Inflação | Taxa fixa-se em 1,16% em Novembro

A taxa de inflação em Macau fixou-se em 1,16 por cento em Novembro, contra 0,76 por cento no mesmo mês de 2022, de acordo com dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). “O crescimento foi impulsionado, principalmente, pela ascensão dos preços das refeições adquiridas fora de casa, do vestuário e do gás de petróleo liquefeito, assim como pelo aumento das propinas escolares”, indicou a DSEC, em comunicado.

No entanto, continuou o organismo, a queda dos preços da carne de porco e dos bilhetes de avião, bem como a diminuição das rendas de casa e dos salários dos empregados domésticos compensaram parte do crescimento do índice de preços.

As autoridades indicaram também que o custo do vestuário e calçado, da educação e dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas subiram 5,03 por cento, 5,02 por cento e 2,61 por cento, respectivamente, em termos anuais.

Já os índices de preços das secções dos transportes, dos equipamentos e serviços domésticos, assim como da habitação e combustíveis diminuíram 3,26 por cento, 0,75 por cento e 0,50 por cento, respectivamente. Em Novembro, o índice de preços no consumidor subiu 0,03 por cento face ao mês de Outubro, quando a taxa de inflação foi de 1,10 por cento.

27 Dez 2023

Edifício do Lago | Azulejos voltam a soltar-se e a cair

O diferendo entre os moradores e o empreiteiro do projecto de habitação económica mantém-se com a proposta para substituir os azulejos por mosaicos e tinta a ser recusada

 

Os azulejos instalados no Edifício do Lago, um dos projectos locais de habitação económica, voltaram a soltar-se e a cair. Este tem sido um problema crónico de uma construção marcada por vários defeitos.

A queda aconteceu no dia 24 de Dezembro de manhã, em alguns andares do bloco 2 do Edifício do Lago. Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, vários moradores deixaram a esperança de que seja possível um acordo entre o empreiteiro e os condóminos, para avançar com um plano de recuperação das partes danificadas.

“Quando cheguei à porta da minha casa, todos os azulejos do corredor do espaço comum estavam no chão, partidos, e só vi o reboco na parede. Desejo que o empreiteiro possa recuperar o espaço, de acordo com a aparência do prédio na altura em que começamos a ocupar as casas”, afirmou um morador de apelido Ng.

O residente recordou ainda que no final do ano passado, face à queda crónica dos azulejos, que o empreiteiro propôs uma alternativa: a substituição dos azulejos por mosaicos e por uma parte da parede simplesmente pintada com tinta. Porém, o condomínio recusa este plano, por considerar que o espaço ficaria com uma qualidade menor do que a inicial.

Por seu turno, outra moradora, de apelido Wong, também pretende ver a situação resolvida e sublinhou que este tipo de ocorrências coloca em risco a saúde de todos, principalmente dos idosos e das crianças. “A queda de azulejos aconteceu à meia noite no meu bloco. É um acontecimento perigoso, principalmente se houver crianças ou idosos a passarem pelos corredores quando acontecem as quedas de azulejos”, indicou Wong.

Segundo as informações da Direcção dos Serviços de Obras Públicas, entre Dezembro do ano passado e Março, as administrações de todos os seis blocos do Edifício do Lago recusaram as propostas de reparação dos azulejos apresentadas pelo empreiteiro.

Deputados reagem

Por sua vez, os deputados Leong Hong Sai e Ron Lam reagiram ao incidente, ao defender que deve ser o Governo a assumir um papel mais activo na negociação entre os proprietários do Edifício do Lago e empreiteiro.

Ron Lam criticou o Executivo porque apesar de um relatório do Comissariado contra a Corrupção sobre o prédio ter indicado ser necessário uma “colaboração activa” do Governo, na prática, o resultado é muito diferente. Lam indicou que o Governo tem tido uma postura passiva, sem apontar grandes soluções para o problema dos moradores.

O legislador indicou também que no caso das negociações recusadas, o Governo fez uma única proposta para instalação de novos mosaicos, que cobririam uma altura de 1,5 metros das paredes com azulejos, e que aos proprietários só era dada a opção de escolher a cor e o padrão de mosaicos.

Já Leong Hong Sai, considerou que a queda de azulejos se deveu à mudança da temperatura nos últimos dias. O também engenheiro apontou que se os moradores querem manter a instalação de azulejos, o tamanho de azulejos pode ser reduzido e o desenho para a distância de lacuna entre azulejos deve ser melhorado.

27 Dez 2023

Medalhas | Felizbina Carmelita Gomes fala de reconhecimento de missão “emotiva”

O reconhecimento de uma missão “bastante emotiva”. Foi desta forma que Felizbina Carmelita Gomes, actual directora do Jardim de Infância D. José da Costa Nunes, reagiu à divulgação de que vai receber em Janeiro a Medalha de Mérito Educativo.

Em declarações à agência Lusa, a macaense destacou “estar muito grata e satisfeita” com a medalha, e agradeceu à Associação Promotora da Instrução dos Macaenses. “Agradeço imenso aos serviços de educação e à APIM pelo reconhecimento do meu trabalho”, afirmou Felizbina Carmelita Gomes.

A antiga directora da Escola Primária Luso-Chinesa da Flora, com “uma carreira com 39 anos de tempo de serviço na área da educação”, referiu ainda que o percurso profissional “junto das crianças e funcionários da educação” tem sido “uma missão bastante emotiva”.

Natural de Macau, Felizbina Carmelita Gomes estudou no Liceu de Macau, tendo concluído o ensino superior em Ciências da Educação pela Universidade de Macau. Em Portugal, realizou várias formações complementares na área educativa na Universidade de Lisboa, disse à Lusa.

Em comunicado, o Governo destacou, entre outros trabalhos da educadora, a “pro-actividade no desenvolvimento dos currículos e do ensino da língua portuguesa nas escolas oficiais” do território bem como a promoção de um “ambiente favorável para a aprendizagem da cultura portuguesa nas escolas”.

27 Dez 2023

Habitação económica | Prazo de candidaturas estendido

O prazo de apresentação das candidaturas de habitação económica, que devia ter chegado ao fim hoje, foi prolongado por mais três meses, até 27 de Março do próximo ano. A informação foi divulgada pelo Instituto de Habitação (IH), em comunicado.

Também o prazo para a entrega dos documentos em falta, foi estendido até 26 de Abril de 2024. Dar mais tempo aos residentes “para ponderarem a apresentação das candidaturas à habitação económica” foi a justificação apresentada para a prorrogação do prazo.

As habitações económicas disponíveis para a aquisição no concurso serão construídas nos 5 lotes da Zona A dos Novos Aterros: os lotes B5, B7, B8, B11 e B12, num total de 5.415 fracções. Entre estas fracções, 1.657 são da tipologia T1, 3.216 de tipologia T2 e 542 da tipologia T3.

