Ambiente | Exemplos de quem reduz o consumo de plástico no dia-a-dia

Julho é o mês livre de plástico. A iniciativa acontece um pouco por todo o mundo e em Macau tem sido promovida nas redes sociais por Hio Kam Pun na esperança de consciencializar mais pessoas. Numa altura em que o Governo pretende avançar para a restrição do uso de sacos de plástico, há cada vez mais pessoas a levar termos e lancheiras para o trabalho e há até estabelecimentos que recorrem a produtos biodegradáveis

 

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]om o hashtag #freeplasticjuly Hio Kam Pun acredita que pode, lentamente, começar a mudar mentalidades relativamente ao excessivo uso de produtos de plástico no território. O evento, que tem o nome de “Macau Plastic Free July Challenge”, foi criado no Facebook e já conta com algumas dezenas de participantes que, diariamente, vão partilhando fotografias da sua experiência diária sem plástico.

Numa altura em que são cada vez mais comuns a partilha de imagens de animais marinhos que morrem depois de engolir a imensidão de plástico que repousa nos oceanos, Hio Kam Pun, que abriu uma loja online de embalagens reutilizáveis, intitulada “Stuffbox Online Store”, decidiu apostar na criação do evento porque queria promover o conceito do não uso do plástico junto de mais pessoas. “Como vi o mesmo evento acontecer na Austrália, quis trazê-lo para Macau, para encorajar mais pessoas a partilharem a experiência ao usar menos plástico”, contou ao HM.

O grupo onde este evento foi criado tem cerca de dois mil membros, o que revela que as questões ambientais são cada vez mais um problema de muitos. “Penso que esta iniciativa pode inspirar alguém que não pense na possibilidade de usar menos produtos feitos com plástico, ou pode ajudar alguém a começar. Mas como não tenho qualquer orçamento para fazer a promoção deste evento, só posso tentar o meu melhor para encorajar mais pessoas a terem consciência do problema dos plásticos nos oceanos”, adiantou.

Flora Fong, funcionária pública, sempre esteve atenta à necessidade de proteger o meio ambiente com pequenas acções no dia-a-dia. Como membro deste grupo, também ela aderiu ao desafio “Macau Plastic Free July Challenge”.

“Todas as manhãs, quando compro o meu pequeno-almoço, não peço saco plástico, pois normalmente compro um pão. Depois prefiro beber o café ou chá no escritório em vez de comprar nos restaurantes. Uso o meu próprio copo ou termo”, frisou.

Apesar de tudo, Flora Fong ainda não conseguiu alterar a mentalidade da sua família. “É difícil mudar quando os familiares continuam a usar o plástico, e com eles só consigo mesmo reciclar as garrafas de plástico vazias. Quando faço compras no supermercado não levo os sacos, e é a única altura em que consigo convencer um pouco o meu marido. Ele não tem a mesma consciência [em relação à protecção do meio ambiente] que eu”, referiu.

Apesar de ter uma empresa online de venda de embalagens, Hio Kam Pun acredita que há pessoas que usam ainda menos plástico do que ele. “Normalmente, uso dois grupos de utensílios, com uma garrafa, uma lancheira, um guardanapo e um saco reutilizável. Só isso previne o uso de cerca de 90 por cento de produtos de plástico da minha parte. Outro método que uso é jantar em casa para substituir a embalagem caso não tenha comigo nenhuma lancheira. Mas sei que há pessoas que estão a fazer o mesmo que eu e até melhor do que eu”, apontou.

De referir que, em todo o mundo, se consomem dez milhões de sacos de plástico por minuto, e 60 mil por segundo.

Café mais consciente

A funcionar há dez anos no coração da Taipa, o estabelecimento Cuppa Coffee resolveu apostar agora em produtos biodegradáveis para servir café e comida aos clientes. Cristina Figueiredo, proprietária, explicou ao HM porque é que decidiu apostar nesta medida.

“Não são só palhinhas biodegradáveis que o Cuppa Coffee está a usar mas também copos e contentores plásticos biodegradáveis e compostáveis. São compostos por PLA (Polylactic Acid), feitos a partir de milho ou cana de açúcar. Não é a solução perfeita (o perfeito seria não existir nada descartável) mas é a que de momento acreditamos ser a melhor possível”, frisou.

Adquirir produtos biodegradáveis aumentou o orçamento do estabelecimento comercial em 28 por cento, mas nem isso fez Cristiana Figueiredo desistir. “A adopção de materiais que não beneficiam de produção em enorme escala tem custos associados, mas acreditamos que cabe a cada um de nós, enquanto habitantes deste planeta, [a responsabilidade] pelo impacto das suas acções, sejam elas individuais, sociais ou profissionais.”

“Apesar de sermos uma pequena empresa faz parte desta nossa responsabilidade minimizar o impacto ambiental e contribuir para a consciencialização dos nossos clientes acerca deste grave problema e da necessidade de eles próprios reflectirem sobre as consequências dos seus hábitos de consumo”, acrescentou. 

O factor financeiro poderá explicar o facto do Cuppa Coffee ser um dos poucos estabelecimentos que aposta em produtos biodegradáveis, uma vez, que de acordo com Cristiana Figueiredo, “os estabelecimentos isolados não têm capacidade de fazer muito”. “Primeiro é preciso educar os donos destes estabelecimentos, porque ninguém nasce ensinado e muitos estão ocupados a gerir o dia-a-dia dos seus negócios. Há um dever de o Governo educar os seus cidadãos em questões que têm um impacto profundo no tipo de cidade que é Macau. Neste momento, é uma cidade onde o descartável reina. É necessário ensinar aos cidadãos os princípios da redução e reciclagem para que desenvolvam hábitos de consumo consciente e práticas de gestão dos seus lixos.”

Quem usa produtos biodegradáveis deve também cumprir uma série de regras práticas aquando da recolha do lixo. “Os estabelecimentos licenciados, como é o caso do Cuppa Coffee, que são obrigados a contratar empresas de recolha de lixos, deveriam receber sacos com cores distintas para os diferentes tipos de lixos e este lixo deveria ser processado adequadamente.” Isto porque “incinerar lixo tem consequências na saúde humana e no ambiente e deve ser parte de um sistema de gestão de resíduos urbanos mais amplo, que inclua reciclagem e compostagem”, defendeu a proprietária.

