Autocarros | Contratos prolongados por mais 14 meses 

[dropcap]R[/dropcap]aimundo do Rosário, secretário para os Transportes e Obras Públicas, disse esta sexta-feira que o Governo vai renovar os contratos com duas operadoras de autocarros por mais 14 meses, uma vez que não foi atingido o consenso esperado, segundo o Jornal do Cidadão.

O secretário referiu que, durante o período de negociações, que durou 15 meses, não se chegou a acordo para prolongar o novo contrato além dos 14 meses, tendo recusado explicar os motivos apresentados por ambas as partes.

Questionado sobre se deixa trabalho por fazer para o novo Governo, que será liderado por Ho Iat Seng, Raimundo do Rosário frisou que “nunca disse que iria fazer isto (renovar o contrato por um curto prazo)”. “O Governo achava que 15 meses eram suficientes para estabelecer um novo contrato, e durante estes meses discutimos várias vezes e não foi atingido um consenso. Peço desculpa, mas temos de alargar o prazo, não há outra opção”, acrescentou. Raimundo do Rosário indicou ainda que o novo contrato será semelhante ao actual, tendo alterado apenas a data.

Quanto à concessão de subsídios anuais no valor de mil milhões de patacas às operadoras de autocarros como taxa de serviço, o valor deverá manter-se.

Os jornalistas questionaram também o secretário sobre a possibilidade de se realizar um novo concurso público sobre a concessão do serviço de transporte, mas Raimundo do Rosário não deu detalhes.

“Agora não é apropriado falar de coisas tão concretas. Daqui a dois meses haverá um novo Governo, por isso não me perguntem isso novamente”, frisou.

21 Out 2019

Autocarros | Mudança de rotas e turistas dificultam a vida a residentes

O volume de turistas que entraram em Macau durante a Semana Dourada e a alteração de rotas dos autocarros trouxe o caos a quem usa os transportes públicos. O HM foi para a rua ouvir as frustrações dos utentes dos autocarros

 
[dropcap]A[/dropcap]panhar um autocarro em Macau nos dias que correm pode ser um autêntico teste aos nervos da pessoa mais calma. Nos primeiros dois dias do mês, entraram no território quase 300 mil visitantes, um aumento 8,8 por cento, de acordo com dados dos Serviços de Turismo.
Para acomodar a densidade populacional, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) fez uma série de ajustes temporários a várias rotas de autocarros. O HM foi para a rua ouvir os relatos de confusão tanto de residentes como de turistas.
Curiosamente, em cinco abordagens a pessoas que esperavam por um transporte em paragens de autocarros fomos confrontados com outra realidade: a recusa de prestar declarações e comentar o que se passa em Hong Kong. Isto, apesar de Hong Kong nunca ter sido mencionado e de apenas termos expresso o propósito de recolher comentários sobre autocarros públicos.
A sra. Leong, residente de Macau que usa diariamente os autocarros públicos, disse ao HM não ter recebido qualquer informação sobre a alteração das rotas durante a semana dourada dos autocarros 3 e 3X. A utente foi assim apanhada de surpresa com o cancelamento da paragem Almeida Ribeiro/Weng Hang, algo que lhe causou naturais inconvenientes e a deixaram perplexa.
“Não sei para que servem estas modificações”, comentou. Um grupo que estava por perto resolveu acrescentar que as alterações só fazem aumentar a confusão.
Outro residente, que não se quis identificar, contou ao HM a angústia porque passa diariamente ao apanhar o autocarro entre as Portas do Cerco e a Rua do Campo. “Embora já me tenha habituado a que os autocarros rebentem pelas costuras, nestes dias tenho de esperar ainda mais tempo por um transporte”, revelou.

Sem destino

A confusão estende-se também a turistas. Uma família de sete visitantes, juntaram-se na tarde de ontem à multidão que entope as paragens da Avenida do Infante D. Henrique, perante a impavidez dos lojistas das ourivesarias. Ao HM queixaram-se da falta de clareza nas indicações para turistas. “Perguntámos a dois polícias sobre o caminho para Portas do Cerco e obtivemos respostas completamente diferentes. Ficámos muito confusos”, referiu um turista.
Em relação às alterações de rotas, Wong Man Pan, membro do Conselho Consultivo do Trânsito, disse ao jornal Ou Mun que compreende o motivo para os arranjos das rotas, mas lamenta a falta de divulgação.
Importa referir que este ano até ao final de Março, os autocarros públicos transportaram 56,2 milhões de passageiros, o que representou uma subida de 6,31 por cento em relação ao período homólogo do ano passado. Já o número de autocarros, até ao final Junho totalizou 913 veículos, o que representou um aumento de 0,55 por cento.

4 Out 2019

Autocarros | Mudança de rotas e turistas dificultam a vida a residentes

O volume de turistas que entraram em Macau durante a Semana Dourada e a alteração de rotas dos autocarros trouxe o caos a quem usa os transportes públicos. O HM foi para a rua ouvir as frustrações dos utentes dos autocarros

 

[dropcap]A[/dropcap]panhar um autocarro em Macau nos dias que correm pode ser um autêntico teste aos nervos da pessoa mais calma. Nos primeiros dois dias do mês, entraram no território quase 300 mil visitantes, um aumento 8,8 por cento, de acordo com dados dos Serviços de Turismo.

Para acomodar a densidade populacional, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) fez uma série de ajustes temporários a várias rotas de autocarros. O HM foi para a rua ouvir os relatos de confusão tanto de residentes como de turistas.

Curiosamente, em cinco abordagens a pessoas que esperavam por um transporte em paragens de autocarros fomos confrontados com outra realidade: a recusa de prestar declarações e comentar o que se passa em Hong Kong. Isto, apesar de Hong Kong nunca ter sido mencionado e de apenas termos expresso o propósito de recolher comentários sobre autocarros públicos.

A sra. Leong, residente de Macau que usa diariamente os autocarros públicos, disse ao HM não ter recebido qualquer informação sobre a alteração das rotas durante a semana dourada dos autocarros 3 e 3X. A utente foi assim apanhada de surpresa com o cancelamento da paragem Almeida Ribeiro/Weng Hang, algo que lhe causou naturais inconvenientes e a deixaram perplexa.

“Não sei para que servem estas modificações”, comentou. Um grupo que estava por perto resolveu acrescentar que as alterações só fazem aumentar a confusão.

Outro residente, que não se quis identificar, contou ao HM a angústia porque passa diariamente ao apanhar o autocarro entre as Portas do Cerco e a Rua do Campo. “Embora já me tenha habituado a que os autocarros rebentem pelas costuras, nestes dias tenho de esperar ainda mais tempo por um transporte”, revelou.

Sem destino

A confusão estende-se também a turistas. Uma família de sete visitantes, juntaram-se na tarde de ontem à multidão que entope as paragens da Avenida do Infante D. Henrique, perante a impavidez dos lojistas das ourivesarias. Ao HM queixaram-se da falta de clareza nas indicações para turistas. “Perguntámos a dois polícias sobre o caminho para Portas do Cerco e obtivemos respostas completamente diferentes. Ficámos muito confusos”, referiu um turista.

