Hengqin | Campanha de cupões exclui residentes de Macau

A Direcção do Desenvolvimento Económico da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin lançou na segunda-feira uma campanha para incentivar o consumo na Ilha da Montanha que não beneficia os residentes da RAEM. A campanha de cupões de desconto, que se estende até 15 de Fevereiro, foi lançada nas plataformas Alipay e Fliggy.

Apesar de os residentes da RAEM não poderem aceder à medida, as autoridades de Hengqin garantem que a próxima fase da campanha de cupões vai cobrir mais consumidores, incluindo os residentes da RAEM e turistas estrangeiros.

A campanha tem um orçamento de 40 milhões de renminbis e as autoridades da zona de cooperação aprofundada esperam que ajude a impulsionar a integração do consumo de Hengqin e Macau e a injectar uma nova vitalidade no desenvolvimento integrado da Grande Baía.

20 Nov 2025

LAG | Académicos refutam críticas e elogiam o Governo

No programa de ontem do Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau, uma ouvinte criticou o relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG) para 2026 devido ao excessivo foco nos apoios sociais a crianças e idosos, esquecendo as faixas etárias que sustentam a economia e sociedade de Macau, ou seja, os residentes com idades compreendidas entre 18 e 60 anos.

Os convidados do programa, o presidente do Instituto de Gestão de Macau, Samuel Tong e o académico da Universidade de Macau Chan Kin Sun defenderam as políticas apresentadas na terça-feira pelo Chefe do Executivo e responderam à ouvinte.

Samuel Tong começou por defender que as LAG vão além dos apoios aos grupos mencionados, respondendo a desafios económicos e que o Governo não pode ser solução para tudo, cabendo também ao tecido empresarial local e aos residentes um papel importante para o desenvolvimento económico. O académico sublinhou que as LAG voltam a reforçar a prioridade da promoção do emprego entre os residentes, em particular aos jovens, e asseguram a manutenção dos apoios às pequenas e médias empresas.

Por seu turno, Chan Kin Sun, que coordena o programa mestrado em Administração Pública da Universidade de Macau, afirmou que os residentes que têm capacidade para trabalhar não precisam de apoios sociais, mas de oportunidades de trabalho, que as LAG privilegiam.

20 Nov 2025

Espectáculos | Pedidas medidas para combater especulação

O deputado ligado à ATFPM, Che Sai Wang, afirma que é cada vez mais difícil comprar bilhetes para espectáculos em Macau, denuncia que as burlas estão a crescer, e apela ao Governo para obrigar as plataformas de venda a serem mais transparentes

Che Sai Wang pretende saber se as autoridades vão aproveitar os Jogos Nacionais e implementar medidas para controlar a especulação dos bilhetes para espectáculos e grandes eventos. O assunto foi abordado pelo deputado ligado à Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), através de uma interpelação escrita.

Na perspectiva do legislador, “nos últimos anos, Macau tem cultivado activamente o seu estatuto de ‘Cidade das Artes’ e ‘Cidade do Desporto’”. Como parte desta estratégia, Che indica que os “concertos e eventos desportivos com nível internacional a ganharam cada vez mais espaço na região”, pelo que há uma cada vez maior “expectativa do público”. “Os cidadãos esperam que o apoio político eleve o nível dos eventos em Macau”, apontou.

No entanto, com este “desenvolvimento” surgiu “um flagelo crescente de revenda e fraude de bilhetes”: “Os bilhetes oficiais esgotam instantaneamente, e os canais do mercado secundário cobram preços exorbitantes, ao mesmo tempo que proliferam os bilhetes falsificados ou fraudulentos”, explicou Che. “A frustração e a desconfiança dos residentes por não conseguirem garantir bilhetes na sua própria cidade têm vindo a intensificar-se”, acrescentou.

Che Sai Wang indica ainda que as notícias na comunicação social, assim como os relatos policiais, mostram que há cada vez mais crimes online que “envolvem transacções fraudulentas, não entrega dos bilhetes após as compras e falsificação de códigos QR de entrada”, o que prejudica “gravemente a imagem de Macau”.

Novos desafios

Ao mesmo tempo, o deputado explica que com a digitalização da venda de bilhetes, através da Internet, surgiram novos desafios, que a legislação nem sempre acompanha como “aquisição de bilhetes por bots online”, “maior responsabilização das plataformas de venda” ou a existência de “canais não oficiais de venda”.

Che pede assim uma nova lei para regular directamente a venda de bilhetes online e para impor exigências legais para as plataformas de venda, que incluam limites máximos sobre o preço de revenda, mas que também levem à aplicação de pesadas multas, nos casos em que se permite que bots ou utilizadores acumulem grandes quantidades de bilhetes, apenas para revenda.

De acordo com a legislação em vigor, os bilhetes para os espectáculos não podem ser vendidos a um preço superior ao que consta no ingresso. Os infractores estão apenas sujeitos a multas.

No entanto, como o problema começa muitas vezes nas plataformas de venda, Che exige também maior “transparência da informação”, com os vendedores a serem obrigados a revelar “a proporção de bilhetes atribuídos a cada canal de venda” e as “regras de reembolso”.

20 Nov 2025

Função Pública | Descartados despedimentos e cortes salariais

O Chefe do Executivo assegurou ontem que a reforma administrativa não vai implicar cortes salariais para os funcionários púbicos, despedimentos nem despromoções. A garantia foi deixada em resposta a uma pergunta do deputado Ma Chi Seng, sobre as esperadas alterações ao funcionamento da Administração Pública.

Sam Hou Fai defendeu a necessidade de implementar serviços mais eficazes e que deixem os residentes orgulhosos. O Chefe do Executivo afirmou ainda que a meta passa por reformar a Administração Pública até 2029, embora reconheça que não vai ser um trabalho fácil. Ainda assim, Sam Hou Fai pediu o apoio de toda a população para se trabalhar em conjunto.

PLP | Reuniões para reforçar cooperação

O Chefe do Executivo promete que ao longo do ano vai haver uma maior aposta nas reuniões com os países de língua portuguesa (PLP) e de língua espanhola, para promover o investimento em Macau e Henqing. A estratégia para o próximo ano foi adiantada, após uma questão do deputado Ip Sio Kai, que pretendia saber o que Macau pod fazer como plataforma para promover uma maior utilização do renminbi nos países de língua portuguesa e espanhola.

“Faseadamente, vamos reforçar a cooperação com estes países, para promover uma troca recíproca do renminbi. Com o Brasil existe este mecanismo de troca de renminbis, e para implementar uma maior utilização do renminbi vamos criar um mecanismo permanente, para tornar a utilização mais conveniente”, afirmou Sam Hou Fai. “O Governo vai promover mais reuniões para reforçar a cooperação e atrair mais investimento em Macau e Henqgin. Primeiro temos de estabelecer bem a plataforma para atrair esses países a chegarem a Macau e Hengqin”, acrescentou.

Quadros qualificados | Governo vai criar plataforma de formação

Com vista a diversificar a economia e promover quadros qualificados, o Governo vai promover uma plataforma integrada para disponibilizar diferentes cursos de formação, a pensar na requalificação da população.