Saco que poucos querem

Em 2016, Gilberto Camacho estava confiante de que podia contribuir para a redução de sacos de plástico. Acabava de criar a empresa Macau ECOnscious, que é também um grupo no Facebook, e a ideia era incentivar restaurantes e supermercados a comprarem sacos biodegradáveis que depois venderiam aos clientes pelo valor de uma pataca por saco. Dois anos depois, o balanço não é muito satisfatório. “O projecto não é só meu, é de várias pessoas. Vamos partindo pedra e avançando aos poucos, está a crescer, mas muito devagarinho.”

Neste âmbito, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) anunciou que ainda este ano deverá avançar com a elaboração de um regime que restrinja o uso de sacos de plástico nas compras, depois de ter sido realizada uma consulta pública sobre esse assunto. A restrição deverá abranger supermercados, lojas de conveniência, farmácias, armazéns de venda ao público, lojas de prendas de produtos alimentares, padarias e pastelarias e lojas de produtos de maquilhagem, beleza e higiene. Estão também previstas multas de 600 a 1000 patacas para os estabelecimentos que não cumprirem as regras.

Um estudo encomendado pela DSPA, referente a 2015, revelou que cada residente de Macau usa uma média de dois sacos de plástico por dia, atingindo, no total, os 450 milhões de sacos de plástico por ano. Mais de 70 por cento dos entrevistados consideraram que, quando vão às compras, são utilizados demasiados sacos de plástico.

Na visão de Hio Kam Pun, a população deverá aceitar uma pataca por saco de plástico. “Acho que as pessoas estão dispostas a pagar por isso, porque é a responsabilidade do cidadão. Nas regiões vizinhas já implementaram esta política, então penso que em Macau as pessoas também vão querer proteger o ambiente.”

David Gonçalves, director do Instituto de Ciências e Ambiente da Universidade de São José (USJ), defende que o Governo tem de ponderar uma série de factores até implementar medidas em prol da redução do plástico, e acredita que as pessoas vão, aos poucos, mudando a sua mentalidade.

“Esta iniciativa do Facebook é uma das evidências de que as mentalidades estão a mudar e que as pessoas se começam a preocupar com este assunto, ainda que haja alguma distância em relação ao que se está a fazer noutros locais do mundo. Acho que Macau deveria acelerar não só a parte de desenvolvimento da consciência cívica sobre este assunto como ter práticas que levem à redução da produção e do consumo do plástico.”

Os números que David Gonçalves referiu ao HM, sobre a produção do plástico no mundo, assustam qualquer um. “Em 1950, em todo o mundo, produziam-se 1.7 milhões de toneladas de plásticos, hoje em dia passamos para 350 milhões e estima-se que em 2050 passemos aos mil milhões de toneladas de produção de plástico. Se houver uma equivalência em termos de saída destes plásticos para o ambiente, que saem por várias vias, mas sobretudo através dos rios (que levam 80 a 90 por cento do plástico para os oceanos) vemos que é um problema agudo mundialmente e que tem tendência a agravar-se.”

11 Jul 2018

Estudo | Zona marginal da Taipa é a mais poluída com microplásticos

Uma tese de mestrado defendida na Universidade de São José revela que uma centena de cosméticos e produtos de higiene pessoal, de um total de 144, contém microplásticos que facilmente vão parar ao meio ambiente. Das seis zonas costeiras analisadas, a marginal da Taipa é a que está mais poluída, registando 41 por cento de todos os microplásticos analisados

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s cremes de rosto, as espumas de barbear e produtos de esfoliação que usamos para ter a pele mais limpa e suave estão a poluir o meio ambiente e a provocar danos na nossa saúde. Estes produtos são produzidos com vários tipos de partículas de microplásticos que acabam por ir parar a rios, oceanos e reservatórios.

Uma tese de mestrado da autoria de Sam Pui Wa, defendida na Universidade de São José (USJ), revela que, do total de 144 amostras de cosméticos e outros produtos analisados, uma centena contém microplásticos. Estes produtos foram adquiridos em nove lojas de retalho do território e, de acordo com David Gonçalves, orientador da tese de mestrado e director do Instituto de Ciências e Ambiente da USJ, os resultados são alarmantes.

“Ela chegou a alguns dados importantes e também preocupantes. 100 desses produtos continham nos seus ingredientes um tipo de microplástico, e achamos que essa é uma percentagem elevada”, explicou ao HM.

Nas análises que foram feitas em laboratório, foi concluído que este tipo de microplástico “representa mais de 60 por cento do conteúdo líquido [dos produtos de higiene e beleza], o que significa que as pessoas, quando estão a tomar banho, fazem-no com plástico e depois essas partículas vão para as estações de tratamento de águas residuais que têm uma capacidade limitada para reter essas partículas. Muitas delas acabarão por escapar para o meio ambiente”, adiantou David Gonçalves.

A tese chega ainda a conclusões sobre a presença dos microplásticos nas praias e zonas costeiras de Macau. A marginal da Taipa é a zona mais poluída, com o registo de 41 por cento deste tipo de partículas, num total de 1569. Sam Pui Wa analisou 3800 partículas retiradas de 18 amostras de areia, que revelam que, em Coloane, também há poluição, apesar de a praia de Cheoc Van conter o menor número de microplásticos na areia, um total de 5 por cento. Já a praia de Hac-Sa tem um total de 25 por cento de partículas de plástico.

Limpeza de praia

Sam Pui Wa acredita que poderá haver ainda mais poluição do que aquela que os dados revelam neste trabalho, que serviu de acesso ao mestrado ciências ambientais e gestão da USJ.

“A recuperação dos microplásticos com base neste protocolo, adaptado das melhores práticas, não é completa e algumas partículas poderão manter-se nas amostras. Isto sugere que os resultados presentes neste estudo são, provavelmente, subvalorizados, e que os níveis de poluição por microplásticos no meio ambiente possam ser ainda maiores”, lê-se no documento.

Outro factor apontado por Sam Pui Wa remete para a limpeza de praias. “As actividades de limpeza das praias podem ser um dos factores que influenciou os resultados. Ainda que as partículas de microplásticos sejam invisíveis aos nossos olhos, é fácil recolher largas quantidades de plásticos que se podem desintegrar em partículas. Cheoc Va e Hac-Sa são as praias mais populares em Macau e são limpas frequentemente. Praias onde são raras as actividades de limpeza, como a marginal da Taipa, praia Sophia [em Cheoc Va] e pequena praia de Ka-Ho revelaram uma maior mostra de microplásticos, sugerindo que a limpeza de praias é relativamente eficiente nessa redução.”

