Hoje Macau DesportoXangai Tianma | Ávila promovido um lugar [dropcap]D[/dropcap]epois de ter terminado no sexto lugar na corrida de domingo do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC), disputada no circuito de Xangai Tianma, o piloto de Macau, Rodolfo Ávila, viu-se promovido ao quinto lugar após a desclassificação tardia de um adversário. O piloto chinês da Dongfeng KIA, Zhang da Sheng, que tinha finalizado no terceiro lugar, recebeu uma penalização de 30 segundos por ter cometido uma irregularidade no período de “safety-car”. Este resultado tem pouco impacto nas contas do campeonato, com Ávila a ocupar o quinto posto. Na primeira corrida do fim-de-semana realizada no circuito dos arredores de Xangai, no sábado, Ávila foi o sétimo classificado, após ter liderado até ser abalroado por um adversário. Em termos de construtores, a SAIC Volkswagen lidera sobre a Dongfeng Kia e a BAIC. A próxima prova do CTCC está agendada para dentro de quinze dias no moderno Circuito de Zhejiang, um traçado desconhecido para o piloto português e que pela primeira vez faz parte do calendário do campeonato de automobilismo mais popular da República Popular da China.
João Santos Filipe DesportoAFM | Diego Patriota escapa a castigo no lance que levou Cuco ao hospital A Comissão de Disciplina da Associação de Futebol de Macau decidiu que o atleta do C. P. K. não cometeu nenhuma ilegalidade. O Benfica de Macau não vai recorrer, mas critica a decisão e fala em desinteresse na promoção de “um desporto seguro” [dropcap]A[/dropcap] Associação de Futebol de Macau (AFM) considerou que Diego Patriota, jogador do Chao Pak Kei (C.P.K.), não cometeu qualquer ilegalidade no lance que fez com que Cuco, do Benfica de Macau, tivesse de ser transportado para o hospital e suturado no nariz. A decisão foi comunicada ao HM na sexta-feira e diz respeito ao encontro de 9 de Maio, em que as equipas empataram 1-1. “Depois do jogo a investigação da Comissão Disciplina fez uma análise do lance em diferentes aspectos. Não se verificou a ocorrência de qualquer violação [das leis]”, afirmou a AFM. “A mesma informação foi enviada para ao Benfica de Macau, que até ao momento também não tomou uma posição sobre a decisão”, foi igualmente explicado, numa resposta datada de sexta-feira. O jogador fica assim livre para continuar a participar nas partidas da equipa que lidera a Liga de Elite, cujo próximo jogo se realiza na sexta-feira, desta feita contra o Ka I. A partida está agendada para as 19h05, no Canídromo. Para o Benfica de Macau a decisão é “uma grande desilusão”, mas não surpreende. O director técnico do clube, Duarte Alves, apontou que só mostra o desinteresse por promover um desporto mais seguro. Por outro lado, Duarte Alves, que está fora do território , disse que até ontem não lhe tinha sido comunicada a decisão. O responsável admitiu ainda que a comunicação poderá ter sido feita por carta, mas que nesses casos normalmente segue igualmente um fax ou um email, o que neste caso não aconteceu. “É uma grande desilusão. Mandámos uma carta a explicar a situação, entregámos um fax, mandámos um email, e nem uma resposta obtivemos sobre o protesto”, começou por dizer. “Mas também acho que a desilusão já vem de há muito tempo, devido ao trabalho que tem sido feito pela associação. O trabalho mostra o total desinteresse em que [o futebol] seja um desporto seguro, justo e em que as coisas sejam feitas em prol do desenvolvimento da modalidade da RAEM”, acrescentou. Liga alternativa Duarte Alves voltou ainda a considerar que mais do que nunca faz sentido que a liga seja organizada por uma entidade independente da Associação de Futebol de Macau. “Mais uma vez prova a minha sugestão que a Liga poderia ser organizada por uma associação ou outra entidade independente da AFM. Assim poderíamos promover uma maior transparência sobre o que se passa na liga, na relação entre a liga e os árbitros e seria possível aproveitar melhor o potencial daquilo que poderia ser a Liga de Elite”, defendeu. “Se tiver tudo sobre a alçada da AFM, há falta de transparência e se acontecer alguma coisa são eles que decidem. As decisões são internas e não há transparência absolutamente nenhuma”, justificou.
Sérgio Fonseca DesportoF1 | Grande Baía fora do roteiro do campeonato [dropcap]O[/dropcap] Campeonato do Mundo de Fórmula 1 procura uma segunda corrida na República Popular da China e a organização do maior campeonato está em conversações com governos de seis cidades chinesas, mas nenhuma destas é da Grande Baía. No passado mês de Abril, a AFP revelou que uma representação da Liberty Media, a empresa norte-americana que gere dos destinos da Fórmula 1 desde 2017, visitou seis cidades chinesas para negociar a possibilidade de realizar uma segunda prova no país que acolheu 1000º Grande Prémio de Fórmula 1 este ano no Circuito Internacional de Xangai. A China integra o calendário da Fórmula 1 desde 2004 e a Liberty Media, proprietária da Fórmula, não esconde o interesse em expandir a sua presença no mercado asiático. No próximo ano, Hanói receberá o primeiro Grande Prémio do Vietname, “uma corrida realmente especial que oferecerá uma competição excitante”, prometeu o chefe máximo da Fórmula, Chase Carey. Apesar da República Popular da China possuir mais de uma dezena e meia de circuitos espalhados por todo o país, apenas o Circuito Internacional de Xangai tem as infra-estruturas para acolher um evento desta natureza. A solução passaria por organizar uma prova num circuito provisório numa das grandes cidades do pais. “A Fórmula E tem duas provas na China, porque não ir a Hong Kong ou Pequim?” afirmou Toto Wolff, o responsável máximo da equipa de Fórmula 1 da Mercedes ao canal televisivo alemão Sport1. “Este é um dos mercados mais importantes para a Mercedes e para a Fórmula 1.” Em declarações à AFP, Sean Bratches, o director comercial da Liberty Media, não confirmou, nem negou, a vontade que a Fórmula 1 tem em realizar uma prova nas ruas de Pequim, como tem vindo a ser falado insistentemente nos bastidores do “Grande Circo”. Longe daqui Uma prova de Fórmula 1 na região da Grande Baía poderia ter impacto negativo na relevância do Grande Prémio de Macau, o maior evento desportivo de carácter anual da RAEM. Contudo, essa questão nem sequer se coloca por agora. A Liberty Media não comenta as negociações em curso, mas segundo o que o HM apurou as seis cidades chinesas que terão recebido a representação da Liberty Media foram Pequim, Chengdu, Xian, Tianjin, Wuhan e Hangzhou. Nenhuma das cidades da Grande Baía, nomeadamente Guangzhou, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen, Zhaoqing, Hong Kong e Macau – estará, por agora, no roteiro da Fórmula 1. Hoje em dia, quem ambicione entrar no exclusivo calendário do Grande Prémio de Fórmula 1 terá que estar disposto em gastar pelo menos 320 milhões de patacas e encontrar um patrocinador principal capaz de desembolsar mais 40 milhões de patacas. Zhuhai é passado O Circuito Internacional de Zhuhai foi o primeiro circuito permanente construído na República Popular da China e inicialmente pensado para acolher a Fórmula 1, numa ideia que Bernie Ecclestone, o então dono do campeonato, andou a conjecturar durante nove anos. A cidade chinesa adjacente a Macau chegou mesmo a fazer parte do calendário provisório do mundial de Fórmula 1 em 1998, mas a Federação Internacional do Automóvel (FIA) optou por cancelar a corrida por falta de condições da infra-estrutura. A prova ainda foi adiada para 1999, mas voltou a ser anulada pelas mesmas razões. Foram precisos mais cinco anos para a caravana da Fórmula 1 visitar o país da Grande Muralha. Hoje o circuito de Zhuhai não tem a homologação mínima necessária e continua sem ter uma infra-estrutura para receber os monolugares mais rápidos do planeta.