A informação foi adiantada ontem por Sam Hou Fai, que indicou que este é um projecto da tutela da Economia e Finanças e que vai contar com pelo menos a participação da Universidade de Turismo de Macau (UTM), do Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia de Macau (CPTTM). As formações vão visar as áreas da política 1+4, como os serviços de saúde compreensivos, área do desporto, espectáculos e desporto e finanças.

20 Nov 2025

Sam Hou Fai espera que estudo dê respostas para enfrentar redução da natalidade

O Chefe do Executivo espera que um estudo que está a ser realizado pelo Governo vá gerar as respostas necessárias para lidar com a redução da taxa da natalidade da RAEM. A esperança foi deixada ontem na Assembleia Legislativa, quando respondia às perguntas de Loi I Weng e Wong Kit Chan, ambas apoiadas pela Associação das Mulheres.

Quando foi questionado sobre a quebra da natalidade em Macau, Sam Hou Fai começou por indicar que não é um problema exclusivo da RAEM, mas antes do mundo desenvolvido. “Há semanas li uma notícia no jornal Cheng Pou, que a redução da natalidade é uma questão mundial, que não acontece apenas em Macau. […] Temos de entender o nível dos custos de cuidar dos filhos. Existe um problema. Mas como podemos incentivar os jovens a ter filhos? É um problema mundial e todos temos de pensar. O problema é mais grave no estrangeiro, nos países do Ocidente, apesar dos fortes apoios sociais”, afirmou. “Por isso, como é que vamos lidar com o problema? Requere o esforço de todos para incentivar os jovens a terem mais crianças”, destacou.

O Chefe do Executivo afirmou depois que está a ser realizado um estudo sobre a quebra da natalidade, que deverá ser apresentado, mais tarde, pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam. Sam Hou Fai destacou ainda o lançamento neste ano da medida de assistência à natalidade, com o pagamento de 18 mil patacas por ano às crianças com menos de três anos.

Escolas com mudanças

O Chefe do Executivo admitiu também que a redução da natalidade vai ter um impacto junto das escolas locais e dos docentes. Quanto às instituições de ensino, Sam afirmou que o Governo vai preparar subsídios para as escolas com turmas com menos de 25 alunos, no que diz respeito aos jardins-de-infância.

Em relação aos docentes, o líder do Governo alertou que vão ter de pensar em diversificar a sua formação e preparar-se para ensinarem em diferentes áreas, dando como exemplo a transição de carreira do ensino tradicional para cursos no âmbito do aperfeiçoamento contínuo.

20 Nov 2025

Emprego | Sam Hou Fai avisa que Governo só vai ajudar residentes com vontade de trabalhar

O Chefe do Executivo avisa a população que o Governo só tem capacidade para ajudar os trabalhadores que querem trabalhar. E em Macau, tal como em todo o mundo, também há desempregados que não querem trabalhar, alerta Sam Hou Fai

Ao abordar a questão da promoção do emprego, Sam Hou Fai avisou ontem que o Governo só vai conseguir ajudar os residentes que pretendem trabalhar. Foi desta forma que o Chefe do Executivo respondeu à deputada Ella Lei I Cheng, quando esta perguntou por medidas específicas para promover o emprego.

“As pessoas que pretendem procurar um trabalho, os recém-formados à procura de emprego, e os que aguardam uma nova colocação profissional têm de ter vontade para trabalhar”, começou por afirmar o Chefe do Executivo. “Se não tiverem vontade para trabalhar, o Governo não vai conseguir ajudá-los”, acrescentou.

Diante dos deputados, Sam Hou Fai apontou também que é comum em todos os países e regiões que existam pessoas que simplesmente não querem trabalhar. E esses não vão ter o apoio do Governo: “Em todo o mundo há sempre pessoas que têm capacidade para trabalhar, mas que não querem trabalhar”, sentenciou. Todavia, o líder do Governo prometeu apoio aos residentes mais esforçados: “As pessoas que pretendem ter um emprego, que têm vontade, mesmo sem capacidade, a essas podemos ajudá-las com formação”, indicou.

Ainda assim, Sam Hou Fai alertou a população local que tem de aceitar que há certos trabalhos que não tem capacidade para fazer, e que em todas as economias é normal contar com mão-de-obra de fora em certas áreas. “Há trabalhos que os locais não conseguem fazer. Nesse aspecto temos de ser pragmáticos, porque se não tivermos pessoas capazes nessas áreas vai haver um impacto na economia”, justificou.

Mais locais

Em relação à política laboral, Sam Hou Fai afirmou que a aposta vai continuar a passar por dar prioridade ao emprego dos residentes. E, tal como fez no discurso de terça-feira, avisou as concessionárias do jogo, as instituições financeiras e as universidades que devem dar prioridade no emprego aos residentes de Macau.

Ainda assim, Sam Hou Fai elogiou o esforço das concessionárias de jogo na contratação de residentes locais, ao indicar que 80 por cento da mão-de-obra é residente de Macau. O Chefe do Executivo reconheceu ainda que ao longo do próximo ano se esperam alterações da legislação laboral, mas que é fundamental manter a taxa de desemprego nos níveis actuais.

Em relação aos direitos laborais, Sam Hou Fai vincou que actualmente a Assembleia Legislativa está a discutir o aumento do ordenado mínimo, que deve entrar em vigor no próximo ano, e que em 2027 se espera uma nova revisão do valor.

20 Nov 2025

Comércio | CE quer melhor desempenho da RAEM como ponte sino-lusófona

O Chefe do Executivo de Macau declarou ontem ter como objectivo para 2026 garantir um “melhor desempenho” do papel do território como “plataforma sino-lusófona”, nomeadamente com maior investimento através do Fundo de Cooperação China-Países de Língua Portuguesa.

Na apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG) para 2026, Sam Hou Fai apontou como um dos objectivos o “melhor desenvolvimento e desempenho do papel de Macau como plataforma sino-lusófona”. No discurso na Assembleia Legislativa, afirmou que se pretende o “reforço da função da plataforma de serviços para a cooperação comercial”.

“Promover-se-á o aumento do investimento através do fundo entre a China e os países de língua portuguesa e otimizar-se-ão as estratégias e os mecanismos de investimento”, disse.

Além de pretender aumentar o apoio às empresas de Macau para investirem no universo de países lusófonos, Sam Hou Fai disse que o Governo quer reforçar a construção da “plataforma de serviços financeiros entre a China e os países de língua portuguesa, com a realização da Conferência dos Sistemas de Pagamento dos Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa”, para promover o contacto com autoridades de supervisão financeira dos países lusófonos.

Será dado impulso, anunciou ainda o chefe de Governo, à construção do Centro de Cooperação e Intercâmbio de Ciência e Tecnologia entre a China e as nações lusófonas.