Legislação necessária

A aluna da USJ defende ainda no seu trabalho que o Governo deveria implementar leis que proibissem a comercialização de produtos feitos com microplásticos. “Alguns países já baniram o seu uso e aderiram a produtos alternativos sem microplásticos. Avançar com medidas legislativas modernas para banir os cosméticos com microplásticos em Macau poderia colocar o território na linha da frente contra a poluição por microplásticos na Ásia.”

A tese contém ainda um inquérito que visa analisar a percepção da população em relação a esta matéria. Os resultados revelam que a noção dos perigos do consumo de produtos com microplásticos é baixa. “A concentração de microplásticos no ambiente marinho é uma questão relativamente recente e a compreensão do público relativamente a este assunto é ainda escasso”, escreve a aluna.

Um total de 92 por cento das pessoas inquiridas, na sua maioria empregados e estudantes universitários, afirmaram usar produtos de higiene pessoal e beleza que contém microplásticos, mas apenas 53 por cento das mulheres conhecia os problemas de saúde associados. Um total de 87 por cento das mulheres admitiu deixar de comprar este tipo de produtos.

11 Jul 2018

Canídromo | Angela Leong diz que é entregue hoje plano para o futuro dos galgos

A Yat Yuen vai entregar hoje, pela terceira vez, um plano para o futuro dos galgos. Ontem, a directora-executiva não quis revelar o destino dos animais, mas garante que o Canídromo cumpriu sempre as suas responsabilidades perante os animais e os empregados

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Canídromo vai entregar hoje o plano sobre o futuro dos Galgos ao Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. A garantia foi deixada ontem por Angela Leong, directora-executiva da Companhia de Corridas de Galgos Macau (Yat Yuen), que considerou a possibilidade dos animais serem levados para um terreno no Interior da China especulação dos jornalistas.

“Amanhã [hoje] o Governo vai ter o nosso plano. Mais tarde vamos divulgar as informações sobre a nossa resposta [ao Governo]. Também o Executivo vai divulgar as informações. Acredito que assim que as informações forem divulgadas que as pessoas terão o conhecimento sobre o futuro dos galgos e a vida que vão levar assim que deixarem de correr”, disse Angela Leong, quando questionada sobre a possibilidade dos cães serem levados para o outro lado da fronteira.

Apesar da insistência face ao transporte dos galgos para um alegado terreno do Canídromo no Interior da China, a directora-executiva afirmou que não passa de especulação dos jornalistas.

“Isso é especulação. Os galgos já vivem em Macau há muitos anos. Como é que lhes podemos oferecer um bom ambiente para a vida depois de se retirarem? A resposta vai ser dada amanhã [hoje], depois da entrega do plano e das informações serem divulgadas”, reiterou.

No domingo, oito grupos de protecção dos animais realizaram uma conferência de imprensa conjunta a pedir que os galgos não sejam transportados para o Continente. Angela Leong optou por deixar as associações em causa sem qualquer tipo de resposta.

“Quer sejam os grupos em defensa da protecção dos animais, o Canídromo, os indivíduos que amam cães, ou as pessoas do exterior… todos têm a sua opinião. Os jornalistas também têm uma opinião. Por isso, não vou responder às opiniões”, justificou. “As pessoas têm a sua liberdade e nós temos assumido as nossas responsabilidades pelos galgos e pelos funcionários”, garantiu.

Adopções disponíveis

A também deputada, que falou com os jornalistas à margem de um encontro de uma comissão na Assembleia Legislativa, aproveitou igualmente para negar que já não fosse possível entregar fichas de adopção de galgos junto do Canídromo.

“Ouvi dizer que as adopções só estavam disponíveis durante os três dias que realizámos para esse efeito. Quero esclarecer que isso não é verdade. Continuamos a aceitar pedidos de adopção”, frisou.

Com o plano que será entregue hoje, este vai ser o terceiro documento que a Yat Yuen entrega ao Governo relativo ao destino dos galgos. Os dois projectos anteriores foram recusados pelo IACM, que exigiu um novo plano.

A Yat Yuen tem até dia 21 deste mês para deixar as instalações do Canídromo e, de acordo com os dados da ANIMA, a empresa deverá ter na sua posse cerca de 650 galgos.

10 Jul 2018

Incêndio | Caso suspeito de fogo posto na Taipa

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m incêndio que deflagrou na madrugada de domingo num edifício na Taipa, mais propriamente na Avenida de Kwong Tung, levantou suspeitas de fogo posto, de acordo com a Polícia Judiciária (PJ).

Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o incêndio aconteceu na madrugada do dia 8 de Julho. O Corpo de Bombeiros (CB) foi informado da existência de fumo e cheiro a queimado no edifício e quando chegaram ao local testemunharam o fumo que vinha dos 16º, 17º e 18º andares.

O CB procedeu à evacuação de 40 residentes, sem que se tenham registados feridos. O caso está agora a ser investigado pelas autoridades policiais.

10 Jul 2018

Táxis | 114 infracções registadas nos primeiros oito dias de Julho

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Polícia de Segurança Pública (PSP) registou, até ao dia 8 de Julho, um total de 114 infracções cometidas por taxistas, das quais 75 são relativas a cobrança abusiva de tarifas e 19 à recusa de transporte de passageiros.

Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o Executivo recebeu, nos primeiro oito dias de Julho, um total de 36 queixas e pedidos de ajuda através da linha de atendimento do departamento de trânsito da PSP para denúncias telefónicas ligadas a infracções de taxistas.

10 Jul 2018

Explosão na Areia Preta | IAS garante prestar apoio a família de vítima mortal

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] presidente substituta do Instituto de Acção Social (IAS), Hoi Va Pou, disse ao jornal Ou Mun que o organismo enviou um representante a casa da família da vítima mortal da explosão do restaurante na Areia Presta na semana passada. De acordo com a responsável, o enviado levou ainda uma carta de condolências do Chefe do Executivo, Chui Sai On.

Segundo Hoi Va Pou, no momento da visita os familiares da vítima não informaram o IAS de que estão a precisar de ajuda económica de modo a garantir a sua subsistência. No entanto, o IAS garante que vai prestar os devidos cuidados à família caso necessitem de apoio.

Em comunicado, o organismo refere ainda que tinha agendada mais uma visita a casa da família da vítima mortal, com o objectivo de agilizar o processo de apoio financeiro.

