João Santos Filipe Manchete SociedadeColoane | José Tavares promete “combater” carros abandonados Há cada vez mais carros a serem abandonados nos estacionamentos e nas estradas de Coloane. Este é um problema já resolvido no passado, mas que o presidente do IAM reconhece estar de volta O presidente do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), José Tavares, admitiu que o problema dos carros abandonados se voltou a agravar e que é preciso tomar novas medidas. O assunto foi abordado durante a reunião do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários das Ilhas, que decorreu na quarta-feira, após queixas dos moradores da zona. Durante o encontro, José Tavares reconheceu que este é um problema antigo, que tinha deixado de acontecer, mas que está de volta às Ilhas, principalmente a Coloane. “Infelizmente este problema voltou a aparecer. Espero que os nossos colegas da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego tomem nota da ocorrência para que o problema não se torne ainda mais grave”, afirmou o presidente do IAM. Tavares indicou que os terrenos à volta da entrada do Bairro das Missões e o parque de estacionamento gratuito perto do Kartódromo de Coloane concentram um grande número de carros abandonados. “Acredito que vamos ter de visitar os locais para ver se há necessidade de fazer uma operação de remoção de veículos” adiantou. O responsável do IAM explicou que os abandonos não se limitam apenas aos terrenos e ao estacionamento. Segundo o governante, a natureza montanhosa de Coloane também faz com que os proprietários encarem aquelas estradas como um bom local para abandonar os veículos. Mudanças no teleférico José Tavares abordou também a manutenção do teleférico da Guia. No ano passado ficaram concluídos os trabalhos para substituir um dos cabos do equipamento. Agora, os lugares dos teleféricos estão a ser substituídos após 20 anos de utilização. José Tavares prevê que tudo fique terminado no próximo mês de Abril. E embora não tenha avançado com um preço para a manutenção, o responsável considerou que “não deve ser muito caro”. Até quarta-feira, a substituição dos lugares tinha sido feita em dois dos nove teleféricos daquele que é um dos equipamentos mais icónicos do território. Por último, Tavares abordou a situação do incêndio de Janeiro no Fai Chi Kei, que afectou 19 bancas de venda. Segundo o responsável do IAM, as obras de recuperação devem ficar concluídas até ao final do mês e os comerciantes poderão nessa altura voltar a ocupar os lugares de venda.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Influenciadores digitais tailandeses visitam Macau A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) convidou um grupo de 20 influenciadores digitais da Tailândia e jornalistas para mostrar o que de melhor Macau tem para oferecer na área do turismo. A visita teve início na segunda-feira e terminou ontem, sendo que entre os próximos dias 13 e 16 haverá uma nova visita, mas, desta vez, com mais de 20 operadores turísticos do país do sudeste asiático. Segundo um comunicado, o Governo pretende, com estas iniciativas, “atrair os visitantes tailandeses a escolherem Macau para viajar, diversificar o mercado de visitantes e promover a recuperação do turismo e da economia”. O grupo incluiu cinco influenciadores digitais de viagens e de gastronomia, bem como apresentadores de quatro grandes canais de televisão. A delegação visitou os principais monumentos do território e resorts, incluindo locais como o Museu do Grande Prémio de Macau, a MinM Plaza, o Museu Marítimo, a Torre de Macau e a Doca dos Pescadores. Houve ainda tempo para explorar os melhores pratos oferecidos aos turistas, tendo em conta que Macau é uma Cidade Criativa da Gastronomia da UNESCO. Os influenciadores e apresentadores de televisão convidados pelo Governo têm 30 milhões de seguidores nos seus perfis nas redes sociais, esperando-se, assim, da parte da DST, que os turistas tailandeses tenham mais interesse em visitar a RAEM. Antes da pandemia, a Tailândia constituía o décimo maior mercado de visitantes para Macau, sendo que, em 2019, o território recebeu mais de 150 mil turistas. “Com a retoma gradual dos voos entre Macau e a Tailândia, a DST aproveita a oportunidade para reforçar a promoção através de diferentes meios”, aponta ainda a mesma nota.
Hoje Macau SociedadeDSAL | Vagas para transportes públicos, comércio e hotelaria A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) vai organizar, nos próximos dias 15 e 16, duas sessões de emparelhamento de emprego para os residentes, disponibilizando 70 vagas para a área dos transportes públicos, nomeadamente condutores, encarregados de estações e técnicos de canalização e electricidade, entre outros. Os residentes podem ainda candidatar-se, no dia 16, a 35 vagas de emprego para o sector do comércio a retalho, tal como vendedores, encarregados de loja ou assistentes, entre outros. Por sua vez, no dia 21 serão disponibilizadas 134 vagas na área da hotelaria, enquanto para o sector dos serviços de lazer e de entretenimento haverá 190 ofertas de emprego. A sessão de emparelhamento de emprego para o sector de transportes públicos será realizada no Centro de formação de técnicas profissionais da Federação das Associações dos Operários de Macau, enquanto a sessão de emparelhamento de emprego para o sector de comércio a retalho terá lugar na sede da Federação das Associações dos Operários de Macau, no Edifício das Associações dos Operários. As inscrições podem ser feitas até ao dia 14. As sessões para o sector hoteleiro decorrem no Hotel Roosevelt e as inscrições decorrem até ao dia 17.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeEPM | Diálogo com o Ministério da Educação intensifica-se Desde que foi noticiado que o Ministério da Educação em Portugal estava a bloquear o projecto de ampliação da Escola Portuguesa de Macau que o diálogo com Lisboa se intensificou. O Ministério confirmou ao HM que o projecto está a ser analisado. José Sales Marques, administrador, confirma um certo desbloqueio Há muito que se fala que a Escola Portuguesa de Macau (EPM) quer fazer obras de ampliação nas actuais instalações para poder receber mais alunos e expandir o projecto educativo, mas tudo continua na mesma. Depois de a TDM Rádio Macau noticiar, no passado dia 2, que o impasse estava do lado do Ministério de Educação, em Portugal, o diálogo intensificou-se. Disso deu conta o próprio Ministério numa resposta enviada ao HM. “O Ministério da Educação está a analisar estas questões em diálogo e articulação com a Escola Portuguesa de Macau e com as autoridades macaenses. Este processo ainda está a decorrer”, foi referido. Do lado de Macau, José Sales Marques, um dos administradores da Fundação da EPM, entidade que gere a escola, confirma a intensificação do