Sérgio Fonseca Grande Prémio de MacauGP | Francisco Mora vem à descoberta do GP Francisco Mora [dropcap style=’circle’]D[/dropcap]urante vários anos consecutivos Portugal esteve representado na Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau pelo portuense Tiago Monteiro. Contudo, o Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) rumou a outras paragens e com ele levou Monteiro. Mas, a bandeira da República Portuguesa continuará a estar presente na prova, dado que o jovem Francisco Mora fará a sua estreia no Circuito da Guia na prova rainha de carros de turismo do Sudeste Asiático. O jovem português falou ao portal de automobilismo SportMotores.com pela primeira vez publicamente sobre esta sua participação na prova. O piloto de 19 anos disse que o objectivo principal passa por fazer duas boas corridas, sem erros. “Sei que Macau é uma das pistas mais difíceis e exigentes do mundo onde cometer um erro é fácil. Tenho que estar muito concentrado pois não há escapatórias e o mais pequeno erro significa um acidente”, explicou. Sabendo que a concorrência é forte e tem nomes sonantes como Gianni Morbidelli, Rob Huff, Alain Menu ou o compatriota Rodolfo Ávila, Mora é cauteloso quando se trata de falar de resultados. “Vamos ver como corre e onde terminamos, visto que esta será a primeira vez que vou correr [em Macau] e muitos dos meus adversários já lá andaram”, realçou. O jovem da Maia participou este ano em algumas corridas do Campeonato de Itália de GT com um dos Mercedes da Sports & You, mas na segunda metade da temporada virou-se para o Campeonato Nacional de Velocidade, sendo o único inscrito na categoria de Turismos, aos comandos de um SEAT Léon TCR da Veloso Motorsport, sagrando-se sem grandes dificuldades campeão nacional da especialidade. Antes disso, Mora também tinha alinhado nas duas corridas da TCR International Series no Autódromo Internacional do Algarve, com resultados expectativa dada a sua curta experiência ao volante deste tipo de viaturas. Mora está inscrito com um SEAT Léon TCR da Target Competition, fazendo equipa com Rafaël Galiana, Andrea Belicchi, Keith Chan, Jordi Oriola e Stefano Comini, o líder do Campeonato de Pilotos e que vai para a prova de Macau discutir o título da TCR International Series com Pepe Oriola e Jordi Gené. O piloto luso revelou também à mesma fonte que não irá ter qualquer oportunidade de testar pela equipa italiana antes da prova do Circuito da Guia. Audi com baixa pesada Entretanto a Audi sofreu uma baixa pesada. Lucas Vanthoor não marcará presença na Taça do Mundo FIA GT, devido às lesões que sofreu no acidente na prova de Misano do Blancpain Sprint Series. O piloto da Audi e quarto classificado na Taça GT Macau o ano transacto protagonizou um violento acidente na corrida italiana há um mês, tendo na altura lhe sido diagnosticado uma fractura numa perna e duas fracturas na anca. O belga esperava poder estar recuperado a tempo de participar na prova do território. Vanthoor foi submetido a exames pelos médicos da Audi na quarta-feira passada, tendo estes lhe negado a participação na corrida. “Os médicos da Audi disseram que se eu tivesse mais um acidente poderia magoar ainda mais a minha anca. Eu estava preparado para arriscar mas não fui autorizado e respeito a decisão”, escreveu Vanthoor na rede social Twitter. A marca de Ingolstadt, que estreia nas ruas de Macau o novo R8 LMS GT3, deverá nomeou o alemão René Rast, ex-vencedor das 24 horas de Spa-Francorchamps e 24 horas de Nurburgring, fazer parelha com Edoardo Mortara e Marchy Lee.
António Conceição Júnior Desporto ManchetePaulo Bento, treinador de futebol: “A organização dos campeonatos terá de ser mais selectiva” [dropcap style=’circle’]J[/dropcap]ogou futebol desde os oito até aos 35 anos em campeonatos nacionais. Depois seguiu a carreira de treinador. Treinou com Fernando Peres e Vítor Damas. Teve uma passagem de nove anos pelo Sporting Clube de Portugal e pelo futebol juvenil, onde colaborou directamente com Aurélio Pereira. Paulo Bento tem o curso de treinador de futebol com a Licença Profissional UEFA ADVANCED. Treinou em Portugal muitos clubes dos mais variadíssimos campeonatos como treinador principal e como treinador adjunto esteve na 1ª Liga, no Vitória de Setúbal, e na 2ª Liga no Portimonense, onde recentemente trabalhou. Um dia aceitou o desafio do Monte Carlo e chegou a Macau, já lá vão alguns anos. Depois de duas épocas no Monte Carlo regressou a Portugal. Mais tarde, volta a cruzar-se com Macau e aceitou convite, desta feita do Benfica de Macau, mas saiu ainda antes do campeonato começar. Regressou a Portugal. Foi depois treinar para a China. Xangai e o projecto de Luís Figo eram suficientemente credíveis para ele aceitar. Por Macau mantém afectos, boas recordações e outras nem tanto, mas tem uma paixão muito grande por esta região e por poder contribuir para o desenvolvimento do futebol em Macau de uma forma geral, continuando aberto a propostas de projectos credíveis seja a nível de clubes ou das selecções. Como vê a situação actual do futebol em Macau em termos de organização, formação e infra-estruturas físicas (estádios e campos de treino)? O desporto tem que ser visto como uma forma de organização social. Como tal existirá sempre aquele que visa o lucro e escolhe os melhores, os mais competentes, aqueles que melhor rendimento dão no momento para atingir determinados objectivos desportivos, tal como ser campeão de uma competição qualquer. Depois existe o desporto assente no lúdico, onde todos têm o seu espaço, onde praticam aquela modalidade de que mais gostam que lhes dá mais prazer, onde entendem ser melhores. Olhando para tudo aquilo que disse anteriormente e pela experiência que passei ao longo do tempo que permaneci em Macau em dois clubes da liga Elite, Macau sofre deste mesmo problema: uma confusão de ideias quanto à sua organização, não sabe ainda dividir o “desporto para todos” do “desporto de alto rendimento”. Vidé a organização do campeonato de futebol da Liga Elite onde podemos observar equipas de muito pouca qualidade, com atletas que interpretam o futebol não de uma maneira profissional mas assente em ideias do futebol amador, porque na realidade o futebol em Macau é ainda considerado como uma competição amadora, apesar de alguns clubes investirem em treinadores e atletas profissionais vindos de outros países. Considero que a organização dos campeonatos terá de ser bem pensada de forma a não acontecerem situações de falta de estratégia e de planificação. Como valia a questão dos campeonatos? A organização dos campeonatos terá de ser mais selectiva no que diz respeito à inscrição de equipas. As equipas que entrarem no campeonato da Liga Elite terão de cumprir determinados parâmetros que a identifiquem como uma verdadeira equipa de futebol de 11, onde os seus activos, por exemplo, são só jogadores de futebol de 11 e não acumulem também espaço em equipas de futsal ou ainda na Bolinha. Terão que dividir essas competições, pois apesar de estarmos a falar de futebol, é muito diferente o futebol de 11 do futsal e da Bolinha…existem muitos exemplos de excelentes jogadores de futsal que têm um nível médio/baixo como jogadores de futebol de 11, o mesmo se coloca ao inverso. E como vê as infra-estruturas físicas actuais? Terão de ser adequados à prática da modalidade. As equipas treinam em espaços que não são adequados para a prática da modalidade de futebol de 11, no que diz respeito ao espaço disponibilizado para desenvolver o seu trabalho – trabalha-se muito em meio campo e em campos de futebol de cinco e de sete – e ao piso, como por exemplo o Estádio de Hóquei em Campo, que tem (não sei como está actualmente) um piso muito antigo e extremamente duro que leva os atletas a sofrerem lesões graves ao nível das articulações e outras. Este equipamento desportivo deveria ser reformulado com colocação de novo piso e pensar na mudança do Hóquei em campo para um outro espaço unicamente destinado à modalidade. A mudança constante de piso é também prejudicial para o atleta levando-o por vezes a criar lesões. Nos atletas profissionais além destes serem os principais lesados, também a sua entidade patronal, ou seja os clubes, sofrem com a situação, pois ficam impedidos de os seus jogadores poderem rentabilizar o investimento feito neles e desta forma inviabilizar os objectivos preconizados em determinado momento, quando pensaram em investir em atletas profissionais, perde também o futebol e o campeonato. O mesmo se passa em terrenos relvados que não estão devidamente tratados para a prática do futebol de 11, neste caso tomo como exemplo o estádio da Universidade que no meu tempo, na maioria das vezes, não estava devidamente tratado e com alguma perigosidade para os atletas contraírem lesões. Desta forma, talvez este Estádio pudesse ser transformado num excelente campo sintético de última geração, proporcionando assim muitas horas de utilização. Pode-se rentabilizar alguns espaços que poderão trazer mais disponibilidade para os clubes treinarem, como por exemplo o espaço relvado por detrás do Hóquei em Campo, este, caso não haja inconveniente, poderá ser um bom espaço para um campo sintético de última geração, já que é utilizado por equipas para desenvolverem o seu trabalho. O futebol em Macau tem uma história que se pode localizar nos anos 1920, com picos nas décadas seguintes, nomeadamente nos interports com Hong Kong nas décadas de 1930, 1940 e 1950, em que as selecções locais ganhavam a Hong Kong. Nessa altura havia uma divisão de futebol de 11, enquanto vamos encontrar agora três divisões a ocupar todos os campos disponíveis. Simultaneamente a mesma Associação de Futebol de Macau acumula a organização do futebol de onze com o futebol de sete. Que lhe parece isto tudo? Num futuro próximo, deverá diminuir-se o número de divisões para duas e fazer uma Liga Elite mais forte. No entanto terá que se trabalhar no sentido de cada vez mais atrair praticantes de qualidade para a modalidade e mais tarde, quando houver uma maior competitividade, poderá voltar-se a mais uma divisão. Com mais equipas na Liga Elite poderá igualmente trazer maior competitividade, jogadores e treinadores de valia a este campeonato, até porque se poderá prolongar por mais tempo, oferecendo assim a possibilidade da população poder ter mais tempo o futebol de 11 bem presente. A segunda divisão irá com certeza ficar também mais forte. De igual modo, poderá também pensar-se num campeonato amador, onde com certeza estará mais adequado à maioria dos atletas que jogam pelo gosto do futebol, mas que não estão disponíveis ou não querem estar disponíveis para abraçar um projecto profissional ou mesmo semi-profissional, já que possivelmente desenvolvem outras actividades profissionais e assim querem continuar. Também o futebol de sete aqui poderá ter a sua importância, já que com diminuição para duas divisões poderá abrir-se a possibilidade de um campeonato de futebol de sete mais longo e competitivo. Quem está por dentro do futebol juvenil sabe da importância de uma boa transição do futebol juvenil para o futebol sénior, daí que