As declarações surgem um dia depois das queixas relativas a falta de apoio expressadas pelo vice-presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau, Chan Tak Seng. O dirigente associativo apelava ao Executivo a mobilização dos meios necessários para a conclusão da investigação do incidente e para o apoio económico aos familiares da vítima. Chan explicou que se tratam de pessoas que perderam a capacidade de trabalho por motivos de doença e actualmente apenas contam com o filho para contribuir para a economia familiar.

10 Jul 2018

Biblioteca Central | Nove propostas apresentadas no último dia

[dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oram entregues nove propostas para a nova Biblioteca Central, no Edifício do Antigo Tribunal e na antiga sede da Polícia Judiciária, segundo a informação avançada à TDM-Rádio Macau pelo Instituto Cultural.

O prazo para a entrega das propostas era até ao meio-dia de ontem. A abertura das propostas tem lugar hoje de manhã.

Recorde-se que em 2008 tinha sido realizado um concurso de arquitectura do projecto, que foi suspenso após investigação do Comissariado Contra a Corrupção.

10 Jul 2018

Estatísticas | Preços da habitação sobem 8,7 por cento

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]ntre os meses de Março e Maio o índice de preços da habitação subiu 8,7 por cento, comparativamente ao mesmo período no ano passado.

De acordo com informação dada ontem pelos Serviços de Estatística e Censos durante os meses entre Fevereiro e Abril os preços registam uma subida de 5,4 por cento.

O aumento foi mais relevante na península de Macau em que a subida foi superior a seis por cento, enquanto na Taipa foi pouco mais de dois por cento.

10 Jul 2018

ONG | Firma de advogados “Rato, Ling, Lei & Cortés” integra TrustLaw

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] sociedade de advogados Rato, Ling, Lei & Cortés” integra o programa de assistência jurídica gratuita a organizações não governamentais (ONG) do programa TrustLaw, ligado à Fundação Thomson Reuters.

Dentro da TrustLaw estão incluídas mais de três mil ONG de todo o mundo, bem como empresas sociais, que “trabalham com o objectivo de combater problemas como a desigualdade de género, tráfico humano e escravatura e a crise de refugiados, e para defender os direitos de comunidades minoritárias, a liberdade de expressão e os direitos ambientais dos cidadãos de todo o mundo”.

De acordo com um comunicado, um dos sócios, Pedro Cortés, afirmou que “a colaboração com a plataforma representa a compreensão de uma realidade e de uma prática internacional a que os escritórios de advogados não podem estar alheios”.

10 Jul 2018

Coloane | Governo inicia recuperação de lago ocupado ilegalmente em Hac-Sá

Os ocupantes ilegais de um aterro próximo da praia de Hac-Sá terão de abandonar o local e deixá-lo como o encontraram antes da ocupação, aponta uma resposta do director da DSSOPT, Li Canfeng, a uma interpelação do deputado Leong Sun Iok

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] caso do aterro ilegalmente ocupado junto à praia de Hac-Sá, em Coloane, tem um novo capítulo, uma vez que o Executivo vai avançar com a recuperação do terreno. A garantia é dada numa resposta a uma interpelação escrita do deputado Leong Sun Iok.

“Concluída a audiência prévia dos interessados no âmbito do processo de ocupação ilegal do terreno do Estado, situado em Coloane, junto à praia de Hac-Sá, a DSSOPT dar-lhe-á, posteriormente, conhecimento da decisão final do Executivo. Findo o procedimento administrativo acima referido, será efectivada a respectiva acção de despejo.”

O processo obriga ainda ao actual ocupante que mantenha o terreno nas mesmas condições “em que se encontrava antes da ocupação ilegal”.

“Sempre que seja constatado pelo órgão responsável pela área de gestão de solos a ocupação ilegal do terreno situado na zona florestal, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais contribuirá de forma pró-activa nas acções subsequentes, ordenado aos ocupantes ilegais a reposição nas condições ambientais anteriores e a rearborização das espécies arbóreas pré-existentes. Estas operações, durante o período de rearborização e da sua conservação, são da sua absoluta responsabilidade”, aponta a resposta de Li Canfeng.

A ocupação ilegal foi denunciada em Março deste ano pelos deputados Leong Sun Iok e Ella Lei, ligados à Federação das Associações dos Operários de Macau. Ella Lei disse mesmo que haverá mais terrenos ocupados de forma ilegal na zona.

“Recebemos queixas de que, a partir da estátua de A-Má em Coloane até à praia de Hac Sá existe uma zona de grandes dimensões que devia ser um espaço verde e outro terreno que deve estar envolvido num caso de ocupação ilegal e danificação, uma vez que a relva foi arrancada e o lote ocupado por materiais e máquinas de construção”, avançou a deputada ao Jornal Tribuna de Macau.

Neste sentido, Li Canfeng, director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, frisou que o Governo está a ponderar instalar câmaras nos terrenos que foram concessionados pelo Executivo ou que estarão a ser ocupados de forma ilegal.

“A DSSOPT está a estudar a implementação de câmaras de videovigilância do sistema CCTV para auxiliar os trabalhos de supervisão dos terrenos do Estado. Quando for definida uma solução que viabilize essa intervenção será, então, lançado o concurso para a sua implementação”, lê-se na resposta cedida ao deputado Leong Sun Iok.

Recorde-se que, em Março deste ano, o director da DSSOPT já tinha referido na Assembleia Legislativa que o Executivo não dispõe de meios para fiscalizar todas as ocupações ilegais que acontecem em Macau.

“Houve ocupação ilegal de alguns terrenos da RAEM. Algumas situações já foram resolvidas mas voltaram a aparecer, com mais ocupações ilegais. Os efeitos são indesejáveis porque não somos capazes de fiscalizar permanentemente estas terras e os procedimentos administrativos são morosos e com custos elevados”, admitiu.

 

  • Notícia corrigida em relação à versão impressa

 

10 Jul 2018

Biblioteca Central | IC espera propostas de concepção no último dia

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] fim do prazo da apresentação de propostas para a concepção da nova Biblioteca Central está agendado para hoje e o Instituto Cultural ainda não recebeu nenhuma proposta.

De acordo com a vice-presidente do IC, Leong Wai Man, a ausência de candidaturas deve-se à complexidade do processo e acredita que as empresas querem aperfeiçoar as suas propostas, pelo que irão entregar as mesmas nos últimos momentos.

Segundo o Jornal do Cidadão, o IC afirmou que é preciso ter em conta a entrega de propostas recebidas no último dia para decidir se vai alargar o prazo. A vice-presidente revelou ainda que prevê que a biblioteca do Mercado Vermelho, que foi danificada na sequência da passagem do tufão Hato, possa reabrir em Julho.