Por outro lado, disse o responsável, vai continuar a realizar-se o concurso de inovação e empreendedorismo para empresas de tecnologia do Brasil e de Portugal, “reforçando a colaboração e o contacto com as universidades, empresas, instituições incubadoras, assim como projectos de criação de negócio e de investimento de capitais do Brasil e de Portugal, procurando o estabelecimento de um número maior de projectos excelentes em Macau e Hengqin”.

19 Nov 2025

Sam Hou Fai diz que sul da China pode ambicionar acolher Jogos Olímpicos

O líder do Governo de Macau, Sam Hou Fai, defendeu ontem que, após organizar os Jogos Nacionais chineses, o sul da China pode ambicionar no futuro ser candidato a acolher os Jogos Olímpicos de Verão. As regiões semiautónomas de Macau e Hong Kong e a capital da província vizinha de Guangdong, Cantão, estão a acolher desde 09 de Novembro e até sexta-feira, em simultâneo, a 15.ª edição dos Jogos Nacionais.

Os Jogos, o principal evento desportivo chinês, que se realiza a cada quatro anos, foram criados em 1959 e esta é a primeira edição que inclui provas fora da China continental. Na quarta-feira, durante uma visita a Hong Kong, o presidente honorário do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, defendeu que a Grande Baía tem “todos os ingredientes” para uma candidatura bem-sucedida aos Jogos Olímpicos.

A Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau é um projecto de Pequim para integrar Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong numa região com mais de 86 milhões de habitantes e uma economia que em 2023 era superior a um bilião de euros. Uma possível candidatura à organização dos Jogos Olímpicos de Verão “é uma inspiração para o futuro” e “uma outra alternativa para a cooperação na região”, defendeu ontem Sam Hou Fai.

Experiência adquirida

Numa conferência de imprensa após a apresentação das Linhas de Acção Governativa para 2026, o chefe do Executivo disse que os Jogos Nacionais servem de “referência para melhor colaborar com Hong Kong e Guangdong”.

Sam explicou que as autoridades das três jurisdições aprenderam como “colaborar sem barreiras para a organização deste tipo de jogos desportivos”.

Macau está a acolher todas as provas de ténis de mesa e de basquetebol 3×3, assim como a competição sub-18 masculina de basquetebol de cinco e o torneio de voleibol feminino dos Jogos, assim como uma competição amadora de karaté, aberta a toda a população.

“Esperávamos a vinda de 1.300, entre atletas e delegações, mas no total recebemos 2.480 pessoas”, revelou Sam Hou Fai.

Macau vai ainda acolher duas provas de badminton, para pessoas com deficiência física ou auditiva e para pessoas com deficiência intelectual, no âmbito dos Jogos Olímpicos Especiais da China, que decorrem entre 08 e 15 de Dezembro, também em simultâneo em Hong Kong e Guangzhou.

A Grande Baía tem “muitas instalações desportivas de nível internacional, um público apaixonado pelo desporto, todos os ingredientes necessários. Por isso, acredito que um dia seria muito bom ser candidata aos Jogos Olímpicos”, disse, na quarta-feira, Thomas Bach.

O presidente honorário do COI incentivou a região a continuar a “organizar muitos eventos desportivos internacionais para adquirir a experiência necessária na área da organização”. Bach liderou o COI entre 2013 e Junho passado, período durante o qual a capital chinesa, Pequim, foi seleccionada para acolher os Jogos Olímpicos de Inverno, em Fevereiro de 2022.

19 Nov 2025

Economia | CE não arrisca previsão de receitas de jogo

Na conferência de imprensa depois da apresentação das Linhas de Acção Governativa, Sam Hou Fai não fez previsões quanto às receitas brutas do jogo e vincou a imprevisibilidade da economia global. Além disso, afirmou que não decide aumentos na Função Pública e reiterou que quer fazer a primeira deslocação ao estrangeiro com uma visita a Portugal, entre Abril e Maio

Diversificação da economia de Macau, a situação e apoios a pequenas e médias empresas (PME) e incertezas quanto ao futuro foram as principais tónicas das mensagens deixadas pelo Chefe do Executivo na habitual conferência de imprensa após a apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG).

Questionado sobre a não inclusão de estimativas para as receitas do jogo no relatório das LAG para 2026, Sam Hou Fai começou por apontar que as receitas deste ano não correspondem às expectativas que o Governo tinha para o principal sector económico da região, e que a indústria do jogo é intrinsecamente volátil devido à influência de factores externos. Porém, apontou a apresentação de uma previsão para a apresentação das LAG da tutela da Economia e Finanças. “Temos uma previsão para o próximo ano, o secretário Tai Kin Ip vai apresentá-la. Mas a economia tem sofrido muitas mudanças. Este ano o mercado bolsita do Interior da China e Hong Kong tiveram bons desempenhos, mas no próximo ano não sabemos como será, porque haverá muitas incertezas”, afirmou o governante.

Sam Hou Fai recuou até Abril deste ano, afirmando que desde então a situação internacional e a situação económica a nível global se mantiveram estáveis. “Mas, nos próximos meses não sei. Só sei se a situação económica piora, se há ou não uma recessão, quando leio os jornais”, apontou ressalvando ainda assim os bons registos a nível do número de turistas que tem visitado Macau, assim como o mercado bolsista de Hong Kong.

Ainda assim, no relatório das LAG o Executivo avançou com uma previsão de aumento ligeiro do orçamento, que deverá culminar com a apresentação de uma proposta para o orçamento ordinário integrado da RAEM que contempla receitas de 118,8 mil milhões de patacas, mais 2,3 mil milhões de patacas face ao estimado no orçamento revisto no passado mês de Junho.

Um ano à sombra

Em relação aos salários da Função Pública, Sam Hou Fai afirmou que no ano passado não havia condições orçamentais para aumentos, mas que, mesmo assim, os ordenados dos funcionários públicos aumentaram 3,3 por cento, para inverter os anos em que ficaram congelados devido à crise decorrente da pandemia da covid-19. “Face à inflação, acho que este ano não há condições para aumento de salários, mas também não havia no ano passado, tendo em conta a subida de vários apoios sociais”, indicou o Chefe do Executivo.

Sam Hou Fai argumentou ainda que a decisão de aumentar os salários da Função Pública implica a avaliação de muitos factores, como a inflação, a influência nos salários do sector privado e a economia global. Neste aspecto, o líder do Governo da RAEM recordou a experiência europeia durante a crise financeira global das dívidas soberanas, especificando o caso de Portugal onde os salários foram, inclusivamente, cortados.

Além disso, Sam Hou Fai afirmou que não lhe cabe decidir sobre alterações aos salários dos funcionários públicos, e que é preciso ouvir a Comissão de Avaliação das Remunerações dos Trabalhadores da Função Pública, um órgão consultivo composto por pessoas nomeadas pelo Governo, que apresenta pareceres antes da decisão do Executivo.

Economia real e Portugal

No cômputo geral, Sam Hou Fai mostrou-se satisfeito com a evolução da economia local e o caminho seguido até agora, que se terá evidenciado com a evolução do crescimento do Produto Interno Bruto a cada trimestre deste ano.

