AMCM | Governo quer captar mais investidores lusófonos

O Executivo espera, com a nova lei, criar novos produtos de investimento que seja atractivos para investidores de países como Angola, Brasil ou Portugal. Na apresentação do futuro diploma legal, os responsáveis da AMCM indicaram terem seguido os exemplos dos mercados mais desenvolvidos, como Hong Kong e Singapura

 

O governo anunciou uma nova proposta de lei para encorajar a criação de fundos de investimento que possam atrair investidores do estrangeiro, incluindo dos países lusófonos. A apresentação do futuro diploma, que tem de ser aprovado pela Assembleia Legislativa, decorreu na sexta-feira.

Numa conferência de imprensa do Conselho Executivo, a presidente substituta da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), Henrietta Lau Hang Kun, disse que a proposta de lei pretende “criar melhores condições” para “atrair entidades estrangeiras”.

Henrietta Lau Hang Kun acrescentou que o objectivo final é facilitar a criação de “mais produtos de investimento que possam atrair investidores do exterior, incluindo dos países de língua portuguesa”.

A dirigente da AMCM lembrou que já há empresas a criar fundos de investimento em Macau. Em Julho, foi lançado o primeiro fundo do mundo denominado somente em patacas, para ajudar a diversificar a economia local, disse na altura à Lusa o presidente da empresa gestora, o português Bernardo Tavares Alves.

Henrietta Lau recordou na sexta-feira que “acelerar o desenvolvimento de um sector financeiro moderno” representa “um dos principais objectivos” do governo local para diversificar a economia de Macau, muito dependente do turismo e dos casinos.

Hora de mudar

Mas a dirigente afirmou ser necessário substituir a actual lei, que data de Novembro de 1999, antes da transição da região de Portugal para a China, e “aprender com mercados mais amadurecidos”, como a vizinha Hong Kong, Singapura e China continental.

A proposta elimina o número mínimo de participantes e o valor mínimo de captação para a constituição de fundos de investimento, cancela a taxa de fiscalização e permite aos fundos investir em imobiliário fora de Macau.

Após ter sido discutida pelo Conselho Executivo, a proposta de lei vai agora ser enviada para a Assembleia Legislativa. O plano de diversificação da economia prevê até 2028 uma aposta nos serviços comerciais e financeiros entre a China e os países de língua portuguesa.

28 Out 2024

Crime | Detido por burla de 50 mil dólares de Hong Kong

Um homem do Interior foi detido, depois de ter cometido uma burla no valor de 50 mil dólares de Hong Kong. O caso foi apresentado ontem pela Polícia Judiciária, e aconteceu a 12 de Outubro.

Após entrar em Macau, o homem do Interior foi a uma loja para trocar 50 mil dólares de Hong Kong por 46 mil renminbis. O funcionário concordou com a troca de dinheiro, e disponibilizou o número da conta para a qual os 46 mil renminbis deviam ser enviados, através de pagamentos electrónicos. No entanto, em vez de transferir o dinheiro, o homem limitou-se a manipular a imagem da plataforma de transferências, e mostrou um screenshot onde constava que a transacção tinha sido feita com sucesso. Como o trabalhador acreditou na imagem, e não confirmou a recepção do dinheiro, entregou os 50 mil dólares de Hong Kong ao cliente. Só mais tarde, quando viu o saldo da conta é que percebeu que tinha sido enganado.

A vítima apresentou queixa junto das autoridades, que identificaram o homem com recurso a videovigilância. A detenção foi feita na quarta-feira, na fronteira da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.

25 Out 2024

Troca de dinheiro | Mais de 40 suspeitos entregues ao Interior

Uma operação policial conjunta culminou com a entrega às autoridades chinesas de 42 indivíduos suspeitos de pertencerem a uma rede de troca ilegal de dinheiro que operava em Macau. A operação envolveu uma centena de investigadores da PJ, e intervenções em hotéis no Cotai e Península. Foram ainda apreendidas somas em dinheiro e fichas de jogo

 

Na quarta-feira ao início da noite, Gongbei foi palco de grande aparato policial motivado pela entrega às autoridades chinesas de 42 suspeitos de troca ilegal de dinheiro detidos numa operação policial conjunta em Macau. De acordo com o jornal Ou Mun, os detidos são 29 homens e 13 mulheres, com idades compreendidas entre 27 e 63 anos, oriundos de Pequim e das províncias de Guangdong, Jiangxi, Jiangsu, Shandong, Jilin, Liaoning, Hebei, Heilongjiang e Anhui.

O subdirector da Polícia Judiciária Sou Sio Keong acrescentou entre os detidos se encontravam dois trabalhadores não-residentes suspeitos de prática de troca ilegal de dinheiro para suplementar os rendimentos.

Antes da entrega das mais de quatro dezenas de suspeitos às autoridades do Interior, Macau foi palco de uma operação policial de grande envergadura, com uma centena de inspectores da Polícia Judiciária (PJ) de Macau a serem destacados para vários hotéis na península e no Cotai, e dois apartamentos. As autoridades não indicaram se as operações de estenderam a áreas de jogo em casinos.

Na operação, conjunta com o Ministério da Segurança Pública, foram também apreendidos 3 milhões de dólares de Hong Kong, fichas de jogo no valor de 160 mil dólares de Hong Kong e 56 telemóveis.

Limpeza profunda

Esta operação surgiu cerca de dois meses depois de uma operação que culminou com a detenção de 252 pessoas suspeitas do mesmo crime. Recorde-se que a criminalização da troca de dinheiro para jogar não foi um assunto consensual e, mesmo na altura da aprovação na especialidade da proposta de lei, a parte da lei de combate aos crimes de jogo ilícito que diz respeito à troca cambial motivou algumas dúvidas de deputados. Ainda assim, a lei foi aprovada com os votos favoráveis de todo o hemiciclo em quase todos os artigos, e o câmbio ilícito passou a ser punido com pena de prisão até 5 anos. Quem for condenado por este crime pode ainda ficar interdito de entrar em Macau e em casinos durante entre dois e 10 anos.

Em declarações durante a cerimónia de entrega, o subdirector da PJ realçou a aprovação da lei providencia a base legal para combater o fenómeno criminal. Porém, se as autoridades de Macau tiverem indícios de que os suspeitos têm ligações a organizações criminosas nas China, podem simplesmente entregar os suspeitos à polícia do Interior, ressalvou Sou Sio Keong

A criminalização desta actividade veio também no seguimento de uma reunião, em Julho, entre as autoridades de Macau com representantes do Ministério da Segurança Pública, que consideram a troca ilegal de dinheiro em Macau uma das principais preocupações a nível da segurança do país. Aliás, estas operações policiais no Interior da China são referidas pelas próprias autoridades como “erradicação de formigas”.

