Hotelaria | Taxa de ocupação com quebra de 12,8 por cento

Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que, em Janeiro, a taxa de ocupação média dos quartos de hotel foi de 40,3 por cento, menos 12,8 por cento face a Dezembro do ano passado. A quebra, em termos anuais, foi de 40,7 por cento. Em Janeiro estavam a funcionar 120 hotéis e pensões, menos duas face a Dezembro, com 36 mil quartos de hotel, menos 6,1 por cento.

Foram hospedadas 447 mil pessoas, menos 58,6 por cento em termos anuais. Deste bolo, os visitantes do interior da China foram 373 mil, representando 83,5 por cento do total. Pelo contrário, o número de hóspedes locais foi de 49 mil, mais 0,7 por cento. Em Janeiro não se registou nenhum visitante em excursões chegadas a Macau do exterior, sendo que o número de visitantes em excursões locais foi de 1.100.

Já o número de residentes de Macau que viajaram para o exterior com recurso a serviços de agências de viagens correspondeu a 7.900, destes 7.600 deslocaram-se ao Interior da China (96,2 por cento do total).

2 Mar 2021

Receitas mensais dos casinos caem para 7,31 mil milhões em Fevereiro

Apesar da queda mensal, Fevereiro apresentou o primeiro registo positivo em termos anuais desde o início da pandemia. O mesmo é dizer que, embora as receitas brutas de jogo do mês de Fevereiro tenham caído 8,8 por cento relativamente a Janeiro, face aos resultados de Fevereiro de 2020, o registo traduz um aumento de 135,6 por cento em termos anuais.

De acordo com dados divulgados ontem pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), em Fevereiro de 2021, as receitas brutas dos casinos de Macau fixaram-se em 7,31 mil milhões de patacas, ou seja, menos 0,71 mil milhões relativamente a Janeiro, altura em que as receitas chegaram às 8,02 mil milhões de patacas.

Quanto à receita bruta acumulada dos primeiros dois meses de 2021, segundo os dados da DICJ, registaram-se perdas de 39,2 por cento por cento. Isto, dado que o montante total gerado em Janeiro e Fevereiro de 2021 foi de 15,33 mil milhões de patacas, ou seja menos 9,89 mil milhões de patacas do total acumulado nos primeiros cinco meses de 2020 (25,22 mil milhões).

No entanto, é de assinalar que o mês de Fevereiro de 2021 registou um crescimento de 135,6 por cento relativamente ao mesmo período de 2020, um resultado que se justifica, em parte, com o facto de os casinos de Macau terem sido encerrados, de forma inédita, durante 15 dias em Fevereiro do ano passado, com o objectivo de controlar a epidemia de covid-19 no território.

Um ano depois do início da pandemia, Fevereiro de 2021 é mesmo o primeiro mês a registar uma taxa de variação anual positiva em termos de receitas brutas anuais.

Recorde-se que em 2020, a receita bruta acumulada traduziu quebras de 79,3 por cento. Isto, dado que o montante global gerado entre Janeiro e Dezembro de 2020 foi de 60,44 mil milhões de patacas, ou seja, menos 232,01 mil milhões de patacas do total acumulado em 2019 (292,45 mil milhões).

À procura de explicações

De acordo com analistas da JP Morgan citados pelo portal GGR Asia, os resultados “desanimadores” do mês de Fevereiro vêm na senda dos apelos feitos pelas autoridades do Interior da China e de Macau para que a população evitasse deslocações desnecessárias durante as celebrações do Ano Novo Chinês.

Segundo os analistas, as perspectivas começam, contudo, a ser já mais animadoras e que isso poderá levar à recuperação do mercado de massas. Isto, tendo em conta que no final do mês de Fevereiro já foram aliviadas algumas restrições fronteiriças e que, inclusivamente, desde o dia 23 de Fevereiro, as autoridades de Macau anunciaram já não haver quarentenas obrigatórias para visitantes provenientes de qualquer região do Interior da China.

Citados pela mesma fonte, analistas da Sanford C. Bernstein esperam ainda que as receitas melhorem visivelmente durante a Primavera e que as fronteiras entre Macau e Hong Kong possam reabrir no segundo trimestre de 2021.

2 Mar 2021

Covid-19 | Preço do teste de ácido nucleico cai para 90 patacas

Até ontem 34 mil pessoas estavam inscritas para ser vacinadas contra a covid-19. O número foi anunciado na conferência de imprensa dos Serviços de Saúde sobre a evolução da pandemia

 

O preço do teste de ácido nucleico vai baixar de 100 para 90 patacas e a capacidade diária no território vai subir para 27 mil testes. O anúncio foi feito ontem por Alvis Lo, médico-adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde São Januário, na conferência de imprensa sobre a pandemia.

“A partir de 8 de Março o preço do teste de ácido nucleico vai baixar para 90 patacas”, anunciou Alvis Lo, que depois negou haver qualquer subsídio do Governo por trás da redução do custo. “Temos negociado com as diferentes entidades, mas elas praticam o preço que entendem. Se entenderem que não têm capacidade para baixar, não baixam. Nós não subsidiamos o preço par que este seja mais baixo, não subsidiamos de maneira alguma”, clarificou.

Segundo o responsável, o objectivo passa agora para baixar ainda mais o preço, mas, caso tal aconteça, vai ser feito de forma gradual.

Além da descida do preço, a empresa estatal Nam Yuen, numa parceria com a Federação das Associações dos Operários de Macau começou a fazer testes no Campo dos Operários da Associação Geral dos Operários, nas Portas do Cerco, o que fez subir a capacidade diária de testes para 27 mil, um acréscimo de mil exames. A estes, juntam-se os 12 mil no Terminal do Pac On, 8 mil no Fórum Macau, e os 3 mil tanto no Hospital Kiang Wu como no Hospital da MUST.

Imunidade de grupo sem previsões

Também ontem, foi revelado que já mais de 34 mil residentes tinham feito marcação para tomarem a vacina contra a covid-19. Segundo a explicação de Alvis Lo, o número está de acordo “com o desejado” e com a “previsão” dos Serviços de Saúde.

No entanto, não foram avançadas mais estimativas para os próximos dias, apesar de o médico ter sublinhado que o objectivo do Governo é “ter mais residentes vacinados”, porque isso oferece “maiores garantias contra a covid-19”.

Por outro lado, Alvis Lo recusou fazer prognósticos sobre a percentagem da população que é necessário ter vacinada para se atingir o ponto de imunidade de grupo. “Na verdade não conseguimos, neste momento, fazer uma previsão. Por isso não podemos dizer que quando chegarmos a metade da população vacinada que vai haver imunidade”, admitiu. “Há estudos que dizem que a imunidade de grupo é atingida com 50 por cento da população vacinada, mas são estudos… O importante é ter mais pessoas vacinadas”, acrescentou.

Foi ainda assegurado que a vacina da Astrazeneca, que tem encontrado problemas de produção, deve chegar mesmo no terceiro trimestre a Macau, tal como anteriormente anunciado.

Pedidos de Portugal

Com a abertura do aeroporto de Taiwan, aumentam as possibilidades de as pessoas voarem de e para Macau, desde que a escala não vá além de um período de oito horas. Na sequência desta novidade, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) recebeu o pedido de informações por parte de três residentes em Portugal.

