ao longo da prova, o carro de André Couto foi penalizado várias vezes, não tendo sido o único. Contudo, os critérios rigorosos dos comissários de prova já tinham sido demonstrados na qualificação, quando a equipa foi penalizada e forçada a sair do sétimo lugar da grelha.

“Um dos meus colegas foi além dos limites da pista e foi penalizado. Partimos de nono, mas numa corrida de 24 horas isso também não tem um grande impacto porque há muito tempo para recuperar”, considerou o piloto.

“Felizmente, o nosso andamento era muito forte, houve alturas em que fomos o carro mais rápido em pista e conseguimos recuperar bem. Estamos todos de parabéns”, frisou.

A próxima ronda do campeonato Super Taikyu Series realiza-se entre 14 e 15 de Julho no circuito de Autopolis.

4 Jun 2018

24 horas | André Couto procura vitória na mítica pista de Fuji

O piloto local está este fim-de-semana em Fuji para participar nas 24 horas, a contar para o campeonato Super Taikyu Series. Ao HM, André Couto afirmou que nos treinos livres o carro mostrou um bom ritmo e deu indicações de que pode entrar na luta pela vitória

 

[dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]ão 24 horas e tudo pode acontecer. É com esta mentalidade que o piloto André Couto vai abordar a participação nas 24 horas de Fuji, prova pontuável para o campeonato Super Taikyu Series, que arranca amanhã e termina no Domingo.

“No primeiro treino livre tivemos um bom ritmo e ficámos em terceiro. O carro está bom, por isso vamos continuar a rodar para melhorar as afinações. Em princípio vamos estar na luta pela vitória” afirmou Couto, ao HM, ontem. “São 24 horas e tudo pode acontecer”, frisou.

Em Fuji, o piloto local volta aos comandos do Audi R8 LMS da Phoenix Racing Asia que irá partilhar com o taiwanês Jeffrey Lee. Porém, para a prova de 24 horas juntam-se aos pilotos ainda o japonês Shintaro Kawabata e o belga Alessio Picariello.

A condução do Audi vai ser repartida. Ontem, André Couto ainda não tinha definida a estratégia para a corrida, até porque a sessão de qualificação apenas se realizada hoje. No entanto, o piloto local deve passar cerca de oito horas ao volante, ao longo de diferentes turnos de condução, que vai intercalar com os colegas de equipa.

“Ainda não temos bem definida a estratégia para a corrida mas posso andar oito horas no total. Vou repartir as 24 horas. Vamos ver como vai ser o desafio, não vai ser fácil”, anteviu.

Uma das grandes vantagens para André Couto é o facto de correr numa pista que conhece muito bem e onde inclusive venceu, em 2015, quando participava na corrida de GT300 do campeonato Super GT japonês, ao volante do Nissan GTR. Nesse ano, o piloto de Macau acabou mesmo por se sagrar campeão.

“É uma das minhas pistas favoritas e é sempre um gosto voltar a Fuji. É um traçado onde sempre treinei muito, porque pertence à Toyota e era muito frequente rodar aqui, quando participava nos Super GT 500”, referiu. “Também tenho desta pista memórias muito boas, até porque ganhei os 500 Km de Fuji na categoria GT300”, acrescentou.

Equipas reforçadas

Apesar de ser visto como um campeonato abaixo dos Super GT, o facto da competição Super Taikyu ter uma prova de 24 horas em Fuji, faz com que muitos pilotos mostrem interesse em participar. Por essa razão, as equipas são reforçadas com pilotos que normalmente competem nesse campeonato mais mediático.

“Esta corrida ganhou alguma importância no Japão porque é a primeira vez que há uma prova de 24 horas em Fuji. Estão aqui vários pilotos do Campeonato Super GT porque como quase todas as equipas têm de ter quatro pilotos, há espaço para mais pilotos. Todas as equipas têm um amador e o resto é quase tudo profissionais”, apontou André Couto.

Ao nível do campeonato, o carro inscrito por André Couto e Jeffrey Lee ocupa actualmente o quinto lugar, com 17 pontos. Na frente da tabela está o Porsche 911 GTR3 com o número 777, tripulado pelo japoneses Seiji Ara, Satoshi Hoshino e Tsubasa Kondo, que soma 41 pontos, após duas rondas.

1 Jun 2018

Automobilismo | Primeiro “Festival de Corridas de Macau” de 2018 em Zhuhai

O Circuito Internacional de Zhuhai foi palco da primeira jornada dupla das duas categoria que compõem o Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa). Em disputa estão as trinta e seis vagas para a Taça de Carros de Turismo de Macau do 65º Grande Prémio de Macau

 

[dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oi com muito calor, dentro e fora da pista, amenizado por uma chuva perturbadora no domingo, que se disputou, no fim-de-semana, o primeiro “Festival de Corridas de Macau” de 2018. A competição organizada pela Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC) que este ano está novamente dividida em duas classes – “AAMC Challenge 1.6 Turbo” e “AAMC Challenge 1950cc ou Superior” (anteriormente designada como Roadsport Challenge) – teve quatro corridas e quatro vencedores diferentes.

Para os pilotos macaenses, este primeiro embate da temporada teve sensações mistas, mas praticamente todos os nomes portugueses em pista deram passos importantes rumo a um lugar na grelha de partida do grande evento do mês de Novembro. Dois terminaram mesmo em lugares do pódio.

Domínio de Hong Kong

A classe “AAMC Challenge 1.6 Turbo” reuniu vinte e sete participantes, menos três que o ano passado, e neste primeiro confronto os representantes da região vizinha foram claramente mais forte. Apenas Hélder Assunção foi capaz de travar o ímpeto dos poucos mas fortes concorrentes de Hong Kong.

Na primeira corrida, no tarde de sábado, três Peugeot RCZ da Suncity Racing Team monopolizaram as três posições do pódio, com Paul Poon a ver a bandeira de xadrez à frente dos colegas de equipa Alex Fung e Andrew Lo. Ao terminar no quarto lugar, Ip Tak Meng (Ford Fiesta ST), naquele que foi o seu melhor resultado no MTCS até hoje, acabou por ser o melhor classificado dos pilotos da RAEM. Jerónimo Badaraco (Chevrolet Cruze), vencedor da classe na Taça CTM na edição passada, foi o 6º classicado, ao passo que o seu companheiro de equipa Filipe Souza, que se tinha qualificado na segunda posição, foi apenas o 8º classificado, tendo-se atrasado devido a um problema no turbo do seu Chevrolet Cruze.

Com a chegada da chuva, no domingo, a vantagem dos Peugeot RCZ da Suncity Racing Team deixou de ser tão evidente, mas se Alex Fung conquistou a sua primeira vitória no MTCS, desta vez a cerimónia do pódio teve um intruso. Assunção, cujo o Ford Fiesta ST tinha terminado no 9º lugar na primeira corrida do fim-de-semana, foi o segundo classificado a apenas meio segundo do vencedor. Paul Poon completou o pódio. Badaraco e Souza foram quinto e sexto, respectivamente, com este ultimo novamente a braços com problemas no turbo do seu carro.

Fora do top-10 em ambas as corridas ficaram Eurico de Jesus (Ford Fiesta ST), que somou um 11º e um 14º lugar, e Célio Alves Dias (MINI Cooper S) que ficou 13º e 11º lugar.