25 Out 2024

Mar do Sul da China | Registadas marés 30cm mais altas

Especialistas chineses estão a investigar uma subida invulgar do nível do mar em várias zonas costeiras do nordeste e do sudeste da China, foi ontem noticiado. Esta subida verificou-se também no mar do Sul da China, em regiões como Hong Kong e Macau, em que as marés estavam 30 centímetros mais altas do que o normal, escreveu a Lusa citando o jornal South China Morning Post.

O fenómeno afectou sobretudo as províncias de Hebei e Liaoning, causando inundações e obrigando à mobilização de uma resposta de emergência, algo que surpreendeu as autoridades e a população local. Além disso, vídeos publicados nas redes sociais mostram estradas submersas em cidades do nordeste do país, como Dalian e Jinzhou.

O director do Gabinete de Previsão de Ondas de Maré do Centro Nacional de Previsão Ambiental Marinha, Fu Cifu, disse, citado pelo jornal, que uma subida tão súbita do nível da água, na ausência de vento e de ondas evidentes, “nunca tinha sido registada”, nem a nível nacional nem internacional.

O nível do mar em várias zonas da região manteve-se cerca de um metro acima do normal durante mais de 20 horas, ultrapassando os registos históricos em várias estações de medição de marés na província de Liaoning.

As autoridades disseram que, embora as águas tenham começado a baixar após várias horas, os efeitos da vaga fizeram-se sentir nas províncias mais a sul, como Jiangsu (leste) e Fujian (sudeste). A subida do nível do mar desencadeou uma resposta de emergência pelo Ministério dos Recursos Naturais da China, que mobilizou cinco equipas de peritos para inspeccionar as áreas afectadas.

25 Out 2024

DSPA | Inscrições para visitas em zonas ecológicas a partir de hoje

A Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) acolhe, a partir de hoje, inscrições para as habituais visitas e actividades nas Zonas Ecológicas do Cotai, os chamados mangais.

Nos dias 9 e 23 de Novembro decorre o “Dia Aberto ao Público”, com 120 vagas cada, realizando-se uma visita guiada de duas horas pelas Zonas Ecológicas I e II, a fim de observar aves e plantas. No dia 9 será também organizado um workshop, que decorre às 10h e 15h, intitulado “Actividade Educativa sobre a Natureza”, destinado a pais e crianças. Cada sessão terá 12 vagas.

O workshop dura 2h30 e terá um instrutor, que “irá transmitir conhecimentos no domínio da ecologia e orientar as crianças na confecção de sinos de vento feitos em moldes de gesso a partir de plantas recolhidas no local, e pintados depois à mão”.

Até Abril do próximo ano, e tendo em conta o decorrer da época das aves migratórias, será realizado todos os meses o passeio de “Observação de Pássaros nas Zonas Húmidas”. No mês que vem, o passeio decorre dia 23, às 9h30 e 14h30, com 50 vagas por passeio. Durante a visita de duas horas e meia, os participantes serão orientados por um instrutor para passearem na rota e entrarem nos postos de observação de pássaros, podendo contemplá-los através de telescópios fornecidos pela DSPA e ouvir a explicação por um profissional.

25 Out 2024

Hac Sá | Níveis de E.coli levam a içar bandeira vermelha

A DSAMA explicou que “a qualidade anormal da água” é normalmente verificada “após condições climatéricas adversas ou chuvas fortes”. Os banhistas são aconselhados a ficaram no areal

 

A Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) anunciou que foi içada a bandeira vermelha na Praia de Hac Sá, devido a elevados níveis de E.Coli na água. A informação foi divulgada através de um comunicado, pulicado ontem, onde também consta que devido à influência de uma monção foi içada a bandeira amarela na praia de Cheoc Van.

Segundo a DSAMA, os elevados níveis de E.coli na água da praia de Hac Sá fora apurados, depois de o Instituto para os Assuntos Municipais ter realizado um teste à qualidade da água.

“Os resultados dos testes à qualidade da água das praias efectuados pelo Instituto para os Assuntos Municipais revelaram que o nível de E.coli na praia de Hac Sá ultrapassou os padrões aceitáveis, tendo o IAM hasteado bandeiras vermelhas e afixado avisos para lembrar ao público e aos banhistas que não devem entrar na água”, foi indicado.

“A qualidade anormal da água nas praias ocorre geralmente após condições climatéricas adversas ou chuvas fortes e pode durar algum tempo. A DSAMA está a acompanhar de perto a situação e aconselha o público que planeia visitar as praias a obter informações sobre as condições em tempo real e sobre as bandeiras nas praias antes de viajar”, foi acrescentado.

Piscina encerrada

Também na quarta-feira, a Piscina Central da Taipa foi encerrada temporariamente, depois de ter sido detectada uma “contaminação por fontes externas que afectou a qualidade da água”, “com níveis de E.coli acima do permitido”, indicou o Instituto do Desporto (ID).

As autoridades garantiram que a piscina foi “encerrada imediatamente”, depois de ter sido detectada a contaminação, para ser limpa e desinfectada. Até à hora do fecho desta edição, ainda não havia uma data apontada para a reabertura.

As piscinas ao ar-livre, incluindo Piscina Central da Taipa, Cheoc Van, Dr. Sun Iat Sen e Hac Sá, vão encerrar no final da época balnear (31 de Outubro). O ID indicou ainda que quem comprou bilhetes para a piscina do Parque Central da Taipa através da marcação online será reembolsado pelo próprio ID.

A E.coli, ou Escherichia coli, é um grupo de bactérias que existe nos intestinos de pessoas saudáveis. No entanto, certas variações podem causar doenças. A transmissão das infecções causadas por E. coli acontece principalmente devido ao contacto directo com animais, o contacto com humanos e o consumo de alimentos contaminados.

Os sintomas das infecções intestinais causadas pela E. coli incluem diarreia e dor abdominal, principalmente, além de náuseas e vómitos.

25 Out 2024

Sands China | Lucros crescem 16% no terceiro trimestre

Apesar de ter menos receitas, a empresa conseguiu aumentar os lucros. A construção da segunda fase do The Londoner está a afectar a capacidade de gerar receitas, mas os responsáveis da empresa mostram-se muito confiantes com o mercado do jogo de Macau, devido aos números da Semana Dourada

Com Lusa 

 

A Sands China registou lucros de 268 milhões de dólares entre Julho e Setembro, mais 16 por cento do que no mesmo período de 2023, anunciou ontem concessionário do jogo, que tem como principal accionista norte-americana Las Vegas Sands (LVS).

Apesar dos lucros, o resultado líquido no terceiro trimestre representa uma queda de 8,2 por cento em comparação com os três meses anteriores (Abril a Junho). A empresa terminou 2023 com lucros de 696 milhões de dólares, pondo fim a três anos de prejuízos sem precedentes.

A Sands China registou uma subida nos lucros apesar das receitas dos cinco casinos da operadora terem caído 1 por cento comparativamente ao terceiro trimestre de 2023, para 1,77 mil milhões de dólares. Foram registados lucros operacionais de 585 milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano, uma descida de 7,3 por cento em termos anuais.