Em relação às alterações de rotas, Wong Man Pan, membro do Conselho Consultivo do Trânsito, disse ao jornal Ou Mun que compreende o motivo para os arranjos das rotas, mas lamenta a falta de divulgação.

Importa referir que este ano até ao final de Março, os autocarros públicos transportaram 56,2 milhões de passageiros, o que representou uma subida de 6,31 por cento em relação ao período homólogo do ano passado. Já o número de autocarros, até ao final Junho totalizou 913 veículos, o que representou um aumento de 0,55 por cento.

4 Out 2019

Autocarros | Deputados pedem contas das concessionárias

[dropcap]A[/dropcap]s concessionárias de transportes públicos devem apresentar ao Governo resultados financeiros para possibilitar um ajuste no cálculo dos apoios financeiros atribuídos ao sector.

A ideia é defendida pelos deputados da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Terras e Concessões Públicas, no relatório sobre a concessão dos serviços de autocarros, assinado ontem. “A comissão vai pedir mais dados financeiros acerca das empresas, demonstração e resultados, ajustamento do modelo do calculo de assistência financeira”, apontou a presidente de comissão Ella Lei, que acrescentou que desta vez “o cálculo [dos apoios] deve ser feito de acordo com os dados” e não através de um mecanismo de cálculo automático.

De acordo com o relatório, no ano passado o Governo apoiou as empresas concessionárias com 1000 milhões de patacas, o que significa que “subvencionou 5 patacas por passageiro”, considerando 215 milhões de passageiros, valor que tem em conta o número de viagens efectuadas diariamente durante um ano nas carreiras locais.

“No ano passado, as duas empresas de autocarros registaram um saldo positivo de 120 milhões de patacas”, acrescenta o documento.

Para já, ainda não existem detalhes acerca dos contratos de concessão, que deverão ser feitos em Outubro. “Como está ainda em negociação, o Governo acha que não deve revelar pormenores, mas a comissão acha que o Executivo deve ouvir a população”, apontou ainda a presidente da comissão.

13 Ago 2019

Autocarros | Governo e operadoras negoceiam há mais de um ano novos contratos

A compra de autocarros com menos emissões poluentes, o serviço de aluguer para transporte de trabalhadores dos casinos e a atribuição de subsídios são alguns dos assuntos que estão a ser negociados. Deputados querem devolução de subsídios em caso de lucros avolumados

 

[dropcap]H[/dropcap]á mais de um ano que o Governo está em negociações com as empresas de autocarros Transmac e TCM, mas ainda não há previsão sobre quando vai haver fumo branco para a atribuição das novas concessões de transportes públicos. Ontem, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, reuniu com deputados para ouvir opiniões sobre o tema e abordou as negociações.

Os actuais contratos terminam no final de Outubro, depois de terem sido prolongados em Agosto do ano passado. “Estamos a fazer os possíveis para que se chegue a um acordo. Não vou dizer o que impede o acordo, mas certamente que temos pontos de vistas diferentes e estamos a levar este tempo”, disse Raimundo do Rosário. “Se estivéssemos todos de acordo não levávamos este tempo. Quando chegarmos a uma conclusão vamos revelá-la. Mas não sei quanto tempo vamos demorar”, acrescentou.

No entanto, um plano B de abrir um concurso de concessão ou procurar outras concessionárias está, para já, afastado: “Só estamos em contacto com estas duas companhias”, apontou.

Um dos pontos que poderá estar a afastar o Governo e as transportadoras é o facto de o Executivo pretender ver a circular autocarros com menos emissões poluentes. O secretário admitiu que este aspecto está a ser negociado, mas recusou revelar se este aspecto é um problema. “Esse é um dos pontos que está a ser discutido porque é do domínio público que queremos fazer um esforço nesse sentido. Vejam os concursos recentes dos táxis, no último pedimos táxis híbridos, no penúltimo táxis eléctricos. É essa a direcção em que estamos a caminhar”, frisou.

Subsídios por passageiro

Após o encontro entre o Governo e os membros da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Terras e Concessões Públicas, a presidente Ella Lei fez um resumo das opiniões partilhadas.

Um dos aspectos que esteve em cima da mesa foi o actual esquema de subsídio. Para os deputados, a fórmula actual é altamente complexa e depende mais do número de autocarros do que o número de pessoas servidas, além de outros factores como o número de quilómetros percorridos, dimensão do autocarro, entre outros. Este aspecto é visto pelos deputados como contrário à boa utilização dos recursos públicos.

“Os deputados entendem que mil milhões de patacas por ano em subsídios é um valor elevado que pode ser utilizado de uma melhor forma”, sustentou Ella Lei. “De acordo com a fórmula actual, as operadoras ganham mais com mais carreiras na rua. Se tiverem menos carreiras ganham menos. Mas temos de ponderar se isto é razoável. Nas horas de menos utilização dos transportes, será que faz sentido termos tantos autocarros na rua?”, questionou.

Neste sentido, os deputados reconhecem que o modelo de apoios por utilização constitui um desafio, nomeadamente o facto de haver percursos com menos frequentadores, mas que nem por isso deixam de servir a população.

Serviços extra

Outros assuntos que os deputados abordaram com o Governo foram a implementação de autocarros com um menor volume de emissões poluentes e as actividades que as transportadoras prestam, como a venda de espaços de publicidade e aluguer de viaturas para transporte de trabalhadores dos casinos.

Em relação ao tipo de viaturas, Ella Lei diz que o Executivo vai exigir nos novos contratos que “deixem de utilizar os autocarros que seguem os padrões de emissões Euro 3 e Euro 4”. Estes padrões foram estabelecidos pela União Europeia em 2000 e 2005, respectivamente, ou seja, há mais de 15 anos. Actualmente, o padrão em vigor é o Euro 6, desde 2015, e cada a padrão novo correspondem normas mais restritivas ao nível das emissões de gases poluentes.

Sobre a publicidade o aluguer de autocarros para transporte de trabalhadores de casinos, Ella Lei afirmou que o Governo informou os deputados que os veículos utilizados para o aluguer das operadoras “não fazem parte da frota”. Porém, este será um dos assuntos que vai ficar definido nos novos contratos, também devido aos motoristas dos veículos.

Finalmente, os deputados abordaram os lucros das operadoras, que nos últimos dois anos totalizaram 120 milhões, e questionaram o Governo sobre a probabilidade de parte dos subsídios serem devolvidos, dado o volume dos ganhos das operadoras.

11 Jul 2019

Autocarros | Concessionárias fecham ano com lucros

[dropcap]A[/dropcap]s três empresas responsáveis pelo serviço público de autocarros registaram lucros em 2018, sendo que a TCM se fundiu com a Nova Era, que deixou de operar em Julho do ano passado, de acordo o balanço publicado em Boletim Oficial (BO). A Transmac lidera ao nível dos lucros, com 41,4 milhões de patacas.

