Hoje Macau SociedadeDSSCU | Demolida obra ilegal em terraço na Rua da Barca O grupo de trabalho interdepartamental para demolição e desocupação de obras ilegais demoliu uma construção no terraço de um prédio localizado na Rua da Barca, após ter sido objecto de renovação, indicou ontem a Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana (DSSCU). Após a DSSCU ter recebido uma queixa de que haveria uma obra ilegal no local, iniciou-se uma investigação que verificou estar em curso a renovação uma obra ilegal constituída por suporte metálico, cobertura, redes e um portão metálico instalado nas escadas comuns. As autoridades emitiram “de imediato a ordem de embargo” e exigiu aos infractores que demolissem a obra e retomassem a parte pública do prédio no seu estado original. Terminado o prazo estipulado, o pessoal da DSSCU enviou uma equipa ao local para proceder à demolição. As autoridades realçam que para “encorajar os infractores a cooperarem com a Administração na demolição voluntária das obras ilegais, a legislação introduz uma medida de redução e isenção de aplicação de multa por execução de obras ilegais”.
João Luz SociedadeAssociação diz que habitação pública dilui efeito de isenção fiscal O presidente da Associação de Agentes Imobiliários de Macau, Chris Wong, entende que a capacidade dos residentes para comprar casa foi consumida pela disponibilidade de habitações sociais, económicas e pelo Novo Bairro de Macau em Hengqin. Como tal, o representante do sector imobiliário prevê que a isenção do imposto de selo na compra do segundo imóvel de habitação não irá melhorar o mercado privado, uma vez que existe oferta suficiente de fracções construídas pelo Governo. Num artigo de opinião publicado ontem no jornal do Cidadão, Chris Wong afirmou que, até à passada terça-feira, as candidaturas à habitação económica deste ano apenas totalizaram 2.700, quando existem 5.415 fracções disponíveis. O facto de este ser o primeiro ano em que a oferta de casas públicas suplantou a procura é algo salientado pelo dirigente associativo. Chris Wong indicou ainda que foram vendidos cerca de mil apartamentos no Novo Bairro de Macau, na Ilha da Montanha, e está estimado que o volume de vendas ultrapasse os 3 mil milhões de renminbis, com os proprietários que já têm um imóvel em Macau a serem os principais compradores. Facto que não irá tornar mais eficaz a isenção do imposto de selo na dinamização do mercado imobiliário. Adeus, selo O dirigente da Associação de Agentes Imobiliários de Macau realça também que o rácio dos empréstimos hipotecários para aquisição de habitação será de 70 por cento a partir do próximo ano, e que os potenciais compradores terão de pagar um valor maior da entrada. Estes factores já levaram os promotores de empreendimentos a reduzir os preços para atrair clientes, criando mais um empecilho à dinâmica do mercado. Admitindo que a população de Macau pode encarar as isenções fiscais como um incentivo à especulação imobiliária, Chris Wong defende que esta deve ser alargada à aquisição do terceiro e mais imóveis.
João Santos Filipe Manchete SociedadeImobiliário | Recuperação do turismo não evita novo recorde negativo Em comparação com 2019, o mercado de imobiliário perdeu mais de 60 por cento do número de transacções. Contudo, a redução dos preços por metro quadrado apresenta uma resistência maior, com a quebra na ordem dos 16 por cento Apesar da recuperação da indústria do turismo, o mercado imobiliário está a caminhar para mais um recorde histórico, abaixo dos valores do ano passado, o mais baixo desde que há registos. De acordo com os dados da Direcção de Serviços Financeiros (DSF) entre Janeiro e Outubro deste ano registaram-se 2.517 transacções de habitações, menos 65 transacções, em comparação com o período entre Janeiro e Outubro do ano passado, quando tinham ocorrido 2.582 transacções. A tendência é assim para que o registo negativo do ano passado seja batido, quando se chegar ao fim de Dezembro. Em 2022, foi atingido o valor mais baixo de transacções de habitação no território desde 1984. Segundo os dados oficiais, no total dos 12 meses de 2022 foram transaccionados 2.950 imóveis para habitação. Em comparação, em 1984 tinham sido transaccionados 3.490 imóveis para habitação, ano com menor número de transacções imobiliárias de acordo com o portal da Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Em comparação com 2019, o cenário não é melhor. Entre Janeiro e Outubro de 2019, registaram-se 6.706 transacções de habitação. Na comparação com este ano, representa uma queda de 62,4 por cento, ou menos 4.124 compras e vendas. Preços também baixam Além da redução das transacções, também a média dos preços está em queda quando se faz a média com base nos dados da DSF. Entre Janeiro e Outubro deste ano, o preço médio por metro quadrado ficou nas 91.121 patacas. É uma redução superior a 4 mil patacas, quando a comparação é feita com a média de 94.229 patacas por metro quadrado que era praticada entre Janeiro e Outubro do ano passado. A diferença é muito mais acentuada quando a comparação é feita com os dados de 2019. Nessa altura, o custo médio por metro quadrado era de 107.851 patacas, e quando apenas é considerado o mês de Agosto desse ano, o preço médio foi de 116.856 patacas por metro quadrado. A comparação entre os 10 primeiros meses de 2023 e 2019 apresenta assim uma diferença de 16.730 patacas por metro quadrado, o que representa 15,5 por cento. Face à redução do número de transacções, em vez de esperar por um maior ajuste nos preços, o Governo optou por intervir e permitir uma maior concentração. Nesse sentido, apresentou uma proposta para deixar de cobrar o imposto de selo, no valor de 5 por cento, quando os residentes comprarem uma segunda habitação. A proposta está a ser actualmente analisada na especialidade na Assembleia Legislativa.