2 Mar 2021

Rotário de Macau apela a doações de sangue de tipo RH Negativo

Os oito clubes Rotário existentes na RAEM vão proceder à organização de grupos de pessoas a doarem sangue. No ano passado houve uma quebra do número de dadores de RH Negativo de 135 para 109

 

Após um ano marcado pela pandemia, houve uma redução do número de dadores de sangue do tipo RH Negativo e os oito Clubes Rotário existentes em Macau pedem à população que se mobilize, principalmente aqueles de etnia caucasiana. A mensagem foi deixada num âmbito do evento anual destas organizações, que em vez de decorrer durante um único dia, vai ocupar quatro fins-de-semana, entre meados deste mês e Abril.

“O sangue de tipo RH Negativo é muito mais prevalente entre os caucasianos do que entre os asiáticos. É mais fácil de encontrá-lo entre os caucasianos. É por isso que o nosso apelo vai para os caucasianos porque houve redução do número de dadores e de unidades de sangue do Tipo RH Negativo, ao longo do ano de 2020”, explicou João Francisco Pinto, presidente do Clube Rotário de Macau, um dos oito clubes envolvidos na iniciativa, que este ano está a cargo do Clube Rotário da Guia, presidido por Rowena Chio.

Segundo os dados apresentados pelos clubes, com base nas estatísticas do Centro de Transfusões de Sangue, no ano passado o número de dadores do tipo de sangue RH Negativo caiu para 25, quando em 2019 tinha sido de 26. Esta redução traduziu-se numa quebra de 35 para 34 unidades de sangue recolhidas. No entanto, a maior redução aconteceu ao nível das pessoas com este tipo de sangue registadas como doadores. No ano passado o número de dadores não foi além dos 108, quando no ano anterior tinha sido de 135.

João Francisco Pinto acredita que esta redução esteja ligada ao efeito da pandemia, que levou algumas pessoas a deixaram Macau. “Penso que a leitura a fazer é que de facto o número de dadores cai em virtude de as pessoas terem deixado Macau”, admitiu.

Sem objectivos

Os clubes Rotário de Macau começaram a organizar o evento de doação de sangue em 2001. Normalmente, o evento decorria num único fim-de-semana, mas a pandemia levou a que o modelo de funcionamento fosse alterado. “Esta iniciativa de doação de sangue foi lançada no ano de 2001. Tem decorrido regularmente, e este ano assume uma forma diferente face aos anos anteriores em que era realizada num lugar público. Nos últimos anos decorreu no Jardim Cidade das Flores, na Taipa”, explicou o presidente do Clube Rotário de Macau. “Mas este ano, em virtude das medidas de prevenção epidémica, não é possível realizar num único dia. Os oito clubes que organizam a iniciativa vão distribuir-se pelos fins-de-semana a começar em meados de Março e meados de Abril e levar um conjunto de dadores directamente ao Centro de Transfusões de Sangue para aí fazerem a sua dádiva”, acrescentou.

Este é um evento em que não foram traçados objectivos, mas em que foi deixada uma mensagem para a participação comunitária: “Esta iniciativa é, na verdade, um apelo para que as pessoas que ainda não são dadoras de sangue compreendam que a dádiva de sangue é essencial e que cada um tem o seu papel nesta sociedade, nomeadamente ao nível da protecção da saúde”, considerou João Francisco Pinto.

Segundo os dados disponibilizados, em 2020 havia um total de 13.387 pessoas registadas para doarem sangue, que contribuíram para uma colecta de 16.541 unidades de sangue recolhidas.

2 Mar 2021

José Pereira Coutinho pede soluções para residentes desempregados

O desemprego levou ontem dezenas de indivíduos, a maioria da construção civil, a recorrer à DSAL para procurar um trabalho. Foram acompanhados pelo deputado Pereira Coutinho, que apelou a medidas urgentes de apoio. Deputados ligados à FAOM também marcaram presença, indicando que houve quem perdesse o emprego no seguimento do Ano Novo Lunar

 

Dezenas de pessoas deslocaram-se ontem à Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) à procura de uma solução para a sua situação de desemprego. “Hoje estão cá mais de 200 trabalhadores, maioritariamente dos estaleiros, que perderam o emprego, muitos deles há mais de um ano. Neste momento, as grandes dificuldades têm a ver com o pagamento das rendas e os custos básicos familiares”, disse o deputado Pereira Coutinho, que acompanhou os residentes.

Pereira Coutinho pedia “medidas urgentes de apoio rápido a essas pessoas que perderam o emprego”, nomeadamente uma terceira ronda de apoio às empresas como forma de evitar desemprego, cartão electrónico e a distribuição da compensação pecuniária. “É uma situação dramática para as famílias, e Macau tem os recursos financeiros neste momento mais do que suficientes para as poder ajudar”, apelou.

Depois de reunir com representantes da DSAL, Pereira Coutinho explicou que além de resposta à entrega de uma petição, pediam também a criação de um “sistema de acompanhamento mais personalizado de todos os casos de despedimentos e de pedido de emprego”. “As grandes empresas de construção de Macau têm uma grande facilidade de contratar trabalhadores não residentes e de uma maneira geral não gostam de ter trabalhadores de Macau”, lamentou ainda o deputado. De acordo com o deputado, esta é uma forma de as empresas economizarem ao pagarem salários mais baixos.

Chan Un Tong, subdirector da DSAL, indicou que o grupo de cidadãos que se deslocou ao organismo estava a fazer o pedido de inscrição para procurar trabalho na construção civil. De acordo com a DSAL, de entre cerca de 3.500 trabalhadores efectivamente desempregados, aproximadamente 1.100 são do sector da construção. O responsável observou que até Fevereiro mais de 200 trabalhadores da construção civil foram a uma entrevista e 123 conseguiram colocação profissional. E alertou ainda que apesar de se tentar organizar uma entrevista dentro de um mês, o processo depende da disponibilidade dos candidatos e das ofertas existentes.

Apesar do investimento em obras públicas, Chan Um Tong apontou que o tipo de emprego disponível depende da fase de construção. “Nesta altura não temos obras de construção que precisem de grande quantidade de trabalhadores de pintura. Sugerimos a esses trabalhadores irem a empresas que precisem obras de pequena dimensão”, comentou.

Aparição dos operários

Foi o gabinete do deputado Pereira Coutinho a alertar para a ida de residentes desempregados à DSAL, mas à chegada destacava-se a presença de deputados da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). Aos jornalistas, Ella Lei disse que receberam pedidos de ajuda de trabalhadores do sector da construção que se iam inscrever junto da DSAL para procurar emprego. “Alguns já se tinham inscrito na DSAL, mas talvez a conjugação de emprego não tenha corrido bem ou esperaram por algum tempo e ainda não conseguiram encontrar emprego, por isso estão preocupados”, comentou.

Já Leong Sun Iok, apontou que alguns dos trabalhadores se tinham inscrito na DSAL há mais de um ano, mas que quando não passam na fase de entrevista ou exame para entrar nas empresas, precisam de esperar durante meses pela próxima oportunidade. O deputado observou que o sector da construção foi o que menos sofreu durante a pandemia mas que “a situação de desemprego no sector da construção é mais crítica, várias pessoas ficaram desempregadas depois do Ano Novo Chinês”.

A procura de apoio parece ter-se também alargado a outras figuras. “Muitas pessoas pediram-me para as ajudar, também encaminhei uma dúzia das pessoas à DSAL para emprego”, afirmou Wong Wai Man, presidente da Associação dos Armadores de Ferro e Aço.