Rui Valente, que este ano celebra trinta anos de carreira, teve um fim-de-semana difícil. O colector do escape do MINI Cooper S estalou e estragou a corrida de sábado do piloto português. Depois de uma noitada a reparar a viatura, Valente regressou no domingo para terminar no 17º lugar, o que o obrigará a um esforço suplementar nas duas corridas que faltam para conseguir o apuramento.

“Prata da Casa” impõe-se

Na mais numerosa categoria “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”, onde cinquenta concorrentes lutam por apenas dezoito vagas, o pelotão teve, a exemplo do ano transacto, que ser dividido em dois nas sessões de qualificação, onde só os mais rápidos tiveram acesso às corridas. Os pilotos de Macau dominaram.

No sábado, numa corrida realizada sob temperaturas nada simpáticas para as viaturas de preparação local, os pilotos de Macau chamaram a si todas as posições do pódio, com o veterano Wong Wan Long (Mitsubishi Evo10) a levar a melhor sobre o surpreendente Delfim Mendonça Choi (Mitsubishi Evo7) e Chan Chi Ha (Mitsubishi Evo8).

No domingo, com a chuva a tomar o papel de principal protagonista, dando uma vantagem mais clara aos carros com tracção total sob os duas rodas motrizes, Ng Kin Veng (Mitsubishi Evo9) destacou-se na qualificação matinal, mas, nas 12 voltas de corrida, Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9) impôs-se sobre Wong Wan Long e Veng. Delfim Mendonça Choi arrancou do terceiro lugar, mas acabaria por cair das posições do pódio, cortando mesmo assim a linha de meta num positivo quarto lugar.

No que respeita aos pilotos macaenses, o experiente Jo Merszei (Mitsubishi Evo9) conseguiu um 13º e um 16º lugares , ao passo que Luciano Lameiras (Mitsubishi Evo9) ficou em branco em ambas as corridas, complicando as contas do apuramento.

Os pilotos e máquinas terão agora um interregno de um mês para recuperar energias e preparar o segundo e decisivo Festival de Corridas de Macau, agendado para o fim-de-semana de 30 de Junho e 1 de Julho.

29 Mai 2018

Automobilismo | Rodolfo Ávila à porta do pódio em Zhuhai

[dropcap style=’circle’] R [/dropcap] odolfo Ávila ficou perto de subir ao pódio na segunda jornada dupla do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) que decorreu este fim-de-semana em Zhuhai.
Depois de um desafortunado primeiro fim-de-semana do campeonato sem pontos em Xangai, Rodolfo Ávila esteve perto de subir ao pódio nas duas corridas, realizadas este fim de semana, no Circuito Internacional de Zhuhai.
Após colocar o VW Lamando GTS nº9 no topo da tabela de tempos no primeiro treino livre, na qualificação o piloto português radicado em Macau conquistou o segundo lugar da grelha de partida para a corrida de sábado, ficando a 0.023 segundos da ‘pole position’. Contudo, na corrida, um arranque menos feliz custou-lhe duas posições, as quais foram impossíveis de recuperar numa prova de oito voltas que foi encurtada em duas voltas, acabando por terminar atrás do ‘safety car’ devido a um acidente entre dois concorrentes, refere um comunicado enviado pela assessoria do piloto da SVW333 Racing.
“Não fiz um bom arranque e perdi duas posições. Dei o meu melhor para tentar chegar ao pódio, mas este fim-de-semana tivemos sempre dificuldade em acompanhar os KIA e os Ford”, referiu o vice-campeão da edição 2017 do CTCC.

Potência perdida
No Domingo, na corrida principal, com a grelha formada pela ordem inversa dos primeiros doze classificados da primeira corrida, Rodolfo Ávila largou do nono posto. Após um início empolgante, em que subiu cinco posições em sete voltas e quando se preparava para atacar o adversário que seguia à sua frente na terceira posição, Ávila foi forçado a abandonar.
“Estava com um ritmo forte, mas a pressão do óleo do motor já vinha a descer nas últimas quatro voltas, até que comecei a perder potência e parei imediatamente o carro para não danificar o motor”, explicou Ávila, citado na mesma nota enviada às redacções.
O piloto português radicado em Macau não escondeu uma ligeira frustração: “Acho que um lugar no pódio estava hoje [ontem] perfeitamente ao nosso alcance. Fizemos alterações nas afinações que resultaram, mas as corridas são mesmo assim. Há que continuar a trabalhar para melhorar o comportamento do carro e a sua fiabilidade”.
A temporada do CTCC continua dentro de 15 dias, no primeiro fim-de-semana de Junho, desta vez no Circuito Internacional de Guangdong, nos arredores da cidade de Zhaoqing.

21 Mai 2018

Fórmula 3 | Vitória histórica de Zhou Guanyu

[dropcap style≠’circle’]Z[/dropcap]hou Guanyu entrou para a História do automobilismo ao tornar-se no primeiro chinês a vencer uma prova do Campeonato Europeu de Fórmula 3. O jovem de 18 anos da Prema Theodore foi o vencedor da primeira corrida do fim-de-semana no circuito de Pau, em França, que marcou igualmente o arranque do campeonato.

“Ainda não acredito que me tornei no primeiro chinês a vencer uma corrida de Fórmula 3 e um evento da FIA. O caminho até este momento foi muito duro, mas toda a preparação que fizemos teve uma grande recompensa”, afirmou Zhou, em comunicado.

“Hoje [Sábado] foi um dia histórico com o Zhou Guanyu a tornar-se no primeiro piloto chinês a vencer uma prova da Fórmula 3. Estamos incrivelmente orgulhosos por termos sido a equipa que ajudou o Zhou a conseguir esta vitória inesquecível”, declarou Teddy Yip Jr., filho do antigo parceiro de negócios de Stanley Ho na STDM.

14 Mai 2018

Automobilismo | Número de pilotos locais mantêm-se estável

[dropcap style=’circle’] U [/dropcap] m total de oitenta pilotos de Macau, divididos em duas classes, vão lutar pelos 36 lugares disponíveis na Taça de Carros de Turismo de Macau, a prova de apuramento para o Campeonato de Carros de Turismo de Macau.
Apesar do número menor de vagas que este ano o Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa) tem para oferecer para a Taça de Carros de Turismo de Macau do Grande Prémio de Macau, o número de participantes inscritos na edição de 2018 não foi dramaticamente inferior comparando com a edição transacta. Ao todo serão oitenta pilotos, divididos por duas classes, que vão lutar pelos trinta e seis lugares disponíveis na célebre corrida de carros de Turismo do final do mês de Novembro.
A competição organizada pela Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC) será novamente dividida em duas classes: “AAMC Challenge 1.6 Turbo” e “AAMC Challenge 1950cc ou Superior” (anteriormente designada como Roadsport Challenge).
Ao todo, a classe “AAMC Challenge 1.6 Turbo” reuniu vinte e oito participantes, menos dois que o ano passado, sendo que vinte e dois são portadores de licença desportiva da RAEM, menos um que em 2017, cinco são de Hong Kong e há um concorrente de Singapura. Por seu lado, a categoria “AAMC Challenge 1950cc ou Superior” juntará cinquenta e dois participantes, menos três que na pretérita temporada, sendo que vinte são pilotos do território, menos dois que em 2017.