As candidaturas podem ser apresentadas presencialmente ou por meios electrónicos, sendo apenas necessário apresentar o boletim de candidatura, acompanhado dos documentos de identificação e dos documentos comprovativos do rendimento mensal do candidato e dos elementos do agregado familiar.

27 Dez 2023

Hovione | Distinção reflecte “história longa e bem-sucedida”

Com 180 trabalhadores, a empresa portuguesa é a maior unidade farmacêutica de Macau. Para o director-geral, Eddy Leong a distinção é igualmente um sinal de confiança para o futuro

A Hovione considera que a atribuição de uma medalha de Mérito Industrial e Comercial pelo Governo é “uma grande honra” e reflecte a “longa e bem-sucedida” história da farmacêutica no território. Foi desta forma que a empresa reagiu à atribuição anunciada a 19 de Dezembro pelo Executivo.

“É para nós uma grande honra ter recebido esta medalha de mérito”, começou por reagir o director-geral da empresa em Macau, Eddy Leong, em declarações à Lusa, expressando “gratidão ao Governo” e a “todos os sectores da sociedade pelo reconhecimento dos quase 40 anos de trabalho” local.

“Na Hovione, gostamos de dizer que estamos ‘nisto para a vida’ e sinto que este prémio reflecte não só a nossa longa e bem-sucedida história em Macau, mas também aponta para o nosso futuro de sucesso aqui”, acrescentou, numa resposta por email.

A medalha, continuou o director-geral, reflecte, além disso, o compromisso da empresa portuguesa em trabalhar com as “organizações parceiras para criar oportunidades de carreira gratificantes nas ciências da vida”.

Na apresentação dos medalhados deste ano, o executivo de Ho Iat Seng sublinhou em comunicado a “equipa forte” da Hovione dedicada “à investigação e à qualidade” e que “tem obtido diversos êxitos”.

“A empresa tem-se empenhado em melhorar e desenvolver de forma constante e estrategicamente a operação com segurança, trazendo para o mercado mundial medicamentos não patenteados e produtos sintéticos personalizados, seguros, eficazes, especializados e de qualidade elevada, o que lhe granjeou o reconhecimento mundial”, afirma-se na nota de apresentação.

Papel na Montanha

Por outro lado, o Governo referiu que a expansão do negócio da Hovione “no mercado asiático está já a aproveitar as oportunidades proporcionadas pelo desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”, contribuindo para o desenvolvimento da indústria de ‘big health’ de Macau e, consequentemente, para o desenvolvimento da diversificação económica local.

A Hovione começou a operar em Macau em 1986 e em 1987 foi pela primeira vez inspeccionada e certificada pela FDA [Food and Drug Administration – agência federal americana de saúde nos medicamentos e comida]. A empresa “produz activos farmacêuticos não patenteados, distribuídos no mercado global”. Tem 180 funcionários e segundo a própria empresa “é a maior unidade farmacêutica de Macau”. Além disso, “presta aconselhamento ao Departamento Económico sobre o desenvolvimento da indústria farmacêutica” no território.

27 Dez 2023

DSEC | Restaurantes japoneses com quebra de 24,9 %

Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) apontam para uma quebra do volume de negócios dos restaurantes japoneses em 24,9 por cento em Outubro deste ano, situação também verificada nos restaurantes coreanos. Pelo contrário, verificou-se um aumento do volume de negócios de 69,7 por cento nos restaurantes ocidentais e 52,1 por cento nos restaurantes chineses, sendo que, em termos globais, o sector da restauração cresceu 35,7 por cento em Outubro.

A DSEC aponta também que, em Outubro, o volume de negócios dos proprietários entrevistados da restauração registou um crescimento de 2,9 por cento face a Setembro, impulsionado pelas férias da Semana Dourada de Outubro. Destaque para o facto de o volume de negócios dos restaurantes ocidentais ter subido 12,3 por cento face a Setembro.

Ouvidos pela DSEC, 46 por cento dos proprietários de restaurantes previram ainda uma quebra do volume de negócios em Novembro, após a Semana Dourada, sendo que os restaurantes japoneses esperam que o negócio baixe em 56 por cento.

Relativamente ao comércio a retalho, observou-se que no mês em análise o volume de negócios dos retalhistas entrevistados cresceu 38,4 por cento em termos anuais.

21 Dez 2023

GP Macau | Revista anuncia desactivação de terminal do Porto Exterior

Uma publicação britânica de automobilismo indica que o terminal marítimo do Porto Exterior poderá desaparecer para dar lugar a instalações do Grande Prémio. A Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água recusa fazer comentários por “desconhecer o assunto” e o Instituto do Desporto diz “não estar ciente” de planos do género

No balanço do Grande Prémio de Macau, a revista britânica Racecar Engineering avança que o Terminal Marítimo do Porto Exterior pode ser desactivado, e que o espaço deverá ser ocupado para expandir as instalações do Edifício do Grande Prémio de Macau. A informação foi publicada como um dos “rumores” mais recentes nos meados do automobilismo de Macau, mas, ao HM, a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) e o Instituto do Desporto dizem desconhecer os planos.

De acordo com um editorial publicado na revista britânica, na sua mais recente edição, a falta de espaço do auto-silo junto do Terminal Marítimo do Porto Exterior para receber as equipas e os outros envolvidos nas corridas representa cada vez mais um problema de segurança.

Na edição deste ano, aponta a revista, o espaço atribuído à Pirelli, fornecedora de pneus, foi tão reduzido que os procedimentos de segurança ficaram comprometidos. Um funcionário da empresa italiana acabou mesmo por se lesionar, com um dedo partido e outra lesão num pulso, quando um pneu que estava a ser montado rebentou e acabou por atingir o profissional, depois de bater no tecto. Na sequência do incidente, a Pirelli viu o seu espaço aumentar, por cedência de parte do espaço da Kumho, outra fornecedora de pneus.

Face a estes problemas, a revista aponta que o Terminal Marítimo do Porto Exterior pode ser demolido para dar lugar um novo Centro de Controlo das Corridas. O espaço do actual controlo seria assim utilizado para expandir o paddock, no que é uma medida muito bem vista pelas equipas, principalmente do TCR, que normalmente ficam alojadas no auto-silo.

Aposta na ponte

A desactivação do Terminal Marítimo do Porto Exterior é ainda justificada com a aposta das autoridades de Macau na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, face ao grande investimento e pouco utilização.

As autoridades insistem em manter reduzidas as ligações marítimas entre Macau e o aeroporto de Hong Kong a três barcos por semana, com partidas às 10h, quando as ligações para a Europa, em Hong Kong, acontecem na maioria depois das 22h. A cada vez mais reduzida utilização do porto marítimo, pode assim contribuir para a desactivação do mesmo.