2 Mar 2021

Angela Leong promete novo restaurante português com chef distinguido pela Michelin

O hotel Grand Lisboa Palace, a aposta da Sociedade de Jogos de Macau para o Cotai, vai ter um restaurante português com um chef distinguido pelo guia de gastronomia Michelin. A informação foi avançada por Angela Leong, co-presidente da empresa mãe da SJM, que antevê a abertura do novo hotel para a primeira metade deste ano.

“Posso revelar que vamos ter um restaurante com comida portuguesa e um chef muito famoso de Portugal […] Não vou ainda revelar o nome, mas se em Portugal se disser o nome dele todos sabem quem é. Por enquanto fica como segredo, depois será uma surpresa”, afirmou Angela Leong, que espera dar uma surpresa a portugueses e residentes que gostam da comida portuguesa. “Queremos dar uma surpresa a todos os portugueses e aos residentes que gostam da comida portuguesa. Vai ser um restaurante com comida muito boa”, prometeu.

Sobre a identidade do chef, a deputada fez tabu, no entanto, apontou que foi distinguida pelo guia da marca Michelin e que o nome dele é muito conhecido em Portugal. No entanto, a co-presidente da empresa mãe da SJM reconheceu que a pandemia pode atrasar a abertura do espaço “Ainda não chegou a Macau por causa da pandemia. Está em Portugal, mas depois da pandemia vai viajar para Macau e vai gerir o restaurante”, explicou.

Em 2021 tinha sido atribuídas 35 estrelas Michelin em Portugal, para 28 restaurantes. Entre os chefs mais mediáticos e com a classificação de duas estrelas num único restaurante encontra-se os nomes de José Avillez, Rui Paula, Ricardo Costa e ainda Henrique Sá Pessoa. Porém, o último não deverá ser considerado, uma vez que já é responsável pelo restaurante Chiado, num casino operado pela concessionária Sands.

Abertura este ano

Apesar de o ano passado ter ficado marcado pelo início da pandemia, a SJM continuou as obras de construção do hotel e casino Grand Lisboa Palace. Em 2019, a empresa esperava que o hotel com cerca de 1.900 hotéis tivesse um custo final de 39 mil milhões de dólares de Hong Kong. Porém, um comunicado dessa altura à bolsa de Hong Kong não afastava a possibilidade do preço aumentar.

No entanto, as obras estão concluídas e segundo Angela Leong a empresa aguarda agora pelo tratamento de formalidades, como a realização de inspecções e semelhantes. “Nesta altura estamos todos a trabalhar para a abertura do hotel, mas ainda estamos a aguardar por todas as vistorias necessárias”, explicou.

Com a abertura do novo casino, a SJM expande a marca “Lisboa”, depois da abertura do icónico Casino Lisboa e, posteriormente, já depois da transição do Grand Lisboa, ambos na península.

1 Mar 2021

Investigadores da Universidade de Macau monitorizam Ponte do Delta

A Universidade de Macau (UM) está a participar em dois projectos associados à manutenção inteligente, reparo e operação da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. A primeira travessia da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau deu-se em Outubro de 2018.

O Programa de Desenvolvimento e Investigação Chave Nacional é focado no uso de tecnologia inteligente na operação e manutenção da ponte, enquanto o da Província de Guangdong procura de formas de monitorização e controlo em situação de emergência. A UM comunicou que os programas foram oficialmente lançados no ano passado, e se realizam em conjunto com parceiros na China continental e em Hong Kong.

A professora Hannah Zhou, que lidera a equipa da UM, defendeu a importância de monitorizar diferentes áreas da infraestrutura, uma vez que a estrutura da ponte pode ser afectada por vários factores. “O foco actual da equipa da UM é no túnel imerso da ponte e as suas partes fracas de conexão com as ilhas artificiais. O túnel é composto por 33 segmentos, cujas juntas são mais susceptíveis a deformação”, explica a nota da UM.

Os investigadores da entidade de ensino superior estão a desenvolver diferentes sensores, alguns feitos de fibra ótica que consegue transmitir dados e medir factores como mudanças na temperatura e pressão. “Estes dados reflectem o quanto a estrutura é deformada sob pressão”, indicou Zhou, citada na nota. Além disso, a equipa está a desenhar uma rede de sensores para serem instalados nos pontos de contacto do túnel com as duas ilhas artificiais da ponte.

1 Mar 2021

Condomínios | IH recebeu duas dúzias de queixas sobre empresas de administração

Desde que a Lei da Actividade Comercial de Administração de Condomínios entrou em vigor, em Agosto de 2017, até ao final de Janeiro deste ano, o Instituto da Habitação (IH) recebeu 20 queixas contra empresas de administração de condomínios. A informação foi avançada pelo presidente do IH em resposta a uma interpelação escrita do deputado Leong Sun Iok.

Na base das queixas estiveram motivos como a “saída irracional da empresa de administração” ou a falta de afixação da conta e orçamento do edifício. “Todos os casos foram resolvidos e foi assegurada a transferência do poder de administração para evitar conflitos relacionados com a administração de edifícios”, respondeu Arnaldo Santos, presidente do IH.

No mesmo período, o organismo emitiu 297 licenças ou licenças provisórias a sociedades comerciais para prestação de serviços de administração em mais de 700 edifícios. Além disso, o IH passou certidões às administrações de 504 torres de edifícios, com mais de 56 por cento a obterem apoio financeiro para fazerem reuniões das assembleias gerais dos condomínios, no âmbito do Plano de Apoio Financeiro para a Administração de Edifícios.

O relatório de estudo sobre a “situação da administração dos edifícios de mais de sete pisos na península de Macau” foi concluído e está a ser analisado pelo IH.

1 Mar 2021

Covid 19 | Chegaram a Macau mais de 100 mil doses da vacina da BioNTech

No sábado chegaram a Macau mais de 100 mil doses da vacina produzida pela BioNTech, para a qual estão inscritas 3.369 pessoas. A vacinação arranca na quarta-feira, no Centro Hospitalar Conde de São Januário, e é permitida a pessoas a partir dos 16 anos

 

A vacina produzida pela BioNTech vai começar a ser administrada na quarta-feira, dia 3 de Março. A previsão foi avançada pelo director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, durante a recepção do primeiro lote das vacinas, comunicou o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. O lote chegou no sábado a Macau e a vacina pode ser administrada a pessoas com idade igual ou acima dos 16 anos, não havendo limite máximo de idade.

Até às 21h de sexta-feira, 29.353 pessoas tinham agendado a vacinação, com mais de 88 por cento a optar pela vacina da farmacêutica Sinopharm. De resto, 3.369 indivíduos escolheram a da BioNTech e 87 agendaram vacinação com a da AstraZeneca.

De acordo com a nota, as 100.425 doses da vacina produzida pela BioNtech em cooperação com a Fosun, chegaram ao Centro Hospitalar Conde de São Januário a partir da Alemanha, através do Aeroporto de Hong Kong. Espera-se que o segundo lote, com cerca de 100 mil doses, chegue a Macau ainda em Março. Ontem à tarde chegaram 400 mil doses da vacina da Sinopharm.

A página electrónica dos Serviços de Saúde sobre as vacinas contra a covid-19 indica que a eficácia das vacinas de mRNA – como é o caso da BioNTech – é superior a 90 por cento, e que a incidência de efeitos colaterais como febre “é média”.

