Hoje Macau Manchete SociedadeSaúde | Autoridades atentas a febre chicungunha em Guangdong Os Serviços de Saúde anunciaram ontem que estão a acompanhar a situação dos vários casos de febre chicungunha na província de Guangdong, uma doença provocada por um vírus que também se transmite através de picadas de mosquito, e que tem manifestações clínicas semelhantes às da febre do dengue. De acordo os dados dos Serviços de Saúde do distrito de Shunde, na cidade de Foshan, foi detectado um surto local de febre chicungunha, associado a um caso importado. Até 15 de Julho, foram registados 478 casos confirmados no mesmo distrito, com particular incidência nas vilas de Lecong, de Beijiao e de Chencun. Apesar da confirmação de quase meio milhar de casos confirmados, as autoridades ressalvam que são todos ligeiros. A febre chicungunha é uma doença viral, transmitida por mosquitos do género Aedes. As manifestações clínicas, a forma de transmissão e os métodos de prevenção e controlo da doença são semelhantes às da febre de dengue. O período de incubação é geralmente de três a oito dias, podendo variar entre dois e doze dias. Os principais sintomas são febre, dores intensas nas articulações. Os outros sintomas comuns incluem dor muscular, dor de cabeça, náuseas, fadiga e erupção cutânea, os sintomas são ligeiros e duram alguns dias. São raros os casos graves e mortais.
Hoje Macau SociedadeDSSCU instaurou 441 processos na primeira metade do ano Entre Janeiro e Junho, foram instaurados 441 processos relativos a obras ilegais, de acordo com os dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana (DSSCU). Entre os 441 processos, 100 estão relacionados com demolições voluntárias pelos proprietários das obras e 38 com aplicação de multas por execução de obras ilegais no valor de cerca de 1,10 milhões patacas. “As multas respeitantes a cinco casos não foram pagas dentro do prazo fixado, pelo que a Administração procederá à respectiva cobrança coerciva”, foi revelado no comunicado de ontem. A mensagem da DSSCU serviu igualmente para deixar um apelo contra as construções ilegais: “A DSSCU salienta que dá prioridade aos casos de novas obras ilegais, de renovação de obras ilegais, de construções em estado de ruína e aos casos de obras ilegais situadas em edifícios cuja licença de utilização foi emitida após a entrada em vigor da nova lei”, foi escrito. “A DSSCU apela, pois, aos cidadãos para salvaguardarem em conjunto a segurança dos edifícios e criarem um ambiente com boas condições de habitabilidade e para não violarem a lei, foi acrescentado. Avisos à navegação Sobre os processos instaurados, a DSSCU também informou que “um certo número de espaços comerciais não procedeu à ‘comunicação prévia’ ou requereu a licença de obra para execução de obras de remodelação”. “No caso de as obras serem feitas sem ‘comunicação prévia’ ou o licenciamento de obras, além de ter de se pagar uma multa, as taxas devidas pela legalização das obras concluídas são elevadas ao triplo relativamente às taxas estabelecidas para os procedimentos administrativos normais”, foi explicado. “Assim, a DSSCU apela aos interessados que pretendam executar obras de remodelação dos espaços comerciais, que apresente o respectivo requerimento junto da DSSCU nos termos da lei, a fim de evitar que os lucros não compensem as perdas”, foi apelado.
João Santos Filipe Manchete SociedadeHabitação | Transacções com quebra anual de quase 50% No espaço de um ano, o território registou menos 194 transacções no sector da habitação, uma quebra anual de 47 por cento. Em termos mensais, o mercado apresentou sinais de estabilidade, com o número de transacções a subir ligeiramente No passado mês de Junho, o número de compra e venda de habitação foi de 219 negócios, o que significou uma redução de 47 por cento, em comparação com Junho do ano passado. No período homólogo tinha sido registado um total de 413 transacções de habitação. Os dados foram divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Finanças (DSF). A península foi o local do território com mais transacções, como normalmente acontece, com 158 compras e vendas de habitação. Apesar disso, em comparação com o período homólogo houve uma redução de 19 compras e vendas de casas e apartamentos. A grande diferença encontra-se na Taipa, onde no espaço de um ano se registaram menos 165 transacções. Em 2024, tinha havido 216 transacções, no que também representou um registo atípico. Todavia, em Junho deste ano, o número não foi além das 51 transacções. Em Coloane, a redução do número de transacções foi de 50 por cento, de 20 em Junho de 2024 para 10 em Junho deste ano. Em Junho, o mercado do imobiliário não encolheu apenas no número das transacções, o mesmo aconteceu com o valor do metro quadrado. Em geral, o valor do metro quadrado teve uma redução de 30,3 por cento. Os dados mais recentes mostram que o metro quadrado foi negociado por 69.707 patacas, quando no período homólogo era negociado por 99.489 patacas. Na península, o preço médio do metro quadrado foi de 69.707 patacas, uma redução anual de 18.358 patacas, na Taipa de 64.761 patacas, menos 47.064 patacas, e em Coloane de 90.069 patacas, uma diminuição de 11.386 patacas. Comparação mensal A nível mensal o mercado imobiliário apresentou sinais mistos. No número de transacções, registou-se um crescimento entre Maio e Junho, com mais 23 transacções, o que representou um aumento de 11,7 por cento. Os aumentos foram registados na península, onde houve mais oitos transacções, e na Taipa com mais 15 transacções. O mercado manteve-se estável em Coloane, com as mesmas 10 compras e vendas nos dois meses. Em relação ao preço do metro quadrado, no espaço de um mês verificou-se uma ligeira redução de 0,7 por cento, de 69.735 patacas para 69.254 patacas. Na península, os preços registaram uma subida mensal de 67.386 patacas para 69.707 patacas por metro quadrado. No entanto, tanto na Taipa como em Coloane, houve reduções no valor do metro quadrado. Na Taipa, a redução foi de 70.934 patacas para 64.761 patacas, enquanto em Coloane foi de 92.184 patacas para 90.069 patacas.