“O mais importante é manter estabilidade económica. Queremos promover o desenvolvimento do sector do turismo e lazer, com medidas como a melhoria das passagens fronteiriças, mas o turismo é o ponto mais importante na estratégia de desenvolvimento da diversificação adequada 1+4”, indicou.

Depois de elencar as medidas já implementadas para diversificar a economia, o governante reconheceu a necessidade de fazer mais pelo pequeno comércio e as PME. Também neste domínio, o Chefe do Executivo remeteu para as novidades que o secretário para a Economia e Finanças irá apresentar no sentido de aumentar a competitividade das PME. “Vamos manter inalteradas as medidas de apoio às PME. Temos de as ajudar a ajustar os modelos de negócio, a digitalizar as suas operações. Vamos manter este rumo”, indicou.

No entanto, salientou a nova tendência de consumo, com os residentes a preferirem cada vez mais fazer compras ou refeições em Zhuhai, mas ressalvando que é uma tendência com duplo sentido. “Com a política de circulação de veículos de Guangdong em Macau, os visitantes da Grande Baía passaram também a fazer compras em Macau. Estas mudanças nos padrões de consumo também acontecem para o outro lado, situação semelhante ao que se verifica em Hong Kong, que também enfrenta o mesmo desafio”, argumentou.

As alterações etárias, com mais jovens e um consumo mais digital foram outras mudanças de paradigma enumeradas por Sam Hou Fai.

Finalmente, em relação à prometida visita a Portugal, o Chefe do Executivo afirmou continuar a ter esperança de que Portugal seja a sua primeira visita oficial ao estrangeiro. Para já, o seu gabinete está em contacto com o gabinete de Luís Montenegro e, ainda sem especificar uma data, Sam Hou Fai apontou para Abril ou Maio de 2026 como datas possíveis.

19 Nov 2025

LAG 2026 | Os principais apoios sociais anunciados pelo Governo

COMPARTICIPAÇÃO SOCIAL (Sem Alterações) 10.000 patacas para residentes permanentes 6.000 patacas para residentes não-permanentes

VALES DE SAÚDE (Sem Alterações) 700 patacas para residentes permanentes

SUBSÍDIO DE NASCIMENTO (Sem Alterações) 6.500 patacas

SUBSÍDIO DE CASAMENTO (Aumento de 1.800 patacas) 4.000 patacas

REGIME DE PREVIDÊNCIA CENTRAL (Sem Alterações) 10.000 patacas (activação da conta para residentes qualificados) 7.000 patacas (nova medida: injecção especial para residentes qualificados)

PAGAMENTO DA CONTA DA ELECTRICIDADE (SEM ALTERAÇÕES) 200 patacas

por mês

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO (Aumento de 53 patacas por dia) 210 patacas por dia; Valor Máximo por Ano: 18.900 patacas (aumento de 4.770 patacas)

SUBSÍDIO DE FUNERAL (aumento de 2.330 patacas) 5.200 patacas

IDOSOS

SUBSÍDIO PARA IDOSOS (Sem Alterações) 10.000 patacas

PENSÃO PARA IDOSOS (Sem Alterações) 3.900 patacas por mês (13 meses)

FAMÍLIAS CARENCIADAS

ÍNDICE MÍNIMO DE SUBSISTÊNCIA (SEM ALTERAÇÕES) 4.350 patacas por agregado por ano familiar com uma pessoa

PORTADORES DE DEFICIÊNCIA

SUBSÍDIO DE INVALIDEZ (SEM ALTERAÇÕES) 10.000 ou 20.000 patacas

SUBSÍDIO PARA CUIDADORES (Aumento de 225 patacas por mês) 2.400 patacas por mês.

ESTUDANTES

SUBSÍDIO DE AQUISIÇÃO DE MANUAIS (SEM ALTERAÇÕES) 3.550 patacas (ensino secundário) 3.000 patacas (ensino primário) 2.400 patacas ensino infantil)

SUBSÍDIO DE PROPINAS PARA ESTUDANTES CARENCIADOS (SEM ALTERAÇÕES) 9.000 patacas (ensino secundário) 6.000 patacas (ensino primário), 4.000 patacas ensino infantil)

SUBSÍDIO PARA A AQUISIÇÃO DE MATERIAL ESCOLAR (SEM ALTERAÇÕES) 3.300 patacas por estudante do ensino superior

19 Nov 2025

LAG 2026 | Economia: Diversificação ainda sem resultados de fundo

Na conclusão do discurso na Assembleia Legislativa, o Chefe do Executivo reconheceu que a diversificação económica ainda não produziu os resultados esperados e pediu à sociedade que se prepare para uma nova realidade.

“Presentemente, o desenvolvimento socioeconómico de Macau continua a enfrentar diversos riscos e desafios, especialmente na sua estrutura económica singular ainda não apresenta alterações de fundo, o que se traduz na capacidade insuficiente de resistência a riscos”, afirmou Sam Hou Fai. “Assim sendo, toda a sociedade deve compreender correctamente a conjuntura, preparar-se para as adversidades em tempo prósperos, reforçar a capacidade de identificação de situações de crise e o sentido de precaução”, atirou.

Apesar deste cenário, Sam Hou Fai anunciou a criação de dois fundos com capitais da RAEM, e que vão ser geridos “por uma equipa profissional” para financiar projectos e empresas com negócios considerados chave para a diversificação. O montante inicial dos fundos não foi revelado, mas o Chefe do Executivo indicou que os investimentos visam “acelerar a formação e desenvolvimento das indústrias emergentes prioritárias”.

Cooperação Judiciária | Esperado acordo com Portugal

Ao longo do ano, o Governo da RAEM espera começar as negociações e concluir acordos com vista à cooperação judicial. E uma das partes mencionadas por Sam Hou Fai foi Portugal. “Assinar-se-ão ou estabelecer-se-ão negociações para celebrar acordos de cooperação judiciária com as Filipinas, Angola, a Indonésia, a Tailândia e Portugal”, afirmou o dirigente. Os conteúdos das negociações e o andamento dos trabalhos não foi indicado.

Hengqin | Pataca testada em programa-piloto

A partir deste ano, o Governo espera que o programa-piloto sobre a utilização da pataca na Zona de Cooperação Aprofundada possa ser estendido a toda Hengqin. Actualmente, os pagamentos em patacas em Hengqin estão limitados ao Novo Bairro de Macau na Ilha da Montanha. No entanto, o cenário vai ser alterado: “Procurar-se-á ampliar o âmbito do projecto-piloto de actividades de aquisição em moeda dupla, estendendo-o desde o ‘Novo Bairro de Macau’ até às lojas localizadas em toda a Zona de Cooperação”, foi prometido.

19 Nov 2025

AL | Anunciadas mudanças na contratação de não residentes, nas férias e na licença de maternidade

O “cheque” vai manter-se inalterado nas 10 mil patacas para residentes permanentes e 6 mil patacas para não permanentes. Também o salário dos funcionários públicos não sofre alterações. As associações vão ter uma nova lei para impor políticas nacionalistas, e o Governo vai fundir vários serviços

Um novo mecanismo para regular a contratação de trabalhadores não residentes, mudanças no número de dias férias e também na licença de maternidade. Foram estas algumas das principais alterações anunciadas ontem por Sam Hou Fai, durante a apresentação das Linhas de Acção Governativa para 2026, que voltam a definir como prioridade a segurança nacional.