9 Jul 2018

Xi Jinping em Lisboa em Dezembro antecipa ano da China em Portugal, diz ministro da cultura

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Ministro da Cultura afirmou em Macau que o Presidente chinês vai estar em Lisboa no início de dezembro, numa antecipação do ano da China em Portugal, países que celebram, em 2019, 40 anos de relações diplomáticas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já havia anunciado, em finais de junho, a visita de Estado de Xi Jinping no final do ano, uma “visita importante” e possível devido à “capacidade de diálogo e de entendimento” de ambos os países.

Hoje, Luís Filipe Castro Mendes precisou que a visita do líder chinês irá decorrer no início de dezembro, poucas semanas antes de arrancar, em simultâneo, o ano da China em Portugal e o ano de Portugal na China.

“Esperamos nessa altura ter uma manifestação cultural digna para receber o Presidente Xi Jinping”, disse aos jornalistas o responsável pela Cultura, presente em Macau para o “Fórum Cultural entre a China e os Países de Língua Portuguesa”.

Entre as várias “manifestações culturais portuguesas na China e manifestações culturais chinesas em Portugal”, o ministro destacou, em fevereiro, “um evento muito especial para celebrar o ano novo chinês”, uma “festa muito popular em Lisboa”, que conta sempre “com muita adesão”.

Estão previstas, ainda, apresentações de companhias de bailado, concertos e exposições, cujo alinhamento o ministro discutiu, na quinta-feira, com o homólogo chinês, em Pequim.

“A reunião que tive ontem [quinta-feira] com o ministro da Cultura chinês serviu exatamente para acertarmos os nossos calendários, as nossas perspetivas e o nosso trabalho neste festival – no qual Macau terá, naturalmente, uma participação”, declarou.

No próximo ano, comemoram-se quatro décadas das relações diplomáticas entre Portugal e a China, mas também 20 anos do regresso de Macau à administração chinesa, uma “coincidência temporal e feliz”, considerou.

“São relações que se desenvolveram de uma forma extraordinária, temos hoje uma relação estreita a nível económico, ao nível do comércio, ao nível da ciência e ao nível da cultura, esta última que queremos mais presente na China” e vice-versa, disse.

Aqui, “Macau joga um papel de grande importância”, pois trata-se de “uma ponte natural entre estes dois países”, concluiu.

9 Jul 2018

Canídromo | Oito associações contra envio de galgos para o Interior da China

Nem mais um cão para o outro lado da fronteira. Com a aproximação da data de encerramento do Canídromo, a 21 de Julho, são cada vez mais as associações que vêm a público pedir que o Governo arranje uma solução para o problema e que os galgos não sejam enviados para o Continente

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]ito associações de protecção dos direitos dos animais juntaram-se para pedir ao Governo que impeça que os galgos do Canídromo sejam levados para o Interior da China. Numa conferência de imprensa realizada ontem, que contou com a presença do deputado Sulu Sou, as associações sublinharam também a necessidade de esterilizar os animais para impedir que sejam utilizados apenas para procriação.

“Estamos muito preocupados com a possibilidade dos cães irem para o Interior da China. O envio de galgos para o Continente não é uma solução nem deveria estar a ser considerado. No Interior da China não há uma protecção total dos direitos dos animais, há festivais para comer cães, há lutas ilegais, entre outras situações “, disse Xenia Estorninho, voluntária da Long Long Animals Asylum Home, ao HM.

“Se os cães forem para o Interior da China vai ser um pesadelo. Todos sabemos isso. É desta maneira que Macau trata os animais? Não devíamos estar apenas a pensar no dinheiro quando lidamos com esta questão”, acrescentou.

Na conferência de imprensa estiveram representantes de sete das oito associações, incluindo da Associação Protectora para os Cães Vadios de Macau, Long Long Volunteers Group, Associação de Protecção aos Animais Abandonados de Macau, Long Long Animals Asylum Home, Dandelion Animal Protect Association Macau, Macau Animal Welfare Association e Macao Volunteer Association of Furry that wish a family — Furmily. As associações enviaram ainda cartas para o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), a 6 de Julho, a pedir que os cães não sejam enviados para o outro lado da fronteira e que o Governo se empenhe para encontrar outra solução que respeite o espírito da lei de protecção de animais.

“Não se percebe toda esta situação. O Canídromo já sabia que ia ter de encerrar há cerca de três anos. Mas estão a lidar com tudo à presa, mesmo os dias de adopção foram feitos à pressa. Não se percebe como é que lidam com esta questão de forma tão pouco séria”, considerou ainda a voluntária.

Quanto mais fala…

O deputado Sulu Sou foi um dos presentes na ocasião e também juntou a voz aos que estão preocupados com os destinos dos galgos.

“A empresa Yat Yuen teve mais de dois anos para preparar o plano para o futuro dos galgos e o que se está a passar é consequência da falta de acção deles. O IACM já devia ter definido um plano, uma vez que o da empresa não foi aprovado, com uma solução” disse Sulu Sou, ao HM.

“O Governo tem de assumir as suas responsabilidades. Na minha perspectiva o IACM devia manter os galgos, dentro do Canídromo, depois de 21 de Julho até encontrar uma solução. Mas claro que a empresa devia pagar as despesas”, frisou.

Sulu Sou criticou igualmente a postura evasiva de Angela Leong, directora executiva da empresa responsável pelos Galgos. Na sexta-feira, na Assembleia Legislativa, a deputada tinha dito que não queria responder a perguntas sobre o Canídromo porque levantam “questões inoportunas”.

“É normal que [Angela Leong] não responda às dúvidas que existem porque sempre que fala, as pessoas ficam ainda mais confusas com a posição da empresa Yat Yuen”, atirou.

9 Jul 2018

Governo garante que canal centenário na Almeida Ribeiro vai ser preservado

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]om as obras no sistema de drenagem a decorrer na Avenida de Almeida Ribeiro, há cidadãos que estão preocupados com possíveis danos do canal centenário que recentemente ficou exposto devido às obras. De acordo com o Jornal do Cidadão, a vice-presidente do Instituto Cultural (IC), Leong Wai Man, afirmou que o canal não pertence ao património cultural e apenas se situa na zona de protecção do património cultural, sendo que, após a conclusão das obras, o canal vai continuar a existir sem danificações.