Nunu Wu Manchete SociedadeUNESCO | Urbanista critica decisão unilateral de construir viaduto O urbanista Lam Iek Chit criticou a forma como o Governo decidiu avançar com o viaduto para ligar a Zona A à Zona B dos novos aterros, sem ouvir especialistas e a população. O responsável entende que as preocupações da UNESCO podiam ter sido evitadas, assim como possíveis encargos com compensações se o projecto fosse cancelado A decisão de avançar com um concurso público para construir um viaduto entre as zonas A e B dos novos aterros, sem realizar uma consulta pública nem ouvir alertas para a possibilidade de obstrução ao corredor visual do Farol da Guia, motivou críticas do urbanista Lam Iek Chit. O também membro do Conselho do Património Cultural tem criticado frequentemente a polémica obra e aquilo que considera como “erros consecutivos” do projecto. As suas preocupações acabaram por ser reforçadas depois da divulgação do relatório do o Comité do Património Mundial da UNESCO, que pediu uma avaliação de impacto ambiental abrangente em relação à construção do viaduto, em especial uma parte que poderá violar as restrições de altura em torno do Farol da Guia. O conselheiro acredita que os alertas da UNESCO podiam ter sido evitados se as autoridades não tivessem ignorado a opinião pública e tomado decisões erradas. Além disso, o urbanista teme que a postura do Executivo resulte na obrigação de cancelar o projecto do viaduto, causando perdas desnecessárias para o erário público, nomeadamente devido a possíveis compensações aos adjudicatários do projecto. Sentido único Em declarações ao jornal All About Macau, Lam Iek Chit recordou que o Governo tem argumentado que o viaduto entre Zona A e Zona B não teria de obedecer às regras de protecção do corredor visual do Farol da Guia uma vez que não é edifício, e que a UNESCO pediu detalhes sobre o projecto “antes que fossem tomadas decisões irreversíveis”. O urbanista foi surpreendido pelas conclusões “fortes e directas” da UNESCO, que ultrapassaram as suas expectativas, e que, no seu entender, mostraram uma posição clara em relação ao viaduto no sentido de dar prioridade à protecção da paisagem, em detrimento da finalidade prática da obra. “O Governo não tem outras opções, só pode seguir os pedidos do Comité do Património Mundial da UNESCO,” acrescentou. Para evitar males maiores, Lam Iek Chit defende que o Governo tem de abandonar o projecto do viaduto, antes que as obras avancem. O urbanista lançou ainda críticas ao anterior Governo liderado por Ho Iat Seng por, a determinada altura, ter passado a ignorar a vontade da população, não lançando consultas públicas em relação a várias obras públicas, não só o viaduto entre as zonas A e B.
João Santos Filipe Manchete SociedadeFinanças | China emitiu 6 mil milhões em dívida através de Macau O Ministério das Finanças do Governo Central colocou 6 mil milhões de renminbis em dívida no mercado através de Macau, com a taxa de juro a variar entre 1,43 por cento e 1,72 por cento. A maturidade das obrigações varia de um ano até 10 anos O Ministério das Finanças do Governo Central emitiu dívida no valor de 6 mil milhões de renminbis através de Macau. Este era o valor disponível para colocar no mercado obrigacionista institucional, pelo que a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) considerou, através de um comunicado, que a emissão decorreu “com sucesso”. “O Ministério das Finanças da República Popular da China realizou, hoje [ontem], com sucesso, a emissão de obrigações nacionais em Renminbi (RMB) na Região Administrativa Especial de Macau”, foi comunicado. “Por sua vez, a Autoridade Monetária de Macau felicita o sucesso da presente emissão, manifestando o seu agradecimento pelo apoio contínuo do Ministério das Finanças ao desenvolvimento do mercado obrigacionista de Macau”, foi destacado. “A presente emissão foi bem acolhida pelo mercado, tendo registado uma subscrição excessiva”, foi acrescentado. A emissão foi destinada a investidores profissionais, o que significa que não estava disponível no mercado a retalho, acessível a qualquer consumidor. Entre os 6 mil milhões de renminbis, 3 mil milhões de dívida foi emitida com um prazo de dois anos e uma taxa de juro de 1,43 por cento. Houve ainda 2 mil milhões de dívida emitida com um prazo de cinco anos, com uma taxa de juro de 1,55 por cento. A restante dívida, foi colocada no mercado com um prazo de 10 anos e uma taxa de juro de 1,72 por cento. Diversificar a economia No comunicado de ontem, a AMCM considerou que a quarta emissão de dívida consecutiva “reflecte plenamente a importância e o apoio prestado pelo Governo Central para acelerar o desenvolvimento do mercado obrigacionista e de outras novas indústrias financeiras em Macau” e a importância de promover “a diversificação adequada da economia”. Com a emissão, o Ministério das Finanças já se endividou num total de 21 mil milhões de renminbis, através da RAEM: “Esta iniciativa aumentou o valor total de uma única emissão e introduziu pela primeira vez a categoria de obrigações de longo prazo. Até ao presente momento, o volume acumulado das obrigações emitidas pelo Ministério das Finanças em Macau atingiu 21 mil milhões de RMB”, foi indicado. “A emissão contínua de obrigações em RMB em Macau contribuiu para a optimização do mecanismo de emissão regular, a expansão da base de investidores e promoverá o desenvolvimento sustentável do mercado offshore de RMB e do mercado obrigacionista em Macau”, foi apontado.
Hoje Macau SociedadeCrime | Dona de restaurante detida por promover empregos falsos Uma residente com nacionalidade filipina dona de um restaurante japonês na zona de Horta e Costa foi detida por burlar 26 compatriotas, com a oferta de emprego. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, a suspeita burlou as vítimas num total de 500 mil patacas, com o pretexto de lhes arranjar uma autorização de trabalho em Macau, o conhecido blue card. No entanto, a investigação da Polícia Judiciária (PJ) apurou que o restaurante não tinha quotas para empregar mais trabalhadores não residentes, nem a suspeita apresentou qualquer pedido de novas autorizações. A PJ recebeu várias denúncias de burlas no mês passado. As vítimas conheceram a alegada burlona através das redes sociais e também através da apresentação por outros cidadãos das Filipinas. Por cada autorização de residência, as vítimas aceitaram pagar entre 14 mil a 22 mil patacas. Depois de receber o dinheiro, a suspeita passou um recibo e prometeu o blue card aos compatriotas a ser emitido no espaço de dois meses. No entanto, as vítimas começaram a desconfiar depois da suspeita ter adiado continuamente a entrega do bluecard e ter recusado devolver o dinheiro recebido. Após ser detida, a suspeita confessou a os crimes de burla e confessou que o dinheiro foi gasto com as despesas do restaurante.
