Hoje Macau DesportoRosa Mota vence mini-maratona de Macau pelo segundo ano consecutivo [dropcap]A[/dropcap] portuguesa Rosa Mota venceu ontem, pelo segundo ano consecutivo, a mini-maratona de Macau, ao correr 5.200 metros em 19:31 minutos, melhorando a marca do ano passado. “Estava em melhor forma do que estava no ano passado”, afirmou à Lusa, sorridente, a maratonista de 61 anos, depois de ter batido em 02:31 minutos o tempo alcançado em 2018. “O ano passado ainda tive uma atleta atrás de mim, este ano não, competi comigo própria e a tentar apanhar alguns jovens masculinos que estavam à minha frente”, sublinhou a ex-campeã do mundo e da Europa. A ex-campeã olímpica, que foi convidada pela organização da 38.ª Maratona Internacional para ser ‘embaixadora’ anti-doping, afirmou que ainda que tem vontade para continuar a correr e que não perdeu o gosto pela competição. “É o gosto e o prazer que sempre tive pela corrida, continuo a mexer-me e adoro correr e gosto muito de competir também”, frisou. A mini-maratona, assim como a meia-maratona, integraram o programa da 38.ª Maratona Internacional de Macau. Da lusofonia A atleta portuguesa Joana Fonseca terminou a maratona na 14.ª posição. Na meia-maratona, Vítor Oliveira garantiu o 5.º posto e a atleta Carla Martinho terminou a prova pelo segundo ano consecutivo em 3.º lugar. “Macau, por acaso, tem-me corrido bem, tenho sido muito feliz em Macau”, disse à Lusa Carla Martinho. “Este ano ainda por cima com melhor tempo do que no ano em que ganhei cá (2015), ou seja, tenho de estar muito satisfeita. Muito feliz”, sublinhou a atleta portuguesa. Na meia-maratona, destaque ainda para atleta de Angola Adelaide Machado que terminou o 3.º lugar, para a moçambicana Zeferina Lundo que concluiu a prova no 5.º lugar e para a cabo-verdiana Sandra Teixeira que alcançou a 8.ª posição. Já nos masculinos, o cabo-verdiano Samuel Freire e o moçambicano Donaldo Machado terminaram a meia-maratona no 4.º e 8.º lugar, respectivamente. O atleta da Etiópia Tafese Abebe e a queniana Esther Karami venceram as provas masculinas e femininas da maratona.
Sérgio Fonseca DesportoMorreu Domingos Piedade, um amigo de Macau [dropcap]F[/dropcap]aleceu no passado sábado Domingos Piedade, uma figura incontornável do automobilismo português e grande admirador do Grande Prémio de Macau. Piedade tinha 75 anos e lutava há cerca de dois anos contra um cancro no pulmão. O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou-o como “uma figura maior” que tudo fez pela projecção do automobilismo. Piedade foi um pouco de tudo, jornalista, manager ou director desportivo, destacou-se como vice-presidente da AMG e teve influência nas carreiras de pilotos mundialmente conhecidos como Emerson Fittipaldi, Michael Schumacher, Michele Alboreto ou Ayrton Senna. Curiosamente, Piedade estava em Macau no fatídico fim-de-semana que levou o brasileiro. Também teve um papel importante na entrada de Pedro Lamy na Fórmula 1 e foi ele que abriu as portas ao patrocínio da AMG a Nico Rosberg e Lewis Hamilton no karting. Um excelente contador de histórias, em Portugal foi presidente da Circuito do Estoril SA, Conselheiro para a Internacionalização da Economia Portuguesa e durante muitos anos comentou a Fórmula 1 na televisão e rádio. Apesar de já estar reformado, Piedade mantinha-se activo na consultoria para a indústria automóvel, mais precisamente para a HWA, com projectos na área dos veículos eléctricos na República Popular da China, como revelou numa entrevista realizada no ano passado à Rádio Macau. A abrir portas Piedade sempre foi um grande admirador do Grande Prémio de Macau, tendo sido fulcral na vinda à Corrida da Guia no início da década de 1990s da poderosa equipa oficial Mercedes-AMG, dando uma projecção internacional à prova rainha de carros de turismo do sudeste asiático que esta até aqui não tinha. Foi o