Hoje Macau SociedadeNovos empréstimos para actividades imobiliárias afundam 80,2% Em Maio, os novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias afundaram 80,2 por cento para 573,6 milhões de patacas, em comparação com Maio de 2024. Os dados foram revelados ontem pela Autoridades Monetária de Macau, com “Estatísticas relativas aos empréstimos hipotecários – Maio de 2025”. Em Maio do ano passado, o valor dos novos empréstimos para actividades imobiliárias foi de 2.890 milhões de patacas. Quando a comparação é feita entre Maio e Abril deste ano, os novos empréstimos para actividades imobiliárias mostram uma redução 62,1 por cento. Em relação aos empréstimos para habitação, de acordo com os dados da AMCM, em Maio os novos empréstimos aprovados pelos bancos de Macau apresentaram um aumento de 7,2 por cento, face a Abril, para 946,5 milhões de patacas. No entanto, quando a comparação é feita com o período homólogo também houve uma redução, neste caso de 7,2 por cento, dado que nesse período os novos empréstimos hipotecários para habitação aprovados pelos bancos atingiram 1.020 milhões de patacas. Dívidas a subir Ao mesmo tempo, o rácio das dívidas não pagas dos novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias atingiu os 5,4 por cento, o que representou um aumento de 0,8 pontos percentuais face ao período homólogo. Os dados foram divulgados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Quando o rácio das dívidas não pagas dos novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias é comparado com Abril deste ano, o número apresentou uma redução de 0,1 pontos percentuais. Em relação aos novos empréstimos hipotecários para habitação, o rácio das dívidas não pagas foi de 3,6 por cento, o que constituiu um aumento de 0,1 pontos percentuais face ao período homólogo. Em comparação com Abril deste ano, o rácio das dívidas não pagas não apresentou alterações. No final de Maio, o saldo bruto dos empréstimos hipotecários para habitação atingiu 213,58 mil milhões de patacas, uma redução de 0,4 por cento face a Abril e 5,4 por cento face a Maio do ano passado. O saldo bruto dos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias fixou-se em 146,64 mil milhões de patacas, uma diminuição de 1,0 por cento face a Abril e de 5,9 por cento em comparação com Maio do ano passado.
Hoje Macau SociedadeCrime | Mulher detida por burla de 620 mil patacas Uma residente local, de 30 anos, foi detida depois de burlar uma mãe em 620 mil patacas, através de grupo de conversação online para representantes de uma escola e encarregados de educação. Segundo a conferência de imprensa da Polícia Judiciária (PJ), em Agosto do ano passado, a detida contactou a vítima privadamente, alegou ser agente da PJ e disse ter forma de arranjar bilhetes para concertos com preços mais baixos. Além da troca de mensagens sobre os bilhetes, a detida também enviou várias fotos fora do edifício da PJ para convencer a compradora. A transferência do dinheiro foi feita, mas como até Outubro os bilhetes nunca foram entregues, apesar dos múltiplos contactos, a vítima acabou por fazer queixa. Depois da investigação, foi verificada que a suspeita não era agente da PJ, nem tinha forma de comprar os bilhetes. Todo o dinheiro recebido com a burla foi gasto em despesas quotidianas e para pagar dívidas. O caso foi encaminhado ao Ministério Público pelas práticas de burla de valor consideravelmente elevado e de usurpação de funções.
Hoje Macau SociedadeDoca do Lam Mau | Embarcação afundou devido a problema mecânico Um barco atracado na Marina da Doca de Lam Mau começou a afundar e obrigou à intervenção da Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA). O acidente aconteceu pelas 9h30 de segunda-feira, e na origem do problema terá estado uma avaria mecânica. O acidente foi reconhecido pela DSAMA através de um comunicado, que informou não terem sido registados feridos. “Tendo em conta o derramamento de uma pequena quantidade de petróleo da embarcação de recreio em causa, a DSAMA activou o mecanismo de contingência, colocando imediatamente absorventes de combustíveis em volta da embarcação de recreio para prevenir a propagação de petróleo”, foi informado. “A DSAMA está a monitorizar a situação, exigindo à Marina da Doca de Lam Mau e ao proprietário da embarcação de recreio que procedam à remoção da embarcação e à recolha de resíduos oleosos o mais rápido possível”, foi acrescentado. Tendo em conta o possível destaque para o ambiente local e para a água devido ao derrame de álcool, os trabalhadores da DSAMA comunicaram o caso à Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA). Esta enviou pessoal para o local “pessoal de acordo com o mecanismo para fiscalizar o ambiente das áreas marítimas circundantes”, foi adiantado.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Joalharia e relógios fazem aumentar preços Entre Abril e Junho, o Índice de Preços Turísticos (IPT) cresceu 1,42 por cento face ao período homólogo, de acordo com os dados revelados ontem pela Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Este aumento foi explicado pela DSEC com a “preços da joalharia e do relógio, bem como do divertimento e lazer”, sectores onde os preços aumentaram 13,4 por cento e 12,0 por cento, respectivamente. No entanto, alguns dos sectores mais importantes do turismo viram os preços ficarem mais baratos, como aconteceu com o vestuário e a restauração, com reduções de 3,14 por cento e 2,8 por cento. No segundo trimestre, o IPT diminuiu 2,31 por cento, quando comparado com o período entre Janeiro e Março. Em termos trimestrais, o índice de preços da secção do alojamento desceu 13,29 por cento, devido ao decréscimo de preços dos quartos de hotel. O índice de preços da secção de divertimento e actividades culturais subiu 4,59 por cento. Já o preço dos bens diversos, onde se incluem as joalharias e relógios, registou um aumento de 3,83 por cento. Em relação aos primeiros seis meses do ano, o IPT subiu 1,29 por cento, em termos anuais. O índice de preços da secção dos bens diversos, cresceu 14,32 por cento, e o índice do divertimento e actividades culturais aumentou 10,00 por cento. Ao mesmo tempo, o índice de preços da secção do alojamento caiu 4,49 por cento e o dos medicamentos e bens de uso pessoal decresceu 3,00 por cento.