diálogo nos últimos dias. “Não vou entrar em pormenores, até porque ainda nada existe de concreto. Mas, digamos, o diálogo intensificou-se nestes últimos dias e as autoridades da RAEM estão a procurar ajudar a resolver tanto a falta de espaço a curto prazo, como a questão da ampliação futura da escola. Estamos no bom caminho”, adiantou ao HM. Muitos alunos, poucas salas Na notícia da TDM Rádio Macau, que cita fontes anónimas ligadas ao processo, é referido que a procura da parte das famílias daria para abrir mais três turmas no próximo ano lectivo, mas que a falta de espaço faz com que tal não seja possível. Uma das fontes disse que a Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) e o próprio Chefe do Executivo “têm manifestado sempre apoio ao eventual desenvolvimento da Escola Portuguesa, mas sem o sim de Lisboa não se pode avançar. As autoridades locais não percebem tanta indefinição e quando perguntam já não sabemos o que dizer”. O Ministério da Educação, em Portugal, é o sócio maioritário da EPM, que recebe financiamento da Fundação Macau desde que a Fundação Oriente deixou de financiar o projecto. A EPM conta ainda com apoio financeiro regular da parte da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude. Outra fonte ouvida pela TDM Rádio Macau, frisou que “Macau não vai pagar tudo e Lisboa tem de assumir o que lhe compete”.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeDia da Mulher | Os desafios em prol de uma maior igualdade Agnes Lam, ex-deputada, e Christiana Ieong, dirigente do Zonta Clube de Macau, traçam os desafios actualmente sentidos pelas mulheres de Macau, apontando que há ainda espaço para uma maior igualdade em diversos sectores e por melhorias na lei laboral. Governo diz que tem vindo a atingir parte dos objectivos propostos até 2025 A fim de assinalar o Dia Internacional da Mulher, que ontem se celebrou, o HM perguntou a duas mulheres de etnia chinesa, dirigentes associativas e com posições de topo, quais os desafios actualmente sentidos pela população feminina do território. Agnes Lam, ex-deputada e académica da Universidade de Macau, entende que já muito foi feito, nomeadamente com a implementação da nova lei da violência doméstica, que tornou esse acto um crime público, mas entende que há ainda muito a fazer em prol de uma maior igualdade. “Penso que a maioria das leis garantem direitos iguais para as mulheres, como igualdade salarial e de acesso à educação. No entanto, temos questões de desigualdade ligadas à ideologia de género, o que mostra que há ainda espaço para melhoria nessa área”, disse. Agnes Lam destaca as poucas mulheres em cargos de topo ou a permanência de “estereótipos de género”. “As mulheres de Macau não estão devidamente representadas nos sectores público e privado. Assim, os papéis tradicionais de género e os estereótipos continuam a moldar as expectativas sociais e a limitar oportunidades”, acrescentou. São ainda necessárias, para a ex-deputada, mais “políticas que assegurem o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal”, com horários mais flexíveis e mais apoio para famílias com filhos. Já Christiana Ieong, dirigente do Zonta Clube de Macau, defende que as “os desafios são diferentes para as mulheres de diferentes classes sociais”, apontando que o Governo precisa de melhorar as políticas laborais a fim de favorecer as mães trabalhadoras, para que seja mais fácil contratar empregadas domésticas. “Sinto muito pelas mulheres trabalhadoras de classe média, e a maior parte das mães que têm os filhos na creche SMART estão nesta posição. As mulheres trabalhadoras sentiram muita pressão no período da pandemia e mesmo depois, com o trabalho adicional que é necessário fazer em casa. É difícil imaginar como se pode desenvolver assim uma carreira.” Desta forma, com leis mais ajustáveis à condição da mulher, será possível, na opinião de Christiana Ieong, que esta desenvolva uma carreira no mercado de trabalho local, “o que vai permitir acelerar o desenvolvimento económico de Macau na era pós-covid”. Objectivos cumpridos O Instituto de Acção Social (IAS) emitiu ontem uma nota onde se afirma que, no âmbito do plano de sete anos intitulado “Objectivos do Desenvolvimento das Mulheres de Macau” (2019-2025) já foram cumpridas 36 medidas de curto prazo de um total de 79. Há 24 medidas de médio prazo, a cumprir até este ano, “das quais 16 foram iniciadas e as restantes oito serão iniciadas sucessivamente” este ano. Há ainda 19 medidas, a implementar entre este ano e 2025, com quatro a serem “concretizadas de modo ordenado”. O Governo diz que tem vindo a promover medidas tendo em conta o conceito da “transversalização de género” através da organização de palestras com associações. Além disso, o IAS afirma que tem promovido o “Plano educativo da vida familiar”, com o objectivo de “aprofundar o trabalho educativo antes e depois do casamento” e “reforçar a consciência da população sobre a educação da vida familiar e o estabelecimento de uma boa relação matrimonial”. Incluem-se, assim, actividades que fazem a “promoção do conceito de casamento” ou promovem o “reforço de educação matrimonial”. Quanto à lei da violência doméstica, já há muitas vozes que defendem a revisão do diploma implementado desde 2016, mas o IAS apenas adianta que tem sido reforçado “o mecanismo de cooperação intersectorial e com as instituições de serviço social”, além de terem sido “optimizadas as orientações relativas ao processo de tratamento de casos de violência doméstica, sendo dada continuidade à promoção dos trabalhos de promoção e formação”.
Hoje Macau SociedadeSJM | Perdas de 7,8 mil milhões de dólares de Hong Kong A concessionária do jogo SJM Holdings anunciou ter perdido cerca de 7,8 mil milhões de dólares de Hong Kong no ano passado, tendo os prejuízos aumentado 88,2 por cento. A Sociedade de Jogos de Macau Holdings Ltd., sublinhou que este valor inclui uma perda contabilística de 1,2 mil milhões de dólares de Hong Kong devido à renovação do hotel-casino Jai Alai, de acordo com um comunicado, enviado na segunda-feira, à bolsa de valores de Hong Kong. No ano passado, as seis operadoras de jogos em casino em Macau registaram prejuízos de 4,1 mil milhões de euros, ou mais 17,5 por cento do que no ano anterior. Desde 2020, as concessionárias – MGM, Galaxy, Venetian (Sands), Melco, Wynn e SJM – acumularam prejuízos de 12,7 mil milhões de euros devido às rigorosas medidas de prevenção e contenção da pandemia. As operadoras de casinos no território registaram perdas de 3,5 mil milhões de euros em 2021 e de 5,09 mil milhões de euros em 2020 – um valor recorde, de acordo com cálculos feitos pela Lusa.