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeTerceira fase do Galaxy no Cotai inaugurada ontem A terceira fase de expansão do empreendimento da Galaxy no Cotai, com uma forte aposta nos sectores hoteleiro e das convenções e exposições, foi ontem inaugurada. Segundo um comunicado da operadora de jogo, as novas infra-estruturas, nomeadamente os hotéis Raffles e Andaz, o Centro Internacional de Convenções da Galaxy e a Galaxy Arena, marcam “um novo capítulo na expansão do grupo Galaxy Entertainment em vários sectores de actividade”. De frisar que alguns destes empreendimentos já estavam em funcionamento parcial. O centro de convenções, virado para a realização de conferências internacionais e convenções, tem 40 mil metros quadrados, enquanto a Galaxy Arena, pensada para acolher espectáculos de grande dimensão, disponibiliza 16 mil lugares. No discurso proferido na cerimónia de inauguração, Lui Che Woo, presidente do grupo Galaxy, afirmou que estes novos empreendimentos celebram “um novo marco cultural e de entretenimento de Macau”, estando também “alinhados com a política do Governo de Macau, que nos convida a promover o desenvolvimento de qualidade [do sector] das exposições e convenções”. Lui Che Woo acrescentou também que a fase 3 de expansão da Galaxy “é o testemunho do sucesso do modelo MICE proposto há uns anos”. “Esperamos apoiar o progresso da indústria integrada do turismo e lazer, partilhando os resultados frutíferos da diversificação económica de Macau com todos os sectores da comunidade”, disse ainda o presidente do grupo. Fase 4 a caminho Por sua vez, Francis Lui, vice-presidente do grupo, destacou a progressão da operadora de jogo “num ambiente estável, aproveitando proactivamente as oportunidades decorrente da recuperação no pós-pandemia”. “Apostamos no desenvolvimento de actividades não relacionados com o jogo na fase 3 [de expansão do grupo], em resposta às alterações demográficas, turísticas e nos padrões de consumo” no território, frisou. Francis Lui acrescentou também que a operadora pretende “continuar a avançar e a estabelecer novos padrões de referência” nas áreas do entretenimento, turismo e lazer, além de “procurar a excelência no desenvolvimento global da indústria integrada de turismo e lazer”. O mesmo comunicado dá conta de que a Galaxy continua os seus projectos de expansão no Cotai com a fase 4 do empreendimento, pretendendo construir “um novo resort integrado com várias marcas de hotéis topo de gama, uma extensa oferta de ‘Food and Beverage’ [área alimentar e de bebidas] e retalho”, sem esquecer “serviços não relacionados com o jogo”, novas estruturas paisagísticas e um “resort aquático”. Estão a ser projectados ainda, para a quarta fase do Galaxy, um centro de eventos com quatro mil lugares bem como um teatro pronto para acolher espectáculos de música e artes performativas, a fim de “revigorar o panorama artístico e cultural local”.
Hoje Macau SociedadePensões ilegais | Fechados 85 espaços até Novembro Desde o início do ano, até 12 de Novembro, as autoridades desmantelaram 85 pensões ilegais que funcionavam em apartamentos privados. A informação foi revelada pela directora dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes, em resposta a uma interpelação do deputado Ma Io Fong. Ao longo do ano, a DST participou em 107 operações interdepartamentais e inspeccionou 213 fracções suspeitas de hospedar clientes ilegalmente. Em relação à hotelaria normal, Helena de Senna Fernandes indicou que a DST recebeu pedidos para início de operação de dois hotéis de três estrelas e inferiores e de quatro alojamentos de baixo custo, com capacidade para oferecerem 348 quartos. Comparando com 2019, a taxa de ocupação em hotéis de duas estrelas e em alojamentos de baixo custo até Setembro deste ano foi de 84,1 por cento e 73,7 por cento, apresentando um aumento de 10,2 pontos percentuais e 9,4 pontos percentuais, respectivamente. A directora da DST considera que os dados mostram que existe no mercado procura por este tipo de acomodação.
Hoje Macau SociedadeInvestigação | Macau e Lisboa negoceiam financiamento O Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT) de Macau anunciou ontem que está a negociar com a congénere de Portugal uma nova ronda de financiamento para investigação científica conjunta O presidente do Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT), Che Weng Keong, disse que “vai prosseguir contactos activos com a Fundação para a Ciência e Tecnologia [FCT] de Portugal (…) para apoiar cooperação entre investigadores científicos nos dois lados e reforçar os intercâmbios”, de acordo com um comunicado. As duas entidades assinaram em Fevereiro de 2017 um acordo, válido por três anos, para financiar de forma conjunta projectos de cooperação científica que juntassem universidades ou instituições científicas de Macau e de Portugal. No entanto, a implementação do acordo ficou a aguardar a fixação de um orçamento e a selecção de temas para avançar, algo que só aconteceu no início de 2019. O orçamento foi fixado em 300 mil euros, com um financiamento máximo de 100 mil euros por projecto, para as áreas de poluição marinha, “incluindo os efeitos de plásticos”, e biotecnologia marinha, incluindo o “desenvolvimento de produtos comercializados”. Em Fevereiro de 2019, Cheang Kun Wai, membro do conselho de administração do FDCT, disse que entre os temas escolhidos estavam a medicina tradicional chinesa, “informática e questões marítimas”. O fundo de Macau só abriu candidaturas uma vez, em Junho de 2019, oferecendo um financiamento máximo de um milhão de patacas, antes do acordo expirar. De Lisboa a Hengqin Che Weng Keong falava durante uma cerimónia para assinalar os 30 anos de um acordo sobre cooperação científica e tecnológica entre a China e Portugal, realizada em Lisboa, na semana passada. O dirigente lembrou a criação, anunciada em Novembro de 2022, da Centro de Ciência e Tecnologia Sino-Lusófono, em cooperação com a cidade vizinha de Zhuhai, na Zona de Cooperação Aprofundada. Che disse que “a China e Portugal esperam poder construir uma cadeia industrial completa nas áreas da ciência e tecnologia”, naquela zona especial gerida por Macau em conjunto com a província de Guangdong em Hengqin (ilha da Montanha). A cerimónia contou ainda com a presença do presidente da Agência Nacional de Inovação portuguesa, António Grilo. A agência tem capital subscrito em partes iguais pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, através da FCT (50 por cento), e pelo Ministério da Economia, através do IAPMEI (50 por cento). No mesmo comunicado das autoridades de Macau, Grilo disse, na cerimónia, que Portugal dá grande importância e quer reforçar a cooperação com a China no que toca à inovação científica e tecnológica “de benefício mútuo”. Além de participar na cerimónia, a delegação do FDCT visitou em Portugal, entre 4 e 7 de Dezembro, várias universidades, instituição de investigação científica e farmacêuticas, incluindo a Fundação Champalimaud.