Estabilidade de vagas
O número de pilotos de matriz portuguesa manteve-se estável, com uma forte representação na classe “AAMC Challenge 1.6 Turbo”. Na lista de candidatos ao triunfo estarão os companheiros de equipa Felipe Clemente Souza (Chevrolet Cruze), campeão em 2016 e 2017, e Jerónimo Badaraco (Chevrolet Cruze), vencedor à classe na Taça CTM na edição passada. Igualmente presente está Rui Valente (MINI Cooper S), um nome incontornável do desporto motorizado do território, assim como Celio Alves Dias (MINI Cooper S), Eurico de Jesus (Ford Fiesta) e o vencedor da Corrida Taça Chinesa de 2017, Hélder Assunção (Ford Fiesta).
Na classe “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”, que conta com pilotos de seis diferentes países ou territórios, estão inscritos os macaenses Delfim Mendonça Choi (Mitsubishi Evo7), Luciano Castilho Lameiras (Mitsubishi Evo9) e Jo Rosa Merszei (Mitsubishi Evo9).
Os dezoito melhores classificados de cada categoria, no somatório dos dois Festivais de Corridas de Macau – organizados pela AAMC no Circuito Internacional de Zhuhai, nos fins-de-semana de 26 e 27 de Maio e 30 Junho e 1 Julho – serão apurados para o Grande Prémio.

11 Mai 2018

Automobilismo | Pilotos locais querem mudanças nas corridas locais

[dropcap=’circle’] O [/dropcap] automobilismo local está a passar por uma fase periclitante. A participação no Grande Prémio está cada vez mais restrito aos pilotos da terra, enquanto que o único campeonato de automóveis sob a égide das entidades do território vive uma fase complicada de transição.

Com três Taças do Mundo FIA, quase inacessíveis para a maioria dos pilotos da RAEM, e uma competição de motociclismo, que por razões de segurança limita a participação apenas àqueles com uma sólida experiência internacional, a presença dos pilotos da casa no Grande Prémio reduz-se nos dias de hoje praticamente à Taça de Carros de Turismo de Macau, mais conhecida por “Taça CTM”.

O actual regulamento técnico do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa), competição que serve de apuramento para a Taça de Carros de Turismo de Macau do Grande Prémio, é único no mundo, planeando Associação Geral Automóvel Macau-China (AAMC) conservá-lo até ao final de 2019. No entanto, este obriga a uma exigente ginástica financeira aos que lá competem e aos que sonham um dia lá competir.

“Se no passado, não muito distante, os pilotos locais ombreavam com maquinaria muito próxima, hoje em dia não é assim”, explicou ao HM Álvaro Mourato, um ex-campeão do MTCS e vencedor em 2010 da saudosa Corrida Hotel Fortuna do Grande Prémio de Macau. “Hoje em dia competem os carros e não os pilotos. Quem tem mais possibilidades financeiras e possuir os carros mais competitivos ganha. Qualquer dia até um principiante pode ganhar o MTCS ou a ‘Taça CTM’.”

Mourato tem sido um dos pilotos mais vocais no que respeita aos prejuízos que a escalada dos custos da actual regulamentação tem trazido às corridas de carros de Turismo de Macau. Para o piloto macaense, “precisamos de uma corrida competitiva, talvez um troféu monomarca, e não uma corrida onde estão correr carros tão diferentes, como aqueles com motorizações 1950cc atmosféricos (ex-Roadsport) e 1600cc turbo, isto com um regulamento demasiado aberto.”

 

Kevin Tse, um dos pilotos que corre com a bandeira da Flor de Lotus com mais participações fora de portas e participante no MTCS, partilha da mesma opinião de Mourato. “O problema dos actuais campeonatos organizados pela AAMC é que existem demasiados carros “Frankenstein”. Os carros 1600cc Turbo e Roadsport são mal construídos por garagens locais mas mesmo assim não são baratos de construir e de colocar a correr. E se foram colocados à venda, apenas o mercado local tem interesse”, disse ao HM Kevin Tse.

 

 

Soluções existem

Quase todos os intervenientes concordam que para as corridas locais ganharem um novo fôlego é necessário mudar os regulamentos técnicos, mas também voltar a dar espaço aos da casa no grande evento desportivo do mês de Novembro.

Para o veterano Jo Rosa Merszei, um dos primeiros condutores do território a defender as cores da RAEM no estrangeiro, a solução para um futuro melhor passa “por uma mudança do regulamento para os automóveis; mais baratos, talvez especificações Grupo N (mais próximo das versões de estrada), para que não só aqueles com mais posses tenham possibilidades de correr, mas também em que o comum do cidadão possa ter uma oportunidade também.”

Mourato reforça a ideia que para motivar a entrada de novos competidores e preservar a presença dos actuais é preciso “reduzir os custos”, pois presentemente “obrigar os pilotos locais a competir em classes tão altas é difícil de suportar”. Mas também é “a favor de que hajam corridas só para locais ou tipo Interport e não as que temos actualmente”.

Sendo que a aquisição da viatura tem um peso significativo nos orçamentos dos praticantes, Kevin Tse foca outro ponto importante. “Se adoptarmos por padrões internacionais, comprar e vender carros será muito mais fácil e os custos de manutenção mais baixos. Não serão autorizadas modificações e apenas serão autorizados carros construídos pelos departamentos de competição das marcas. Essa é a forma correcta e realmente muito mais económica de tornar o Grande Prémio atraente para os pilotos locais e para uma audiência internacional.”

Há uma década os pilotos da casa tinham uma corrida de carros e uma corrida de scooters só para si no Grande Prémio. Aliás, muito do sucesso construído pelo evento nas últimas seis décadas passou pela proximidade entre a prova e os habitantes de Macau. O desejo dos pilotos locais é voltar a ter a sua própria corrida.

“Falei com vários pilotos sobre o tema e perguntei se houvesse uma corrida de carros Grupo N no Grande Prémio se estavam interessados em participar e todos dizem que sim”, afirma entusiasticamente Merszei.

Em 2018 e 2019 serão dois anos de transição, mas é esperada uma crescente pressão sobre a AAMC por parte dos pilotos que cada vez menos escondem a sua opinião de que o rumo do automobilismo tem que mudar em prol do desporto.

6 Abr 2018

Automobilismo | André Couto volta à competição com 5.º lugar

O piloto local regressou ao campeonato Super Taikyu Series com um quinto lugar na pista de Suzuka. A nove minutos do fim, a equipa estava a rodar no lugar mais baixo do pódio, mas a necessidade de parar nas boxes condicionou o resultado final

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ndré Couto (Audi R8 LMS) regressou oficialmente à competição com um quinto lugar em Suzuka, na ronda inaugural do campeonato Super Taikyu Series. No domingo, o piloto local, que faz dupla com Jeffrey Lee na Phoenix Racing Asia, ainda chegou a rodar no terceiro posto a nove minutos do final da prova, mas a necessidade de fazer mais uma paragem nas boxes, por vias do regulamento, fez com que caísse para o quinto lugar.