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadePortugal | Estudantes de Macau sofrem com aumento das rendas Well Lai, presidente da Associação dos Estudantes Luso-Macaenses, sediada em Lisboa, adianta que os estudantes da RAEM em Portugal também sofrem com o aumento das rendas, sobretudo em Lisboa. A estudante de Direito acredita que o Governo de Macau poderá aumentar o subsídio de alojamento actualmente atribuído A enorme procura que se tem feito sentir no mercado do imobiliário em Portugal, mas sobretudo nas grandes cidades como Lisboa e Porto, tem gerado um grande aumento das rendas, com consequentes dificuldades de habitação para a maioria dos portugueses. Apesar de receberem um subsídio de alojamento mensal de cerca de 3.300 patacas, os estudantes da RAEM em Portugal também têm sofrido com estes aumentos. Quem o diz é Well Lai, estudante de Direito na Universidade Católica Portuguesa e presidente da Associação dos Estudantes Luso-Macaenses (AELM). “Recebemos um subsídio mensal de alojamento, mas este não cobre o valor total da renda. Cobre cerca de 75 por cento, sendo de quase 300 euros [3.300 patacas]. Sei que as rendas subiram bastante nos últimos tempos e há estudantes que vivem nas residências universitárias e as rendas também são muito caras. Antes recebíamos menos do subsídio, mas os membros do Governo perguntaram-nos se tínhamos dificuldades e alguns estudantes relataram o aumento das rendas, e houve um aumento mensal de 300 patacas. Se as rendas continuarem a subir é possível que venham a aumentar o subsídio”, disse ao HM. Neste momento alugar um T2 no centro de Lisboa, por exemplo, pode chegar aos 1.500 euros [cerca de 13 mil patacas], e um estúdio não custa menos de 800 ou 900 euros [entre sete a oito mil patacas]. Criada em 2013 para estabelecer um elo de ligação entre os estudantes de Macau e os portugueses, a AELM dedica-se hoje a realizar diversas actividades de intercâmbio que visam unir mais os residentes a Portugal. Pelo meio, o contacto com entidades como a Delegação Económica e Comercial de Macau ou a Casa de Macau em Lisboa tem sido frequente. Hoje, são cerca de 70 os membros da AELM, com 15 vogais no activo, conta Well Lai. Os maiores desafios de sair de Macau para estudar em Portugal, relata a presidente, continuam a ser a saída “da zona de conforto” e o contacto diário com a língua. “Mesmo com alguns cursos de português em Macau, nem todos os estudantes os frequentam e há licenciaturas com uma linguagem mais técnica. A maior parte dos estudantes que estão em Portugal recebem bolsa do Governo de Macau e temos um curso de preparação, o chamado ano zero. Mas muitas vezes um ano não é suficiente, nos casos dos cursos de Direito ou Tradução.” Mercado algo saturado Well Lai pretende exercer advocacia quando voltar a Macau e confessa que, nessa área, há ainda vagas de trabalho, mas teme que seja mais difícil encontrar trabalho em relação aos anos pré-pandemia. “Depois da pandemia as oportunidades de encontrar trabalho em Macau já não são tão boas como antes. Mas acho que na área do Direito ainda existem muitas pessoas interessadas em voltar para Macau. Em áreas como as línguas, os estudantes têm de tirar mais um curso de mestrado para serem mais competitivos face aos outros alunos, porque penso que é um mercado que já está um pouco saturado.” A Grande Baía poderá dar “mais possibilidades de emprego”, mas é ainda grande o desconhecimento dos estudantes em relação ao projecto. “Penso que vai ser algo bom para tentarmos encontrar emprego. Mas no meu caso ainda considero que Macau é a minha casa. Posso trabalhar na Grande Baía, mas não pretendo viver lá”, adiantou a jovem estudante, que já está no quarto ano de Direito. Durante a pandemia a associação foi fundamental nos contactos com as autoridades de Macau para que os estudantes regressassem temporariamente a casa. No caso de Well Lai, a estadia em Macau fez-se por um ano e meio, tendo continuado a ter aulas online. Relativamente a eventos para este ano, a AELM pretende organizar algumas conferências e mesas redondas. Na última sexta-feira, decorreu mais uma edição do evento “Bem-vind@ à Ásia”, que incluiu a “Feira de Macau” e uma conferência sobre “o exercício da profissão jurídica em Macau”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeEstudo | Política de proibição de tabaco está a falhar Apesar das medidas de proibição de consumo de tabaco em vários locais, e em especial nos casinos, os efeitos junto da população masculina pouco se fazem sentir. Entre a população feminina, a medida está a gerar os efeitos desejados A política de proibição de fumar na maior parte dos espaços públicos e privados em Macau não está a fazer com que a população masculina fume menos. A conclusão faz parte de um estudo publicado da revista Investigação Ambiental e Saúde Pública, no mês passado, com o título: “Proibições de Fumar e Mortalidade Relacionada com Doenças do Sistema Respiratório em Macau (China)”. Na conclusão do trabalho, é apontado que “as proibições de fumar em Macau não conseguiram de forma bem sucedida alcançar os objectivos a nível da saúde pública entre a população masculina”. A tese é sustentada com base nos números da mortalidade. “Havia a esperança que a proibição total de fumar nos casinos de Macau ajudasse muitos dos trabalhadores a deixarem de fumar”, é indicado. “No entanto, e apesar de por fim a proibição de fumar ter sido implementada, nem a taxa de homens que fumam em Macau desceu significativamente nem a mortalidade relacionada a esta”, é acrescentado. Os resultados são diferentes no que diz respeito à população feminina, em relação à qual os investigadores apontam que a política tem sido bem-sucedida a mais do que um nível. Menos fumo Para o facto de as mulheres “terem obtido benefícios substanciais a nível de saúde” com as proibições de fumar os investigadores têm duas explicações. A primeira passa pelo facto de a população feminina ter deixado de fumar com a proibição. “As mulheres podem ter beneficiado de terem deixado de fumar, devido às políticas públicas de incentivo e apoio, o que é provado pela existência pela redução da taxa de fumadoras, após a implementação da política de proibição total”, é indicado. O segundo motivo, tem a ver com os benefícios do fim do fumo passivo e é apontado com base nas conclusões de outros estudos. “Depois da proibição de fumar nas comunidades locais, a população feminina tende a recolher mais benefícios extra por estar menos exposta ao fumo passivo”, é vincado. “Em particular, a redução da exposição ao fumo passivo entre os não fumadores pode levar a uma diminuição dos enfartes agudos do miocárdio”, é acrescentado. Face a estes resultados, a equipa composta por Peng Xinxin, professor da Universidade de Ciência e Tecnologia, Tao Xiaolei, da Universidade de Tecnologia de Jiangsu e Chen Yijun, da Universidade de Macau, aconselham o Governo a focar-se em medidas para reduzir o consumo de tabaco entre a população masculina.