João Luz Manchete SociedadeZona A | Entrega de habitação económica pode começar em 2025 Os três prédios de habitação económica na Zona A dos novos aterros cujo período de candidatura terminou em 2020 deverão estar concluídos no próximo ano e a entrega das chaves pode arrancar em 2025. Ainda assim, o secretário para os Transportes e Obras Públicas apela à paciência porque a zona ainda parece um “estaleiro” Os três edifícios destinados à habitação económica que estão a ser construídos na Zona A dos novos aterros podem estar prontos no próximo ano, indicou ontem o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário. À margem da cerimónia da tomada de posse de Iam Lei Leng como presidentes do Instituto de Habitação, Raimundo do Rosário fez um ponto de situação sobre os edifícios para cujas fracções as candidaturas abriram em 2019, com a atribuição das casas decidida a meio de 2020. O governante adiantou que, em princípio, haverá condições para começar a entregar chaves para os apartamentos em 2025, mas apelou à calma dos candidatos escolhidos para estas habitações. “A distribuição das fracções pode começar no início de 2025. Vamos decidir os preços brevemente e dar início aos procedimentos, como a assinatura dos contratos e a entrega das chaves, mas precisamos de tempo. Mas as pessoas deviam ter paciência, porque a Zona A é um enorme estaleiro e as condições de habitabilidade ainda não são as melhores”, indicou o governante. Raimundo do Rosário acrescentou que devido às muitas obras de construção em curso na Zona A, a qualidade do ar é má, com muitas poeiras no ar e sugeriu aos vencedores do concurso às habitações económicas que não tenham pressa em ocuparem os novos apartamentos. “Mas se não se importarem com as condições, podem ocupar as fracções depois de receberem as chaves”, ressalvou o secretário, citado pelo canal chinês da Rádio Macau. Cidade nova Ho Iat Seng sublinhou durante a apresentação das Linhas de Acção Governativa que irá manter a quantidade de fracções de habitação económica planeada para a Zona A dos novos aterros pelo Governo de Chui Sai On, “por se tratar de um pilar para a estabilização do mercado”. Assim sendo, está prevista a construção de 28 mil fracções de habitação pública e 4.000 de habitação privada na Zona A. A questão foi levantada por vários actores políticos e académicos na sequência do arrefecimento do mercado imobiliário e da descida da procura. Em relação ao concurso para habitação económica cujo período de candidatura está agora em vigor, até ao dia 27 de Dezembro, Raimundo do Rosário revelou que o número de candidaturas é de 1.800, o que indica um “leve declínio” em comparação com o concurso lançado em 2021. Face à questão se estaria a ponderar prolongar o prazo de candidatura, o governante indicou que ainda estava a pensar no assunto.
Hoje Macau SociedadeInquérito | Jovens querem mais espaços públicos Um inquérito realizado pela Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau, a residentes com idades compreendidas entre 18 e 44 anos, revelou que 49,1 por cento entende que os espaços de lazer em Macau são insuficientes, e apenas 14 por cento estão satisfeitos com a quantidade da oferta de locais de lazer. Quanto à utilização, mais de 82 por cento dos jovens inquiridos visitaram parques e espaços de lazer no último ano e 43,1 por cento usufrui destes locais pelo menos uma vez por semana, revelando a elevada procura de locais e equipamentos públicos de lazer por parte dos jovens. Quase metade dos inquiridos, 49,4 por cento, avalia positivamente os espaços verdes, parques e zonas de lazer de Macau, em particular no que toca à abundância de vegetação, adequação a pais e filhos e higiene. Porém, gostariam de ter mais zonas com sombra. Os três tipos de locais preferidos pelos inquiridos são parques infantis (39,4 por cento), locais com sombra (27,9 por cento) e trilhos e zonas para corrida (21,6 por cento). Entre a dezena de parques de Macau, os predilectos dos jovens inquiridos são a Zona de Lazer da Marginal da Estátua de Kun Iam, Parque Central da Taipa e Jardim da Flora, enquanto o Parque Dr. Carlos d’Assumpção, no NAPE, foi considerado o menos popular. A associação justificou a realização deste inquérito como uma ferramenta para ajudar o Governo a planear mais áreas de lazer, com destaque para a zona costeira do sul da península de Macau, as zonas de lazer na Zona A e o Parque Desportivo que será construído no antigo Canídromo.
João Santos Filipe Manchete SociedadeAPOMAC | Elogiada actualização de pensões em Portugal Francisco Manhão defende que em Macau todos os apoios que os idosos recebem ao longo do ano, como a pensão para idosos, plano de comparticipação pecuniária, ou o subsídio de velhice, devem ser combinados num único apoio, a distribuir mensalmente O presidente da direcção da Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC), Francisco Manhão, elogiou a preocupação, em Portugal, com os pensionistas que recebem pensões através da Caixa Geral de Aposentações. Em declarações ao HM, Manhão destacou a terceira actualização do valor das pensões em Portugal em Janeiro, confirmada na segunda-feira. “Em Janeiro de 2023 houve uma actualização [das pensões], em Julho houve outra e agora, a partir de Janeiro do próximo ano vai haver mais uma”, apontou. “Não podemos ficar mais satisfeitos”, reconheceu. “É bom porque esta actualização abrange todos os que recebem o apoio social em Portugal”, acrescentou. De acordo com os dados confirmados na segunda-feira em Portugal, as pensões até 1.018,52 euros (9.595,56 patacas) vão ter um aumento de 6 por cento. As pensões acima de 1.018,52 euros e até aos 3.055,56 euros (26.449,52 patacas) têm um crescimento de 5,65 por cento. Finalmente, as pensões acima de 3.055,56 euros e até 6.111,12 (52.899,04 patacas) têm uma subida de 5 por cento. Qualquer pensão cima dos valores indicados mantém-se inalterada. “Portugal teve um cuidado muito especial durante 2023 para com os idosos e deu para compensar alguma coisa, face à inflação e ao custo de vida. Tenho de destacar que em Portugal quando se fala de pensionistas não é só para os funcionários públicos, é para quem recebe apoios socais”, vincou o presidente da APOMAC. Cenários distintos Este é um cenário que contrasta com a realidade do Governo local, que tem optado por manter as pensões congeladas, apesar da inflação e de ter decidido aumentar os trabalhadores da Função Pública. “Aqui na RAEM também ficámos satisfeitos em ver a actualização dos vencimentos da função pública, mas por outro lado, ficamos desiludidos porque a pensão para os idosos não foi actualizada”, lamentou o dirigente associativo. “A pensou está congelada há cinco anos”, frisou. O valor da pensão para idosos é actualmente de 3.740 patacas. Quanto ao facto de o Governo ter indicado durante as Linhas de Acção Governativa (LAG) que em média distribui 6.268 patacas por mês em apoios para cada idoso, Manhão defende que o valor devia ser agregado num apoio único subsídiado e distribuído mensalmente, quando as pessoas mais precisam. “Em vez de terem de esperar de três em três meses para receberem a pensão para idosos, sete meses para receberem o plano de comparticipação pecuniária, nove meses para receber o regime de previdência central e dez meses para receber o subsídio de velhice, era melhor se fosse tudo junto e distribuído mensalmente aos idosos”, sugeriu. “Ficava muito mais satisfeito se fosse mensal, em vez de as pessoas terem de esperar. Como diz o Governo, a média é de 6.268 patacas por mês, portanto era mais útil se fosse pago a cada mês, quando é preciso fazer face às despesas”, vincou.