João Luz Manchete SociedadePIB | Associação prevê crescimento de 2,8% no primeiro semestre O Produto Interno Bruto (PIB) da RAEM poderá crescer 2,8 por cento, em termos anuais, no primeiro semestre de 2025 e cerca de 7 por cento na segunda metade do ano. Esta é a perspectiva da Associação Económica de Macau, que lançou ontem o Índice de Prosperidade Económica. A análise da associação presidida por Joey Lao destaca o papel fundamental da organização de concertos, que terá impulsionado a performance dos casinos. “Graças à forte organização de concertos, as receitas brutas do jogo continuaram a recuperar de forma constante, com as receitas médias diárias a situarem-se entre 684 milhões e 702 milhões de patacas em Maio e Junho”, contextualizam os analistas. As receitas apuradas superaram mesmo as expectativas do mercado, acompanhando também o aumento do volume de turistas que visitou Macau. No passado mês de Maio, uma média diária de cerca de 109 mil pessoas visitou o território, dos quais quase 40 mil ficaram hospedados em hotéis de Macau, elevando a taxa de ocupação dos quartos para 87,8 por cento. Porém, apesar de mencionar o aumento da massa monetária e a abundância de fundos, os analistas da associação destacam a contínua queda do índice de preços do mercado imobiliário para habitação, assim como o rácio empréstimos/depósitos do banco dos residentes locais que desceu ainda mais para 49,3 por cento, atingindo ambos um novo mínimo na última década. Este desequilíbrio é interpretado pelos analistas como um reflexo da dificuldade de transformar eficazmente os fundos em dinamismo económico real. Confiança e sentimento Apesar do poderia económico do Cotai, o organismo liderado por Joey Lao volta a realçar a situação externa complexa e imprevisível, e a fraca confiança dos consumidores e baixa procura, lançado incertezas em relação à saúde da economia da cidade. “A economia de Macau está numa fase crítica de transformação e desenvolvimento. É necessário um esforço conjunto do Governo e do mercado para optimizar o ambiente empresarial e promover o desenvolvimento diversificado das indústrias, a fim de melhorar a competitividade global e alcançar um desenvolvimento sustentável”, é referido no Índice de Prosperidade. A estabilidade da taxa de desemprego é também mencionada como uma prova da capacidade de resiliência da economia local.
João Santos Filipe Manchete SociedadeBombeiros | Redução no número de intervenções em incêndios Entre Janeiro e Junho, o número intervenções do Corpo de Bombeiros em incêndios teve uma redução de 49 ocorrências, ou 10,77 por cento, face ao período homólogo. Os números foram apresentados ontem pelo Corpo de Bombeiros através de uma conferência de imprensa. Nos primeiros seis meses do ano, o Corpo de Bombeiros foi chamado a intervir em 406 fogos, quando no mesmo período do ano passado tinham actuado em 455 ocasiões. Entre os 406 incêndios, os bombeiros tiveram de recorrer a mangueiras para extinguir as chamas em 85 ocasiões. Nos restantes 321 incêndios, as chamas foram extintas sem utilização de mangueira. A informação oficial mostra ainda que 78 dos 406 incêndios tiveram origem em comida queimada. “As principais causas dos incêndios deveram-se ao esquecimento de desligar os fogões, ao esquecimento de chamas não extintas, queixa de incensos e velas/papéis votivos, curtos-circuitos em instalações eléctricas e a falhas mecânicas/equipamentos”, pode ler-se no comunicado distribuído durante a conferência de imprensa. Menos saídas Em relação ao número de saídas de ambulâncias em serviço, nos primeiros meses do ano registaram-se 22.388 casos, que implicaram a deslocação de 23.983 veículos. Estes números significam uma redução de 3,53 por cento no número de casos com veículos de emergência, dado que no período homólogo tinham sido registados 23.207 casos, mais 819 do que no período mais recente. Quanto ao número de veículos chamados, houve uma redução de 4 por cento para 24.982 veículos, havendo menos 999 saídas. A redução do número intervenções de veículos de emergência foi explicada com um menor número de casos de indisposições leves, febres ou dificuldades respiratórias. Ainda assim, os principais casos de intervenção das ambulâncias prenderam-se com tonturas, dores abdominais, dificuldades respiratórias, vómitos, febres e ferimentos. Ao nível das operações de salvamento, verificou-se uma redução de 9,06 por cento para 833 casos, quando no período homólogo 916 casos justificaram intervenções. Uma tendência negativa foi igualmente registada nos serviços especiais, com uma redução de 23,96 por cento para 2.339 casos, quando antes o registo foi de 3.07 situações. A nível geral, contabilizaram-se assim um total de 25.966 eventos com intervenção do Corpo de Bombeiros, uma redução de 6,1 por cento ou de 1.688 ocasiões, face ao período homólogo, quando se verificaram 27.654 casos.
Hoje Macau SociedadeCalor | Alerta para o risco de hipertermia Com a emissão frequente de alertas para temperaturas altas, pelos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, os Serviços de Saúde avisaram a população para se acautelar face aos riscos de hipertermia. “Quando a temperatura do corpo sobe, o corpo irá naturalmente proceder ao ajustamento fisiológico para diminuir a temperatura corporal, nomeadamente, aumentar a transpiração e a frequência respiratória”, indicaram as autoridades. Quem acumular longos períodos de exposição ao sol, num ambiente húmido ou mal ventilado, deve ter em consideração que nem sempre o corpo consegue o ajuste fisiológico que permite controlar a temperatural corporal. Estas situações podem resultar numa série de consequências, sendo a mais grave a intermação que pode levar à morte. A intermação ocorre na sequência de uma exposição prolongada a um calor intenso, provocando alterações fisiológicas do organismo, afectando o sistema nervoso central e a perda das funções de ajuste da temperatura do corpo. A pessoa deixa de suar, a pele torna-se seca, quente e vermelha e o pulso fica rápido e fraco à medida que a respiração acelera, podendo resultar em perda de consciência se a temperatura corporal atingir os 41 graus. Sem socorro e medidas que arrefeçam o corpo, o doente pode sofrer lesões cerebrais irreversíveis ou mesmo morrer. A exposição a calor intenso pode resultar em síncope ou exaustão por calor, que provoca tonturas, pele húmida e fria e enfraquecimento do pulso, ou cãibras por calor, devido à grande quantidade de suor libertado, provocando desequilíbrio de electrólitos. Os efeitos tomam a forma de espasmos e convulsões musculares, sede extrema, cansaço, falta de força dos membros, náuseas, dor de cabeça, tonturas ou inconsciência temporária.