A diferença foi explicada com o facto de parte dos casinos e hotéis do grupo em Macau estarem a ser remodelados. O presidente da empresa-mãe, Robert Goldstein, sublinhou que os resultados da operadora foram afectados pelo “trabalho de desenvolvimento em curso do Londoner”, acrescentou na mesma nota.

A Sands China está a construir a segunda fase da propriedade The Londoner Macao e a empresa, disse ter investido 313 milhões de dólares em construção e desenvolvimento entre Julho e Setembro. Goldstein afirmou que a recuperação do mercado do jogo em Macau continuou no terceiro trimestre, mas lembrou que o número de visitantes permanece abaixo dos níveis atingidos antes da pandemia da covid–19.

O território recebeu mais de 25,9 milhões de turistas nos primeiros nove meses deste ano, mais 30,1 por cento face ao período homólogo do ano passado, mas apenas 70,7 por cento do registado em 2019.

Semanada Dourada agradou

Na apresentação dos resultados aos analistas, Patrick Dumont, presidente e director de operações da Las Vegas Sands, admitiu ainda que a empresa ficou satisfeita com o tipo de visitantes recebidos em Macau durante a Semana Dourada.

“Estamos muito contentes com a qualidade dos nossos visitantes, tanto em Macau como em Singapura [durante a Semana Dourada]”, começou por dizer. “E penso que, mesmo com as perturbações a que estamos a assistir [devido às obras de remodelação em alguns dos edifícios da empresa], estamos a constatar que o consumidor, os turistas regulares e com maior poder de compra estão a visitar os nossos espaços e a reconhecer que existe uma excelente experiência”, acrescentou Dumont.

A mensagem de confiança no mercado do jogo de Macau foi igualmente reforçada por Robert Goldstein, apesar do abrandamento da economia da China. “Todos devem ficar impressionados com a resistência de Macau. Todos sabemos o que se está a passar na China […] mas o facto é que Macau está a registar um crescimento forte, apesar da conjuntura económica”, destacou. “Os números do início de Outubro parecem ter sido muito bons, por isso, a nossa história é muito positiva, quando comparada com a de outras empresas a operarem na China”, acrescentou.

24 Out 2024

Gripe | Casos com várias estirpes a descer

Os Serviços de Saúde (SS) registaram, em Setembro, uma descida no número de casos de diferentes estirpes de gripe em termos anuais. Assim, segundo uma nota oficial, foram registados 25 casos de infecção por norovírus, o que representa uma redução de cerca de 3,8 por cento e aumento de 2,1 vezes, respectivamente, em comparação com o mesmo mês do ano passado, com 26 casos, e o mês anterior, em que se registaram 8 casos.

No caso das infecções por enterovírus, registaram-se em Setembro 98 casos, menos 66,1 por cento face a 2023 e menos 3,9 por cento em relação a Agosto, quando se registaram 102 casos. No que diz respeito à covid-19, registaram-se quatro casos de infecções respiratórias graves associadas a esta doença, uma redução anual de 83,3 por cento e de 77,8 por cento face a Agosto.

Além disso, registaram-se ainda 145 casos de influenza, o que representa uma redução significativa em comparação com o mês homólogo do ano passado, quando se contabilizaram 4.965 casos e, uma redução de 68,7 por cento em relação ao mês anterior, com 463 casos.

Estes dados dizem respeito às declarações obrigatórias de 417 situações de doença, sendo que actualmente existem 45 tipos de doenças abrangidas pela obrigatoriedade de declaração.

24 Out 2024

Turismo | Quase 26 milhões visitaram Macau até Setembro

Mais de 2,5 milhões de turistas visitaram Macau em Setembro, volume que representa um aumento anual de quase 10 por cento, mais de metade em excursões. Feitas as contas, nos primeiros nove meses do ano o número de visitantes chegou a quase 25 milhões, acima das expectativas do Governo

 

Entre Janeiro e Setembro, entraram em Macau 25,9 milhões de turistas, volume que representou uma subida anual de 30,1 por cento e uma recuperação de 85,8 por cento do registo de 2019, antes da pandemia paralisar as passagens fronteiriças, revelou ontem a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Deste universo, mais de 13,8 milhões eram excursionistas, ou seja, 53,4 por cento de todos os visitantes. Os dados divulgados ontem pela DSEC mostram também que a recuperação do segmento das excursões teve um aumento anual mais acentuado (+ 42,8 por cento) do que o segmento de turistas (+ 18,1 por cento).

O subdirector dos Serviços de Turismo (DST), Cheng Wai Tong, confessou ontem que o volume de turistas desde o início do ano ficou ligeiramente acima das estimativas do Governo. Em declarações no programa Fórum Macau, do canal chinês da Rádio Macau, Cheng Wai Tong indicou ainda que o turista típico que visita o território é mais jovem, com maior predominância feminina. Além disso, as razões para vir a Macau também se alteraram, com as tradicionais visitas a sítios mais turísticos a perderem terreno para propósitos mais virados para o relaxamento e a descoberta de iguarias gastronómicas.

Se tivermos em conta apenas o mês de Setembro, entraram em Macau cerca de 2,53 milhões de visitantes, mais 9,9 por cento em relação ao mesmo mês de 2023, volume que se traduz numa recuperação de 91,4 por cento relação ao registo de Setembro de 2019, indicou a DSEC.

Apesar da aposta do Executivo em explorar mercados turísticos externos, em Setembro os visitantes internacionais constituíram uma pequena fatia da totalidade dos turistas, 6,8 por cento, com 173.614 entradas. Ainda assim, o registo do mês passado foi 37,6 por cento superior a Setembro de 2023 e atingiu 92,7 por cento dos níveis pré-pandémicos.

À conquista do mundo

O subdirector da DST reiterou a aposta na promoção do destino Macau, lembrando que o Governo completou este ano seis campanhas de marketing no estrangeiro. No mundo virtual, as autoridades lançaram campanhas de promoção de Macau em 28 plataformas online do Interior da China e em vários mercados externos.

Porém, como é natural, o volume de turistas oriundos do Interior da China, com particular incidência para a Grande Baía, e Hong Kong continua a constituir a maior fatia demográfica dos turistas que visitam o território. Nos primeiros nove meses de 2024, os visitantes vindos do Interior da China superaram a fasquia dos 18,2 milhões, mais de metade com visto individual, traduzindo-se numa subida de 36,3 por cento. Os turistas vindos de Hong Kong foram mais de 5,4 milhões. Somados os dois mercados emissores, Interior da China e Hong Kong totalizaram mais de 91 cento das entradas em Macau entre Janeiro e Setembro.

24 Out 2024

Emprego | Feiras com 153 vagas na próxima semana

A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) irá organizar três sessões de feiras de emprego, disponibilizando um total de 153 vagas, nos dias 30 e 31 de Outubro, para os sectores do retalho em supermercados, lojas de vestuário e farmácias.