Hoje Macau SociedadeBurla | Investimento falso leva a desfalque de 1,61 milhões A Polícia Judiciária (PJ) recebeu denúncias que duas vítimas locais burladas em 1,61 milhões de dólares de Hong Kong e 50 mil patacas depois de terem caído em esquemas de investimento falso. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a PJ revelou que a primeira vítima foi convidada para entrar num grupo de Whatsapp em Agosto e que um membro do grupo a convenceu a fazer investimentos através de uma aplicação para telemóvel, um método muito usado por burlões. A vítima depositou 1,74 milhões de dólares de Hong Kong e conseguiu tirar 127 mil dólares de Hong Kong. No entanto, quando tentou retirar o resto dos fundos, foi informada que precisaria de pagar 350 mil dólares de Hong Kong de caução. A nova exigência levou a vítima a perceber que estaria a ser alvo de burla e acabou por denunciar o caso às autoridades. O outro caso revelado ontem diz respeito a um indivíduo que foi convencido por uma internauta a comprar moeda digital. Depois de ter depositado 50 mil patacas, pediram-lhe para depositar mais 36 mil dólares americanos, sugestão que não seguiu e que o levou a apresentar queixa à PJ.
Hoje Macau Manchete SociedadeTSI | Tribunal volta a reduzir penas de Sio Tak Hong e Ng Lap Seng O Tribunal de Segunda Instância reduziu pela segunda vez as penas de prisão de dois empresários num processo de corrupção ligado a projectos imobiliários que envolveu o antigo governante responsável pela concessão de solos no território O Tribunal de Segunda Instância (TSI) cortou a pena de Sio Tak Hong de 12 anos para 11 anos e meio, decidindo que um crime de branqueamento de capitais do qual o empresário foi considerado culpado já tinha prescrito, por ter acontecido em 2010. Os três juízes do TSI reduziram ainda a pena de Ng Lap Seng de quatro anos e meio para dois anos e meio, devido à prescrição de dois dos três crimes de branqueamento de capitais (ocorridos em 2008 e 2009), pelos quais o empresário tinha sido condenado. Num veredicto datado de 4 de Dezembro, o tribunal rejeitou, no entanto, suspender a pena de Ng, sublinhando que “as circunstâncias [e] as consequências do crime são sérias” e tiveram “um enorme impacto negativo”. Recorde-se que Ng foi condenado em 2018, nos Estados Unidos, e cumpriu uma pena de prisão de menos de três anos por subornar o então presidente da Assembleia-Geral da ONU John Ashe, para conseguir apoio para um centro de conferências patrocinado pela ONU em Macau. O TSI rejeitou reduzir as penas de prisão de quatro outros arguidos neste processo. A 21 de Novembro, o mesmo tribunal já tinha reduzido as penas de Sio Tak Hong e Ng Lap Seng, que originalmente tinham sido condenados a 24 anos e 15 anos de prisão, respectivamente, no Tribunal Judicial de Base (TJB), em Março. Planos de director O TJB condenou o antigo director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) Li Canfeng a 24 anos de prisão “por abusar” do poder para aprovar projectos que “violavam as instruções administrativas ou os respectivos procedimentos”, em troca de “vantagens” de vários empresários. A lista inclui um empreendimento residencial, de Sio Tak Hong, que previa torres com até 37 andares e 115 metros de altura num terreno no Alto de Coloane, onde se localiza uma antiga casamata portuguesa. O projecto, aprovado apesar de um parecer ambiental desfavorável e a alertar para potenciais danos a Coloane, acabou por ser abandonado em 2018 devido a ilegalidades na demarcação do terreno. Um outro antigo director da DSSOPT, Jaime Carion, ausente de Macau há vários anos, foi condenado à revelia a 20 anos de prisão, pena igual à aplicada ao empresário Si Tit Sang. O empresário William Kuan Vai Lam foi condenado a 18 anos de prisão. Entre outros crimes, Jaime Carion e Li Canfeng foram considerados culpados de corrupção na autorização dada a um outro projecto habitacional, o Windsor Arch, na ilha da Taipa, um prédio com 37 andares junto à colina da Taipa Pequena, embora o limite estivesse fixado em 16 andares.