Hoje Macau SociedadeSMG | Tufão leva autoridades a alertarem para calor intenso Os Serviços de Meteorológicos e Geofísicos (SMG) prevêem a formação de uma Tempestade Tropical que deverá entrar no Mar do Sul da China durante o fim-de-semana e que depois poderá afectar o território, embora a trajectória seja ainda incerta. “Prevê-se que uma perturbação tropical no Oceano Pacífico Noroeste se aproxime da ilha de Luzon, nas Filipinas, nos próximos dois ou três dias, e se transforme gradualmente numa tempestade tropical, entrando na parte norte do Mar do Sul da China durante o fim-de-semana”, foi comunicado, ontem, no portal destes serviços. Segundo os SMG, nesta fase existe a possibilidade de o tufão passar mais perto do sul da foz do Rio das Pérolas entre domingo e segunda-Feira, embora a trajectória ainda seja desconhecida. Ao mesmo tempo, existem previsões de calor intenso que se vai fazer sentir a partir de amanhã. “Devido à influência contínua de um anticiclone em alta altitude e à influência gradual da subsidência periférica de um potencial ciclone tropical, o vento de Macau será fraco, e prevê-se que nos próximos dias (16 a 19 de Julho) o tempo seja muito quente”, foi informado. “A temperatura máxima do ar poderá chegar ou ultrapassar os 35 graus Celsius. Aconselha-se à população que preste atenção a doenças provocadas pelo calor, evite permanecer ao ar livre por longos períodos e beba mais água”, foi alertado.
João Luz Manchete SociedadeCasinos | Transacções suspeitas caem 15 por cento Os dados mais recentes do Gabinete de Informação Financeira (GIF) mostram uma redução do número de transacções financeiras suspeitas comunicadas pelas operadoras de jogo e pelas instituições financeiras Entre Janeiro e Junho, o número de transacções financeiras suspeitas reportadas pelos casinos apresentou uma quebra de 15,0 por cento em comparação com o período homólogo. O número foi divulgado pelo Gabinete de Informação Financeira (GIF) dos Serviços de Polícia Unitários, na terça-feira. Os números mais actualizados mostram que na primeira metade deste ano as operadoras de jogo comunicaram a existência de 1.856 transacções suspeitas. No mesmo período do ano passado o número de transacções financeiras suspeitas tinha sido de 2.181. A redução pelas operadoras do jogo do número de transacções financeiras suspeitas comunicadas é apontada como a responsável pela tendência geral, em que se verificou uma redução de 12,6 por cento do número de transacções financeiras suspeitas reportadas no território. O número total de transacções financeiras suspeitas recebidas pelo o Gabinete de Informação Financeira dos Serviços de Polícia Unitários durante o primeiro semestre de 2025 foi de 2,515, o que significa uma diminuição de 12.6 por cento em relação ao mesmo período de 2024”, pode ler-se com a informação. “A mudança deveu-se principalmente à diminuição do número de transacções financeiras suspeitas reportadas pelo sector do jogo”, foi acrescentado. Ao mesmo tempo, a proporção de transacções financeiras suspeitas reportadas pelas operadoras desceu de 75,8 por cento do total das transacções para 73,8 por cento. “As transacções financeiras suspeitas recebidas do sector financeiro e do sector do jogo foram 19.9 por cento e 73.8 por cento do número total de transacções financeiras suspeitas recebidas, enquanto as recebidos de outras instituições constituíram 6.3 por cento”, foi revelado. Tendências opostas Em relação às instituições financeiras e companhias de seguros, também se verificou uma redução das transacções suspeitas comunicadas, de 556 na primeira metade de 2024 para 500. Esta diminuição representou uma diferença de 10,1 por cento. A única área onde o número de transacções suspeitas aumentou prende-se com as “outras instituições”, que não surgem discriminadas nos dados de terça-feira pelo Gabinete de Informação Financeira, mas que envolvem negócios como lojas de penhores, joalharias, imobiliárias ou casas de leilões. Nesta área, no espaço de um ano registaram-se mais 17 transacções, de 142 na primeira metade de 2025 para 159 para o período mais recente. A diferença de 17 transacções comunicadas implica um aumento de praticamente 12 por cento.
João Luz Manchete SociedadeDST | Prometida celeridade no licenciamento de hotéis de baixo custo A directora dos Serviços de Turismo garante que as autoridades continuam empenhadas em acelerar o processo de licenciamento de “pousadas de juventude” e “hotéis em cápsulas”. O objectivo é aumentar e diversificar o leque de escolhas de vários tipos de alojamento para investidores e consumidores O Governo quer alargar a variedade da oferta hoteleira de Macau, um objectivo que se mantém desde a legislação foi alterada para promover o alojamento de baixo custo, há sensivelmente quatro anos. A posição foi sublinhada pela directora dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes, numa resposta a uma interpelação do deputado Leong Hong Sai. Além de elencar a aprovação de legislação e regulamentos administrativos sobre o assunto, a responsável afirmou que a DST continua a “optimizar os procedimentos de licenciamento” para “acelerar ainda mais os trabalhos de apreciação e autorização das licenças”. A directora da DST dá o exemplo da “criação de um mecanismo de interconexão de dados com outros serviços públicos para obter informações no processo de licenciamento”, assim como a “integração de mais serviços de requerimento” numa plataforma electrónica para tratar a burocracia necessária. A ideia do Governo é facilitar a “instalação de estabelecimentos de alojamento vulgarmente designados por pousadas da juventude e hotéis em cápsulas, de modo a criar mais condições e espaços favoráveis para o sector, ajudar a diversificação de alojamento turístico e aumentar a leque de escolhas nos tipos de alojamento para os investidores e consumidores”. Qualidade e experiência Helena de Senna Fernandes indicou também que em todas as fases do processo de licenciamento de hotéis de baixo custo, a DST mantém “uma boa comunicação com o requerente e os serviços técnicos” responsáveis pelas vistorias e pareceres técnicos. O objectivo é informar com rigor os requerentes que querem abrir unidades hoteleiras de baixo custo, também através de reuniões de trabalho com os serviços envolvidos, e “elevar a eficiência do procedimento de licenciamento”. Além disso, a responsável salienta a clareza com que foram definidas as exigências e critérios relativos “às instalações e aos serviços dos estabelecimentos de alojamento de baixo custo para assegurar que os visitantes possam obter bons serviços e experiências de alojamento”.