Andreia Sofia Silva SociedadeJogo | Ano encerra com menos trabalhadores Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que houve uma quebra de trabalhadores do jogo no quarto trimestre do ano passado. Havia, no total, 52.174 mil, menos 2.665 funcionários em termos anuais. Relativamente aos croupiers eram 23.721, menos 685, enquanto o pessoal dos serviços e vendedores era 3.967, uma quebra homóloga de 932. Por outro lado, os dados da DSEC revelam uma subida nos salários: em Dezembro de 2022 a remuneração média, sem contar com prémios ou participações nos lucros, dos trabalhadores do jogo era de 23.680 patacas, um aumento de 1,8 por cento face a Junho do ano passado. No entanto, em termos anuais, os salários baixaram ligeiramente, 0,1 por cento. A remuneração média dos croupiers foi de 19.800 patacas, menos 1,1 por cento em termos anuais. Durante o quarto trimestre de 2022, 99 trabalhadores foram recrutados e 803 deixaram o emprego. A taxa de recrutamento de trabalhadores, de 0,2 por cento, foi idêntica à do quarto trimestre de 2021, enquanto a taxa de rotatividade, de 1,5 por cento, aumentou 0,6 pontos percentuais, em termos anuais. Já a taxa de vagas desceu para um nível próximo de zero. A DSEC aponta que “estes indicadores reflectem que a procura de mão-de-obra no sector das lotarias e outros jogos de aposta continuou relativamente baixa”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeBanca | Banco da China (Macau) foi a instituição com mais lucros Com lucros de 3 mil milhões de patacas, o Banco da China (Macau) alcançou o melhor resultado de toda a banca no ano passado. No polo oposto, o Banco Agrícola da China foi o maior perdedor, com um prejuízo que chegou a 1,8 mil milhões de patacas No ano passado, os bancos a operar em Macau apresentaram lucros de 12,6 mil milhões de patacas. O valor representa uma queda superior a 3,4 mil milhões de patacas em comparação com o ano anterior, quando os ganhos tinham sido de 16 mil milhões de patacas. Num ambiente de degradação dos ganhos, os cálculos feitos pelo HM, com base na informação disponibilizada pelos bancos no Boletim Oficial, mostram que o Banco da China (Macau) voltou a ser a instituição mais lucrativa. Entre a análise que focou 32 instituições, e que deixou de fora alguns bancos listados pela Autoridade Monetária de Macau, como o Banco da China, Limitada, que apenas começou a operar no último trimestre do ano passado, ou o Banco Delta Ásia, apenas seis apresentaram resultados negativos. Em 2022 deu-se a separação entre Banco da China, Limitada, que tem sede no Interior, e o Banco da China (Macau), com sede no território. Apesar desta alteração, o Banco da China (Macau) continuou a ser a instituição mais lucrativa do território com lucros de 3,3 mil milhões de patacas. No entanto, o banco apresentou uma redução nos ganhos de 2,7 mil milhões de patacas face a 2021, quando tinha gerado cerca de 6 mil milhões de patacas em lucros. A contrariar a tendência negativa surge o Banco Industrial e Comercial da China (Macau), conhecido como ICBC (Macau), com resultados de 2,3 mil milhões de patacas. A representação do banco com sede em Macau teve um aumento dos ganhos de cerca de 300 milhões de patacas, face a 2021, quando obteve lucros que se aproximaram dos 2 mil milhões de patacas. Também o ICBC está separado em dois bancos no território. O Banco Industrial e Comercial da China, com sede no Interior, registou um lucro mais modesto de 80 milhões de patacas. No último lugar do pódio dos bancos mais rentáveis surgem o Banco Tai Fung e Banco Luso Internacional, ambos com ganhos de 1,8 mil milhões de patacas. Em ambos os casos, os resultados são piores do que em 2021. Nesse ano, o Banco Tai Fung, fundado por Ho Yin e actualmente controlado pelo Banco da China, tinha gerado ganhos de 2,4 mil milhões de patacas. Também o Luso Internacional viu os ganhos encolherem face aos 2 mil milhões de patacas de 2021. Banco Agrícola em dificuldades No “campeonato” dos piores resultados, o Banco Agrícola da China destacou-se de forma muito acentuada. A instituição com sede no Interior acumulou prejuízos de 1,8 mil milhões de patacas com as operações em Macau. O resultado é mais significativo quando comparado com 2021, altura em que a instituição bancária tinha ganho cerca de 120 milhões de patacas. O segundo lugar a nível das perdas é ocupado pelo Banco de Desenvolvimento de Macau, com um resultado negativo de 232 milhões de patacas, um agravar da situação face a 2021, quando as perdas tinham sido de 25 milhões de patacas. Finalmente, a encerrar o pódio de uma liga indesejada, surge o Banco Everbright (Macau), que começou a operar no ano passado, aquele em que mais se fizeram sentir os efeitos da política de zero casos de covid. A instituição apresentou assim perdas de 43 milhões de patacas. Resultado histórico Os bancos de Macau registaram lucros de 1,57 mil milhões de patacas em Janeiro, avançou ontem a Autoridade Monetária de Macau (AMCM), que afirma ser o melhor arranque de ano de sempre. Os lucros dos bancos do território subiram 71,3 por cento em comparação com o mesmo período do ano passado. O valor registado em Janeiro é o mais elevado para o primeiro mês do ano desde que a AMCM começou a recolher dados estatísticos sobre as operações mensais do sector bancário de Macau, em 2005. Em 2022, os bancos da cidade registaram lucros de 12,6 mil milhões de patacas, menos 22,2 por cento do que no ano anterior, e o valor mais baixo desde 2014. Apesar de uma queda de 5,9 por cento nos empréstimos em comparação com Janeiro de 2022, para 1,28 biliões de patacas, os bancos beneficiaram de oito subidas na principal taxa de juro de referência de Macau desde Março do ano passado. Em Fevereiro, a AMCM anunciou um aumento de 0,25 pontos percentuais da taxa de redesconto, valor cobrado aos bancos por injecções de capital de curta duração, para 5 por cento, o nível mais alto desde Dezembro de 2007, em plena crise financeira e económica mundial. O crédito vencido nos bancos de Macau atingiu um novo recorde em Janeiro, 20,2 mil milhões de patacas, mais do dobro do registado em igual mês do ano passado, indicou a AMCM.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCrime | Ex-marido de Abby Choi tentou fugir para Macau Enquanto estava escondido numa casa arrendada pela amante do pai, Alex Kwong, principal suspeito do homicídio de Abby Choi, tentou fugir para Macau de barco e estava disposto a pagar 300 mil dólares de Hong Kong O ex-marido e suspeito do homicídio da modelo Abby Choi Tin-fung, que foi desmembrada e cozinhada em Hong Kong, tentou fugir de barco para Macau, antes de ser detido. A informação foi vinculada ontem pela imprensa de Hong Kong, com base nas acusações contra Henry Lam Shun, sexto arguido do caso. As autoridades acreditam que Henry, empregado de uma companhia que gera iates, terá tentado ajudar Alex Kwong Kong-chi, ex-marido da modelo, a fugir da RAEHK, quando este já era procurado. Pela viagem de barco até à RAEM, onde Alex Kwong planeava entrar ilegalmente, seria cobrada uma quantia de 300 mil dólares de Hong Kong. Henry Lam esteve ontem a ser ouvido no Tribunal dos Magistrados da Cidade de Kowloon e não precisou de prestar declarações. Ainda assim, foram-lhe explicados os motivos da detenção, aos quais Henry se limitou a responder com um “compreendido”. A acusação pediu ainda que os procedimentos do caso contra Henry apenas sejam retomados a 8 de Maio, para que a polícia da RAEHK tenha mais tempo para prosseguir com as investigações. Até ontem, tinham sido detidas seis pessoas ligadas ao assassinato de Abby Choi. Além do ex-marido, Alex Kwong, e de Henry Lam as detenções incluem também o pai, a mãe e o irmão de Alex Kwong, ou seja, Kwong Kau, Jenny Li Sui-heung e Anthony Kwong Kong-kit, respectivamente. A outra detida é Ng Chi Wing, massagista e amante de Kwong Kau, que se suspeita terá ajudado a esconder Alex Kwong, quando este era procurado pelas autoridades. Identidade confirmada O South China Morning Post relatou também que o ADN de alguns dos restos mortais encontrados num apartamento na vila de Lung Mei Tsuen, em Tai Po, corresponde ao ADN da modelo de 28 anos. Os restos mortais em causa são o crânio, encontrado num tacho, e duas pernas, guardadas num congelador. No entanto, as autoridades ainda estão ainda à procura de outras partes do corpo da modelo, como o peito e as mãos. As notícias anteriores apontam para que na origem do homicídio de 21 de Fevereiro, tenham estado disputadas financeiras. Kwong Kau, pai do ex-marido e ex-agente da polícia de Hong Kong, é tido como o responsável pelo plano para matar Abby Choi. Enquanto agente da autoridade, Kwong Kau recebeu uma medalha de mérito pelos serviços prestados em Hong Kong, mas em 2005 deixou as forças policiais, após ter violado uma mulher, que tinha apresentado queixa devido a outro crime. Na altura, Kwong aceitou deixar a polícia, com o acordo de que não seria acusado do crime de violação.