não será despropositado pensar em campeonato intermédio (Campeonato de esperanças) para uma boa integração dos jovens jogadores em campeonatos mais exigentes. Decididamente, o futebol de 11 terá de estar num plano completamente diferente para melhor até porque na realidade é a modalidade com maior visibilidade mundial. A indústria do futebol de 11 é muito forte e como tal poderá também alavancar algumas actividades que podem tirar dividendos com uma Liga forte e organizada de forma profissional. Tudo depende da vontade dos órgãos competentes analisarem a situação do futebol em Macau e terem ou não vontade de mudar para outra direcção. Considerando que há uma limitação de terrenos, e por consequência de campos, como é que se podem gerir os espaços para treinos? Algumas coisas deveriam ser alteradas? Quais? Como referi na resposta à primeira pergunta, é urgente que se possa definir que as equipas que jogam na Liga Elite devem ter maior número de vezes os campos disponíveis para treinar em espaços de acordo com a modalidade que praticam. Impõe-se ultrapassar a ideia de que um grupo de amigos pode ter o campo alugado por vezes com poucos jogadores para fazerem uma brincadeira e uma equipa que está em competição oficial vê-se privada de treinar por falta de campo. Pensar também na construção de campos sintéticos de última geração, pois conseguem aguentar maior número de horas de utilização e transformar alguns espaços até agora utilizados de forma deficiente em campos com qualidade para a prática do futebol. Enquanto não existirem campos suficientes para o futebol de onze, poderá tentar-se chegar a acordo com alguns colégios e escolas que disponham de espaços, para o futebol de cinco e de sete para assim poderem dispor de mais opções e continuar a dar a possibilidade a quem pratica o futebol apenas por lazer continuar a ter a possibilidade de jogar com amigos sempre que quiser, fomentando assim o desporto lúdico. Desta forma, pode-se arranjar maior disponibilidade de campos de futebol de onze. Nisto tudo há dois vectores que sofrem: a organização do futebol e os campeonatos e, por outro lado, a formação. Que é que lhe sugerem estes dois temas? Macau ainda vê o futebol de uma forma lúdica, onde todos pensam que podem jogar ao mais alto nível. Há que distinguir uma actividade lúdica como os jogos entre amigos e uma prova profissional ou mesmo semi-profissional. Os factores que influenciam o rendimento desportivo, técnico-táctico, físico e psicológico, bem como outros que fogem aos treinadores e suas organizações apresentam diferenças muito grandes entre competições profissionais e amadoras. Deste modo, entendo que falar de Macau e do seu futebol será uma longa discussão. A organização de uma Liga Profissional terá que ser levada em linha de conta pela AFM, mas também terão de se efectuar muitas alterações na sua organização, não só de logística, mas também fundamentalmente dos seus colaboradores, principalmente mudança de mentalidade e não ter receio de trazer para dentro da sua casa, técnicos, dirigentes e colaboradores com maior qualificação no sentido de poderem acrescentar algo. Os árbitros terão também de demonstrar mais competência, mas autónomos da AFM. Para que isto seja realidade, a AFM tem que apostar num plano estratégico de formação de todos os seus colaboradores, não deve continuar a permitir que treinadores estejam a treinar sem a devida licença profissional de treinador passada por organização mundial como a UEFA ou outra certificada e que ateste a validade da Licença Profissional do treinador. Deverá ter a certeza de que o Clube cumprirá na íntegra com todas as suas responsabilidade que tem para com os seus funcionários, para assim poder inscrever-se numa prova oficial. Isto é o que penso que pode contribuir para um desenvolvimento sadio e com qualidade. Gostava de ver um diálogo claro e objectivo sobre esta temática por parte de outras pessoas, principalmente daquelas que estão envolvidas neste fenómeno desportivo em Macau e que são influentes nas decisões a tomar no futuro para que o futebol possa desenvolver-se cada vez mais. Tenho paixão por Macau, estou e estarei sempre disponível dentro das minhas competências para colaborar e contribuir na melhoria do futebol da RAEM. E muito mais haveria para dizer deste prelúdio para uma conversa.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauGP | Dani Juncadella vai tentar repetir o feito de 2011 em F3 [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] piloto espanhol do DTM, que triunfou em Macau com a Prema Powerteam em 2011, assinou com a Fortec Motorsport e vai substituir o brasileiro Pietro Fittipaldi, neto de Emerson Fittipaldi, que decidiu não se estrear no Circuito da Guia este ano. O acordo foi conseguido na segunda-feira com a bênção da Mercedes-Benz Motorsport, que fornece motores à Fortec Motorsport e com quem o ex-piloto de testes da Force India Formula 1 tem contrato. Juncadella será companheiro de equipa do piloto da RAEM Andy Chang e do chinês Martin Cao. Esta será a segunda tentativa de Juncadella para repetir o feito. Já na qualidade de campeão europeu da especialidade, Juncadella tentou vencer esta prova por uma segunda ocasião em 2012, mas ficou aquém do esperado, tendo terminado no quinto lugar na edição ganha pelo português António Félix da Costa. Para se qualificar para a corrida de final de época da Fórmula 3, o espanhol fará a prova da Euroformula Open (ex-Campeonato de Espanha de Fórmula 3) em Barcelona no dia 1 de Novembro. Juncadella não será o único piloto em pista que tentará igualar o recorde de Mortara, pois o vencedor da edição de 2014, o sueco Felix Rosenqvist, será uma das estrelas da edição deste ano. Easton muda de equipa Stuart Easton não vai defender as cores da Paul Bird Motorsport no Grande Prémio de Macau de Motociclismo. Segundo a imprensa inglesa especializada, o escocês, que iria fazer equipa com Ian Hutchinson, vai correr com uma Yamaha da equipa SMT alugada à equipa SMR. Esta troca de equipa para a prova do Circuito da Guia deveu-se ao contrato que Easton, que dominou nas ruas de Macau de 2008 a 2010, assinou para a próxima temporada no Campeonato Britânico de Superbikes. “Será uma grande oportunidade para mim tripular a Yamaha mais cedo, mesmo sendo um circuito citadino”, disse Easton ao site bikesportnews.com.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauGP | SJM continua a ser patrocinadora da Theodore Racing [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Sociedade de Jogos de Macau (SJM) continua a ser a patrocinadora da equipa Theodore Racing na edição deste ano do Grande Prémio de Macau. A operadora mantém-se como “parceira oficial e patrocinadora do título” da equipa fundada por Teddy Yip. “A equipa pretende tornar-se campeã do GP pela oitava vez. A Theodore Racing tem sido sinónimo desta competição desde que o seu fundador, Teddy Yip, conhecido como o ‘senhor Grande Prémio’, competiu pela primeira vez como piloto em 1956 e continuou entrando ou sendo patrocinador de corridas até 1992, conseguindo um total de seis vitórias no GP. Depois de 21 anos de intervalo, o filho, Teddy Jr. reavivou a equipa com a SJM, em 2013, para o que ficou comprovado como sendo uma vitória triunfante”, explica a SJM em comunicado. A equipa da Theodore deste ano é composta por Felix Rosenqvist, Jake Dennis e Lance Stroll, sendo os carros Mercedes-Benz Dallara de Fórmula 3. Os três pilotos juntam-se, assim, à lista de nomes da Theodore Racing, que inclui nada mais, nada menos do que Ayrton Senna, Alan Jones e Mika Hakkinen, entre outros.
Sérgio Fonseca DesportoArquitecto português voltou a liderar projecto do circuito FIA de Pequim [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] segunda temporada do Campeonato FIA de Fórmula E, o primeiro campeonato mundial para automóveis de motorização eléctrica, arranca no sábado nas ruas da capital chinesa e o traçado citadino localizado nos arredores do Parque Olímpico de Pequim, que relativamente a 2014 não sofreu alterações profundas, voltou novamente a sair da lapiseira do arquitecto português Rodrigo Nunes. “O circuito será praticamente o mesmo, tendo sido removida somente a primeira chicane e alterada a segunda. Também a definição da última curva será materializada de uma outra forma”, explicou o arquitecto português ao HM, referindo ainda que estas alterações, acima de tudo, “são resultado da análise do que se passou na corrida do ano passado e também de um melhor entendimento relativamente ao comportamento destes carros”. O director do gabinete R+S Project aclara que “um ano passou, o carro melhorou, e o que há um ano era uma quase completa incógnita, este ano já é possível tentar adaptar os circuitos à realidade Fórmula E”. Nunes explica também as novidades introduzidas no circuito de 3439 quilómetros e 17 curvas, o mais longo do campeonato: “O termos retirado a primeira chicane surge na tentativa de criar mais uma zona clara de ultrapassagem que será este ano na travagem para a Curva 3. Os pilotos serão obrigados a efectuar uma forte travagem, o que previsivelmente aumentará as hipóteses de ultrapassagem. Redesenhamos também a segunda chicane dado que tivemos alguns problemas com a saída o ano passado. Estava demasiado lenta e não ajudava ao espectáculo”. A corrida do ano transacto, a primeira da história da disciplina, ficou marcada pelo espectacular acidente entre Nicolas Prost e Nick Heidfeld na última curva da volta final. Esta colisão, em que o monolugar do piloto alemão acabou por capotar, obrigou a mexidas no traçado. “Mesmo tendo sido o resultado de um conjunto de “azares”, vamos tentar que uma situação semelhante não aconteça”, clarificou Nunes. A Fórmula E vai ter onze corridas em três continentes, onde se destacam esta temporada a entrada no calendário de corridas no centro de Paris e num circuito permanente, o Autódromo Hermanos Rodriguez, bem no coração da Cidade do México. António Félix da Costa, o único piloto que venceu com a bandeira de Portugal o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, é o representante luso no campeonato e tentará repetir o triunfo do ano passado nas ruas de Buenos Aires. A Língua Portuguesa ainda está representada em pista pelos brasileiros Nelson Piquet Jr, Bruno Senna e Lucas Di Grassi, e ainda pelo português Bruno Correia que conduz o BMW i8 “Safety-Car”. Além da China Na primeira temporada da competição de carros eléctricos, Nunes não foi só responsável directo da construção do circuito de Pequim, tendo também liderado os projectos de Berlim e Moscovo. Em jeito de balanço, o portuense diz que “é muito interessante concluir que em todos foi diferente trabalhar. As culturas e mentalidades de trabalho são completamente distintas e temos de nos adaptar, dado que o nosso objectivo é claro….terminar a construção do circuito a tempo”. O arquitecto também está envolvido no projecto para o circuito de Hong Kong que em Outubro de 2016 será a prova de abertura da terceira temporada. “Finalmente foi encontrada uma solução que aparentemente permite a realização do evento”, explica sem entrar em detalhes.