Face à informação, o HM contactou a DSAMA sobre esta possibilidade. A autoridade responsável recusou comentar. “Como não conhecemos o assunto mencionado nas suas perguntas não estamos em condições de comentar”, foi respondido.

Por sua vez, o ID aponta não conhecer os planos: “Gostaríamos de informar que o Instituto do Desporto não está ciente de quaisquer planos para utilizar o Terminal Marítimo do Porto Exterior como instalações do Grande Prémio de Macau”, foi respondido.

As mesmas perguntas foram feitas à Associação Geral do Automóvel de Macau-China, que até ontem ao fecho da edição não se pronunciou sobre o assunto, apesar do contacto ter sido feito na manhã de terça-feira.

21 Dez 2023

Gansu | Sands China e MGM fazem donativos após terramoto

As concessionárias Sands China e MGM anunciaram ontem que vão oferecer 10 milhões de patacas, cada, para ajudar nos esforços de salvamento e recuperação de Gansu, província afectada por um terramoto. Do tremor de terra de segunda-feira, que atingiu 6,2 na escala de Richter, resultaram pelo menos 115 mortos e 700 feridos. O número de pessoas desaparecidas nos escombros não foi estimado.

“A Sands China está profundamente triste com a ocorrência do terramoto de segunda-feira na província de Gansu e está solidária com todos os afectados”, pode ler-se no comunicado emitido por Wilfred Wong, presidente da empresa. “Oferecemos as nossas condolências e temos a esperança que o nosso contributo ajude na recuperação e reconstrução das comunidades afectadas, trazendo conforto e apoio para os nossos compatriotas neste tempo difícil”, acrescentou.

Por sua vez, Pansy Ho, presidente da MGM China, destacou a ligação com o Interior da China. “A MGM tem uma ligação sentimental com a nossa pátria, assim como todos os afectados na província de Gansu. Toda a nação está de luto devido aos nossos compatriotas atormentados pelo terramoto que causou danos severos, agravados pelas condições do Inverno rigoroso”, afirmou a filha de Stanley Ho, em comunicado.

“Em tempos críticos como estes, as medidas de alívio imediato são imperativas. Através deste donativo, esperamos ajudar com as necessidades mais urgentes das áreas afectadas, e endereçamos os nossos desejos de uma rápida recuperação às pessoas da província de Gansu”, adicionou.

21 Dez 2023

Conservatório | CCAC alerta para excesso de TNR em escola de dança

O Comissariado contra a Corrupção alerta para o excesso de professores não-residentes na Escola de Dança do Conservatório de Macau, que ocupam uma percentagem de 80 por cento. O Instituto Cultural promete estar atento às contratações feitas pelas suas subunidades

 

A Escola de Dança do Conservatório de Macau tem um excesso de professores não-residentes contratados no Interior da China, que representam 80 por cento de todo o corpo docente, o que levou o Comissariado contra a Corrupção (CCAC) a alertar o Instituto Cultural (IC) sobre a questão, a fim de se salvaguardar o emprego de residentes.

Numa nota divulgada pelo CCAC na terça-feira, é referido que o caso foi investigado após uma queixa apresentada “por um indivíduo”, tendo o IC prometido analisar melhor as contratações feitas pelas entidades que dele dependem.

“O IC aceitou as opiniões do CCAC e comprometeu-se a rever a organização e programação dos cursos, no sentido de reduzir a dependência dos professores não-residentes, concretizar o mecanismo de saída de trabalhadores não-residentes, garantindo, assim, o emprego dos residentes locais”.

Na mesma nota é também referido que o IC promete “proceder à contratação de professores locais através da realização de concursos externos nos termos da lei”.

O CCAC descreve que o IC tem vindo a contratar, “ao longo dos anos, trabalhadores não-residentes, em regime de contrato individual de trabalho, para o exercício de funções de professor de dança na Escola de Dança do Conservatório de Macau, o que prejudica os direitos e interesses laborais dos residentes qualificados de Macau”. O organismo considera mesmo que foram colocadas em causa “a legalidade e a razoabilidade do respectivo acto”.

A presidente do IC, Deland Leong Wai Man, explicou que já foi feita uma revisão do sistema de contratação na escola de dança, respeitando as sugestões do CCAC. A responsável disse que já se foram afastados muitos docentes não-residentes, existindo actualmente apenas três na instituição.

Concursos foram feitos

O CCAC esclarece na mesma nota que o Conservatório de Macau contratou trabalhadores não-residentes (TNR) apesar de terem sido “realizados procedimentos de concurso público para a admissão de professores de dança locais”.

A entidade diz reconhecer que a escola “tem como missão importante a formação dos talentos locais na área da dança”, sendo que o curso de técnica de dança, em tempo integral, “já foi lançado há mais de dez anos desde a sua primeira edição em 2005, o que significa que os talentos que concluíram a formação já devem reunir condições para satisfazer as necessidades locais relativas à constituição do corpo docente”.

Assim, foi pedido ao IC “que faça seriamente uma revisão completa das suas subunidades, especialmente no que respeita à política e orientação aplicáveis no âmbito do recrutamento dos professores de dança do Conservatório de Macau”, a fim de ponderar “de forma equilibrada, as necessidades de funcionamento das subunidades e a imagem global do Governo da RAEM”.

Estacionamento e CSR-Macau geram queixas

Além do caso relativo à Escola de Dança do Conservatório de Macau, o CCAC investigou também, ao longo deste ano, três outros processos decorridos de queixas de residentes. Um deles diz respeito a uma multa de estacionamento na zona da Rua do Comandante Mata e Oliveira, tendo o queixoso questionado o sistema de monitorização do estacionamento por parte do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). No fim de contas, o CCAC concluiu que a multa foi devidamente aplicada.

Ainda sobre a actuação do CPSP, o CCAC recebeu várias queixas, a partir de Junho de 2022, sobre o estacionamento junto ao Mercado do Patane. O CCAC concluiu, no entanto, não existirem “ilegalidades ou irregularidades administrativas na actuação do CPSP”.

Outro caso diz ainda respeito aos recursos utilizados pela Companhia de Sistemas de Resíduos, Lda. (CSR-Macau) na “organização dos trabalhos das suas filiais”, alegadamente do Governo, sendo que a denúncia apontava para ausência de fiscalização por parte da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA). O CCAC “verificou que a DSPA necessita de reforçar as medidas de supervisão, uma vez que a mera apresentação de fotografias e esclarecimentos relativos às reuniões por parte da CSR-Macau não é suficiente para conhecer a raiz dos problemas”.