João Santos Filipe Manchete SociedadeEconomia | PIB afundou 26,8 por cento no ano passado Desde o início da pandemia, a economia do território “perdeu” 260 mil milhões de patacas, de acordo com os dados publicado pelos Serviços de Estatística e Censos. A economia caiu para o pior nível desde 2009, ano da crise financeira mundial No ano passado, o produto interno bruto (PIB) registou uma contração anual de 26,8 por cento. A informação foi divulgada pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) na sexta-feira. Segundo os dados apresentados, durante o ano passado, o PIB do território não foi além dos 177,3 mil milhões de patacas, quando em 2021 tinha chegado aos 239,4 mil milhões de patacas. A DSEC reconhece que a economia foi afectada pelas medidas de controlo da pandemia, além de ser também afectada com o “enfraquecimento da procura global”. “Durante o ano de 2022, ocorreram sucessivos surtos pandémicos, em diversas escalas, nas regiões vizinhas e no mês de Junho Macau registou casos locais de infecção em grande escala”, foi reconhecido. “Tendo em conta a situação pandémica, foram implementadas medidas de restrição de movimentos fronteiriços e de isolamento das zonas afectadas em Macau, as quais prejudicaram o turismo e as actividades económicas locais”, foi explicado. A nível interno, a procura interna baixou 9,3 por cento em termos anuais, registando-se um decréscimo de 8,9 por cento na despesa de consumo privado e uma descida ligeira de 0,1 por cento na despesa de consumo final do governo. Registou-se ainda uma queda anual de 18,9 por cento na formação bruta de capital fixo [investimento], devido à diminuição do investimento em construção privada. Em relação à procura externa, o número de visitantes em Macau desceu 26,0 por cento em termos anuais, o que resultou em quebras de 52,7 por cento nas exportações de serviços do jogo e de 29,6 por cento nas exportações de outros serviços turísticos. Em termos globais, as exportações de serviços caíram 32,1 por cento e as exportações de bens 18,1 por cento. Cenário negro O ano de 2022 só encontra paralelo em 2009, quando o PIB não foi além dos 172,4 mil milhões de patacas, ainda assim, um resultado que nessa altura representou um crescimento face a 2008, quando o PIB tinha sido de 168,6 mil milhões de patacas. O valor da economia no ano passado representa também o regresso a uma realidade distante, uma vez que desde 2009 que o PIB não ficava abaixo de 200 mil milhões de patacas. Mesmo no primeiro ano da pandemia, em 2020, o PIB alcançou o valor de 203,4 mil milhões de patacas, e em 2021 tinha recuperado para 241,2 mil milhões de patacas. Os números revelados sobre o ano passado, significam que por cada 10 patacas existentes na economia em 2019, antes da pandemia, agora restam apenas quatro, ou seja, que desapareceram seis patacas. Em relação ao PIB per capita, no ano passado foi de 261.459 patacas, quando em 2019 tinha sido de 661.515 patacas.
Hoje Macau SociedadeCáritas enviou 1,7 milhões de patacas para vítimas na Turquia A Cáritas Macau enviou quase 1,7 milhões de patacas para apoiar as vítimas dos sismos na Turquia e na Síria, disse na sexta-feira à Lusa o secretário-geral da organização. Paul Pun Chi Meng afirmou que a quantia foi recolhida durante o primeiro mês de uma campanha de angariação de fundos, lançada no dia seguinte aos sismos de 6 de Fevereiro, que causaram mais de 50 mil mortos. “A situação económica em Macau não tem sido boa nos últimos anos, por isso é uma quantia bastante elevada”, sublinhou o responsável. Paul Pun disse que a primeira doação feita pela organização humanitária da Igreja Católica em Macau vai servir para adquirir bens essenciais, como alimentação, roupa e tendas para dar abrigo aos desalojados. Numa segunda fase, o dinheiro angariado pela Cáritas Macau, em resposta a um apelo da entidade a nível internacional, “irá servir para ajudar a reconstruir” a Turquia e a Síria, explicou Paul Pun. O secretário-geral acredita que o valor vai continuar a aumentar até Maio, lembrando que várias instituições de ensino de Macau se associaram à iniciativa e estão a realizar campanhas de angariação até ao final deste mês. “O mais importante não é o valor dos donativos, mas sim que as pessoas de Macau e sobretudo as novas gerações saibam como responder a quem mais precisa”, sublinhou Paul Pun. Desafios de envio Um ponto sublinhado também pelo português Fernando Lourenço, presidente da Associação Simang, “a primeira organização” de Macau a enviar bens essenciais para a Turquia, a 14 de Fevereiro, uma semana depois dos sismos. “Há muita gente que quer ajudar, mas no final a dificuldade é enviar o material”, explicou à Lusa o macaense, membro de uma comunidade euro-asiática com raízes em Macau, muitos dos quais são luso-descendentes. Graças a um voluntário turco que vive em Macau e entrou em contacto com o Consulado-Geral da Turquia em Hong Kong, a Simang conseguiu reservar um espaço para 65 caixas num avião de mercadorias. “Foi uma missão difícil, porque tínhamos um tempo limitado, apenas dois dias para angariar os bens necessários, empacotar tudo e levar para o local predestinado”, explicou à Lusa a também macaense Zélia Gonçalves, membro da Simang. Os membros da associação, que incluem macaenses, portugueses e chineses, reuniram 30 mil patacas para comprar cobertores, desinfetantes, fraldas e roupa de Inverno – “toda nova”, sublinhou Fernando Lourenço. “Se não houver organização, o material que for reunido pode não ser útil. Por exemplo, no início [as autoridades da Turquia] queriam muita roupa de Inverno, mas agora já não”, explicou o professor universitário.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeEscola Internacional | Rosa Bizarro deixa cargo de directora académica A Gerações – Escola Internacional já está a aceitar matrículas para o próximo ano lectivo mas acaba de perder a sua directora académica. Rosa Bizarro confirma a saída, oficializada a 27 de Fevereiro, mas não quer fazer mais comentários sobre o assunto Anunciada em Janeiro como o novo projecto educativo trilingue em Macau, a Gerações – Escola Internacional acaba de perder a sua directora académica. Rosa Bizarro deixou oficialmente o cargo que detinha na Associação do Colégio Sino-Luso Internacional de Macau (ACSLIM), entidade gestora da escola, a 27 de Fevereiro, mas, contactada pelo HM, preferiu não prestar declarações sobre as razões para a sua saída repentina de uma escola que visa disponibilizar um ensino inclusivo e diferente. De frisar que a ACSLIM é uma associação de matriz macaense que conta com nomes como o advogado e ex-deputado Leonel Alves e o arquitecto Nuno Jorge, sem esquecer Edith Jorge, presidente do conselho de administração da ACSLIM. Numa entrevista concedida ao HM a 17 de Janeiro, Rosa Bizarro dava conta de que o convite para estar na Gerações lhe permitia “implementar um projecto ambicioso, mas de grande qualidade”. A ex-professora da Universidade Politécnica de Macau entre 2014 e 2021, à época Instituto Politécnico de Macau, referiu ainda que a Gerações “tem muito de inovador e pretende-se que tenha frutos no presente imediato e no futuro”. “Estou muito ligada ao ensino das línguas e questões interculturais e achei que seria, de facto, uma oportunidade para pôr em prática aquilo que ao longo dos anos tenho defendido”, acrescentou. Espaço de todos Foi em Dezembro que a Gerações – Escola Internacional ganhou o aval da Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ). Com abertura prevista já para Setembro, no ano lectivo de 2023-2024, a Gerações pretende ser “diferente porque assume as três línguas como a base de todo o trabalho desenvolvido”. A ideia é que a escola possa servir de espaço de inclusão de alunos de diversas culturas, com a criação de currículos “que procuram dar respostas locais e universais”, adiantou, na mesma entrevista, Rosa Bizarro. Contas feitas pelo jornal Ponto Final, mostram que a Gerações, situada no Aterro da Concórdia, em Coloane, será a instituição de ensino não superior mais cara de Macau, com uma propina anual a rondar as 126 mil patacas.