Sérgio Fonseca DesportoHong Kong | Governo da região vizinha apoia Fórmula E [dropcap style=’cricle’]D[/dropcap]ois dias após a conferência de imprensa de apresentação da 62ª edição do Grande Prémio de Macau, aqui ao lado, em Hong Kong, a associação de desportos motorizados local, a HKAA, na sua sigla inglesa, ajudou a colocar de pé a conferência de apresentação da prova do Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E no litoral da Ilha de Hong Kong. Na pretérita sexta-feira, o Chefe do Executivo Leung Chun-ying marcou presença no evento e sublinhou a perfeita localização do circuito, com os portos como plano de fundo. O Chefe do Executivo, que disse que “este foi um sonho tornado realidade”, aproveitando a ocasião para salientar os benefícios do evento para o território: trará turistas e ajudará a promover os veículos eléctricos. O traçado terá cerca de 2.2 quilómetros, com partida na Lung Wo Road, em Admiralty, onde aconteceram os protestos pró-democracia, passando em frente do International Finance Centre e pelo Star Ferry Pier, em Central, onde se espera que os carros atinjam velocidades na ordem dos 225 km/h. O Hong Kong ePrix já tem data marcada – 9 de Outubro de 2016 – e será a prova de abertura da terceira temporada do Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E que contempla dez eventos, um deles em Pequim. Cerca de 20 mil espectadores são esperados para este evento de um dia só, sendo que os bilhetes rondarão cerca de 1400 patacas, apesar do Governo ter aconselhado um preço razoável aos organizadores. Fantasmas do passado Nelson Ângelo Piquet, filho do ex-campeão do mundo de Fórmula 1 e também ele ex-piloto da disciplina rainha do desporto automóvel, esteve presente no evento na qualidade de campeão em título da disciplina. O brasileiro afirmou à imprensa que “espera ter a oportunidade de correr neste circuito”. Contudo, esta é a terceira tentativa que a HKAA tenta colocar este evento de pé. A primeira versão do circuito foi chumbada pela FIA e a segunda, por passar em frente a edifícios governamentais, não saiu do papel. Por seu lado, a última corrida de automobilismo realizada em Hong Kong foi o Grande Prémio Internacional de Karting no Victoria Park em 1992, evento que se realizava desde 1967 e que chegou a ser a prova de karting com o maior prémio monetário do planeta. O evento acabou por ser proscrito devido às queixas sobre o ruído das associações de residentes da área Causeway Bay-Tin Hau. Várias outras tentativas de colocar de pé circuitos permanentes e citadinos nas últimas duas décadas esbarraram em condicionantes colocadas por departamentos governamentais. Quanto custa? Se a presença do Chefe do Executivo enviou a mensagem de que o Governo de Hong Kong apoia incondicionalmente o evento, há dúvidas sobre o financiamento, cujos detalhes não foram dados a conhecer à imprensa. “Em termos de trazer os carros para Hong Kong, preparativos e outros custos, acredito que vai custar entre 250 a 300 milhões de dólares de Hong Kong. A Fórmula 1 custa muito mais”, disse, citado pelo South China Morning Post, Lawrence Yu Kam-kee, o presidente da HKAA. A Formula E Holdings, empresa com sede precisamente na ex-colónia britânica, e os organizadores locais serão responsáveis pelos custos, com o apoio governamental na colocação da infra-estrutura e do Departamento de Turismo que será responsável pela promoção. Como comparação, o orçamento disponibilizado para a edição deste ano do Grande Prémio de Macau é na ordem dos 200 milhões de patacas. Já antes Yu tinha declarado publicamente que o evento será realizado apenas com fundos privados e chegou mesmo a afirmar que havia um rol de patrocinadores dispostos a financiar este projecto.
Andreia Sofia Silva Desporto Grande Prémio de MacauGP | Novas corridas na Guia e os grandes nomes de sempre A 62ª edição do Grande Prémio de Macau regressa ao território entre os dias 19 a 22 de Novembro. Há novidades no Circuito da Guia, com a saída da prova WTCC e o arranque da Taça do Mundo de GT da FIA [dropcap style=’circle’]Q[/dropcap]Na sua última edição encabeçada por João Manuel Costa Antunes, o Grande Prémio de Macau (GP) apresenta a primeira edição da Taça do Mundo de GT da FIA com cinco equipas – Aston Martin, Audi, Mclaren, Porsche e Mercedes-Benz – e 24 pilotos. Com o habitual Grande Prémio de Motas de Macau e o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça Intercontinental da Federação Internacional de Automóvel (FIA), a 62ª edição do GP não vai, contudo, contar com a até então habitual corrida de WTCC. No Circuito da Guia voltam a correr nomes como o de Félix Rosenqvist, vencedor de Fórmula 3 o ano passado, ou Michael Rutter, habitual vencedor no Grande Prémio de Motos, e Edoardo Mortara. De Portugal chegam os pilotos Álvaro Parente, Nuno Caetano e André Pires. Por Macau, correm André Couto, Rodolfo Ávila, Rui Valente e Álvaro Mourato, entre outros nomes já habituais na Guia. Com um orçamento de cerca de 210 milhões de patacas, semelhante ao de 2014, a Comissão do GP anunciou ontem que foram geradas mais 3% de receitas no campeonato do ano passado. Aos jornalistas, João Manuel Costa Antunes mostrou-se optimista quanto às novidades no Circuito da Guia. “Este ano temos duas corridas novas, duas estreias em Macau e a nível mundial. A Corrida da Guia, que é tradicionalmente uma corrida de carros de turismo, deu a oportunidade para que a série TCR tenha aqui a sua final e trata-se de um tipo de viaturas que é mais acessível para que os pilotos da zona asiática, e de Macau, possam evoluir para outros níveis. Penso que pelos resultados que verificámos até agora vamos ter uma grande corrida no Circuito da Guia”, disse. Reconhecimento Quanto à Taça GT do Mundo da FIA, “vem quase como uma consequência do projecto que se iniciou em 2008, com as provas GT Macau, em que a nível internacional fomos atraindo cada vez mais as atenções das marcas e dos pilotos”, adiantou Costa Antunes. “Grande parte dos pilotos que vêm para a taça do mundo de TG são pilotos que já correram em Macau. São pilotos que reconhecem a validade e interesse do nosso circuito”. O facto da Ferrari não estar presente nesta competição não constitui um problema para Christian Schacht, presidente da Comissão GT da Fia. “Teremos de perguntar à Ferrari [por que não vem]. Com todos os esforços que fizemos estou muito contente por termos um projecto que começou em Julho. O sucesso e os resultados que tivemos deixam-me muito contente”, apontou. Costa Antunes disse ainda ter “uma grande alegria ao ver pilotos de Macau e de Portugal”. “Grande parte dos que vêm competir no GP têm alguma experiência no circuito e portanto temos sempre uma grande esperança”, apontou, tendo falado da entrada de técnicos internacionais no Circuito da Guia. “Ao longo dos anos temos evoluído e estamos num patamar em que cerca de 900 técnicos desportivos estão à volta do circuito e como o GP é uma prova verdadeiramente internacional, sentimos a necessidade de termos técnicos internacionais, porque seguem os vários campeonatos. São os técnicos que a FIA indica”, rematou. Grande Prémio no ID “não perde autonomia” No final deste ano, a Comissão do GP passa a estar sob alçada do Instituto do Desporto, mas Costa Antunes desvaloriza uma eventual perda de autonomia. “Não acho que haja uma perda de autonomia, penso que a estrutura organizativa vai ser de outra forma. A Comissão do GP já viveu no passado outras estruturas. Começou por ser liderado por uma comissão quase independente, depois esteve ligado ao Leal Senado e depois passou a ser coordenado por um departamento do turismo. Depois entendeu-se que deveria ser autónomo e agora, por uma questão de racionalização de meios, entendeu-se que deveria estar dentro de um departamento do ID”, lembrou.
Sérgio Fonseca DesportoMalaca assegura futuro do Circuito de Zhuhai [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]fantasma da demolição que há mais de uma década paira sobre o Circuito Internacional de Zhuhai, a única infra-estrutura permanente para a prática de automobilismo e motociclismo nos arredores de Macau, terá por agora desaparecido com o memorando de entendimento assinado este fim-de-semana em Malaca pela LBS Bina Group Bhd, os proprietários do circuito e os seus parceiros locais, a Zhuhai Jiuzhou Group Holdings Ltd. A assinatura deste memorando – intitulado “Paradigma do Circuito Urbano Integrado no Desenvolvimento da China” – contou com a presença de Tun Mohd Khalil Yaakob, o Governador de Malaca, e de Zhu Xiaodan, Governador da Província de Guangdong. “As duas empresas vão integrar os desportos motorizados na vida urbana moderna de uma forma aberta, através da demolição dos existentes muros em redor do circuito”, lia-se no comunicado enviado às redacções. O memorando compreende áreas tão diferentes como a promoção dos desportos motorizados, turismo e as relações económicas entre a Malásia e a China. Entre os planos está a criação de um Centro de Turismo, com especial foco na promoção do Distrito Norte de Zhuhai, estabelecer um centro multicultural que encoraje as trocas culturais entre os dois países e um museu. Tan Sri Lim Hock San, o director executivo da empresa malaia, disse que “o LBS Bina Group está a desempenhar um importante papel no reforço da transformação de laços comerciais bilaterais entre a China e Malásia”. “Usando Guangdong como um corredor para formar uma ligação mais estreita, pretendemos estabelecer um museu cultural, um centro multi-cultural e uma sala de exposições dentro Circuito Internacional de Zhuhai. Isto só é possível com o forte apoio do Governo de Malaca”, acrescentou. Lim também confirmou a construção de um Museu, que irá mostrar a cultura e tradições de Malaca, um centro mercantil onde os portugueses criaram um importante entreposto comercial nos séculos XVI e XVII, e que ajudará promover os laços culturais entre a Malásia e a China. Isto, esperam os responsáveis, irá fortalecer a indústria do turismo da Malásia e atrair no futuro mais empresas internacionais a investir no país. Já antes tinha sido anunciado um parque temático e um hotel nas premissas do circuito. O ZIC Ltd resulta de uma joint venture entre o LBS Bina Group Bhd e a Zhuhai Jiuzhou Holdings. Com uma presença de 15 anos em Zhuhai, a LBS é uma das dezoito empresas que actualmente têm investimentos na cidade. Erguido em 1996 com o intuito de receber o primeiro Grande Prémio da China de Fórmula 1, algo que nunca viria a acontecer, o Circuito de Zhuhai foi no entanto o primeiro circuito permanente do continente. Desde a sua fundação recebeu várias provas internacionais, como o FIA GT, A1 GP ou Intercontinental Le Mans Series. Nos últimos anos a pista tem optado por organizar os seus próprios eventos, abdicando das provas internacionais. O ano passado, tanto o poderoso campeonato alemão de carros de turismo DTM, como o mundial da especialidade, o FIA WTCC, estiveram próximos de ter eventos na cidade, o que por razões diferentes não se concretizou. Recorde-se que no início do ano a Associação Geral Automóvel de Macau-China e o ZIC Ltd fizeram uma parceria que permitiu o regresso do Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS), num acordo que, segundo os responsáveis de ambas as partes, segue a linha de aproximação entre as duas cidades vizinhas que, com o intuito de expandir as corridas de automóveis e a sua cultura, pretendem aumentar o intercâmbio e cooperação de forma a que ambas as partes possam usufruir de vantagens complementares, dando assim uma nova forma e impulso à indústria dos automóveis de competição no delta do Rio da Pérolas. O Circuito de Zhuhai é igualmente importante para as equipas de Macau, visto que são várias as estruturas da RAEM, profissionais e amadoras, que lá têm as suas bases operacionais.