Hoje Macau SociedadeNovos empréstimos para actividades imobiliárias afundam 80,2% Em Maio, os novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias afundaram 80,2 por cento para 573,6 milhões de patacas, em comparação com Maio de 2024. Os dados foram revelados ontem pela Autoridades Monetária de Macau, com “Estatísticas relativas aos empréstimos hipotecários – Maio de 2025”. Em Maio do ano passado, o valor dos novos empréstimos para actividades imobiliárias foi de 2.890 milhões de patacas. Quando a comparação é feita entre Maio e Abril deste ano, os novos empréstimos para actividades imobiliárias mostram uma redução 62,1 por cento. Em relação aos empréstimos para habitação, de acordo com os dados da AMCM, em Maio os novos empréstimos aprovados pelos bancos de Macau apresentaram um aumento de 7,2 por cento, face a Abril, para 946,5 milhões de patacas. No entanto, quando a comparação é feita com o período homólogo também houve uma redução, neste caso de 7,2 por cento, dado que nesse período os novos empréstimos hipotecários para habitação aprovados pelos bancos atingiram 1.020 milhões de patacas. Dívidas a subir Ao mesmo tempo, o rácio das dívidas não pagas dos novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias atingiu os 5,4 por cento, o que representou um aumento de 0,8 pontos percentuais face ao período homólogo. Os dados foram divulgados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Quando o rácio das dívidas não pagas dos novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias é comparado com Abril deste ano, o número apresentou uma redução de 0,1 pontos percentuais. Em relação aos novos empréstimos hipotecários para habitação, o rácio das dívidas não pagas foi de 3,6 por cento, o que constituiu um aumento de 0,1 pontos percentuais face ao período homólogo. Em comparação com Abril deste ano, o rácio das dívidas não pagas não apresentou alterações. No final de Maio, o saldo bruto dos empréstimos hipotecários para habitação atingiu 213,58 mil milhões de patacas, uma redução de 0,4 por cento face a Abril e 5,4 por cento face a Maio do ano passado. O saldo bruto dos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias fixou-se em 146,64 mil milhões de patacas, uma diminuição de 1,0 por cento face a Abril e de 5,9 por cento em comparação com Maio do ano passado.
Hoje Macau SociedadeCrime | Mulher detida por burla de 620 mil patacas Uma residente local, de 30 anos, foi detida depois de burlar uma mãe em 620 mil patacas, através de grupo de conversação online para representantes de uma escola e encarregados de educação. Segundo a conferência de imprensa da Polícia Judiciária (PJ), em Agosto do ano passado, a detida contactou a vítima privadamente, alegou ser agente da PJ e disse ter forma de arranjar bilhetes para concertos com preços mais baixos. Além da troca de mensagens sobre os bilhetes, a detida também enviou várias fotos fora do edifício da PJ para convencer a compradora. A transferência do dinheiro foi feita, mas como até Outubro os bilhetes nunca foram entregues, apesar dos múltiplos contactos, a vítima acabou por fazer queixa. Depois da investigação, foi verificada que a suspeita não era agente da PJ, nem tinha forma de comprar os bilhetes. Todo o dinheiro recebido com a burla foi gasto em despesas quotidianas e para pagar dívidas. O caso foi encaminhado ao Ministério Público pelas práticas de burla de valor consideravelmente elevado e de usurpação de funções.
Hoje Macau SociedadeDoca do Lam Mau | Embarcação afundou devido a problema mecânico Um barco atracado na Marina da Doca de Lam Mau começou a afundar e obrigou à intervenção da Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA). O acidente aconteceu pelas 9h30 de segunda-feira, e na origem do problema terá estado uma avaria mecânica. O acidente foi reconhecido pela DSAMA através de um comunicado, que informou não terem sido registados feridos. “Tendo em conta o derramamento de uma pequena quantidade de petróleo da embarcação de recreio em causa, a DSAMA activou o mecanismo de contingência, colocando imediatamente absorventes de combustíveis em volta da embarcação de recreio para prevenir a propagação de petróleo”, foi informado. “A DSAMA está a monitorizar a situação, exigindo à Marina da Doca de Lam Mau e ao proprietário da embarcação de recreio que procedam à remoção da embarcação e à recolha de resíduos oleosos o mais rápido possível”, foi acrescentado. Tendo em conta o possível destaque para o ambiente local e para a água devido ao derrame de álcool, os trabalhadores da DSAMA comunicaram o caso à Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA). Esta enviou pessoal para o local “pessoal de acordo com o mecanismo para fiscalizar o ambiente das áreas marítimas circundantes”, foi adiantado.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Joalharia e relógios fazem aumentar preços Entre Abril e Junho, o Índice de Preços Turísticos (IPT) cresceu 1,42 por cento face ao período homólogo, de acordo com os dados revelados ontem pela Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Este aumento foi explicado pela DSEC com a “preços da joalharia e do relógio, bem como do divertimento e lazer”, sectores onde os preços aumentaram 13,4 por cento e 12,0 por cento, respectivamente. No entanto, alguns dos sectores mais importantes do turismo viram os preços ficarem mais baratos, como aconteceu com o vestuário e a restauração, com reduções de 3,14 por cento e 2,8 por cento. No segundo trimestre, o IPT diminuiu 2,31 por cento, quando comparado com o período entre Janeiro e Março. Em termos trimestrais, o índice de preços da secção do alojamento desceu 13,29 por cento, devido ao decréscimo de preços dos quartos de hotel. O índice de preços da secção de divertimento e actividades culturais subiu 4,59 por cento. Já o preço dos bens diversos, onde se incluem as joalharias e relógios, registou um aumento de 3,83 por cento. Em relação aos primeiros seis meses do ano, o IPT subiu 1,29 por cento, em termos anuais. O índice de preços da secção dos bens diversos, cresceu 14,32 por cento, e o índice do divertimento e actividades culturais aumentou 10,00 por cento. Ao mesmo tempo, o índice de preços da secção do alojamento caiu 4,49 por cento e o dos medicamentos e bens de uso pessoal decresceu 3,00 por cento.
João Luz Manchete SociedadePIB | Associação prevê crescimento de 2,8% no primeiro semestre O Produto Interno Bruto (PIB) da RAEM poderá crescer 2,8 por cento, em termos anuais, no primeiro semestre de 2025 e cerca de 7 por cento na segunda metade do ano. Esta é a perspectiva da Associação Económica de Macau, que lançou ontem o Índice de Prosperidade Económica. A análise da associação presidida por Joey Lao destaca o papel fundamental da organização de concertos, que terá impulsionado a performance dos casinos. “Graças à forte organização de concertos, as receitas brutas do jogo continuaram a recuperar de forma constante, com as receitas médias diárias a situarem-se entre 684 milhões e 702 milhões de patacas em Maio e Junho”, contextualizam os analistas. As receitas apuradas superaram mesmo as expectativas do mercado, acompanhando também o aumento do volume de turistas que visitou Macau. No passado mês de Maio, uma média diária de cerca de 109 mil pessoas visitou o território, dos quais quase 40 mil ficaram hospedados em hotéis de Macau, elevando a taxa de ocupação dos quartos para 87,8 por cento. Porém, apesar de mencionar o aumento da massa monetária e a abundância de fundos, os analistas da associação destacam a contínua queda do índice de preços do mercado imobiliário para habitação, assim como o rácio empréstimos/depósitos do banco dos residentes locais que desceu ainda mais para 49,3 por cento, atingindo ambos um novo mínimo na última década. Este desequilíbrio é interpretado pelos analistas como um reflexo da dificuldade de transformar eficazmente os fundos em dinamismo económico real. Confiança e sentimento Apesar do poderia económico do Cotai, o organismo liderado por Joey Lao volta a realçar a situação externa complexa e imprevisível, e a fraca confiança dos consumidores e baixa procura, lançado incertezas em relação à saúde da economia da cidade. “A economia de Macau está numa fase crítica de transformação e desenvolvimento. É necessário um esforço conjunto do Governo e do mercado para optimizar o ambiente empresarial e promover o desenvolvimento diversificado das indústrias, a fim de melhorar a competitividade global e alcançar um desenvolvimento sustentável”, é referido no Índice de Prosperidade. A estabilidade da taxa de desemprego é também mencionada como uma prova da capacidade de resiliência da economia local.