João Santos Filipe Manchete SociedadeReparação Predial | Distribuídos apoios de 8,3 milhões No segundo trimestre do ano, o Fundo de Reparação Predial distribuiu 8,3 milhões de patacas em apoios públicos, de acordo com os dados oficiais publicados ontem. Os 183 apoios distribuídos variaram entre os valores de 455 patacas e 1,3 milhões de patacas, e em alguns casos são atribuídos a título de empréstimos sem juros. Os edifícios Lei Hong e Lei Tou, no Complexo Habitacional Fa Seng, foram os que receberam o apoio mais elevado, de 1,3 milhões de patacas, com o objectivo de “suportar as despesas emergentes do pagamento de obras de conservação ou reparação, nas partes comuns do condomínio”. De acordo com a informação oficial, o apoio foi distribuído ao abrigo do Plano de Apoio Financeiro e de Crédito sem Juros para Reparação de Edifícios (Apoio Financeiro para Reparação). O segundo apoio mais elevado, teve como destinatário o Edifício Industrial Kek Seng, com um montante de 526 mil patacas. Também neste caso, o apoio foi distribuído devido ao Plano de Apoio Financeiro e de Crédito sem Juros para Reparação de Edifícios e serve para auxiliar na reparação de partes comuns. Além dos apoios para obras, o Fundo de Reparação Predial subsidiou o início das operações de administração de vários edifícios, devido ao Plano de Apoio Financeiro para a Administração de Edifícios. Neste capítulo, os apoios tendem a envolver montantes mais baixos, que vão de valores como 455 patacas, como aconteceu com o edifício M. Residences a 5 mil patacas, como se verificou com o complexo habitacional Kam Keng Fa Un, constituído pelos edifícios Kam Hoi e Ngan Hoi. Menos é mais Em comparação com o primeiro trimestre do ano, os números mais recentes mostram uma diminuição de 4,9 milhões nos apoios distribuídos. Entre Janeiro e Março deste ano, o Fundo de Reparação tinha distribuído entre subsídios e empréstimos sem juros 13,2 milhões de patacas, embora tenha havido um menor número de apoios, um total de 152, o que significa uma média mais elevada dos apoios e subsídios. Quando a comparação é feita com o segundo semestre do ano passado, os dados mais recentes também apresentam uma redução do montante dos apoios. Entre Abril e Junho de 2024, o Fundo de Reparação Predial entregou 9,2 milhões de patacas entre empréstimos sem juros e subsídios. Este valor significa uma queda de aproximadamente 900 mil patacas em comparação com os dados mais recentes. No segundo trimestre de 2024, o número de apoios aprovados foi de 223.
João Luz Manchete SociedadeJogos Nacionais | Espectadores chineses com visto alargado Os espectadores chineses que venham a Macau assistir a competições dos Jogos Nacionais vão beneficiar de uma extensão do visto para permanecer na RAEM. A novidade foi revelada no domingo pelo coordenador do gabinete preparatório para a organização dos jogos, Pun Weng Kun, que confirmou negociações com as autoridades de Guangdong no sentido de alargar os vistos para cidadãos chineses que tenham bilhetes para competições em Macau. Pun Weng Kun indicou que a extensão poderá incluir o dia antes e depois da competição. Para beneficiar da medida, os visitantes precisam apenas de mostrar os ingressos para provas em Macau nos departamentos que tratam dos vistos. No sentido de tornar mais conveniente as travessias fronteiriças, segundo Pun Weng Kun, as autoridades de Guangdong pretendem tornar o processo de inspecção alfandegária mais fácil, nomeadamente através do uso de tecnologia de reconhecimento facial. O coordenador do organismo encarregue da preparação logística para a competição espera que as novas medidas permitam aos espectadores ficar mais tempo em Macau, possibilitando ver um espectáculo e apreciar a gastronomia e a cidade. A bom ritmo A menos de quatro meses da cerimónia de abertura dos Jogos Nacionais, marcada para 9 de Novembro, é esperado que as três regiões envolvidas (Guangdong, Macau e Hong Kong) coloquem bilhetes à venda no próximo mês de Agosto. Além da venda online, serão colocados à venda bilhetes em locais específicos para facilitar a compra de ingressos por residentes de Macau. Para já, Pun Weng Kun afirma que o processo de testes e preparação para o início do evento desportivo está a decorrer com suavidade, com as instruções das autoridades nacionais. Aliás, apesar de existirem situações a corrigir, o feedback das autoridades chinesas sobre os testes feitos em Macau foi elogioso. Porém, além da boa organização das competições, Pun Weng Kun afirmou que o objectivo é proporcionar aos espectadores uma boa experiência em Macau. Uma das apostas passa pela colaboração com associações locais para angariar voluntários que estarão espalhados pela cidade como “embaixadores da boa vontade”, para ajudar as equipas desportivas e fãs do desporto no que for preciso. Macau irá acolher competições de cinco modalidades: Ténis de mesa (todos os grupos), basquetebol de três (todos os grupos), basquetebol de cinco (masculino sub-18), voleibol (feminino adultos) e karaté́ (todos os grupos). Além disso, a prova individual masculina de ciclismo irá atravessar as três regiões.
Hoje Macau Manchete SociedadeUNESCO | Governo garante que vai responder a preocupações Macau vai dar “seguimento às resoluções relevantes” da UNESCO. Em questão está a exigência de avaliação de impacto ambiental à construção do viaduto entre as zonas A e B dos Novos Aterros e informações sobre a Linha Leste do Metro Ligeiro. Especialistas salientam que o reconhecimento da UNESCO impulsionou o turismo cultural no território Amanhã, celebram-se os 20 anos da entrada do centro histórico de Macau na lista do património mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO na sigla em inglês). Decorre até à próxima quinta-feira, em Paris, a 47.