Hoje Macau SociedadeMáscara | Não utilização aconselhada nas escolas A chefe da Divisão de Ensino Primário e de Ensino Infantil da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude, Choi Man Chi, considera que a não utilização de máscaras nas escolas beneficia a aprendizagem e a comunicação. A posição foi tomada em declarações ao jornal Ou Mun, depois de na quarta-feira terem começado as entrevistas de admissão para as instituições de ensino infantil. A utilização de máscara fica, nesta altura, ao critério dos pais. Mas, também a vice-directora da Escola da Associação Geral das Mulheres e a Escola Choi Nong Chi Tai, Loi I Leng, defendeu a não utilização de máscara. Na perspectiva da escola, e ao fim de três anos, a não utilização de máscara é encarada como “benéfica” para a aprendizagem, porque permite uma maior interacção entre alunos e professores. Loi argumentou igualmente que sem máscara os professores podem corrigir mais facilmente a pronúncia dos alunos, porque podem ver a forma como pronunciam as palavras. Sobre o processo de admissão do ensino infantil, que vai decorrer no próximo mês, Choi Man Chi indicou que pela primeira vez houve “apenas” 5.200 inscrições, o que representa uma diminuição face aos últimos anos. Esta diminuição foi justificada com a redução da natalidade.
João Santos Filipe Manchete SociedadePandemia | Vício de jogo online aumentou entre jovens O confinamento e a impossibilidade de socializar com os colegas, num ambiente em que até os exames foram realizados online, levaram a um aumento do vício do jogo. Os estudantes do sexo masculino são os mais afectados A pandemia e as medidas de controlo levaram a um aumento do vício do jogo online entre os estudantes universitários de Macau. A conclusão faz parte do estudo A Prevalência e os Factores de Risco ligados aos Vício do Jogo Online durante a Pandemia da Covid-19 entre os Estudantes Universitários de Macau, publicado a 27 de Fevereiro na revista científica SAGE Open Nursing. O trabalho elaborado pelas académicas Wang Yan, Karry Liu e Bernice Lam Nogueira teve por base 229 questionários válidos a alunos do ensino superior local, recolhidos entre Dezembro de 2021 e Março de 2022, que abordaram os hábitos de jogo online e os sentimentos associados ao este tipo de actividade. Segundo as conclusões, “a prevalência do vício do jogo online era de 7,4 por cento entre os estudantes universitários, um valor superior ao registado antes do início da pandemia”. “Apesar da prevalência entre os estudantes universitários em Macau não ser a mais elevada a nível mundial, nota-se um aumento significativo desde o início da pandemia”, é acrescentado. Como forma de comparação, é indicado que no Interior a prevalência era de 10,1 por cento e que em Itália chegava a valores de 14,9 por cento. Em relação ao aumento da prevalência do vício do jogo online, os autores explicam as alterações com o stress relacionado com a pandemia. “O stress social causado pela pandemia é uma das causas que podem explicar o aumento da prevalência do vício do jogo”, é apontado. “Ao jogarem jogos online as pessoas a sentiram-se menos sozinhas porque estavam entretidas e ligadas aos amigos, apesar de estarem confinadas casa”, foi justificado. Alunos mais afectados As autoras recordam também que “durante o pior período da pandemia”, as aulas presenciais estiveram suspensas, tendo sido trocadas pelo ensino à distância. “Os alunos universitários assistiram às aulas, debates e até fizeram os exames através de equipamentos com ligação à internet”, é recordado. Mais de metade dos inquiridos, mesmo os que não mostram padrões de estarem viciados em jogos electrónicos, admitiram que esta foi uma forma de “escapar ou aliviar estados depressivos”. Quando analisado o extracto da população universitária mais afectado pelo vício do jogo, a investigação conclui que se trata de jovens do sexo masculino, com uma percentagem de 12 por cento entre a população masculina. O vício é menos presente entre o sexo feminino, não indo além dos 4,8 por cento, quando consideradas todas as estudantes avaliadas. Com os dados obtidos, as autoras recomendam assim que “os educadores universitários” devem seguir de perto a população jovem masculina, com um hábito de jogo de mais de 10 anos, para se inteirarem de casos de vício. Além disso, devem ensinar os jovens a autodisciplinar-se quanto às horas que passam a jogar.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeEPM | Lisboa acusada de atrasar ampliação da escola O Ministério da Educação de Portugal será um dos grandes responsáveis pelo atraso das obras de expansão da Escola Portuguesa de Macau (EPM). A notícia foi avançada ontem pela TDM Rádio Macau, que acrescenta que a EPM não tem condições para abrir mais três turmas, vendo-se obrigada a recusar novas matrículas. A TDM Rádio Macau baseia-se em fontes próximas do processo para noticiar que há vários anos que o Ministério não dá uma resposta sobre as obras o que estará a “provocar mal-estar em Macau”. A EPM conta actualmente com 705 alunos e pretendia abrir, em Setembro, mais três turmas, cada uma delas com cerca de 60 a 70 alunos. Uma fonte disse mesmo que o Ministério “não tem respondido aos pedidos enviados de Macau”, sendo que Lisboa tem de garantir apoio financeiro para as obras. Outra fonte disse ainda: “Os Serviços de Educação e o Chefe do Executivo têm manifestado sempre apoio ao eventual desenvolvimento da Escola Portuguesa, mas sem o sim de Lisboa não se pode avançar. As autoridades locais não percebem tanta indefinição e quando perguntam já não sabemos o que dizer”. De frisar que a EPM conta com o Ministério da Educação como sócio maioritário de um projecto educativo que tem recebido apoio da Fundação Macau desde a saída da Fundação Oriente, bem como financiamento regular da parte da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude. “Macau não vai pagar tudo e Lisboa tem de assumir o que lhe compete”, referiu ainda outra fonte ouvida pela TDM Rádio Macau. Outra questão relacionada com a EPM, que permanece sem avanços, é a duração dos mandatos do Conselho de Administração da Fundação Escola Portuguesa e do Conselho de Curadores. Os membros têm visto os seus mandatos serem renovados automaticamente, mas há muito que não há rostos novos ou mudanças de fundo nestas duas estruturas. Na última reunião, online, Roberto Carneiro, presidente do conselho de administração da Fundação da EPM, não compareceu.