Sem anunciar alterações no plano de comparticipação pecuniária, nem aumentos para os vencimentos na função pública, Sam Hou Fai afirmou que as políticas para o bem-estar da população vão seguir os princípios de “fazer o melhor possível”, “actuar dentro das capacidades”, “prestar apoio com precisão” e “descentralizar os recursos”.

E sem grandes novidades nos apoios públicos, o Executivo de Sam Hou Fai vai focar-se essencialmente em alterar a legislação laboral aplicável ao sector privado. A primeira grande mudança prometida, passa por alterar a lei para a contratação de trabalhadores não residentes. As alterações foram justificadas com o “fim de exercer, de melhor forma, um controlo e ajustamento dinâmicos do número de trabalhadores não residentes”. Os contornos das alterações não foram, no entanto, revelados.

Sam Hou Fai avisou também as empresas que “desde que os residentes locais sejam capazes e estejam dispostos, devem ser prioritariamente contratados” e que no futuro haverá mais campanhas contra o trabalho ilegal.

Ainda no que diz respeito à contratação de trabalhadores locais, o líder do Governo indicou que as obras e serviços de adjudicação pública têm de ter mais trabalhadores locais. O Executivo também espera das instituições financeiras e das instituições de ensino superior “a libertação de mais postos de trabalho para os residentes de Macau”.

Em relação ao mercado laboral, Sam Hou Fai prometeu a revisão da licença de maternidade, actualmente nos 70 dias, e do período de férias, actualmente de seis dias por ano. A compensação por despedimento também deverá sofrer alterações, com a revisão do montante máximo da remuneração de base mensal, que actualmente é de 21.500 patacas.

Segurança Nacional no centro

Como aconteceu nas primeiras Linhas de Acção Governativa de Sam Hou Fai, as questões da segurança nacional voltaram a ser definidas como a principal prioridade.

A grande novidade passa por uma nova lei que vai colocar o nacionalismo no centro da actividade das associações locais: “O Governo da RAEM irá continuar a reforçar o mecanismo de interacção e colaboração com as associações de amor pela pátria e por Macau, unindo e mobilizando todas as forças e iniciativas possíveis, optimizar-se-á a legislação existente relativa às associações, planeando e orientando o estabelecimento de associações para promover o desenvolvimento contínuo saudável da RAEM”, afirmou o líder de Macau.

Ao mesmo tempo, vai ser criado um Grupo de Trabalho para a Coordenação da Educação Patriótica dos Jovens para elaborar um “plano geral” para a educação sobre a segurança nacional, com mais programas curriculares e materiais didácticos nas escolas, que vão desde o ensino básico ao superior.

O funcionamento da Comissão de Defesa do Estado da RAEM vai também ser alterado, com uma lei própria, para reforçar “a estrutura de topo do sistema de defesa de segurança nacional”.

Fusão de Serviços

Ao longo deste ano, o Governo vai continuar a avançar com a reorganização das funções dos serviços, com alterações como a integração da Direcção dos Serviços de Cartografia e Cadastro (DSCC) na Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana (DSSCU). Sam revelou também que a DSSCU vai ser a principal responsável pelas políticas sobre a renovação urbana.

A Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) sofrerá também uma reestruturação ao ser fundida com o Conselho de Consumidores e o Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia. Já a fusão do Instituto Cultural com o Fundo de Desenvolvimento da Cultura e do Instituto do Desporto foi igualmente confirmada. Também a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) será alvo de reestruturação.

Não só os serviços vão ter alterações, mas o Executivo espera continuar a executar os planos para controlar o número de contratações para a função pública, dando prioridade às transferências internas para suprir faltas de pessoal.

19 Nov 2025

Habitação para idosos | Ella Lei pede redução das rendas

Rendas mais baratas, continuidade dos descontos de 20 por cento para novos inquilinos e a resolução de problemas de ventilação e de qualidade da água. São estes os pedidos da deputada da (FAOM) para melhorar a qualidade de vida na habitação para idosos

Ella Lei defende que o Governo deve avançar com uma redução das rendas cobradas aos moradores das habitações para idosos. A posição da deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) foi tomada através de uma interpelação escrita, divulgada no portal da Assembleia Legislativa.

Quando anunciou o preço do aluguer das habitações para idosos, o Executivo apontou que iria variar entre 5.410 e 6.680 patacas por mês. Contudo, meses depois, foi adoptada uma política de descontos no valor de 20 por cento sobre o preço total, o que levou a que as rendas fossem reduzidas para montantes entre 5.096 patacas e 5.344 patacas por mês na Zona A da habitação para idosos. Na Zona B, os descontos fazem com que as rendas sejam de 4.840 patacas e 5.040 patacas. Enquanto na Zona C, as rendas o preço com descontos é de 4.584 e 4.808 patacas por mês, e na Zona D entre 4.328 e 4.536 patacas por mês.

Os descontos anunciados vão vigorar durante seis anos para os arrendatários, mas apenas se os contratos de arrendamento forem assinados até o final deste ano.

No entanto, Ella Lei considera que o preço ainda é considerado elevado por muitos dos idosos e pede reduções: “Muitos dos moradores indicaram que o preço do aluguer continua relativamente alto e que representa um encargo financeiro significativo”, justifica a deputada. “Além disso, com a actual queda dos preços do arrendamento no mercado privado, os montantes cobrados na habitação para idosos podem fazer com que essa habitação deixe de ser tão atractiva”, acrescentou. Neste sentido, Lei quer saber se há espaço para reduzir os preços com base “nos preços do mercado privado” e nas “condições financeiras dos residentes”.

A deputada pretende igualmente saber se o actual desconto de 20 por cento vai continuar a ser oferecido aos idosos que se mudarem para as residências no próximo ano, ao contrário do que está actualmente previsto.

Apostas nas instalações

Citando os dados oficiais, a deputada indica que actualmente há cerca de 1.500 idosos nas residências. Contudo, Ella Lei aponta que existem questões a necessitar de intevenção, ao nível das condições das habitações: “Alguns idosos revelaram-me preocupações sobre as condições de vida na habitação para idosos, relacionadas com a necessidade de melhorar a ventilação dentro dos apartamentos, assim como a necessidade de melhorar a qualidade da água”, revelou a deputada.

“Foram também feitas sugestões de oferecer serviços de limpeza, uma vez que muitos idosos têm problemas de mobilidade, pelo que não conseguem chegar aos lugares mais altos das habitações, para fazerem as limpezas”, acrescentou. Além destes problemas, a deputada indica que os moradores pretendem que haja mais serviços médicos nas residências e uma rede de transportes mais adequada, para facilitar as deslocações. Por isso, a legisladora quer saber se o Governo pode responder a estas necessidades.