“Fiquei contente com o resultado, mas senti que poderia fazer mais. Estava com um ritmo muito bom e senti-me bem, o que é muito importante. Enquanto estive a conduzir durante o meu turno estava a ser o mais rápido, já depois do meio da prova. Foi um fim-de-semana em que me senti bem”, afirmou André Couto, ao HM.

Em relação à necessidade da equipa fazer uma paragem a nove minutos do fim da prova, André Couto explicou que foi a consequência de uma estratégia mais arriscada, que no final acabou por não compensar.

“Foi um risco que assumimos. Mas, no final, tínhamos mesmo de fazer essa paragem porque não tínhamos gasolina suficiente para chegar ao fim. Também devido ao regulamentos estávamos obrigados a fazer mais uma paragem”, explicou.

A vitória da prova de cinco horas acabou por ser conquistada pelo Nisssan GTR Nismo da tripla japonesa constituída por Teruhiko Hamano, Kazuki Hoshino e Kiyoto Fujinami. Apesar da boa prestação, André Couto não evitou uma colisão com Alex Young, que também tripula um Audi R8 da Phoenix Racing Asia.

Boas indicações

Além do resultado alcançado, para André Couto ficam também as boas indicações. O piloto participou na prova em condições especiais, uma vez que foi a primeira vez após o acidente que realizou turnos de condução tão longos. Mesmo assim, as condicionantes não impediram o local de fazer o terceiro melhor tempo da qualificação na sua sessão. Porém, a largada deu-se de sétimo, porque a grelha é definida com base no resultado combinado com o do colega de equipa, que foi oitavo, na respectiva sessão.

“Realizei um turno muito longo de hora e 20 minutos, em Suzuka que é uma pista muito difícil, talvez a mais difícil no Mundo, e exigente. Se formos a ver que não tive tempo para me preparar é um bom desempenho”, reconheceu.

“A oportunidade de competir apareceu e eu agarrei-a. Mas não tive tempo de me preparar da forma ideal, porque foi tudo uma corrida contra o relógio. Quando me sentei no carro, não sabia se depois de 30 minutos ia sentir dores e tinha de desistir. Arrisque e, felizmente, consegui”, acrescentou.

Em Suzuka realizou-se a primeira de seis rondas, que constituem o campeonato. O resultado permite à Phoenix Racing Asia encarar a próxima prova, no circuito de Sugo, entre 28 e 29 de Abril, com algum optimismo. Os objectivos podem mesmo passar por chegar ao pódio.

“O carro é competitivo e sinto-me muito bem na equipa, que me tem ajudado bastante. Acho que na próxima prova faz sentido pensar em terminar no pódio. Mas só depois de rodarmos no circuito é que saberemos bem em que ponto estamos”, considerou.

3 Abr 2018

AAMC nomeou um homem para represente nacional do “Women in Motorsport”

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), que representa o território na Federação Internacional do Automóvel (FIA), não terá assento permanente na Comissão de Mulheres da FIA, mas, ao contrário da grande maioria das suas congéneres, o seu representante nacional, é um homem!

Criada com a bênção de Jean Todt, a Comissão de Mulheres da FIA foi estabelecida em 2009 e pretende encorajar mais mulheres a participarem em diferentes níveis do desporto automóvel, tendo como presidente a francesa Michèle Mouton, a primeira senhora a vencer uma prova do Campeonato do Mundo de Ralis. Por seu lado, os representantes nacionais servem como ligação da Comissão dentro do espectro da sua área de jurisdição.

Apesar de não ter nenhum membro feminino de relevo na Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), esta nomeou a piloto de ralis Joana Barbosa. Já a homologa federação brasileira Brasil, fez o mesmo, escolhendo para esse papel Fabiana Ecclestone, a esposa do ex-patrão da Fórmula 1 Bernie Ecclestone e que durante muitos anos foi um pilar na organização do Grande Prémio do Brasil de Fórmula 1, em Interlagos.

Por seu lado, a AAMC, que também não tem qualquer senhora nos seus cargos dirigentes, optou por nomear um homem, Thomas Wong. O HM contactou a AAMC com o intuito de tentar perceber esta escolha, mas até ao momento da publicação deste artigo não recebeu qualquer resposta.

Dos cinquenta e dois membros nacionais da “Women in Motorsports”, apenas Macau, Uruguai e México optaram por um membro do sexo masculino. Esta não é a primeira vez que a AAMC tem a oportunidade para nomear uma senhora para um acontecimento principalmente focado para elas e não o faz. Na primeira edição da Taça da Corrida China, onde as quatro associações automóveis da Grande China tinham que ter um carro com uma piloto do sexo feminino, ao contrário da China Continental, Taipé Chinês e Hong Kong, Macau não se fez representar, mesmo contando nos seus associados com uma piloto com créditos firmados e andamento para envergonhar alguns dos seus adversários do sexo oposto.

 

Há espaço para mais

Diana Rosário foi a campeã da Ford Fórmula Campus em 2009, até hoje a única piloto feminino a obter um título de monolugares no continente asiático, e acredita que Macau ainda tem um longo caminho a percorrer no que respeita à integração das mulheres no desporto automóvel.

“Neste momento, não vejo que esteja a ser feito alguma coisa nesse sentido. Como piloto de Macau por tantos anos, nunca tive qualquer especial atenção ou apoio por isso”, explicou a piloto da RAEM. “Mesmo a trabalhando noutras posições do desporto automóvel, como Directora de Corridas ou participando na organização de eventos e campeonatos em Hong Kong e na China, nunca houve nenhuma intenção de me chamarem para fazer parte, para ajudar.”

Os objectivos da FIA não passam só por ter mais mulheres ao volante, mas ter mais elementos do sexo feminino com papeis relevantes no desporto, desde a organização de eventos, parte técnica, assessorias e comissariados. Esta ambição tem uma razão e um propósito que vai para lá do comercial e do politicamente correcto na sociedade actual.

“Eu acredito que as mulheres merecem mais, como podem ver pela representatividade que as mulheres têm na FIA e o porquê que a FIA quer dar ouvidos às mulheres. É preciso ouvir as mulheres, porque isso ajudará a desenvolver ainda mais o desporto”, afirma a actual instrutora da Mercedes AMG China e figura de destaque na organização do troféu Renault Clio China.

Apesar de não se vislumbrar qualquer mudança na mentalidade local a curto prazo, Diana Rosário espera que as intenções da federação internacional tenham repercussões no território: “Eu espero que as organizações em Macau realmente pensem sobre isto. Eu vejo umas quantas mulheres com conhecimento nos desportos motorizados, porque não dar mais oportunidades também às mulheres?”

 

Projecto FIA no Karting

A FIA vai promover este ano um projecto piloto que visa promover o desporto automóvel junto do público feminino com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos. Por enquanto, a ideia apresentada no Salão Automóvel de Genebra apenas contempla países europeus, mas o conceito deverá expandir-se a outros continentes nos próximos anos. Portugal foi um dos oito países escolhidos pela FIA e pela União Europeia para desenvolver o projecto: “The Girls on Track”.

A FPAK terá como missão organizar, até final de 2018, dois eventos de karting intitulados “Karting Challenge” e atrair para estas iniciativas o maior número de jovens do sexo feminino para experimentarem a modalidade. Aquelas que melhor se saírem neste desafio terão a possibilidade de disputar a grande final contra as pilotos seleccionadas dos restantes países num evento organizado em Le Mans, França.