Dada a sensibilidade da vacina de mRNA à temperatura, devendo seja transportada a 70 graus Celsius negativos e usada cinco dias após o descongelamento, inicialmente não vai poder ser administrada em todos os postos. “Esta é a primeira vez que os profissionais de saúde fazem este tipo de operação, e necessitam de tempo para se familiarizar com o processo, por isso, nas próximas duas semanas, a administração da vacina de mRNA irá decorrer exclusivamente no Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ)”, indicou o centro de contingência.

Regressou inscrição de idosos

A vacina da Sinopharm é acompanhada por restrições etárias, tendo sido aprovada para o grupo etário entre os 18 e 59 anos. Para pessoas com idade com 60 anos ou mais, a administração só é permitida a quem esteja em alto risco de exposição e em bom estado de saúde.

O centro de coordenação indicou que depois de muitos idosos agendarem a vacinação, “verificou-se que não reuniam as duas condições, desperdiçando muito tempo no processo de avaliação”. Além disso, a nota refere que este grupo da população ficou sem opções com o atraso de uma semana na entrega da vacina da BioNTech. Foram estes os motivos apresentados para justificar a decisão dos Serviços de Saúde em suspender a marcação de vacinação de pessoas a partir dos 60 anos.

“Após a confirmação que a vacina de mRNA tinha sido embarcada no avião, os Serviços de Saúde decidiram reabrir a marcação de vacinação para indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos a partir de domingo (28 Fevereiro), contudo os interessados devem voltar a preencher o formulário de avaliação no momento da marcação”, explica a entidade. Apesar de poderem escolher o tipo de vacina, se não preencherem os requisitos para a da Sinopharm é-lhes proposto que optem pela da BioNTech.

Por outro lado, as autoridades de saúde indicam ainda que já houve uma avaliação médica aos seis casos de reações adversas notificados depois de vacinação, e que todos os sintomas foram leves.

1 Mar 2021

Jogo | Melco Resorts anuncia prejuízos de 1,26 mil milhões de dólares

A operadora de jogo Melco Resorts & Entertainment, com quatro casinos em Macau, anunciou hoje prejuízos em 2020 de 1,26 mil milhões de dólares. Uma queda significativa, se comparado com o lucro de 373,2 milhões de dólares em 2019, quando registara uma subida de 9,7% em relação a 2018.

O presidente da empresa, Lawrence Ho, justificou o resultado negativo com o impacto da pandemia de covid-19 e consequentes restrições nas viagens, que afastaram os turistas da capital mundial do jogo. Ho garantiu que o grupo, que detém ainda casinos nas Filipinas e no Chipre, iria continuar a investir em Macau e Europa, bem como num possível posicionamento no Japão, que procura desenvolver o mercado do jogo.

No último trimestre de 2020, a Melco registou um prejuízo de 199,7 milhões de dólares, quando em 2019 contabilizara um lucro de 68,1 milhões de dólares. Ainda assim, a operadora subiu 66% em relação ao terceiro trimestre, quando apresentou um prejuízo de 331,6 milhões de dólares.

Os casinos em Macau terminaram 2020 com receitas de 60,4 mil milhões de patacas, uma quebra de 79,3% em relação ao ano anterior, em que registaram 292,4 mil milhões de patacas.

26 Fev 2021

Universidade Cidade de Macau | Jun Liu é o novo reitor

Jun Liu toma posse como reitor da Universidade Cidade de Macau na segunda-feira, de acordo com um comunicado da instituição de ensino superior.

O novo líder da universidade tem mais de quatro décadas de experiência em educação linguística, doutorou-se na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos em 1996. No currículo tem cargos como vice-presidente e vice-reitor para os assuntos globais, reitor de programas e serviços académicos internacionais, director do China Center.

Foi também professor de linguística na Universidade Stony Brook, em Nova Iorque, antes de vir para Macau. Jun Liu tem publicado extensivamente na área da metodologia de ensino de línguas, sociolinguística, desenvolvimento curricular e comunicação intercultural.

26 Fev 2021

Segurança | Criminalidade em 2020 influenciada pela pandemia

No ano passado, a criminalidade associada ao jogo, como o sequestro e agiotagem, sofreram uma redução drástica na sequência da paralisação imposta pela pandemia ao sector. Porém, crimes como abuso sexual de menores e burlas online dispararam em 2020, de acordo com as estatísticas da criminalidade

 

A pandemia da covid-19 alterou profundamente a forma como as pessoas vivem, alteração de paradigmas que se estende ao crime. As estatísticas da criminalidade, divulgadas ontem pelo gabinete do secretário para a Segurança dão conta disso mesmo.

As restrições fronteiriças para controlar a propagação do novo tipo de coronavírus alteraram no ano passado padrões e métodos criminais, nomeadamente no tráfico de drogas, burlas na internet e nos crimes associados ao jogo.

Assim sendo, as estatísticas divulgadas pelo gabinete de Wong Sio Chak referem que em 2020 foram registados “37 casos de sequestro, vulgarmente conhecido por crime de ‘cárcere privado’, representando uma descida de 316 casos comparativamente com o ano de 2019, uma descida significativa de 89,5 por cento”.

Outro dos delitos mais comuns de Macau, também associado à indústria que domina a economia local, é a usura, também conhecida por agiotagem. Em 2020, as autoridades dão conta de 78 casos, o que representa uma quebra abrupta em relação aos 527 casos registados em 2019, mais de 87 por cento.

Destaque também para a queda significativa dos casos reportados de violação no ano passado, de 29 para 15, o que representa menos 32,6 por cento. O número de homicídios repetiu-se em relação a 2019, com dois casos.

Ainda na categoria de crimes contra pessoas regista-se um dos registos mais negros nas estatísticas da criminalidade de 2020, quando as autoridades trataram “24 casos de abusos sexuais de crianças, um aumento de 13 casos, representando uma subida de 118,2 por cento comparativamente ao ano de 2019”. Neste domínio, Wong Sio Chak realça que os dados das autoridades indicam que “a maioria dos casos de abuso sexual de crianças ocorrem nas escolas ou no ambiente familiar, cerca de 70 por cento dos autores são familiares, colegas ou professores da vítima”.

Para contornar situações em que as vítimas tiveram medo ou não compreenderam a gravidade do que lhes aconteceu e que, por isso, não reportaram os crimes às autoridades, a comunicação sobre este tipo de criminalidade foi reforçada. A polícia publicou cerca de 150 informações de combate ao abuso de menores em plataformas como o Wechat, Facebook e Youtube, apelando aos menores para pedirem “ajuda oportuna à Polícia ou à geração mais velha”. Além disso, foram organizadas mais de meia centena de palestras, que contara com a participação de cerca de 12.000 estudantes, pais e docentes.

Perigo na rede

Com as movimentações no exterior condicionadas, no ano passado alguns fenómenos de criminalidade passaram a surgir na internet. Um dos crimes que passou a estar no radar das autoridades, e que não tinha registado nenhum caso em 2019, foi a divulgação de pornografia infantil. No ano passado as autoridades instauraram 129 casos, que resultaram na apresentação a órgãos judiciais de 34 arguidos.

O secretário para a Segurança aponta a dificuldade em investigar e apanhar quem comete este tipo de crimes, porque “a maioria das plataformas de redes e os ip address utilizados por arguidos estão localizados fora de Macau”.

Assim sendo, a polícia da RAEM estabeleceu um mecanismo de cooperação com a Interpol e, como a maioria dos arguidos é de oriunda do sudeste asiático, foram emitidas comunicações a informar sobre as consequências da conduta criminosa.