lisboeta que abriu as portas à participação na equipa oficial do construtor de Estugarda do agora Presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, Ni Amorim. Um dos Mercedes 190 E conduzidos por Ni Amorim faz agora parte do espólio do Museu do Grande Prémio. Foi também com ele como manager que Pedro Lamy conseguiu o segundo lugar no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 em 1992. Quando esteve presente como convidado no 60º aniversário do Grande Prémio, Piedade deu uma entrevista à agência Lusa onde referiu que o Circuito da Guia “é uma pista muito difícil” e que “se hoje tivéssemos de partir do zero, não seria mais homologada”. Contudo, não deixou de referir que a tradição deverá ser mantida “sempre e quando a parte da segurança não seja demasiado arriscada, o que não é o caso em Macau, sobretudo porque é um evento extraordinariamente bem organizado”.
Sérgio Fonseca DesportoGrande Prémio Internacional de Karting no próximo fim-de-semana [dropcap]D[/dropcap]isputa-se no próximo fim-de-semana mais uma edição do Grande Prémio Internacional de Karting de Macau no Kartódromo de Coloane. O evento que vem sendo co-organizado pela Associação Geral-Automóvel Macau-China (AAMC), Instituto do Desporto (ID) e Direcção dos Serviços de Turismo (DST), e que está no calendário internacional de eventos da CIK-FIA, terá um programa recheado de provas: Taça Macau KZ, Corrida CKC Macau (classe X30 Cadete) e as várias corridas das diferentes classes do Campeonato Open Asiático de Karting (AKOC, na sigla inglesa). A Taça Macau KZ volta a ser a prova “cabeça de cartaz”, juntando algumas estrelas do karting europeu, a nata do karting sudeste asiático, e também concorrentes da Austrália, Canadá e Japão. A grande ausência deste ano é o vencedor da pretérita edição, o italiano Marco Ardigò, mas isso não retira competitividade ao evento, visto que a favorita equipa italiana TonyKart estará presente com quatro dos seus melhores pilotos, incluindo o finlandês Simo Puhakka, o quarto classificado no ano passado e que fez a melhor volta da corrida em 56,975 segundos. Entre os 42 concorrentes inscritos nesta prova que não pontua para qualquer campeonato, destaque ainda para a presença do regressado Davide Forè, um nome incontornável do karting internacional, o jovem Leonardo Lorandi, o mais recente reforço da Renault Sport Academy, ou Ma Qing Hua, o piloto chinês que actualmente corre na Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) e na Fórmula E. João Afonso retirou-se das lides no final do ano passado, mas a RAEM continuará a estar bem representada na prova. Apesar de estar afastado do karting a tempo-inteiro, Charles Leong Hon Chio, o jovem piloto que há três semanas competiu no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, abriu uma excepção e vai tentar fazer melhor que o sétimo lugar obtido em 2018. O veterano Lam Kam San, Cheong Man Hei, Leong Kin On e Cheong Chi Hou são os outros pilotos do território que irão tentar a sua sorte entre os melhores da especialidade. Portugal de volta Diz a história que a presença de Portugal no Grande Prémio Internacional de Karting de Macau nunca foi forte. Nos dois últimos anos, o país mais ao sul da Europa nem sequer teve qualquer representação na prova. Contudo, este ano, o jovem Pedro Rilhado quebra esse hiato, alinhando na Corrida CKC Macau, classe CKC X30 Cadetes. O piloto de Lamego de 13 anos compete na Categoria Mini-Max do Campeonato de Portugal de Karting e do troféu Rotax Max Challenge Portugal, tendo igualmente realizado as provas do Troféu EasyKart. No kartódromo inaugurado pela administração portuguesa do território em 1996, Rilhado estará novamente com a sua equipa, a BirelART Portugal. Esta corrida para os mais novos tem 21 concorrentes inscritos, incluindo Justin Lai que defende as cores de Macau. Fim de festa A temporada de 2019 do Campeonato Open Asiático de Karting (AKOC, na sigla inglesa) chega ao fim em Macau. No total estão inscritos 120 pilotos, divididos pelas cinco categorias, entre eles quatro pilotos de Macau: Lam Kam San e Hermes Lai na Fórmula 125/Rotax Veteranos, Gonçalo Ferreira na Fórmula 125 Jr Open/X30 JR, e Justin Lai na MiniROK, As actividades em pista no Kartódromo de Coloane começam na quinta-feira, mas é no domingo que se realizam as “finais”, com a corrida “cabeça de cartaz” de 25 voltas a ser disputada às 15h40.