Destaque ainda para uma queixa sobre a ausência de pagamento a formadores de uma escola que tinha sido financiada pelo Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia.

21 Dez 2023

Jogo | Governo anuncia receitas acima de 180 mil milhões

Quando faltam cerca de 10 dias para o final do ano, Ho Iat Seng indicou que as receitas brutas do jogo devem ficar acima dos 180 mil milhões de patacas, o que supera em 50 mil milhões as estimativas iniciais do Executivo.

“As receitas do jogo já atingiram a meta prevista. Em 2022, prevíamos que as receitas atingissem 130 mil milhões de patacas ao longo deste ano. E anteriormente, o secretário para a economia e finanças já disse que até Novembro as receitas atingiram 160 mil milhões de patacas”, começou por dizer Ho, sobre os números das receitas do jogo. “Ainda faltam 10 dias para 2024. Prevemos que a receita total do jogo ultrapasse os 180 mil milhões de patacas, mais 20 por cento do que o estimado”, reconheceu.

Em relação ao próximo ano, Ho destacou a importância das receitas para o orçamento e para os gastos da RAEM. “Para o próximo ano prevemos 216 mil milhões de patacas nas receitas o jogo. Só com essa base financeira podemos manter um equilíbrio no orçamento”, realçou o Chefe do Executivo.

Até ao fim de Novembro, e em comparação com Novembro de 2022, o Governo cortou 15,1 mil milhões a nível dos apoios sociais. Porém, preferiu destacar que este ano voltou a implementar a injecção de 7 mil patacas na conta de previdência central dos residentes. “Recuperámos a injecção anual de 7 mil patacas na conta de previdência central, com base na lei. Esta recuperação é gradual e lógica”, vincou.

21 Dez 2023

Saúde | Inaugurado Hospital das Ilhas, um “novo capítulo” de serviços médicos

Ho Iat Seng presidiu ontem à cerimónia de inauguração do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, “um novo capítulo” que “fixa um novo marco no sector da saúde local”. O posto de urgências da nova unidade hospitalar começa a funcionar hoje de manhã

 

“Neste dia de grande significado entra em funcionamento, a título experimental, o Hospital Macau Union”, oficializou ontem o Chefe do Executivo na cerimónia da entrada em funcionamento do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas – Centro Médico de Macau do Peking Union Medical College Hospital.

Em pleno dia de celebração do 24.º aniversário do estabelecimento da RAEM, Ho Iat Seng frisou que a inauguração da unidade hospitalar “constitui um precedente para a cooperação entre Macau e o Interior da China na prestação de serviços de saúde, abre um novo capítulo e fixa um novo marco no sector da saúde local, demonstrando o sucesso da prática do princípio «um País, dois sistemas» na RAEM”.

O Governo revelou que o Posto de Urgências das Ilhas do Centro Hospitalar Conde de São Januário, que foi transferido para o Hospital Macau Union, será o primeiro a entrar em funcionamento hoje às 10h, disponibilizando serviço de urgência 24 horas por dia.

Frisando que o Presidente Xi Jinping presta atenção “ao desenvolvimento da RAEM e ao bem-estar dos compatriotas de Macau”, Ho Iat Seng agradeceu o apoio nacional no processo que conduziu à inauguração. “Em nome do Governo da RAEM, gostaria de expressar os meus sinceros agradecimentos ao país pela sua atenção constante com os residentes da RAEM, bem como ao Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, à Comissão Nacional de Saúde, ao Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM e ao Peking Union Medical College Hospital pelo seu apoio e contributo em prol do sucesso desta cooperação”.

Mal com remédio

Ho Iat Seng mencionou também no discurso as valências e desafios para a abertura do hospital. “Em primeiro lugar, como instituição médica pública, deve dar prioridade à prestação de serviços médicos de qualidade e a mais opções de tratamento médico aos residentes da RAEM, aumentar a capacidade da RAEM no tratamento de doenças complexas e graves e na prestação de serviços médicos especializados”, sublinhou o governante.

A capacidade para “se tornar num centro médico de primeira classe com influência internacional com base na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau” foi outro objectivo traçado por Ho Iat Seng.

A terceira função que o hospital deve proporcionar é “formação de alto nível e diversificada e mais oportunidade de desenvolvimento aos profissionais de saúde da RAEM”, “aproveitando a tecnologia médica de ponta e a rica experiência do Peking Union Medical College Hospital.

Ao dispor

O Hospital Macau Union é o maior complexo de cuidados de saúde de Macau, situado junto da Estrada do Istmo e a nordeste do Reservatório de Seac Pai Van em Coloane, ocupando uma área de aproximadamente 76.000 metros quadrados e uma área bruta total de cerca de 430.000 metros quadrados.

O complexo dispõe de 26 blocos operatórios, estando previstas mais de 1.000 camas para a conclusão da construção do Hospital de Reabilitação. O complexo inclui o Hospital de Macau, o Edifício de Apoio Logístico, o Edifício Residencial para Trabalhadores, o Edifício de Administração e Multi-Serviços e o Edifício do Laboratório Central.

Estão incluídos nos 26 blocos operatórios um bloco operatório integrado, oito blocos operatórios convencionais, 13 blocos operatórios diurnos e salas de endoscopia e 4 blocos operatórios destinados à cesariana e inseminação artificial. Os oito blocos operatórios convencionais estão equipados com o sistema de cirurgia integrada de endoscopia que permite realizar todas as cirurgias convencionadas. O bloco operatório integrado tem uma área de 174 metros quadrados, em que se pode realizar, simultaneamente, cateterismo, endoscopia gastrointestinal e cirurgia abdominal.

O Governo salienta que as instalações foram apetrechadas com “tecnologia médica avançada a nível internacional” para serviços de radioterapia e imagiologia no domínio da oncologia, incluindo tomografia computorizada, ressonância magnética nuclear, PET-CT, SPECT e acelerador linear.

A partir do próximo ano, o Hospital Macau Union irá prestar gradualmente serviços especializados de ambulatório e de enfermaria. À medida que o recrutamento de pessoal prossegue, serão disponibilizados serviços como ecografia, tomografia computorizada e ressonância magnética, estética médica, gestão de saúde, tratamento oncológico integrado e algumas clínicas ambulatórias especializadas.

21 Dez 2023

Habitação económica | Imobiliário explica fraca procura

Leong Sin Man, vogal do Conselho para os Assuntos de Habitação Pública, considera que o baixo número de candidaturas à habitação económica, 3200 até à data, é sinal do panorama do mercado imobiliário e da economia local ainda não ter recuperado por completo face ao período pré-pandemia. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a vogal afirmou que as transacções de imóveis no mercado privado também sofreram uma quebra, existindo ainda o impacto negativo das elevadas taxas de juro cobradas nos empréstimos à habitação.