Questionada se o valor histórico desta estrutura vai ser afectado depois do canal voltar a ser coberto, a responsável salientou que “nesta fase é preciso tratar primeiro do problema das águas na Avenida de Almeida Ribeiro”, tendo reiterado que não tem qualquer opinião em relação às obras que estão a decorrer.

De acordo com o Jornal Tribuna de Macau, citando a informação divulgada pela publicação “All About Macau”, as obras na Avenida Almeida Ribeiro puseram a descoberto um canal de pedra com cerca de 100 anos, composto por uma vala de pedra e uma abóbada em tijolo burro. Segundo as mesmas informações, outras abóbodas do género já tinham sido removidas devido a distintos projectos de engenharia. No entanto, a estrutura do canal em pedra continua intacta.

Restos de história

Segundo a mesma fonte, os dados indicam que, em 1903, a Administração do território propôs a construção de uma avenida entre o Porto Interior e o centro da cidade, incluindo a adição de um canal de drenagem de esgotos subterrâneos. A Avenida de Almeida Ribeiro seria inaugurada em 1920 e o canal em 1918.

Um comunicado do IACM, citado pelo “All About Macau”, indica que o canal tem mais de 90 anos e a estrada é usada há mais de 30 anos, sofrendo diferentes níveis de danos, aos quais se adicionam a forte pressão rodoviária, pelo que são necessárias obras de reparação.

9 Jul 2018

Saúde | Anuladas mais de mil prescrições de medicamentos

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde revelaram que 1238 pessoas tinham prescrições para os medicamentos para a redução da pressão arterial que foram retirados do mercado, por ordem das autoridades. De acordo com o canal de rádio da TDM, o número diz respeito aos centros de saúde e ao Centro Hospitalar Conde São Januário.

Em causa, estão seis medicamentos das marcas Valtensin e Valsartan. No sábado, os Serviços de Saúde revelaram que o principal ingrediente nestes fármacos – impureza de valsartan – excede o padrão, pelo que os importadores foram instruídos para proceder à recolha de todos os lotes dos medicamentos.

Num comunicado ontem divulgado, os serviços liderados por Lei Chi Ion afirmam que foi, de imediato, activado um plano de contingência. Até ao momento, foram contactadas com sucesso 970 pessoas. Todos os afectados devem trocar os medicamentos durante a próxima semana, refere a mesma fonte.
A ideia era que os pacientes pudessem começar a receber os fármacos substitutos já a partir de hoje, mas “um problema de escassez levou a que os medicamentos sejam apenas fornecidos a partir de quarta-feira”. O levantamento estende-se até sexta-feira, podendo ser efectuado nos centros de saúde ou no serviço de consulta externa de 24 horas do Conde São Januário, locais onde, dizem os Serviços de Saúde, vai haver “uma via verde” para o efeito.

As autoridades deixam ainda uma recomendação: os pacientes devem tomar os actuais medicamentos prescritos de acordo com a receita médica antes de receberem novos medicamentos, “não podendo de qualquer maneira suspender a administração por sua vontade”.

9 Jul 2018

Explosão | Associação afirma que família de vítima mortal se queixa de falta de apoio

A família da vítima mortal da explosão num restaurante na Areia Preta queixa-se de falta de apoio por parte do Governo. Quem o diz é o vice-presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau, Chan Tak Seng que se reuniu com os pais da vítima duas vezes. De acordo com o responsável, as visitas do Governo foram só para tirar fotografias

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s familiares da vítima mortal da explosão que ocorreu na semana passada num restaurante na Areia Preta revelam que não têm tido qualquer apoio por parte do Governo. A denúncia é feita pelo vice-presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau, Chan Tak Seng ao Jornal do Cidadão em que o responsável refere que “na sequência da explosão do restaurante ao lado do Edifício Pak Lei, o Governo só enviou um representante do Instituto de Acção Social (IAS) para comunicar com a família da vítima sem ter prestado qualquer apoio”.

Chan Tak Seng apela a que o Executivo mude de atitude e pede que sejam mobilizados os meios necessários para a conclusão da investigação do incidente, que alegadamente teve origem numa fuga de gás. Além disso, dirigente associativo solicita o apoio económico aos familiares.

O responsável pela Aliança de Povo de Instituição de Macau revelou ainda que desde os acontecimentos do passado dia 3 de Julho, já visitou pessoalmente os pais da vítima mortal por duas vezes e sublinha a necessidade de apoio económico.

Chan Tak Seng explicou que se tratam de pessoas que perderam a capacidade de trabalho por motivos de doença e actualmente apenas contam com o filho para contribuir para a economia familiar.

Olha o passarinho

O responsável considera que após a ocorrência da explosão, as visitas do Chefe do Executivo, Chui Sai On e dos secretários do Governo serviram apenas para tirar fotos em frente do edifício e não para prestar condolências à família enlutada.

Entretanto, a investigação que se encontra a decorrer não tem qualquer data para terminar, uma situação que interfere com o funeral da vítima que não pode ser realizado até que o processo seja concluído.

De acordo com responsável, “a família está descontente por não receber nenhum apoio por parte do Governo” e Chan exige que o Executivo divulgue o resultado da investigação o mais rápido possível.

Explosão fatal

No passado dia 3 de Julho uma explosão num restaurante na zona da Areia Preta causou pelo menos seis feridos, três homens e três mulheres, de acordo com informação da PSP. O sinistro ocorreu por volta das 21h45. O acidente que aconteceu num restaurante no Edifício Pak Lei, terá tido na sua origem uma fuga de gás.

Um dos feridos teve de ser retirado dos escombros, onde tinha ficado preso após a explosão, que causou vários danos. Outro dos sinistrados ficou deitado na via pública em cima de vidros.

De acordo com um comunicado dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), a vítima mortal tinha 34 anos e faleceu “devido a lesões graves nos órgãos e fracturas, também graves”.

Depois da explosão, o chefe substituto do departamento de segurança dos combustíveis do Corpo de Bombeiros (CB) Lam Chon Sang, apontou “Fórum Macau” da TDM que vai exigir a instalação de detectores de fuga de gás equipados com alrme sonoro nos restaurantes locais.

 

Saúde Pública | Maus cheiros devido a comida estragada

De acordo com um comunicado da Polícia de Segurança Pública (PSP), depois da explosão que ocorreu no restaurante na Areia Preta, surgiram maus cheiros na zona provenientes de comida estragada que se encontrava armazenada nos frigoríficos. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o Executivo já removeu os frigoríficos do restaurante e esterilizou a área de modo a que não efecte a saúde pública.