João Santos Filipe SociedadeNovos empréstimos para compra de casa caem 75 por cento face a 2019 Em Outubro deste ano o valor dos novos empréstimos para a habitação teve uma quebra de 75 por cento, em comparação com Outubro de 2019, antes da pandemia. Os dados mais recentes foram publicados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Em Outubro deste ano, os novos empréstimos para a habitação aprovados pelos bancos atingiram o valor de 883 milhões de patacas, uma quebra superior a 2,5 mil milhões de patacas em comparação com Outubro de 2019. Nesse mês o valor dos novos empréstimos para compra de casa tinha sido de 3,5 mil milhões de patacas. Quando a comparação é feita com Setembro deste ano, a redução foi de 24,3 por cento, uma vez que no nono mês do ano o valor dos novos empréstimos para a compra de habitação tinha sido de 1,17 mil milhões de patacas. Entre a proporção de empréstimos para habitação aprovados em Outubro, 98,3 por cento destinavam-se a residentes, no valor de 868,08 milhões de patacas, enquanto os restantes 1,7 por cento destinaram-se a não-residentes, no montante de 14,92 milhões de patacas. Sempre a descer Em relação aos novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias (ECAIs) houve um crescimento de Setembro para Outubro de 1,1 por cento, para 1,15 mil milhões de patacas. No entanto, os valores de Outubro deste ano ainda estão muito longe do mesmo mês de 2019, quando os novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias superavam 6 mil milhões de patacas, com um total de 6,45 mil milhões de patacas. A diferença também é muito significativa em relação às dívidas não pagas ligadas aos empréstimos para a compra de habitação. Em Outubro deste ano, o rácio de dívidas não pagas chegou a 1 por cento. Em Outubro de 2019 não ia além de 0,24 por cento. Quanto às dívidas ligadas aos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias chegaram a 2,5 por cento, enquanto em Outubro de 2019 eram de 0,39 por cento.
Hoje Macau SociedadeSMG | Esperadas baixas temperaturas no fim-de-semana Dados divulgados pelos Serviços Metereológicos e Geofísicos (SMG) apontam para a ocorrência de baixas temperaturas no próximo fim-de-semana devido à “alta pressão atmosférica nas regiões setentrionais da China que se vai intensificar no final desta semana”. Tal significa que “o ar frio vai intensificar-se e deslocar-se para sul”, além de que “a pressão no sul da China vai formar linhas isóbaras mais juntas, sinal de que o vento vai intensificar-se significativamente”. Esperam-se, assim, uma temperatura mínima igual ou inferior a 12 graus celsius, sendo que “no início da próxima semana a temperatura pode descer ainda mais”.
Hoje Macau SociedadeDICJ | Falta de inspectores deverá manter-se em 2024 A Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos poderá continuar no próximo ano com falta de pessoal, em especial para os trabalhos de inspecção nos casinos do território, apesar dos recrutamentos que são esperados a breve trecho, avançou ontem o portal GGR Asia, citando comentários governamentais ao orçamento para o próximo ano. A indicação de que as novas contratações podem não ser suficientes para cobrir o trabalho de todos os departamentos da DICJ consta do parecer da comissão que analisou o diploma. Segundo as estimativas, a DICJ deve terminar 2024 com 60 novos empregados, após finalizada a fase de formação, prontos para trabalhar na inspecção a casinos, que se juntam a uma equipa que neste momento conta com 83 profissionais, quatro destes serão promovidos ou aposentados no próximo ano. De acordo com o documento assinado pelos deputados que analisaram o orçamento em sede de comissão da Assembleia Legislativa, são precisos seis inspectores para cada casino, tendo em conta folgas, fins-de-semana e férias. Actualmente, um único inspector tem de escrutinar as operações de vários casinos num só turno. É ainda destacado que a falta de mão-de-obra permanece apesar do encerramento de vários casinos-satélite e se estende ao departamento de investigação.
Hoje Macau Manchete SociedadeTurismo | Programa “Uma Base Cultural” inclui fado no Teatro D. Pedro V O Instituto Cultural anunciou ontem o programa “Uma Base Cultural”, composto por espectáculos e iniciativas culturais organizados em parceria com as operadoras de jogo e que decorrem em diversos pontos do território. Destaque para a realização, entre Janeiro e Fevereiro, de noites de fado no Teatro D. Pedro V, iniciativa que poderá tornar-se permanente Foi ontem anunciado pelo Instituto Cultural (IC) o programa para os meses de Inverno que inclui a realização de espectáculos e diversas iniciativas artísticas em vários locais do território. Em parceria com as seis operadoras de jogo, “Uma Base Cultural” inclui, para já, um total de 25 eventos, e segundo a Lusa, o programa integra noites de fado. Entre os dias 19 de Janeiro e 11 de Fevereiro dois fadistas portugueses, Bárbara Santos e Tiago Correia, cantam fado num projecto que pode tornar-se permanente, anunciou ontem a directora do IC. Os fadistas irão actuar no histórico Teatro D. Pedro V todas as sextas, sábados e domingo, durante quatro semanas, disse Leong Wai Man em conferência de imprensa. Antes de se cantar o fado, os espectadores vão poder provar “vinho e petiscos portugueses”, numa combinação de música e gastronomia para criar “uma experiência completa, uma noite especial”, explicou. Leong afirmou também que o IC vai colaborar com agências de viagens para vender aos turistas pacotes de bilhetes para estes espectáculos, que podem “mostrar que Macau é diferente das outras regiões chinesas”. A governante sublinhou que o projecto pretende “aproveitar as vantagens e singularidades de Macau”, começando pelo Teatro D. Pedro V, “um espaço patrimonial com significado histórico”, por ser o primeiro teatro de estilo ocidental na China. Embora as noites de fado sejam “um projecto a título experimental”, cujo impacto será revisto após ter terminado, a dirigente garantiu que o objectivo é “ter actuações de marca permanentes”. Leong acrescentou que os espectáculos poderão ser alargados a outros locais e edifícios do centro histórico de Macau, considerado Património Mundial pela Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). “Este é um projecto a que damos grande importância, porque queremos construir Macau como uma base cultural entre a China e os países de língua portuguesa”, disse. Inverno cultural As noites de fado são um dos 25 eventos que constam do programa de Inverno “Uma Base Cultural”, agora apresentado pelo IC, em colaboração com as seis concessionárias de casinos. O programa inclui um concerto de passagem de Ano Novo, que irá terminar com a actuação da cantora e compositora franco-brasileira Lia Sophia, a partir das 22h de 31 de Dezembro, na praça do Lago Sai Van. Na mesma noite, as Casas Museu da Taipa vão acolher gastronomia, música e dança, tendo “como mote a integração de várias culturas,”, disse Leong Wai Man, que destacou o envolvimento das comunidades com raízes na Austrália, Filipinas, Indonésia, Myanmar (antiga Birmânia) e Vietname. Outro dos destaques, é o pianista japonês Makoto Ozone, de 62 anos, descrito pelo IC como “uma lenda do jazz” e nomeado em 2002 para um Prémio Grammy na categoria “Best Classical Crossover Album” (‘Melhor Álbum Clássico Transversal’). Leong Wai Man sublinhou que o concerto de Makoto Ozone com a Orquestra de Macau irá situar-se precisamente nesse cruzamento de sons, que “reúne jazz e música clássica”.