Hoje Macau DesportoFutebol | Alexis Tam aponta o dedo ao Sri Lanka [dropcap]A[/dropcap]lexis Tam considerou que a culpa de Macau não ter defrontado o Sri Lanka, no jogo de apuramento para o Mundial de 2022, também se ficou a dever ao adversário. As declarações foram prestadas na segunda-feira, numa resposta em chinês. O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura considerou que a selecção adversária de Macau não facilitou e tirou vantagem de situação. “O que é que Macau pode fazer? Eles não aceitaram que o jogo fosse adiado e disputado em terreno neutro, porque era bom para eles e venceriam por falta de comparência”, terá dito de acordo com o portal Macau Concealers. Recorde-se que Macau tinha ganho em Zhuhai por 1-0 na primeira mão da fase de apuramento para o Mundial 2022, mas recusou viajar para o Sri Lanka. A decisão da Associação de Futebol de Macau, contrária à intenção dos jogadores, foi justificada com “motivos de segurança”, depois dos atentados terroristas na passada Páscoa. A questão está agora a ser analisada pela FIFA e pela AFC.
João Santos Filipe DesportoProtesto de Ka I e Hang Sai na Taça de Macau chega à BBC [dropcap]A[/dropcap] partida de protesto entre Ka I e Hang Sai, terminou com o resultado 21-18, conseguiu destaque internacional, nomeadamente com um artigo da emissora britânica BBC. O encontro a contar para a Taça de Macau teve como plano de fundo o facto da Associação de Futebol de Macau (AFM) ter impedido que os jogadores da selecção fossem ao Sri Lanka disputar a 2.ª mão da ronda preliminar de apuramento para o Mundial de 2022, e os atletas simplesmente passaram os 90 minutos a brincar com a bola. Alguns focaram-se mesmo quase exclusivamente em dar voltas a correr ao relvado. No entanto, o encontro ganha contornos ainda mais caricatos, quando a BBC revelou que depois do 21-17, que o painel electrónico do Canídromo terá deixado de funcionar. Porém, mais tarde, a AFM publicou a ficha de jogo onde confirmou que o Hang Sai tinha marcado mesmo os 18 tentos. “Acho que os jogadores não ficaram satisfeitos com a desistência do jogo de qualificação para o Mundial e mostraram o seu descontentamento desta forma”, afirmou Ma Sai Man, treinador do Hang Sai, no final do jogo, ao canal chinês da TDM. “Eles têm a sua forma de se expressar e o clube, e eu, respeitamos o que fizeram”, acrescentou. Inquéritos em curso Porém, à BBC, a AFM, que tem como presidente Chong Coc Veng, afirmou que abriu um inquérito à partida para apurar o que se passou. Também posteriormente o Ka I, cujo treinador Josecler não esteve presente no encontro, lamentou o sucedido e a direcção disse não ter conhecimento dos planos dos atletas. De acordo com a notícia da BBC, os dois clubes vão igualmente instaurar processo internos para apurar o sucedido. Com este resultado o Ka I avança para a próxima eliminatória. Josecler Filho foi o jogador da equipa em destaque ao apontar sete golos. O mesmo número de golos foi apontado por Ng Wa Keng, atleta do Hang Sai. Ainda na equipa derrotada, destaque também para Lam Ka Chong, que apontou seis golos. O próximo encontro da competição está agendado para o próximo domingo, com o Ka I a defrontar o Chao Pak Kei, às 14h00.
Hoje Macau DesportoTaça de Macau | Jogo entre Ka I e Hang Sai termina com 39 golos [dropcap]K[/dropcap]a I e Hang Sai disputaram ontem um jogo a contar para a Taça de Macau e a partida terminou com um total de 39 golos. As duas equipas optaram por não levar a partida a sério como forma de protesto contra o estado do futebol local, mais concretamente face ao facto da selecção de Macau ter abdicado de participar num jogo de qualificação para o Mundial 2022, no Sri Lanka. Além disso, o encontro foi realizado num Canídromo, com o campo a apresentar mais areia do que relva. No final, o Ka I venceu o Hang Sai por 21-18.
João Santos Filipe Desporto MancheteSelecção | Capitão escreve carta à FIFA a pedir oportunidade para jogadores A oportunidade de uma vida. É desta forma que Nicholas Torrão apela à FIFA para voltar a agendar o jogo da segunda mão com o Sri Lanka com vista ao apuramento para o Mundial 2022. Já o presidente da associação, Chong Coc Veng, disse aos jogadores que os seus amigos no Sri Lanka anteviram a possibilidade da equipa de Macau ser alvo à chegada de um atentado terrorista [dropcap]N[/dropcap]icholas Torrão, capitão da selecção de Macau, escreveu uma carta aberta à FIFA, entidade internacional responsável pelo futebol, a apelar a um novo agendamento da segunda mão frente ao Sri Lanka. A carta está assinada em nome individual e refere que os jogadores “ficaram totalmente devastados” com o cancelamento da segunda mão da eliminatória. “Nós, os jogadores, ficamos totalmente devastados com o cancelamento do jogo da segunda mão frente ao Sri Lanka, que seria jogado no terreno deles, devido à Associação de Futebol de Macau se ter recusado a viajar”, pode ler-se no documento. “O futebol é feito de regras e regulamentos, que compreendemos, mas acima de tudo o futebol é feito pelos jogadores. E os jogadores da selecção de Macau querem mais do que qualquer outra coisa viajar e jogar a segunda mão frente ao Sri Lanka e ter a oportunidade de disputar esta ronda de qualificação”, é acrescentado. O atacante sublinha ainda que os jogos de apuramento são uma oportunidade única. “Sendo de uma região que está num dos lugares mais baixos do Ranking FIFA, estes jogos são uma oportunidade de uma vida de deixar a nossa marca no futebol do nosso País, e acima de tudo dos nossos cidadãos e fãs”, é sublinhado. A Associação de Futebol de Macau (AFM) recusou a viajar para o Sri Lanka, onde tinha jogo agendado para terça-feira, na sequência dos ataques terroristas de Abril. Chong com “espiões” no Sri Lanka Apesar da questão dos seguros ter sido apontada como um dos entraves à viagem, a verdade é que Chong disse ao jogadores, segundo Leong Ka Hang, que havia a possibilidade de haver ataques terroristas. A informação teve por base os relatos de amigos de Chong no Sri Lanka e foi partilhada na reunião de segunda-feira à tarde, e divulgada por Leong Ka Hang, ao portal 01 de Hong Kong. Leong terá também dito que não tenciona representar Macau brevemente e que sente que o facto de ter ligações à AFM é prejudicial para a sua imagem enquanto profissional de futebol. Também na terça-feira, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura comentou o tema e saiu em defesa da AFM. Segundo Alexis Tam, que citou o Instituto do Desporto, ninguém quis assegurar os jogadores e como tal disse compreender a decisão. Tam disse ainda perceber a desilusão dos atletas, mas defendeu a AFM na questão da segurança. Quando assumiu a pasta actual, Alexis Tam prometeu cinco anos “brilhantes” para as áreas sociais e da cultura. Agora corre o risco de ser o responsável pela tutela do desporto quando a selecção contrariou as decisões da FIFA e AFC e corre o risco de ser proibida de competir em provas internacionais. Além desta proibição, que poderá envolver os clubes, a AFM fica sujeita ao pagamento de uma multa monetária que pode chegar aos 40 mil francos (325 mil patacas). Ao HM, a AFC confirmou que já tinha enviado a decisão de falta de comparência para a FIFA, para ser aberto um inquérito, assim como para as suas comissões.