16 Mar 2018

Automobilismo | André Couto vai competir em campeonato no Japão

O piloto de Macau está de regresso e vai correr ao longo da temporada no campeonato de resistência japonês Super Taikyu Series. André Couto vai tripular um Audi R8 LMS da formação Phoenix Racing Asia e vai ter como colega de equipa Jeffrey Lee

 

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois do acidente sofrido em Julho do ano passado, André Couto tem confirmado o regresso oficial à competição e vai defender as cores das equipa Phoenix Racing Asia, no campeonato de resistência japonês Super Taikyu Series. A primeira ronda está agendada para o fim-de-semana entre 31 de Março e 1 de Abril, no circuito do Suzuka, e o piloto de Macau vai ter como colega de equipa o taiwanês Jeffrey Lee, nos comandos do Audi R8 LMS.

“Estou muito feliz por poder regressar à competição no Japão, um país que sempre me recebeu bem, e por ir correr com as cores da Phoenix Racing Asia. É uma equipa que me garante o melhor material existente e excelentes condições de competição. Também temos um Audi dos novos o que é sempre uma boa garantia”, afirmou André Couto, ontem, ao HM.

“Estamos a falar de uma equipa altamente profissional, que é uma filial da Phoenix Racing, que compete na Alemanha com a Audi. Só para se ter uma ideia do profissionalismo, a Phoenix Racing é uma equipa que Edoardo Motara já representou no DTM”, acrescentou.

O campeonato Super Taikyu Series é constituído por seis provas, entre as quais uma corrida com a duração de 24 horas, em Fuji. No entanto, a maioria das restantes ronda do campeonato tem uma duração de cinco horas.

“É uma campeonato que exige muitas horas de condução e que junta pilotos profissionais e pilotos amadores, os gentlemen drivers. No nosso caso, o Jeffrey Lee é o gentleman driver e, por isso, eu devo passar mais horas no carro. Ainda vamos ver como as coisas são definidas”, explicou.

Engenheiro português

A possibilidade de passar longas horas ao volante vai exigir que André Couto apresente uma excelente condição física. Por essa razão, o piloto de 41 anos tem passado várias horas no ginásio.

“Neste momento não sei bem o que esperar do campeonato, porque depois de uma paragem tão longa as coisas são uma incógnita. Mas no que me diz respeito tenho passado muitas horas no ginásio e estou bem fisicamente”, disse.

Na Phoenix Racing Asia André Couto vai reencontrar o engenheiro Ruben Silva, que o acompanhou na Audi Cup. O piloto de Macau espera que o português o ajude a encontrar sua melhor forma.

“Foi uma das razões que me levou a aceitar este convite. Além de ajudar no acerto do carro, o engenheiro no automobilismo também ‘treina’ o piloto. O Ruben Silva vai ser o meu José Mourinho nesta aventura”, considerou.

Em relação ao convite, André Couto revelou que as conversações para a participação no campeonato Super Taikyu Series começaram no ano passado, durante o Grande Prémio de Macau. No entanto a oficialização só chegou nos últimos dias, com o piloto a ter pouco tempo para dar uma resposta: “foi tudo muito rápido”, confessou.

Esta aventura representa o regresso à competição de André Couto. O piloto sofreu um acidente em Julho do ano passado, numa prova em Zhuhai, e foi obrigado a uma paragem de vários meses, devido à fractura de uma vértebra.

13 Mar 2018

Filipe de Souza pondera fazer pausa na carreira

[dropcap style=’circle’] O [/dropcap] rçamento de 6,5 milhões de dólares de Hong Kong afasta Filipe de Souza da participação na Taça Mundial de Carros de Turismo. O macaense pondera fazer uma pausa na carreira e falhar Grande Prémio de Macau

O macaense Filipe de Souza esteve a testar um BMW M4 GT4, na semana passada, no Japão, mas o futuro pode passar por uma pausa na carreira. A hipótese foi avançada, ontem, pelo piloto, que equaciona não participar no Grande Prémio de Macau.
Por um lado, o piloto gostava de correr na primeira edição da recém-criada Taça Mundial de Carros de Turismo (WTCR), que substituiu o Campeonato Mundial de Carros Turismo (WTCC). Por outro, o orçamento para participar na competição ronda os 6,5 milhões de dólares de Hong Kong, um montante que para o piloto é visto como praticamente incomportável.
“É claro que quero ir correr no WTCR. Tive ofertas de muitas equipas, mas sinceramente o preço que pedem para corrermos é muito caro. É muito difícil ter capacidade para pagar o montante exigido. São 6,5 milhões de dólares de Hong Kong”, disse Filipe de Souza, ao HM.
Com a transformação em taça, a competição da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para carros de turismo sofreu alterações significativas. Os carros ficaram mais equilibrados ao nível do desempenho, porém, o facto de haver três corridas por fim-de-semana fez disparar os custos de participação.
“Antes uma pessoa chegava a acordo com uma das equipas e só tinha de pagar a taxa de participação. Agora, é diferente. As equipas têm de pagar uma taxa de inscrição que custa muito dinheiro”, contou o piloto. “Subiram muito principalmente porque a competição passou a ter três corridas por fim-de-semana”, frisou.

Grande Prémio em risco
A pausa na carreira de Filipe de Souza pode afectar igualmente a participação no Grande Prémio de Macau e no campeonato local de Carros de Turismo. No ano passado, o macaense correu nas provas, mesmo que de forma pontual. Mas este ano a situação pode mudar.
“Ainda estou confuso sobre o que vou fazer. Já corro há muitos anos e às vezes sinto que é altura de fazer outras coisas. Com o avançar dos anos, depois posso não ter oportunidade de me dedicar a outras actividades… Também vai depender dos patrocinadores”, reconheceu o macaense de 41 anos.
No entanto, o sonho de ganhar em Macau mantém-se: “Esse é sempre o meu objectivo e tenho muitos amigos a dizerem-me para correr até conseguir. Eu também sei que se o carro não tiver problemas, que tenho confiança para conseguir”, frisou.
Na semana passada, Filipe de Souza esteve em Fuji a testar um BMW M4 GT4 com a equipa Studie, que vai participar no campeonato Blancpain GT Asia. Esta foi uma estreia para o macaense no circuito de japonês. “Foi um teste interessante. Mas esperava um pouco mais do carro. Tem uma caixa de velocidades de série, o que tira um bocado o prazer de conduzir”, comenta o piloto.

6 Mar 2018

Instituto do Desporto mexe no regulamento da atribuição de subsídios aos pilotos

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] atribuição de subsídios aos pilotos locais que participem em corridas no exterior tem ao longo dos anos causado um incómodo braço de ferro entre pilotos e as entidade responsáveis do território. Este tema controverso teve um novo desenvolvimento este ano, mas, para variar, positivo para o lado dos pilotos.
Para se habilitarem a receber este vital apoio monetário, os pilotos portugueses e chineses da RAEM tinham, entre outros critérios obrigatórios a cumprir, que participar no Grande Prémio de Macau e, desde 2013, de chegar ao fim da prova onde participavam.