Segundo um comunicado divulgado ontem pela DSAL, as inscrições para as três sessões abrem hoje e os interessados podem inscrever-se no website da DSAL até ao meio-dia de 29 de Outubro.

A primeira sessão está marcada para a tarde da próxima quarta-feira (30 de Outubro), com a oferta de 115 vagas para trabalhar em supermercados nos cargos de empregado de loja, operador de caixa, operador de mercadoria, processador de carnes, empacotador de fruta e legumes, cortador de carnes e operador de caixa.

No dia seguinte, de manhã, serão disponibilizadas 25 vagas para os cargos de empregado de loja e vendedor para o comércio de vestuário. Na parte da tarde será a vez do sector farmacêutico com a oferta de 13 postos de vendedor de produtos farmacêuticos. As três sessões vão decorrer no Edifício da FAOM, na Rua da Ribeira do Patane nº 2-6.

24 Out 2024

EPM | Direcção culpa Ministério por falta de licenças especiais

Acácio de Brito terá explicado numa reunião com a Associação de Pais e Encarregados de Educação que há pelo menos quatro docentes à espera da aprovação do Ministério da Educação de Portugal para começarem a leccionar

 

Face à falta de professores na Escola Portuguesa de Macau, a direcção da escola afirmou, numa reunião com a Associação de Pais e Encarregados de Educação (APEP), que pelo menos em quatro casos, a falta de licenças especiais se deve ao Ministério da Educação de Portugal. A informação foi divulgada pelo Canal Macau, que teve acesso a um documento da APEP sobre o conteúdo de uma reunião da semana passada.

No documento, a APEP cita as declarações do director da EPM, Acácio e Brito, que terá explicado que o Ministério de Educação ainda não autorizou as licenças especiais de quatro professores. Estes docentes vêm para a EPM leccionar físico-química, francês, matemática e tecnologias de informação.

A mesma fonte, indica que os docentes tinham autorização das instituições a que pertencem para serem dispensados, mas que ainda precisam de obter as licenças especiais do ministério.

De acordo com o Canal Macau, enquanto se aguardam por soluções permanentes, a antiga docente Zélia Mieiro tem estado a dar aulas de francês na instituição. Contudo, esta opção deixa de estar disponível no final do mês.

Além disso, a EPM terá conseguido contratar uma professora de matemática, e efectuado uma outra contratação local para leccionar matemática e físico-química. No entanto, face à falta de aulas, e tendo em conta que alguns alunos têm exames nacionais no final do ano lectivo, prevê-se que tenham de ser leccionadas aulas de recuperação.

Falta de espaço

Outro dos problemas enfrentado pela instituição, é a falta de espaço, o que poderá levar a que algumas aulas práticas de educação física sejam trocadas por aulas teóricas.

Em 2019, quando o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, visitou Macau, anunciou que o Governo da RAEM iria conceder um espaço à EPM na Zona A dos Novos Aterros. Mais de cinco anos passaram, e o espaço do pólo escolas na Zona A foi distribuído entre oito instituições de ensino locais, sem que fosse reservado qualquer local para o novo pólo da EPM.

Face a este problema, a direcção terá garantido à APEP que no próximo ano não vai haver aumento do número de alunos. Além disso, está prevista a realização de obras na fachada, nas salas de aula e nas casas-de-banho.

Segundo o documento citado pelo Canal Macau, a APEP apresentou ainda uma proposta para que haja uma devolução, ou seja feito um desconto, das propinas cobradas aos alunos que estão sem professores.

Em relação ao futuro, os pais pediram à direcção que garanta “a continuidade dos professores” e que comece “a preparar antecipadamente o próximo ano lectivo”, para que não se repitam “os mesmos erros”.

24 Out 2024

China emite títulos de dívida no valor de 5 mil milhões de yuan

O Governo da China anunciou ontem a emissão em Macau de títulos de dívida no valor de cinco mil milhões de yuan, para apoiar o desenvolvimento do sector financeiro da região. Num comunicado conjunto, o Ministério das Finanças chinês e o Executivo de Macau referiram que será realizada em 30 de outubro esta emissão de dívida, a quarta feita pelas autoridades centrais desde 2021.

A central de depósito de valores mobiliários do território, detida pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), foi inaugurada em dezembro de 2021. O comunicado defendeu que a decisão reflete o apoio de Pequim aos esforços de “diversificação adequada” da economia de Macau, muito dependente do turismo e dos casinos.

A emissão “permite a otimização contínua das infraestruturas” do mercado de títulos de Macau e a expansão dos investidores, bem como a promoção da ligação do mercado local ao mercado obrigacionista internacional, lê-se na nota.

Em 16 de setembro, o regulador financeiro de Macau disse que uma nova ligação ao mercado de títulos de dívida de Hong Kong pode ajudar a região a disponibilizar serviços financeiros entre a China e os países lusófonos.

A AMCM e a Autoridade Monetária de Hong Kong (HKMA, na sigla em inglês) anunciaram o estabelecimento de uma ligação direta entre os mercados de títulos de dívida das duas regiões. De acordo com um comunicado conjunto, os investidores de Hong Kong poderão proceder à entrega e à liquidação, bem como deter obrigações na central de depósito de valores mobiliários de Macau.

Ao abrigo deste esquema, os investidores de Macau poderão, de igual modo, proceder à entrega e à liquidação, bem como deter obrigações na central de depósito de valores mobiliários de Hong Kong, a Central Moneymarkets Unit.

No comunicado, o presidente da AMCM, Benjamin Chan Sau San, disse que a ligação irá permitir “consolidar a função de Macau enquanto plataforma de serviços financeiros entre a China e os Países de Língua Portuguesa”.

Benjamin Chan sublinhou “as relações históricas” estabelecidas entre Macau e os estados lusófonos e a meta que Pequim estabeleceu para a região: ser uma “ponte de ligação entre a China” os mercados de língua portuguesa.

Em Janeiro, Chan disse que títulos de dívida no valor de quase 95 mil milhões de patacas tinham sido emitidos em Macau, incluindo três emissões por parte das autoridades da vizinha província de Guangdong.

O Governo de Macau tem mencionado a possível criação de uma bolsa de valores ‘offshore’, denominada em renmimbi, ligada ao papel que a região tem assumido enquanto plataforma de serviços comerciais e financeiros entre a China e os países de língua portuguesa. Em Maio de 2019, Portugal tornou-se o primeiro país da zona euro a emitir dívida na moeda chinesa, no valor de dois milhões de renminbi.

24 Out 2024

FMI | Crescimento de Macau revisto em baixa

O Fundo Monetário Internacional reviu em baixa as previsões para o crescimento da economia de Macau este ano e no próximo, num relatório em que alertou para uma crise mais prolongada no imobiliário chinês

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o produto interno bruto (PIB) de Macau cresça 10,6 por cento em 2024, abaixo da previsão de 13,9 por cento feita em Maio, de acordo com o relatório World Economic Outlook. A instituição reviu também em baixa, de 9,6 para 7,3 por cento, a previsão para o crescimento da economia de Macau em 2025.