Outros crimes que surgiram no ano passado, foi a burla com vendas de materiais médicos, como máscaras, com o total de 42 casos e o uso ilegal de documento de identificação de outrem para adquirir material médico para revenda, ilícito que se verificou 53 vezes no ano passado. Com a evolução da pandemia, este tipo de crimes desapareceu já no último trimestre de 2020.

Com a vida exterior reduzida aos mínimos, o tempo que se passa online e as compras pela internet aumentaram significativamente. No ano passado, “foram registados 531 crimes informáticos, uma subida de 96,7 por cento em comparação com o ano de 2019, entre os quais houve uma subida significativa de casos relacionados com compras online com cartão de crédito, dos quais foram registados no total 411 casos, uma subida de 294 casos, em comparação com o ano de 2019, representando um aumento de 251,3 por cento”

Puxar pela cabeça

As redes de distribuição de droga foram fortemente afectadas no ano passado, com as restrições fronteiriças que surgiram por todo o mundo. Macau não foi excepção. Por cá, o crime de tráfico caiu mais de 40 por cento durante 2020.

Wong Sio Chak mencionou as formas inovadoras como os traficantes fizeram chegar estupefacientes a Macau. No ano passado foi apreendida droga em máscaras hidrantes, em forma líquida disfarçada de vinho tinto a através de empresas de compras online.

No cômputo geral, registaram-se menos 673 crimes no ano passado, em comparação com 2019, o que correspondeu a uma descida de 63,9 por cento da criminalidade.

26 Fev 2021

Taiwan recusa residência a junket Charles Leung

O Governo de Taiwan recusou o pedido de imigração de Charles Leung, junket em Macau e realizador de filmes em Hong Kong, nos quais participaram actores como Jet Li, Chow Yun Fatm Andy Lau ou Stephen Chow. O fundador da China Star foi ligado em 1992, por uma subcomissão do Senado dos Estados Unidos, a actividades da tríade Sun Yee On.

Na decisão anunciada publicamente pela Agência Nacional de Imigração de Taiwan não consta a justificação que levou a que o pedido de Charles Leung fosse negado. Porém, a lei que permite a imigração de residentes de Hong Kong e Macau para Taiwan inclui vários motivos para recusar os pedidos, que vão da documentação incompleta até à “ameaça aos interesses nacionais”.

A notícia do pedido de imigração tinha sido revelada em Dezembro do ano passado, e tinha sido feita com base nas ligações familiares, uma vez que a mulher de Charles Leung, Tiffany Chen, nasceu em Taiwan. No entanto, o pedido gerou controvérsia entre a população da Formosa, uma vez que Leung expressou publicamente o apoio à Lei da Segurança de Hong Kong. Também o filho de Leung, Jacky, viu um pedido semelhante recusado e, segundo o jornal Taiwan News, tal poderá dever-se ao facto de integrar uma associações que faz parte da Liga da Juventude Comunista da China.

Quando o pedido foi noticiado pela primeira, o porta-voz dos Conselho para os Assuntos do Interior do Governo de Taiwan, Chiu Chui Cheng, confirmou que Charles Leung se encontrava na Formosa desde Dezembro, com um visto turístico. A autorização de permanência tinha um prazo de três meses e poderia ser renovada mais uma vez por igual período.

26 Fev 2021

Vacina da Sinopharm deixa de estar disponível para maiores de 60 anos

É oficial: as pessoas com mais de 60 anos não vão poder ser vacinadas contra a covid-19 com a vacina da Sinopharm. A informação consta num comunicado emitido ontem pelo Centro de Coordenação e Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. “De acordo com os regulamentos da Administração de Medicamentos da China, a vacina Sinopharm deve ser administrada a pessoas na faixa etária compreendida entre os 18 e os 59 anos. Os indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos só podem ser vacinados após avaliação das suas necessidades, devem estar em bom estado de saúde e em alto risco de exposição.”

O Centro acrescentou ainda que, “nos últimos dias, verificou-se que alguns idosos não cumpriam as duas condições para a administração da vacina, e após avaliação pelos profissionais de saúde, não conseguiram ser vacinados”.

Desta forma, as autoridades vão deixar de “aceitar a marcação da vacina inactivada da Sinopharm a indivíduos que tenham idade igual ou superior a 60 anos”.

Apesar desta decisão, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, que tem 63 anos de idade, foi vacinado, no passado dia 9, com a vacina da Sinopharm. Na ocasião, o governante declarou que “a Sinopharm anunciou que a sua vacina contra a covid-19 não tem limite de idade”.

mRNA é solução

Como alternativa, as pessoas com mais de 60 anos poderão inscrever-se para tomar a vacina mRNA, produzida pela BioNtech com a cooperação da Fosun, na Alemanha, que chegam a Macau nos próximos dias via Hong Kong. As autoridades planeiam que estas vacinas possam começar a ser administradas no início da próxima semana”.

“De acordo com as recomendações da Agência de Medicamentos da União Europeia, a vacina de mRNA pode ser administrada a pessoas com idade igual ou superior a de 16 anos e é adequada para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Aqueles que estão nesta faixa etária que têm interesse em ser vacinados, é recomendado que optem pela administração da vacina de mRNA”, aponta o Centro de Coordenação.

Até às 21h de quarta-feira um total de 25.462 pessoas agendaram a administração da vacina, das quais 9.284 administraram a primeira dose da vacina contra a covid-19, “o que corresponde às expectativas iniciais”, conclui o mesmo comunicado.

26 Fev 2021

Jogo | Galaxy registou prejuízos de 3,97 mil milhões

Apesar das perdas, o presidente do grupo vê sinais de esperança nos ganhos, antes de impostos, de mil milhões de dólares de Hong Kong durante o último trimestre de 2020. Operadora já antecipa consulta pública sobre concessões

 

A concessionária Galaxy, que gere o casino com o mesmo nome no Cotai, apresentou ontem um prejuízo de 3,97 mil milhões de dólares de Hong Kong, relativo a 2020. Os resultados negativos contrastam com o lucro de 13,04 mil milhões que a empresa de Lui Che Woo tinha apresentado em 2019.

O prejuízo das Galaxy prende-se principalmente com a redução das receitas brutas do jogo nas mesas de Macau, que devido às restrições da pandemia passaram de 52,21 mil milhões de dólares de Hong Kong para 11,02 mil milhões. Face ao cenário de perdas, a direcção da empresa optou por não distribuir dividendos.

Apesar dos números, Lui Che Woo destacou em comunicado o facto de ter havido um lucro antes de impostos de 1,01 mil milhões no quarto trimestre do ano. O montante é visto como um sinal positivo, até porque no terceiro trimestre do ano tinham sido assinaladas perdas de 0,94 mil milhões.

“Esta melhoria foi largamente causada por um aumento do número de visitantes, que se traduziu num crescimento das receitas e também no controlo dos custos”, afirmou Lui.

Na mesma mensagem é ainda deixado um sinal de esperança para o mercado do jogo na RAEM, a médio prazo, apesar de haver alguma cautela. “Temos muita confiança no futuro de Macau. Vimos sinais de uma recuperação prematura após ter sido retomado o programa de vistos individuais de viagem, em Setembro de 2020, mas ainda pode levar alguns trimestres até que o volume de negócio volte a aumentar significativamente”, é admitido. Também por este motivo, a empresa justifica que não haverá dividendos.