Sérgio Fonseca DesportoCelebrações dos 20 anos da RAEM travam circuito citadino em Shenzhen A cidade de Shenzhen preparava-se para organizar pela primeira vez uma prova de automobilismo e motociclismo de velocidade no mês de Dezembro, mas o evento, à imagem do Grande Prémio de Macau, foi cancelado devido às comemorações dos vinte anos da RAEM. [dropcap]O[/dropcap] “Grande Prémio da Cidade Internacional da Baía de Shenzhen”, assim se traduz em português o nome do evento, estava agendado para os dias 20, 21 e 22 de Dezembro, e tinha o aval do governo local. O traçado, localizado no distrito de Nanshan, era constituído por seis curvas e seis rectas. O menu de provas inclua seis corridas: duas para motos, uma para concorrentes locais e outra internacional, uma para carros de GT, uma para Fórmula Renault e duas para diferentes classes de carros de Turismo. Várias equipas do sul da China foram convidadas a participar no evento do circuito citadino de Nanshan Shenzhen, apesar de nenhuma corrida contar para qualquer campeonato nacional ou regional. Mesmo sendo os custos de transporte das viaturas e equipamento apresentados relativamente mais elevados para os valores habituais, a prova, que está a ser trabalhada nos bastidores desde o passado mês de Agosto, estava a gerar algum interesse junto da comunidade automobilística, principalmente devido à proximidade a Hong Kong a que se alia o factor novidade. Contudo, visto que a cidade de Shenzhen faz parte da Grande Baía e a vizinha RAEM estará em festa nesse fim-de-semana, os organizadores anunciaram, em comunicado no início de Novembro, o adiamento da prova. Na comunicação escrita do comité organizador do evento, onde se destaca o “forte apoio da indústria automóvel e difusão”, é permitido ler ainda “que uma nova data será confirmada num futuro próximo e comunicada a todas as partes o mais cedo possível”. Esta não foi a primeira alteração da data deste evento desportivo da primeira zona económica especial criada pela República Popular da China, visto que o “Grande Prémio da Cidade Internacional da Baía de Shenzhen” chegou a estar previsto para o mês de Novembro, num outro ponto da cidade, para no mês de Setembro, devido a obras em curso na localização inicial, ser reagendado para o mês de Dezembro. A ideia não está morta Apesar da “falsa partida”, os organizadores do “Grande Prémio da Cidade Internacional da Baía de Shenzhen”, esperam levar avante o evento no próximo ano. Estes terão mesmo encetado contactos para convidar os concorrentes do Campeonato do Mundo FIM de Sidecar, uma competição que está sob a égide da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e que recentemente visitou Portugal, para uma corrida de exibição. Por outro lado, existe a vontade que a corrida de motociclismo faça parte do campeonato asiático de estrada – FIM Asia Road Racing Championship, na designação inglesa -, uma competição com mais de vinte anos de história, mas para que tal aconteça os exigentes padrões internacionais de segurança terão que ser respeitados na integra. Para além das corridas, o programa de festividades inclui exibições de drift, acrobacias de motos e concentrações automóveis de clubes.