A inflação deverá permanecer baixa, com o índice de preços no consumidor a subir 1,1 por cento este ano, e a taxa de desemprego no final do ano a rondar 1,8 por cento, previu a instituição. Macau registou uma inflação de 0,82 por cento em Julho, em termos anuais, enquanto o desemprego está há três meses consecutivos em 1,7 por cento, igualando o mínimo histórico atingido antes do início da pandemia da covid-19.

A economia da região cresceu 15,7 por cento na primeira metade de 2024, em comparação com igual período do ano passado, graças à recuperação do sector do jogo.

Em Maio, o FMI tinha alertado que o PIB de Macau podia ser afectado, a curto prazo, por “uma contracção mais forte no sector imobiliário da China continental”, de onde é oriunda a maioria dos turistas que visitam o território.

Efeito dominó

No World Economic Outlook, divulgado na terça-feira à noite, a instituição apontou “um abrandamento mais profundo do crescimento na China” como um dos maiores riscos para a economia mundial.

O FMI destacou a possibilidade de a China experimentar uma “contracção mais profunda ou mais longa do que o esperado” no sector imobiliário, o que “poderia enfraquecer o sentimento do consumidor e gerar repercussões globais negativas, dada a grande presença da China no comércio global”.

A instituição reviu em baixa a previsão do crescimento da economia chinesa este ano, de 5 para 4,8 por cento. O Governo da China fixou a meta de crescimento económico para este ano em “cerca de 5 por cento”.

As autoridades chinesas mostraram-se confiantes, na sexta-feira, de que o país vai “continuar numa tendência de estabilização e recuperação”, depois de terem anunciado um pacote de estímulos com medidas de apoio aos sectores financeiro e imobiliário e ao mercado bolsista, a fim de relançar a recuperação da segunda maior economia do mundo.

Os analistas afirmaram que o pacote de medidas é “um passo na direcção certa”, mas insuficiente para relançar a recuperação económica da China, a menos que seja acompanhado de um aumento das despesas públicas, uma questão que poderá colidir com as preocupações sobre a sustentabilidade da dívida.

24 Out 2024

929 Challenge | Startups da China, Macau e HK sobem à final

Já são conhecidos os finalistas da competição “929 Challenge”, ligada ao mundo do empreendedorismo e startups, e que visa unir o mundo empresarial da China, Macau e Hong Kong ao dos países lusófonos.

Segundo um comunicado, o grupo de startups finalistas é oriundo de seis países e regiões, incluindo China, Portugal, Brasil, Moçambique, Cabo Verde e Macau, destacando-se projectos como a LY Energy, da China, que desenvolve baterias “avançadas”; a Pix Force (Brasil), com inteligência artificial para inspecções industriais, e a GreenCoat (Hong Kong), com revestimentos inteligentes para janelas para melhorar a eficiência energética de edifícios. Os projectos finalistas “apresentam soluções inovadoras em sectores como energias renovaveis, saúde, fintech ou produção alimentar”.

A final decorre a 9 de Novembro no edifício do Fórum Macau, em Macau, sendo que estes projectos finais estão ligadas a oito equipas de startups e oito grupos de universidades, de entre mais de 320 candidaturas. Na final, vão apresentar as suas ideias a um painel de jurados, com os prémios a ascenderem a 30 mil dólares.

Todas as equipas finalistas participaram num bootcamp e receberam sessões de mentoria para melhorar as suas ideias de negócio e as apresentações antes de se apresentarem na final do concurso. O 929 Challenge é co-organizado pelo Fórum de Macau e tem o apoio da Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico.

23 Out 2024

SS | Mais de 700 inspecções diárias sobre álcool e tabaco

Os Serviços de Saúde (SS), através dos seus inspectores, realizaram entre os meses de Janeiro e Setembro deste ano uma média de 716 inspecções diárias no combate ao consumo ilegal de tabaco e álcool, num total de 196.198 inspecções em estabelecimentos comerciais.

No que diz respeito ao tabaco, foram detectados 2.887 casos de fumo ilegal, 89 de transporte de cigarro electrónico para entrada e saída de Macau e ainda 91 casos suspeitos de violação de outras disposições da lei, tal como a não afixação dos dísticos de proibição de fumar nos locais previstos na lei e a não afixação do aviso de proibição de venda de produtos do tabaco, a menores de 18 anos nos locais de venda.

No que diz respeito ao tipo de estabelecimento violador da lei, em primeiro lugar surgem os restaurantes, com 448 casos, ou seja, 15,6 por cento do total, seguindo-se os casinos, com 343 casos, 11,9 por cento. No caso do aeroporto, abrange dez por cento de todos os casos ocorridos, num total de 288.

Relativamente ao consumo de álcool, registaram-se 37 casos suspeitos de violação da lei e ainda nove casos envolvendo a venda ou a disponibilização de bebidas alcoólicas a menores.

23 Out 2024

Mulheres | Macaenses homenageadas em conferência internacional

Fernanda Dias, Deolinda da Conceição, Cecília Jorge e Graciete Batalha são as mulheres homenageadas no evento co-organizado pela Universidade de Macau que vai decorrer entre hoje e amanhã

 

Quatro “verdadeiras pioneiras” de Macau vão ser alvo de um tributo, a partir de quarta-feira, numa conferência de dois dias sobre a condição da mulher no território, disse à Lusa uma das organizadoras. “Foram mulheres que tomaram as rédeas da sua vida e tiveram uma intervenção muito activa, no palco cultural e em outros também”, apesar dos obstáculos que enfrentaram numa sociedade “muito conservadora”, disse Vera Borges.

O evento vai contar com duas das pioneiras, uma delas a escritora e artista plástica portuguesa Fernanda Dias, cuja obra “tem uma dimensão que em muito ultrapassa” a região, defendeu a professora da Universidade da Cidade de Macau, Vera Borges.

A outra, será a escritora, jornalista e investigadora Cecília Jorge, que “sintetiza de forma exemplar a condição macaense e como é que os portugueses se podem rever nesse espelho” da história do país, afirmou Vera Borges.

Os macaenses são uma comunidade euro-asiática, composta sobretudo por luso-descendentes, com raízes no território.

Outra personalidade macaense alvo do tributo, a escritora Deolinda da Conceição (1913-1957), foi também a primeira mulher jornalista de Macau. “Em muitos aspectos pertence muito mais ao nosso tempo do que ao tempo em que ela viveu”, sublinhou Vera Borges.

A académica recordou que Deolinda da Conceição, que chegou a ser directora de uma escola portuguesa em Hong Kong, quando chegou a Macau foi impedida de continuar a exercer a docência e teve de enveredar pelo jornalismo.