Estas duas cláusulas foram sempre veemente contestadas pelos pilotos, principalmente a segunda, que obrigava os corredores da casa a dosearem o seu andamento no fim-de-semana do Grande Prémio para não comprometerem um suporte financeiro vital para a temporada seguinte e, ao mesmo tempo, rezarem a todos os Deuses do Olimpo para que o azar não lhes batesse à porta no mais importante fim-de-semana de Novembro.
Felizmente, o bom senso sobrepôs-se ao orgulho e o contestado ponto 2.4 da “atribuição de subsídios aos pilotos locais que participem em corridas no exterior durante 2018” deixou cair a obrigatoriedade de terminar a corrida do Grande Prémio de Macau. Diz agora o dito ponto que basta “Ter participado nas corridas oficiais do Grande Prémio de Macau (GPM) realizadas durante 2017 (com partida efectuada)”.
O ano passado, o polémico ponto 2.4 referia ser obrigatório “Ter terminado e obtido uma classificação oficial que se situe numa posição entre as 70% melhores classificações finais dos pilotos participantes de Macau numa das corridas do Grande Prémio de Macau (GPM) realizadas durante 2016.”
Caso os requisitos não tivessem sido alterados este ano, apenas vinte pilotos estariam à partida qualificados para acederem ao apoio do Governo da RAEM. Com esta alteração, passam a ser trinta e sete aqueles que até 28 de Fevereiro se podem candidatar à verba disponibilizada pela Fundação Macau.

IDM está atento

Se os pilotos portugueses foram os primeiros a mostrar publicamente o desagrado pela forma como este subsidio era e é atribuído, o mal-estar estendeu-se rapidamente também aos pilotos de etnia chinesa. Esta alteração nos critérios dos requerentes foi obviamente bem recebida, não só por quem dela beneficiará, mas também pela comunidade dos desportos motorizados de Macau no geral.
Questionado pelo HM sobre qual a razão que motivou este ajuste de peso, o Instituto do Desporto (ID) esclareceu por escrito que “o esquema de alocação dos subsídios para os pilotos locais participação em provas no exterior é concebido para apoiar os pilotos de Macau com recursos e condições para participarem em eventos de desportos motorizados, com o objectivo último de elevar o níveis competitivos dos pilotos locais.”
O IDM admite que está aberto a sugestões e deixa a promessa que irá estar atento ao assunto, deixando no ar que o actual sistema para poderá evolver para melhor.
“À medida que o tempo passa, nós temos trabalhado continuamente em formas de melhorar o sistema, incluindo tendo em consideração as ideias e sugestões que recebemos dos pilotos. No futuro nós iremos continuar a olhar para encontrar métodos para apoiar os pilotos locais e a criar condições para um desenvolvimento a longo termo dos desportos motorizados de Macau”, explicou o organismo responsável por executar a política desportiva do território.

Não chega a todos

Esta medida salutar não é no entanto suficientemente abrangente para evitar que os três pilotos da RAEM mais representativos da actualidade estejam automaticamente desclassificados a candidatar-se ao subsídio, o que demonstra a incongruência do sistema ainda em vigor.
André Couto, Rodolfo Ávila e o jovem Leong Hon Chio não participaram na edição transacta do Grande Prémio, por diferentes razões, e nem os triunfos que conquistaram em 2017 – Ávila foi vice-campeão do mais popular campeonato de automobilismo da República Popular da China e Leong venceu de uma assentada o Campeonato da China de F4 e o Campeonato Asiático de Fórmula Renault na sua estreia em monolugares – nem o vasto currículo internacional, como no caso de Couto, são argumentos suficientes para serem merecedores de qualquer apoio do território que representam fora de portas.
Este pequeno volte-face das entidades responsáveis de Macau irá apaziguar ligeiramente a insatisfação crescente, mas não será ainda suficiente para trazer a tão desejada paz e um pouco de consenso ao automobilismo do território.

21 Fev 2018

MotoGP estuda provas em circuitos citadinos

[dropcap]O[/dropcap] pequeno mundo do MotoGP, a categoria rainha do motociclismo mundial, recebeu com surpresa a possibilidade do campeonato ter provas em circuitos citadinos num futuro próximo. Todavia, a possibilidade que certamente deixaria muitos fãs locais em estado de êxtase, de Valentino Rossi, Marc Márquez ou Jorge Lorenzo visitarem o Circuito da Guia, é, no mínimo, muito pequena.

Numa entrevista ao diário espanhol Expansión, o CEO da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta, revelou que existem planos para uma primeira prova “numa cidade quente”, sendo este, segundo o promotor do campeonato, “um projecto sólido”.

No sábado passado, à margem da conferência de imprensa de apresentação da equipa oficial da Yamaha, o promotor do MotoGP revelou ao site oficial do campeonato mais informações sobre o projecto. “É uma ideia que começámos a falar. Estamos a trabalhar com um governo asiático para tentar fazer um circuito semi-permanente com todas as medidas de segurança de um traçado permanente mas com características interessantes. Não penso que o projecto esteja pronto, no mínimo, até dentro de dois anos.”

Ezpeleta explicou que este traçado citadino “tem como característica principal, além de ser um circuito com toda a segurança dentro de uma cidade, um paddock que ficará totalmente coberto, integrado num centro de exposições. Assim, durante o Grande Prémio utiliza-se para apoio à corrida, e durante o resto do ano pode ser usado para muitas outras coisas. Isso permitiria ter um paddock climatizado numa zona de muito calor.”

Apesar das provas de estrada de motociclismo utilizarem estradas públicas, a única prova de motociclismo a nível mundial num circuito citadino continua a ser o Grande Prémio de Motos de Macau que este ano vai para a sua 52ª edição.

Probabilidades baixas

Apesar das insistências do HM, a Dorna Sport não respondeu às questões colocadas pelo HM sobre e eventualidade do Circuito da Guia acolher um evento do MotoGP no futuro. Contudo, várias fontes ligadas ao campeonato consultadas pelo HM acham pouco possível, a começar “pela dimensão reduzida do paddock, passando pelo facto do fim-de-semana Grande Prémio acolher actualmente três competições da Federação Internacional do Automóvel”.

O circuito citadino da RAEM tem as suas particularidades, por ser “talvez o único evento nos tempos que correm que conjuga automóveis e motociclos no mesmo programa, sendo este basicamente um circuito montado para automóveis”, explicou ao HM, no passado mês de Novembro, Carlos Barreto, o Director de Corrida do Grande Prémio de Motos.

Embora o circuito respeite todas as medidas de segurança impostas pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM), nos últimos anos as alterações feitas ao circuito a pensar na segurança dos concorrentes têm sido na sua maioria pensadas para os automóveis. Há também uma série de medidas suplementares que anualmente são implementadas pela Comissão Organizadora para manter uma articulação saudável com a rotina diária da cidade. Tornar isto tudo possível não é tarefa fácil, visto que a prova de motos de Macau, ao contrário das principais corridas de “Road Racing”, como a Ilha de Man TT ou a NW200, obriga a um entendimento com as entidades responsáveis pelas corridas de automóveis.

“É necessário muito diálogo interno para se procurar conciliar as propostas da FIA e, por vezes, esse compromisso pode demorar um nadinha mais”, acentuou na altura Carlos Barreto, que deu como exemplo “a passadeira para peões no início da Estrada de São Francisco que foi recolocada uns metros adiante e essa alteração, efectuada a título permanente em 2016, contribuiu para melhorar em termos de segurança esta zona do circuito para os pilotos de motociclos.”