A empresa diz ter reforçado “a gestão de lucros e o controlo de custos”, o que resultou nos ganhos alcançados. O ano passado a empresa transportou um total de 97 milhões de passageiros, “com um volume médio diário de 257 mil passageiros, que registou um aumento de 4,3 por cento comparando com o ano anterior”, lê-se no mesmo balanço publicado em BO. Com a abertura da nova ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, “o volume de passageiros subiu 8,1 por cento em comparação com o ano anterior”.

Para os próximos tempos, a concessionária “planeia actualizar 85 autocarros da frota que têm servido mais de 10 anos, e 62 autocarros inundados na passagem do tufão Hato em 2017”, sendo que o pedido “já foi entregue ao Governo”. O contrato de concessão tem duração até 31 de Outubro deste ano, estando a ser negociado “forma estreita com o Governo”.

No que diz respeito à TCM – Sociedade de Transportes Colectivos de Macau, a empresa registou lucros de 36,2 milhões de patacas em 2018. Todos os activos e passivos da Nova Era foram transferidos para a TCM. A empresa extinta registou lucros líquidos de 33,3 milhões de patacas.

27 Jun 2019

Autocarros | Ella Lei critica renovações de contratos

[dropcap]E[/dropcap]lla Lei criticou o facto de o Governo estar a aproveitar-se da renovação temporária dos contratos com as duas empresas de autocarros públicos sem anunciar data limite para os novos vínculos permanentes. Em declarações publicadas ontem no Jornal do Cidadão, a deputada alertou para o facti de os contratos actuais com as operadoras terminarem no final de Outubro e do Executivo defender que não há pressa nas renovações.

Por este motivo, a membro da Assembleia Legislativa está preocupada com a possibilidade de não haver um novo acordo entre as operadoras e o Governo até ao fim dos contratos temporários, o que poderia causar confusão no sector dos transportes, com danos para o serviço e para os residentes.

Ella Lei defendeu ainda que o Governo deve anunciar o novo modelo de subsídio das empresas de autocarros, assim como formular um novo contrato que leve a melhorias no serviço. Outro dos pontos sustentados pela deputada é a necessidade de aumentar os percursos “expresso”, identificados como “X” junto ao número do autocarro, como por exemplo o autocarro 3X, para fazer face à procura.

Por outro lado, a deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) insiste na necessidade de cobrar bilhetes mais caros aos trabalhadores não-residentes, para reduzir os custos dos subsídios às empresas de autocarros.

Actualmente, há duas operadoras de autocarros públicos em Macau, a TCM e a Transmac e o Governo gasta cerca de mil milhões de patacas em subsídios.

13 Jun 2019

Autocarros | Pagamento electrónico a 7 de Junho

[dropcap]A[/dropcap] partir de 7 de Junho as pessoas vão poder utilizar o pagamento electrónico nos autocarros públicos, segundo a informação publicada pelo Chefe do Executivo no Boletim Oficial.

“Embora Macau apresente formas de pagamento em dinheiro e cartão porta-moeda, a evolução tecnológica e o desenvolvimento de Macau nos últimos anos, exigem que os procedimentos se actualizem”, é explicado.

O pagamento é feito através de um código QR, com recurso à aplicação Mpay, e os preços são iguais aos praticados quando o pagamento é feito com Macau Pass, ou seja com uma tarifa de 3 patacas nas carreiras normais. A aplicação está apenas disponível em chinês e inglês.

28 Mai 2019

DSAT | Número recorde de passageiros nos autocarros públicos

[dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) emitiu ontem um comunicado onde dá conta de que “a média diária do número de passageiros transportados pelos autocarros bateu novo recorde histórico”.

Na primeira semana deste mês foram transportados, entre os dias 2 e 3, 732 mil e 722 mil passageiros, registando-se um aumento aproximado de 20 por cento, em comparação com o mesmo período do ano transacto. Esse volume de passageiros deveu-se ao feriado do Dia do Trabalhador.
O mesmo comunicado dá ainda conta de que, até ao dia 4 de Maio, “a média diária de passageiros de autocarros situou-se em 615 mil, representando uma subida que ronda os cinco por cento comparativamente com o período homólogo do ano anterior”.

Antes dos feriados, a DSAT diz ter reunido com as concessionárias de autocarros para ajustar carreiras. “Além de lançar as carreiras 3BX e 51X que circulam em sentido único, ajustou-se a disposição de algumas paragens, tendo-se aumentado a frequência de partida de 18 carreiras e afectou-se alguns veículos de grande porte para a carreira número 21”.

Além disso, “as companhias de autocarros instalaram, nas proximidades do posto fronteiriço das Portas do Cerco, postos de informação destinados aos passageiros, disponibilizaram camiões para reboque de veículos nos troços importantes para tratar os veículos avariados” e implementaram um plano de contingência para as horas de ponta.

10 Mai 2019

AL | Faltam motoristas para os autocarros locais

Os serviços de transportes públicos de Macau estão melhores mas não há motoristas suficientes para acompanhar a crescente demanda. A ideia foi deixada ontem por Raimundo do Rosário na Assembleia Legislativa

 

[dropcap]O[/dropcap]s serviços de autocarros em Macau têm melhorado mas não há motoristas suficientes. “Há falta de condutores”, disse ontem o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, em resposta aos deputados Ella Lei e Au Kam San que questionavam o Governo acerca dos gastos do erário publico para subsidiar as concessionárias de autocarros e os atrasos nos contratos de concessão.

A falta de condutores leva à redução do número de veículos em circulação que, por sua vez, implica a diminuição das receitas vindas da cobrança de tarifas, acrescentou o responsável pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), Lam Hin San.

Raimundo do Rosário apontou exemplos para ilustrar a situação. “Só conseguimos contratar três condutores para a travessia da Ponte HKZM. Macau tem cota, dentro do sistema de autocarros tripartidos que ligam as fronteiras, mas ninguém quer ser condutor e as vagas destinadas aos motoristas de Macau, neste caso, estão a ser preenchidas com profissionais de Hong Kong e do continente”, afirmou.

No bom caminho

Apesar das dificuldades Lam Hin San admite que a qualidade dos transportes públicos de Macau tem sido melhorada. “Olhando para 2011, eram 370 mil passageiros por dia, em 2015 subiu até mais de 500 mil e este ano já foi de 620 mil. Há um aumento de cerca de 100 mil pessoas diariamente”, referiu. Para já o tempo de espera de autocarros é, em média, de 6,6 minutos “e nas paragens mais frequentadas de 3,9 minutos”, disse.