9 Jul 2018

Suicídios | Registada redução no número de casos

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]ntre Janeiro e Março foram registados 12 casos de suicídio, dos quais eram 10 residentes e 2 não-residentes.

Os números foram divulgados ontem pelos Serviços de Saúde, que referem ter havido uma quebra de 20 por cento em relação ao período homólogo do ano passado.

No mesmo comunicado, o Governo apela às pessoas que se mostrem atentas às condições mentais em conhecidos e recorda que nos centros de saúde do Tap Seac, do Fai Chi Kei, da Areia Preta, dos Jardins do Oceano e de Nossa Senhora do Carmo foram abertas consultas externas de saúde mental.

6 Jul 2018

Explosão no edifício Pak Lei | Três pessoas continuam internadas

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]rês das seis vítimas da explosão do restaurante situado no Edifício Pak Lei ainda se encontravam ontem internadas, de acordo com o relatório das 17h, dos Serviços de Saúde.

A pessoa com fractura do fémur, que foi operada na quarta-feira, está estável e foi transferida para a enfermaria de ortopedia. A situação da pessoa com queimaduras de segundo grau em 25 por cento no corpo mantem-se inalterada.

Finalmente, a outra vítima internada tem ferimentos ligeiros e está sob observação neurológica. Por sua vez, um dos feridos que anteontem estava internado teve alta, após tratamentos médicos e ter sido observado no internamento.

6 Jul 2018

Crime | Fugitivo malaio em Macau

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m empresário malaio procurado há mais de três anos no país de origem, Low Taek Jho, está em Macau. A notícia foi avançada pelo Inspector Geral da Polícia Real Malaia, Tan Sri Mohamad Fuzi Harun, em declarações ao jornal The Star, na edição de quinta-feira.

Low Taek Jho, conhecido por Jho Low, está em fuga há três anos e é procurado para assistir as autoridades num crime de desfalque de fundos públicos, que envolve a companhia 1Malaysia Development Berhad. “No outro dia enviámos a nossa equipa para Hong Kong, mas assim que chegamos lá, ele fugiu para Macau.

São as últimas informações que temos sobre ele”, disse Tan Sri Mohamad Fuzi Harun ao jornal.

6 Jul 2018

Aeroporto de Macau | Quatro milhões de passageiros no primeiro semestre

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] aeroporto internacional de Macau (MIA) registou mais de quatro milhões de passageiros no primeiro semestre do ano, um aumento de 20 por cento em comparação com o período homólogo do ano passado, indicaram ontem dados oficiais.

Entre Janeiro e Junho, o aeroporto recebeu uma média diária de 22.000 passageiros, de acordo com um comunicado da Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau (CAM) enviado à agência Lusa. Durante este período, o tráfego aéreo superou os 30.000 voos, um aumento de 12 por cento comparativamente a igual período do ano passado.

Os mercados do interior da China, do Sudeste Asiático e de Taiwan registaram um aumento de 37 por cento, 16 por cento e 4 por cento, respectivamente. Já as viagens em companhias aéreas convencionais e ‘low cost’ registaram aumentos respetivos de 26 por cento e 9 por cento.

Só no mês de Junho, o aeroporto recebeu 660.000 passageiros, o que representa um aumento anual de 19 por cento.

Em comunicado, o CAM atribuiu este aumento ao “número de visitantes de e para as rotas do interior da China e Sudeste da Ásia, que cresceram 41 por cento e 13 por cento, respectivamente”, indicam os dados.

Ainda este mês vão ser iniciados dois voos semanais para Sanya, na ilha chinesa de Hainão, e também serviços regulares entre Macau e três cidades cambojanas: Phnom Penh, Siem Reap e Sihanoukville, foi ontem anunciado.

6 Jul 2018

Crime | Funcionário utilizava equipamento de escola para falsificar notas

Técnico de manutenção do equipamento informático da Escola Luso-Chinesa Técnico-Profissional é suspeito de utilizar a fotocopiadora da escola para falsificar notas de 500 patacas. O homem foi detido pela PJ e a DSEJ vai avançar para a suspensão

 

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m técnico de manutenção dos equipamentos informáticos da Escola Luso-Chinesa Técnico-Profissional é suspeito de ter utilizado a fotocopiadora a cores da instituição para imprimir nota de 500 patacas. O dinheiro era depois colocado a circular pelo funcionário, que utilizava as verbas no dia-a-dia e ainda no pagamento de serviços de prostitutas.

Foi através do pagamento com duas notas de 500 a uma prostituta que o homem de 28 anos foi descoberto. A mulher utilizou o montante para pagar uma conta num casino. Nessa altura, foi-lhe dito que as notas eram falsas. Mais tarde, a prostituta indicou à polícia que o homem de 28 anos tinha-lhe pago um serviço com as notas falsas.

Após este caso, a PJ desencadeou operações de investigação, foi à escola e apreendeu um conjunto de notas de 500 patacas falsas, que totalizava quase 300 mil patacas.

O homem é suspeito da prática do crime de contrafacção de moeda que é punido com pena de prisão que vai de 2 a 12 anos.

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultural, Alexis Tam, afirmou que o Executivo não tolera comportamentos contrários à lei. “Quero salientar que o Governo tem padrões muito elevados em relação aos nossos funcionários públicos. Todos têm que seguir a legislação em vigor e conhecê-la profundamente. Não podemos deixar que surja nenhum caso nem que qualquer funcionário que se envolvam em práticas contrárias à lei”, sublinhou.

Alexis Tam explicou ainda que só teve conhecimento da situação momentos antes da reunião, depois de ter sido informado pelo director da Direcção de Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), Lou Pang Sak.

DSEJ queria suspensão

Quando os responsáveis falaram com a comunicação social, na manhã de ontem, o suspeito estava a ser questionado pela PJ. Na altura, a DSEJ já tinha instaurado um processo disciplinar e preparava-se para proceder à suspensão do indivíduo.

“Segundo a informação que conhecemos, ele aproveitou as alturas em que a biblioteca estava fechada e pedia ao segurança para entrar, com a justificação que precisava de fazer algum trabalho de manutenção. O segurança deixou-o entrar e terá sido nesses períodos que o eventual crime terá sido cometido”, contou Lou Pang Sak, director da DSEJ.

“Ainda hoje [ontem] vamos apresentar uma proposta ao superior hierárquico [Alexis Tam] para a suspensão. Ele é suspeito, mas mesmo que apenas seja suspeito, temos de prevenir a possibilidade de futuras ocorrências e temos de implementar as medidas preventivas. Vamos propor para aplicar esta medida cautelar”, acrescentou.