Leonor Sá Machado DesportoDesporto | CrossFit Kids arranca a 4 de Outubro Em Outubro chega a Macau a vertente CrossFit Kids, que nasceu da empresa-mãe, nos EUA. A ideia é cortar o mal pela raiz no que diz respeito à questões de postura e alimentação dos mais pequenos. E tudo seriamente a brincar, garante António Barrias, representante da marca em Macau [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]o CrossFit Macau já está tudo a postos para a implementação do projecto CrossFit Kids. As aulas, que arrancam já no dia 4 do próximo mês, vão compreender uma série de exercícios dedicados aos mais pequenos, com idades entre os quatro e os 13 anos. Ao HM, o representante da marca em Macau, António Barrias, fala deste novo projecto como uma revitalização do desporto, enquanto conceito. “Lidando com crianças, o nosso objectivo é fazer com que estas aprendam a mexer o seu corpo da forma mais saudável possível. Infelizmente, vivemos numa sociedade na qual os problemas [de saúde] começam a surgir muito antes da adolescência. Há tanta informação que os pais deixam de saber o que é realmente melhor para alimentar as suas crianças”, começa por dizer. “As crianças passam várias horas seguidas sentadas, na escola por exemplo, e começam a desenvolver problemas posturais”, ilustra o também instrutor. Barrias fala ainda da taxa de diabetes entre os mais novos que, diz, tem vindo a crescer exponencialmente. Em jeito de acrescento, reforça que “é preciso cortar o mal pela raiz”. O projecto conta já com “várias pré-inscrições”, cujo prazo teve início ontem, e incluem filhos de alunos do já existente CrossFit. Mas como é que a ideia passou da teoria à prática? Tudo partiu da empresa-mãe, nos EUA, que se focou em Análise Psicológica, cujos resultados levaram à conclusão de que uma boa teoria de desporto leva a treinos eficazes, dando azo à criação do CrossFit Kids. “Os princípios são os mesmos e estão lá inerentes, que são movimentos funcionais e desenvolvimento do corpo humano”, explica. No entanto “há uma grande diferença no que toca à intensidade dos treinos” para adultos, confirma o responsável. Quem não gosta de brincar? As sessões não obrigam apenas ao movimento do corpo e ao exercício físico, mas também a conhecimentos básicos sobre alimentação. “Temos movimentos que o treinador aprende, na sua formação para este projecto, e a fingir que é, por exemplo, um macaco”, exemplifica o representante. Para António Barrias, é importante que as crianças se mentalizem de que o desporto deve ter presença assídua no quotidiano de todos nós, desde e para sempre. Neste momento, são três os treinadores formados para dar as aulas de CrossFit Kids: Amanda Ho, Nicole Bernardes e Hélder Ricardo. O projecto já poderia ter arrancado há um ano, mas António Barrias preferiu esperar “pelo momento certo”. É importante, na sua óptica, que os pais percebam as vantagens de incutir nos seus filhos o gosto pelo desporto e um estilo de vida saudável. Sucesso garantido Questionado sobre previsões para este projecto, António Barrias refere que o número de inscrições já feitas mostra que o CrossFit Kids tem já “sucesso garantido”. O instrutor justifica, no entanto, que o mais importante não é o dinheiro que cai ao final do mês, mas antes os resultados que vai ter. “Não estamos à procura de sucesso financeiro, porque a nossa missão é trazer saúde aos residentes de Macau”, sublinha. “A fonte da juventude está nas crianças e temos que mantê-las saudáveis”, acrescentou, em conversa com o HM. As aulas custam entre as mil e as 2400 patacas, dependendo do pacote de aulas pretendido. Os horários parecem ser versáteis, de forma a também corresponder àquilo que o instrutor diz ser a “rigidez” de horas nas escolas e colégios da RAEM. Assim, os pais podem aderir à aplicação para smartphone computador, onde é possível reservar e cancelar aulas, no prazo de dois meses. “Dá muita liberdade aos pais”, destaca. O CrossFit é uma empresa dedicada ao fitness mas que, de acordo com António Barrias, que conta já com dois ginásios da modalidade em Macau, é muito mais do que isso. Trata-se de uma filosofia desportiva que pretende estabelecer o eterno conceito de “mente sã, corpo são”. António Barrias foi, enquanto desportista, treinador e empreendedor, o primeiro a abrir um ginásio de CrossFit na cidade.
Leonor Sá Machado Desporto MancheteSporting de Macau festeja 89 anos. Presidente defende vinda de profissionais portugueses O presidente do Sporting Clube de Macau, António Conceição Júnior, defende que a contratação de profissionais de Portugal pode ajudar na formação e na melhoria do estado do futebol em Macau. Amador será sempre, mas há sempre margem, diz, para elevar o grau de profissionalismo Que balanço faz desde a mais recente reactivação do Sporting Clube de Macau? Desde a última reactivação, em 2009, parece que os principais objectivos, que era chegar à primeira divisão e ganhar o título de vice-campeão – a primeira vez que subimos à primeira divisão – foram atingidos. Claro que procuramos sempre ser campeões, mas tudo depende de muitos factores que são hoje diferentes daqueles que existiam antes da chamada “onda de profissionalização do futebol” de Macau. Que factores, por exemplo? Exactamente com o poder económico de cada clube. É normal e acontece em todo o lado, seja Portugal, Alemanha ou Inglaterra, embora em Inglaterra as coisas estejam mais equilibradas. Aqui em Macau, essa diferença ainda se sente muito, porque é tudo uma questão de orçamento. Como seria possível dar a volta a essa questão? Neste momento, ainda mais difícil se torna, uma vez que, como é sabido, o clima económico de Macau não é o mais famoso, o que implica uma reflexão sobre os gastos. Por exemplo, cada jogador sente-se – e é compreensível – o centro do mundo, mas para o Sporting, enquanto clube, não é. O clube tem determinado número de jogadores e tem que tratar de todos. Que mudanças acredita terem sido determinantes para uma melhoria do estado do futebol em Macau? Acho que ainda não houve as mudanças que gostaríamos que tivessem acontecido. Começaria por dizer que o desporto, no geral, seja ele motorizado, náutico ou de outro tipo, deveria ter padrões. Muito em breve vão começar os trabalhos do Grande Prémio e como toda a gente em Macau sabe, o piso da pista é verificado pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo). Isto é de extrema importância no sentido de evitar acidentes. Macau e o Grande Prémio têm sido o padrão pelo qual se deveriam reger todos os outros desportos. Isto é, reger pela qualidade e não pela mediocridade. É nesta perspectiva que o Sporting tem vindo a lutar, não para seu benefício, mas para benefício do futebol de Macau. Que futuras mudanças são precisas? Considero, como representante do Sporting, que existem demasiadas divisões. Não faz sentido em Macau haver tantas divisões de futebol de 11. Há três campos e julgo que um ou dois deles podiam ter relvado sintético porque permitem uma utilização intensiva, que é o que faz falta em Macau. É curioso porque o campo dos Operários tem um relvado sintético que, ainda que de má qualidade, existe. Isto só mostra que existem precedentes, que existe quem reconheça que o tipo de piso é importantíssimo. Neste momento, não há em Macau um campo onde as equipas possam treinar regularmente. A responsabilidade de criar e gerir esta matéria caberá ao Instituto do Desporto? Penso que sim. Compete ao Governo, por meio deste Instituto que o representa, proporcionar condições e tomar decisões. O que é importante, em todas as áreas de governação, é a existência de uma ideologia. Este conjunto de pensamentos, com uma orientação credível e consistente, deve funcionar em benefício da cultura, do desporto, entre outras áreas. Como por exemplo… Tive oportunidade de assistir às comemorações do aniversário do Instituto Cultural de Macau, no Tap Seac, e que contou com espectáculos de orquestras. No fim houve um vídeo que mostrou o percurso da cultura nos últimos anos. O que se viu é que houve uma evolução positiva da cultura na região. Estou mais ligado à área cultural do que à desportiva, mas acho que essa distância também me confere uma visão menos contaminada, por assim dizer. Nos anos 90 só havia o campo do Canídromo onde jogavam duas divisões. A qualidade era boa, mas hoje em dia, são três campos não há espaço para treinar. Não será esta escassez de recursos reflexo da falta de popularidade do futebol enquanto desporto em Macau? Pode-se implementar a popularidade no que quer que seja. Não o Sporting em si, mas sim as instituições com responsabilidades. Em todo o lado o futebol é dos desportos mais populares. Porque é que nos anos 90 o campo do Canídromo estava sempre cheio e, actualmente, o da Taipa está quase sempre vazio? O Sporting ainda ajuda a encher com cerca de 20 adeptos. Mas terão os clubes um papel activo nisso mesmo? Penso que não compete aos clubes promover a modalidade; os clubes praticam-na, mas alguém tem que a promover. Em termos da escassez de recursos físicos… À parte da necessidade de relvado sintético, faltam campos? O importante no futebol, em Macau, não é o prestígio de ter campos de relvado, mas sim da qualidade das equipas e sobretudo da selecção de Macau. Esta não se pode medir pelo relvado. Trata-se de uma questão de gestão. No que respeita à gestão. Num artigo de Março passado, refere que a gestão e organização desta modalidade desportiva estão “num autêntico lamaçal”. O que quis dizer com isto? A ideia está relacionada, antes de mais, com a chuva. Depois, com o facto de que basta um mês para o campo estar completamente careca. Sabemos que entre a relva e a terra que ficou calva há dois centímetros de diferença, que podem causar lesões num jogador que pisar metade de cada tipo de terreno. Isto é, em si, um perigo. Depois, porque às tantas, com a chuva, já não é futebol, é um jogo na lama. Os jogos e os campeonatos acabam com o campo praticamente careca. Relativamente à já discutida possibilidade da criação de uma Comissão Coordenadora para o Futebol. Qual é a sua opinião sobre isto? Não concordo com comissões e explico por quê: quando não se quer resolver um assunto, cria-se uma comissão. Prefiro considerar a opção de escolher técnicos conhecedores e com capacidades organizativas. Devo mesmo dizer que Portugal é um local de onde não se recrutam apenas médicos, mas também é um das grandes potenciais mundiais ao nível do futebol. Tem imensa gente – se calhar muita desempregada, até – que seria capaz de organizar o futebol em Macau e quem diz este, diz qualquer outro desporto. Não venho da área desportiva, mas acredito que sempre tentei rodear-me de pessoas com qualidade, muitas das quais sabiam mais do que eu e isso deixava-me feliz, porque só assim se aprende e se desenvolvem projectos, fosse no Museu (de Macau), ou noutro local. A opção passaria por criar um grupo de trabalho para gerir todo o sistema? Não sei, mas seria interessante aprofundar-se a questão de tempos. Isto tem que ver com o facto inaudito de haver bolinha e depois o bolão, que é futebol de 11. De que forma podia isto ser diferente? Não sei porque é que não é dado à Associação de Futebol Miniatura de Macau a gestão do campeonato bolinha (futebol de sete) e o futebol de 11 deveria começar, como acontece em todo o lado, em Agosto/Setembro, prolongando-se até acabar. Isto faria com que se contraíssem as actualmente existentes três divisões em duas. Acho que se há três divisões com 30 equipas, as primeiras 15 qualificadas passariam para a primeira divisão e as restantes 15, para a segunda. Tal permitiria um campeonato mais longo e mais competitivo, que deixaria um campo livre para treinos. Não faz sentido que só possam jogar no bolão, as equipas que participarem no bolinha, porque