Hoje Macau SociedadeDroga | Três detidos por suspeita de tráfico de 6Kg de cocaína Três pessoas foram detidas por alegado envolvimento num caso de tráfico de droga em que as autoridades de Macau e Hong Kong apreenderam 16 garrafas de vinho contendo cocaína líquida, com um peso total de 6 quilogramas. Segundo a estimativa das autoridades policiais, a droga terá um valor aproximado de 26,4 milhões de patacas. A Polícia Judiciária (PJ) indicou na quinta-feira que em Macau foram detidos um homem, de 28 anos, e uma mulher, de 27 anos, num hotel do Cotai, ambos residentes de Taiwan. O outro suspeito, um cidadão da Malásia de 23 anos, foi detido pela polícia de Hong Kong em Tsuen Wan Segundo a PJ, os dois suspeitos afirmaram ser desempregados e ter recebido a promessa de pagamento de cerca de 51 mil patacas se transportassem vinho para Macau, território onde nunca tinham estado. Porém, não adiantaram mais informações às autoridades. Também na quinta-feira, a PJ revelou outro caso de tráfico de cocaína que envolveu um estrangeiro que voou para Macau a partir de Kuala Lumpur, na Malásia. No interior do corpo transportava 45 embalagens de cocaína com um peso total de um quilograma.
Andreia Sofia Silva SociedadeInfecções respiratórias | Secretária diz que está tudo controlado A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, referiu ontem que o panorama das infecções respiratórias está controlado ainda que se verifique “semanalmente um ligeiro aumento dos casos de gripe e pneumonia que levam as pessoas a recorrer aos serviços de urgência”. Falando aos jornalistas à margem da Marcha da Caridade por Um Milhão, que decorreu ontem, a governante adiantou que os casos de infecções respiratórias “estão ainda num nível baixo”, além de que “as autoridades de saúde dispõem de mecanismos e planos de reposta para lidar com a situação, não havendo necessidade de preocupação por parte da população”. Relativamente à actualização das orientações sobre o uso de máscaras pelo Interior da China, a secretária sublinhou que as orientações do uso de máscaras pelas autoridades de Macau estão em consonância com as medidas do Interior da China, como por exemplo o uso de máscaras nos hospitais e lares de idosos, pelo que “os cidadãos não precisam de se preocupar”.
Andreia Sofia Silva SociedadeZhuhai | Filha de residente assassinada com apoio psicológico A filha de uma residente de Macau recentemente assassinada em Zhuhai está a receber apoio psicológico disponibilizado pela Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ). Segundo um comunicado desta entidade, a filha estuda numa universidade do interior da China, tendo sido feita uma “comunicação imediata” com a instituição do ensino superior a fim de enviar um profissional para dar o apoio necessário neste caso. Além disso, o Fundo de Desenvolvimento Educativo da DSEDJ accionou o grupo de trabalho de emergência a fim de conceder à estudante uma bolsa empréstimo de 50 mil patacas para “satisfazer necessidades de curto prazo”. A DSEDJ diz ainda estar em estreita comunicação com o Instituto de Acção Social a fim de criar medidas de apoio que possam ajudar a estudante a “satisfazer as necessidades financeiras, habitacionais e psicológicas” a longo prazo. Recorde-se que a residente, um outro filho de 9 anos e o actual companheiro, foram assassinados à facada no passado dia 2 à porta do prédio onde moravam no distrito de Xiangzhou, em Zhuhai, por um ex-namorado. O homicida suicidou-se de seguida.
Hoje Macau Manchete SociedadeSaúde | Dois dos 12 médicos portugueses candidatos devem ser recrutados Os Serviços de Saúde vão propor a contratação de dois dos 12 médicos portugueses que se candidataram para integrar a rede hospitalar do território. Os dois médicos são especialistas de Medicina Interna “Após a apreciação curricular do Centro Hospitalar Conde de São Januário, é proposta a contratação de dois médicos especialistas de Medicina Interna”, escreveram os Serviços de Saúde (SS) num email enviado à Lusa na sexta-feira à noite. A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, esteve no final de Maio em Portugal para abordar a possibilidade do recrutamento de profissionais portugueses. Em Outubro, o director dos SS, Alvis Lo Iek Long, referiu que, de um total de 12 médicos portugueses que se candidataram para trabalhar na RAEM, oito reuniam os requisitos para integrar a rede de saúde local. Contudo, no mês seguinte, admitiu que dos oito pré-seleccionados para trabalharam em Macau no novo Hospital das Ilhas, alguns já tinham desistido do processo, de acordo com a TDM – Rádio Macau. À margem do programa radiofónico “Fórum” da Ou Mun Tin Toi, canal da rádio da TDM em língua chinesa, o responsável notou que os especialistas invocaram razões pessoais. À Lusa, os SS vêm agora dizer que, dessas oito candidaturas, quatro foram submetidas por “portadores de bilhete de identidade de residente (BIR) de Macau, pelo que necessitam de obter a acreditação antes de preencherem os requisitos legais para o ingresso na carreira”. “Quanto aos restantes quatro, que são portadores de passaporte de Portugal, após a apreciação curricular do Centro Hospitalar Conde de São Januário, é proposta a contratação de dois médicos especialistas de Medicina Interna, sendo que os outros dois ainda necessitam de informações complementares e análises”, concluiu. Abaixo da média No final de Novembro, os Serviços de Saúde tinham dito à Lusa que, “de acordo com a situação dos recursos médicos” no território, as autoridades “continuam a recrutar os médicos especialistas com qualificações especiais, que estão em falta em Macau”. O novo Hospital Peking Union de Macau vai entrar em funcionamento, “a título experimental”, no final deste ano, reiterou o Governo em Outubro. Situado no Cotai, a infraestrutura tem uma área bruta de construção de cerca de 430 mil metros quadrados e é o maior complexo de cuidados de saúde do território. O coordenador do Gabinete Preparatório do Centro Médico de Macau do novo hospital anunciou, em Setembro, a abertura de concurso para preencher 200 vagas para médicos, enfermeiros, funcionários técnicos e administrativos. Em declarações à Ou Mun Tin Toi, Lei Wai Seng não excluiu a contratação de médicos do exterior, incluindo de Portugal. Ainda recentemente, numa interpelação escrita, o deputado Che Sai Wang citou dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), dizendo que, até 2022, havia 1.965 médicos em Macau, ou seja, “2,9 médicos por cada mil habitantes”. “Estabelecendo a comparação com os países desenvolvidos, verifica-se que o número médio de médicos por cada mil habitantes é de 3,2 a 3,9, portanto existe ainda uma certa distância. Isto demonstra que o número de médicos em Macau não é suficiente para satisfazer as necessidades de assistência médica dos residentes”, salientou. Em resposta, Alvis Lo notou que os planos das autoridades apontam para três médicos por cada mil habitantes em 2025. Quanto aos passos seguintes, o director dos SS garantiu que “será também intensificada a formação de pessoal”. “Tendo em conta a procura de serviços de especialidade em Macau, os recursos humanos existentes e os necessários no futuro, será definido o número de vagas para a formação de médicos especialistas em Macau, e as diversas instituições de formação iniciarão, em breve, a formação de médicos especialistas, envolvendo mais de 60 vagas”, lê-se na resposta de Lo.