Com os olhos na concessão

Anteriormente, o Governo afirmou que a consulta pública sobre as concessões do jogo, que expira em 2022, vai começar na segunda metade deste ano. Esta é uma fase dos trabalhos que vão lançar as bases para o futuro da indústria do jogo que a Galaxy diz “aguardar com expectativa”.

Além disso, Lui Che Woo aproveita para deixar elogios ao Executivo liderado por Ho Iat Seng, por estar a trabalhar na promoção da economia. “Voltamos a aplaudir o Governo de Macau por assumir de forma pró-activa a liderança do combate à crise pandémica. O foco do Governo não se limita a garantir a saúde e segurança da comunidade, mas também a colocar Macau numa posição para atrair visitantes, de apoio à recuperação económica e manter a estabilidade social”, é frisado.

26 Fev 2021

Comércio | Importações de países lusófonos subiu 451,5 por cento

O valor de mercadorias importadas pelos países lusófonos a Macau subiu 451,5 por cento em Janeiro, em relação ao mês homólogo do ano anterior, enquanto o das exportações caiu 9,5 por cento, foi ontem anunciado.

Segundo os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), divulgados ontem, as importações de mercadorias aos países de língua portuguesa atingiram o valor de 62 milhões de patacas, menos 9,5 por cento que em Janeiro de 2020.

Já as exportações para países lusófonos representaram 160 mil patacas, um crescimento ainda assim de 451,5 por cento, em termos anuais.

Em Janeiro, o valor total de mercadorias exportado por Macau atingiu 1,42 mil milhões de patacas, um aumento de 29,9 por cento, face ao mesmo mês de 2020. Em relação à importação de mercadorias, a DSEC indicou que Macau importou em Janeiro 10,69 mil milhões de patacas, que representam uma subida de 28,5 por cento, em termos anuais.

Em 2020, o défice da balança comercial de Macau atingiu os 81,75 mil milhões de patacas, crescendo 4,42 mil milhões de patacas em relação a 2019.

26 Fev 2021

Aeroporto | Em tempos de pandemia reafirmada aposta na Grande Baía

Ma Iao Hang, presidente do Conselho de Administração, reconheceu os tempos difíceis mas considera que a gestão cuidadosa permite ter dinheiro para enfrentar o ano de “todos os desafios”

 

Em mais um ano marcado que se antevê marcado pelos efeitos da pandemia, o Aeroporto Internacional de Macau aposta em afirmar-se como uma “porta internacional” para a Grande Baía. O objectivo, que passa pela abertura do Segundo Terminal, foi reafirmado ontem pelo presidente do Conselho de Administração da direcção da CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau, Mao Iao Hang, durante um almoço de celebrado do Ano Novo Lunar.

“O projecto da infra-estrutura do Segundo Terminal foi desenhada e construída para melhorar o espaço e serviços do Aeroporto Internacional de Macau. Também o terminal do Pac On vai ser construído como centro de integração de transportes terrestres, marítimos e aéreos para prestar melhores serviços aos residentes de Macau e da Grande Baía”, afirmou Ma Iao Hang. “Vamos cooperar com o plano nacional do desenvolvimento de Macau e para consolidar a posição de Macau como uma porta internacional”, acrescentou.

Apesar do contexto difícil, até ao final do corrente ano o aeroporto vai ter capacidade para receber cerca de 10 milhões de passageiros por ano, o que se deve à expansão da Zona Sul do Aeroporto. Só em 2019, ainda sem as infra-estruturas mais recentes, houve um total de 9,6 milhões de passageiros a utilizar o aeroporto de Macau. “A construção da estrutura principal da expansão Sul do aeroporto já chegou ao topo e prevemos que esteja completa no final do ano. Vai permitir receber 10 milhões de passageiros por ano”, indicou o presidente do Conselho de Administração.

Impacto “enorme”

Em 2020, o número de passageiros do Aeroporto Internacional de Macau sofreu uma quebra de 88 por cento de 9,1 milhões para 1,2 milhões. Já o número de partidas e chegadas foi de 16.962, o que é uma quebra de 78 por cento. Por isso, a companhia reconheceu ontem que o caminho no futuro vai continuar a ser difícil.

“A pandemia da Covid-19 atingiu enormemente e de uma forma global a indústria da aviação. Ao olhar para este último ano, o Aeroporto Internacional de Macau implementou as medidas de prevenção da pandemia […] e enfrenta uma nova dinâmica […] e todos os tipos de dificuldades e desafios”, foi reconhecido.

Apesar disso, a empresa gestora do aeroporto diz que está preparada. “O Aeroporto Internacional de Macau sofreu meses consecutivos com perdas de receitas […] Porém, os princípios de gestão da tesouraria fazem com que haja fundos para responder às necessidades das operações”, foi vincado.

Na mensagem de Ma Iao Hang foi ainda sublinhado que entre 2015 e 2020 a empresa pagou aos accionistas, entre empréstimos e distribuição de dividendos, cerca de 1,3 mil milhões de patacas.

A CAM é detida em 55,2 por cento pelo Governo da RAEM e 34,5 por cento pela Sociedade de Turismo e Diversões da Macau. O restante capital e detido por outras empresas e investidores individuais, como os herdeiros de Winnie Ho, irmã falecida de Stanley Ho.

26 Fev 2021

Novos aterros | CPU aprova mais cinco projectos para a Zona A

O Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU) concluiu a discussão de cinco plantas de projectos para a zona A dos novos aterros, relacionados com a construção de parques de estacionamento, instalações públicas e sociais.

Segundo o canal chinês da Rádio Macau, foram recolhidas apenas cinco opiniões no período de consulta pública. Os projectos serão desenvolvidos em cinco terrenos e terão uma área compreendida entre 11 mil e 18 mil metros quadrados.

O edifício mais alto terá a altura máxima de 115 metros. Os membros do CPU debateram também uma planta de condições urbanísticas na zona do Pátio do Mungo, situado perto do centro histórico. O terreno tem 489 metros quadrados e, segundo parecer do Instituto Cultural, sugere-se a preservação da fachada do edifício e do telhado.

Leong Wai Man, vice-presidente do IC, adiantou que, apesar do Pátio do Mungo não estar incluído numa zona de protecção do património, é necessária uma preservação dado o seu valor histórico, por ser um lugar de casas chinesas centenárias. A responsável adiantou que a preservação completa do local será difícil, tendo em conta o regulamento contra incêndios em vigor.

25 Fev 2021

Galaxy Macau | Centro de convenções pode abrir na segunda metade do ano

O Centro Internacional de Convenções do Galaxy Macau pode abrir faseadamente a partir da segunda metade deste ano, de acordo com o director da Galaxy Entertainment Group Joey Pather, responsável pelo sector MICE, de conferências e exposições.

Num evento da Câmara de Comércio França – Macau, Pather adiantou que a abertura será gradual e que o processo vai depender da resposta do mercado, num contexto de recuperação do mercado de turismo da crise provocada pela pandemia. “Temos recebido solicitações, mas ainda não decidimos qual o sector que vai abrir primeiro. Ainda estamos na fase de licenciamento e de testes”, referiu Pather, citado pelo portal GGRAsia. O centro de convenções vai ter uma área de 40 mil metros quadrados.