18 Nov 2025

Hengqin | Sam Hou Fai divide com Meng Fanli comissão de gestão

A composição da Comissão de Gestão e da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin foi alterada, com Sam Hou Fai e o governador da província de Guangdong, Meng Fanli, a assumirem o cargo de Chefe da Comissão de Gestão. A novidade foi revelada ontem pelo Gabinete de Comunicação Social, que cita a página oficial da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin.

Segundo os ajustes anunciados, o secretário para a Administração e Justiça, Wong Sio Chak, assume o cargo de Subchefe Permanente. Os cargos de subchefes da comissão de gestão foram divididos pelo secretário para a Segurança, Chan Tsz King, e a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, assim como os vice-governadores de Guangdong Zhang Hu e Zhang Guozhi, o secretário do comité municipal de Zhuhai do PCC Chen Yong.

No que diz respeito à Comissão Executiva, o secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, assume o cargo de Chefe da Comissão Executiva. Nie Xinping, Fu Yongge, Li Chong, da parte de Guangdong, e Cao Jin Feng e Cheong Kok Kei da parte de Macau assumem cargos de subchefes, sendo o cargo de secretário-geral da Comissão de Gestão assumido por Nie Xinping e Tai Kin Ip.

18 Nov 2025

Governo sem planos para abrir creches na Zona de Cooperação

Actualmente, o Governo da RAEM não tem planos para abrir creches na Zona de Cooperação Aprofundada na Ilha da Montanha, devido às diferenças legais e políticas. A explicação consta da resposta a uma interpelação da deputada Song Pek Kei. A legisladora ligada à comunidade de Fujian defendia a abertura de uma creche segundo os modelos de Macau em Hengqin, como forma de facilitar a vida aos residentes que vivem no outro lado da fronteira, mas preferem o modelo educativo de Macau.

Song considerava que a abertura de uma creche do outro lado da fronteira seria ainda uma forma para levar mais residentes a mudarem-se para Hengqin. No entanto, o Instituto de Acção Social (IAS) não mostrou abertura para avançar nesse sentido, explicou Chan Un Tong, director da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), responsável pela resposta à deputada.

“O IAS afirma que, considerada a diferença entre as disposições legais e políticas relativas à abertura de creches no Interior da China e em Macau, e, em particular, a existência de uma divergência significativa nos requisitos de construção e definição de espaços interiores e exteriores, o Governo da RAEM não tem, na presente fase, planos para estabelecer creches na zona”, foi explicado. “Entretanto, já existem na Zona de Cooperação jardins-de-infância privados que seguem as normas do Interior da China, oferecendo cuidado infantil para os residentes de Macau que vivem na zona”, foi acrescentado.

Aposta na integração

No entanto, foi garantido que o “Governo da RAEM manterá contacto regular com os serviços competentes da Zona de Cooperação para optimizar as respectivas medidas, promovendo e implementando a iniciativa no sentido da integração Macau-Hengqin”.

Como forma de promover a maior integração de Macau no Interior foi ainda indicado que o “Governo da RAEM continuará a prestar atenção às diferentes componentes de bem-estar social na Zona de Cooperação, de modo a proporcionar maior conveniência aos residentes de Macau que aí vivem”.

18 Nov 2025

Saúde Mental | “Educação Vermelha” é aposta para lidar com “adversidades”

A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) quer promover ensinamentos sobre a Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa com deslocações às bases de educação patriótica para reforçar a capacidade de resistência dos mais jovens contra as adversidades do quotidiano

A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) considera que a aposta na educação sobre o Partido Comunista Chinês permite aos jovens aprenderem a lidar com as adversidades. A explicação consta da resposta a uma interpelação do deputado Ho Ion Sang, que defendia o aprofundar dos valores nacionalistas entre os jovens, para responder aos problemas de saúde mental.

A chamada “Educação Vermelha” passa por visitas de estudo a “bases” criadas para contar a versão oficial de episódios considerados fundamentais para o Partido Comunista Chinês, como a Grande Marcha ou a luta contra a invasão japonesa.

A prática tornou-se frequente no Interior e agora, mais recentemente, também em Macau, sendo entendida pelas autoridades como uma forma de promover a saúde mental dos jovens. No âmbito desta política, o Governo garante que vai continuar a promover mais visitas.

“A DSEDJ organiza ainda o pessoal docente para participar em visitas de estudo às ruínas históricas da Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa ou a bases de ‘educação vermelha’, orientando os alunos a divulgarem as virtudes tradicionais da China, tais como o espírito de persistência, perseverança, autovalorização e disponibilidade para ajudar os outros, para que, no momento da transmissão desta cultura excelente, elevem a sua capacidade de resistência perante as adversidades”, foi justificado.

A DSEDJ destacou também que “aproveita, de forma activa, os ricos recursos da educação patriótica do Interior da China” para organizar e financiar diferentes projectos de promoção e aprendizagem sobre a “cultura tradicional excelente chinesa” e viagens de finalistas que contaram com mais de 20 mil participantes e tiveram como destinos as “bases nacionais de demonstração da educação patriótica” e as “bases nacionais de popularização científica”.

Além do nacionalismo

Para além da abordagem nacionalista ao problema da saúde mental dos jovens, a DSEDJ garante que o Governo tem implementado outras medidas, como a criação do “Grupo de trabalho para o acompanhamento da saúde mental e física dos jovens – Caminhar com amor”, que envolve “associações educativas, instituições de aconselhamento aos estudantes do ensino superior e associações juvenis”.

A DSEDJ assegura igualmente que existe uma rede de apoio aos jovens com problemas mentais e que foi elaborada uma “Tabela de Identificação da Saúde Mental dos Alunos” com orientações de trabalho e que foi dada formação nas instituições de ensino para se conseguir “identificar, atempadamente, as necessidades psicológicas dos alunos”.

A DSEDJ indicou ainda ter lançado material didáctico sobre a saúde mental e incentivado as escolas a realizarem, mensalmente, aulas dedicadas a estes assuntos.

18 Nov 2025

Grande Baía | Secretário diz que segurança é base fundamental

O secretário para a Segurança, Chan Tsz King, salientou a importância fulcral da área da sua tutela e da cooperação regional para garantir que o projecto de integração da Grande Baía é um sucesso, e para promover o princípio “Um País, Dois Sistemas”.

Numa publicação divulgada no portal do gabinete de Chan Tsz King, o secretário defende que “a cooperação estreita entre as polícias de Guangdong, Hong Kong e Macau é a força nuclear para construir uma linha de defesa segura da Grande Baía e garantir o desenvolvimento regional de alta qualidade, tornando-se uma garantia indispensável na construção da Grande Baía”.

O governante admite que o aumento dos fluxos transfronteiriça na região, e “as formas de prática de crime cada vez mais complexas e obscuras” constituem grandes desafios para a segurança de Guangdong, Hong Kong e Macau, em particular no que toca a burlas cibernéticas e criminalidade relacionada com droga.

É também elogiada a eficácia da cooperação regional em termos de segurança, em particular em 2025, ano em que se realizaram “em Hong Kong e Macau novas eleições para a Assembleia Legislativa e em simultâneo outros eventos de grande envergadura”, nomeadamente os Jogos Nacionais.