Figuras únicas

A linguista, pedagoga e deputada macaense Graciete Batalha (1925-1992) completa a lista de quatro mulheres que Vera Borges descreveu como “figuras ímpares no panorama cultural de Macau” e a que a conferência irá também servir de tributo.

Durante dois dias, a conferência internacional, co-organizada com a Universidade de Macau (UM), terá como tema “O feminino e questões de género na contemporaneidade. Intervenção no feminino: mulheres na cena de Macau”.

Vera Borges lembrou que “a actual ordem internacional coloca a questão do papel da mulher, dos direitos da mulher na ordem, por boas e por más razões, um pouco por todo o lado”.

E é “a afirmação dos direitos de um sujeito feminino, individual” que a académica vê como tema abrangente da realizadora local Tracy Choi Ian Sin, que vai fechar a conferência a falar sobre “como é crescer como mulher em Macau”.

Antes da sessão, será exibido o filme que Choi realizou em 2016, “Sisterhood” (“Irmandade”), sobre a relação entre duas mulheres em Macau na altura da transição de administração para a China, em 1999.

A conferência vai contar com 32 comunicações de professores e investigadores de universidades de Macau, China continental, Portugal, Brasil e Itália.

A professora da Universidade de Florença Michela Graziani irá falar sobre as ligações entre as mulheres descritas por Deolinda da Conceição, pela também macaense Maria Pacheco Borges (1919-1992) e pela portuguesa Maria Ondina Braga (1932-2003).

23 Out 2024

Temperatura | Esperada descida nos próximos dias

Os Serviços Metereológicos e Geofísicos (SMG) prevêem que a tempestade tropical “Trami”, situada a leste das Filipinas, deverá mover-se para a zona oeste nos próximos dias, o que irá provocar uma quebra de temperaturas em Macau.

Segundo uma nota oficial, entre a tarde de amanhã e a manhã de sexta-feira a tempestade deverá estar a cerca de 800 quilómetros de Macau em direcção à ilha de Hainão. Os SMG esperam “emitir o sinal de tempestade tropical em tempo oportuno”, esperando-se “tempo ligeiramente fresco devido à influência de uma monção de nordeste”, com a temperatura “a descer nos próximos dias”. No fim-de-semana a influência do “Trami” e da referida monção vai causar ventos fortes.

23 Out 2024

Jogo | Receitas superam 14,6 mil milhões em 20 dias

A JP Morgan Securities (Asia Pacific) traça um cenário optimista sobre a recuperação do mercado do jogo. Em Outubro, espera-se que as receitas ultrapassem pela primeira vez, desde Janeiro de 2020, a barreira dos 21 mil milhões de patacas

 

Nos primeiros 20 dias de Outubro as receitas dos casinos atingiram 14,6 mil milhões de patacas, de acordo com as previsões mais recentes da JP Morgan Securities (Asia Pacific), citadas pelo portal GGR Asia. O período inclui a Semana Dourada, quando se bateram recordes do número de visitantes na RAEM.

As receitas brutas nos primeiros 20 dias deste mês representaram uma média diária de 730 milhões de patacas encaixadas pelos casinos.

No entanto, o relatório do banco de investimento reconhece um abrandamento na terceira semana de Outubro, associado aos picos baixos que normalmente se seguem aos grandes feriados e épocas altas. A receita média terá baixado para 514 milhões de patacas por dia, quando nas duas semanas anteriores tinha sido de 846 milhões de patacas diários. A variação mostra uma redução de cerca de 39,2 por cento, ou seja, superior a um terço, de acordo com os números apresentados no relatório assinado por DS Kim, Shi Mufan e Selina Li.

Apesar desta redução, os analistas acreditam que as receitas brutas do jogo em Outubro vão superar os 21 mil milhões de patacas. “A procura acumulada ao longo do mês sugere que as receitas brutas em Outubro deverão atingir os cerca de 21 mil milhões de patacas (média diária superior 670 milhões de patacas), um pouco acima das nossas expectativas e do mercado que, há algumas semanas, apontavam para que a receita fosse ligeiramente superior a 20 mil milhões de patacas”, pode ler-se no relatório.

Se o número se confirmar, esta vai ser a primeira vez desde Janeiro de 2020, altura em que se começaram a sentir os efeitos da pandemia, que as receitas do jogo superam a barreira dos 21 mil milhões de patacas.

Por segmento

Para estes números, indicam os analistas JP Morgan Securities (Asia Pacific), contribui o facto de o mercado de massas ter superado os montantes que eram gerados antes da pandemia. As receitas do segmento de massas estão num nível 10 a 15 por cento acima do que acontecia antes da pandemia.

No pólo oposto, a recuperação do mercado dos grandes apostadores continua abaixo dos níveis pré-pandemia, estando a um quarto dos valores antes da covid-19.

Contudo, os analistas mostram-se optimistas: “Não podemos extrapolar estes números de Outubro para todo o trimestre, uma vez que o valor das receitas brutas foi impulsionado por uma Semana Dourada muito forte… mas é encorajador ver que há uma recuperação sequencial, após dois trimestres de recuo”, pode ler-se no relatório.

Até Setembro, as receitas brutas do jogo foram de 169,36 mil milhões de patacas, um aumento de 31,3 por cento em comparação com igual período do ano passado.

23 Out 2024

MCB | Arguidos dizem desconhecer que documentos eram falsos

Yau Wai Chu, ex-presidente do Banco Chinês de Macau (MCB, na sigla em inglês), afirmou desconhecer que vários dos documentos utilizados para aprovar empréstimos eram falsificados. De acordo com o Canal Macau da TDM, as declarações foram prestadas na segunda-feira, no terceiro dia do julgamento em que Yau Wai Chi e Liu Wai Gui são acusados de terem criado empresas fictícias para pedir empréstimos ao banco, ficando com as verbas.

A ex-presidente da instituição afirmou ter confiado nos documentos fornecidos pelos colegas responsáveis pela avaliação dos requerentes de empréstimos e destacou ter aprovado os empréstimos com base em pareceres favoráveis dos subordinados.

Na sessão de segunda-feira foi também ouvido Ng Man Un, ex-director do Departamento Empresarial do Banco, que assegurou nunca ter tido suspeitas de existirem contratos falsos na instituição. Contudo, reconheceu que os empréstimos foram aprovados por “confiança”, sem que tivessem sido prestadas garantias por parte dos clientes.

O ex-director do Departamento Empresarial do Banco acrescentou que os empréstimos eram aprovados sem que se pedissem informações sobre o destino do dinheiro.

De acordo com a acusação, os empréstimos eram justificados pelas diferentes empresas utilizadas no alegado esquema com a realização de obras, atribuídas pelas concessionárias do jogo ou pelo Governo da RAEM. Contudo, Yau Wai Chi e Ng Man Un admitiram que não visitavam os lugares onde decorriam as alegadas obras.