Hoje Macau DesportoTóquio2020 | Japão aponta a 30 medalhas de ouro para aproveitar factor casa [dropcap]O[/dropcap] Japão quer aproveitar o factor casa nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, apontando como objectivo alcançar 30 medalhas de ouro, praticamente o dobro do melhor registo de sempre, disse hoje o adjunto do Chefe de Missão nipónico. “Temos de jogar com a vantagem de competir em casa, mas também temos de remover qualquer desvantagem que isso acarrete. Por estarmos em casa, há muita pressão e maiores expectativas”, afirmou Mitsugi Ogata, que foi apresentado pelo Chefe de Missão, Tsuyoshi Fukui. O Japão ambiciona alcançar 30 medalhas de ouro, depois de no Rio2016 ter arrecadado 12 e ter como melhores registos de sempre 16, em Atenas2004 e em 1964, quando Tóquio também organizou a competição. “Se conseguirmos controlar a envolvência, penso que os resultados vão aparecer”, sublinhou Fukui, antigo tenista e atual secretário-geral do Comité Olímpico do Japão. O país anfitrião tem referências em natação, judo, badminton, atletismo, ginástica, ténis de mesa e luta, podendo ainda aspirar a bons resultados nas modalidades que foram introduzidas nesta edição, casos de basebol, softbol, escalada, karaté e skate. Os favoritos a liderarem o medalheiro em Tóquio2020 são Estados Unidos e China.
admin DesportoTóquio2020 | Japão aponta a 30 medalhas de ouro para aproveitar factor casa [dropcap]O[/dropcap] Japão quer aproveitar o factor casa nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, apontando como objectivo alcançar 30 medalhas de ouro, praticamente o dobro do melhor registo de sempre, disse hoje o adjunto do Chefe de Missão nipónico. “Temos de jogar com a vantagem de competir em casa, mas também temos de remover qualquer desvantagem que isso acarrete. Por estarmos em casa, há muita pressão e maiores expectativas”, afirmou Mitsugi Ogata, que foi apresentado pelo Chefe de Missão, Tsuyoshi Fukui. O Japão ambiciona alcançar 30 medalhas de ouro, depois de no Rio2016 ter arrecadado 12 e ter como melhores registos de sempre 16, em Atenas2004 e em 1964, quando Tóquio também organizou a competição. “Se conseguirmos controlar a envolvência, penso que os resultados vão aparecer”, sublinhou Fukui, antigo tenista e atual secretário-geral do Comité Olímpico do Japão. O país anfitrião tem referências em natação, judo, badminton, atletismo, ginástica, ténis de mesa e luta, podendo ainda aspirar a bons resultados nas modalidades que foram introduzidas nesta edição, casos de basebol, softbol, escalada, karaté e skate. Os favoritos a liderarem o medalheiro em Tóquio2020 são Estados Unidos e China.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauGrande Prémio de Macau | As ausências notadas [dropcap]O[/dropcap]s dois pilotos mais representativos de Macau estiveram ausentes do Grande Prémio. Esta não é a primeira vez que acontece, visto que a edição de 2017 também não contou com a participação André Couto ou Rodolfo Ávila à partida, no entanto, não deixa de ser um mau sinal para o automobilismo local. Couto não poderia ter sido mais directo, justificando a sua ausência pelo facto de “não ter conseguido reunir as condições ideias para correr, essencialmente faltou-me dinheiro”. O piloto luso, que este ano comemora vinte anos desde a sua vitória no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, diz que “vai trabalhar para voltar para em 2020”. Por seu lado, Ávila voltou a frisar que a prioridade desportiva na actualidade “passa pelo campeonato CTCC”, mas não também ele não fecha a porta a um regresso ao Grande Prémio, mas para isso ser possível “só se for num projecto que faça sentido. Como qualquer piloto de Macau, este evento é especial, mas não tenho interesse em correr só por correr”.