Mesmo cumprindo todas as rigorosas normas de segurança, fatalidades, como aquela que manchou a edição de 2017, são impossíveis de evitar e estão intrinsecamente apegadas à natureza da competição.

Outras paragens

Na mesma entrevista Ezpeleta admitiu que muitos países têm mostrado interesse em receber provas do MotoGP, admitindo que mais de 20 provas por ano é neste momento difícil, apesar de 22 eventos ser o número ideal do ponto de vista do empresário espanhol.

No que respeita ao continente asiático, este ano a popular competição das duas rodas passará pela Tailândia, que se estreia no calendário, pela Malásia, que abdicou do Grande Prémio de Fórmula 1, mas não da sua prova de motociclismo, e pelo Japão, um país que é paragem obrigatória dada a fortíssima presença dos construtores nipónicos.

Por muito incrível que pareça, a China continua fora do calendário. O MotoGP visitou o circuito de Xangai de 2005 e 2008, mas para além do evento nunca ter sido financeiramente viável para o promotor local, vários problemas com as alfandegas chinesas saturaram a Dorna.

Indonésia deverá ser a próxima paragem asiática do MotoGP já em 2019, caso o novo circuito de Palembang, no sul da ilha de Sumatra, esteja pronto atempadamente. A acontecer, este será um regresso do campeonato à Indonésia que até 1997 organizava o seu Grande Prémio de Motociclismo no Circuito de Sentul.

2 Fev 2018

Piloto de Macau foi ao pódio no Dubai

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]o alinhar nas 24 Horas do Dubai, como vem sido um hábito nos últimos anos, Kevin Tse Wing Kin tornou-se o primeiro piloto de Macau a realizar uma corrida de automobilismo na temporada de 2018.

O piloto que corre com a bandeira da RAEM subiu ao pódio na categoria GT4 aos comandos de um Mercedes-AMG GT da equipa alemã Black Flacon, fazendo equipa com os pilotos de Hong Kong Frank Yu, Jonathan Hui e Antares Au. Este quarteto esteve na luta pelo triunfo na categoria GT4 com os dois Audi R8 LMS da Phoenix Racing, mas um problema de travões na 22ª hora não permitiu que sonhassem mais que uma posição no pódio à classe e o 31º lugar à geral.

“Esta foi a minha terceira participação nas 24 Horas do Dubai. Eu adoro a atmosfera do Dubai, com uma grelha de partida de 90 carros a competir durante vinte e quatro horas. O ano passado tivemos o Robert Kubica, o Brendon Hartlety e o Jean Eric Vergne a correr na mesma corrida, portanto, este é um verdadeiro evento internacional de alto nível”, explicou Tse ao HM.

Para um piloto mais habituado às corridas de Turismo de curta duração, a prova árabe de resistência é um desafio completamente diferente.

“As corridas de endurance não são apenas de velocidade pura, mas mais de conservação de pneus e resistência e jogadas de estratégia. É perfeito para uma equipa de quatro pilotos amadores, pois nós ainda tivemos a hipótese de lutar por um bom resultado, apesar de o nosso andamento, numa volta só, não ser o ideal”, realça.

O Mercedes AMG GT3, também da Black Falcon, pilotado por Abdulaziz Al Faisal, Hubert Haupt, Yelmer Buurman e Gabriele Piana foi o vencedor da prova de Dubai à geral, ao passo que o português Rui Águas terminou muito atrasado depois de um contacto com um outro concorrente o ter obrigado a uma paragem de três horas e meia nas boxes para reparações.

Aposta certa

A exemplo da categoria de carros de Turismo TCR, a categoria GT4 também está em voga por todo o mundo. Rodolfo Ávila testou a semana passada o Audi R8 LMS na Malásia e teceu rasgados elogios à máquina construída em Ingolstadt. Tse também concorda que estes pequenos grandes carros de Grande Turismo são interessantíssimos de pilotar.

“O AMG é um grande carro de corridas. Basicamente é um mini GT3, pois o GT4 carrega partes do GT3 da AMG”, salienta Tse, que na edição passada da prova alinhou ao volante de um Porsche Cayman da mesma categoria.

Ainda sobre o bólide germânico, que na sua versão de competição custa cerca de dois milhões de patacas, o piloto-empresário explicou que se trata de “um carro fácil de conduzir e mecanicamente foi perfeito durante 24 horas. Parece que o Audi R8 GT4 também é um pacote muito competitivo, já que os tempos por volta são muito parecidos entre os dois carros. Com o orçamento dos GT3 cada vez mais caro, acho que a classe GT4 ficará mais popular nos próximos anos, especialmente para os pilotos amadores.”

GP é a prioridade

O piloto de Macau, que reside em Hong Kong, não esconde que o seu objectivo principal para a temporada de 2018 passa novamente por repetir a presença no Grande Prémio de Macau no mês de Novembro.

“O Grande Prémio é definitivamente o momento alto do ano e nada supera, em termos de corridas, o Circuito da Guia”, afirma Tse que em 2017, Tse tripulou um Volkswagen Golf TCR na Taça CTM de Carros de Turismo de Macau, mas acabou por abandonar devido a um acidente.

Contudo, o experiente piloto que compete com a licença desportiva do território ainda não traçou um plano exacto para a temporada que aí vem. Confirmada está a sua presença no Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS, na sigla inglesa).

“Ainda não sei ao certo em que corrida irei tomar parte nos fins-de-semana de provas da AAMC em Zhuhai, mas espero tomar uma decisão em breve”, concluiu o piloto que tem no seu currículo passagens pelos campeonatos TCR Asia Series, Asian Le Mans Series e Taça Porsche Carrera Ásia.

19 Jan 2018

Corridas de carros de Turismo vão continuar por Zhuhai

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS na sigla inglesa) vai manter o mesmo formato na próxima temporada, tanto no que respeita ao calendário de provas, como ao regulamento técnico que rege as competições de automóveis do território.

Apesar da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) não ter ainda divulgado publicamente o calendário de provas para 2018, o Circuito Internacional de Zhuhai já publicou o seu calendário de eventos para o próximo ano, onde constam dois fins-de-semana de corridas para o MTCS, tal como aconteceu nas épocas anteriores.

O primeiro evento no circuito permanente da cidade chinesa adjacente a Macau será realizado de 25 a 27 de Maio, ao passo que a segunda prova está agendada para o fim-de-semana de 30 de Junho e 1 de Julho.

Como é habitual, a AAMC deverá divulgar os critérios de selecção e apuramento para o 65º Grande Prémio de Macau mais tarde.

Pela primeira vez este ano, a participação nas provas do MTCS foi obrigatória a todos os pilotos, não são apenas aos portadores de licença desportiva do território, que quiseram qualificar-se para a Taça CTM de Carros de Turismo de Macau do Grande Prémio, colocando frente-a-frente nas decisivas corridas de apuramento os pilotos de Macau, Hong Kong, Taipé Chinês e outras nacionalidades. Ao todo estiveram envolvidos no MTCS de 2017 setenta e sete pilotos.