é um bocado como se só se pudesse jogar ténis se primeiro se jogasse badmington. São coisas distintas. Sobre o quê ou quem recai a responsabilidade de chamar mais gente para ver os jogos? Parte das instituições estabelecer isso, mas também depende de uma outra coisa: da rever vários elementos. Os árbitros dependem, directamente, da Associação de Futebol de Macau. Em lado nenhum o sistema judiciário depende do Governo, é completamente independente e em Macau isso não existe, são contratados árbitros que trabalham para a Associação e não devia nem podia ser assim. Isso torna a mecânica da arbitragem um pouco parcial… Exactamente. Sempre me preocupou – e sempre fui muito exigente – que as coisas não funcionem correctamente. Outra questão é o acesso aos campos. Defendo que todas as equipas devem ter o mesmo acesso e não apenas aquelas que são patrocinadas pela própria Associação. Acho que não faz qualquer sentido que uma Associação patrocine equipas que participam nos campeonatos em que ela mesma participa. Que previsões tem para esta próxima temporada da bolinha? Da minha parte, temos sempre o objectivo de ganhar o mais possível, mas a bolinha nunca foi uma prioridade para o Sporting. Jogamos sempre para ganhar, mas procuramos, sobretudo, seguir o conceito do Desporto de “mente sã, corpo são”. Principalmente aqui, onde existe um assomo de profissionalismo. Se o houvesse, não aconteciam aquelas situações com os árbitros, as jornadas teriam que ser do conhecimento dos clubes do início ao fim e isso não acontece… Sabem-se de mês a mês. Tem então que haver mais profissionalismo… Mais profissionalismo, mas também uma renovação radical da forma como o futebol em Macau é conduzido. Ao contrário do que disse que aconteceu com a cultura, o futebol sofreu uma regressão. Nos anos 50, o futebol teve a possibilidade de mandar dois jogadores para Portugal e eles tinham qualidade suficiente, num único campo, para jogar no Sporting e ambos foram internacionais. Depois disso, de facto, houve alguns jogadores que jogaram em Portugal, mas não vingaram. Há, então, memória de tempos em que o futebol tinha uma lógica mais profissional? Era futebol amador, mas era muito bem organizado, comparando com a actualidade. Faz agora um ano que o Sporting fez uma parceria com o Osaka Futebol Clube. Em que pé está essa ligação? Tentámos trazer três jogadores japoneses para a bolinha, mas infelizmente não foi possível. Ainda estamos no início desta parceria e é preciso ter atenção aos timings, que não são iguais. Os campeonatos começam em alturas diferentes nas duas cidades, o que às vezes cria problemas. Isto também prejudica os jogadores locais que eventualmente queiramos promover, enviando-os para o Japão. O facto de não haver ajustamento e não obedecemos a um calendário internacional pode ser prejudicial. E relativamente à ligação com o Sporting de Portugal. Qual é a sua posição quanto à contratação do ex-treinador do Benfica para o clube? Acho muito bem e pelos vistos está a dar frutos. Penso que o futebol português deveria espalhar-se para esta área do mundo porque há em Portugal técnicos e jogadores muito competentes. Seria interessante trazê-los a Macau para organizar o próprio campeonato. No que toca à direcção do Clube… A ideia é continuar na presidência por mais anos? Não estou preso ao lugar. Fomos reeleitos à falta de outra lista, mas seria bom que houvesse continuidade. Desde sempre que quisemos cativar o maior número de sócios e faço, por isso, um apelo para que os sportinguistas de Macau se façam sócios. Somos não só os representantes do Sporting em Macau, como representamos Portugal via desporto. Deviam existir mais listas? Penso que sim. Não penso eternizar o lugar, nem esta é a minha área de especialidade, faço-o por prazer. Aniversário com jantar de convívio no Miramar O Sporting Clube de Macau faz 89 anos no próximo dia 25 e terá, para celebrar o aniversário, um jantar no restaurante Miramar, no dia 30, aberto a todos os sportinguistas. Os interessados deverão contactar a direcção para inscrição no evento.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauTaça GT | FIA aquém de número de construtores desejado [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Federação Internacional do Automóvel (FIA) queria sete construtores a participar na Taça do Mundo FIA de GT, que terá como palco o Grande Prémio de Macau, mas só cinco aceitaram o desafio. Na sexta-feira, a federação internacional comunicou que a Aston Martin, Audi, McLaren, Mercedes e Porsche inscreveram-se na competição que se pretende assumir como uma das mais importantes do panorama global das corridas de carros de Grande Turismo e que será disputada entre os próximos dia 19 e 22 de Novembro entre nós. De fora e por razões diversas, entre elas a obrigatoriedade de pagar 30 mil euros de inscrição, ficaram a Bentley, BMW, Ferrari, Lamborghini, Lexus, Dodge e Nissan. Christian Schacht, Presidente da Comissão de GT da FIA, mostrou-se mesmo assim bastante satisfeito com o apoio reunido: “Estamos muito satisfeitos por termos recebido inscrições de cinco dos mais famosos construtores automóveis de competição do mundo neste primeiro evento. Isto é resultado de duas histórias de sucesso: o conceito FIA GT3 usado na maioria dos campeonatos de GT do mundo e o lendário Grande Prémio de Macau”. O dirigente da federação internacional aproveitou também para dizer que “graças ao estatuto do Grande Prémio de Macau e aos direitos de transmissão assinados pelo AAMC, o evento terá um impacto a nível mundial, e com o seu formato sprint, espectadores e adeptos terão a oportunidade de ver um espectáculo magnifico”. A prova tem um triunvirato a liderar a organização – a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), a FIA e a SRO, o grande responsável pelo sucesso mundial da filosofia GT3 e promotor das séries europeias Blancpain GT. Com a Aston Martin e a McLaren inscritas na competição, existe a possibilidade de Portugal estar representado na Taça do Mundo FIA de GT, uma vez que Pedro Lamy é piloto oficial da primeira e Álvaro Parente da segunda. Recentemente, Parente admitiu ao HM que gostaria de estar presente na prova do Circuito da Guia. “É evidente que gostaria de estar presente. O traçado da Guia é fabuloso, muito exigente e onde o piloto pode fazer a diferença, o que entusiasma qualquer um”. Já Lamy, que na década de noventa foi 2º classificado na prova de Fórmula 3 do território, terá mais dificuldades, visto que tem obrigações no Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC) no Bahrein, neste mesmo fim-de-semana. A corrida está aberta a 28 concorrentes, sendo que os restantes, aqueles não nomeados pelos cinco construtores envolvidos, deverão ser provenientes de competições locais. Por outro lado, a FIA não irá permitir a presença de pilotos classificados pela FIA como “Platina” ou “Ouro”, em viaturas que não sejam destas cinco marcas, mas permitirá que pilotos amadores ou pilotos classificados como “Bronze” e “Prata” o possam fazer. Recorde-se que o piloto de Macau André Couto, o único piloto do território que até agora mostrou publicamente interesse em participar nesta corrida, está classificado como “Ouro”. As cinco marcas têm até ao dia 25 do presente mês para nomearem os seus três pilotos. A lista de inscritos da prova será conhecida a 7 de Outubro na habitual Conferência de Imprensa de apresentação do Grande Prémio de Macau. Sete dias antes será revelado o nome do fornecedor exclusivo de pneus do evento. Entretanto, os prémios monetários, que vão até ao décimo classificado, já são conhecidos: 12 mil dólares norte-americanos para o piloto vencedor e 30 mil para o construtor que sair vitorioso deste confronto.
Hoje Macau DesportoSelecção | Portugal à porta do Euro2016 [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m golo de Miguel Veloso, já nos descontos, deixou Portugal a um ponto do apuramento directo para o Euro2016 de futebol, ao selar o triunfo por 1-0 na Albânia, em jogo do Grupo I. Na Arena Elbasan, o médio voltou a vestir a camisola da selecção portuguesa passado um ano de ausência e, de cabeça, marcou o tento decisivo, aos 90+2 minutos, após um canto de Ricardo Quaresma. Com tem sido hábito neste apuramento, Portugal esteve longe de ser brilhante, mas foi pragmático, chegou ao golo já quando o nulo era quase certo (tal como sucedeu na Dinamarca) e ficou com pé e meio no Europeu do próximo ano, em França. Depois do desaire no arranque da campanha perante os albaneses, em Aveiro, a formação das ‘quinas’ alcançou um triunfo precioso na casa de um adversário directo e reforçou a liderança do Grupo I com 15 pontos, mais três que Dinamarca e quatro de Albânia. Portugal, que somou a quinta vitória consecutiva no apuramento, todas pela margem mínima, repetiu o feito de 1996 e 2009 e continua com um recorde 100 por cento vitorioso nas viagens à Albânia. Juntamente com Pepe, Miguel Veloso, antes do golo, já estava a ser uma das melhores unidades lusas em campo, num jogo em que Cristiano Ronaldo bem tentou regressar aos golos, mas demonstrou que precisa de afinar melhor a pontaria. Bernardo Silva foi a surpresa no ‘onze’ de Fernando Santos, que também apostou em Miguel Veloso e Danny, e que voltou a prescindir de ter um ponta de lança, como tem sido hábito nos jogos fora, entregando as tarefas ofensivas a Ronaldo. O seleccionador português regressou após castigo e assistiu no banco de suplentes a um início de parte muito disputado a meio-campo, com ambas a falharem muito no passe. Com o passar dos minutos, mesmo sem grande brilhantismo, Portugal tomou as ‘rédeas’ do encontro, sobretudo após um remate perigoso de Ronaldo, que obrigou o guardião albanês a boa defesa, e um remate de Nani ao poste, em dois lances seguidos. Pela primeira vez titular em jogos oficiais, Bernardo Silva apareceu descaído para o lado direito e deu classe à equipa portuguesa, enquanto Miguel Veloso encheu o terreno com vários roubos de bola, embora depois com pouco discernimento na altura de lançar o ataque. A verdade é que Portugal, também com Pepe ‘imperial’ no centro da defesa, ‘secou’ a equipa albanesa na primeira parte, tanto que Rui Patrício tocou pela primeira vez na bola já o intervalo estava perto. Sem jogar um futebol de ‘encher o olho’, a selecção portuguesa teve oportunidades para regressar aos balneários em vantagem, com Ronaldo (com os gritos Messi, Messi, Messi a crescerem nas bancadas) a testar novamente Berisha, aos 29 minutos, e depois Bernardo Silva, que, em boa posição, falhou o alvo, aos 39. Na segunda parte, Portugal entrou a pressionar mais alto e voltou a estar perto de marcar, em ambas as ocasiões por Danny, aos 56 e 60 minutos. Com alguma surpresa, Bernardo Silva saiu para dar lugar a Quaresma, que praticamente não entrou em jogo, acabando a formação de Fernando Santos por perder alguma criatividade. Com o passar dos minutos, o meio-campo luso foi perdendo intensidade e poder de choque, o que resultou na melhor fase da Albânia. Aos 75 minutos, Çikalleshi fez a bola embater com estrondo na barra da baliza de Rui Patrício, num lance em que a bola ainda tabelou em Ricardo Carvalho. O jogo ficou ainda mais partido com a entrada de Éder para o lugar de Danny, uma aposta de risco de Fernando Santos e que deu lugar a um final frenético na Arena Elbasan. A Albânia ganhou ascendente e até, a certa altura, ‘sufocou’ a selecção lusa, que mesmo assim voltou a estar perto de marcar por Eliseu, que, isolado por Cristiano Ronaldo, tentou o chapéu e falhou por centímetros. Quando era quase certo o nulo, na marcação de um pontapé de canto, Miguel Veloso subiu mais alto e deu o triunfo a Portugal, aos 90+2 minutos, dando a melhor sequência a um cruzamento de Ricardo Quaresma, na direita.