A responsável entende ainda que as limitações de venda de casas económicas para os proprietários não constituem uma razão para o baixo número de candidaturas, tendo em conta que em 2021, após a entrada em vigor da nova legislação, a habitação económica recebeu mais de dez mil candidaturas, um número elevado.

Por sua vez, Chao Weng Hou, representante da Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau, concorda que as elevadas taxas de juro trouxeram um impacto negativo ao mercado, com os residentes a serem mais cautelosos na hora de decidirem comprar casa, tendo em conta que as rendas estão mais baixas.

Ambos os responsáveis acreditam que a habitação intermédia, destinada à classe média, não será cancelada definitivamente, podendo vir a ser construída no futuro. De frisar que as candidaturas para esta nova ronda de atribuição de casas económicas termina dia 27, sendo notória a quebra de candidatos face ao último concurso.

20 Dez 2023

Idosos | Recebidas 1.406 candidaturas para residência

Até 17 de Dezembro, a procura pelo novo tipo de habitação para idosos já ultrapassou o número das 759 unidades disponíveis numa primeira fase

 

Até 17 de Dezembro, foram recebidas 1.406 candidaturas aos 759 apartamentos para idosos que vão ser disponibilizado a partir do próximo ano. Os dados foram revelados ontem pelo Instituto de Acção Social (IAS), através de um comunicado.

Segundo a informação oficial, as 1.406 candidaturas correspondem a 2.017 idosos, dado que cada apartamento pode ser partilhado por um máximo de duas pessoas. As candidaturas presenciais prolongam-se até 29 de Dezembro, e podem ser efectuadas num dos 15 locais designados pelo IAS, durante as horas de expediente. No caso das candidaturas online, o prazo estende-se até às 23h59 do dia 31 de Dezembro.

Se os residentes deixarem passar o prazo, mesmo que as candidaturas sejam aceites só serão consideradas para uma próxima fase de atribuição de candidaturas. Os apartamentos para idosos são um tipo especial de habitação social, construída a pensar nos residentes permanentes com mais de 65 anos. Para poderem arrendar os espaços, estes precisam de ser considerados autónomos.

Nesta primeira ronda de candidaturas, as rendas dos apartamentos têm um desconto de 20 por cento, que expira após três anos, ou com a atribuição da fracção a outra pessoa.

Para os residentes que ficarem alojados na denominada Zona A do prédio, os preços desta fase de candidatura variam entre as 5.096 patacas por mês e as 5.344 patacas mensais. Na Zona B, os descontos fazem com que as rendas sejam de 4.840 patacas e 5.040 patacas. Na Zona C, os preços são de 4.584 e 4.808 patacas por mês, e na Zona D ficam fixados em 4.328 e 4.536 patacas mensais.

Preços normais

Sem os descontos, os preços sobem. Na Zona A, que tem custos mais elevados, os preços das rendas vão de 6.370 patacas por mês a 6.680 patacas. A Zona B é a segunda mais cara, com preços entre as 6.050 patacas por mês e as 6.300 patacas mensais, enquanto a Zona C custa entre 5.730 patacas e 6.010 patacas por mês. Finalmente, na Zona D, os preços variam entre as 5.410 patacas e as 5.670 patacas.

Em termos de candidaturas, para a selecção dos interessados são tidos em conta aspectos como o facto de o candidato viver num prédio sem elevador, assim como o número de anos em que reside nesse espaço.

Outro aspecto valorizado, é o número de imóveis em nome do candidato. Aqueles que só tiverem um imóvel são beneficiados. O facto de o candidato viver sozinho também atribui pontos extra à candidatura. O número de anos desde a aquisição do estatuto de residente no território assim como o facto de efectivamente ter residido em Macau nos últimos 12 anos são igualmente considerados.

20 Dez 2023

Internet | Modelo de lei do Interior para proteger menores

O deputado ligado à Associação das Mulheres, Ma Io Fong, considera que deve haver um maior controlo da Internet, para evitar que as crianças entrem em contacto com conteúdos impróprios para menores

 

O deputado Ma Io Fong defende que o Governo deve copiar o “espírito” da lei do Interior de regulação da Internet, para proteger os menores de modo a evitar que estes tenham contacto com conteúdos sexuais. As declarações do legislador apoiado pela Associação das Mulheres foram prestadas no domingo durante um seminário sobre educação sexual e citadas pelos Jornal do Cidadão.

Segundo Ma Io Fong, apesar do Governo de Macau incentivar e tomar várias medidas para garantir protecção dos menores face a “conteúdos impróprios” na Internet, falta um documento legal que integre as diferentes vertentes das medidas tomadas e que tenha uma orientação mais geral.

Face a esta lacuna, Ma Io Fong sugeriu que Macau copie o espírito da nova lei do Interior, que entrou em vigor em Outubro, e que define as condições em que os menores podem ter contacto com a internet, além das exigências impostas aos operadores.

Segundo o documento mencionado pelo legislador, a protecção online dos menores deve “obedecer à liderança do Partido Comunista da China” e “aderir aos valores nucleares e liderança socialista”.

Além disso, nas escolas e para as famílias é criado o dever legal de “educar e guiar” os menores na participação em actividades “benéficas para a saúde física e mental”, assim como no desenvolvimento de uma utilização “científica, civilizada, segura e razoável” da Internet, de forma a evitar o vício.

Exigência de identidade

Um dos grandes capítulos da lei da Internet do Interior visa o combate ao vício. O documento que Ma Io Fong sugere copiar exige assim que qualquer aplicação ou site que disponibilize serviços de mensagens para menores peça aos utilizadores os dados pessoais reais, assim como os dos pais. Esta é uma obrigação estendida a todas as plataformas que “disponibilizem serviços para menores”.

No caso de as exigências não serem cumpridas, a lei do Interior indica que serão aplicadas várias multas. Quando se registam crimes, o diploma informa que as situações são resolvidas “de acordo com a lei”.

A lei do Interior dá igualmente poderes às autoridades para retirar da Internet, ou bloquear o acesso, a qualquer wesbite ou aplicação que não cumpra com as exigências expostas.

Também desde 2021, as leis do Interior obrigam os menores a registarem-se com os dados pessoais para jogarem online, sendo que as contas ficam bloqueadas após jogarem mais de três horas por semana.

Ma Io Fong defendeu ainda que toda a sociedade se deve envolver na protecção dos menores, e que as operadoras, as famílias e as escolas devem desenvolver um esforço comum para criarem um ambiente “amigo dos menores” online. Por último, o deputado alertou que é muito importante avisar os menores sobre os perigos de fazerem amizades online.