Hoje Macau SociedadeHabitação | Preços caíram 1,3% no terceiro trimestre Entre Agosto de Outubro deste ano, o preço da habitação desceu 1,3 por cento, em comparação com o período transacto (Julho a Setembro de 2023), segundo dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Tendo em conta a comparação anual, durante o período entre Agosto e Outubro deste ano, os preços diminuíram 4,2 por cento face ao mesmo período de 2022, com destaque para a maior depreciação dos imóveis situados na península de Macau, que registou uma quebra anual de 5,3 por cento, enquanto a Taipa e Coloane registaram uma descida de 0,2 por cento dos preços. Por zonas, o preço dos imóveis para habitação caiu 1,5 por cento na península de Macau, e 0,4 por cento na Taipa e Coloane. As habitações construídas também registaram quedas de preços. O índice de preços de habitações construídas pertencentes ao escalão dos 11 aos 20 anos de construção e o índice do escalão superior a 20 anos baixaram 5,4 e 0,8 por cento, respectivamente. Porém, o índice do escalão inferior ou igual a 5 anos cresceu 0,4 por cento, enquanto o índice de preços de habitações em construção foi semelhante ao do período precedente.
Hoje Macau SociedadeUSJ quer criar base de biotecnologia que liga China a Portugal A Universidade de São José (USJ) quer ajudar a criar na região uma base de biotecnologia marinha e ambiental que ligue a China e Portugal, disse à Lusa um dirigente da instituição. A USJ criou em outubro o Laboratório Conjunto Sino-Português de Ciências Marinhas e Ambientais, em parceria com a Universidade Católica Portuguesa (UCP), o Instituto Português do Mar e da Atmosfera e a Academia de Ciências da China. O director do Instituto de Ciências e Ambiente da USJ disse que o projecto quer “fomentar o desenvolvimento em Macau de um ‘hub’ tecnológico ligado à biotecnologia azul e verde”, uma área onde “a parceria China Portugal pode trazer bons frutos”. David Gonçalves apontou como meta conseguir que a investigação não se fique pelos laboratórios e chegue à “implementação dessa inovação no mercado”, através da ligação a empresas. O biólogo acrescentou que um dos objectivos futuros é estabelecer parcerias “com empresas da China, de Portugal e algumas que existem já também em Macau para estabelecer um tecido empresarial”. Portugal pioneiro Gonçalves disse que a biotecnologia é “uma área interessante, onde há muitas pequenas empresas hoje em dia a surgirem em Portugal”. O país tem sido “pioneiro numa certa forma moderna de olhar para o oceano enquanto um recurso que tem de ser explorado de uma forma sustentável”, defendeu o investigador, apontando como exemplo a aposta na aquacultura. Portugal tem dado “passos interessantes” na definição de áreas protegidas na sua Zona Económica Exclusiva e a China “tem algum interesse” na investigação marinha desenvolvida no país, referiu o académico. Por outro lado, sublinhou Gonçalves, a China está “extremamente avançada” na monitorização dos processos globais oceânicos e tem “uma grande sofisticação” técnica no que toca a navios de investigação, submersíveis e veículos operados remotamente. “Podiam-se fazer aqui equipas de sucesso para investigar determinados temas no mar”, defendeu o também presidente da Associação em Macau para a Cooperação Científica entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Gonçalves deu como exemplo a proliferação de algas, “um problema que afecta Portugal continental”, e novas técnicas e métodos para garantir uma aquacultura “de facto sustentável e que permita salvaguardar as populações naturais” de peixes. Outra potencial área de investigação é a exploração de recursos biológicos que possam ter utilizações comerciais, desde a indústria alimentar aos medicamentos, referiu o biólogo. “Muitas vezes até podem ser não só moléculas novas, mas também dar valor a desperdícios que existem em indústrias, como por exemplo na indústria da aquacultura”, acrescentou Gonçalves. Em ligação com o novo laboratório, a USJ já apresentou à Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude, planos para uma licenciatura em biotecnologia, adiantou o reitor. Stephen Morgan disse à Lusa ter esperança de que a licenciatura, que será oferecida em conjunto com o Centro de Biotecnologia e Química Fina da UCP, poderá arrancar no ano letivo de 2024/2025. O reitor acrescentou que, já em Setembro de 2024, a USJ deverá começar a oferecer uma licenciatura de grau duplo, também em parceria com a UCP, em ciências ambientais.