Sérgio Fonseca DesportoHK | Circuito citadino ainda nos planos para 2016 [dropcap style=’circle’]H[/dropcap]ong Kong ainda não desistiu do seu circuito citadino. Apesar dos sucessivos revés, o território vizinho espera entrar no calendário da terceira temporada do Campeonato FIA de Fórmula E. A antiga colónia inglesa chegou a fazer parte do calendário provisório da primeira temporada da competição destinada a monolugares eléctricos, porém diversas dificuldades em homologar o traçado em redor da Lung Wo Road têm adiado o projecto bandeira da actual direcção da Associação Automóvel de Hong Kong. Isto, numa altura em que as entidades de Hong Kong querem promover o uso de viaturas amigas do ambiente, há quem veja como positiva a realização de um evento desta natureza. Na primeira metade de 2015, o número de veículos eléctricos registados já tinha ultrapassado as duas mil unidades, um número que mesmo assim continua aquém das expectativas. A melhor divulgação Em entrevista à revista Driven, Dr Lawrence Cheung, Director Geral de Peças e Acessórios Automóveis no Conselho de Produtividade de Hong Kong, afirmou que “não há melhor publicidade do que uma corrida de EV (sigla inglesa para veículos eléctricos). Ambos, indústria automóvel e automobilismo, têm seguido a tendência, até a Fórmula 1 utiliza motores híbridos. Embora as pessoas de Hong Kong adorem corridas de automóveis, devido às limitações geográficas, não há uma pista ou um recinto para os que condutores possam acelerar legalmente. Uma prova de Fórmula E seria em certa medida uma compensação”. Apesar dos esforços dos grandes construtores automóveis, como a Audi, Renault ou BMW, os consumidores ainda têm uma percepção errada sobre os EV. “Há muita gente que ainda pensa que um EV é um brinquedo. A realização de uma corrida em Hong Kong irá permitir que as pessoas vejam uma imagem agressiva e a velocidade espectacular dos EV”, concluiu o dirigente. Mesmo contando com o apoio de alguns quadrantes de Hong Kong, o presidente da HKAA, Lawrence Yu, sente-se ainda desapoiado. “Apesar do governo falar muito em promover os EV, nós temos a sensação que é tudo conversa, pois quando a HKAA, como membro da FIA, quis pegar o touro pelos cornos ao tentar organizar uma corrida de Formula E desde 2013 uma das razões em que falhamos, não uma vez, mas duas vezes, foi a falta de apoio do governo e isso supera-nos”, afirmou no editorial da publicação. Contudo, Yu e seus pares não querem deixar cair a ideia. “Nós estamos determinados a ser uma das cidades que acolherá a Fórmula E em 2016 e a HKAA começou a pavimentar o caminho há bastante tempo. Lung Wo Road continua a ser a nossa primeira escolha. Não só pela vista impecável do Victoria Harbour, mas também porque o investimento é comparativamente pequeno e estimado em cerca de 1.5 mil milhões de dólares de Hong Kong, tudo incluído”. O dirigente também disse que apenas os custos de repavimento do traçado seriam cobertos pelo governo, sendo que existe um leque de patrocinadores privados interessados em cobrir o resto das despesas. Para começar a preparar o futuro, a HKAA tem organizado cursos para comissários de pista, a exemplo do que Macau faz anualmente para preparar aqueles que ajudam em pista a tornar o Grande Prémio possível. A associação também tem usado os eventos dos campeonatos de carros de turismo locais, realizados na China Continental, para ganhar experiência. Envolvida nos desportos motorizados desde 1950, a HKAA teve um papel primordial na organização do Grande Prémio de Macau até ao início da década de oitenta do século passado, onde a sua posição perdeu relevância em prol da actual Comissão da prova. A decisão da FIA sobre o calendário da terceira época da Fórmula E só será conhecida no primeiro trimestre de 2016. A segunda temporada da Fórmula E arranca em meados de Outubro em Pequim. O brasileiro Nelson Piquet Jr foi o primeiro campeão da disciplina, aos comandos um dos monolugares do Team China.
Hoje Macau Breves DesportoJorge Jesus | «Fomos nitidamente prejudicados nos dois jogos» [dropcap style=’circle’]J[/dropcap]orge Jesus considera que o Sporting foi superior ao CSKA nos dois jogos do `play-off` de acesso à Liga dos Campeões, não hesitando em atribuir a eliminação da equipa leonina a erros de arbitragem. «Não quis falar desse lance [primeiro golo do CSKA], que foi irregular. Foram tantos nestes dois jogos, que se formos a falar neles parece que estamos a fugir à responsabilidade e não quero que isso aconteça», afirmou em conferência de Imprensa, prosseguindo, em tom acusatório: – Fomos nitidamente prejudicados, tanto pela arbitragem em Lisboa como aqui. São factos visíveis.
Hoje Macau DesportoMaratona de Macau vai passar por A-Má [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] maratona de Macau apresenta este ano um novo percurso, que passa pelo Templo de A-Má, para assinalar o 10.º aniversário da classificação do património pela UNESCO, e mais 2.000 vagas, revelou ontem o Instituto do Desporto (ID). As inscrições para a 34.ª edição, que se disputa no dia 6 de Dezembro, abrem no sábado e acomodam agora 8.000 atletas, mais 30% que os 6.000 de 2014, em três provas: maratona (42 km), meia-maratona (21 km) mini-maratona (4,2 km). José Tavares, presidente do ID, apontou que as principais alterações ao percurso implicam uma “extensão para o Templo A-Má, para celebrar os dez anos da nossa conquista pelo reconhecimento pela UNESCO”, já que em 2015 se assinala uma década de inscrição do centro histórico como património mundial, e uma “nova travessia para a universidade de Macau”. A passagem pelo novo campus da universidade, na Ilha da Montanha, um território adjacente a Macau, “é preferível do que passar duas vezes na ponte [como acontecia em edições anteriores], porque na ponte pode-se apanhar muito vento forte e poderá perturbar um pouco tempo em si, os resultados”, explica. As vagas (1.200 para a maratona, 2.600 para a meia e 4.200 para a mini) aumentaram como forma de dar resposta “às necessidades que têm vindo a ser notadas nos últimos anos”, já que habitualmente as vagas esgotam pouco tempo depois de as inscrições abrirem. A organização da maratona está a convidar os atletas que fizeram os melhores tempos no ano passado e também outros que apresentam bons resultados no estrangeiro, mas não quis revelar ainda nomes. Em particular em relação aos atletas dos países lusófonos, José Tavares lembra que foi a Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa (ACOLOP) que endereçou os convites, mas até agora não recebeu quaisquer respostas.
Sérgio Fonseca DesportoGP Internacional de Karting chega em Dezembro [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] RAEM voltará a organizar este ano um evento internacional de Karting, o Campeonato CIK-FIA KF Ásia-Pacífico. Esta prova, a que a Associação Geral Automóvel de Macau – China (AAMC) se candidatou no início do Verão do passado e foi aceite pela Comissão Internacional de Karting no final de 2014, estava prevista para ter lugar de 8 a 11 de Outubro, no entanto, será realizada de 10 a 13 de Dezembro. De acordo com a Comissão Internacional de Kart da Federação Internacional de Automobilismo (CIK-FIA), “o organizador, a Associação Geral Automóvel de Macau – China, pediu uma reunião no início do ano com as partes envolvidas, sobre o timing e a (nova) data proposta é provavelmente de maior interesse para pilotos e equipas internacionais, incluindo os europeus”. Sabendo que as categoria KF e KF-Junior não têm números elevados na região e que a categoria KZ não goza de particular sucesso neste ponto do globo, a participação europeia é extremamente importante para o evento do território. Por outro lado, dado que o transporte da Europa demora pelo menos duas semanas, não era possível às principais equipas enviar o seu material a tempo para Macau se esta fosse disputada a 10 de Outubro, pois o Campeonato do Mundo KF e KF-Junior termina a 27 de Setembro em La Conca (Itália). De volta à ribalta Este evento marcará o regresso do à ribalta do karting internacional do Kartódromo de Coloane, aquela que é reconhecidamente uma das melhores infra-estruturas no continente asiático para a prática da modalidade. A AAMC vai novamente apostar forte neste evento e quer atrair uma panóplia forte de concorrentes estrangeiros. A CIK-FIA publicou uma nota no final de Julho na sua página electrónica dizendo que a AAMC vai oferecer aos pilotos internacionais das classes KZ/KF um subsidio em dinheiro no valor de pelo menos 3,000 dólares americanos, cerca de 24,000 patacas por participante. Para além disso, cada concorrente irá ter direito a dois quartos duplos por cinco noites na Pousada Marina Infante. Transporte e desalfandegamento local estão incluídos, e serviço de transporte do Kartódromo de Coloane até ao hotel oficial da prova durante o evento também parte do pacote que terão direito os concorrentes que se deslocarem a Macau.