João Santos Filipe DesportoMacau falha jogo com o Sri Lanka e AFC confirma inquérito [dropcap]A[/dropcap]pesar de ter revelado a decisão no sábado à noite, apenas ontem a Associação de Futebol de Macau (AFM) confirmou à Confederação Asiática de Futebol (AFC, em inglês) a falta de comparência no encontro de hoje diante do Sri Lanka. A comunicação oficial terá sido feita de manhã, mas só à tarde a AFC confirmou a recepção ao HM. Como o jogo fazia parte da primeira fase de apuramento para o Mundial de 2022 e da Taça Asiática de 2023, o caso vai agora ter de ser encaminhado para a FIFA e para os comissões disciplinares da AFC, que vão instaurar um processo. “A Confederação Asiática de Futebol foi informada hoje [ontem] pela Associação de Futebol de Macau que a sua selecção não vai viajar para o Sri Lanka com o fim de participar na ronda conjunta de apuramento para o Mundial FIFA do Qatar de 2022/Taça Asiática AFC na China, em 2023. O encontro preliminar de apuramento estava agendado para amanhã, em Colombo”, respondeu a AFC, quando questionada sobre o assunto. “A AFC vai agora referenciar o caso à FIFA e às comissões apropriadas da AFC”, foi acrescentado. Com esta decisão, além de ficar imediatamente eliminada do Mundial de 2022, no Qatar, a selecção de Macau fica de fora da Taça Asiática de 2023, organizada pela China. Além disso, a AFM fica sujeita a uma multa monetária que pode chegar aos 40 mil francos ( 325 mil patacas), e a ser proibida de participar nas competições FIFA e AFC durante algum tempo. No entanto, segundo o HM apurou, numa reunião que ocorreu ontem por volta das 15h30, a AFM disse aos jogadores que estava a fazer tudo para “negociar” o castigo, de forma a não “prejudicar” os clubes e o futuro da selecção. Contudo, como recompensa, a AFM deixa assim de ter de se preocupar com a organização de 14 jogos internacionais nos próximos três anos, como aconteceria caso conseguisse o apuramento. Sri Lanka às escuras No que diz respeito à comunicação oficial entre a federação do Sri Lanka e Macau, os dirigentes da equipa da casa só foram informados durante a tarde. De manhã ainda deram uma conferência de imprensa e disseram estar prontos para ir o jogo e que continuavam a aguardar pelos jogadores da selecção. Mais tarde a Federação de Futebol do Sri Lanka anunciou oficialmente o cancelamento do jogo, mas recusou as desculpas da AFM: “As autoridades de Futebol do Sri Lanka mantêm convictamente a posição de que o Sri Lanka é um lugar seguro e que tudo voltou à normalidade. Também tinha sido adoptadas medidas de segurança especiais para o encontro”, foi escrito num comunicado. “A Federação de Futebol do Sri Lanka queria utilizar esta oportunidade para mostrar ao mundo que o Sri Lanka está pronto para receber qualquer evento internacional e que todas as comunidades estão unidas como uma à volta do desporto”, foi acrescentado. Após ter sido comunicada a decisão, os jogadores voltaram a lamentar o desfecho: “O meu coração está despedaçado. Peço desculpa a todos os fãs de futebol”, escreveu o capitão Nicholas Torrão, na rede social facebook. ID deu voto de confiança Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto, comentou ontem toda a situação e deu um voto de confiança à associação. Por um lado, frisou que o ID não interfere nas decisões da AFM, por outro, disse que respeita a tomada de posição, a avaliação sobre as condições de segurança e que tem confiança na AFM. Anteviu também que os jogadores podem abdicar do boicote à selecção no futuro.
Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | Cinco construtores esperados na Taça do Mundo de GT [dropcap]J[/dropcap]á são conhecidas as primeiras informações sobre a quinta edição da Taça do Mundo de GT da FIA que se disputará no programa da 66ª edição do Grande Prémio de Macau. A edição do ano passado teve boa adesão por parte dos construtores, mas só conseguiu reunir catorze viaturas, o número limite para a prova se realizar. Este ano é esperada uma grelha de partida mais composta. Na conferência de imprensa de apresentação do Grande Prémio, no mês passado, Chong Coc Veng, Coordenador da Subcomissão Desportiva da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, referiu que “as equipas da FIA e da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau (COGPM) tomaram já medidas com o objectivo de atrair mais pilotos a Macau e para melhorar ainda mais a corrida para o espectadores.” A prova continuará a ser co-organizada pela influente SRO Motorsports Group que, numa comunicação enviada às equipas na passada quarta-feira, esclarece que o “formato manter-se-á praticamente inalterado: com pilotos e equipas apoiados pelos construtores em luta por um dos mais prestigiados títulos das corridas de GT”. A estrutura do fim-de-semana da Taça do Mundo também não sofrerá alterações, estando previstos dois treinos-livres de 30 minutos, uma sessão de qualificação com a mesma duração, uma corrida de qualificação de 12 voltas, provavelmente a ser realizada no sábado do evento, e a corrida decisiva de 18 voltas, ou 75 minutos, no domingo. Como é tradição, as viaturas participantes também deverão ser expostas na Praça do Tap Seac no fim-de-semana que antecede o evento, proporcionando à comunidade local um contacto muito próximo com algumas das máquinas que irão animar o fim-de-semana de 16 e 17 de Novembro. Para além da importância do triunfo na prova, os concorrentes também irão contender pelas 725,000 patacas, em prémios monetários, que estarão em jogo. Quem virá? Neste momento ainda é cedo para prever quem serão os pilotos e equipas que irão marcar presença no Circuito da Guia em Novembro. No entanto, segundo a comunicação enviada aos potenciais intervenientes, “nesta fase inicial estamos a contar com pelo menos cinco construtores”. O ano passado cinco construtores disseram “sim” ao desafio de Macau – Audi, BMW, Mercedes-AMG, Nissan e Porsche. Os quatro gigantes da indústria automóvel germânica deverão repetir a presença este ano, tendo a BMW, que venceu o ano passado com o brasileiro Augusto Farfus, e a Porsche já admitido as suas intenções publicamente. A Bentley, a Honda, a Lamborghini e a Nissan são outros construtores que também estarão a ponderar um regresso à RAEM. Além dos pilotos “Ouro” e “Platina” segundo o ranking da FIA, a prova irá aceitar a presença de pilotos “Prata”. Para incentivar a presença dos mesmos, haverá prémios monetários para os três melhores classificados. Os dois pilotos de automobilismo mais representativos do território, os portugueses André Couto e Rodolfo Ávila, são únicos categorizados pela FIA como “Silver”. O período de inscrições para a prova dura de 28 de Junho até ao dia 31 de Agosto. Contudo, a lista de inscritos só será tornada pública na habitual Conferência de Imprensa da COGPM no mês de Outubro.
Hoje Macau DesportoPortugal vence Holanda e conquista Liga das Nações [dropcap]U[/dropcap]m golo de Gonçalo Guedes permitiu hoje à selecção portuguesa de futebol conquistar a primeira edição da Liga das Nações, com um triunfo por 1-0 na final com a Holanda, no Estádio do Dragão, no Porto. O jogador do Valência, que substituiu no ‘onze’ João Félix em relação às meias-finais, resolveu o encontro aos 60 minutos, com um remate à entrada da área, após um passe de Bernardo Silva. O conjunto das ‘quinas’ arrebatou o segundo título internacional da sua história, depois do campeonato da Europa de 2016, então numa final com a anfitriã França (1-0, após prolongamento), graças a um golo de Éder. https://www.youtube.com/watch?v=3q0dV3SrsoU
João Santos Filipe Desporto MancheteMacau recusa jogar no Sri Lanka por motivos de segurança e jogadores revoltam-se O presidente da Associação de Futebol de Macau, Chong Coc Veng, impediu os atletas de irem para o Sri Lanka, por temer atentados terroristas, mas os jogadores não se conformam. O dirigente diz que a AFM está preparada para assumir a punição da FIFA, que pode passar pela suspensão de todas as competições regionais e internacionais de selecção e clubes [dropcap]A[/dropcap] selecção de Macau está em risco de ser proibida de participar nas competições com a chancela da FIFA e da Confederação Asiática de Futebol (AFC, em inglês). Em causa está a decisão da Associação de Futebol de Macau (AFM) de não ir ao Sri Lanka disputar o jogo agendado para amanhã, evocando motivos de segurança na sequência dos atentados terroristas da passada Páscoa. Como a partida faz parte da primeira ronda de qualificação para o Campeonato Mundial de 2022, a falta de comparência pode ter consequências muito pesadas para o futuro da selecção. Por esta razão, os próprios atletas revoltaram-se e ameaçam, caso não sejam autorizados a jogar, não voltar a representar a selecção da Flor do Lótus. A decisão foi comunicada aos jogadores logo na sexta-feira, pouco mais de um dia da vitória por 1-0 frente ao Sri Lanka, em Zhuhai, e oficializada na noite de sábado. Ontem, a AFM voltou a confirmar a decisão, através de uma conferência de imprensa, mesmo depois da Federação de Futebol do Sri Lanka ter emitido um comunicado a garantir que todas as condições estavam reunidas. “Tomámos esta decisão porque a AFM coloca a segurança dos jogadores acima de tudo. Não podemos correr riscos e colocar a vida dos atletas em risco. Foi por isso que tomámos a decisão de não enviar a nossa equipa para o