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauGrande Prémio de Macau | As ausências notadas [dropcap]O[/dropcap]s dois pilotos mais representativos de Macau estiveram ausentes do Grande Prémio. Esta não é a primeira vez que acontece, visto que a edição de 2017 também não contou com a participação André Couto ou Rodolfo Ávila à partida, no entanto, não deixa de ser um mau sinal para o automobilismo local. Couto não poderia ter sido mais directo, justificando a sua ausência pelo facto de “não ter conseguido reunir as condições ideias para correr, essencialmente faltou-me dinheiro”. O piloto luso, que este ano comemora vinte anos desde a sua vitória no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, diz que “vai trabalhar para voltar para em 2020”. Por seu lado, Ávila voltou a frisar que a prioridade desportiva na actualidade “passa pelo campeonato CTCC”, mas não também ele não fecha a porta a um regresso ao Grande Prémio, mas para isso ser possível “só se for num projecto que faça sentido. Como qualquer piloto de Macau, este evento é especial, mas não tenho interesse em correr só por correr”.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauYvan Muller e Andy Priaulx vencem todas as corridas para a Lynk & Co [dropcap]C[/dropcap]om duas vitórias de Yvan Muller e uma de Andy Priaulx, a Lynk & Co dominou por completo as corridas da Taça do Mundo de Carros de Turismo FIA [WTCR]. O francês foi o mais feliz não só porque somou dois triunfos, mas também porque voltou a entrar na luta pelo título, que vai ser decidido em Sepang, na Malásia. Logo na primeira corrida de sábado, Muller mostrou-se maravilhado com o triunfo, ficando na frente de Nortbert Michelisz (Hyundai) e de Kevin Ceccon (Alfa Romeo). “É fantástico”, reconheceu. “Retirei-me em 2016 e achei que nunca voltaria a correr. Mas agora estou de regresso e a ganhar!”, apontou. Na segunda corrida, ontem de manhã, a tarefa era mais complicada. O francês arrancou de quinto, mas conseguiu ultrapassar Guerrieri (Honda) e Ceccon (Alfa Romeo), o que lhe garantia o lugar mais baixo do pódio. Porém, os colegas de equipa Bjork e Ehrlacher deixaram passar Muller. “Tive uma partida fantástica, que é crucial nesta prova. […] E depois tive toda a ajuda dos meus colegas”, admitiu. Ajuda de Buda Desde o início do ano que Andy Priaulx andava à procura de um pódio. Esse resultado foi alcançado em Macau, depois de uma corrida em que o britânico segurou atrás de si Rob Huff (Volkswagen), um dos grandes especialistas do Circuito da Guia. Jean Karl-Vernay ficou no lugar mais baixo do pódio. No final, Priaulx dedicou o triunfo à filha, que nasceu há 16 anos, precisamente quando o britânico estava a Macau correr: “Estou muito feliz com o resultado e com a primeira vitória do ano”, afirmou. “Em 2005 comprei um fio com um Buda e ainda hoje o tenho comigo. É um amuleto da sorte. “Mas hoje tive dois amuletos, porque a minha filha também faz anos, é o 16.º aniversário, e esta vitória é para ela”, afirmou. Já Billy Lo, o único piloto de Macau no WTCR, somou um 23.º lugar, uma desistência e um 25.º. “Fiquei muito feliz porque consegui melhorar o meu tempo em cerca de 0,8 segundos, em relação ao ano passado”, disse Billy Lo, ao HM, no final. Regresso de Monteiro em causa O português Tiago Monteiro (Honda) com um fim-de-semana difícil, devido ao peso extra no carro, teve como melhor resultado um 15.º posto na primeira corrida. Nas seguintes ficou em 18.º e 19.º. A continuidade para o próximo ano na equipa Honda ainda não está garantida. “Ainda não sei o que vai acontecer e não comento o futuro. Não há nada feito (sobre a possibilidade de mudar para a Hyundai). O contrato acabou com a Honda, mas estamos a falar para o futuro” reconheceu. Contudo, Tiago Monteiro deixou o desejo de continuar no WTCR para a próxima época. “Não recuperei do acidente só para correr um ano”, indicou. Por outro lado, admitiu a possibilidade, caso falhe o WTCR, de competir em Macau no próximo ano na categoria GT. Anteriormente o português já competiu na Fórmula 3.