ª convenção do Comité do Património Mundial, onde a RAEM está representada pelo Instituto Cultural. No final da semana passada, durante a convenção da UNESCO, o comité emitiu uma resolução de acompanhamento ao estado da conservação patrimonial de Macau. Além de alguns elogios, a instituição internacional pede a avaliação de impacto ambiental abrangente em relação à construção do viaduto que irá ligar as zonas A e B dos Novos Aterros, em especial uma parte que poderá violar as restrições de altura em torno do Farol da Guia. A questão dos prédios por acabar na Calçada da Guia e a construção da Linha Leste do Metro Ligeiros foram também temas sobre os quais o Comité do Património Mundial pediu informações adicionais, apontando como prazo de entrega de toda a documentação o dia 1 de Dezembro de 2026, noticiou o Jornal Tribuna de Macau (JTM). Num comunicado divulgado na noite de sexta-feira, o Instituto Cultural indica que “dará seguimento às resoluções relevantes e submeterá ao Comité do Património Mundial da UNESCO os documentos relativos ao acompanhamento dos projectos relevantes para análise, de acordo com o mecanismo geral de comunicação existente no passado”. A entrega da documentação será feita através da Administração Estatal do Património Cultural da China. Sem dar cavaco O JTM indicou também que o comité da UNESCO realça os compromissos e esforços assumidos no Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico, com vista a implementar os pedidos anteriores da organização internacional. Porém, lamenta não ter sido ouvido, como fora solicitado, antes de ter entrado em vigor, no início de Junho do ano passado. No comunicado na sexta-feira, o IC não menciona o reparo do comité da UNESCO, mas que este congratulou as autoridades da RAEM pela entrada em vigor formal e a implementação do plano de salvaguarda e gestão e pelo trabalho de conservação, monitorização, interpretação e exposição do património de Macau. História e jogo Especialistas consideram que a classificação do centro histórico de Macau pela UNESCO impulsionou o turismo cultural no território, apoiando a diversificação de uma economia tradicionalmente dependente dos casinos, mas alertam para desafios na promoção do património. O templo de Na Tcha e as Ruínas de São Paulo encontram-se lado a lado no centro histórico de Macau. Logo pela manhã, famílias posam para a câmara, na parte inferior da emblemática escadaria de pedra das ruínas. “Gosto da calçada [portuguesa], é especial”, diz à Lusa Alina Wang, turista de Xangai. O filho, de oito anos, York Xiong, complementa: “Os edifícios são bonitos”. Nem todos na família, porém, conhecem a história por detrás do ‘ex-líbris’ de Macau, reduzido à fachada após incêndios. O patriarca, Li Zijian, ia jurar que tinha sido destruído durante a II Guerra Mundial. Ao lado, outra família, esta de Xi’an, associa a imagem das ruínas a um bombardeamento japonês na Grande Guerra. Há 20 anos, no dia 15 de Julho de 2005, o centro histórico de Macau, um conjunto de 22 monumentos que combina arquitectura portuguesa e chinesa, entrou para a lista do património mundial da UNESCO. Esse marco para o património da cidade, refere à Lusa a Direcção dos Serviços de Turismo (DST), trouxe mais turistas a Macau, alterando o perfil do visitante, que deixou de cruzar a fronteira apenas para jogar. “Isto mudou a imagem de Macau de uma ‘cidade do jogo’ para um destino cultural, diferenciando-o na região Ásia-Pacífico”, sublinhou a DST. Um estudo aos visitantes conduzido pela DST este ano revela que 53,3 por cento dos turistas chegam ao território para visitar o património, ultrapassando aqueles que querem fazer compras (33,7 por cento) e os que estão mais interessados na gastronomia (18,5 por cento). Para Lei Ip Fei, historiador e ex-membro do conselho do Património Cultural de Macau, o estatuto UNESCO elevou o perfil global de Macau. “O jogo impulsionou a economia a curto prazo, a cultura deve impulsionar o crescimento a longo prazo”, disse à Lusa. Parque de diversões Mas se, por um lado, a inscrição do património veio ajudar a diversificar o perfil do turista, há que pensar naqueles que vivem na cidade diariamente, notou Ka Nok Lo, vice-presidente da Associação dos Embaixadores do Património de Macau. Em entrevista à Lusa, o responsável alertou para a necessidade de não transformar Macau “numa Disneylândia”, defendendo o equilíbrio entre turismo e as necessidades dos residentes. “Os museus devem servir a comunidade, assim como as bibliotecas, as livrarias, e não apenas os turistas”, considerou. Ka sublinhou, por outro lado, que ainda falta entregar aos visitantes a narrativa que une os vários locais distinguidos pela UNESCO. “Não há uma história que ligue estes monumentos”, disse. O Governo de Macau tem como um dos principais objectivos procurar a diversificação económica, com a finalidade de reduzir a sua dependência em relação à indústria do jogo através do desenvolvimento de novos sectores. Mas o apelo dos casinos é incontornável, como as famílias de Xangai e Xi’an deixaram em evidência. No dia seguinte ao passeio pela zona histórica de Macau, a visita à região iria continuar nas estâncias modernas do jogo concentradas no Cotai, realçando o duplo papel de Macau como destino de jogo e património cultural. Lusa / JL
Hoje Macau SociedadeWeChat | Burlão desfalca mulher em grupo de pais Na passada quinta-feira, a Polícia Judiciária recebeu uma denúncia de burla num grupo de WeChat que uma escola de Macau criou para manter pais e encarregados de educação em contacto com os professores. Um burlão, que se faz passar por um agente policial, desfalcou uma mulher num total de 480 mil renminbis. Na sequência deste caso, a Associação de Educação de Macau pediu às pessoas que gerem os grupos de conversação entre pais e docentes que denunciem situações anormais para manter a ordem e proteger os direitos de pais e estudantes. O vice-presidente da associação, Vong Kuoc Ieng, apontou ao jornal Ou Mun que os grupos de WeChat entre escolas e pais são cada vez mais comuns, principalmente para fazer notificações importantes das actividade das turmas. Porém, acrescentou que frequentemente nestes grupos os pais tentam vender produtos ou bilhetes para concertos, e pedir dinheiro emprestado.
Hoje Macau SociedadeAir Macau | Avião regressa à pista após levantar voo Um avião da Air Macau com destino a Tóquio regressou na quinta-feira ao território pouco depois de levantar voo, informou a Teledifusão de Macau, dando conta de versões diferentes apresentadas pela companhia aérea e a empresa gestora do aeroporto. “O voo NX862 de Macau para Tóquio foi atingido por um raio durante um voo”, disse, em resposta à Teledifusão de Macau (TDM), a Air Macau, notando que, para garantir a segurança da ligação aérea foi ordenado ao avião que “retornasse para inspecção de acordo com os procedimentos”. A justificação não coincide com a dada pela empresa gestora do aeroporto à emissora, que disse que se tratou de um “problema no motor” do aparelho que se dirigia ao aeroporto de Narita, em Tóquio, e que descolou às 09:40. Também nas redes sociais, esta foi a versão apresentada no primeiro relato sobre o sucedido. No grupo Macau Buses and Public Transport Enthusiastic (Entusiastas de Autocarros e Transportes Públicos de Macau) explica-se que, pouco depois de o avião da Air Macau levantar voo, quando se encontrava perto de Taichung, no centro de Taiwan, o aparelho teve de regressar a Macau, aterrando em segurança.