João Santos Filipe Manchete SociedadeBombeiros | Redução no número de intervenções em incêndios Entre Janeiro e Junho, o número intervenções do Corpo de Bombeiros em incêndios teve uma redução de 49 ocorrências, ou 10,77 por cento, face ao período homólogo. Os números foram apresentados ontem pelo Corpo de Bombeiros através de uma conferência de imprensa. Nos primeiros seis meses do ano, o Corpo de Bombeiros foi chamado a intervir em 406 fogos, quando no mesmo período do ano passado tinham actuado em 455 ocasiões. Entre os 406 incêndios, os bombeiros tiveram de recorrer a mangueiras para extinguir as chamas em 85 ocasiões. Nos restantes 321 incêndios, as chamas foram extintas sem utilização de mangueira. A informação oficial mostra ainda que 78 dos 406 incêndios tiveram origem em comida queimada. “As principais causas dos incêndios deveram-se ao esquecimento de desligar os fogões, ao esquecimento de chamas não extintas, queixa de incensos e velas/papéis votivos, curtos-circuitos em instalações eléctricas e a falhas mecânicas/equipamentos”, pode ler-se no comunicado distribuído durante a conferência de imprensa. Menos saídas Em relação ao número de saídas de ambulâncias em serviço, nos primeiros meses do ano registaram-se 22.388 casos, que implicaram a deslocação de 23.983 veículos. Estes números significam uma redução de 3,53 por cento no número de casos com veículos de emergência, dado que no período homólogo tinham sido registados 23.207 casos, mais 819 do que no período mais recente. Quanto ao número de veículos chamados, houve uma redução de 4 por cento para 24.982 veículos, havendo menos 999 saídas. A redução do número intervenções de veículos de emergência foi explicada com um menor número de casos de indisposições leves, febres ou dificuldades respiratórias. Ainda assim, os principais casos de intervenção das ambulâncias prenderam-se com tonturas, dores abdominais, dificuldades respiratórias, vómitos, febres e ferimentos. Ao nível das operações de salvamento, verificou-se uma redução de 9,06 por cento para 833 casos, quando no período homólogo 916 casos justificaram intervenções. Uma tendência negativa foi igualmente registada nos serviços especiais, com uma redução de 23,96 por cento para 2.339 casos, quando antes o registo foi de 3.07 situações. A nível geral, contabilizaram-se assim um total de 25.966 eventos com intervenção do Corpo de Bombeiros, uma redução de 6,1 por cento ou de 1.688 ocasiões, face ao período homólogo, quando se verificaram 27.654 casos.
Hoje Macau SociedadeCalor | Alerta para o risco de hipertermia Com a emissão frequente de alertas para temperaturas altas, pelos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, os Serviços de Saúde avisaram a população para se acautelar face aos riscos de hipertermia. “Quando a temperatura do corpo sobe, o corpo irá naturalmente proceder ao ajustamento fisiológico para diminuir a temperatura corporal, nomeadamente, aumentar a transpiração e a frequência respiratória”, indicaram as autoridades. Quem acumular longos períodos de exposição ao sol, num ambiente húmido ou mal ventilado, deve ter em consideração que nem sempre o corpo consegue o ajuste fisiológico que permite controlar a temperatural corporal. Estas situações podem resultar numa série de consequências, sendo a mais grave a intermação que pode levar à morte. A intermação ocorre na sequência de uma exposição prolongada a um calor intenso, provocando alterações fisiológicas do organismo, afectando o sistema nervoso central e a perda das funções de ajuste da temperatura do corpo. A pessoa deixa de suar, a pele torna-se seca, quente e vermelha e o pulso fica rápido e fraco à medida que a respiração acelera, podendo resultar em perda de consciência se a temperatura corporal atingir os 41 graus. Sem socorro e medidas que arrefeçam o corpo, o doente pode sofrer lesões cerebrais irreversíveis ou mesmo morrer. A exposição a calor intenso pode resultar em síncope ou exaustão por calor, que provoca tonturas, pele húmida e fria e enfraquecimento do pulso, ou cãibras por calor, devido à grande quantidade de suor libertado, provocando desequilíbrio de electrólitos. Os efeitos tomam a forma de espasmos e convulsões musculares, sede extrema, cansaço, falta de força dos membros, náuseas, dor de cabeça, tonturas ou inconsciência temporária.
João Santos Filipe Manchete SociedadeReparação Predial | Distribuídos apoios de 8,3 milhões No segundo trimestre do ano, o Fundo de Reparação Predial distribuiu 8,3 milhões de patacas em apoios públicos, de acordo com os dados oficiais publicados ontem. Os 183 apoios distribuídos variaram entre os valores de 455 patacas e 1,3 milhões de patacas, e em alguns casos são atribuídos a título de empréstimos sem juros. Os edifícios Lei Hong e Lei Tou, no Complexo Habitacional Fa Seng, foram os que receberam o apoio mais elevado, de 1,3 milhões de patacas, com o objectivo de “suportar as despesas emergentes do pagamento de obras de conservação ou reparação, nas partes comuns do condomínio”. De acordo com a informação oficial, o apoio foi distribuído ao abrigo do Plano de Apoio Financeiro e de Crédito sem Juros para Reparação de Edifícios (Apoio Financeiro para Reparação). O segundo apoio mais elevado, teve como destinatário o Edifício Industrial Kek Seng, com um montante de 526 mil patacas. Também neste caso, o apoio foi distribuído devido ao Plano de Apoio Financeiro e de Crédito sem Juros para Reparação de Edifícios e serve para auxiliar na reparação de partes comuns. Além dos apoios para obras, o Fundo de Reparação Predial subsidiou o início das operações de administração de vários edifícios, devido ao Plano de Apoio Financeiro para a Administração de Edifícios. Neste capítulo, os apoios tendem a envolver montantes mais baixos, que vão de valores como 455 patacas, como aconteceu com o edifício M. Residences a 5 mil patacas, como se verificou com o complexo habitacional Kam Keng Fa Un, constituído pelos edifícios Kam Hoi e Ngan Hoi. Menos é mais Em comparação com o primeiro trimestre do ano, os números mais recentes mostram uma diminuição de 4,9 milhões nos apoios distribuídos. Entre Janeiro e Março deste ano, o Fundo de Reparação tinha distribuído entre subsídios e empréstimos sem juros 13,2 milhões de patacas, embora tenha havido um menor número de apoios, um total de 152, o que significa uma média mais elevada dos apoios e subsídios. Quando a comparação é feita com o segundo semestre do ano passado, os dados mais recentes também apresentam uma redução do montante dos apoios. Entre Abril e Junho de 2024, o Fundo de Reparação Predial entregou 9,2 milhões de patacas entre empréstimos sem juros e subsídios. Este valor significa uma queda de aproximadamente 900 mil patacas em comparação com os dados mais recentes. No segundo trimestre de 2024, o número de apoios aprovados foi de 223.