25 Fev 2021

Última Instância obriga a novo julgamento no caso Surf Hong

O Tribunal de Última Instância (TUI) obrigou o Tribunal de Segunda Instância (TSI) a fazer um novo julgamento do caso que opõe o Governo e a Surf Hong, no que diz respeito ao pagamento de um multa de 4,1 milhões de patacas relacionada com 2018, quando os nadadores-salvadores da empresa entraram em greve e levaram ao encerramento das piscinas do Instituto do Desporto (ID). A decisão foi tomada pelo Tribunal de Última Instância (TUI), e contraria o entendimento do Tribunal de Segunda Instância (TSI), que anteriormente, tinha considerado a greve um motivo de força maior, e decidiu que não devia ser aplicada uma multa.

A Surf Hong era a empresa responsável pelo contrato de fornecimento de nadadores salvadores para as piscinas do ID no Verão de 2018, quando os trabalhadores entraram em greve e fizeram com que houvesse o encerramento temporário das piscinas de Cheoc Van e Dr.Sun Yat Sen. Na origem da greve estiveram motivos de ordem laboral, nomeadamente o facto dos nadadores terem sido obrigados a assinar declarações em que abdicavam do pagamento das horas extra.

O caso foi encarado pelo Executivo como uma falha contratual e por esse motivo foram aplicadas duas multas. Uma sanção no valor de 4,1 milhões de patacas e uma outra de 7,6 milhões de patacas.

As multas correspondem a casos diferentes nos tribunais e o TSI considerou nos dois processos que a empresa Surf Hong não tinha de fazer qualquer pagamento ao Executivo por não ter prestado o serviço. Os juízes da Segunda Instância entenderam que a greve é um motivo de força maior, o que ilibava a empresa de responsabilidades.

Pagamento feito

O TUI veio ontem anular a primeira decisão do TSI, e obrigar à realização de um novo julgamento por considerar que o TSI errou  ao definir a greve como um motivo de força maior. “Assim sendo, entende o Tribunal Colectivo que não eram imprevisíveis nem inevitáveis as ausências e as faltas ao serviço (ou dito de outra forma, greve) dos trabalhadores da recorrida, razão pela qual não constituem casos de força maior, sendo assim insusceptíveis de exonerar o empregador da responsabilidade contratual por incumprimento do contrato”, consta na decisão tomada na quarta à noite.

A deliberação adoptada ontem pelos tribunais deixa igualmente antever que o TUI pode voltar a decidir a favor do Governo no que diz respeito à multa de 7,6 milhões de patacas. A sanção está relacionada com a mesma ocorrência, mas o desfecho sobre esta penalização está mais atrasado.

Foi só no final de Janeiro deste ano que o TSI tomou a decisão de anular a multa de 7,6 milhões de patacas imposta à empresa Surf Hong. Também em relação a este processo Executivo optou por recorrer, como admitiu o ID ao HM, numa resposta datada de 9 de Fevereiro. O pagamento dos 7,6 milhões também já foi efectuado.

25 Fev 2021

Fronteiras | Residentes estrangeiros poderão pedir visto para a China

Os residentes estrangeiros em Macau vão poder, a partir da próxima segunda-feira, obter vistos para entrar na China continental, anunciou o gabinete do Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

“Tendo em conta a última situação de prevenção e controlo da pandemia da covid-19 na RAEM e as necessidades de intercâmbio cultural e desenvolvimento económico, em 1 de Março de 2021 o gabinete do Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China na RAEM começará gradualmente a aceitar os pedidos de visto da China continental para residentes estrangeiros” naquele território, de acordo com um comunicado publicado no ‘site’ da entidade, na terça-feira.

Na nota, é ainda indicado que a decisão abrange residentes estrangeiros permanentes e não permanentes no território.

Os pedidos passaram a ser admitidos desde ontem, através do formulário electrónico disponível no site reservado aos requerimentos de visto para a China (COVA, na sigla em inglês) do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

O Governo Central suspendeu em 28 de Março de 2020 a entrada de cidadãos estrangeiros na China, incluindo com visto ou autorização de residência, tal como a política de isenção de visto de 144 horas adoptada pela província chinesa de Guangdong para grupos de turistas estrangeiros oriundos de Hong Kong e de Macau, como medida de prevenção contra a propagação do novo coronavírus.

25 Fev 2021

Myanmar | PSP diz que TNR não têm direito a manifestar-se

O CPSP considera que os trabalhadores não residentes não têm o direito a manifestar-se, depois de um não residente ter ido a uma esquadra informar-se sobre o procedimento a adoptar para uma actividade contra o golpe de estado no Myanmar. Um residente, natural do país, chegou a fazer um pedido prévio para uma iniciativa semelhante, mais tarde retirado por sua iniciativa

 

O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) defende que os trabalhadores não residentes (TNR) não estão abrangidos pela lei de reunião e manifestação. Segundo a TDM Rádio Macau, o porta-voz da CPSP, Kim Ka Kit, disse que “como são não residentes, quando fazem assembleias e reuniões, podem não estar protegidos por esta lei”.

“De acordo com a lei, os direitos dos não residentes não estão protegidos por este diploma mas eles podem ter outras formas de expressar as suas opiniões através de meios legais”, acrescentou.

Estas declarações surgem depois de um TNR ter ido a uma esquadra pedir informações sobre a realização de uma actividade contra o golpe de estado que aconteceu a 1 de Fevereiro no Myanmar, tendo-lhe sido explicado que não goza desse direito.

“Os nossos agentes explicaram-lhe que as provisões da Lei 2/93/M sobre a reunião e manifestação apenas mencionam os direitos dos residentes de Macau – não é para os não residentes. Explicámos-lhe o que está na lei”, indicou Kim Ka Kit, porta-voz do CPSP.

O mesmo responsável disse ainda que os TNR podem expressar-se por outros meios. “Talvez se estes não residentes de Macau tiverem algum pedido podem contactar os consulados dos seus países para expressarem as suas opiniões”. O HM tentou obter uma reacção do consulado do Myanmar em Macau e Hong Kong, mas até ao fecho desta edição não foi obtida uma resposta.

Esta semana o portal Macau Concelears noticiou a alegada detenção, no passado dia 14, de quatro TNR do Myanmar na zona dos três candeeiros. Segundo a notícia, as autoridades terão confiscado os documentos destes cidadãos, além de que estes seriam sujeitos a repatriamento assim que os voos comerciais voltassem à normalidade.

No entanto, uma resposta do CPSP aos media afastou este cenário. “Depois de analisar as informações, [o CPSP] não deteve cidadãos do Myanmar na zona dos Três Candeeiros no dia 14 de Fevereiro”, lê-se.

O porta-voz do CPSP disse à TDM Rádio Macau que um residente, de origem birmanesa, chegou a apresentar um pedido de aviso prévio de reunião para esta zona, pedido esse retirado mais tarde por sua iniciativa. Esse pedido seria para uma iniciativa a acontecer a 14 de Fevereiro, dia em que, segundo o CPSP, ocorreu apenas um encontro habitual de pessoas naturais do Myanmar. O CPSP voltou a frisar que ninguém foi detido nesse dia e que não havia cartazes no local.

“A PSP não definiu o encontro que eles estavam a ter como uma reunião ou manifestação, por isso, só levámos a cabo uma acção regular de verificação do cartão de identificação”, afirmou Kim Ka Kit. Além deste pedido prévio feito por um residente, a 8 de Fevereiro, não houve mais pedidos formais de reunião ou manifestação feitos às autoridades.