Hoje Macau DesportoSebastian Coe eleito presidente da Federação Internacional de Atletismo [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] britânico Sebastian Coe foi ontem eleito presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), batendo Sergey Bubka numa votação renhida. Coe conquistou 115 dos 207 votos dos membros das federações que compõem a IAAF, com Bubka a conseguir 92. Coe substitui, assim, Lamine Diack, o senegalês de 82 anos que deixa o cargo após 16 anos à frente do organismo. Coe, campeão olímpico dos 1.500 metros em 1980 e 1984, conseguiu a proeza ainda não igualada de deter em simultâneo os recordes do Mundo dos 800, 1.000 e 1.500 metros. Além do currículo impressionante nas pistas, Coe organizou os Jogos Olímpicos de Londres, há três anos, e ocupa assento no Parlamento britânico desde 1992. Avessa a mudanças, a IAAF tem tido por regra mandatos ‘quase vitalícios’, que chegaram aos 32 anos do sueco Sigfrid Edstom. O inglês Lord Burghley esteve 30 anos no posto, Diack e Nebiolo 16, só ‘destoando’ os cinco anos do holandês Adriaan Paulen. Coe recebe de ‘herança’ a difícil gestão da polémica com os casos de dopagem, que atiraram de novo a modalidade para o centro das atenções, mas pelas piores razões. A polémica foi reacendida com as reportagens da ARD e do Sunday Times e causou uma ‘nuvem’ de desconfiança sobre os principais resultados da primeira década deste século, uma imagem que Sebastian Coe já disse que quer ver melhorada. Posto vale ouro Sebastian Coe, manifestou-se “encantado por presidir ao melhor desporto do mundo”, nas primeiras declarações após assumir o cargo. “Comecei a correr aos 11 anos. Depois, tive o prazer de entrar num estádio, competir em jogos olímpicos e de fazer parte da organização de Londres2012. Agora, recebi uma medalha de ouro”, comentou Coe na primeira conferência de imprensa após a eleição, acrescentando que, durante o mandato, dedicará “todos os esforços para manter os valores e legados de Lamine Diack”, num elogio ao seu antecessor. Questionado sobre os escândalos de ‘doping’ que assolam actualmente o atletismo mundial, o novo presidente da IAAF considerou que o uso de substâncias ilegais “é um problema universal, de todos os desportos, que não atinge apenas o atletismo”. “Temos de reconhecer que a opinião generalizada é que há lacunas. Provavelmente, um sistema [de controlo] independente vai ajudar a acabar com as dúvidas”, considerou o britânico, que na campanha defendeu a criação de uma agência ‘antidoping’ à margem da IAAF. Outra das prioridades do campeão olímpico dos 1.500 metros nos Jogos de Moscovo, em 1980, e Los Angeles, em 1984, é a reformulação dos calendários internacionais, para garantir que mais provas concentrem a atenção mediática. “Temos muita sorte, porque o atletismo é um desporto que pode disputar-se 12 meses por ano. Temos de assegurar que o calendário seja bem estruturado e que os grandes momentos da temporada cativem o público”, explicou Sebastien Coe.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauTaça da Corrida Chinesa regressa ao GP este ano [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Tudo indica que o programa da 62ª edição do Grande Prémio de Macau terá mais uma corrida, para além das sete já anunciadas. Depois da estreia no Circuito da Guia em 2014, a Taça da Corrida Chinesa – competição que coloca frente-a-frente pilotos da China continental, Macau, Hong Kong e Taipé Chinês com viaturas idênticas – deverá regressar este ano, apesar da Comissão do Grande Prémio ainda não o ter anunciado. No passado dia 31 de Julho, em Pequim, realizou-se a cerimónia de abertura. A Shanghai Lisheng Racing Co, a empresa chinesa promotora do campeonato, divulgou o calendário aos jornalistas, que inclui corridas em Penbay (Taipé Chinês), Xangai (China continental), Yancheng (que é o circuito da China continental escolhido para a prova de Hong Kong) e o Grande Prémio de Macau. Apesar do programa detalhado de provas de 19 a 22 de Novembro não estar disponível ainda na página oficial do evento, quem utilizar a aplicação de telemóvel do Grande Prémio constará que a corrida da Taça da Corrida Chinesa, com oito voltas, será disputada na tarde de sábado, depois do 49º Grande Prémio de Motos. Cada federação da “Grande China” tem a sua equipa, cujos representantes são facilmente reconhecidos pelas cores do carros: vermelho para a equipa da Federação do Desporto Automóvel da China (FASC), verde para a da Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC), amarelo para a Associação de Automóvel de Hong Kong (HKAA) e azul para a equipa da Associação do Desporto Automóvel de Taipé Chinês (CTMSA). Cada associação tem à sua disposição quatro carros Senova D70 ou “Shenbao” D70, um carro que tem como base o Saab 9-5. Todos os carros são iguais e equipados com componentes “made in China”, com a particularidade deste ano usarem pneus de estrada da marca Qingdao Sen Kylin em vez de pneus slick de competição. A organização voltará a distribuir um milhão de renminbis de prémios monetários. A AAMC terminou na última posição da primeira edição deste torneio que juntou as quatro associações automóveis da Grande China, sendo que o seu melhor representante foi o macaense Hélder Assunção que terminou na nona posição da geral. E este fim-de-semana disputou-se a primeira corrida da Taça da Corrida Chinesa no Taipé Chinês. Contudo, desta vez, visto que os Senova não estavam disponíveis, os 16 concorrentes tiveram que conduzir viaturas da marca Caterham, modelo Seven. Devido aos estragos causados pela passagem do tufão Soudelar, não houve acção em pista até à manhã de domingo. As cores de Macau foram defendidas nesta ronda inicial por Michael Ho, Hélder Assunção e Ip Un Hou. Ao fecho da redacção, os resultados ainda não se encontravam disponíveis.
Hoje Macau DesportoGT300 | André Couto mais líder no Japão André Couto, aos comandos de um Nissan da equipa Gainer Tanax, reforçou a liderança do campeonato japonês de GT300, ao ser sexto na prova de Fuji, após sair da 11.ª posição da grelha [dropcap style=’circle’]”[/dropcap]Foi uma corrida muito boa e agora já só pensamos na próxima jornada, no final de agosto na que será a corrida mais difícil da ano, porque ao contrário das corridas normais do campeonato, com 300 quilómetros, esta terá mil quilómetros”, disse André Couto à agência Lusa, salientando também que o carro estará ainda um pouco mais pesado. Mas, acrescentou, depois da corrida deste domingo, em que alinhou com o seu companheiro Katsumasa Chiyo, “com seis pontos de vantagem, há que lutar para conquistar mais pontos e tentar sempre que possível reforçar a liderança”. Sobre a corrida de Fuji, André Couto largou na 11.ª posição da grelha, mas rapidamente chegou ao sexto lugar, que só não segurou depois de um toque na traseira de um adversário, que o fez cair para o 12.º posto. “Depois, ainda consegui recuperar até ao sétimo lugar e entreguei o carro ao meu companheiro, que conseguiu subir mais uma posição”, explicou. Para André Couto, “tudo correu bem e a equipa esteve muito certa na estratégia dos pneus e na hora de trocar de piloto”. O campeonato de GT300 tem oito provas e termina a 15 de Novembro em Motegi.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Conhecido o número de vagas para os pilotos locais [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Associação Geral Automóvel de Macau China (AAMC) publicou um boletim no início da semana, na sua página electrónica, com o número de vagas para os pilotos locais para as corridas Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM e Macau Road Sport Challenge da 62ª edição do Grande Prémio de Macau. A exemplo do ano passado foram abertas 40 vagas no total para as duas corridas, mas com uma distribuição diferente. Sendo assim, depois de disputadas as duas jornadas duplas de apuramento no Circuito Internacional de Zhuhai, 24 dos 27 concorrentes que disputaram as quatro corridas da categoria “AAMC Challenge” vão ter entrada directa na Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM. Quer isto dizer que todos os macaenses e portugueses que participaram na competição foram apurados, incluindo aqueles que passaram por maiores dificuldades nos dois eventos realizados na pista permanente da cidade chinesa adjacente à RAEM, como Hélder Rosa ou Rui Valente. Com uma grelha de partida que contempla 36 viaturas, os restantes participantes virão do Campeonato de Hong Kong de Carros de Turismo (HKTCC), que este ano contou apenas com oito concorrentes, a que se juntarão alguns convidados da China continental e, provavelmente, de outras paragens do continente asiático. Estrelas de fora Dado o maior interesse global que existe na categoria Road Sport, o número de vagas disponíveis para os pilotos locais foi de apenas 16, duas menos que em 2014, o que, por agora, deixa de fora vários nomes sonantes da categoria. O vencedor por quatro ocasiões e recordista de vitórias na Corrida Macau Road Sport Challenge, Sun Tit Fan, não conseguiu o apuramento automático, assim como o ex-campeão de Macau da categoria Un Wai Kai, o português Sérgio Lacerda ou o veterano macaense Belmiro Aguiar. Estes terão que esperar por desistências ou por pilotos que optem por alinhar noutras corridas do extenso programa do Grande Prémio, para ter acesso à prova principal da temporada. Aqueles que não participarem também não estarão habilitados ao subsídio a pilotos locais participantes nas corridas no exterior em 2016. Entretanto, segundo o regulamento da Corrida da Guia de Macau 2.0T – Suncity Grupo, dada a natureza da prova, os pilotos de Macau e Hong Kong que queiram participar necessitam de convite por parte da AAMC. O 62º Grande Prémio de Macau realiza-se entre os dias 19 e 22 de Novembro deste ano e as inscrições para as duas corridas aqui mencionadas deverão abrir em breve.