De acordo com o responsável, há ainda que ter em conta o aumento de despesas com este serviço. “Os autocarros ecológicos representam despesas mais elevadas. Os autocarros pequenos estão a ser substituídos por veículos maiores que dão mais despesas. Temos mais carreiras, nomeadamente para a ponte – O 101X funciona 24 h por dia. E é aqui que são gastas as verbas”, explica Lam Hin San.

Já Raimundo do Rosário admite que ainda há melhorias a fazer, mas sublinha que também há muitos avanços. “Ainda temos muitos problemas em relação aos autocarros mas já houve muitos progressos”, rematou o secretário.

 

Vagas por preencher

A falta de recursos humanos é um problema que abrange todos os serviços da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), de acordo com o secretário Raimundo do Rosário. “Desde a entrada em vigor do sistema de recrutamento centralizado que a DSSOPT abriu 39 concursos públicos para preencher 115 vagas”, disse.

Até agora foram preenchidos “cerca de metade dos lugares”. Segundo o secretário, esta situação não permite sequer preencher as vagas dos trabalhadores que se aposentam, e muito menos a aquisição de mais funcionários. Acresce ao problema as despesas tidas com estes processos. “O dinheiro envolvido teve em conta 55 mil candidatos, mas só 14 mil compareceram ao exame.

Foram desperdiçadas mais de 40 mil folhas porque os candidatos não compareceram e até à data não consegui pessoas para preencher as vagas deixadas livres”, disse. “Não consigo contratar mais”, concluiu o Raimundo do Rosário.

28 Mar 2019

Autocarros | Motorista agredido por idoso quer justiça

[dropcap]N[/dropcap]a tarde de domingo, por volta das 16h, uma corrida para apanhar um autocarro público resultou na agressão ao condutor. O caso foi filmado por um internauta que se encontrava fora do autocarro e que posteriormente partilhou o vídeo nas redes sociais.

Tudo começou quando um idoso tentou apanhar um autocarro na paragem junto ao Hotel Sofitel, na Ponte 16. O veículo já tinha retomado a marcha, quando um passageiro idoso correu e bateu na porta do autocarro. O condutor interrompeu a marcha para deixar o senhor entrar. Segundo o relato do motorista, o passageiro não parou de o descompor até ao fim da viagem, que terminou na estação de autocarros da Praça das Portas do Cerco.

Segundo informação concedida pela PSP ao HM, e apesar do condutor não ter respondido às provocações do idoso este terá passado das palavras aos actos. O que se seguiu foi uma sessão de murros dados pelo passageiro na cara do motorista.

Na sequência das agressões, o condutor foi submetido a tratamento hospitalar e deseja avançar judicialmente contra o idoso. Por sua vez, o passageiro alega que também foi agredido com um murro na cabeça, alegação que o motorista nega. No entanto, o idoso recusou tratamento hospitalar e afasta a hipótese de avançar judicialmente contra o condutor do autocarro.

26 Mar 2019

Transportes | Bilhetes de autocarros rendem 48 milhões

[dropcap]A[/dropcap]s empresas de transportes públicos registaram 48 milhões de patacas em receitas de bilheteira, durante o primeiro mês do ano, segundo informações da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT). Com um total de receitas de 25,3 milhões de patacas, a Sociedade de Transportes Colectivos de Macau (TCM) foi a que gerou mais dinheiro através dos bilhetes. A TCM é a empresa responsável por um total de 55 percursos. Por sua vez, a empresa Transportes Urbanos de Macau (Transmac) gerou 22,7 milhões de patacas ao longo dos 29 percursos que disponibiliza. Além das receitas com os bilhetes, as companhias de autocarros são subsidiadas pelo Governo. Em relação a este aspecto, a Transmac foi a empresa que mais dinheiro recebeu com 45,6 milhões de patacas, em Janeiro. Já a TCM recebeu dos cofres da RAEM um montante de 44 milhões de patacas. Estas contas permitem apurar que no primeiro mês do ano, a Transmac teve receitas de 68,3 milhões de patacas e a TCM de 69,3 milhões, num total de 137,6 milhões de patacas em receitas do sector, contabilizando os subsídios do Governo.

 

13 Mar 2019

Autocarros | Estimada reforma de 20 por cento de motoristas

[dropcap]L[/dropcap]am Hin San, director da DSAT, adiantou ontem que cerca de 20 por cento dos motoristas dos autocarros públicos deverão reformar-se nos próximos cinco anos. Ainda assim, mostrou-se optimista quanto à possibilidade de o sector vir a sofrer com o problema da falta de recursos humanos.

“As empresas já estão a tentar contratar mais motoristas e esperamos que haja melhores regalias. Actualmente, contando com todos os bónus ao longo do ano, os motoristas ganham cerca de 29 mil patacas por ano”, explicou.

“Os exames de condução são exigentes e entre os candidatos que vão às provas, a taxa de aprovação é de 50 por cento. Estou confiante que, pouco a pouco, vamos resolver o problema dos motoristas que se vão aposentar. Actualmente, a mediana da idade dos condutores é de 52 anos”, acrescentou Lam Hin San.

O director da DSAT não deu certezas sobre a possibilidade de virem a circular nas estradas veículos de menor dimensão em relação aos autocarros. “Será que podemos adoptar carrinhas com menor capacidade do que os autocarros? Temos de equacionar.”

30 Jan 2019

Autocarros | Actualizada aplicação móvel que permite localização em tempo real

[dropcap]A[/dropcap] partir de amanhã, sexta-feira, a aplicação móvel que permite a consulta da localização dos autocarros vai disponibilizar funções adicionais de visualização em tempo real e previsão do tráfego rodoviário, assim como um inquérito ao grau de satisfação dos passageiros.

Em comunicado, divulgado ontem, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) indica ainda que vão ser optimizadas duas funções: a pesquisa de carreiras de autocarros ponto a ponto e a de estimativa do tempo de viagem.

24 Jan 2019

Gardénias Brancas

[dropcap]N[/dropcap]unca gostei de me sentar na parte de trás do autocarro. Já desde os tempos de escola, parecia ser o lugar reservado (reivindicado por eles, até) aos rufias, mal-comportados e barulhentos. Ao longo dos anos, sempre preferi as primeiras filas e os primeiros lugares, na sala de aula e nos transportes públicos. Ando de transportes quase todos os dias, já sem regras muito definidas sobre a parte da frente ou o fundo, mas hoje reflicto muito mais sobre o lugar que ocupo, interior e exterior.

Outro dia respondi a um anúncio para uma curta-metragem. Enviei duas fotografias, o clássico rosto e corpo inteiro, e algumas informações. Em resposta, ouvi que gostaram muito do meu look, e que havia um outro papel para o qual queriam que eu lesse: o de senhora da limpeza, cleaning lady (é uma curta americana), empregada, governanta, como quiserem chamar. Talvez alguns ainda sejam do tempo em que se dizia criada.