17 Nov 2025

DST | Alerta de viagem para o Japão face a escalada diplomática

Macau emitiu um alerta para residentes que estão, ou que vão viajar para o Japão, devido a um alegado aumento de “ataques contra cidadãos chineses”. A posição surge após o alerta do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês e a escalada da retórica diplomática entre os dois países

“Tendo em conta o alerta emitido recentemente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, relativo à deslocação de cidadãos chineses ao Japão, dado que a partir de meados deste ano, a tendência de ocorrência de ataques no Japão contra cidadãos chineses tem vindo a aumentar, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) alerta os residentes de Macau que se encontrem ou planeiem deslocar-se ao Japão a elevarem o alerta.” Foi desta forma que o Governo de Macau seguiu o alerta do Governo Central, na sequência de mais de uma semana de escalada de retórica diplomática entre as autoridades chinesas e nipónicas.

Tudo terá começado quando a recém-eleita primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, afirmou no parlamento nipónico que o Japão poderia responder militarmente se a China usasse força contra Taiwan. A resposta da líder japonesa mereceu a condenação de Pequim e a escalada de retórica atingiu o cume com declarações do cônsul-geral chinês em Osaka, Xue Jian, nas redes sociais. “Não temos escolha a não ser cortar, sem hesitação, aquele pescoço sujo que se lançou sobre nós. Estão prontos?”, escreveu o diplomata chinês. A mensagem, que foi interpretada como uma ameaça, motivou a chamada do embaixador chinês para apresentar explicações às autoridades nipónicas. Com a temperatura diplomática a subir, o Governo japonês reiterou que a sua política em relação a Taiwan se mantém inalterada.

Voltar atrás

No comunicado divulgado no sábado à noite, a DST garante que vai continuar “atenta à situação no Japão”, e que os “residentes de Macau que planeiam viajar ou que se encontram no Japão” devem “prestar atenção à publicação das últimas actualizações no local e à divulgação de informações sobre os serviços consulares da embaixada e consulados chineses no Japão”.

A DST não especificou os perigos que os residentes de Macau podem enfrentar num dos destinos estrangeiros mais populares entre a população. Porém, o Governo de Hong Kong fê-lo, citando um incidente em Tóquio, em que dois cidadãos chineses foram agredidos por locais no final de Julho. Os restantes “incidentes” que o Executivo da RAEHK elencam são alertas de terramotos e tsunamis, assim como ataques de ursos selvagens no norte do Japão em Outubro.

A Air Macau publicou ontem um comunicado a declarar que iria implementar medidas especiais para viagens entre Macau e Japão, face ao aviso de viagem emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, nomeadamente permitindo reembolso grátis de bilhetes comprados para o Japão, ou alteração da viagem também sem custos. A medida aplica-se a bilhetes emitidos antes de 15 de Novembro e com datas de viagem entre esse mesmo dia e 31 de Dezembro de 2025. A companhia local, detida maioritariamente pela Air China, tem ligações entre a RAEM e os aeroportos que servem as cidades de Tóquio, Osaka e Sapporo.

Em cerca de duas horas, a publicação da Air Macau no Facebook originou mais de 225 reacções, 174 delas de riso, e dezenas de comentários a criticar a posição da companhia.

17 Nov 2025

Julgamento | Wong Sio Chak não comenta caso de jornalista barrada

O secretário para a Administração e Justiça recusou comentar o caso da jornalista impedida de acompanhar o novo julgamento do ex-procurador-adjunto Kong Chi por corrupção. “Em concreto não sei de nada, só sei o que foi mencionado na reportagem”, justificou Wong Sio Chak, numa conferência de imprensa do Conselho Executivo.

De acordo com o canal em língua portuguesa da televisão pública TDM, na segunda-feira, funcionários do Tribunal de Segunda Instância (TSI) impediram uma repórter do jornal ‘online’ All About Macau de assistir ao julgamento. Os funcionários disseram à TDM ter recebido “ordens superiores” para não permitir a entrada, nem como simples cidadã, de Ian Sio Tou, chefe de redacção do All About Macau e presidente da Associação de Jornalistas de Macau.

Wong Sio Chak disse apenas que a decisão tinha sido tomada pelo Gabinete de Comunicação Social, que está sob a tutela directa do chefe do Executivo, Sam Hou Fai. “Nada tenho a acrescentar”, concluiu.

14 Nov 2025

Publicidade ilegal | Lei eleva multa máxima para 100 mil patacas

O Governo apresentou uma nova lei que, além de regulamentar pela primeira vez a actividade dos influenciadores, duplica a multa máxima por publicidade ilegal para 100 mil patacas. O novo diploma vem actualizar um regime legal com mais de três décadas

A multa mais avultada para quem fizer publicidade ilegal aumentou para 100 mil patacas com a nova lei que irá regular o sector e, pela primeira, a actividade dos chamados influenciadores digitais. O porta-voz do Conselho Executivo, Wong Sio Chak, sublinhou, numa conferência de imprensa, que a actual lei da actividade publicitária, do tempo da administração portuguesa, “tem já mais de 30 anos, é necessário alterar as sanções ou multas”.

A chefe do Departamento de Licenciamento e de Inspecção da Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) revelou que a multa máxima, por “violar o princípio da licitude”, será de 100 mil patacas. Choi Sao Leng referiu que passará a ser ilegal fazer publicidade usando o nome da República Popular da China (RPC) ou da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), assim como “imagens de funcionários ou dirigentes públicos”.

Recorde-se que em Abril, a polícia denunciou a existência de vídeos falsos feitos com tecnologia de inteligência artificial para colocar Ho Iat Seng, líder do Governo entre 2019 e 2024, a promover um suposto investimento. Choi Sao Leng sublinhou que será também proibida a publicidade que possa “prejudicar a imagem da RPC ou da RAEM, prejudicar a imagem de outros países ou prejudicar o interesse público”.

A lei, que segue agora para a Assembleia Legislativa, irá, pela primeira vez, regulamentar a actividade dos influenciadores, incluindo o ‘live marketing’, que envolve a interacção em tempo real com o público.

Choi garantiu que, “quando um embaixador publicitário ou influenciador usar a sua imagem para divulgar um produto”, também vai “assumir uma determinada responsabilidade”. A dirigente acrescentou que os influenciadores terão de esclarecer “qual a relação de contrato com o produto” e se “assinaram um contrato para vender” um produto ou serviço.

Verdadeiras intenções

Em Julho, aquando do arranque de uma consulta pública sobre a proposta de lei, o director da DSEDT, Yau Yun Wah, disse que os influenciadores terão de usar primeiro os produtos que apoiam, para garantir o cumprimento do requisito de veracidade.

Para “optimizar ainda mais o ambiente de negócios”, a lei elimina a necessidade de obter uma avaliação e parecer vinculativo do Instituto Cultural (IC) para colocar publicidade em edifícios protegidos, disse Wong Sio Chak.