João Santos Filipe Manchete SociedadeICBC | Banqueiro desaparecido com vínculos a Ng Lap Seng Jiang Yisheng foi presidente da representação de Macau do Banco Industrial e Comercial da China entre 2018 e 2023, altura em que a instituição foi distinguida com a Medalha de Mérito Industrial e Comercial. O banqueiro está a ser investigado por relações com o projecto de imobiliário Windsor Arch O ex-presidente da representação de Macau do Banco Industrial e Comercial da China (ICBC, em inglês), Jiang Yisheng, está a ser investigado pelas autoridades do Interior, encontrando-se em paradeiro incerto, devido a factos praticados em Macau e às ligações com o empresário Ng Lap Seng. A notícia foi adiantada na sexta-feira pelo jornal Caixin Global, uma publicação do Interior. Horas depois da informação, que inicialmente indicava que Jiang estava incontactável e desaparecido, a Comissão Central de Inspecção Disciplinar confirmou que Jiang Yisheng está ser investigado por “violação grave da disciplina e da lei”, um termo normalmente utilizado em investigações relacionadas com corrupção. Além da Comissão Central de Inspecção Disciplinar, a investigação envolve igualmente a Comissão de Supervisão Municipal de Zhuhai. Segundo o Caixi Global, a investigação que visa Jiang Yisheng prende-se com empréstimos imobiliários aprovados pelo ICBC de Macau, principalmente o projecto de luxo Windsor Arch, construído à frente do Jockey Club e no qual participaram vários empresários locais. Este foi um projecto desenvolvido por Ng Lag Seng, então presidente do Grupo Sun Kian Ip, e que também foi parte da investigação no âmbito do caso judicial que resultou no julgamento dos ex-directores das Obras Públicas, Jaime Carion e Li Canfeng. Também Ng Kei Nin, filho de Ng Lap Seng, um dos directores da empresa, foi implicado no caso. Ambos foram condenados em Macau ao cumprimento de penas de prisão. Malparado a crescer O Caixin Global indica que a investigação surge numa altura em que o ICBC Macau apresenta um aumento do crédito malparado, ou seja, dos empréstimos que foram aprovados a devedores que depois não têm capacidade para pagar as dívidas. O ICBC de Macau terá igualmente movido acções contra os bens de Ng Lap Seng e Ng Kei Nin devido a dinheiro emprestado ao grupo empresarial que não foi devolvido. Entre os bens que são alvo de arresto encontram-se cerca de 80 parques de estacionamento, 40 escritórios e depósitos bancários e acções na bolsa de valores avaliados em mais de 1,7 milhões de patacas. Jiang Yisheng, que foi presidente do ICBC de Macau entre 2018 e 2023, foi ainda visado por um processo disciplinar interno do banco, que começou no início de 2024, devido à aprovação de empréstimos, sem as garantias necessárias. Em 2019, durante a presidência de Jiang Yisheng o ICBC de Macau foi distinguido por Fernando Chui Sai On com a Medalha de Mérito Industrial e Comercial. Jiang Yisheng recebeu a distinção do então Chefe do Executivo. A par do Banco da China, Banco de Construção da China e do Banco Agrícola da China, o Banco Industrial e Comercial da China integra o grupo dos quatro grandes bancos do Interior, considerados como os principais do país. Além disso, o ICBC é um banco estatal.
Hoje Macau SociedadeDroga | Homem detido por consumir metanfetaminas Um homem com cerca de 30 anos foi detido pela Polícia Judiciária, e está indiciado pelos crimes de consumo ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas e posse indevida de utensílio ou equipamento. O caso foi divulgado ontem pela PJ e o detido é um trabalhador não-residente da Indonésia empregado numa empresa de limpezas. A situação foi descoberta depois de a PJ ter detido outro homem e uma mulher, no início do ano, que traficavam estupefacientes. A investigação mostrou que o detido mais recente era um dos clientes das outras duas pessoas. A detenção foi feita na passada terça-feira, na zona central da cidade. Na casa do indivíduo foi encontrado um saco com metanfetaminas, numa dose reduzida, e ainda instrumentos para fumar. O teste à urina também apresentou um resultado positivo. Às autoridades o homem confessou ter por hábito drogar-se. PJ | Croupier detida por ser cúmplice em burla Uma croupier foi detida por burlar o casino onde trabalha em conjunto com dois jogadores do Interior da China. O golpe causou perdas de 123 mil dólares de Hong Kong para o casino, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau, que citou a informação da Polícia Judiciária (PJ). O caso foi descoberto depois da croupier ter sido denunciada por alegadamente permitir que os dois jogadores fizessem apostas depois do resultado ser conhecido, jogadas que renderam 6 mil dólares de Hong Kong aos apostadores. A suspeita ajudou ainda um dos suspeitos a deixar uma aposta de 60 mil dólares de Hong Kong, em vez de recolher as fichas, originando um ganho de 120 mil dólares de Hong Kong na jogada seguinte. Os suspeitos foram detidos na quarta-feira e estavam em posse de 118 mil dólares de Hong Kong em fichas de jogo. Os suspeitos confessaram os factos, afirmando que o dinheiro das burlas ainda não tinha sido dividido. No entanto, a PJ acredita que havia, pelo menos, mais uma pessoa envolvida, que se encontra a monte. Jogo | Detidos depois de serem apanhados a trocar dinheiro Dois homens foram detidos depois de terem sido apanhados a fazer uma troca ilegal de dinheiro. O caso foi revelado ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e citado pelo jornal Ou Mun. Os homens do Interior da China foram apanhados a trocar dinheiro por um agente, numa operação de rotina. A troca envolveu uma quantia total de 213,9 mil dólares de Hong Kong e 400 patacas que se destinavam ao jogo, o que constitui um crime. Os dois suspeitos foram acusados pela prática de exploração de câmbio ilícito para jogo, que pode ser punido com pena até aos 5 anos de prisão. O caso foi encaminhado para o Ministério Público.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Citigroup avisa que aumento de receitas terá pouco impacto nos lucros O banco de investimento mostra grande confiança no mercado do jogo de Macau e afirma que merece maior reconhecimento dos investidores, dado que o “apetite” pelos casinos está longe de diminuir Apesar das receitas brutas do jogo apresentarem um crescimento de 8 por cento no segundo trimestre do ano, o banco de investimento Citigroup estima que a repercussão nos resultados das concessionárias vai ser moderada. A posição foi deixada no relatório do banco de investimento, citado pelo portal GGR Asia, que, apesar da conclusão mostra muita confiança no futuro do jogo. “As nossas estimativas apontam para que o crescimento de 8 por cento das receitas brutas do jogo no segundo trimestre se traduza no aumento de 3 por cento ao nível dos resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações [EBITDA, em inglês]”, consta no relatório assinado por George Choi e Timothy Chau. “Acreditamos que o menor crescimento do EBITDA do sector em relação ao GGR tem mais que ver com uma combinação ligeiramente desfavorável de receitas – uma vez que os concertos bem publicitados apelaram não só aos jogadores de massas premium, mas também directamente aos jogadores VIP”, foi acrescentado. O Citigroup explica também que a combinação ligeiramente desfavorável de receitas se prende com o facto de os jogadores VIP que jogaram em Macau apostarem menos dinheiro dentro do segmento de mercado com maior poderio financeiro. No segundo trimestre do ano, as receitas atingiram 61,115 mil milhões de patacas, mais 8 por cento face ao período homólogo, quando as receitas tinham sido de 56,427 mil milhões de patacas. Sinal de confiança Em relação aos grandes investimentos das concessionárias em concertos no Cotai, os analistas do Citigroup não consideram que estejam a desviar dinheiro dos ganhos. “Acreditamos que [o desfasamento entre receitas e ganhos] tem pouco a ver com as actividades promocionais entre as seis operadoras, que acreditamos permanecerem em grande parte estáveis”, escreveram. Além disso, o banco de investimento traça um cenário positivo da indústria: “É encorajador ver o mercado do jogo de Macau gerar um crescimento positivo tanto das receias brutas do jogo como potencialmente do EBITDA”, foi destacado. “O ‘apetite’ dos jogadores manteve-se forte apesar das tensões geopolíticas e das incertezas económicas e, na nossa opinião, o sector do jogo de Macau merece mais crédito dos investidores”, foi acrescentado. Os analistas destacaram ainda que o segundo trimestre do ano foi o que atingiu as maiores receitas, com uma média de 672 milhões de patacas por dia, desde o fim das políticas da covid-19, no início de 2023.