19 Dez 2023

Novo Bairro | Aprovados mais de 100 empréstimos para habitação

Chan Weng Tat, director e vice-presidente do Banco da China em Macau, afirmou que foram aprovados mais de 100 empréstimos para a compra de casa no Novo Bairro de Macau, na Ilha da Montanha. As declarações foram prestadas ontem e citadas pelo canal chinês da Rádio Macau.

As vendas para as fracções do Novo Bairro de Macau começaram a 28 de Novembro, e segundo as autoridades, nas primeiras horas foram recebidas mais 500 candidaturas. Estas, têm depois de ser revistas pelas autoridades, para perceber se os candidatos cumprem os requisitos mínimos, para a compra de habitação no projecto pago com fundos da RAEM.

Chan indicou igualmente que desde o início do período de vendas foram apresentados entre 200 e 300 pedidos de empréstimos para habitação no Novo Bairro, só junto do Banco da China. Porém, o vice-presidente da instituição explicou que os dados ainda estão a ser complicados, pelo que não há um número concreto.

Sobre os procedimentos e o tempo para aprovar os empréstimos, Chan explicou que se os clientes apresentarem logo toda a informação necessária, o processo pode ser finalizado num período de três a cinco dias.

Em alguns dos casos, os empréstimos concedidos representaram cerca de 90 por cento do valor total das fracções. Porém, o responsável explicou que a taxa depende das condições dos clientes e da capacidade para pagarem os compromissos. Ainda assim, Chan Weng Tat apelou aos residentes para pensarem bem sobre a sua capacidade financeira, antes de recorrerem a um empréstimo.

19 Dez 2023

Poluição | Carros a gasóleo aprovados em quase 100%

Os carros a gasóleo sujeitos a inspecção sobre o nível de emissão de gases de escape tiveram uma taxa de aprovação de 99 por cento até Outubro. Segundo Leong Weng Kun, director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), que assina a resposta a uma interpelação escrita do deputado Lei Chan U, esses dados, relativos aos meses de Janeiro a Outubro deste ano, mostram que “os proprietários dos veículos e os sectores relacionados procedem atempadamente à inspecção e reparação de veículos”.

Na interpelação, que chama a atenção para a poluição atmosférica em Macau, nomeadamente para o elevado nível de emissão de ozono, o Governo assume que, no ano passado, “as concentrações de ozono registadas nas estações ambientais da Taipa e de Coloane e na estação de berma da estrada de Ká-Hó foram relativamente altas, provavelmente devido à baixa concentração de óxidos de nitrogénio na zona de monitorização”.

A mesma resposta dá conta que, quanto a esta matéria, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) tem promovido “os trabalhos de gestão e controlo relativos ao ozono, nomeadamente o controlo de emissões de transportes terrestres, a regularização da recuperação de vapores em postos de abastecimentos de combustíveis e terminais de combustíveis, bem como o controlo da importação de tintas e vernizes utilizados na construção civil e tintas e vernizes a óleo para reparação de veículos, cujo teor de compostos orgânicos voláteis (COVs) exceda os valores-limites”. Promete-se que, no futuro, “será estudado o controlo de outros produtos que contêm elevados COVs”.

19 Dez 2023

Hospital das Ilhas | Estacionamento custa oito patacas por hora

Os automóveis ligeiros que utilizarem o parque de estacionamento do Edifício de Administração e Multi-Serviços do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas vão ter de pagar 8 patacas por horas, durante o horário diurno, entre as 8h e as 19h59. A informação foi divulgada ontem no Boletim Oficial e através de um comunicado da Direcção dos Serviço para os Assuntos de Tráfego (DSAT).

O horário nocturno, entre as 20h e as 8h do dia seguinte custa 4 patacas por hora. No caso dos motociclos e ciclomotores os preços são de 3 patacas por hora durante o horário diurno e 1,5 patacas por hora no horário nocturno.

O parque de estacionamento tem uma capacidade total de 1.070 lugares 590 dos quais para automóveis ligeiros e 480 para motociclos e ciclomotores. O período máximo de estacionamento permitido no parque é de oito dias consecutivos. A abertura da infra-estrutura está prevista para 19 de Dezembro a partir das 10h00.

O parque de estacionamento público do Hospital Macau Union é constituído pelas 1.ª a 3.ª caves, pelo rés-do-chão e pelos 1.º e 2.º andares do Edifício de Administração e Multi-Serviços do Hospital Macau Union, junto à Avenida do Hospital das Ilhas. A sua entrada e saída efectua-se pela via interna que liga com a Avenida do Hospital das Ilhas.

19 Dez 2023

Saúde | Secretária espera que novo hospital resolva problemas crónicos

Elsie Ao Ieong U defende que a contratação de médicos vindos “de todo o país” vai permitir resolver o problema da falta de recursos para tratar as doenças mais raras e criar uma base de formação profissional

 

A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, tem a esperança que o Hospital das Ilhas venha resolver dos problemas da saúde local, principalmente no que diz respeito ao tratamento das doenças mais complicadas. O desejo foi deixado em declarações citadas pelo canal chinês da Rádio Macau.

“Actualmente quando lidamos com doenças mais complicadas, recorre-se ao tratamento no exterior, uma situação que se mantém há anos”, começou por reconhecer a secretária. “Com a chegada da equipa médica do Peking Union Medical College Hospital, e dos médicos formados em várias especialidades que vêm de todo o país, acredito que a maioria dos problemas pode ser resolvido”, acrescentou.

Apesar de Macau começar a oferecer mais tratamentos de saúde para os residentes, a secretária optou por destacar que Macau vai poder tornar-se um centro de formação profissional para médicos. “Creio que o nível de tecnologia de cuidados de saúde vai ser melhorado com o novo hospital. Mas, o maior benefício da vinda dos médicos especialistas a nível dos cuidados médicos de Macau é o facto de podermos ser uma base de formação”, vincou.

Cuidados privados

Segundo o modelo adoptado pelo Governo de Ho Iat Seng, o Hospital das Ilhas vai funcionar como uma unidade de saúde privada, com liberdade para cobrar os preços que entender.

Apesar do projecto ter sido totalmente financiado com fundos públicos, os residentes só têm direito aos preços do sector público, se forem reencaminhados para as Ilhas pelos Serviços de Saúde. Também a área do novo hospital representa o dobro da disponível nos outros complexos hospitalares. Ainda assim, Elsie aponta que vai resolver as necessidades de saúde locais e defendeu o modelo. “As instalações médicas subordinadas aos Serviços de Saúde apenas têm uma área total de 200 mil metros quadrados. O projecto do hospital das Ilhas tem o dobro desse tamanho”, reconheceu. “Quando estudámos o projecto, a nossa ponderação foi aproveitar o hospital e ter como prioridade a resolução dos cuidados de saúde pelos residentes”, vincou.