Hoje Macau SociedadeCoronel Mesquita | Obras a partir de segunda-feira A Avenida do Coronel Mesquita será repavimentada a partir desta segunda-feira, tratando-se, segundo um comunicado do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), de uma obra que vai decorrer durante a noite a fim de “diminuir, tanto quanto possível, o impacto junto de cidadãos e trânsito das zonas circundantes”. O IAM assegura que será possível circular na zona durante o dia, existindo trânsito condicionado durante a noite, entre as 20h e as 6h. As obras serão feitas numa área que inclui a Avenida do Coronel Mesquita, a Rotunda de S. João Bosco e ainda várias vias circundantes, sendo realizada em três fases. A primeira fase da obra será feita entre os dias 11 e 14 de Dezembro na zona entre o canil municipal e a Rua de Francisco Xavier Pereira, enquanto a segunda fase será levada a cabo entre esta rua e a Rotunda de S. João Bosco, no período de 15 a 19, e nos dias 23 e 24 de Dezembro. Por sua vez, a terceira fase da obra terá lugar entre esta rotunda e a Estrada de Cacilhas, entre os dias 25 e 28 de Dezembro. No total, o IAM planeia realizar a obra em 15 noites úteis. Além das devidas alterações ao trânsito, serão suspensas temporariamente algumas paragens de autocarros.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeAprendizagem | Relação docente-aluno com influência determinante Um estudo da investigadora Cheung Pui Man conclui que a relação entre professores e alunos influencia “directamente o nível do sucesso escolar” no ensino secundário ao nível da “cognição”, “afectividade” e “competência” dos estudantes. A autora defende que o Governo deve prestar atenção a este factor quando elaborar políticas educativas Um estudo de Cheung Pui Man, investigadora adjunta do Education Development Research Institute, do International (Macau) Institute of Academic Research, conclui que a relação docente-aluno “influencia directamente o nível de sucesso escolar [dos estudantes do ensino secundário] nos domínios da ‘cognição’, ‘afectividade’ e ‘competência'”. Ficou provado que “o nível de sucesso escolar do aluno pode ser influenciado pela relação docente-aluno”, e que esta ligação “pode ainda causar um impacto no nível do sucesso escolar do aluno, influenciando a sua atitude geral de aprendizagem”. A conclusão surge no estudo intitulado “Politica do Governo da RAEM para o Aumento do Sucesso Escolar dos Alunos do Secundário: Uma Análise Empírica Baseada no Impacto da Relação Docente-aluno sobre os Diferentes Domínios de Sucesso Escolar Efeito de Mediação da Atitude de Aprendizagem”, publicado na última edição da revista “Administração”, editada pelos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP). Estas conclusões têm por base 305 questionários válidos realizados em dez escolas secundárias locais, tendo sido usado o “método de amostragem bola de neve” e o “efeito de mediação” para analisar os dados. Cheung Pui Man entende que os resultados “servem como um sinal inspirador para o Governo no desenvolvimento do ensino não superior”, pois, para promover um maior sucesso escolar, as autoridades devem implementar políticas educativas que “ajudem os professores e alunos a estabelecerem uma boa relação docente-aluno”. Deve dar-se “importância a esta relação” na hora de elaborar políticas, com foco em quatro critérios, como a “orientação na aprendizagem”, a “atenção no quotidiano”, a “proximidade e confiança” e “interacção de sentimentos”. Caixa de sugestões A investigadora deixa ainda algumas sugestões ao Governo tendo em conta os resultados obtidos, nomeadamente a necessidade do “reforço da promoção da relação docente-aluno” ou a “promoção de estudos” relacionados com este tema. Devem ainda ser promovidos mais “intercâmbios com as escolas” além de ser organizadas “diferentes competições”. Cheung Pui Man sugere mesmo a criação de um “serviço de gestão de crises juvenis”, que serviria para “prestar apoio escolar, familiar e económico aos alunos com problemas emocionais, familiares ou com falta de recursos”. É também sugerido que a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude “simplifique os procedimentos de candidatura para as bolsas de estudo”, reduzindo o tempo de espera nas candidaturas, por exemplo. A investigadora entende que, para se conseguir uma boa relação professor-aluno, deve ser promovido “o ensino em turmas reduzidas”, além de serem produzidas mais leis sobre “a aprendizagem interdisciplinar no ensino não superior”, nomeadamente quanto à “organização de cursos de aprendizagem interdisciplinar nas escolas”, com a concessão de apoios e financiamento.
Hoje Macau SociedadeEmprego | Feiras oferecem 98 vagas na próxima semana A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), em cooperação com a Federação das Associações dos Operários de Macau, vai organizar feiras de emprego, em três sessões, nos dias 14, 15 e 18 de Dezembro, para as quais estão abertas as inscrições entre hoje de manhã, às 09h, e o meio-dia da próxima quarta-feira. Ao todo, durante as três sessões serão disponibilizadas 98 ofertas de trabalho. A primeira sessão, que irá decorrer o dia inteiro a 14 de Dezembro, irá disponibilizar 62 ofertas de emprego para o sector da hotelaria e tem lugar marcado no 7.º andar do Hotel Grand Lisboa de Macau. As vagas são para os cargos de agente dos serviços de autocarro de shuttle, cozinheiro, supervisor da secção dos serviços de restauração e empregado de mesa. A sessão referida decorrerá no 7.º andar do Hotel Grande Lisboa de Macau. No dia 15 de Dezembro, à parte, será a vez do sector da venda a retalho de vestuário, disponibilizando 17 ofertas de emprego para os postos de supervisor de loja, ajudante do supervisor de loja e empregado de loja. Esta sessão decorrerá no 2.º andar da sede da FAOM, na Rua da Ribeira do Patane nº 2 a 6. Finalmente, a última sessão está marcada para 18 de Dezembro, oferecendo 19 vagas para o sector de hotelaria, para os cargos de “gerente de promoção de actividades e planeamento de entretenimento, ajudante do gerente de entretenimento audiovisual, director superior de promoção de marketing digital, director superior de média social e de gestão social, agente de promoção das actividades e planeamento de entretenimento, técnico de entretenimento audiovisual e designer superior dos gráficos”. Esta sessão irá decorrer no 2.º andar do Grand Lisboa Palace, no Cotai.