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauFórmula 3 | Verschoors venceu batalha de ‘noviços’ e conquistou Grande Prémio de Macau Juri Vips teve um fim-de-semana quase perfeito, mas faltou o quase. O estónio facilitou no recomeço da corrida, depois da entrada do safety car, e permitiu a ultrapassagem do “holandês voador”, que se estreou com uma vitória na Guia [dropcap]R[/dropcap]ichard Verschoors (MP Motorpsort) foi o grande vencedor da 66.ª edição do Grande Prémio de Macau, após uma luta intensa com Juri Vips (Hitch Grand Prix), que mostrou ser o piloto mais regular durante o fim-de-semana. Aos 18 anos, o holandês estreou-se em Macau e tornou-se no primeiro piloto a vencer uma corrida de Fórmula 3 na Guia com o novo monolugar. “Nem acredito no que estou a sentir, ainda não me sinto vencedor. Para ser honesto, foi uma corrida tão intensa, estive sob tanta pressão que ainda estou a recuperar [emocionalmente]”, confessou Verschoors, minutos depois da vitória. O momento chave da corrida aconteceu à volta número quatro, quando Ferdinand Hasburg perdeu o controlo do carro nos Esses da Solidão, embateu na barreira, num acidente que nos primeiro momentos gerou um incêndio, que acabou por se extinguir sozinho. Porém, foi necessária a entrada do safety car. Até esse momento, Vips estava na liderança e tinha estado a construir uma boa vantagem, principalmente depois de Robert Shwartzman (Prema Theodore Racing), que tinha terminado a corrida de qualificação em segundo, mas ficou fora da prova principal logo no início, devido a um toque com Christian Lundgaard (Art Grand Prix). No recomeço, à sétima volta, Vips acabou surpreendido por Verschoors na Curva do Hotel Lisboa e, apesar de várias tentativas, nunca mais conseguiu voltar à liderança. “Fiz uma corrida muito boa e não estava à espera de manter o Juri [Vips] atrás de mim. A certa altura percebi que ele tentou fazer uma tentativa final de ultrapassagem e perdeu tempo. Depois ainda se aproximou, mas percebi que se fizesse um bom terceiro sector que ia ficar à frente”, relatou. Já o estónio, que partiu da pole, estava visivelmente triste no final. “Só me consigo sentir desapontado. Tive um fim-de-semana perfeito à excepção do recomeço”, considerou. “Não sei bem o que aconteceu, mas acho que os meus pneus apanharam detritos do acidente. Quando fiz as últimas curvas antes do recomeço percebi que os pneus não estavam preparados. Isso permitiu ao Richard [Verschoors] aproximar-se”, explicou. No lugar mais baixo do pódio terminou o americano Logan Sargeant (Carlin Buzz Racing), que também esteve envolvido numa disputa na pista muito intensa com o dinamarquês Christian Lundgaard. Sophia desiludiu Na corrida de ontem, o safety car entrou em pista uma vez, à quarta volta, e depois ainda houve uma situação de satefy car virtual, que obriga os pilotos a abrandarem ao ritmo, à nona volta. A alemã Sophia Florsch (HWA Racelab) foi a responsável pelo período de VSC, depois do seu monolugar ter tido problemas técnicos que levaram ao abandono. No final, a grande protagonista, devido a um acidente no Grande Prémio de Macau do ano passado, ainda acabou classificada na 26.ª posição. “Senti-me muito feliz por regressar a Macau e encarei a prova como uma forma de me preparar para o próximo ano”, confessou. A alemã disse igualmente desconhecer a avaria que a obrigou a parar o motor do carro. Por sua vez, Charles Leong (Jenzer Motorsport), piloto de Macau, arrancou de 13.º e terminou no 19.