Hoje Macau SociedadeCultura | Arrancam em Setembro cursos de formação O Fundo de Desenvolvimento da Cultura (FDC) irá organizar, entre Setembro e Outubro deste ano, e em colaboração com a Universidade de Turismo de Macau (UTM), “cursos de formação em negócios nas áreas culturais e criativas”, sendo que as inscrições decorrem entre os dias 14 de Julho e 8 de Agosto. O objectivo destas formações é “ajudar empresas e associações locais dos sectores culturais e criativos a adquirirem conhecimentos sobre o funcionamento empresarial, melhorando assim gradualmente o grau de profissionalismo e as capacidades práticas nas indústrias culturais”. Estes cursos de formação foram criados em 2022, visando uma “articulação com as tendências de desenvolvimento dos sectores culturais e criativos”, existindo 30 vagas por curso, sendo que todos são financiados pelo FDC. Nos dias 15 e 16 de Setembro, decorre o curso “Aprender competências de gestão com mestres da teoria”, seguindo-se “Gestão das Indústrias Culturais e Criativas” entre os dias 22 e 29 de Setembro. O curso “Psicologia do Turismo e Estratégias de Gestão do Turismo Individual” decorre entre os dias 2 e 4 de Setembro. O último curso, “Expansão das Empresas de Macau nos Mercados Internacionais” acontece de 14 a 16 de Outubro.
João Santos Filipe Manchete SociedadePME | Apontada maior aposta no comércio online Face à quebra das vendas e ao mercado limitado da RAEM, a Associação de Transmissão ao Vivo de Macau defende que o comércio local deve apostar nas grandes plataformas online do Interior para expandir as receitas A Associação de Transmissão ao Vivo de Macau defende que as Pequenas e Médias Empresas (PME) têm de apostar mais no comércio online dos seus produtos, para fazerem face à crise económica. A posição da associação liderada por Chui Kei Pui surge num artigo publicado ontem no jornal Ou Mun. De acordo com os argumentos da associação, é um facto que a economia tanto em Macau como no Interior atravessa um período com uma forte pressão negativa. No entanto, no Interior, os números mostram que as vendas de retalho online continuam em expansão, com um aumento anual de 7 por cento. Face aos números a Associação de Transmissão ao Vivo de Macau tomou posição para defender que o caminho para comércio de Macau tem de passar pelas vendas online, principalmente para o Interior. A associação argumentou que actualmente as plataformas, tal como Taobao, Tmall, Douyin (Tik Tok chinês), JD, Xiaohongshu (Little Red Book), Wechat Shop, têm cerca de 600 milhões de consumidores e que esse é um mercado a ser explorado. Além disso, foi defendido que as PME têm de apostar mais nas plataformas online e nos portais, para contrariar a tendência actual. Na lógica da associação, as PME precisam de pensar mais no mercado do Interior, porque apesar de o território ser visitado por milhões de pessoas, o desenvolvimento do mercado do retalho “é limitado”, assim como a “capacidade” das lojas físicas, sendo imperativo procurar alternativas. Eles estão online A Associação de Transmissão ao Vivo de Macau defende ainda que as PME têm de pensar em promover-se melhor entre os consumidores das novas gerações, que fazem compras principalmente online. Segundo a visão da associação, estes consumidores não conhecem as marcas e os produtos que não estão nas grandes plataformas de comércio online e não ligam às reputações e grandes marcas tradicionais. Por isso, a associação argumentou que quase todas as grandes empresas no Interior não tiveram outra alternativa senão começar a comercializar os seus produtos online. Na tomada de posição, a Associação de Transmissão ao Vivo de Macau elogiou ainda o trabalho de algumas lojas locais, embora sem indicar nomes, que afirmou terem conseguido estabelecer-se no mercado do Interior com receitas anuais que ultrapassam 200 milhões de renminbis. Por isso, a associação considerou que o desenvolvimento de comércio electrónico não se limita a apoiar na transformação digital, reforçar a concorrência nos mercados interior e exterior, mas também permite as empresas explorarem novos mercados e criar espaço para o desenvolvimento profissional dos jovens.
João Luz Manchete SociedadePagamentos | 70 a 80% das transacções são electrónicas De todas as contas e compras pagas em restauração e comércio a retalho, entre 70 a 80 por cento são feitas através de aplicações de pagamento electrónico. Nos primeiros cinco meses de 2025, nos dois sectores de actividade, os pagamentos electrónicos totalizaram 31,75 mil milhões de patacas Ler um código QR para pagar uma conta tornou-se o novo normal, num mundo em que o telemóvel é omnipresente. A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) indicou que “o volume de transacções com pagamento electrónico tanto do ramo da restauração como do ramo do comércio a retalho representa cerca de 70 a 80 por cento das receitas de cada ramo”. A informação consta das “estatísticas do volume de transacções com pagamento electrónico – restauração e comércio a retalho referente a Maio de 2025”, divulgada ontem. No total, foram pagos, entre Janeiro e o fim de Maio, 31,75 mil milhões de patacas através de pagamentos electrónicos nos dois sectores em análise. Olhando apenas para Maio, os pagamentos totalizaram 5,25 mil milhões de patacas. As maiores variações verificaram-se no sector do comércio a retalho. Nos primeiros cinco meses do ano, o uso de meios electrónicos caiu 13,6 por cento, face ao mesmo período de 2024. A queda foi menos acentuada na variação homóloga, com uma descida de 3,1 por cento. Porém, os resultados de Maio mostram uma subida mensal de 14,1 por cento do uso de aplicações para pagar compras. As maiores subidas anuais verificaram-se em farmácias (+18,6 por cento) e produtos cosméticos e de higiene (19,4 por cento). A variação acumulada, que tem em conta o somatório dos primeiros cinco meses do ano, registou decréscimos em todos os tipos de negócios, excepto nos supermercados. Noodles e bitoques No ramo da restauração, o volume de contas pagas com aplicações móveis nos primeiros cinco meses do ano ascendeu a 5,69 mil milhões de patacas, mais 3,2 por cento no que no mesmo período do ano passado. Em termos mensais, nos restaurantes de Macau o volume de transacções pagas electronicamente ascendeu a 1,15 mil milhões de patacas, mais 9,5 por cento face a Abril, e mais 7,7 por cento em relação a Maio de 2024. A DSEC aponta que o volume de transacções dos proprietários de todos os sub-ramos da restauração subiu face a Maio de 2024, nomeadamente, nos restaurantes de comida rápida (fast food), nos restaurantes ocidentais e nos estabelecimentos de comidas e lojas de sopas de fitas e canjas, com acréscimos de 16,2, 13,2 e 9,8 por cento, respectivamente.