Eu não sou malcriada, e como encontro sempre algo de positivo em tudo, lembrei-me de imediato da empregada mais famosa retratada por uma negra: a Mammy, de E tudo o vento levou. Foi este papel que arrecadou o primeiro Óscar alguma vez ganho por um afro-americano. Entre o Óscar de McDaniel e o de Whoopi Goldberg, a segunda a ganhar o prémio de melhor actriz secundária, passariam cinquenta anos.

Este meio século é maior do que o espaço temporal que separa a primeira modelo negra a encerrar um desfile Chanel vestida de noiva, Alek Wek, da segunda, Adut Akech Bior. Este ano, contudo, Karl Lagerfeld voltaria a estar nas bocas do mundo pois, em mais de um século de existência, finalmente a marca contratou o seu primeiro modelo negro, Alton Mason.

Confesso, envergonhada, que nunca pensei muito nos modelos negros masculinos: onde estariam, se teriam trabalho. Talvez estivesse muito ocupada a olhar para Naomi Campbell, detentora de tantas primeiras vezes (primeira modelo negra a aparecer na capa das Vogue inglesa e francesa, e na revista Time) numa carreira que, por momentos, quando era muito nova, pensei seguir. Ser a primeira pessoa a conseguir algo, quando isso acarreta uma afirmação muito maior do que a pessoal, é uma responsabilidade agridoce.

Quando se trata de minorias étnicas, ainda mais. Sandra Oh foi, também em 2018, a primeira actriz de descendência asiática nomeada para um Emmy, prémio que existe há setenta anos. Ser o segundo ou o terceiro ainda pesa muito, sobretudo se os intervalos entre os feitos forem de décadas. Cada conquista é um peso e um bálsamo, um evento e uma revolução, um movimento ou a promessa de mais lugares, visibilidade e igualdade. Hattie McDaniel fez História num hotel segregado, não podendo sentar-se no mesmo lugar que os seus pares. Por não se ter assumido politicamente e ter feito papéis estereotipados, foi criticada pela comunidade negra, ao que respondeu celebremente que poderia ser uma empregada e ganhar sete dólares por dia ou fazer de empregada e ganhar setecentos dólares por semana. Sobre o escândalo de Kevin Hart, e a apresentação dos Prémios da Academia, alguém disse que Hart não deveria pedir desculpa novamente por declarações do passado, pelas quais se achava já redimido, pois a Academia nunca o fez em relação a McDaniel. O tempo passa, mas a hipocrisia não. Se o tivesse, poderia marcar os dias no calendário Pirelli 2018, totalmente protagonizado por negros, com temática de Alice no País das Maravilhas e até um coelho preto.

Aguardo o resultado do casting. Nunca trabalhei nas limpezas, mas sou obcecada por elas. Acredito que é impossível não sorrir e abanar a cabeça ao passar por uma cabo-verdiana a falar alegremente ao telemóvel com alguma amiga, enquanto faz o seu trabalho. Se perceberem crioulo, ainda melhor: têm a experiência completa. O cliché é real e a luta também. Acredito em ter flores no cabelo, em vida e na morte, como foi expresso por McDaniel enquanto desejo fúnebre. McDaniel, que era filha de antigos escravos, e fez o papel de uma; McDaniel, a actriz de vestido azul e gardénias no cabelo, cuja presença em determinados lugares dependia de chamadas, pedidos e favores, devido às leis da altura, e que nem assim pôde assistir à estreia do seu filme. McDaniel, que tinha um agente branco, e também foi a primeira actriz negra a ter o seu próprio programa de rádio, lutou para que os negros pudessem viver na zona das famílias brancas em Los Angeles.

McDaniel, cujo prémio físico, na altura ainda não uma estatueta, se perdeu e nunca foi recuperado. McDaniel, com uma estrela no passeio da fama mas rejeitada no cemitério que escolhera. McDaniel, que sabia quem era quando as câmaras deixavam de gravar e que fez inúmeros papéis sem ser acreditada por eles. Hattie fez a sua escolha e o seu papel num mundo muito mais fechado do que o de hoje. Talvez pudéssemos todos dar mais a cada causa, ou talvez nos vejamos sujeitos a ter de fazer o que abominamos em prol de facilitar as coisas para quem vier depois. Para dizer: estou aqui. Para que outros não tenham de fazer o mesmo.

Gostaria que fossem precisas cada vez menos autorizações para existir. Mas também gostaria que fizéssemos tão mais do que isso. Gostaria de definir o meu lugar e o meu papel. Gostaria de fazer a empregada da limpeza na curta, mas só porque sei que também o faria fora da tela, se precisasse de sobreviver, e que isso não me define, nem define o meu valor. Às vezes, antes de podermos servir a causa, ou para podermos servir-nos melhor uns aos outros, temos de nos servir a nós mesmos primeiro. Ninguém o disse melhor do que Daniel Faria: “Não acredito que cada um tenha o seu lugar. Acredito que cada um é um lugar para os outros.” Ele era mais de magnólias, mas sei que teria entendido a beleza das gardénias brancas.

19 Dez 2018

Portas do Cerco | Terminal de autocarros reabre a 15 de Dezembro

Mais de um ano depois, 13 carreiras vão voltar a circular e a parar no terminal das Portas do Cerco. Além disso, nos fins-de-semana e feriados os autocarros das excursões vão ficar proibidos de circular nas intermediações do terminal

 

[dropcap]O[/dropcap] terminal de autocarros das Portas do Cerco vai reabrir a 15 de Dezembro, com 13 carreiras. A revelação foi feita, ontem, pelo Director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), Lam Hin San.

“A partir do dia 15 de Dezembro, são 24 carreiras as que vão utilizar as imediações do terminal como paragem. Depois, as carreiras que vão parar no terminal das Portas do Cerco serão 13”, disse Lam Hin San, no final de uma reunião do Conselho Consultivo de Trânsito. “Por enquanto, vão ser 13 carreiras a utilizar o terminal, que tem uma média de 170 mil passageiros por dia”, acrescentou.

Segundo as informações disponibilizadas, os autocarros número 1 (Barra – Av. Tamagnini Barbosa), 3 (Porto Exterior – Istmo F. Amaral), 10 (Barra – Av. Tamagnini Barbosa), 25 (Av. Tamagnini Barbosa – Vila de Coloane), 25B (Rua dos Currais – Rotunda Flor de Lótus), AP1 (Portas do Cerco – Aeroporto de Macau) e MT4 (Parque Sun Yat Sen – Terminal da Taipa) vão ter as Portas do Cerco como paragem inicial. Já as carreiras 17 (Jardim Camões – Centro Cultural), 27 (Ilha Verde – Areia Preta), 30 (Rua Lei Pou Chon – Taipa), 34 (R. Marginal do Canal das Hortas – Jardins do Oceano) e 51A (The Praia – Av. Vale das Borboletas). Finalmente, a carreira 3X (Praça Ferreira Amaral – Istmo Ferreira do Amaral) vai utilizar o terminal como última paragem.