João Luz Manchete SociedadeJogos Nacionais | Espectadores chineses com visto alargado Os espectadores chineses que venham a Macau assistir a competições dos Jogos Nacionais vão beneficiar de uma extensão do visto para permanecer na RAEM. A novidade foi revelada no domingo pelo coordenador do gabinete preparatório para a organização dos jogos, Pun Weng Kun, que confirmou negociações com as autoridades de Guangdong no sentido de alargar os vistos para cidadãos chineses que tenham bilhetes para competições em Macau. Pun Weng Kun indicou que a extensão poderá incluir o dia antes e depois da competição. Para beneficiar da medida, os visitantes precisam apenas de mostrar os ingressos para provas em Macau nos departamentos que tratam dos vistos. No sentido de tornar mais conveniente as travessias fronteiriças, segundo Pun Weng Kun, as autoridades de Guangdong pretendem tornar o processo de inspecção alfandegária mais fácil, nomeadamente através do uso de tecnologia de reconhecimento facial. O coordenador do organismo encarregue da preparação logística para a competição espera que as novas medidas permitam aos espectadores ficar mais tempo em Macau, possibilitando ver um espectáculo e apreciar a gastronomia e a cidade. A bom ritmo A menos de quatro meses da cerimónia de abertura dos Jogos Nacionais, marcada para 9 de Novembro, é esperado que as três regiões envolvidas (Guangdong, Macau e Hong Kong) coloquem bilhetes à venda no próximo mês de Agosto. Além da venda online, serão colocados à venda bilhetes em locais específicos para facilitar a compra de ingressos por residentes de Macau. Para já, Pun Weng Kun afirma que o processo de testes e preparação para o início do evento desportivo está a decorrer com suavidade, com as instruções das autoridades nacionais. Aliás, apesar de existirem situações a corrigir, o feedback das autoridades chinesas sobre os testes feitos em Macau foi elogioso. Porém, além da boa organização das competições, Pun Weng Kun afirmou que o objectivo é proporcionar aos espectadores uma boa experiência em Macau. Uma das apostas passa pela colaboração com associações locais para angariar voluntários que estarão espalhados pela cidade como “embaixadores da boa vontade”, para ajudar as equipas desportivas e fãs do desporto no que for preciso. Macau irá acolher competições de cinco modalidades: Ténis de mesa (todos os grupos), basquetebol de três (todos os grupos), basquetebol de cinco (masculino sub-18), voleibol (feminino adultos) e karaté́ (todos os grupos). Além disso, a prova individual masculina de ciclismo irá atravessar as três regiões.
Hoje Macau Manchete SociedadeUNESCO | Governo garante que vai responder a preocupações Macau vai dar “seguimento às resoluções relevantes” da UNESCO. Em questão está a exigência de avaliação de impacto ambiental à construção do viaduto entre as zonas A e B dos Novos Aterros e informações sobre a Linha Leste do Metro Ligeiro. Especialistas salientam que o reconhecimento da UNESCO impulsionou o turismo cultural no território Amanhã, celebram-se os 20 anos da entrada do centro histórico de Macau na lista do património mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO na sigla em inglês). Decorre até à próxima quinta-feira, em Paris, a 47.ª convenção do Comité do Património Mundial, onde a RAEM está representada pelo Instituto Cultural. No final da semana passada, durante a convenção da UNESCO, o comité emitiu uma resolução de acompanhamento ao estado da conservação patrimonial de Macau. Além de alguns elogios, a instituição internacional pede a avaliação de impacto ambiental abrangente em relação à construção do viaduto que irá ligar as zonas A e B dos Novos Aterros, em especial uma parte que poderá violar as restrições de altura em torno do Farol da Guia. A questão dos prédios por acabar na Calçada da Guia e a construção da Linha Leste do Metro Ligeiros foram também temas sobre os quais o Comité do Património Mundial pediu informações adicionais, apontando como prazo de entrega de toda a documentação o dia 1 de Dezembro de 2026, noticiou o Jornal Tribuna de Macau (JTM). Num comunicado divulgado na noite de sexta-feira, o Instituto Cultural indica que “dará seguimento às resoluções relevantes e submeterá ao Comité do Património Mundial da UNESCO os documentos relativos ao acompanhamento dos projectos relevantes para análise, de acordo com o mecanismo geral de comunicação existente no passado”. A entrega da documentação será feita através da Administração Estatal do Património Cultural da China. Sem dar cavaco O JTM indicou também que o comité da UNESCO realça os compromissos e esforços assumidos no Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico, com vista a implementar os pedidos anteriores da organização internacional. Porém, lamenta não ter sido ouvido, como fora solicitado, antes de ter entrado em vigor, no início de Junho do ano passado. No comunicado na sexta-feira, o IC não menciona o reparo do comité da UNESCO, mas que este congratulou as autoridades da RAEM pela entrada em vigor formal e a implementação do plano de salvaguarda e gestão e pelo trabalho de conservação, monitorização, interpretação e exposição do património de Macau. História e jogo Especialistas consideram que a classificação do centro histórico de Macau pela UNESCO impulsionou o turismo cultural no território, apoiando a diversificação de uma economia tradicionalmente dependente dos casinos, mas alertam para desafios na promoção do património. O templo de Na Tcha e as Ruínas de São Paulo encontram-se lado a lado no centro histórico de Macau. Logo pela manhã, famílias posam para a câmara, na parte inferior da emblemática escadaria de pedra das ruínas. “Gosto da calçada [portuguesa], é especial”, diz à Lusa Alina Wang, turista de Xangai. O filho, de oito anos, York Xiong, complementa: “Os edifícios são bonitos”. Nem todos na família, porém, conhecem a história por detrás do ‘ex-líbris’ de Macau, reduzido à fachada após incêndios. O patriarca, Li Zijian, ia jurar que tinha sido destruído durante a II Guerra Mundial. Ao lado, outra família, esta de Xi’an, associa a imagem das ruínas a um bombardeamento japonês na Grande Guerra. Há 20 anos, no dia 15 de Julho de 2005, o centro histórico de Macau, um conjunto de 22 monumentos que combina arquitectura portuguesa e chinesa, entrou para a lista do património mundial da UNESCO. Esse marco para o património da cidade, refere à Lusa a Direcção dos Serviços de Turismo (DST), trouxe mais turistas a Macau, alterando o perfil do visitante, que deixou de cruzar a fronteira apenas para jogar. “Isto mudou a imagem de Macau de uma ‘cidade do jogo’ para um destino cultural, diferenciando-o na região Ásia-Pacífico”, sublinhou a DST. Um estudo aos visitantes conduzido pela DST este ano revela que 53,3 por cento dos turistas chegam ao território para visitar o património, ultrapassando aqueles que querem fazer compras (33,7 por cento) e os que estão mais interessados na gastronomia (18,5 por cento). Para Lei Ip Fei, historiador e ex-membro do conselho do Património Cultural de Macau, o estatuto UNESCO elevou o perfil global de Macau. “O jogo impulsionou a economia a curto prazo, a cultura deve impulsionar o crescimento a longo prazo”, disse à Lusa. Parque de diversões Mas se, por um lado, a inscrição do património veio ajudar a diversificar o perfil do turista, há que pensar naqueles que vivem na cidade diariamente, notou Ka Nok Lo, vice-presidente da Associação dos Embaixadores do Património de Macau. Em entrevista à Lusa, o responsável alertou para a necessidade de não transformar Macau “numa Disneylândia”, defendendo o equilíbrio entre turismo e as necessidades dos residentes. “Os museus devem servir a comunidade, assim como as bibliotecas, as livrarias, e não apenas os turistas”, considerou. Ka sublinhou, por outro lado, que ainda falta entregar aos visitantes a narrativa que une os vários locais distinguidos pela UNESCO. “Não há uma história que ligue estes monumentos”, disse. O Governo de Macau tem como um dos principais objectivos procurar a diversificação económica, com a finalidade de reduzir a sua dependência em relação à indústria do jogo através do desenvolvimento de novos sectores. Mas o apelo dos casinos é incontornável, como as famílias de Xangai e Xi’an deixaram em evidência. No dia seguinte ao passeio pela zona histórica de Macau, a visita à região iria continuar nas estâncias modernas do jogo concentradas no Cotai, realçando o duplo papel de Macau como destino de jogo e património cultural. Lusa / JL
Hoje Macau SociedadeWeChat | Burlão desfalca mulher em grupo de pais Na passada quinta-feira, a Polícia Judiciária recebeu uma denúncia de burla num grupo de WeChat que uma escola de Macau criou para manter pais e encarregados de educação em contacto com os professores. Um burlão, que se faz passar por um agente policial, desfalcou uma mulher num total de 480 mil renminbis. Na sequência deste caso, a Associação de Educação de Macau pediu às pessoas que gerem os grupos de conversação entre pais e docentes que denunciem situações anormais para manter a ordem e proteger os direitos de pais e estudantes. O vice-presidente da associação, Vong Kuoc Ieng, apontou ao jornal Ou Mun que os grupos de WeChat entre escolas e pais são cada vez mais comuns, principalmente para fazer notificações importantes das actividade das turmas. Porém, acrescentou que frequentemente nestes grupos os pais tentam vender produtos ou bilhetes para concertos, e pedir dinheiro emprestado.
Hoje Macau SociedadeAir Macau | Avião regressa à pista após levantar voo Um avião da Air Macau com destino a Tóquio regressou na quinta-feira ao território pouco depois de levantar voo, informou a Teledifusão de Macau, dando conta de versões diferentes apresentadas pela companhia aérea e a empresa gestora do aeroporto. “O voo NX862 de Macau para Tóquio foi atingido por um raio durante um voo”, disse, em resposta à Teledifusão de Macau (TDM), a Air Macau, notando que, para garantir a segurança da ligação aérea foi ordenado ao avião que “retornasse para inspecção de acordo com os procedimentos”. A justificação não coincide com a dada pela empresa gestora do aeroporto à emissora, que disse que se tratou de um “problema no motor” do aparelho que se dirigia ao aeroporto de Narita, em Tóquio, e que descolou às 09:40. Também nas redes sociais, esta foi a versão apresentada no primeiro relato sobre o sucedido. No grupo Macau Buses and Public Transport Enthusiastic (Entusiastas de Autocarros e Transportes Públicos de Macau) explica-se que, pouco depois de o avião da Air Macau levantar voo, quando se encontrava perto de Taichung, no centro de Taiwan, o aparelho teve de regressar a Macau, aterrando em segurança.
João Santos Filipe Manchete SociedadeICBC | Banqueiro desaparecido com vínculos a Ng Lap Seng Jiang Yisheng foi presidente da representação de Macau do Banco Industrial e Comercial da China entre 2018 e 2023, altura em que a instituição foi distinguida com a Medalha de Mérito Industrial e Comercial. O banqueiro está a ser investigado por relações com o projecto de imobiliário Windsor Arch O ex-presidente da representação de Macau do Banco Industrial e Comercial da China (ICBC, em inglês), Jiang Yisheng, está a ser investigado pelas autoridades do Interior, encontrando-se em paradeiro incerto, devido a factos praticados em Macau e às ligações com o empresário Ng Lap Seng. A notícia foi adiantada na sexta-feira pelo jornal Caixin Global, uma publicação do Interior. Horas depois da informação, que inicialmente indicava que Jiang estava incontactável e desaparecido, a Comissão Central de Inspecção Disciplinar confirmou que Jiang Yisheng está ser investigado por “violação grave da disciplina e da lei”, um termo normalmente utilizado em investigações relacionadas com corrupção. Além da Comissão Central de Inspecção Disciplinar, a investigação envolve igualmente a Comissão de Supervisão Municipal de Zhuhai. Segundo o Caixi Global, a investigação que visa Jiang Yisheng prende-se com empréstimos imobiliários aprovados pelo ICBC de Macau, principalmente o projecto de luxo Windsor Arch, construído à frente do Jockey Club e no qual participaram vários empresários locais. Este foi um projecto desenvolvido por Ng Lag Seng, então presidente do Grupo Sun Kian Ip, e que também foi parte da investigação no âmbito do caso judicial que resultou no julgamento dos ex-directores das Obras Públicas, Jaime Carion e Li Canfeng. Também Ng Kei Nin, filho de Ng Lap Seng, um dos directores da empresa, foi implicado no caso. Ambos foram condenados em Macau ao cumprimento de penas de prisão. Malparado a crescer O Caixin Global indica que a investigação surge numa altura em que o ICBC Macau apresenta um aumento do crédito malparado, ou seja, dos empréstimos que foram aprovados a devedores que depois não têm capacidade para pagar as dívidas. O ICBC de Macau terá igualmente movido acções contra os bens de Ng Lap Seng e Ng Kei Nin devido a dinheiro emprestado ao grupo empresarial que não foi devolvido. Entre os bens que são alvo de arresto encontram-se cerca de 80 parques de estacionamento, 40 escritórios e depósitos bancários e acções na bolsa de valores avaliados em mais de 1,7 milhões de patacas. Jiang Yisheng, que foi presidente do ICBC de Macau entre 2018 e 2023, foi ainda visado por um processo disciplinar interno do banco, que começou no início de 2024, devido à aprovação de empréstimos, sem as garantias necessárias. Em 2019, durante a presidência de Jiang Yisheng o ICBC de Macau foi distinguido por Fernando Chui Sai On com a Medalha de Mérito Industrial e Comercial. Jiang Yisheng recebeu a distinção do então Chefe do Executivo. A par do Banco da China, Banco de Construção da China e do Banco Agrícola da China, o Banco Industrial e Comercial da China integra o grupo dos quatro grandes bancos do Interior, considerados como os principais do país. Além disso, o ICBC é um banco estatal.