Mesmo assim, por prevenção, o funcionário de 28 anos ficou sem acesso às instalações da Escola Luso-Chinesa Técnico-Profissional, onde trabalhava desde 2014.

Ainda no que diz respeito ao Governo, o processo vai ser lidado de acordo com o Estatuto dos Trabalhadores da Administração Pública (ETAPM) que estabelece como pena máxima a demissão, caso se prove a conduta incorrecta.

 

Costa Nunes | Relatório até ao final do mês

O relatório da DSEJ sobre o alegado caso de pedofilia no Jardim de Infância D. José Costa Nunes está na fase de conclusão e deverá ser apresentado até ao final do mês, dentro do prazo anunciado anteriormente. A informação foi avançada, ontem, pelo director da DSEJ. “Estamos quase a terminar o trabalho para elaborar o relatório, vai ser apresentado até ao final do mês”, disse Lou Pang Sak.

Investigação | Caso Sam Yuk encerrado

As suspeitas dos alegados casos de abuso sexual na Escola Secundária Sam Yuk não se confirmaram e o caso foi encerrado. “Os estudantes sentiram-se inconfortáveis [com um contacto bastante próximo], mas não houve acções mais agressivas. De acordo com as informações que recebemos, não houve as práticas o publicadas pela comunicação social [abuso sexual]”, frisou. “Comunicámos aos professores que têm de ter muito cuidado face à relação e ao contacto com os estudantes”, acrescentou.

Pak Lei | IAS sem pedidos de apoio

Segundo o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, o Instituto para a Acção Sociais (IAS) não recebeu pedidos de apoio financeiro das famílias afectadas pela explosão de um restaurante no Edifício Pak Lei, na Areia Preta. “Neste momento, segundo a informação dos IAS, ainda nenhuma família pediu apoio financeiro. Mas claro que os Serviços de Saúde estão a prestar apoio em termos dos cuidados médicos para os doentes”, disse Alexis Tam.

6 Jul 2018

Previdência | Cloee Chao pede cálculo mais justo para funcionários da Melco

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] presidente da Associação Novo Macau para os Direitos dos Trabalhadores do Jogo, Cloee Chao, entregou uma carta junto da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) onde é pedido um cálculo mais justo no sistema de previdência para todos os funcionários da concessionária de jogo Melco Crown.

De acordo com um comunicado, a associação afirma ter conhecimento de casos em que apenas é calculado o salário base dos trabalhadores nos cálculos para o sistema de segurança social, sendo que o acordo selado com as restantes operadoras já não é posto em prática desde 2015.

Nesse sentido, Cloee Chao defende que quem trabalha para a Melco Crown está a ser alvo de injustiças, tendo sido pedida a intervenção da DSAL.

6 Jul 2018

CPU | Mais terrenos da zona A em consulta pública

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] público poderá dar opinião sobre o desenvolvimento de mais três terrenos localizados na zona A dos Novos Aterros até ao próximo dia 19. O projecto a será discutido na próxima reunião do Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU).

Além disso, a consulta pública versa também sobre um projecto habitacional que irá nascer num terreno privado no Pátio do Espinho, um bairro localizado atrás das Ruínas de São Paulo, e que não poderá ter mais de nove metros de altura.

6 Jul 2018

TDM | John Lai, administrador, absolvido do crime de abuso de poder

O Tribunal Judicial de Base absolveu John Lai, membro do conselho de administração da Teledifusão de Macau, de dois crimes de abuso de poder de que era acusado. A juíza entendeu que não se fez prova e que John Lai não causou quaisquer prejuízos à empresa

 

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]anteve o silêncio durante todo o processo e assim permaneceu na leitura da sentença. John Lai ouviu ontem a juíza do Tribunal Judicial de Base (TJB) absolvê-lo dos dois crimes de abuso de poder de que era acusado. A tese da acusação defendia que o administrador teria recorrido a serviços do motorista da empresa para a sua vida pessoal.

A acusação referia viagens feitas pelo motorista da TDM para ir buscar o pequeno-almoço, limpar e arranjar o carro particular de John Lai ou mesmo ir buscar encomendas à estação de correios de Coloane.

A juíza considerou que John Lai “não causou quaisquer prejuízos à TDM” neste aspecto, uma vez que a própria empresa não especifica o âmbito dos direitos e deveres dos administradores, razão pela qual nenhum crime foi imputado.

Sobre este ponto, a acusação sempre considerou que, de acordo com os Estatutos da TDM, só o presidente do Conselho de Administração tem direito a motorista privado. Durante as sessões de julgamento, o motorista em causa foi ouvido e admitiu a realização dessas tarefas, mas que tal era do conhecimento da direcção da empresa.

Victor Chan, director do Gabinete de Comunicação Social, referiu, na qualidade de testemunha, que as exigências dos administradores devem ser diferentes, uma vez que as suas principais tarefas são participar e assistir em reuniões. Já Frederico do Rosário, também administrador da TDM, considerou ser “anormal” este comportamento de John Lai, já que os recursos da estação de televisão não devem ser usados para interesses pessoais.

Contas acertadas

A acusação versava ainda sobre a alteração da data de um bilhete de avião para os Estados Unidos paga pela TDM. John Lei teria viajado em trabalho e pediu posteriormente para alterar a viagem, ficando mais uns dias no país em regime de férias. Contudo, também aqui a juíza considerou que não foi cometido qualquer crime, uma vez que a TDM também não criou regras específicas para estes casos. A sentença refere que John Lai poderá, nesta fase, acertar contas com a empresa, mas, de acordo com o Jornal Tribuna de Macau, a acusação afirmou que o administrador já terá pago a diferença do montante relativa a esse bilhete de avião.

A sentença adianta também que a direcção da TDM já teria conhecimento desta alteração antes da mudança das datas, não tendo existido quaisquer erros por parte da empresa.

O HM contactou Manuel Pires, presidente da Comissão Executiva da TDM, no sentido de obter um comentário sobre a decisão do TJB. Contudo, Manuel Pires, que chegou a ser arrolado como testemunha, não quis comentar factos anteriores à sua chegada ao cargo de presidente da comissão executiva, que aconteceu em 2014. Quanto ao impacto que do caso para a imagem da empresa pública de televisão, Manuel Pires remeteu os comentários para depois da análise da sentença.

6 Jul 2018