Sérgio Fonseca DesportoFilipe Souza conquistou o título da classe AAMC Challenge [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]macaense Filipe Clemente Souza sagrou-se campeão de carros de turismo de Macau na classe “AAMC Challenge”, tendo bastado uma vitória na categoria na primeira das duas corridas do passado fim-de-semana no circuito permanente de Zhuhai. Aqui ao lado disputou-se a segunda e derradeira jornada dupla do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa) e decisória no que respeita ao apuramento dos pilotos locais para a Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM e Corrida Macau Road Sport Challenge do 62º Grande Prémio de Macau. O facto dos pilotos desconhecerem o número de entradas directas para o Grande Prémio e um boletim meteorológico que prometia chuva, o que viria a não se materializar, trouxe a esta jornada um clima de incerteza suplementar. Depois de ter vencido uma corrida no fim-de-semana de Junho, Filipe Clemente Souza (Chevrolet Cruze) estava disposto a repetir a proeza e logo no sábado obteve a pole-position para a primeira corrida, com meio segundo de avanço sobre o segundo classificado. O piloto do Macau David Group Racing Team fez um bom arranque, mas viu-se pressionado nas duas primeiras voltas por Cheong Chi Hou (Peugeot RCZ), que viria a ser o segundo classificado à frente de Chao Chon In (MINI). Assim que se livrou do seu rival, Souza caminhou autoritariamente para o seu segundo triunfo do ano. “Estou agradecido à minha equipa pelo trabalho árduo e aos meus patrocinadores por tornarem isto possível”, disse o piloto macaense. O fim-de-semana de Souza só não foi mais perfeito, porque na terceira volta da segunda corrida, quando liderava, acabou por ser atirado para fora por Chou Keng Kuan (Peugeot RCZ) que haveria por vencer o último embate da época. Outro macaense esteve em evidência no fim-de-semana. Álvaro Mourato (Peugeot RCZ) deu finalmente um ar da sua graça na segunda corrida. Após ter sido o quarto na qualificação matinal de domingo, o macaense foi o terceiro classificado nesta segunda corrida do “AAMC Challenge”, apenas atrás de Chou e de Cheong Chi Hou. Celio Alves Dias (MINI) e Eurico de Jesus (Ford Fiesta), 8ª na segunda corrida e 10º na primeira, foram os outros pilotos de matriz portuguesa a entrarem no “Top-10” numa grelha de partida composta por 25 viaturas. Hélder Rosa (Peugeot RCZ) arrecadou um 17º e um 15º lugares, enquanto Rui Valente (MINI) voltou novamente a passar por dificuldades com a sua viatura, sendo que o 19º e o 17º lugares não correspondem ao verdadeiro andamento de um dos mais experientes pilotos do território. Roadsport à medida de Leong Leong Ian Veng (Mitsubishi) foi novamente o homem em destaque na “AAMC Road Sport Challenge”, ao realizar a pole-position para ambas as corridas, triunfando à segunda. Leong poderia ter protagonizado uma fácil dobradinha, mas, quando liderava folgadamente a primeira corrida, na penúltima das 12 voltas ao traçado da cidade vizinha adjacente a Macau, entrou nas boxes com dificuldades na caixa-de-velocidades e acabou por dar de bandeja a vitória a Lei Kit Meng (Nissan GT-R). O ex-piloto de Fórmula 3 esteve muito mais forte este fim-de-semana, somando à vitória de Sábado um segundo lugar na corrida de domingo. Wong Ka Hong (Mitsubishi Evo10) e Lam Kam San (Mitsubishi Evo7) completaram o pódio na primeira corrida, ao passo que Billy Lo (Mitsubishi Evo7) foi o terceiro classificado na segunda corrida. No que respeita ao três nomes portugueses em prova, solucionados os problemas de motor, Luciano Castilho Lameiras (Mitsubishi Evo8) selou o apuramento com um 9º e um 12º lugar. Após ter desistido no sábado, devido a um problema na caixa-de-velocidades, Sérgio Lacerda (Nissan Z33), sem equipamento para ombrear com os mais rápidos da categoria, conseguiu um 14º lugar na segunda corrida. Com um carro também claramente inferior à concorrência e ainda com problemas de motor, Belmiro Aguiar (Mitsubishi Evo7) foi o 20º colocado na primeira corrida e abandonou na segunda, o que poderá colocar em risco a participação do veterano piloto do território na sua prova mais querida. Às cambalhotas Tal como no primeiro fim-de-semana do “Festival de Corridas de Macau”, realizaram-se dentro do programa mais três corridas de qualificação para a “Taça Lotus de Celebridades”. Sem acrescentar qualquer interesse desportivo ao fim-de-semana, estas três corridas ficaram marcadas pelo aparatoso acidente de Christine Kuo. Felizmente a actriz de Hong Kong saiu ilesa após o seu Lotus Elise ter dado umas “cambalhotas” na curva de entrada para a recta da meta. * com Cheung Chi Wai
Sérgio Fonseca DesportoBianchi correu duas vezes em Macau. Avô ganhou na Guia [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Fórmula 1 e o automobilismo em geral estão de luto. Vinte e um anos depois de Ayrton Senna, um piloto de Fórmula 1 sucumbiu por lesões causadas por um acidente em pista. Jules Bianchi partiu após nove meses de agonia, quando tinha apenas vinte e cinco anos e estava predestinado a um volante na Scuderia Ferrari em 2016. O jovem francês foi vítima de um infeliz incidente durante o Grande Prémio do Japão, em Outubro do ano passado, ficando em estado comatoso desde então. O nome Bianchi faz obrigatoriamente parte da história do Grande Prémio de Macau. Houve um Bianchi a vencer no Circuito da Guia, mas curiosamente não foi Jules, mas sim Mauro. Mauro Bianchi, avô de Jules, venceu o Grande Prémio do território em 1966, para dois anos depois, nas 24 Horas de Le Mans e ao volante de um Alpine, ter ficado bastante marcado fisicamente por um acidente que acabou por colocar um ponto final prematuro na sua carreira. Jules correu no Circuito da Guia em 2008 e 2009 na prova de Fórmula 3. Já na altura o francês estava extremamente bem cotado na praça e era considerado como um dos melhores da sua geração, sendo a sua carreira gerida por Nicolas Todt, filho do presidente da FIA Jean Todt. Por isso mesmo, e pelos triunfos que arrematou em corridas de Fórmula 3 na Europa, Bianchi sempre teve um estatuto de favorito nas provas em que participou entre nós. Depois de uma estreia discreta em 2008, onde foi 9º classificado na Corrida Principal, após ter sido uma das vítimas da carambola da Corrida de Qualificação, o piloto francês era um dos grandes favoritos à vitória em 2009. A melhor do mundo “Macau é a melhor corrida de Fórmula 3 do mundo. Depois de ter vencido o Masters de F3 e a Euro Series, quero mesmo vencer Macau agora”, disse Bianchi, que já estava na órbita da Scuderia Ferrari, aos jornalistas na quinta-feira do 56º Grande Prémio de Macau, em 2009. Jules também não esquecia o feito do avô 44 anos depois. “Ele venceu aqui e se eu vencer será especial para mim, porque vencer depois do meu avô o ter feito terá um significado especial”. Contudo, a roleta de Macau ditou outra sorte. Bianchi esteve em destaque na qualificação, andou depressa como lhe competia, marcando até o melhor tempo. Mas quatro pilotos queixaram-se aos comissários desportivos, o que lhe valeu uma penalização de cinco lugares para a grelha de partida da Corrida de Qualificação, aquela que se disputa no sábado à tarde. E foi no sábado que Bianchi perdeu definitivamente a hipótese de repetir o feito do avô no Circuito da Guia. Um acidente na travagem para a subida de São Francisco com Edoardo Mortara, que curiosamente seria o vencedor da edição de 2009, selou o destino do fim-de-semana. O francês, que há época já tinha um contrato para subir à antecâmara da Fórmula 1, a GP2 Series, depois de uma paragem nas boxes para reparação no Dallara-Mercedes, ainda voltaria à corrida para terminar no 21º lugar. No domingo, sem hipóteses de ambicionar um lugar no pódio, Bianchi conduziu pela última vez no Circuito da Guia, terminando na 10ª posição. Em comunicado, no fim-de-semana, a Federação Internacional do Automóvel (FIA) lembrou que o desporto motorizado “perdeu um dos maiores talentos desta geração de pilotos “, mas foi Bruno Senna, sobrinho de Ayrton e também piloto, quem tocou na ferida: “Espero que tenhamos aprendido mais uma lição para evitar outras tragédias assim no futuro”.
Hoje Macau DesportoFutebol | Equipa do Consulado vence e Vítor Sereno quer continuar [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]o fim de dois anos de existência, a equipa de futebol do Consulado de Portugal em Macau conseguiu um feito que Vítor Sereno garante ser “inédito” para uma representação diplomática: vencer um campeonato local, ainda que da quarta divisão. A subida à terceira divisão aconteceu na sexta-feira, depois da equipa vencer por 6-1 o Lun Lok, conquistando o título da edição de 2015 da Liga Júnior, onde competiram 104 equipas. Ao chegar a Macau, já o cônsul-geral trazia consigo a ideia de formar uma equipa por considerar o desporto “um dos maiores veículos de aproximação diplomática”. Para participarem num campeonato local, as equipas têm de estar ligadas a uma associação e, para não ‘obrigar’ um próximo diplomata a responsabilizar-se por uma formação, Sereno decidiu associar-se a uma equipa já existente mas desactivada, o Clube Futebol Benfica de Macau. A equipa tem 16 elementos, com uma média de idades a rondar os 39, mas apenas quatro estão directamente ligados ao Consulado: Vítor Sereno, o chanceler Ricardo Silva, o guarda-redes da equipa e o director desportivo. Os restantes são portugueses, com excepção do melhor marcador, o brasileiro Cláudio Santos. “[A equipa] permitiu-me ter acesso a uma comunidade de matriz portuguesa que, se me cingisse às funções de cônsul-geral, jamais conheceria”, comenta Sereno à agência Lusa. Além de cimentar um “espírito de equipa” dentro do próprio consulado, onde Sereno garante que mesmo quem não joga está envolvido com a equipa, o futebol foi também usado como instrumento diplomático. “Temos sido convidados para variadíssimos torneios [na região]. Através do desporto estreitámos laços diplomáticos. As pessoas acham piada a um cônsul que joga futebol e marca golos”, graceja. Na final da liga, Sereno foi responsável por dois dos seis golos. A vitória na Liga Júnior e a ascensão à terceira divisão representam um “sonho tornado realidade” e um facto “inédito” para uma equipa ligada a uma representação diplomática portuguesa. Sereno admite que o facto de jogar e ser capitão da equipa atrai curiosidade, mas frisa que faz questão de se demarcar do cargo quando está nos relvados. “Não é o cônsul que joga futebol, é o Vítor Sereno. Acho que me respeitam mais por marcar golos do que por ser cônsul”, comenta. A subida de divisão vai implicar a ‘contratação’ de mais jogadores – todos em regime voluntário não remunerado – e é um projecto que o diplomata deseja manter, mesmo após a sua saída do território. “Estou muitíssimo satisfeito com os resultados. Esta é uma nova forma de fazer diplomacia”, conclui.
Sérgio Fonseca DesportoJovem piloto de Macau Andy Chang voltou a competir [dropcap style=’circle’]W[/dropcap]ing Ching Chang, ou Andy Chang, como é conhecido no mundo automobilístico internacional, regressou no passado fim-de-semana à competição. O jovem piloto da RAEM que, desde da estreia no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 o ano passado, andava afastado das pistas, participou na prova do Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3, que no fim-de-semana se disputou em Zandvoort, na Holanda. Arredado da competição automóvel ao mais alto nível devido à falta de apoios para participar na temporada completa do competitivo europeu da especialidade, Chang juntou-se à equipa inglesa Fortec Motorsport para fazer o restante da temporada no lugar que até aqui pertencia ao chinês Cao Hongwei, sendo presença quase garantida na corrida de final de ano nas ruas de Macau. Num fim-de-semana composto por três corridas, entre 34 concorrentes, Chang partiu para a primeira corrida do 32º lugar para subir doze posições durante a acidentada corrida e terminar no “top-20” da classificação. Na segunda corrida, marcada pela intervenção do “Safety-Car” em duas ocasiões, o piloto do território foi o 26º da geral, quatro posições acima do seu lugar de partida. Por fim, na derradeira corrida no sempre difícil traçado holandês, o piloto de 18 anos que reside em Oxford, terminou novamente no 26º posto. O Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3 regressa no primeiro fim-de-semana de Agosto a Spielberg, na Áustria, e depois segue para Portugal, para uma ronda no Autódromo do Algarve. Entretanto, Chang está esta semana na Alemanha com a sua equipa a testar um Fórmula Renault 2.0 no circuito de Nurburgring para preparar a prova de Setembro no mítico circuito germânico. Entretanto, as inscrições para o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Suncity Grupo – Taça Intercontinental de F3 da FIA arrancam em Agosto. O director do Departamento do Circuito de Campeonatos e Secretário Geral Desportivo da FIA, Frederic Bertrand, afirmou na Conferência de Imprensa de apresentação do evento realizada em Abril que a Fórmula 3 teve sempre um enorme sucesso em Macau e, hoje, a categoria está muito forte no Japão, como na Europa. Bertrand disse ainda acreditar que a Taça Intercontinental de F3 da FIA irá, uma vez mais, atrair uma lista de inscritos forte e as corridas serão um espectáculo fabuloso. O 62º Grande Prémio de Macau realiza-se entre os dias 19 e 22 de Novembro deste ano.