Hoje Macau SociedadeDroga | Homem detido por consumir metanfetaminas Um homem com cerca de 30 anos foi detido pela Polícia Judiciária, e está indiciado pelos crimes de consumo ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas e posse indevida de utensílio ou equipamento. O caso foi divulgado ontem pela PJ e o detido é um trabalhador não-residente da Indonésia empregado numa empresa de limpezas. A situação foi descoberta depois de a PJ ter detido outro homem e uma mulher, no início do ano, que traficavam estupefacientes. A investigação mostrou que o detido mais recente era um dos clientes das outras duas pessoas. A detenção foi feita na passada terça-feira, na zona central da cidade. Na casa do indivíduo foi encontrado um saco com metanfetaminas, numa dose reduzida, e ainda instrumentos para fumar. O teste à urina também apresentou um resultado positivo. Às autoridades o homem confessou ter por hábito drogar-se. PJ | Croupier detida por ser cúmplice em burla Uma croupier foi detida por burlar o casino onde trabalha em conjunto com dois jogadores do Interior da China. O golpe causou perdas de 123 mil dólares de Hong Kong para o casino, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau, que citou a informação da Polícia Judiciária (PJ). O caso foi descoberto depois da croupier ter sido denunciada por alegadamente permitir que os dois jogadores fizessem apostas depois do resultado ser conhecido, jogadas que renderam 6 mil dólares de Hong Kong aos apostadores. A suspeita ajudou ainda um dos suspeitos a deixar uma aposta de 60 mil dólares de Hong Kong, em vez de recolher as fichas, originando um ganho de 120 mil dólares de Hong Kong na jogada seguinte. Os suspeitos foram detidos na quarta-feira e estavam em posse de 118 mil dólares de Hong Kong em fichas de jogo. Os suspeitos confessaram os factos, afirmando que o dinheiro das burlas ainda não tinha sido dividido. No entanto, a PJ acredita que havia, pelo menos, mais uma pessoa envolvida, que se encontra a monte. Jogo | Detidos depois de serem apanhados a trocar dinheiro Dois homens foram detidos depois de terem sido apanhados a fazer uma troca ilegal de dinheiro. O caso foi revelado ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e citado pelo jornal Ou Mun. Os homens do Interior da China foram apanhados a trocar dinheiro por um agente, numa operação de rotina. A troca envolveu uma quantia total de 213,9 mil dólares de Hong Kong e 400 patacas que se destinavam ao jogo, o que constitui um crime. Os dois suspeitos foram acusados pela prática de exploração de câmbio ilícito para jogo, que pode ser punido com pena até aos 5 anos de prisão. O caso foi encaminhado para o Ministério Público.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Citigroup avisa que aumento de receitas terá pouco impacto nos lucros O banco de investimento mostra grande confiança no mercado do jogo de Macau e afirma que merece maior reconhecimento dos investidores, dado que o “apetite” pelos casinos está longe de diminuir Apesar das receitas brutas do jogo apresentarem um crescimento de 8 por cento no segundo trimestre do ano, o banco de investimento Citigroup estima que a repercussão nos resultados das concessionárias vai ser moderada. A posição foi deixada no relatório do banco de investimento, citado pelo portal GGR Asia, que, apesar da conclusão mostra muita confiança no futuro do jogo. “As nossas estimativas apontam para que o crescimento de 8 por cento das receitas brutas do jogo no segundo trimestre se traduza no aumento de 3 por cento ao nível dos resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações [EBITDA, em inglês]”, consta no relatório assinado por George Choi e Timothy Chau. “Acreditamos que o menor crescimento do EBITDA do sector em relação ao GGR tem mais que ver com uma combinação ligeiramente desfavorável de receitas – uma vez que os concertos bem publicitados apelaram não só aos jogadores de massas premium, mas também directamente aos jogadores VIP”, foi acrescentado. O Citigroup explica também que a combinação ligeiramente desfavorável de receitas se prende com o facto de os jogadores VIP que jogaram em Macau apostarem menos dinheiro dentro do segmento de mercado com maior poderio financeiro. No segundo trimestre do ano, as receitas atingiram 61,115 mil milhões de patacas, mais 8 por cento face ao período homólogo, quando as receitas tinham sido de 56,427 mil milhões de patacas. Sinal de confiança Em relação aos grandes investimentos das concessionárias em concertos no Cotai, os analistas do Citigroup não consideram que estejam a desviar dinheiro dos ganhos. “Acreditamos que [o desfasamento entre receitas e ganhos] tem pouco a ver com as actividades promocionais entre as seis operadoras, que acreditamos permanecerem em grande parte estáveis”, escreveram. Além disso, o banco de investimento traça um cenário positivo da indústria: “É encorajador ver o mercado do jogo de Macau gerar um crescimento positivo tanto das receias brutas do jogo como potencialmente do EBITDA”, foi destacado. “O ‘apetite’ dos jogadores manteve-se forte apesar das tensões geopolíticas e das incertezas económicas e, na nossa opinião, o sector do jogo de Macau merece mais crédito dos investidores”, foi acrescentado. Os analistas destacaram ainda que o segundo trimestre do ano foi o que atingiu as maiores receitas, com uma média de 672 milhões de patacas por dia, desde o fim das políticas da covid-19, no início de 2023.