Além da reabertura do trânsito no terminal das Portas do Cerco, a partir de 8 de Dezembro, nos fins-de-semana e feriados, os autocarros de turismo para as excursões ficam igualmente proibidos de circular perto do terminal, entre as 16h e as 20h. “É uma medida para aliviar a pressão do trânsito”, explicou Lam Hin San. “Passo a passo queremos fazer com que as excursões utilizem antes a fronteira da Ponte Hong Kong – Zhuhai – Macau”, clarificou.

Maior frequência

Por outro lado, o director da DSAT admitiu que vai pedir à empresa responsável pelos autocarros que fazem a travessia da nova ponte que aumentem a frequência. Após a abertura da ponte houve queixas sobre o número insuficiente de autocarros, o que fez inclusive com que vários turistas do Interior da China se vissem forçados a ficar por Macau, no último fim-de-semana, quando pretendiam deslocar-se para Hong Kong.

Ainda sobre a ponte, Lam Hin San explicou a existência de veículos de Hong Kong que circulam em Macau sem matrícula do território. “De acordo com a legislação em vigor, há uma matrícula electrónica. Os carros de Hong Kong apenas precisam de ter a matrícula da RAEHK e os carros de Macau também não precisam de meter a matrícula de Hong Kong”, clarificou. Contudo, o director da DSAT garantiu também que estas pessoas têm de cumprir as leis e que vão ser sancionadas como qualquer condutor em Macau.

 

Inspecções privadas

O Governo está a preparar a abertura do sector da inspecção de veículos a empresas privadas. O cenário foi avançado, ontem, por Lam Hin San, que explicou que actualmente o Executivo faz a inspecção de 100 mil veículos por ano. Com a abertura do sector, existe a expectativa de reduzir a carga do trabalho do Governo, ao mesmo tempo que se acelera o processo para os proprietários de veículos. Lam frisou ainda que é comum que em outros países e regiões sejam os privados a fazer a inspecção.

Parquímetros electrónicos

Os parquímetros do estacionamento vão passar a ter de incluir obrigatoriamente meio de pagamento electrónico. Segundo Lam Hin San, o regulamento para os parques de estacionamento vai ser alterado. Uma das mudanças em perspetiva é tornar obrigatória a possibilidade de usar meios de pagamento alternativos às moedas. Além disso, o Governo quer utilizar os terrenos recuperados, enquanto ainda aguardam pelos projectos de aproveitamento, para o estacionamento de viaturas, de forma temporária.

 

Flor de Lótus mais cara

As empresas TCM e Estrada para Veículos Ki-Kuan pediram e o Governo acedeu. A partir do próximo sábado o bilhete de autocarro para atravessar a Ponte da Flor de Lótus, no Cotai, vai aumentar para seis patacas, quando actualmente o custo é cinco. Este é o primeiro aumento desde 2016, explicado com os custos crescentes. “A DSAT procedeu à análise do pedido e verificou, relativamente ao Índice de Preços no Consumidor Geral e ao preço do gasóleo leve para veículos, aumentos de 3,3 por cento e de 6,3 por cento, respectivamente, quando comparado com o mesmo período do ano passado”, foi dito.

30 Nov 2018

Salários | Motoristas de Zhuhai deixaram passageiros pendurados

[dropcap]N[/dropcap]o primeiro fim-de-semana de funcionamento da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, após a abertura à circulação, verificou-se uma baixa frequência de veículos. O motivo prende-se com os autocarros de turismo, de cor dourada, cujos motoristas deixaram vários turistas pendurados sem transporte.

Uma fonte ligada ao sector, ouvida pelo jornal All About Macau, explicou que os motoristas entendem que há uma grande diferença salarial entre os três territórios ligados pela ponte. Em Hong Kong, um motorista pode receber 20 mil dólares de Hong Kong, em Macau esse valor chega a ser mais elevado dada a grande procura e pouca oferta de profissionais. Em Zhuhai, os motoristas ganham mais de dez mil yuan por mês, mas representantes do sector duvidam que a maioria receba perto deste valor.

Não se sabe ainda quando o protesto vai terminar e quando a circulação dos autocarros volta à normalidade. Em Macau, apesar de terem circulado, num período de tempo, autocarros de cinco em cinco minutos, acabaram por se registar filas de espera de passageiros.

A empresa que opera os chamados autocarros dourados não explicou as razões que levaram a que os serviços tenham sido afectados. As autoridades de Macau e Zhuhai ainda não reagiram a esta questão. Não foram divulgadas as cláusulas dos contratos dos motoristas.

30 Out 2018

Trânsito | Governo prepara obras na Coronel Mesquita e na Rua Bacia Norte do Patane

A DSAT quer criar uma terceira via na Avenida do Coronel Mesquita e existe a possibilidade de haver um corredor só para autocarros. Também a Rua Bacia Norte do Patane deve sofrer alterações profundas, com ambas as artérias a perderem lugares de estacionamento para motociclos

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) está a elaborar um plano para criar três vias de trânsito na Avenida do Coronel Mesquita, que actualmente só tem duas. O plano preliminar foi revelado, ontem, pelo director da DSAT, Lam Hin San, à saída de uma reunião do Conselho Consultivo do Trânsito.

“Na Avenida do Coronel Mesquita, ouvimos as opiniões de autoridades e pessoas ligadas ao sector da construção, e queremos alargar a faixa de rodagem de duas vias para três. Isto implica remover alguns dos lugares de estacionamento para motociclos”, disse Lam Hin San, em declarações aos jornalistas.

“Naquela zona há cerca de 10 lugares para estacionamento de veículos mas num raio de 300 a 500 metros, temos três a quatro parques de estacionamento como alternativa. Mas antes de tomarmos qualquer decisão queremos ouvir as pessoas”, acrescentou.

No passado, os planos para eliminar lugares de estacionamento das ruas causaram grande polémica, chegando a acontecer inclusive uma manifestação por parte dos residentes, que contou com uma participação de 2.500 a 3.500 pessoas, em Junho deste ano.

De acordo com Lam Hin San, actualmente circulam por dia na Avenida do Coronel Mesquita 14 autocarros diferentes e cerca de 130 mil pessoas. Por esta razão, a DSAT está ainda a equacionar criar um corredor de autocarros na avenida, à semelhança do que já acontece na Zona do Porto Interior.

Ganhar espaço

O director da DSAT defendeu ainda que é necessário aproveitar melhor os terrenos e ruas e que os estacionamentos para motos, no que diz respeito aos parques públicos, “têm uma baixa taxa de utilização”. Lam Hin San deu o exemplo do Parque Central da Taipa, em que a utilização dos estacionamentos para motas é apenas de seis por cento.

Outra zona que poderá sofrer alterações significativas é a Rua Bacia Norte do Patane, que é vista como um dos problemas mais complicados para o trânsito de Macau. “Já temos um plano preliminar, se for para a frente poderá melhorar a situação”, afirmou Lam Hin San. “Vai aumentar a segurança para os peões e a circulação nas estradas”, defendeu.