Sri Lanka”, afirmou Chong Coc Veng, presidente da MFA. “Pedimos a compreensão. Não foi uma decisão fácil, mas tivemos de tomar esta medida difícil para proteger os jogadores. Temos de pensar nos jogadores, nas suas famílias e amigos”, acrescentou. Chong Coc Veng negou que as condições de segurança para o jogo em Colombo estivessem reunidas, apesar da Federação de Futebol do Sri Lanka garantir que haveria protecção especial para os atletas. “Sabemos que eles emitiram o comunicado. Mas nós temos como referência o alerta de viagem do Governo. E foi devido a esse alerta que tomámos a decisão de não comparecer”, apontou. Revolta interna Entretanto, a decisão causou revolta entre os jogadores. Como tal, foi enviada uma carta aberta à associação e ao Governo, assinada por 48 atletas das equipas A, sub-21 e sub-18, a dizer que caso não entrem em campo amanhã deixam de estar disponíveis para a selecção. “Sentimos que o futebol de Macau não tem sido respeitado nos últimos anos. Mas, finalmente, temos uma hipótese de dar um motivo de orgulho aos cidadãos de Macau, aos fãs, famílias e amigos como selecção. Estamos mais perto que nunca de atingir o objectivo e não queremos deixá-lo escapar entre os dedos”, podia ler-se no documento. Também Nicholas Torrão, capitão, explicou ao HM o ambiente que o plantel vive. “Estamos desiludidos. Percebemos que não podem garantir a segurança, mas nós queríamos ir e estávamos prontos para assinar um termo de responsabilidade sobre as consequências”, contou o atleta. “Se não nos deixam representar a selecção neste momento em que podemos alcançar uma fase que nunca se conseguiu alcançar antes também não faz sentido representar a selecção… É só para os amigáveis? Se é para abdicar do Mundial e do Asiático e apenas para jogar os amigáveis, que convoquem outros”, desabafou. O internacional por Macau protestou também contra o facto de os jogadores não terem sido ouvidos: “O futebol são os jogadores. Os dirigentes, intermediários e outros vêm por acréscimo. As decisões não deviam ser tomadas nos corredores”, sublinhou. Também os jogadores Cheong Hoi San, Leong Ka Hang, Lam Ngai Tong e Ho Man Fai vieram a público criticar a decisão, através de uma conferência de imprensa coordenada pelo deputado Sulu Sou. “Perder uma oportunidade como esta vai ter um grande impacto no futebol de Macau e nas gerações futuras. Há muitos jogadores locais que têm o sonho de jogar profissionalmente. Mas a AFM abdica da participação no Mundial de uma forma muito ligeira. É um mau exemplo”, afirmou Cheong Hoi San. “O plano de segurança já foi aprovado pela FIFA e pelo AFC… Esta decisão vai ser muito negativa e mostra que não há futuro no futebol local”, acrescentou. Cheong Hoi San lamentou igualmente o facto de não poder representar a China, através das cores de Macau. “Pessoalmente, fico desiludido e com alguma vergonha. Como é que uma situação destas nos pode impedir de representar o nosso país?”, perguntou. Treinador desiludido Na conferência da AFM, o seleccionador de Macau confessou sentir-se desiludido com a situação e estar preparado para contar, no futuro, apenas com os atletas que se mostrem disponíveis para representar a AFM. “Estou desiludido, claro que sim. Compreendo melhor do que ninguém o esforço feito pela equipa e na preparação deste encontro”, afirmou Iong Cho Ieng. “Estou desiludido, mas não posso aceitar que se coloque em risco a segurança dos jogadores”, acrescentou. Iong referiu igualmente respeitar a opinião dos atletas de se afastarem e apontou que nas outras selecções também há jogadores que abdicam das respectivas selecções. Se em público foi esta a posição tomada por Iong, em privado o cenário poderá ter sido diferente. Falando em impressões pessoais, o jogador Cheong Hoi San diz ter sentido que Iong queria estar ao lado dos atletas. “Nós achamos que o treinador queria tomar a mesma posição e estar ao nosso lado. Mas, como sabemos, ele é empregado da associação…”, começou por dizer. A minha impressão é que ele gostava de estar ao nosso lado, mas sabemos como é a mentalidade de Macau. As pessoas podem ter uma ideia contrária, mas não podem vir a público mostrar que são contra a instituição que os emprega”, referiu. AFM desconhece penalizações Neste momento, a FIFA ainda não publicou as regras para o Mundial de 2022 no Qatar. O regulamento está a ser finalizado depois de ter sido decidido que não haveria alargamento do número de equipas a participar na fase final. Contudo, tanto as regras do mundial de 2014, no Brasil, como da Rússia, em 2018, são semelhantes. Tendo o Mundial da Rússia como referência, caso uma equipa abandone a competição na fase em que Macau se encontra vê-se obrigada a pagar uma multa de 40 mil francos suíços, o que corresponde a 325 mil patacas. Já o código de conduta da FIFA define uma multa de pelo menos 10 mil francos, ou seja, cerca de 81 mil patacas para as faltas de comparência. Além da multa, a Federação de Futebol do Sri Lanka e a própria FIFA podem exigir compensações monetárias por perda de receitas, despesas com a organização, entre outras. Contudo, o mais grave é a possibilidade de ser instaurado um processo pelo Comité de Disciplina da FIFA contra a AFM. Neste caso, a associação pode ser suspensa, o que implica o afastamento da selecção e dos clubes de Macau das competições oficiais. Ontem, Chong Coc Veng admitiu que ainda não sabia quais as consequências para a AFM. “Ainda estamos a conversar com a FIFA e a AFC sobre as penalizações. A AFM está disponível para cumprir o castigo”, limitou-se a dizer sem explicar as possibilidades, além da multa. Quando questionado se se demite caso as equipas de Macau fiquem impedidas de participar nas competições internacionais, Chong recusou tomar uma posição: “A decisão foi da AFM. Mas o cenário ainda não está confirmado e não posso responder”, apontou. Segurança aprovada Segundo a AFM, as discussões com a Federação de Futebol do Sri Lanka, com a FIFA e AFC para que fosse encontrado um campo neutro para o encontro já decorriam há algum tempo. A própria AFM terá mostrado disponibilidade para cobrir todas as despesas da Federação do Sri Lanka com a organização em terreno neutro. Porém, ao contrário de Macau, que disputou o encontro em Zhuhai, os adversários não quiseram abdicar do factor casa como forma de mostrar respeito perante os adeptos. “Tem a importância máxima para qualquer selecção poder jogar em casa diante dos seus adeptos, especialmente quando se trata de uma ronda de apuramento para o Mundial FIFA, o que só acontece uma vez a cada quatro anos”, explicou a FFSL. “Cumprimos todos os requisitos de segurança e tanto a AFC como a FIFA aceitaram os nossos planos de segurança para o jogo”, foi acrescentado. Já sobre o sistema de alerta de viagens, ao Sri Lanka pediu a Macau que olhe para o Interior da China, em que o Governo Central já baixou o nível de alerta, ao contrário da RAEM. “O Sri Lanka também tem o direito de organizar os jogos no Sri Lanka, e todos os países devem respeitar este direito”, foi acrescentado. Ainda de acordo com o comunicado oficial da Federação do Sri Lanka, os responsáveis da AFC, que vão supervisionar a partida, já estão no território e os dirigentes de Macau são aguardados durante o dia de hoje, para os compromissos normais antes de uma partida oficial. Sulu Sou fala em “vergonha” Depois conhecida a decisão da Associação de Futebol de Macau em não autorizar a deslocação da selecção ao Sri Lanka, o deputado Sulu Sou organizou uma conferência com um grupo de jogadores para pedir o adiamento do encontro. O legislador lamentou todo o sucedido: “É um dia de vergonha para o futebol de Macau. Ninguém consegue compreender a decisão da Associação de Futebol de Macau”, afirmou. “Como deputado, apelo à AFM que mostre toda a informação, os documentos e correspondência dos últimos dois meses com a FIFA, AFC e entidades do Sri Lanka a pedir o adiamento do encontro”, frisou. Duarte Alves: Se fosse eu, levava os jogadores No ano passado, o Benfica de Macau realizou dois jogos na Coreia do Norte a contar para a Taça AFC. A Coreia do Norte é um Estado que se encontra em “guerra” com a Coreia do Sul e a matéria levantou questões aos dirigentes. Porém, segundo Duarte Alves, dirigente do clube, foram cumpridas as exigências da AFC e tudo correu bem. “Falámos com a AFC sobre eventuais receios. Mas eles disseram que a Federação da Coreia do Norte cumpria todos os requisitos, que os planos de segurança eram seguidos e que no passado nunca tinha havido problemas”, contou, ontem, ao HM. “Acabámos por ir e correu tudo bem. Não houve problemas”. Duarte Alves considerou também que perante a aprovação, tanto da AFC como da FIFA, que não resta a Macau outra alternativa que não seja comparecer no encontro, mesmo que a selecção considere que seria mais seguro jogar em terreno neutro. Finalmente, Duarte Alves referiu que a associação devia respeitar a opinião dos jogadores, uma vez que quase todos se mostraram disponíveis para viajar. ID lava as mãos Na carta aberta, os jogadores pediram ao Governo ajuda para resolver a situação, de forma a poderem participar no encontro. Caso contrário, os atletas diziam não estar mais disponíveis para representar Macau. Contudo, contactado pelo HM, o Instituto do Desporto limitou-se a dizer não ter qualquer declaração a fazer sobre a situação.