A nível dos serviços prestados, a secretária apontou também a medicina estética. “Na primeira fase do nosso calendário, vamos trabalhar nas áreas de serviços estéticos e exames médicos”, afirmou a secretária. “Faz parte do nosso foco na cadeia da indústria de Big Health [saúde abrangente]”, rematou.

19 Dez 2023

Novo BIR | Recebidos 1.400 pedidos no primeiro dia

A Direcção dos Serviços de Identificação (DSI) começou a emitir na sexta-feira a nova geração do Bilhete de Identidade de Residente (BIR), tendo recebido 1.400 pedidos logo no primeiro dia a partir dos balcões e quiosques de atendimento. Segundo um comunicado da DSI, os pedidos de auto-atendimento processados nos Centros de Serviços de Auto-Atendimento de 24 horas representaram cerca de 70 por cento do número total de pedidos.

A DSI aponta ainda que desde a entrada em funcionamento dos sete Centros de Serviços de Auto-Atendimento de 24 horas, no passado dia 5, e até sexta-feira, registaram-se 3.500 atendimentos nos quiosques de auto-atendimento, tendo sido feitos cerca de 2.500 atendimentos nos quiosques de auto-levantamento de documentos, num total de 6.000 atendimentos.

Estes números representam “uma média de cerca de 600 atendimentos por dia, tendo sido atingido o efeito previsto de atendimento por prioridade e com facilitação do público”, explica a DSI. Actualmente, cerca de 90 por cento dos residentes preenchem os requisitos para renovar o BIR nos quiosques de auto-atendimento.

18 Dez 2023

Casa de Macau | Carlos Piteira eleito presidente com 43 votos

A única lista candidata à direcção da Casa de Macau em Lisboa, encabeçada por Carlos Piteira, venceu este sábado as eleições com 43 votos válidos e cinco votos nulos. Noel Cardoso, presidente da mesa da assembleia-geral cessante, espera uma maior “dinâmica” na representação da comunidade macaense

 

O antropólogo Carlos Piteira foi eleito este sábado presidente da Casa de Macau em Lisboa com 43 votos válidos e cinco nulos. Recorde-se que o académico liderava a única lista candidata nas eleições para a escolha dos novos corpos dirigentes da Casa, depois do então presidente, Rudolfo Faustino, ter decidido não se recandidatar a mais um mandato.

Os números foram confirmados ao HM por Noel Cardoso, presidente da mesa da assembleia-geral cessante, que diz esperar uma maior “dinâmica” ao projecto da Casa de Macau. “Esperamos que Carlos Piteira tenha um bom mandato e que revitalize a Casa de Macau e que também que consiga colocar, com mais vigor, Macau em Portugal. A Casa de Macau serve para dinamizar a presença de Macau em Lisboa e espero que ele consiga imprimir uma nova dinâmica e que isso leve a uma maior notoriedade de Macau junto dos demais portugueses.”

O advogado reconhece que “o sucesso de Carlos Piteira como presidente da direcção será o sucesso de todos os macaenses”. Contactado pelo HM, Carlos Piteira optou por não prestar declarações para já, optando por falar sobre o acto eleitoral e objectivos da nova direcção num futuro próximo.

Ideias e objectivos

No manifesto eleitoral divulgado no início do mês, a lista candidata propunha-se a vários objectivos, nomeadamente atrair mais jovens para o corpo de sócios da entidade, bem como modernizar alguns procedimentos.

Uma das ideias deixadas para o mandato de Carlos Piteira passa por tentar “renovar e adaptar os procedimentos e mecanismos de gestão, na perspectiva de desburocratização e desmaterialização”, sem esquecer uma maior “modernização das plataformas digitais” da associação.

A nova direcção propõe-se também “avaliar hipóteses de novas formas de financiamento”, bem como “agilizar e simplificar os procedimentos e as decisões”.

O mote da candidatura liderada por Carlos Piteira era “Perpetuar o Legado, Projectar o Futuro”, e outro dos objectivos da mesma passa por “respeitar o nosso passado, as tradições, sem deixar de antecipar os desafios do futuro”, relativamente à identidade macaense.

A nova direcção quer “salvaguardar o primado da identidade macaense como matriz de referência” da instituição, bem como “manter, desenvolver e fortalecer a articulação e as parcerias com as demais instituições e organizações ligadas directamente ou indirectamente a Macau e suas populações”.

18 Dez 2023

Canal dos Patos | Mais de 3.500 multas em quatro meses

Entre 1 de Julho e 25 de Outubro, os agentes do Corpo de Polícia de Segurança Pública passaram 3.538 multas de trânsito na Estrada do Canal dos Patos. Os números foram revelados por Lam Hin Sang, director dos Serviços de para os Assuntos de Trânsito na resposta a uma interpelação do deputado Leong Hong Sai.

“O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) envia pessoal, de forma não periódica, às imediações do Posto Fronteiriço Qingmao para efectuar vistorias, fiscalizando e registando, nos termos da lei, a situação do trânsito na zona, bem como autuando os veículos ilegalmente estacionados, com vista a aumentar o efeito dissuasor”, foi respondido.

“De acordo com os dados do CPSP, entre 1 de Julho e 25 de Outubro de 2023, os agentes policiais autuaram um total de 3 538 infracções de trânsito na Estrada do Canal dos Patos”, foi acrescentado.

Por outro lado, Lam garantiu que o Executivo está a fazer todos os possíveis para que os condutores estacionem os veículos de forma legal, em vez de deixarem os carros em qualquer lado. “O Governo da RAEM tem vindo a recorrer a todos os meios para sensibilizar os condutores para o cumprimento do estacionamento legal, tendo em vista eliminar o mau hábito de ‘estacionar os veículos à porta do seu destino’”, garantiu o director da DSAT.

18 Dez 2023

Empregadas Domésticas | Salários estão a diminuir

Numa altura em que o Governo diz estar em curso a recuperação económica, os vencimentos das empregadas domésticas estão em quebra. O aviso foi deixado pela presidente da União Progressista dos Trabalhadores Domésticos de Macau

 

Com a abertura das fronteiras, os salários das empregadas domésticas estão a ser cortados. Em declarações ao Canal Macau, Jassy Santos, presidente da União Progressista dos Trabalhadores Domésticos de Macau, pede mais atenção do Governo para a situação. “A situação é muito séria. Na verdade, os nossos salários enquanto trabalhadoras domésticas estão a diminuir. Os salários são mais baixos agora do que antes da pandemia e os valores não são os mesmos que eram praticados no período da covid-19”, denunciou Jassy Santos.

A responsável explicou também que com a reabertura das fronteiras as famílias locais têm mais possibilidades de contratar residentes, o que tem levado a que os montantes praticados tenham descido.