Mas, horas antes, a presidente do IC, Deland Leong Wai Man, prometeu que a proposta não irá afectar a salvaguarda do património cultural do território. “Não reduzimos a protecção do património e vamos continuar a proteger as ruas pitorescas”, garantiu a também líder do Conselho do Património Cultural de Macau, numa conferência de imprensa. “Há aspectos que já não precisam do parecer do IC”, explicou Leong.

14 Nov 2025

Bairro Internacional Turístico | Três grandes espaços com detalhes

O planeamento do Bairro Internacional Turístico e Cultural Integrado ganhou ontem alguns contornos mais concretos, principalmente dos três grandes projectos: Museu Nacional de Cultura de Macau, o Centro Internacional de Artes Performativas de Macau e o Museu Internacional de Arte Contemporânea.

O plano divulgado ontem, segundo o plano da Academia de Turismo da China, esclarece que o Museu Nacional de Cultura de Macau ficará localizado num terreno a leste da Torre de Macau, com uma área entre 80 mil e 100 mil metros quadrados. O novo museu terá espaços para armazenamento, conservação, investigação do acervo museológico e exposições flexíveis, assim como locais complementares para intercâmbio, ensino, incubação, instalações comerciais e lazer público.

Já o Centro Internacional de Artes Performativas de Macau, terá uma área entre 55 mil e 65 mil metros quadrados na Zona C dos Novos Aterros, e será uma instalação capacitada para acolher vários tipos de artes performativas. Quanto ao Museu Internacional de Arte Contemporânea, contará com uma área entre 35 e 45 metros quadrados e ficará situado no lado leste da Zona C dos Novos Aterros.

14 Nov 2025

Jogos Nacionais | Conselheira de Estado inspecciona instalações

A conselheira de Estado, Shen Yiqin, teve um encontro na quarta-feira com o Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, para trocar impressões sobre a realização das provas na Zona de Competição de Macau da 15.ª edição dos Jogos Nacionais. Segundo um comunicado divulgado na noite de quarta-feira pelo Gabinete de Comunicação Social, a reunião contou também na agenda com “o desenvolvimento de alta qualidade da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e a construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”.

Sam Hou Fai adiantou que as provas de todas as modalidades realizadas em Macau têm decorrido de forma tranquila e segura e que “os atletas de Macau mostraram em plenitude as suas potencialidades e o espírito desportivo”. O governante local indicou também que o Executivo que lidera irá manter uma cooperação estreita com Guangdong e Hong Kong para que as competições da 15.ª edição dos Jogos Nacionais e dos Jogos Olímpicos Especiais para Deficientes, a realizar em Dezembro, decorram de forma “simples, segura e maravilhosa”.

Como é tradição em todos os encontros institucionais, o Chefe do Executivo apresentou ainda o progresso actual de Macau e da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, e repetiu que o seu Governo continua a implementar a estratégia de desenvolvimento da diversificação adequada da economia 1+4 e potenciar e construir “uma plataforma de abertura ao exterior de nível mais elevado”.

14 Nov 2025

Restauração | Descontos de 30% celebram o aniversário da RAEM

O Governo vai lançar uma campanha de descontos, entre os dias 20 e 22 de Dezembro, para celebrar o 26.º aniversário da RAEM. Durante a campanha, os utentes das aplicações de pagamento Mpay, Banco da China, ICBC e Banco Tai Fung vão receber diariamente três cupões de desconto de 30 por cento para pagar refeições

Para celebrar o 26.º aniversário da RAEM, a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) coorganizou a campanha “descontos para comer nos estabelecimentos de restauração em celebração do regresso de Macau à pátria”, proporcionando descontos de 30 por cento em restaurantes ao longo de três dias, entre 20 e 22 de Dezembro. Em cada dia da campanha, serão emitidos três cupões, ficando afastada a possibilidade de juntar descontos numa só transacção, ao contrário do que acontece no Grande Prémio do Consumo.

O valor dos descontos será dividido entre o Governo e os restaurantes em partes iguais. A iniciativa será organizada em parceria com a União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau e a Associação Industrial e Comercial de Macau.

Os cupões de desconto serão atribuídos nas aplicações de pagamentos electrónicos Mpay, Banco da China, Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) e Banco Tai Fung. Porém, o desconto máximo será de 60 patacas e os cupões só podem ser utilizados no dia em que foram emitidos para refeições nos restaurantes, ou seja, não inclui takeaway. Outra limitação, que irá depender de cada restaurante, diz respeito à possibilidade de bebidas alcoólicas não serem abrangidas pelo desconto.

Para não diluir a eficácia dos descontos, o Governo estabeleceu que os restaurantes não podem aumentar preços no dia 20 de Dezembro. A restrição tem em conta a prática comum em Macau de subida dos preços das refeições tomadas fora de casa devido à obrigatoriedade de compensar funcionários que trabalham num feriado público.

Por favor, fiquem

Na conferência de imprensa que apresentou a campanha de descontos comemorativos, o chefe do Departamento de Desenvolvimento das Actividades Económicas da DSEDT, Lau Kit Lon, mostrou-se esperançado de que os residentes aproveitem os dias de descanso para explorar as ofertas gastronómicas espalhadas pelos bairros residenciais da cidade.

Além do objectivo de potenciar os negócios do sector e a vitalidade económica comunitária, Lau Kit Lon espera que a iniciativa intensifique o ambiente festivo nos bairros residenciais.

Por seu turno, o presidente da União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau, Chan Chak Mo, revelou em comunicado que os associados receberam positivamente notícias do lançamento da campanha. O ex-deputado está confiante na adesão da população à iniciativa, que espera reforçar a confiança das pequenas e médias empresas e revitalizar o desenvolvimento económico das comunidades.

14 Nov 2025

Salário Mínimo | Deputados criticam apresentação tardia

Os deputados da 1.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa criticaram o Governo por apresentar de forma apressada a proposta para aumentar o salário mínimo. A opinião foi partilhada por alguns deputados durante a reunião de ontem para discutir a proposta, segundo Wong Kit Cheng, deputada e presidente da comissão.
De acordo com a versão citada pelo jornal Ou Mun, os deputados têm dificuldades em compreender os motivos que levaram a que a proposta apenas chegasse ao hemiciclo no mês passado, a pouco mais de dois meses da entrada em vigor. Segundo alguns deputados, o facto é incompreensível, uma vez que a lei do salário mínimo prevê que se equacione a actualização do valor a cada dois anos. Por este motivo, os legisladores acreditam que a proposta devia ter entrado mais cedo na Assembleia Legislativa.
Em relação ao aumento de uma pataca por hora, ou de 2,9 por cento, Wong Kit Cheng revelou que houve legisladores preocupados com o impacto deste aumento nas empresas que gerem condomínios e que vai contribuir para criar dificuldades acrescidas ao sector (ver abertura).
Dado que os deputados consideram que o processo de proposta de aumento não foi claro, os legisladores vão pedir ao Executivo para se deslocar ao hemiciclo para explicar o processo de discussão no Conselho Permanente de Concertação Social (CPCP) que levou à proposta actual.

13 Nov 2025