 

Regulamentos são para manter

 

Quanto à regulamentação técnica do campeonato, os pilotos da RAEM foram informados durante o briefing de pilotos que antecedeu a edição deste ano do Grande Prémio de Macau que não haverá alterações de vulto, tanto em 2018, como em 2019. Uma nova regulamentação será apenas introduzida em 2020, o que irá permitir aos pilotos manter os carros que utilizaram este ano por mais duas temporadas, o que permitirá a vários pilotos rentabilizar os altos investimentos feitos este ano e em anos precedentes.

Continuarão a existir duas classes, uma para viaturas com motores 1.600cc Turbo e outra para viaturas de motorização 1.950cc ou Superior.

Em 2017, Paul Poon, piloto de Hong Kong, em Peugeot RCZ, venceu a categoria para viaturas com motores 1.600cc Turbo, seguido dos pilotos de Macau Leong Chi Kin e Célio Alves Dias. Entre os concorrentes da categoria para viaturas de motorização 1.950cc ou Superior triunfou Billy Lo, da RAEM, em Mitsubishi, que superou Yam Chi Yuen e Leong Ian Veng.

19 Dez 2017

Ávila sagra-se Vice-Campeão do CTCC

[dropcap]R[/dropcap]odolfo Ávila sagrou-se ontem Vice-Campeão do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) de 2017, ao terminar na segunda posição na última corrida da temporada, tendo os seus resultados ao longo da época, e especialmente este fim-de-semana no Circuito Internacional de Xangai, sido preponderantes na conquista do título de Construtores por parte da SAIC Volkswagen.

Na sua temporada de estreia no campeonato de automobilismo com maior expressão na República Popular da China, Ávila foi uma presença regular nos lugares pontuáveis, abdicando por vezes de arriscar resultados mais exuberantes em prol do resultado colectivo da equipa.

“O objectivo primordial para esta temporada era ajudar a equipa a vencer o título de Construtores e esse foi cumprido”, explicou o piloto português de Macau da equipa SVW333 Racing. “Obviamente que estou igualmente muito satisfeito em ter ficado em segundo lugar no campeonato. Foi um início de temporada difícil, onde tivemos problemas de vária ordem, mas com o decorrer da temporada fomos melhorando. Foi pena o azar na  segunda corrida em Wuhan, onde motor partiu quando eu seguia no terceiro lugar, mas isso também faz parte das corridas.”

“Esta época foi uma experiência muito interessante para mim, enquanto piloto, pois descobri várias circuitos que desconhecia e tomei contacto com um campeonato extremamente competitivo, em que dentro da pista não há contemplações. Quero também agradecer à SVW333 Racing por me ter dado esta oportunidade e acreditado desde a primeira hora que eu poderia ser uma mais valia para a equipa”, acrescentou Ávila.

O piloto da RAEM estava ciente que esta última prova do ano iria ser particularmente complicada, porque os VW Lamando GTS tinham um handicap de peso demasiado elevado, em relação à concorrência directa, devido aos bons resultados nas provas anteriores. Todavia, Ávila não baixou os braços e, depois de ter conquistado um quinto lugar na primeira corrida, hoje, na última e decisiva corrida do ano, terminou num espectacular segundo lugar.

“Foi um fim-de-semana muito difícil em termos de performance porque os nossos carros estavam muito pesados. Fui o melhor da minha equipa na qualificação e apenas o décimo da geral. Na primeira corrida, porque era importante terminar e somar o maior número de pontos possíveis, optei por uma toada cautelosa, sem exageros, e consegui terminar no quinto lugar. Hoje, partindo do oitavo lugar, fiz outra corrida limpa e consegui subir posições de oitavo até ao segundo lugar. Dadas as circunstâncias foi a melhor forma de dar uma época dura como concluída”, explicou o piloto do VW Lamando GTS nº9.

Rodolfo Ávila subiu ao pódio por três ocasiões esta temporada, terminando o campeonato com 124 pontos, apenas menos sete que o piloto campeão.

27 Nov 2017

Grande Prémio de Macau de Fórmula 3:  Favorito assumiu-se

[dropcap]L[/dropcap]ando Norris fez jus ao seu estatuto de favorito e foi o mais rápido por uma larga margem na primeira sessão de qualificação do “Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 Suncity Grupo – Taça do Mundo de F3 da FIA”. Contudo, como nem todos os candidatos à vitória utilizaram o mesmo número de pneus novos, só hoje se ficará a perceber melhor a diferença entre os pilotos da frente.

Depois de uma sessão de treinos livres relativamente morna pela manhã, onde Sérgio Sette Câmara foi o mais lesto, o espectáculo foi outro da parte da tarde.

Depois dos acidentes do veterano japonês Ryuji “Dragon” Kumita e do espanhol Alex Palou a abrir a sessão, esta estabilizou, com os tempos a caírem progressivamente, numa batalha acesa pelo melhor registo, até que, a onze minutos do término, o Dallara-VW de Sette Câmara embateu com estrondo nas barreiras de protecção da Curva “R”, felizmente sem consequências para o piloto brasileiro. Contudo, a sessão teve que ser interrompida por mais de trinta minutos para restabelecer a segurança na pista.

De volta ao normal

No regresso à normalidade, Norris rodou em 2:11.570 com o Dallara-VW da equipa Carlin, deixando a concorrência sem argumentos. Contudo, o piloto protegido da McLaren F1 é prudente quanto ao registo obtido. “Nós colocámos dois pneus novos, o que nos deu vantagem sobre os nossos adversários. Amanhã todos irão meter pneus novos e irão melhorar. Estou satisfeito como correu esta sessão, mas ainda temos que melhorar as afinações do carro”, explicou o piloto de 18 anos.

Lando Norris foi o mais rápido na primeira sessão de qualificação para a corrida de Fórmula 3, a prova rainha do Grande Prémio de Macau. FOTO © J. Price / GPM

Pedro Piquet foi quem ficou mais perto ficou do britânico, tendo o brasileiro do Dallara-Mercedes, terminado a nove décimas do campeão europeu da especialidade, mas também ele colocou dois pneus novos nos últimos momentos da sessão.

Maximilien Gunther, o melhor dos pilotos da SJM Theodore Racing e que liderou boa parte da sessão, e Daniel Ticktum, o jovem do Red Bull Junior Team que este fim-de-semana regressa à Fórmula 3, seguiram-se na tabela de tempos, à frente de Joel Eriksson e Yuhi Sekiguchi, sendo que este dois últimos se queixaram de não ter tempo para realizar uma volta limpa.

Arredado prematuramente, Sette Câmara ficou com o nono tempo do dia, mas o recordista da melhor volta de Fórmula 3 ao Circuito da Guia mostrou que tem qualidade para ir mais além hoje.

A sessão terminou mais cedo que o previsto porque o indiano Jehan Daruvala bateu na subida de São Francisco, causando a quarta e última bandeira vermelha.

Os Fórmula 3 regressam à pista hoje, para mais uma sessão de treinos-livres pela manhã, e para enfrentarem a segunda qualificação à tarde, qualificação essa que será decisiva na formação da grelha de partida para a Corrida de Qualificação de sábado. Como é tradição, será na tarde de domingo que será disputada a corrida que decidirá o vencedor do 64º Grande Prémio de Macau.

17 Nov 2017