Hoje Macau DesportoTrês portugueses nos quadros principais do Open de Hong Kong em ténis de mesa [dropcap]A[/dropcap] portuguesa Fu Yu e a dupla Tiago Apolónia/João Monteiro qualificaram-se ontem para o quadro principal do Open de Hong Kong, prova do circuito Mundial de ténis de mesa. Nas rondas preliminares de singulares femininos, Fu Yu impôs-se por 4-0 (11-6, 11-6, 11-4, 11-9) à indiana Madhurika Patkar, e por 4-3 (3-11, 11-6, 11-8, 4-11, 11-6, 6-11, 11-6) à coreana Kim Hayeong. Na mesma fase da competição, Jieni Shao não conseguiu passagem ao quadro principal, tendo perdido com a holandesa Jie Li por 4-0 (4-11, 9-11, 10-12, 9-11), depois de se ter imposto à indiana Archana Girish Kamath por 4-1 (11-5, 10-12, 11-8, 12-10 e 11-9) Na variante de pares masculinos Tiago Apolónia e João Monteiro garantiram a passagem ao quadro principal da prova ao derrotarem os italianos Mihai Bobocica e Niagol Stoyanov por 3-0 (11-8, 13-11, 11-9). Portugal ficou fora da competição de pares mistos, depois de Tiago Apolónia e Jieni Shao terem perdido com a dupla francesa Tristan Flore/Laura Gasnier por 3-2 (11-8, 4-11, 8-11,11-6, 9-11).
Hoje Macau DesportoMotociclismo | Daley Mathison morre na Ilha de Man [dropcap]O[/dropcap] piloto Daley Mathison, que no ano passado tinha feito a estreia no Grande Prémio de Macau de motos, morreu na segunda-feira, após um acidente durante a primeira corrida da prova Ilha de Man TT. O piloto de 27 anos terá perdido o controlo da mota na terceira das quatro voltas ao circuito ilhéu, que tem uma extensão de 60,725 quilómetros. “A última imagem que vi do meu marido foi um homem muito feliz com a vida e que estava muito orgulhoso dos feitos alcançados na carreira”, escreveu a esposa do piloto, Natalie, horas depois do acidente. Apesar dos 27 anos, Mathison já tinha participado em 19 corridas provas da Ilha de Man – cada edição tem várias corridas – e contava com três pódios no currículo. Mathison foi a primeira vítima mortal da edição deste ano da famosa prova de estrada. Em relação à participação do piloto em Macau, no ano passado, o inglês terminou a corrida no 21.º lugar.
João Santos Filipe DesportoMundial 2022 | Revelados convocados para o jogo com o Sri Lanka O Chao Pak Kei, com seis atletas e o Benfica com cinco, dominam a convocatória de Iong Cho Ieng para o encontro de Macau com o Sri Lanka, a contar para o apuramento para o Mundial de 2022. O Sporting é o único clube da Liga de Elite sem jogadores entre os 23 [dropcap]O[/dropcap] Chao Pak Kei e o Benfica de Macau são as equipas mais representadas na lista com os 23 atletas que vão defrontar a selecção do Sri Lanka, em jogo a contar para a primeira eliminatória de apuramento para o Mundial de 2022, no Qatar. O encontro está agendado para amanhã, às 19h30, no Centro Desportivo de Zhuhai e os convocados foram anunciados ontem. De uma lista de 23 atletas, três são guarda-redes, 10 defesas, sete meio-campistas e três atacantes. Ao nível da defesa, o C.P.K. cede Lei Ka Him, Lei Ka Hou e Kam Chi Hou. No meio-campo os escolhidos são Pang Chi Hang e Lam Ka Seng. Finalmente, Ho Ka Seng é o atacante do C.P.K. cedido pela formação. Do Benfica vêm cinco atletas. Filipe Duarte, Lei Chin Kin e Chan Man são os defesas encarnados que vão vestir a camisola da formação da Flor do Lótus. O médio Lee Keng Pan e o avançado Nicholas Torrão completam o grupo dos cinco. A seguir aos dois clubes já referidos, Monte Carlo, Hang Sai e Ka I são as equipas mais representadas. Os canarinhos cedem à selecção o guarda-redes Ho Man Fai e o médio Cheong Hoi Sai. Já o Hang Sai cede o defesa Lam Ka Po e meio-campista Ng Wa Keng. Por sua vez, o Ka I cede o defesa Wong Vernon e o médio Kong Cheng Hou. Finalmente, o Ching Fung cede o guarda-redes Fong Chi Hang, os sub-23 o guardião U Wai Chong, a Polícia o médio Monteiro Herculano e o Tim Iec o avançado Ho Man Hou. Consta ainda na lista o defesa Ng Wa Seng, da formação de Hong Kong Central E Western, e o médio Lam Ng Tai, do Wong Tai Sin, também da região vizinha. No que diz respeito aos clubes da Liga de Elite, o Sporting é a única equipa sem qualquer atleta entre os convocados. Jogo em Zhuhai Devido às obras que decorrem no Estádio de Macau, o encontro de amanhã vai ser disputado no Centro Desportivo de Zhuhai. A partida da selecção local está agendada para hoje, às 14h15, nas Portas do Cerco. Os residentes que tenham visto de entrada para o Interior da China podem assistir ao encontro. Os bilhete são grátis e podem ser levantados durante o dia de hoje e amanhã no Estádio de Macau. Cada residente pode levantar um máximo de quatro ingressos e precisa de mostrar um cartão de identificação.
Hoje Macau DesportoRodolfo Ávila vence em Xangai e sobe na classificação do CTCC [dropcap]R[/dropcap]odolfo Ávila venceu na visita do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) este fim-de-semana ao Circuito Internacional de Xangai. O triunfo do piloto português residente em Macau e da equipa SVW333 Racing surgiu na segunda corrida do programa, disputada na tarde de domingo. O bom resultado do fim-de-semana começou a desenhar-se logo nas sessões de treinos cronometrados. Na sessão de qualificação, que desta vez decidiu a formação da grelha de partida para a corrida de domingo, Ávila esteve ao seu melhor nível e realizou o segundo melhor tempo, a apenas 0.041 segundos do pole-position, o pluri-vencedor da Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau, Rob Huff, pode ler-se no comunicado de imprensa do piloto. Na tarde de sábado disputou-se a primeira corrida do fim-de-semana, onde a regra da grelha invertida colocou o VW Lamando nº9 na oitava posição à partida. Um mau início de corrida, causado por uma opção técnica errada, quase que deitava a perder, mas Ávila fez uma corrida imaculada desde o 13º lugar na primeira volta até ao 7º posto final, ultrapassando seis adversários em sete voltas. “A equipa optou por um mapa de motor que não funcionou. Perdi posições no arranque e nas primeiras curvas. Mudámos o mapa do motor e com cuidado, sem exageros, comecei a subir posições, conseguindo terminar na sétima posição”, explicou o piloto que representa a equipa oficial do construtor automóvel SAIC Volkswagen. A subir Para a segunda corrida do fim-de-semana, Ávila alinhou do 2º lugar da grelha de partida, defendendo com sucesso a sua posição na primeira curva. Quando a corrida de 10 voltas ao circuito chinês ia a meio, Ávila ascendeu à primeira posição, posição essa que jamais iria largar até à bandeirada de xadrez. “Estou obviamente muito satisfeito com esta vitória, a minha primeira no campeonato, mas acima de tudo este é um triunfo de toda a equipa que tudo fez para vencer as duas corridas este fim-de-semana em Xangai e conseguiu um “1-2-3” na corrida de hoje. Este resultado dá uma motivação extra na luta pelo campeonato e esse será o objectivo em que nos iremos focar até ao final da temporada”, disse no final da corrida o piloto da equipa SVW333 Racing que colocou três carros nas três primeiras posições na corrida de domingo. Com estes resultados, Ávila subiu do 10º para o 5º lugar na classificação de pilotos quando estão disputadas duas das oito jornadas duplas do campeonato. A SAIC Volkswagen lidera a classificação de construtores, onde enfrenta a oposição da KIA, BAIC, Ford e Toyota. O campeonato de automobilismo mais popular da República Popular da China, que este ano celebra o seu décimo quinto aniversário, continuará por Xangai, desta vez para uma deslocação ao Circuito de Tianma no fim-de-semana de 22 e 23 de Junho.