Hoje Macau SociedadeContrabando | Apreendido barco com 34 milhões em mercadoria As autoridades alfandegárias de Hong Kong interceptaram uma embarcação, que tinha Macau como destino, por suspeitas de contrabando. A bordo foi encontrado um grande lote de mercadorias com um valor total de mercado estimado em cerca de 34 milhões de dólares de Hong Kong. A operação, que ocorreu no passado dia 27 de Junho, resultou na apreensão de cerca de 570.000 produtos farmacêuticos suspeitos, 1.500 quilogramas (kg) de barbatanas de tubarão secas, 47 kg de tabaco shisha, 42 kg de ninhos de andorinha, 38 kg de charutos e 1.380 telemóveis. Segundo um comunicado divulgado na terça-feira pelas autoridades da região vizinha, nenhum suspeito foi detido durante a operação, mas uma investigação está em curso e “não está excluída a possibilidade de detenções”. Droga | Detido com metanfetaminas e ecstasy Um homem nacional do Vietname foi detido em Macau pela Polícia Judiciária com 2,92 gramas de metanfetaminas e cinco comprimidos de ecstasy, no valor de 10 mil patacas. O caso foi relatado ontem pelas autoridades e citado pelo jornal Ou Mun. A polícia acredita que o homem estava envolvido no tráfico de drogas há pelo menos duas semanas, apesar de viver há mais tempo e Macau. O detido tem 31 anos, é detentor do título de trabalhador não residente e trabalhava no território como assistente de cozinha. Além disso, foi detido um homem do Interior, com 32 anos, que é suspeita de ter comprado estupefacientes ao cidadão vietnamita. Ambos os casos foram encaminhados para o Ministério Público. O crime de tráfico ilícito de estupefacientes é punido com uma pena de prisão que pode ir dos cinco aos 16 anos. O consumo é um crime punido com pelo menos três meses de prisão e o máximo de um ano de prisão. Crime | Preso por ficar com dinheiro de jogadores Um funcionário com o cargo de relações públicas responsável por jogadores VIP num casino do Cotai foi detido, depois falsificar a assinatura de um jogador para obter um crédito de 100 mil dólares de Hong Kong. O caso foi revelado ontem pela Polícia Judiciária, e o trabalhador não-residente, natural da Malásia, acabou detido. Além de ter falsificado uma assinatura, o detido fez uma segunda vítima, quando apresentou a outro jogador um documento para assinar, o que lhe permitiu levantar 100 mil dólares de Hong Kong da conta desse jogador no casino. As autoridades foram chamadas a intervir pelo segundo jogador, que apresentou queixa depois de perceber que o seu dinheiro tinha sido movimentado, sem que ele tivesse dado autorização. O detido tem 37 anos e começou a trabalhar na equipa do casino que lida com jogadores VIP em Agosto do ano passado. O caso foi encaminhado para o Ministério Público e o homem está indiciado dos crimes de falsificação de documento e burla. Quando foi questionado pela PJ, o homem confessou a prática do crime e justificou-se com o vício do jogo.
João Luz Manchete SociedadeAreia Preta | Apartamentos prontos para usar O complexo de habitação para troca destinado a lesados do Pearl Horizon está prestes a receber os primeiros moradores. A Macau Renovação Urbana anunciou que os seis blocos de apartamentos já foram licenciados para o uso e que o próximo passo será entregar as fracções aos compradores Quase 10 anos depois, está à vista parte da solução para uma das mais intensas polémicas relacionadas com imobiliário em Macau, que envolveu processos em tribunal, manifestações e até candidaturas à Assembleia Legislativa. Os compradores lesados do complexo Pearl Horizon estão prestes a poder ocupar as fracções nos edifícios construídos no mesmo terreno, desta vez sob a égide da Macau Renovação Urbana (MRU). A empresa de capitais públicos anunciou que o projecto de habitação para troca no lote P dos novos aterros da Areia Preta, chamada Pearl Metropolitan, completou a fase de inspecções e de licenciamento para uso. Segundo a MRU, o próximo passo será avançar com os procedimentos de entrega das casas aos compradores. O “Pearl Metropolitan é composto por seis blocos de apartamentos com 50 andares, fornecendo 2.064 fracções autónomas. No final de Março, a MRU indicava que de um total de 1.923 requerentes qualificados a comprar apartamentos no complexo, 1.880 já tinham escolhido apartamentos. A empresa destaca a “localização geográfica superior” do complexo habitacional que, além de ficar junto ao rio, está perto do acesso à Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, a Ponte Macau, os postos fronteiriços de Qingmao e Portas do Cerco, assim como o Aeroporto de Macau e o Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior. Com tudo incluído Cada bloco de apartamentos está equipado com quatro elevadores. O parque de estacionamento tem 1.873 lugares para automóveis e 490 lugares para motociclos, equipados com pontos de recarga para veículos eléctricos. Além disso, o “Pearl Metropolitan” tem clubhouse, piscina, ginásio e parque ao ar livre, ao longo de uma área com mais de 16 mil metros quadrados. A zona de recreação tem também um parque infantil e percurso de corrida com cerca de 700 metros. Os apartamentos são daa tipologia T1, T2 e T3, com áreas entre 57 e 135 metros quadrados, todos têm varandas e possuem todos os equipamentos de cozinha e casa de banho. Recorde-se que no mesmo lote estão as Residências para Idosos do Governo, assim como a habitação temporária para moradores dos seis edifícios de habitação pública degradados do Iao Hon que serão alvo de renovação. O prédio reservado à habitação temporária, o Edifício Ut Koi, irá também albergar os médicos especialistas do Hospital das Ilhas que não tenham moradia no território. A construção do Pearl Metropolitan começou em 2021, e o complexo habitacional foi apresentado como uma resposta às necessidades dos compradores lesados depois de um processo litigioso em que o Governo levou a melhor nos tribunais ao promotor Polytec. A concessão do terreno foi declarada inválida em Janeiro de 2016, por ter sido ultrapassado o prazo para concluir a construção, pelo Chefe do Executivo Chui Sai On. No fim da batalha judicial, o Tribunal de Última Instância, na altura presidido por Sam Hou Fai, deu razão ao Governo.
Hoje Macau SociedadeZAPE | Defendido turismo nocturno A membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Central, Chan Hio Teng, defendeu que a ZAPE deve ser transformado numa atracção de turismo nocturno. A ideia foi apresentada no programa matinal Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau. A conselheira apontou que a zona pode aproveitar as suas vantagens como área costeira, imitando os modelos de Waitan ou Bund, em Xangai, algumas das zonas mais famosas da capital financeira chinesa. Para concretizar este modelo, Chan defende a organização de mais espectáculos de luzes, instalações artísticas e zona de restauração e bebidas ao ar livre. Por seu turno, o vice-presidente da Associação Industrial e Comercial da Zona Norte de Macau, Lei Chong In, considerou que a actividade “Flora Fête with Sanrio characters” na zona norte pode atrair mais turistas para os bairros residenciais. No entanto, Lei Chong In sugeriu que este tipo de projectos em que se utiliza direitos de autor ligados a desenhos animados ou brinquedos famosos devem ser realizados como forma de carnaval, com o lançamento de produtos exclusivos, comidas e jogos, que envolvam o comércio local e promovam um maior consumo.