º posto. “Foi um fim-de-semana aceitável, com altos e baixos. Na qualificação fiquei um pouco mais à frente, e durante da corrida estive principalmente preocupado em não perder posições” considerou. Sophia quer regressar para obter um bom resultado Apesar de ter desistido com um problema mecânico, Sophia Florsch não se mostrou desanimada e prometeu fazer tudo para poder regressar no próximo ano. “No ano passado tive azar, este ano voltei a ter azar, por isso pode ser que no próximo regresse e possa mudar esta situação”, afirmou a alemã depois da prova. “O meu objectivo é realizar na próxima época o Campeonato de Fórmula 3, tive uma boa experiência com o carro novo e tenho esperança de voltar para fazer um bom resultado”, acrescentou. Apesar dos resultados, a piloto foi um sucesso entre os espectadores do Grande Prémio e sempre que apareceu em público havia filas para tirar uma fotografia com a piloto de 18 anos, que ficou famosa em Macau, depois de ter sofrido um espectacular acidente da Curva do Hotel Lisboa.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauRaffaele Marciello foi o vencedor da Taça do Mundo de GT da FIA [dropcap]À[/dropcap] terceira tentativa Raffaele Marciello venceu a Taça do Mundo de GT da FIA. O piloto da Mercedes-AMG Team GruppeM Racing obteve a pole-position na sexta-feira, venceu a corrida de qualificação no sábado e aguentou sempre a primeira posição no dia decisivo. “Sempre estive muito perto da corrida e no ano passado quase consegui ao partir da pole. Macau é uma corrida muito especial e finalmente consegui venci. É fantástico “, disse Marciello no final do dia em que a Mercedes-AMG soma a terceira Taça do Mundo de GT. O italiano não teve vida fácil, pois os dois Porsche 911 GT3 R da ROWE Racing, conduzidos por Earl Bamber e Laurens Vanthoor, foram sempre uma forte oposição. Ontem, Vanthoor passou Bamber para segundo e na primeira parte da prova foi ele a pressionar o transalpino. Na segunda metade, os pilotos da Porsche trocaram de ordem, com Bamber a lançar os últimos ataques à liderança. Na última volta, os dois primeiros chegaram a tocar-se na Curva Melco, quando Bamber travou demasiado tarde e encostou na traseira do seu adversário. Sobre o incidente, Marciello disse que ” Ele tinha de tentar alguma coisa, pois estava a conduzir de forma louca. Tentou na parte em que estávamos mais lentos, era difícil”, concluiu. Já sobre a linha de meta, Bamber travou a fundo para deixar passar o seu companheiro de equipa, tendo Vanthoor subido ao segundo posto e o neo-zelandês levado para casa o terceiro lugar. “Tínhamos decidido que um Porsche tinha de ganhar. Tentei no início, no reinício e tínhamos um ritmo muito bom. A certa altura fiz um erro e deixámos que o Earl também tentasse. Estávamos a correr para a equipa, tentámos, mas não foi suficiente”, afirmou Vanthoor, um ex-vencedor desta corrida. Também Bamber admitiu que Marciello esteve intocável: “estive em 3º a vê-los lutar. Depois do recomeço também tive de me preocupar com o BMW atrás. Foi simpático do Laurens dar-me a vez para atacar. No entanto, o Mercedes consegue sempre sair bem nas últimas três curvas, o que impedia as nossas tentativas de ultrapassagem. Foi uma corrida fantástica do Marciello, que não cometeu qualquer erro ao longo do fim-de-semana e merece os parabéns”. No quarto posto terminou Augusto Farfus Jr. Este ano a BMW não se conseguiu impor, apesar do brasileiro ter conseguido rodar momentaneamente em terceiro na corrida final de 18 voltas. Os favoritos Edoardo Mortara e Maro Engel, ambos da Mercedes-AMG, viram as suas hipóteses de chegar ao título hipotecadas na corrida de sábado, quando Engel, ao tentar subir um lugar na classificação, fez uma manobra arriscada na travagem para a Curva Lisboa, tendo levado consigo um inocente Mortara que no domingo recuperou até sexto. O melhor da armada Audi foi Christopher Haase, que foi o quinto classificado.