“Actualmente, existem muitas escolhas, as fronteiras estão abertas. Os empregadores têm outras escolhas, podem reduzir os salários e escolher outros trabalhadores”, explicou Santos. “Os trabalhadores agora recebem salários entre 3.500 e 4.000 patacas, e já inclui o subsídio de habitação. É muito triste”, desabafou.

Durante o período da covid-19, vários deputados e associações queixaram-se dos ordenados pedidos pelos trabalhadores não-residentes para funções domésticas. De acordo com os dados da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), a contratação de empregadores domésticos pressupõe um ordenado mínimo de 3.500 patacas por mês. Ao contrário de outras jurisdições, Macau não tem um salário mínimo universal. No entanto, a lei exige que para a maior parte das profissões, o salário mínimo seja de 7.072 patacas por mês. Excluídos deste grupo, estão os trabalhadores domésticos e pessoas portadoras de deficiência.

Os marginais

Ao mesmo tempo, Jassy Santos lamentou a postura do Governo, que insiste em encarar as empregadas domésticas como estando fora da comunidade local.

“É tão mau porque o Governo de Macau não nos vê como parte da comunidade. Mas como se sabe, nós também vivemos aqui, compramos comida, apanhamos autocarros e mesmo assim os nossos salários são muito pequenos”, indicou. “Não sei como conseguimos sobreviver, mas a maioria de nós sobrevive em Macau”, reconheceu.

Por outro lado, a presidente União Progressista dos Trabalhadores Domésticos de Macau deixou o desejo de que o Governo tenha uma maior abertura para ouvir o sector. “O Governo precisa de falar connosco e perguntar como estamos. Não deve ser apenas através das televisões que vai sabendo como estamos. Acho que deviam perguntar o que se está a passar com a nossa comunidade”, afirmou. “Espero que tenham vontade de falar connosco e perceber a situação”, desejou.

18 Dez 2023

Jogo | Estimado aumento de receitas no fim do mês

Analistas do banco de investimento UBS AG esperam que o final do mês traga maior movimento aos casinos e receitas a condizer com a quadra.

Nos primeiros 10 dias de Dezembro, as receitas brutas da indústria do jogo mantiveram-se estáveis com um registo de cerca de 520 milhões de patacas por dia, segundo a análise da UBS AG, citada pelo portal GGRAsia, nível que representa uma descida dos 535 milhões de patacas diários do mês de Novembro. Os analistas justificam a descida com a pobre performance do sector VIP, com receitas que baixaram de taxas de 2,85 por cento para entre 2,4 e 2,6 por cento.

Os especialistas do banco de investimento indicam que os primeiros 10 dias de Dezembro foram também marcados pela “erosão” da margem dos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) devido a elevados gastos operacionais. Além disso, no início do mês o preço dos quartos de hotel também desceu em comparação com Novembro.

“Dos 36 hotéis que seguimos, a média de preços dos quartos entre 12 e 18 de Dezembro baixou 4 por cento em relação aos preços do mês passado”, indicaram os especialistas.

15 Dez 2023

Saúde | Residentes em Macau vão perder médico de família em Portugal

A medida afecta todos os portugueses com morada fiscal no estrangeiro. Inicialmente, foi avançada a possibilidade de os portugueses que vivem no estrangeiro começarem a pagar pelo uso do SNS, mas essa informação acabou desmentida pelo Ministério da Saúde

 

Os portugueses a viver em Macau, e com morada fiscal no território, vão deixar de ter um médico atribuído em Portugal. A informação foi confirmada ontem pelo Ministério da Saúde de Portugal, sendo que inicialmente chegou a ser noticiados que os emigrantes teriam de começar a pagar para utilizar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), o que foi depois desmentido.

Segundo as alterações promovidas pelo Governo do Partido Socialista, os emigrantes portugueses vão perder os médicos de família, com a justificação de que estes vão ser atribuídos aos cerca de 1,7 milhões de portugueses a viver em Portugal que não têm um médico de família designado.

Em Setembro de 2016, António Costa prometeu na Assembleia da República que em 2017 todos os portugueses teriam um médico de família. Nessa altura, havia cerca de 1,2 milhões de portugueses sem médico de família designado.

“As alterações introduzidas no Registo Nacional de Utentes (RNU) […] têm como objectivo garantir o acompanhamento por equipa de saúde familiar, nomeadamente, o acesso a médico de família a quem dele mais necessita”, foi justificado numa nota do ministério liderado por Manuel Pizarro. “Dessa forma é potenciada a continuidade e a proximidade dos cuidados ao cidadão, num contexto de conhecida escassez de recursos humanos que faz com que muitas pessoas não tenham ainda equipa de saúde familiar atribuída”, foi acrescentado.

Cobrança desmentida

Inicialmente foi noticiado que além de perderem os médicos de família, os portugueses a viver no estrangeiro teriam sempre que pagar pelas consultas no Serviço Nacional de Saúde, quando estivessem em Portugal. A medida avançada pela Lusa teve por base depoimentos de vários médicos, que indicaram que a partir de Janeiro os Portugueses com morada fiscal fora de Portugal vão ser considerados inactivos no SNS.

A notícia contava ainda com as explicações de Nelson Magalhães, vice-presidente da USF-AN (Unidade de Saúde Familiar – Associação Nacional), que revelou que a medida de cobrança aos emigrantes tinha sido transmitida às unidades numa reunião que decorreu a 2 de Outubro, com responsáveis da Administração Central do Sistema de Saúde e (ACSS) e os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

Em causa, está a aplicação de um despacho (n.º 1668/2023) que “define as regras de organização e os mecanismos de gestão referentes ao Registo Nacional de Utentes (RNU), assim como as regras de registo do cidadão no SNS e de inscrição nos cuidados de saúde primários”.

Segundo este despacho, os utentes com morada no estrangeiro terão de suportar o custo do atendimento: “Sobre o registo inativo, com excepção das situações de óbito, aplica-se a condição de encargo assumido pelo cidadão”, lê-se no documento.

No entanto, depois da notícia ter sido tornada pública, o Governo veio desmentir as indicações, em comunicado. “O Ministério da Saúde esclarece que os emigrantes portugueses continuarão a ter pleno acesso ao Serviço Nacional de Saúde, sempre que dele necessitarem, e não terão que pagar pelos cuidados recebidos”, foi publicado. “Reitera-se que não está em causa que tenham que pagar por esses cuidados. O que se altera é a identificação das entidades financeiramente responsáveis para o caso dos cidadãos que não residem em Portugal, permitindo que o Estado português possa ser ressarcido das despesas em que o SNS incorre no tratamento de cidadãos que têm cobertura de saúde num outro país, sempre que isso seja aplicável”, foi acrescentado.

15 Dez 2023