Sérgio Fonseca DesportoGuangdong | Pilotos de matriz lusa em evidência [dropcap]N[/dropcap]o Circuito Internacional de Guangdong, nos arredores da cidade continental chinesa de Zhaoqing, realizou-se o primeiro Festival de Corridas de Macau, a manifestação de automobilismo anual organizada pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) que este ano irá apurar os pilotos locais para a “Taça de Carros de Turismo de Macau” e para a “Taça GT – Corrida da Grande Baía” da 66ª edição do Grande Prémio de Macau. Com condições climáticas instáveis, em que a chuva marcou presença com especial incidência no dia de sábado, pilotos de Macau, Hong Kong, Taiwan, Japão, Coreia do Sul e China continental lutaram por uma vaga na grande corrida do mês de Novembro. Para os pilotos macaenses, esta jornada do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCC) foi bastante positiva, com vários nomes portugueses a alcançarem resultados promissores e alguns a carimbarem já o passaporte para a prova do Circuito da Guia. Tal como em anos anteriores, os ultra-preparados Peugeot RCZ da Suncity Racing Team ditaram as leias na categoria “AAMC Challenge 1.6 Turbo”, com Paul Poon a vencer no sábado e Alex Fung no domingo. Num circuito que conhece bem, o veterano piloto português Rui Valente esteve em pleno destaque ao ser sexto classificado na corrida de sábado, em piso molhado, onde a diferença entre o seu Mini Cooper S para os demais não é tão notória. Na corrida de domingo, Valente levou um toque, caindo para último, recuperando num pelotão de mais de duas dezenas de viaturas até ao décimo lugar final, praticamente selando o seu apuramento. Já Jerónimo Badaraco largou do sexto lugar na primeira corrida, mas deu-se mal com a chuva, terminando no 11º posto. Contudo, na segunda corrida e mesmo com problemas na bomba de água do Chevrolet Cruze, o piloto macaense obteve um valioso quarto lugar. Vitória macaense Na classe “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”, que hoje engloba as viaturas que davam corpo ao “Road Sport Challenge”, o favorito Leong Ian Veng triunfou tranquilamente no sábado, terminando à frente do estreante Sabino Osório Lei e de Hélder Assunção. Depois de um quarto lugar na primeira corrida, Delfim Mendonça Choi fechou o fim-de-semana com uma espectacular vitória no domingo, numa corrida em que o pódio ficou também preenchido pelos pilotos locais Lam Kam San e Chan Chi Ha. Numa corrida de sábado onde os pilotos de matriz lusa tiveram em evidência, Luciano Lameiras obteve um quinto lugar, ele que desistiu no segundo embate com um problema de caixa de velocidades no seu Mitsubishi. Ao volante de um Audi RS 3 TCR, Filipe Souza teve um fim-de-semana complicado na sua estreia na categoria, mas ainda assim conseguiu um lugar entre os dez primeiros na primeira corrida. Estreia dos GT Com vinte e cinco inscritos aos comandos de viaturas de Grande Turismo (GT) num circuito tão exíguo como este, os organizadores optaram por dividir o pelotão em dois na Taça GT – Corrida da Grande Baía. Sendo assim, no Grupo A, Alex Au de Hong Kong, em Audi R8 LMS, e Kevin Tse de Macau, em Mercedes-AMG GT4, dividiram os triunfos. Já no Grupo B, David Pun de Hong Kong, em Aston Martin Vantage GT4, e o conhecido piloto do território Lei Kit Meng, em Ginetta G55 GT4, partilharam as vitórias que uma categoria que também abarca o recém-criado “AAMC GT Challenge”. Eurico de Jesus, que está a participar com um Lotus Exige ex-Taça Lotus, terminou ambas as corridas no quinto posto. O segundo Festival de Corridas de Macau, também a ser realizado no Circuito Internacional de Guangdong, está agendado para o fim-de-semana de 22 e 23 de Junho.
Hoje Macau DesportoMarcello Lippi reassume cargo de seleccionador de futebol da China [dropcap]O[/dropcap] treinador italiano Marcello Lippi vai reassumir a selecção chinesa, quatro meses após ter deixado o cargo, com o objectivo de qualificar o país para o Mundial 2022, anunciou hoje a Federação Chinesa de Futebol (CFA). “Quando Lippi esteve anteriormente à frente da equipa nacional, os jogadores demonstraram uma atitude positiva e um espírito combativo”, indica o comunicado emitido pela CFA. Marcelo Lippi, de 71 anos, tinha deixado o cargo de seleccionador da China em Janeiro, após a eliminação por 3-0 diante do Irão, então treinado pelo português Carlos Queiroz, nos quartos de final da Taça Asiática. “Com Lippi, acreditamos que a equipa masculina chinesa não deixará pedra sobre pedra para alcançar o sonho de uma qualificação para o Mundial 2022”, que se realiza no Qatar, acrescentou a federação. O treinador, que conduziu em 1996 a Juventus ao título europeu, tinha sido substituído interinamente na selecção chinesa pelo compatriota Fabio Cannavaro, que orientou dois jogos em Março, acumulando o cargo com o de técnico do Guanghzou Evergrande.
Hoje Macau DesportoFórmula E | Félix da Costa espera voltar aos pódios já em Berlim [dropcap]O[/dropcap] piloto português António Félix da Costa (BMW) espera regressar aos pódios na Fórmula E, competição para veículos eléctricos, já na prova deste fim de semana, em Berlim. Com nove das 13 provas do calendário já disputadas, o piloto de Cascais ocupa a quarta posição do campeonato, com 70 pontos, a 17 do líder, o francês Jean-Eric Vergne (DS). Esta é “uma corrida especial” para o piloto português, por se disputar na Alemanha, sede da BMW, mas Félix da Costa teme que o asfalto da pista de Berlim esteja demasiado degradado e que isso afecte o seu desempenho na qualificação. “O facto de corrermos num asfalto que não é utilizado, normalmente, no dia-a-dia, é uma incógnita. Mas na BMW estamos todos motivados e com a cabeça bem levantada para entrarmos em pista com o objectivo bem definido de recuperar pontos aos adversários que seguem à nossa frente e lutar por um pódio”, explicou o piloto português. Félix da Costa considerou que esta será a fase decisiva do campeonato, em que a pressão por bons resultados aumenta: “Estamos a chegar a uma altura do campeonato em que tudo tem de correr bem, se queremos ter uma palavra a dizer na luta pelo título”, frisou. O circuito está desenhado no aeroporto de Tempelhof e perfaz um total de 2.375 quilómetros. A corrida está prevista para as 12:00 de sábado (hora de Lisboa).
Sérgio Fonseca DesportoF3 | Novo carro de Sophia Flörsch não afasta vontade de regressar [dropcap]S[/dropcap]ophia Flörsch, a jovem piloto alemã que saiu miraculosamente ilesa após o aparatoso acidente na edição passada do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA, promete voltar este ano ao Circuito da Guia. E apesar de não estar a participar no campeonato que acolhe os novos Fórmula 3, nada a impede de voltar à grelha de partida no mês de Novembro. Na passada quarta-feira a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau (COGPM) confirmou publicamente a vontade de trazer em Novembro à RAEM a última geração dos monolugares de Fórmula 3. Estes trinta monolugares construídos em Itália pela Dallara estão exclusivamente alocados ao Campeonato FIA de Fórmula 3, competição que arrancou em Maio em Espanha e termina em Setembro na Rússia. Por ser uma Taça do Mundo da FIA, a prova do Circuito da Guia não contará para qualquer campeonato, e Chong Coc Veng, coordenador da Subcomissão Desportiva da COGPM, na conferência de imprensa de apresentação do evento, disse acreditar que “após a conclusão do campeonato na Europa, muitos destes carros e pilotos virão a Macau.” Durante o defeso, o súbito cancelamento do ex-Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3 obrigou a uma mudança de planos de última hora para Sophia Flörsch. A piloto natural de Munique está esta temporada a participar no ‘Formula Regional European Championship’, uma competição reconhecida pela FIA como “Fórmula 3 Regional” que usa carros diferentes e menos potentes que os monolugares que serão vistos nas ruas de Macau no final do ano. Contudo, mesmo perante este cenário, Sophia Flörsch está decidida em regressar ao Oriente, pois “o meu plano é subir ao Campeonato FIA de Fórmula 3 no próximo ano, portanto Macau seria um bom treino para mim”, revelou esta semana ao HM. A Embaixadora da Boa Vontade do Turismo de Macau mantém-se hoje fiel ao discurso esclarecido que ouvimos momentos depois de ter recebido alta do Centro Hospitalar Conde São Januário. “Eu adoraria voltar a Macau e a correr (no Circuito da Guia) novamente. É um evento fantástico e a pista é simplesmente incrível”, afirma convictamente a piloto que esta semana esteve a participar no rali histórico italiano ‘1000 Miglia’ com um Mercedes 300 SL e ao lado da compatriota Ellen Lohr que em 1992 fez parte da equipa oficial da Mercedes AMG na Corrida da Guia. Em negociações Apesar de ainda estarmos a cinco meses do grande evento desportivo do território, Sophia Flörsch já está em negociações com algumas das dez equipas que planeiam viajar até ao sul da China no final do ano para segurar um volante competitivo. “Neste momento estou em contactos com equipas para ver se será possível participar em Macau e com quem. Claro, isto depende das equipas e dos meus patrocinadores, mas penso que todos ficarão felizes”, confirma a piloto de 18 anos, que não hesita em concluir, que qualquer que seja o desfecho destas negociações, que “se tiver a possibilidade de voltar a correr em Macau outra vez, definitivamente o farei!” O 66º Grande Prémio de Macau terá um programa constituído por seis corridas diferentes e será realizado de 14 a 17 de Novembro.