Ainda em relação à Rua Bacia Norte do Patane, o director da DSAT defende que existem auto-silos públicos num raio de 500 metros, com vagas frequentes, que podem substituir os estacionamentos nas ruas que irão ser eliminados.


Acidentes | Seis mortos até 9 de Setembro

Entre o início do ano e o dia 9 de Setembro foram registados seis mortos devido a acidentes de trânsito o que, comparando com os números da PSP do ano passado, representa um aumento de uma morte. Entre o início do ano passado e Setembro, tinham sido registadas cinco mortes. “Durante três anos consecutivos conseguimos manter esse registo num único dígito. Apelamos para que as pessoas prestem mais atenção à segurança rodoviária”, comentou Lam Hin San

Portas do Cerco |Terminal ainda este ano

Até ao final do ano, o Terminal das Portas do Cerco vai reabrir com alguns autocarros, entre eles o 3X. “Esperamos que até ao final deste ano já haja condições para incluir certas carreiras neste terminal. E até ao Ano Novo Chinês esperamos que tenham melhores condições para levar para lá mais carreiras”, informou, ontem, o director da DSAT. Contudo, além do 3X, não foi explicado que outros autocarros vão passar pelo terminal.

Autocarros | Espera média de 6,6 minutos

Segundo a DSAT, a espera média por um autocarro está actualmente nos 6,6 minutos. Este é um registo que bate o registo em cerca de 20 cidades no Interior da China e nas regiões vizinhas. “Entre Janeiro e Junho, nas horas de pico, o tempo de espera pelos autocarros foi de 6,6 minutos em média. Há três ou quatro anos, a espera, em média, era superior a 7 minutos, e, em alguns casos, até de 11 minutos. Agora temos uma grande redução, em média 6,6 minutos”, apontou o director da DSAT.

21 Set 2018

Autocarros | Leong Sun Iok quer mais informação sobre contratos

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]deputado Leong Sun Iok considera que o Governo tem muita informação por divulgar sobre os futuros contratos com as companhias de autocarros. O deputado estranha que só se saiba até agora informação relativa à fusão da TCM com a Nova Era. Em interpelação escrita, Leong recorda que em 2011 foi definida a validade dos contratos dos serviços de autocarros públicos com a duração de 7 anos. Mas, entretanto, a população tem pedido novas negociações dos contratos com as concessionárias, que foram renovados por mais 15 meses. Leong Sun Iok acha que o Governo deve divulgar mais informação durante o processo de negociação bem como ouvir as opiniões dos cidadãos. O objectivo, diz, é garantir que os futuros contratos reúnam as expectativas da população. O deputado sugere ainda a criação de um mecanismo que reforce a circulação de autocarros durante a hora de ponta. Além disso, Leong Sun Iok quer saber o que vai ser feito em prol das regalias dos motoristas e restantes funcionários do sector.

20 Ago 2018

Autocarros | Coutinho questiona fusão a um ano de eleições

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho entregou uma interpelação escrita ao Governo onde questiona a fusão de duas operadoras de autocarros, a Nova Era e a Sociedade de Transportes Colectivos de Macau (TCM) a um ano da realização de eleições para o cargo de Chefe do Executivo.

“A menos de um ano de eleição do novo Chefe do Executivo, quais as razões para a precipitada autorização da fusão das duas concessionárias de autocarros, [algo que prejudicou] a concorrência saudável que deveria existir para uma prestação de serviços de maior qualidade aos cidadãos e turistas?”, questionou.

O também presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) afirma que não só a população ficou surpreendida com esta fusão, como também alguns deputados da Assembleia Legislativa (AL).

“Até a Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Terras e Concessões Públicas, e a maioria dos deputados que normalmente acompanham de perto as questões relacionadas com as concessões públicas foram apanhados desprevenidos com a fusão previamente discutida e autorizada pelo Governo, dando agora o assunto como facto consumado.”

Por esse motivo, o deputado questiona porque é que não foi realizada uma consulta pública sobre o assunto. “Que razões levaram o Governo a não proceder a uma alargada auscultação da população, aos conselhos consultivos do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, bem como a comissão de acompanhamento?”, questionou.

José Pereira Coutinho teme também que venha a ocorrer uma segunda fusão de operadoras. “Tenciona o Governo, a médio e longo prazo, autorizar mais fusões das concessionárias de autocarros?”, inquiriu.

16 Ago 2018

Autocarros | Contratos das operadoras renovados por 15 meses

O Governo vai renovar por 15 meses os contratos com as companhias de autocarros. A partir de amanhã, Macau fica a contar apenas com duas em vez de três operadoras, a Transmac e a TCM, após a fusão desta com a Nova Era

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s contratos com as operadoras de autocarros vão ser renovados por 15 meses. O anúncio foi feito ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) que justifica a renovação de curto prazo com o facto de precisar mais tempo para análise. “Tendo em conta a necessidade de uma maior e aprofundada discussão dos pormenores dos novos contratos com as companhias de autocarros públicos, os contratos relativos ao Serviço Público de Transportes Colectivos Rodoviários de Passageiros, celebrados entre o Governo da RAEM e as três companhias de autocarros”, que terminam hoje, “serão renovados a curto prazo, por 15 meses, tempo que permite ao Governo uma maior e mais detalhada discussão”, indicou a DSAT em comunicado.

A nota da DSAT foi divulgada após a publicação de uma ordem executiva que delega poderes no secretário para os Transportes e Obras Públicas para representar a RAEM, na qualidade de outorgante, na revisão das escrituras públicas dos contratos relativos ao Serviço Público de Transportes Colectivos Rodoviários de Passageiros. A revisão das escrituras públicas dos referidos contratos será publicada em breve no Boletim Oficial, referiu o organismo.

Dois em três

Devido à fusão, aprovada pelo Governo, entre a Sociedade de Transportes Colectivos de Macau (TCM) e a Macau Nova Era de Autocarros Públicos, a renovação, com entrada em vigor amanhã, envolve apenas a Transmac – Transportes Urbanos de Macau e a TCM.

Com a fusão, a TCM e a Nova Era, que têm como sócia maioritária o grupo estatal Nam Kwong, preparam-se para concentrar mais de 60 por cento das carreiras. A directora-geral da TCM, Leong Mei Leng, indicou recentemente que, após a fusão, o nome e a cor da TCM vão ser utilizados, progressivamente, nos autocarros da Nova Era. Leong Mei Leong garantiu ainda que a fusão não vai ter consequências para os trabalhadores nem nas rotas dos autocarros.

31 Jul 2018

Deputados querem mais detalhes sobre contratos de autocarros

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] deputado Ho Ion Sang questionou ontem o Governo sobre a renovação dos contratos com as três empresas de autocarros, numa altura em que está em curso a fusão de duas concessionárias, a Nova Era e a TCM. O processo, que deverá estar concluído este mês, suscitou dúvidas ao deputado Lam Lon Wai, que enviou uma interpelação escrita ao Governo a questionar os detalhes da operação.