Segundo o MP, o esquema terá causado perdas de 456 milhões de patacas ao MCB. A instituição tem como principal accionista a empresa Nam Yue, controlada pelo Governo da Província de Guandong.

23 Out 2024

Taipa | Governo recupera terreno do Hotel Palácio Imperial

A Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP) vai avançar para a recuperação do terreno onde se situa o Hotel Palácio Imperial de Pequim, já encerrado ao público. A notícia foi divulgada ontem pelo portal Macau News Agency (MNA) que cita documentação oficial sobre o processo, descrevendo-se que a RAEM já rescindiu o contrato de arrendamento do terreno com a Empresa Hoteleira de Macau, Limitada. O terreno em questão fica perto da rotunda dr. Carlos D’Assumpção e tem 15 mil metros quadrados, aproximadamente.

Inicialmente inaugurado em 1992 com o nome de Hotel New Century e com capacidade para 500 quartos, com a categoria cinco estrelas, ganhou depois o nome de Beijing Imperial Palace Hotel em 2013. Anteriormente tinha uma área de jogo, no casino Greek Mythology, encerrado em 2015. No ano seguinte, a Direção dos Serviços de Turismo ordenou o encerramento temporário do empreendimento devido a “graves irregularidades administrativas” e “reconstruções ilegais”. A licença para manter o estabelecimento aberto foi revogada em Janeiro de 2017, não tendo o hotel e casino voltado a abrir portas.

Depois da empresa ter reclamado a continuação da exploração do empreendimento pela via judicial, a DSOP viria a informar que os proprietários do Beijing Imperial Palace Hotel tinham cancelado o seu pedido de renovação da propriedade sem qualquer justificação, escreve o MNA. Foto Aries Un / MNA

22 Out 2024

Habitação | Apesar de estímulos, vendas mantêm-se fracas até Setembro

Em Setembro, foram vendidas 193 fracções para habitação, uma quebra mensal ligeira, mas um aumento anual de quase um terço. Ainda assim, os primeiros nove meses de 2024 foram piores do que no ano passado, apesar das isenções fiscais lançadas pelo Governo. A confirmar-se a tendência, este ano será um dos anos mais fracos das últimas quatro décadas

 

Apesar das isenções fiscais aprovadas em Abril deste ano, destinadas a revigorar o mercado imobiliário, as vendas de fracções para habitação continuam em níveis quase sem paralelo em Macau. No passado mês de Setembro, foram vendidas 193 casas, pelo preço médio de 80.384 patacas por metro quadrado, de acordo com dados estatísticos publicados no portal da Direcção dos Serviços de Finanças. Em termos mensais, o registo do mês passado foi inferior a Agosto, quando foram vendidos 200 apartamentos (- 3 por cento) com um preço médio por metro quadrado de 79.568 patacas (+ 1,02 por cento).

Apesar da pouca flutuação em termos mensais, comparando com Setembro de 2023, no mês passado as vendas de imobiliário para habitação cresceram 32,2 por cento, enquanto o preço do metro quadrado caiu 0,8 por cento. Porém, analisando o volume de vendas nos primeiros nove meses do ano, o registo deste ano é inferior ao do ano passado com menos 68 fracções vendidas. Comparando com 2022, o pior ano desde que há registos estatísticos (1983), nos primeiros nove meses de 2024 foram vendidos mais 150 imóveis, apesar da quebra de mais de 36 por cento no período entre Junho e Setembro. Contudo, as vendas continuam em níveis bastante inferiores aos tempos antes da pandemia. Nos primeiros nove meses de 2019 foram vendidas 6.074 fracções, muito mais do dobro das 2.315 vendas entre Janeiro e Setembro deste ano, registo que representa uma quebra de 61,9 por cento. Importa referir que também o preço dos imóveis registou quebras de 22,28 por cento entre os primeiros nove meses deste ano e de 2019.

O estado das coisas

Numa perspectiva mais alargada, o terceiro trimestre deste ano encerrou com a venda de 749 casas, com um preço médio por metro quadrado de 86,048 patacas, números que se traduzem em quebras a toda a linha face ao trimestre anterior, quando foram vendidas 1.028 casas (- 27,14 por cento), com um preço médio por metro quadrado 93.118 patacas (- 7,59 por cento).

Porém, face ao registo do ano passado, o terceiro trimestre deste ano registou um aumento de vendas perto de 27 por cento, enquanto o preço caiu 7,56 por cento. A comparação torna-se menos optimista face ao terceiro trimestre de 2019, com o mesmo período deste ano a ser sinónimo de quebras de vendas (- 65,2 por cento) e dos preços (- 22,28 por cento).

Visto à lupa

Tendo em conta as diferentes zonas do território, durante o mês de Setembro a península continua a ser a zona onde mais fracções são vendidas, quase 62 por cento das vendas globais da RAEM, enquanto Coloane continua a registar o preço mais elevado com o metro quadrado a atingir 121.190 patacas.

As zonas mais baratas da região no mês em análise foram as zonas Ferreira do Amaral (Guia), onde o metro quadrado valia 42.636 patacas, e a Baixa de Macau onde o metro quadrado custou em média 48.893 patacas.

Como é habitual, as vendas nas ilhas foram bastantes inferiores às da península. No mês em análise, foram vendidas 39 casas na Taipa e 35 em Coloane. Em relação ao volume de vendas, as zonas onde se registaram mais transacções foram a Cidade e Hipódromo da Taipa (39 transacções), seguido de Coloane (35 transacções) e a Baixa da Taipa (25 transacções).

Na península, as zonas com mais vendas de apartamentos foram os Novos Aterros da Areia Preta, onde em Setembro foram comprados 14 apartamentos. O segundo lugar do pódio foi para a área da Tamagnini Barbosa, com 12 vendas. A “medalha de bronze” acabou por ser dividida entre as zonas Barra/Manduco e Areia Preta/Iao Hon, com 11 apartamentos vendidos.

22 Out 2024

Residente apanhado em mega burla na Tailândia que fez mais de cinco mil vítimas

Um residente com 70 anos queixou-se de ter sido burlado junto das autoridades do país do Sudeste Asiático, depois de ter comprado produtos, para revenda, da empresa The iCon Group. O grupo está a ser investigado por práticas criminosas como fraude e lavagem de dinheiro na Tailândia, onde desenvolveu um esquema em pirâmide, com a venda de produtos e suplementos alimentares para dietas.

O residente de Macau, que não foi identificado pelos órgãos de comunicação social da Tailândia, apresentou queixa no domingo, acompanhado por um advogado.

De acordo com o jornal Bangkok Post, o homem tinha encomendado cerca de 60 mil patacas em produtos da empresa The iCon Group, que pretendia revender, ficando com os lucros, como acontece com os negócios em pirâmide. Contudo, apesar do acordado, os produtos comprados nunca chegaram. Por exemplo, dos 100 chás encomendados, apenas lhe foram entregues 20 unidades. A empresa recusou proceder à devolução do dinheiro.