Hoje Macau SociedadeMelco | Ano de 2022 com prejuízo de 7,5 mil milhões Num dos anos mais difíceis para a economia local, devido à política de zero casos de covid-19, a Melco Resorts and Entertainment apresentou perdas significativas. Contudo, Lawrence Ho está confiante no futuro A concessionária Melco Resorts and Entertainment Ltd anunciou ontem um prejuízo de cerca de 7,5 mil milhões de patacas (930,5 milhões de dólares americanos) durante 2022, mais 14,6 por cento do que no ano anterior. Num comunicado enviado à bolsa de valores Nasdaq, em Nova Iorque, nos EUA, a Melco revelou que perdeu 1,7 mil milhões de patacas no último trimestre do ano passado. O prejuízo foi 3,3 por cento maior do que o registado no trimestre anterior e representa um agravamento de 57,5 por cento em comparação com o mesmo período de 2021 (1,3 mil milhões de patacas). As receitas também caíram significativamente no último trimestre de 2022, com a Melco a registar 2,7 mil milhões de patacas, menos 30 por cento do que no mesmo período de 2021. No comunicado, o presidente da empresa, Lawrence Ho Yau-lung, sublinhou que os resultados “continuaram a ser afectados pelas restrições fronteiriças impostas em toda a China continental e em Macau”. No último trimestre, Macau recebeu quase 900 mil visitantes, menos 50,8 por cento em relação ao mesmo período de 2021, também devido à vaga de casos de covid-19 que atingia a China continental, de onde chega a esmagadora maioria dos visitantes. Desde o início da pandemia, as operadoras têm acumulado prejuízos sem precedentes em Macau, que seguiu até meados de Dezembro a política chinesa de ‘zero covid’, com a imposição de quarentenas, confinamentos e testagem massiva. Investimento de 10 mil milhões Ainda assim, a Melco prevê gastar cerca de 10 mil milhões de patacas no segmento além-casino numa década, incluindo no “único parque aquático em Macau com instalações interiores abertas durante todo o ano”. A aposta em elementos não jogo foi uma das exigências das autoridades de Macau para a renovação por 10 anos das licenças das seis concessionárias a operar no território, que entraram em vigor em 1 de Janeiro. Lawrence Ho, filho do falecido magnata do jogo Stanley Ho, disse sentir-se “encorajado pelo aumento dos visitantes” após o fim da política de “covid zero”, algo que reforça a “crença no regresso da procura não satisfeita”. A cidade registou em Janeiro mais de um milhão de visitantes, numa subida de 101,3 por cento em termos anuais, e a taxa de ocupação hoteleira foi de 71,2 por cento, o valor mais elevado desde o início da pandemia. Nos primeiros dois meses de 2022, as receitas do jogo em Macau atingiram 21,9 mil milhões de patacas, mais 55,3 por cento do que em igual período de 2021, e o melhor arranque dos últimos três anos.
João Santos Filipe Manchete SociedadeConsulado | Serviços de renovação de documentos aumentam resposta A medida visa responder ao “súbito e forte aumento de procura” do serviço de renovação de documentos, gerado pelo levantamento das restrições de viagem impostas pela política de zero-casos de covid-19 Para fazer face ao aumento da procura dos serviços de renovação de documentos de identificação e viagem, o Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong anunciou ter aumentado a capacidade de resposta em 25 por cento. A revelação foi feita através de uma publicação nas redes sociais. “Após o período da pandemia e o levantamento das restrições locais, o Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong-Kong teve um súbito e forte aumento de procura a que procuramos atender na medida das nossas capacidades e dos recursos disponíveis”, foi admitido. “A partir de hoje [ontem], dia 2 de Março, a capacidade de atendimento de utentes interessados em renovar o cartão do cidadão e/ou o passaporte foi reforçada em 25 por cento, pelo que esperamos encurtar os prazos de atendimento”, foi acrescentado. Desde o início do ano que Macau levantou várias restrições de viagem relacionadas com a política de zero casos de covid-19, o que tem motivado uma grande procura por viagens. Como a maior parte dos países exigem para emitir vistos para turistas passaportes com uma validade de pelo menos seis meses, várias pessoas tentam agora renovar os documentos para poderem voltar a viajar. Reposta às críticas O anúncio do Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong foi feito depois de inúmeras críticas ao serviço, que se devem não só à lentidão na resposta aos serviços de marcação online, mas também porque é praticamente impossível para os portugueses entrarem no espaço, sem marcação prévia. À porta do consulado, qualquer pessoa que deseje entrar, é questionada sobre se tem marcação. Sobre a possibilidade de serem contratadas mais pessoas para o consulado, foi explicado que “a contratação de pessoal na Administração Pública obedece a regras legais e prazos incontornáveis”. Por outro lado, foi defendido o sistema em vigor, em que é pedido às pessoas para fazerem marcações online. “A marcação de atendimento (através de um dos endereços de correio eletrónico constantes desta página) é indispensável, sendo também recomendado solicitar quaisquer esclarecimentos por essa via que nos permite responder a um maior número de pedidos e com mais precisão do que o atendimento telefónico”, foi defendido. Ainda assim, foi garantido que os “casos inequivocamente urgentes (e apenas estes, de modo a salvaguardar o princípio do atendimento por ordem da admissão dos pedidos) serão tratados em tempo útil e devem ser solicitados, com fundamento do pedido de tratamento de urgência”.
Hoje Macau SociedadePIB | Moody’s eleva previsão de crescimento para 5% em 2023 e 2024 A agência de notação financeira norte-americana Moody’s elevou ontem a previsão de crescimento do PIB da China de 4 por cento para 5 por cento, em 2023 e 2024. Numa actualização das previsões de crescimento das principais economias mundiais, a agência de ‘rating’ afirmou que a “decisão do Governo chinês de relaxar totalmente as medidas de prevenção contra a covid-19 vão, naturalmente, impulsionar a actividade económica”. A segunda maior economia do mundo cresceu 3 por cento, no ano passado, o segundo nível mais baixo em pelo menos quatro décadas, reflectindo o impacto da política de ‘zero covid’ e a crise de liquidez no sector imobiliário. As autoridades chinesas ainda não anunciaram a meta de crescimento económico para este ano. Isso deve ser feito este domingo, pelo primeiro-ministro cessante, Li Keqiang, na abertura da sessão anual da Assembleia Popular Nacional, o órgão máximo legislativo do país. A Moody’s também previu que Pequim estabeleça uma meta de inflação de “cerca de 3 por cento” e que o índice de preços ao consumidor, que em 2022 subiu 2 por cento, segundo dados oficiais, aumente 2,3 por cento, este ano, e 1,9 por cento, em 2024. Apesar do impacto positivo da reabertura do país, a agência continua a prever uma desaceleração do crescimento das economias do G-20, passando de 2,7 por cento, em 2022, para 2 por cento, este ano, e 2,4 por cento, em 2024.