O que diz a Lei Básica

A posição do CPSP parece divergir daquilo que a Lei Básica defende no que diz respeito ao direito de reunião e manifestação. No seu artigo 27, a mini-constituição da RAEM diz que os “residentes de Macau gozam da liberdade de expressão, de imprensa, de edição, de associação, de reunião, de desfile e de manifestação, bem como do direito e liberdade de organizar e participar em associações sindicais e em greves.”

Logo a seguir, no artigo 43, é reiterado que “as pessoas que não sejam residentes de Macau, mas se encontrem na Região Administrativa Especial de Macau, gozam, em conformidade com a lei, dos direitos e liberdades dos residentes de Macau, previstos neste capítulo”. O golpe de estado no Myanmar, a 1 de Fevereiro, levou à detenção de Aung Sang Suu Kyi e outros dirigentes do partido que venceu as eleições de Novembro de 2020.

25 Fev 2021

Costa Nunes | Fundação Macau antecipa cortes e 15 empregos ficam em risco

A instituição liderada por Wu Zhiliang disse aos deputados que há “falta de razoabilidade e justiça” nos subsídios atribuídos ao jardim de infância. Os possíveis cortes ameaçam empregos e Miguel de Senna Fernandes pede sensibilidade

 

A Fundação Macau considera que como o Jardim de Infância D. José da Costa Nunes passou a integrar a rede de ensino gratuito que a atribuição de subsídios é uma “falta de razoabilidade e justiça”. A posição ameaça 15 postos de trabalho, segundo Miguel de Senna Fernandes, mas foi declarada pelo presidente da fundação, Wu Zhiliang, numa reunião com os deputados da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Finanças Públicas.

De acordo com o relatório de trabalhos da comissão liderada por Mak Soi Kun, revelado ontem, a questão sobre a legitimidade dos subsídios partiu dos deputados. E na resposta, a fundação afirmou que situação é injusta e abriu a porta para parar o financiamento. “Segundo os representantes da Fundação Macau, como esta nunca concedeu qualquer apoio financeiro às escola integradas na rede de ensino gratuito e, neste momento, o Jardim Infância D. José da Costa Nunes já faz parte das escolas integradas na rede, se continuar a ser subsidiado pela Fundação Macau, haverá falta de razoabilidade”, foi explicado, segundo a versão que da Assembleia Legislativa, sobre a reunião.

O documento não nomeia os deputados que questionaram o financiamento ao Costa Nunes. A comissão conta com pelo menos três deputados apoiados por associações que têm escolas integradas na rede de ensino gratuito. Por exemplo, Wong Kit Cheng está ligada à Associação das Mulheres, assim como Chan Hong, cuja associação gere a Escola da Associação Geral das Mulheres de Macau. No caso de Chan, além da ligação à associação, a deputada é ainda vice-directora da Escola Secundária Hou Kong, também esta integrada da rede. Da comissão faz ainda parte Leong Sun Iok, apoiado pela Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), responsável pela Escola Secundária Técnico-Profissional da Federação da FAOM.

Empregos em risco

No último ano, segundo o boletim oficial e com diferentes justificações, a Fundação Macau entregou 1,52 milhões de patacas em subsídios ao D. José da Costa Nunes ou à Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM) para despesas relacionadas com o jardim de infância, gerido pela instituição.

Ao HM, o presidente da APIM, Miguel de Senna Fernandes, garantiu que ainda não houve nenhuma comunicação oficial sobre o corte dos subsídios. No entanto, o presidente da APIM apelou a que haja sensibilidade para a situação da escola, uma vez que os subsídios da Fundação Macau garante o emprego de cerca de 15 auxiliares e serventes.

“Como o jardim de infância entrou na rede já estávamos à espera que não houvesse apoios no que respeita aos vencimentos das educadores, porque o dinheiro passa a vir dos Serviços de Educação”, admitiu Miguel de Senna Fernandes. “Mas a estrutura do jardim de infância, e quando temos em conta o pessoal ao serviço da instituição, ainda são necessários apoios para garantir os salários de auxiliares e serventes. Há um determinados número de pessoas que não está abrangido pelos apoios da rede, para o qual o financiamento dos Serviços de Educação não dá resposta, mas que é essencial para o funcionamento e para a qualidade do ensino”, indicou. “Para que estas pessoas continuem a trabalhar no jardim de infância é necessário que haja um apoio neste sentido, ou então vamos enfrentar várias dificuldades se a Fundação Macau decidir cortar”, frisou.

Questão de sensibilidade

Face ao cenário apresentado aos deputados, e que ainda não foi confirmado oficialmente, o presidente da associação admite que não está em posição de fazer exigências, mas apela à compreensão a bem da qualidade da educação na instituição. “Se tivermos de despedir pessoal, toda a escola vai se afectada. Espero bem que a Fundação Macau não vá proceder, ou pelo menos, que não prejudique esta gente de um apoio para os seus vencimentos”, apelou. “Este pessoal é fundamental para o que tem sido feito no Costa Nunes e tem sido feito sempre assim. São duas categorias profissionais que foram sempre respeitadas no Costa Nunes”, acrescentou.

O presidente da APIM recordou também que a escola tem tido um modelo de funcionamento e que este seria gravemente prejudicado, no caso de cortes cegos. “Só espero que a Fundação Macau ao debruçar-se sobre os apoios financeiros na parte do funcionamento das instituições não vá cortar cerce como tem sido feito em relação a outras entidades. Espero que tenham em conta a particularidade destas categorias profissionais”, desabafou.

25 Fev 2021

Consultora sugere a empresas para reavaliarem relação com junkets de Macau

No seguimento do inquérito australiano à empresa Crown Resorts Limited, a consultora Steve Vickers and Associates (SVA) recomenda que as empresas reexaminem as suas relações com junkets. “Muitas empresas de jogo têm até agora contado com os junkets de Macau para encontrar jogadores VIP e, nalguns casos, têm minimizado os riscos de lidar indirectamente com as tríades ao fazê-lo”, diz a SVA em comunicado, acrescentando que as empresas “devem mudar de rumo e que devem actualizar as avaliações de devida diligência junto dos parceiros de junkets”.

A consultora entende que a Crown Resorts interpretou mal a determinação do Governo chinês em agir contra a promoção do jogo, e que falhou por não dar resposta a “sinais claros”, nomeadamente uma vontade de Pequim em reduzir preocupações sobre a integridade do capital da China.

As sugestões para as empresas também incluem o fortalecimento de mecanismos contra lavagem de dinheiro e controlo de conformidade, e uma análise à exposição dos negócios e mudanças abruptas no mercado.

Além casinos

No entanto, a SVA defende que as mensagens retiradas da situação não se aplicam apenas a casinos. “Os casinos de Macau há muito que funcionam como a peça central de um ecossistema financeiro alargado”, observou, acrescentando que são também vulneráveis outras áreas comerciais e financeiras. Como exemplo deu o imobiliário, hotéis e negócios de lazer, em que muitas empresas beneficiaram com o crescimento do jogo em Macau, apesar de estarem a sofrer com o impacto da pandemia. E também “outras empresas ligadas aos interesses dos maiores junkets, sejam elas em corridas, iates ou entretenimento”.

O aumento dos riscos políticos nos últimos anos foi outro ponto de foco no comunicado. A análise da SVA aponta mais tensões geopolíticas, quebras de receitas do jogo em Macau, considerando que a situação actual pode colocar desafios às concessionárias de jogo estrangeiras.

Com a aproximação do fim das concessões, é apontado que as operadoras de jogo americanos que não têm ligações próximas à administração do novo presidente dos EUA estão particularmente expostas.

24 Fev 2021