O residente explicou também que decidiu entrar no negócio da iCon, depois de ter participado, no ano passado, numa sessão de vendas na Tailândia, onde esteve o director da administração do grupo, Warathaphon Waratyaworrakul, também conhecido como Boss Paul, e vários actores que o homem de Macau afirmou conhecer dos programas televisivos.

Perdas de milhões

De acordo com os dados das autoridades da Tailândia, o escândalo The iCon Group motivou a queixa de 5.648 pessoas, que declararam perdas num total de 385,2 milhões de patacas.

O residente de Macau não foi o único estrangeiro envolvido no caso. Segundo a informação do jornal Khaosod, contabilizam-se mais de 40 vítimas estrangeiras, ligadas a países e territórios como o Interior da China, Hong Kong, Itália, Alemanha, Canadá, Estónia ou Luxemburgo. As perdas das vítimas internacionais rondam os 4,8 milhões de patacas.

As autoridades da Tailândia começaram a deter vários responsáveis pela empresa e celebridades utilizadas nas campanhas publicitárias da empresa, como a actriz Min Pechaya ou o apresentador Kan Lantathavorn, num total de 18 detenções.

22 Out 2024

Casinos | DST investiga cobrança de bilhetes à entrada

Vários comentários online de turistas do Interior denunciaram a existência da cobrança de bilhetes para entrar nos casinos locais. As denúncias estão a ser alvo de investigação, e a DST promete penalizar os infractores

 

A Direcção de Serviços de Turismo (DST) está a investigar os comentários que surgiram online a indicar a existência de cobrança de “bilhetes” aos turistas para entrarem nos casinos. De acordo como Jornal Ou Mun, a investigação foi confirmada por Maria Helena de Senna Fernandes, directora da DST.

As investigações têm por base comentários recentes a circular em portais online do Interior, onde consta que foi cobrada entrada nos casinos a excursionistas. De acordo com as publicações, a cobrança de bilhete seria resultado de uma política do Governo da RAEM. A informação é falsa, dado que a entrada nos casinos é gratuita e permitida desde que as pessoas tenham 21 anos.

Maria Helena de Senna Fernandes afirmou que a DST está a tentar compreender se os turistas que partilharam as informações online participaram em excursões organizadas em Macau ou no Interior.

No caso de as agências de viagens envolvidas serem locais, a responsável da DST previu a possibilidade de serem penalizadas com multas. Contudo, se a prática for entendida como muito grave, Senna Fernandes afirmou que a penalização poderá passar pela não renovação da licença legalmente exigida. Esta seria uma medida mais extrema.

Se as agências tiverem recorrido a guias turísticos do Interior, sem licença para exercerem a profissão em Macau, Senna Fernandes indicou que haverá outras penalizações, relacionadas com trabalho ilegal. Segundo as explicações da directora dos Serviços de Turismo, em causa, está o facto de a profissão de guia turístico não poder ser exercida por pessoas que entram em Macau como turistas.

Dependentes do Interior

Senna Fernandes explicou também que a resolução de alguns destes problemas depende da cooperação com o Ministério da Cultura e Turismo do Interior, onde as excursões se juntam, para depois realizarem as visitas a Macau, Hong Kong e às restantes cidades da Grande Baía.

No entanto, a responsável assegurou que, actualmente, existe um mecanismo para informar o ministério, no caso de haver problemas ou práticas que necessitem de ser corrigidas.

Ao mesmo tempo, a DST comprometeu-se com mais campanhas de informação para assegurar que os turistas percebem os seus direitos em Macau, principalmente quando participam em excursões baratas, que são tidas como uma das principais fontes dos problemas que resultam em queixas. Helena de Senna Fernandes aconselhou os turistas a evitarem este tipo de excursões.

As excursões baratas disponibilizadas no Interior oferecem preços muito competitivos aos participantes, abaixo dos custos de transportes e alojamento, mas, em troca, os agentes, esperam que os participantes façam compras de um certo montante em determinadas lojas.

22 Out 2024

Portugal | Municípios assinam acordos com Zhuhai

As parcerias entre Zhuhai e os municípios de Penafiel, Lousada, Baião, Felgueiras, Cinfães, e Marco de Canaveses abrangem áreas como comércio, tecnologia, educação e economia marinha e foram formalizadas no fim-de-semana

 

Seis municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa assinaram acordos de cooperação com a cidade de Zhuhai, situada no sul da China, junto a Macau.

De acordo com o portal de notícias estatal Guangdong Today (GDToday), cada um destes seis municípios do Tâmega e Sousa (Penafiel, Lousada, Baião, Felgueiras, Cinfães, e Marco de Canaveses) assinou um acordo com uma zona de Zhuhai.

As cartas de intenções, que abrangem áreas como comércio, tecnologia, educação e economia marinha, foram assinados na sexta-feira, durante a visita a Zhuhai de uma delegação da CIM do Tâmega e Sousa.

Esta é a segunda vez que zonas de Zhuhai estabelecem relações com municípios do estrangeiro, indicou o GDToday.

“Esperamos ver Zhuhai e Portugal a expandirem ainda mais intercâmbios de pessoas, aprofundarem a compreensão mútua e continuarem a promover intercâmbios e cooperação”, disse o vice-presidente da autarquia de Zhuhai, Li Chong. A cidade estabeleceu um acordo de geminação com o município de Castelo Branco em 1994.

Mais investimento

Na quinta-feira, em Macau, o primeiro-secretário executivo da CIM do Tâmega e Sousa disse à Lusa que a delegação ia visitar o ‘campus’ do Instituto de Tecnologia de Pequim na vizinha Hengqin e avaliar “a oportunidade de um centro de investigação ligado ao conhecimento, inovação e desenvolvimento de novas tecnologias” naquela zona portuguesa.

“Há uma capacidade técnica instalada, logo há recursos humanos qualificados”, sublinhou o dirigente, lembrando a proximidade das universidades do Porto, do Minho e de Trás-os-Montes. Também o director executivo da Fundação Associação Empresarial de Portugal (AEP) disse que a região do Tâmega e Sousa quer acolher um parque tecnológico para transferência de tecnologia da China.

Paulo Dinis disse à Lusa que “está a ser preparado um acordo geral que permita envolver” os municípios do Tâmega e Sousa no projecto. O primeiro passo, em colaboração com a Câmara de Comércio Portugal-China Pequenas e Médias Empresas, foi dado através da criação de um centro, cuja sede está para já no Porto, referiu Dinis.

“Estamos a equacionar o lançamento de um parque tecnológico, a ser uma colaboração entre empresas, ‘startups’ acima de tudo, que permita ter uma colaboração partilhada em termos de conhecimento de tecnologia entre Portugal, Macau, e China” continental, indicou.

A delegação da CIM do Tâmega e Sousa esteve no território para participar na 29.ª edição da Feira Internacional de Macau, que terminou no sábado.

22 Out 2024