Hoje Macau SociedadeRetalho | Negócios da Sasa sobem 7,7% devido ao aumento do turismo A empresa de comércio a retalho de cosméticos Sasa registou no segundo trimestre deste ano uma subida anual do volume de negócios das lojas em Macau e Hong Kong de 7,7 por cento, para um total de 687,4 milhões de dólares de Hong Kong. Numa nota enviada à bolsa de valores de Hong Kong, a empresa justifica os resultados com a “chegada de turistas ao mercado principal do Grupo, Hong Kong e Macau, que continuaram a recuperar, conduzindo a uma melhoria do volume de negócios offline”. As vendas de produtos em loja aumentaram 11,2 por cento nas regiões administrativas especiais no segundo trimestre do ano. No cômputo geral, os resultados do grupo de venda a retalho foram mais modestos, com uma subida anual do volume de negócios de 4,7 por cento, para um total de 959,8 milhões de dólares de Hong Kong. A actividade do grupo sofreu com a perda de vendas no Interior da China, onde as operações passaram para o online depois do encerramento de todas as lojas no país. A Sasa facturou menos de um sexto no Interior da China do que em Hong Kong e Macau, com as vendas online a caírem 19,2 por cento em termos anuais, para um total de 109,2 milhões de dólares de Hong Kong.
João Santos Filipe Manchete SociedadeImobiliário | Governo acusado de deixar sector “moribundo” O presidente da Associação dos Agentes Imobiliários de Macau lamenta que o Governo tenha ignorado a situação dos proprietários face à desvalorização dos imóveis e que tenha deixado o sector à beira da extinção. Franky Fong sugere a eliminação de taxas notariais e impostos sobre transacções imobiliárias O presidente da Associação dos Agentes Imobiliários do Sector Imobiliário de Macau (nome oficial), Franky Fong, não está satisfeito com a forma como o Governo tem lidado com a crise do sector. Em declarações ao jornal Ou Mun, o representante lamentou que, apesar dos “excelentes resultados” da indústria do jogo e do aumento do volume de turistas, “o Governo tem ignorado o sector imobiliário, que se encontra num estado moribundo, assim como os proprietários afectados pela desvalorização dos imóveis, que os tornou mais pobres”. Na óptica do dirigente e empresário do ramo, o Governo poderia tomar várias medidas para inverter a situação. Para começar, o Executivo de Sam Hou Fai poderia alterar a lei que regula a actividade de mediação imobiliária, actualizando ou eliminando penalizações excessivas e regulamentos onerosos. Franky Fong defende que a lei deve ter um mecanismo de penalização que aplique multas e outras penalizações conforme a gravidade das infracções, para que os agentes tenham mais oportunidades para corrigir falhas leves. Abrir caminho Outra via para estimular o sector imobiliário, pode passar pela redução de impostos, como o de selo sobre a transmissão de bens e contribuição predial, e o peso de despesas, como os encargos notariais, associadas à compra e venda de imóveis. Franky Fong não concorda que os encargos notariais sejam calculados segundo o valor da transacção do imóvel, em vez de terem uma taxa fixa, como se verifica em Hong Kong onde os custos notariais e de registo podem variar entre algumas centenas de dólares de Hong Kong, indicou. Em relação à política fiscal, o responsável defende que apenas as fracções habitadas ao abrigo de um contrato de arrendamento sejam sujeitas à cobrança de contribuição predial. Por outro lado, o dirigente associativo defende a facilitação dos empréstimos bancários para a compra de casa, nomeadamente através da redução do rácio de entrada, ou através de planos de crédito com juros bonificados. Actualmente, o rácio máximo de empréstimo hipotecário é 70 por cento e o valor da entrada de 30 por cento do preço da casa. Franky Fong salienta que tanto em Hong Kong, como no Interior da China, foram aplicadas medidas de flexibilidade que permitem a aquisição de habitação sem uma entrada de capital tão elevada. Para o dirigente associativo, o retorno da política de fixação de residência em Macau por investimento seria outra medida com capacidade para injectar uma nova energia e capital no mercado e na economia local.
João Luz Manchete SociedadeTuristas | Marca dos 20 milhões atingida um mês antes Mais de 20 milhões de turistas visitaram Macau desde o início do ano. A marca foi ultrapassada ontem de manhã, 26 dias mais cedo do que em 2024. Até agora, a média diária de entradas este ano tem sido de 106 mil visitantes. Mais de 90 por cento chegam do Interior da China e Hong Kong Em comparação com 2024, Macau atingiu este ano o marco de 20 milhões de turistas a entrar no território quase um mês mais cedo. Segundo dados divulgados ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), a fasquia dos 20 milhões de turistas que atravessaram a fronteira para Macau foi batida às 11h de ontem, 26 dias mais cedo do que no ano passado. Feitas as contas, este registo total dá uma média diária de 106 mil turistas. Se a média de turistas que visitam Macau diariamente for somado à população da cidade, os visitantes representam 13,35 por cento das pessoas no território. Os dados do CPSP mostram ainda que entre os turistas que visitaram Macau desde o início do ano, até ontem ao final da manhã, 90,7 por cento eram oriundos do Interior da China e Hong Kong. Sem surpresa, os visitantes vindos do Interior são a vasta maioria, 71,6 por cento, seguidos dos provenientes de Hong Kong (19,1 por cento), enquanto de Taiwan vieram 2,4 por cento dos visitantes. Os turistas internacionais representaram apenas 6,9 por cento de todas as entradas desde o início do ano. Em termos de pontos de entrada, o posto fronteiriço das Portas do Cerco continua a ser o mais movimentado, totalizando 41 por cento das entradas de turistas, seguido da fronteira da Ponto Hong Kong-Zhuhai-Macau com 24,1 por cento e Hengqin com 13,5 por cento. Entre os tempos Segundo os dados da Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), nos primeiros cinco meses deste ano 16,3 milhões de turistas vieram a Macau, o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano, só superado pelo registo entre Janeiro e Maio de 2019 – antes da pandemia de covid-19 -, período em que registou quase 17,2 milhões de visitantes. Conjugando os dados da DSEC e CPSP, conclui-se que durante o mês de Junho e a primeira semana de Julho, entraram mais cerca de 3,7 milhões de pessoas. O CPSP acrescentou ontem que espera que o número de turistas aumente durante as férias de Verão. Como tal, reforçou a cooperação com os departamentos de imigração e de inspecção fronteiriça do Interior da China e de Hong Kong para garantir travessias seguras, ordenadas e sem problemas.