Ontem, Ho Ion Sang lembrou, no hemiciclo, que os contratos das três empresas chegam ao fim este mês. “Falta apenas meio mês para o termo dos contratos, mas o Governo ainda não revelou nada sobre a respectiva renovação. Portanto, muitos cidadãos estão preocupados com as questões de ser possível uma articulação sem sobressaltos dos serviços de autocarros e de estes conseguirem responder às suas necessidades.”

Desta forma, o deputado defende que o Governo deve divulgar os detalhes contratuais, tais como: “ponto de situação da negociação com as empresas; chegada, ou não, a um consenso; modelos de operação dos futuros serviços; formas de cálculo das tarifas; maneira de elevar a eficiência dos serviços; objectivo geral dos serviços, plano de longo prazo e definição das carreiras das empresas”. Na óptica de Ho Ion Sang, a resposta a estas questões é essencial “para eliminar as preocupações dos cidadãos”.

“Vai o Governo, tendo em conta as exigências da sociedade, tornar públicos os novos contratos, para o público os poder fiscalizar e a sociedade poder conhecer as exigências e os padrões quanto à qualidade dos serviços, bem como as condições de imputação de responsabilidades e as sanções em caso de incidentes?”, questionou ainda Ho Ion Sang.

13 Jul 2018

Autocarros | Processo de fusão entre a Nova Era e a TCM concluído em Julho

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] directora-geral da TCM, Leong Mei Leng, revelou que o processo de fusão com a Nova Era pode estar concluído até ao final deste mês. Após a fusão, e a partir de 1 de Agosto, vão ser utilizados, progressivamente, o nome e a cor da TCM nos autocarros da Nova Era.

Leong Mei Leong acrescentou que a fusão não vai ter consequências para os trabalhadores, nem para as rotas dos autocarros.

De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, a TCM vai também introduzir, esta semana, um sistema automático de travagem, a título experimental, nos autocarros nocturnos. A mesma empresa registou mais de 50 formações a motoristas devido a condução inadequada.

11 Jul 2018

Ponte HZM | Já foi criado consórcio para operar autocarros

O Governo ainda não consegue avançar uma data para o início de operações da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, mas já foi criada uma empresa que vai ser responsável pelas viagens de autocarros. Macau terá direito a 16 viagens diárias para Hong Kong. Estima-se que a ilha artificial fronteiriça de Macau tenha capacidade para receber uma média de 40 mil pessoas por dia

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m consórcio composto por empresas dos três territórios responsáveis pela construção da maior ponte do mundo vai operar as viagens de autocarros entre Zhuhai, Hong Kong e Macau. O concurso público foi organizado pelas autoridades do interior da China e a empresa tem um capital social de cinco milhões de patacas.

A informação foi avançada ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), depois da realização da terceira reunião do Conselho Consultivo do Trânsito, que serviu para debater o programa de quotas para estas viagens. Macau terá direito a 16 viagens diárias, enquanto que  Hong Kong terá direito a 34 viagens de autocarro. Estima-se que a ilha artificial fronteiriça de Macau receba, em média, 40.000 pessoas por dia. Já o volume diário de tráfego na ponte deverá atingir os 29.100 veículos em 2030, segundo a previsão da DSAT.

Lam Hin San, director da DSAT, frisou que estes números são razoáveis para as duas regiões administrativas especiais. “Prevemos que haveria mais pessoas a viajar de Hong Kong para Macau, pois tem uma população de sete milhões de pessoas. Esta é uma proporção adequada de quotas. As condições são diferentes e consideramos que esta é uma situação equilibrada para ambas as partes.”

Contudo, este número de viagens poderá vir a ser alterado no futuro. “Se notarmos uma grande necessidade, poderemos aumentar o número de viagens.” A cada quinze ou 30 minutos haverá um autocarro disponível para circulação.

As operadoras de jogo vão também participar neste plano. “Cada casino poderá fornecer dois autocarros para a circulação entre os postos fronteiriços e os terminais marítimos, para que haja uma partilha de recursos. Vão também operar autocarros amigos do ambiente. A cooperação com hotéis e casinos vai permitir uma redução de despesas de gestão.”

Além disso, a DSAT vai passar a operar duas rotas, 101X e 102X, que farão depois o percurso da fronteira na ilha artificial até ao centro da península e também da Taipa.

Estacionamento por reserva

No que diz respeito aos veículos particulares, a Zona de Administração de Macau na Ilha Fronteiriça Artificial, junto à Areia Preta, será dividida em duas zonas, para facilitar o estacionamento dos carros. Quem vem de Hong Kong terá de reservar o seu lugar no parque do lado leste.

Ainda sem planos para o transporte de mercadorias e respectivas quotas, a DSAT anunciou o pagamento do valor adicional de dez patacas nos táxis para quem se dirigir à fronteira localizada na ilha artificial.

À medida que estes detalhes legislativos e administrativos vão sendo preparados, permanece por desvendar a data de abertura da nova ponte HZM ao trânsito. “Ainda não há data para a abertura ao trânsito da nova ponte, as três partes ainda estão a dialogar. Da parte de Macau não temos qualquer informação quanto à data de funcionamento, não há sequer uma estimativa porque há ainda muitos trabalhos a concretizar, que envolvem vários serviços públicos. Terá de haver uma coordenação entre os três governos, só aí haverá uma data concreta”, concluiu Lam Hin San.

Estacionamento: 40 por cento não paga parquímetros

Lam Hin San adiantou ontem que cerca de 40 por cento das pessoas que estacionam nas vias públicas não pagam o parquímetro, o que vai obrigar as autoridades a instalar mil sensores nos veículos, a título experimental. “Quanto ao estacionamento nas vias públicas, as concessionárias já introduziram normas nos parquímetros e não houve uma grande mudança em termos de ocupação. Quase 40 por cento não pagaram o estacionamento nas vias públicas. No futuro, vamos instalar censores nos veículos e, através de uma aplicação de telemóvel, será possível avaliar se o estacionamento foi ou não pago. Vamos instalar mil sensores a título experimental, nas vias com mais movimento, e podemos elevar o cumprimento das regras e permitir uma maior mobilidade.”

Fusão de operadoras de autocarros: “Não falhámos na liberalização”

O director da DSAT rejeitou ontem a ideia de que o Governo tenha falhado o objectivo de liberalizar o mercado das concessionárias de autocarros, uma vez que a TCM vai fundir-se com a Nova Era, que um dia foi Reolian. Quanto aos ordenados e regalias dos trabalhadores, deverão manter-se sem mudanças. “O mesmo número de trabalhadores, 1100, vai manter-se, o que vai permitir uma melhor gestão de recursos e a prestação de um melhor serviço. Pode existir uma renovação dos equipamentos”, adiantou Lam Hin San.

25 Mai 2018