João Santos Filipe DesportoID sem informação de jogo entre Inter de Milão e PSG, mas não recusa hipótese [dropcap]O[/dropcap] Instituto do Desporto (ID) reafirma que ainda não recebeu qualquer pedido para disponibilizar o Estádio de Macau para um encontro entre Inter de Milão e PSG, mas não fecha as portas ao evento. As declarações foram prestadas ontem por Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto, à margem da cerimónia de assinatura do contrato de patrocínio para o Grande Prémio de Macau. “Na sociedade houve notícias a dizer que duas equipas de renome vão jogar em Macau. Até ao momento o Instituto do Desporto não recebeu qualquer requerimento para ceder o Estádio para a realização do jogo”, começou por explicar o presidente do ID. “Se organizadores pretenderem vir a Macau, independentemente de serem locais ou de fora, não vamos recusá-los. Mas antes de anunciarem que vão realizar actividades, têm de ponderar se haverá disponibilidade das instalações e se o território oferece os requisitos mínimos para os eventos ou actividades”, acrescentou. De acordo com o anúncio dos organizadores da partida, o grupo Kaisa Culture & Sports, de Shenzhen, o encontro vai acontecer em Macau, a 27 de Junho. No entanto, o ID nega ter sido contactado. Neste momento, falta pouco mais de um mês para a data do alegado encontro. “Tendo em conta que o ID tem de se preparar para ceder as instalações, os pedidos têm de ser feitos com uma antecedência entre um a dois meses antes do evento ou actividade”, explicou sobre o processo. “Também temos de ver as situações concretas para saber se temos as condições para esses eventos. Mas estamos sempre de porta aberta para ceder pavilhões, piscinas, estádios. Os eventos são bem-vindos e sabemos que também podemos beneficiar destas actividades”, sublinhou. Em relação ao encontro entre Southampton e Guanzhou R&F, que está agendado para 23 de Julho, e que vai celebrar os 20 anos da criação da RAEM, Pun Weng Kun diz que a preparação está a correr dentro da normalidade. “Já anunciámos, tanto o Instituto do Desporto como a Associação de Futebol de Macau, que haverá um jogo entre o Southampton e o Guanzhou R&F. Estamos na fase preparatória”, afirmou.
João Santos Filipe Desporto MancheteGrande Prémio | Orçamento aumenta 50 milhões de patacas A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau aposta num orçamento de 270 milhões de patacas para o evento deste ano. Ontem foi avançada a confirmação de que a prova de Fórmula 3 vai ser realizada com o novo monolugar da categoria [dropcap]A[/dropcap] edição deste ano do Grande Prémio de Macau vai ter um orçamento de 270 milhões de patacas, um aumento de 50 milhões face ao ano passado. Os valores foram revelados ontem por Pun Weng Kun, coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau (COGPM). Em 2018 o orçamento tinha sido de 220 milhões de patacas, o que significa que há um crescimento de 22,7 por cento. “Nos últimos três anos, desde que o Grande Prémio passou para o Instituto do Desporto, o orçamento rondou os 220 milhões de patacas. Tentámos sempre manter esse orçamento [220 milhões], mas este ano prevemos um orçamento de 270 milhões de patacas”, disse Pun Weng Kun. No ano passado o responsável já tinha antevisto uma subida dos custos não só para acompanhar a inflação, mas também para fazer melhorias no traçado e cobrir custos de manutenção dos equipamentos. Este ano o Grande Prémio de Macau volta a receber seis provas: a corrida de Fórmula 3, Taça GT de Macau, Corrida da Guia, que conta para Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR), Taça de Carros de Turismo de Macau, Corrida da Grande Baía e ainda a prova para as motos. No que diz respeito à prova de Fórmula 3, está confirmada a presença do modelo mais recente da categoria, que tem motores com mais 140 cavalos do que os anteriores, além de uma maior dimensão. “A FIA [Federação Internacional de Automobilismo] tem um novo modelo de carros e claro que pretende que Macau utilize o novo modelo no Circuito da Guia. Os técnicos da FIA já visitaram o circuito para fazerem uma análise sobre a viabilidade de estes carros competirem neste circuito”, revelou. “Vamos fazer os ajustamentos conforme as exigências da FIA. Não só nas curvas, mas em diferentes pontos na Guia”, acrescentou. Patrocínio também cresce Além do orçamento, também o valor do patrocínio principal foi aumentado. A empresa promotora do jogo Suncity subiu a parada dos 20 milhões de patacas do ano passado para 25 milhões, ou seja, houve um aumento de 25 por cento. A cerimónia de assinatura do novo contrato de publicidade decorreu ontem no Centro de Ciência de Macau. Ainda à margem do evento, Pun Weng Kun revelou que a preparação da prova, que se realiza entre 14 e 17 de Novembro, está a decorrer dentro da normalidade. “A preparação está a decorrer até ao momento de forma ideal e estamos a cumprir a calendarização da nossa agenda”, apontou Pun. “Creio que as corridas vão permitir atrair vários pilotos conhecidos a Macau e acredito que muitos, locais e do estrangeiro, já estão entusiasmados com a possibilidade de correrem em Macau”, frisou.
Hoje Macau DesportoMorreu Niki Lauda, três vezes vencedor em Fórmula 1 [dropcap]O[/dropcap] antigo piloto austríaco Niki Lauda, tricampeão mundial de Fórmula 1, morreu esta segunda-feira aos 70 anos, anunciou a família. “É com enorme tristeza que anunciamos que o nosso querido Niki morreu em paz, rodeado pela sua família, esta segunda-feira”, lê-se num comunicado. O ex-piloto tinha sido submetido a um transplante pulmonar no Verão passado. “As suas realizações únicas como desportista e como empresário são e serão sempre inesquecíveis. O seu dinamismo inesgotável, a sua integridade e a sua coragem serão um modelo e uma referência para todos nós”, recordou a família. Niki Lauda foi campeão do Mundo em 1975, 1977 e 1984, tendo vencido 25 grandes prémios dos 177 que disputou, atingido por 52 vezes o pódio e garantindo 24 ‘pole positions’. Competiu na Fórmula 1 entre 1971 e 1979 e depois entre 1982 e 1985. Foi campeão pela Ferrari e pela McLaren, mas competiu ainda pela March, BRM e Brabham. Em 1976, um dos marcos da sua carreira, quando um grave acidente no Grande Prémio da Alemanha quase o matou. O Ferrari que conduzia incendiou-se minutos depois e o piloto austríaco ficou preso dentro do monolugar. Vários pilotos ajudaram-no a sair do carro, sem evitar graves queimaduras na cabeça e nos braços, além de inalar gases tóxicos. Estava consciente e chegou a andar, mas minutos depois entrou em coma. Lauda ficou sem boa parte do cabelo, perdeu a orelha esquerda, as sobrancelhas, pestanas e pálpebras, mas a sua vontade de competir era tal, que voltou às provas apenas seis semanas depois, perdendo dois grandes prémios e permitindo a aproximação de James Hunt. Valor supremo Considerado como um piloto cauteloso e calculista, o austríaco perderia o mundial desse ano pelo facto de, na última prova, no Japão, ter abandonado a corrida ao fim da primeira volta, conforme acordado – mas não cumprido – por todos os pilotos, face às adversas condições climatéricas que não permitiam que estivessem asseguradas condições de segurança. “A minha vida vale mais do que um campeonato”, justificou, antes de saber, já no aeroporto, o desfecho do mundial, sendo que apenas precisava de ficar à frente de James Hunt para conquistar o título que recuperaria na época seguinte.