Hoje Macau SociedadeJogo | Receitas acima de 10 mil milhões em Fevereiro As receitas do jogo em Macau atingiram 10,32 mil milhões de patacas em Fevereiro, mais 33,1 por cento do que no mesmo mês do ano passado, anunciaram ontem as autoridades. Os valores arrecadados pelos casinos representam ainda assim uma queda de 10,8 por cento face a Janeiro, indicam dados oficiais da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). A indústria do jogo registou em Janeiro, mês que inclui o período do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, receitas de 11,58 mil milhões de patacas, o valor mais elevado desde o início da pandemia. O valor do mês passado é, no entanto, 50,3 por cento inferior ao alcançado em Fevereiro de 2019 – 25,37 mil milhões de patacas –, antes do início da pandemia. Macau, que à semelhança da China continental seguia a política ‘zero covid’, anunciou, em Dezembro, o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos das rigorosas restrições. Com o alívio das medidas, a cidade registou em Janeiro mais de um milhão de visitantes, numa subida de 101,3 por cento em termos anuais, e a taxa de ocupação hoteleira foi de 71,2 por cento, o valor mais elevado desde o início da pandemia. A indústria do jogo, que representava 53,5 por cento do produto interno bruto (PIB) de Macau em 2019, dava ainda trabalho a quase 68 mil pessoas no final de 2022, ou seja, cerca de 18,8 por cento da população empregada.
João Santos Filipe Manchete SociedadeSJM | Renovado contrato com casino-satélite L’Arc A empresa da deputada Ângela Leong vai poder continuar a funcionar como casino-satélite até ao final de 2025. O acordo foi explicado ontem, pela SJM Resorts, através de um comunicado à Bolsa de Hong Kong A empresa L’Arc Entertainment vai explorar o casino satélite L’Arc Macau por mais três anos, até Dezembro de 2025. A informação foi divulgada ontem pela concessionária SJM Resorts, através de um comunicado à Bolsa de Hong Kong. Segundo os termos do acordo revelado ontem, ao longo dos três anos a L’Arc Entertainment vai receber da SJM Resorts uma percentagem fixa das receitas mensais brutas obtidas no casino. Contudo, o contrato estipula que o valor a ser pago pela concessionária à empresa que explora o casino tenha um tecto máximo. Este ano, o tecto é de 253,1 milhões de dólares de Hong Kong (HKD), em 2024 sobe para 351,7 milhões HKD e em 2025 o montante máximo que a SJM terá de pagar à L’Arc Entertainment será de 450,1 milhões HKD. No comunicado, a SJM Resorts reconhece que os tectos anuais são superiores ao que seria expectável após os últimos três anos. Porém, é explicado que as previsões reflectem “a esperada recuperação do número de visitantes e das receitas do jogo como resultado do levantamento das restrições da prevenção da pandemia da covid-19 e também do levantamento das restrições de viagem entre Macau e o Interior desde os finais de 2022”. Apesar de apenas ontem ter sido emitido à Bolsa de Hong Kong o comunicado sobre a nova ligação entre as duas empresas, esta começou logo no início deste ano. Ângela Leong de fora A empresa L’Arc Entertainment tem como única accionista, ainda que de forma indirecta, ou seja, através de outras empresas, a deputada Ângela Leong. A ex-mulher do falecido Stanley Ho é ainda uma das directoras executivas das SJM Resorts. Por este motivo, no que diz respeito à tomada de decisões por parte da concessionária, e para evitar conflitos de interesses, o comunicado explica que Ângela Leong ficou fora do processo de tomada de decisão. “A direcção da empresa, incluindo os directores não-executivos, mas excluindo a senhora Ângela Leong, considera que os termos do contrato de renovação do serviço com a L’Arc Entertainment estão dentro da normalidade em termos comerciais e que são razoáveis”, foi justificado sobre a decisão. Além do acordo com o casino satélite L’Arc, a SJM Resorts tem mais oito acordos semelhantes no território, que incluem espaços como os casinos Ponte 16, Landmark, Kam Pek ou Casa Real.
Andreia Sofia Silva SociedadeCPCP | Rita Santos reage a críticas da Secção do PS em Macau Rita Santos, presidente do Conselho Regional da Ásia e Oceânia do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas (CPCP), reagiu às críticas feitas pelo secretário da Secção do Partido Socialista (PS) em Macau, Vítor Moutinho, quanto à actuação do organismo. Rita Santos esclarece que “nenhum dos membros do Conselho é funcionário do Governo de Macau”, sendo que pertencem “a diferentes associações públicas privadas que têm por objectivo servir os residentes e que, de acordo com a lei, podem receber mais ou menos subsídios do Governo de Macau”. Além disso, salientou que “os conselheiros das comunidades portuguesas não são remunerados e trabalham voluntariamente para a resolução dos problemas dos portugueses residentes em Macau”. Em declarações ao HM, publicadas esta quarta-feira, Vítor Moutinho disse que o CPCP “não serve para fazer negócios, desbloquear situações mais ou menos dúbias, promover egos ou acções que permitam reeleições. Isso não tem nada a ver com o estatuto dos representantes ou conselheiros das comunidades”. Moutinho lamentou também que continuem a ser feitas acções do Conselho “através de uma associação [Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau] financiada pelo Governo de Macau e que se confunde com o que é o CPCP. Se isso continua a acontecer reiteramos que se acabe com o CPCP da forma como está.”
Andreia Sofia Silva SociedadeBurla telefónica | Residente suspeito de apoiar grupo criminoso Um residente de 39 anos é suspeito de apoiar um grupo criminoso, alegadamente autor de várias burlas telefónicas. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o homem recebia o dinheiro obtido com as burlas e investia-o em moeda virtual, sendo feita depois uma nova transferência para o grupo. Assim, o residente é suspeito dos crimes de burla qualificada e branqueamento de capitais. O caso foi descoberto quando uma das vítimas, de 80 anos, disse à Polícia Judiciária (PJ) ter sido vítima de burla via telefone depois de transferir 35 mil patacas para uma mulher com base nas indicações que recebeu. A PJ percebeu que esse dinheiro foi passado ao suspeito por uma mulher, tendo este entrado numa joalharia, situada no NAPE, para adquirir moeda virtual com esse montante. Interceptado pelas autoridades, o homem alegou que estava a fazer a transacção a pedido de uma pessoa que tinha conhecido online e que, com essa operação, poderia receber 400 patacas, caso a fizesse numa joalharia ou loja de penhores. Segundo a PJ, a joalharia em questão pode incorrer numa infracção administrativa pois necessita de ter licença para levar a cabo transacções financeiras, uma vez que em Macau não há leis que regulem o investimento em criptomoedas.