Hoje Macau DesportoBenfica | Adeptos apontam Bruno Lage como grande obreiro do título [dropcap]O[/dropcap] treinador do Benfica, Bruno Lage, que guiou os ‘encarnados’ à 37.º vitória do clube na I Liga de futebol, foi, no sábado, apontado pelos adeptos como o principal responsável pelo título nacional. De acordo com os adeptos ouvidos pela Lusa na Praça Marquês de Pombal, em Lisboa, onde muitos milhares aguardavam ainda a chegada da equipa para a festa, o treinador de 43 anos, que apenas assumiu o comando técnico em Janeiro, recebeu todos os elogios pelo feito e por ter devolvido a confiança à massa associativa quando o Benfica estava a sete pontos do primeiro lugar. “Foi sofrer até ao fim, mas quando recuperámos o primeiro lugar sentimos que viríamos aqui. [O principal responsável] Foi o ‘mister’ Bruno Lage. Sempre tivemos fé na equipa, mas a sete pontos era complicado. Sem retirar mérito a Rui Vitória, sentíamos um afastamento da equipa dos adeptos e o Bruno Lage veio reatar esse amor que estava algo apagado”, afirmou Vanessa Alcobia, que veio de Queluz para a festa do título ‘encarnado’. De Paris para o Marquês de Pombal veio Micael Martins. Com a camisola do Benfica e a pronúncia francesa bem vincada, este jovem adepto revelou não ter hesitado na ideia de vir para Lisboa no fim do campeonato, depois de ver a equipa sair vencedora (2-1) do jogo com o FC Porto, no Estádio do Dragão, no Porto. “Venho de Paris. Vim cá uns dias, mas sabia que íamos ser campeões. Sabia que íamos ser campeões, por isso vim de propósito. O jogo no Dragão foi o momento em que soube que íamos ser campeões. Agora é festejar, depois vê-se quando voltamos. Espero estar aqui, neste mesmo lugar, no próximo ano”, disse, acrescentando: “O grande responsável pela vitória foi Bruno Lage. Ele mudou tudo e fez uma segunda volta espetacular”. Factor de união Já Paulo Lopes, que veio para a festa acompanhado da esposa e dos dois filhos, de dois e cinco anos, enalteceu o treinador do Benfica por “unir a equipa e ter sido a pessoa essencial para reunir as forças do Benfica”, mas destacou também o papel do presidente do clube. “Luís Filipe Vieira apostou sempre no clube, num treinador novo, nos jogadores e em todos os benfiquistas. Em Janeiro ninguém acreditava, hoje estamos aqui e para o ano logo se vê”, frisou, apontando o veterano avançado brasileiro Jonas, de 35 anos, como “o melhor” do plantel. Por fim, João Catarino, acompanhado da filha Sara, partilhou o mérito da conquista do 37.º título “por todos os jogadores, o treinador e o presidente”, reconhecendo ainda que “será complicado” segurar algumas das maiores promessas ‘encarnadas’ e que o momento mais marcante surgiu com o triunfo sobre os ‘dragões’. “Não estava confiante, era muito difícil dar a volta à situação e felizmente conseguimos. Creio que o momento decisivo foi ganharmos em casa do FC Porto”, observou. O Benfica venceu sábado o Santa Clara, por 4-1, em jogo da 34ª jornada, e selou a conquista da I Liga com 87 pontos, mais dois do que o FC Porto, naquele que foi o 37.º título da sua história. “Mais do que merecido” O treinador do Benfica, Bruno Lage, considerou sábado o título de campeão nacional da I Liga de futebol “mais do que merecido” e pediu aos adeptos para darem “mérito a quem ganha”, nas celebrações do campeonato, em Lisboa. “Chegámos justamente ao título, é mais do que merecido. Que este título, que estava perdido, seja também a forma de dar mérito a quem ganha. Quando os adversários ganharem, temos de lhes dar mérito. Só assim eles nos darão mérito a nós”, disse Bruno Lage, perante centenas de milhares de adeptos, na Praça Marquês de Pombal, em Lisboa. O técnico, de 43 anos, pediu também aos adeptos a mesma exigência que apresentam à equipa da Luz em outros assuntos da sociedade, de forma a “reconquistar os valores de Portugal”. “Há coisas mais importantes do que o futebol, se vocês tiverem esta mesma exigência noutros temas da sociedade portuguesa, o nosso país vai ser melhor. Vamos reconquistar os valores de Portugal”, pediu. Bruno Lage agradeceu também aos adeptos e ao presidente dos ‘encarnados’, Luís Filipe Vieira, pela “oportunidade de ser treinador” da equipa principal do Benfica, mas sobretudo aos jogadores, em especial Jonas, que foi “um exemplo”.
Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | Pilotos locais em força nas provas de apuramento [dropcap]Q[/dropcap]uase cem pilotos, noventa e nove para sermos mais precisos, inscreveu-se nas provas de apuramento para as corridas da “Taça Carros de Turismo de Macau” e “Taça da Grande Baía de GT” da 66ª edição do Grande Prémio de Macau. A primeira das duas jornadas do Festival de Corridas de Macau, organizadas pela Associação Geral-Automóvel de Macau-China (AAMC), está agendada para o fim-de-semana de 25 e 26 de Maio no Circuito Internacional de Guangdong. Este ano o Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa) será novamente dividido em duas classes: “AAMC Challenge 1.6 Turbo” e “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”. Os melhores dezoito classificados de cada classe no somatório dos dois fins-de-semana – num total de quatro corridas – terão apuramento directo para o grande evento do mês de Novembro. Os que ficarem de fora do “top-18” terão que aguardar alguma desistência para terem uma vaga. A classe “AAMC Challenge 1.6 Turbo”, que tem a particularidade de ter um regulamento técnico único no mundo e que estará a chegar ao fim, reunirá vinte e três concorrentes, dezassete deles da RAEM. Destaque para a presença do veterano português Rui Valente e de Jerónimo Badaraco e Célio Alves Dias, dois nomes incontornáveis do automobilismo macaense. Popularidade em alta A popular categoria “Road Sport”, hoje designada como “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”, volta a reunir um número vasto de concorrentes. Trinta e oito inscritos provenientes de cinco países e territórios vão medir forças numa classe que acolhe um colorido leque de viaturas e dezanove pilotos locais. Para além dos tradicionais favoritos Leong Ian Veng, Ng Kin Veng ou Wong Wan Long, o contingente local contará com vários pilotos macaenses. Destaque para a presença de Filipe Souza, que ao volante de um Audi RS3 LMS TCR, que se estreia nesta classe, juntando-se à promessa Delfim Mendonça Choi e aos regressados Jo Merszei e Luciano Castilho Lameiras, que o ano passado falharam a qualificação. O vencedor da Taça da Corrida Chinesa do Grande Prémio em 2017, Hélder Assunção, também está de volta, mas desta vez com uma máquina nova, um Nissan GTR-34. E numa altura em que o automobilismo do território precisa de novo sangue, há que realçar a estreia de Osório Sabino com um Volkswagen Golf GTi. Estreia auspiciosa A novidade do Festivais de Corridas de Macau de 2019 será a introdução da “Taça da Grande Baía de GT”. Esta competição irá permitir a participação de trinta e seis concorrentes na 66ª edição do Grande Prémio de Macau. Destinada a carros da categoria GT4 e ex-Taça Lotus, em termos de adesão, a estreia não poderia ser melhor apesar dos custos base que apresentam este tipo de viaturas. Com trinta e oito carros garantidos à partida, devido às limitações do circuito dos arredores da cidade de Zhaoqing, a organização viu-se forçada a dividir os participantes em dois grupos. Audi, Aston Martin, BMW, Ginetta, Lotus, Mercedes AMG e McLaren são as marcas representadas numa Taça que no futuro poderá ganhar relevância dentro do Grande Prémio, trazendo para o Circuito da Guia aqueles pilotos que se viram afastados com a introdução da Taça do Mundo FIA de GT há três. Eurico de Jesus, ao volante de um Lotus Exige, é o único nome português na lista de inscritos dos carros de Grande Turismo.