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauNovo F3 ainda não convence [dropcap]E[/dropcap]sta foi a primeira edição em que o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 foi disputado com um chassis e um motor único. No passado, a disciplina colocava frente-a-frente construtores de monolugares e várias marcas diferentes forneciam os motores. Tudo mudou e agora existe a obrigatoriedade de utilizar um conjunto único Dallara-Mechachrome que ainda não convenceu os mais “puritas”, nem os responsáveis das equipas. “A beleza da F3 passava muito pelo trabalho de desenvolvimento de equipas e pilotos e era nessa categoria que os jovens mais aprendiam nesse aspecto. De uma forma que só depois na F1 voltavam a ter contacto com este tipo de trabalho”, explicou Nuno Pinto, o Director Desportivo da SJM Prema Theodore Racing, ao HM. Além das restrições nos dias de testes, tecnicamente, este novo conceito da Fórmula 3 introduzido pela FIA, que não é mais que uma fusão entre as defuntas GP3 Series e o Campeonato da Europa FIA de F3, limita a evolução de pilotos e engenheiros. “Penso que muito se perde na formação de pilotos e até de jovens e engenheiros e mecânicos ao existirem chassis e motor únicos. Mas foi uma medida para controlar custos”, conclui Nuno Pinto.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauGrande Prémio de Macau | Cerca de 86 mil espectadores compareceram ao evento [dropcap]A[/dropcap]o longo dos quatro dias do Grande Prémio de Macau passaram pelas bancadas Circuito da Guia mais de 86 mil espectadores, de acordo com os números da Comissão Organizadora, o que representa uma média de 21,5 mil pessoas por dia. Aos jornalistas, Pun Weng Kun afirmou que esta foi a edição com mais pessoas a assistir nos últimos anos, apesar de não ter referido os anos de comparação. Na quinta-feira estiveram na Guia 12 mil espectadores, um número que subiu para 15 mil no dia seguinte. No sábado, o primeiro dia com corridas, foram 28 mil as pessoas nas bancadas e o domingo, como habitualmente, foi o dia mais concorrido com uma assistência de 31 mil espectadores.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauGrande Prémio de Macau | Cerca de 86 mil espectadores compareceram ao evento [dropcap]A[/dropcap]o longo dos quatro dias do Grande Prémio de Macau passaram pelas bancadas Circuito da Guia mais de 86 mil espectadores, de acordo com os números da Comissão Organizadora, o que representa uma média de 21,5 mil pessoas por dia. Aos jornalistas, Pun Weng Kun afirmou que esta foi a edição com mais pessoas a assistir nos últimos anos, apesar de não ter referido os anos de comparação. Na quinta-feira estiveram na Guia 12 mil espectadores, um número que subiu para 15 mil no dia seguinte. No sábado, o primeiro dia com corridas, foram 28 mil as pessoas nas bancadas e o domingo, como habitualmente, foi o dia mais concorrido com uma assistência de 31 mil espectadores.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauHeróis locais | Paul Poon vence Taça de Carros de Turismo de Macau e Filipe de Souza alcança pódio A competição para os pilotos locais ficou marcada pela polémica, devido à qualificação em que a maior parte dos automobilistas não conseguiu fazer uma volta lançada. No final, Paul Poon foi o rei em Macau, mas contou com a ajuda do safety car [dropcap]N[/dropcap]o duelo entre Macau e Hong Kong da Taça de Carros de Turismo de Macau a vitória sorriu pelo segundo ano consecutivo ao território vizinho, com Paul Poon (Peugeot RCZ) a somar o oitavo triunfo em Macau. O piloto de Hong Kong imitou o feito do anterior colega de equipa Sunny Wong, que no ano passado também tinha levado um dos carros da Teamwork Motorsport à vitória. Paul Poon venceu mas viveu um momento dramático, quando viu o seu carro perder potência a meio da prova. Por breves instantes o piloto ainda pensou que não conseguiria ganhar, mas a entrada do safety car permitiu-lhe reiniciar o carro. “Comecei bem a corrida, mas a meio tive problemas. Felizmente a entrada do safety car permitiu-me reiniciar o sistema e o carro ficou bom”, disse Paul Poon. “O segredo para ganhar em Macau é a experiência. Eu faço esta corrida há mais de 20 anos e acho que é mesmo a experiência de todos os anos que faz a diferença”, acrescentou. No segundo lugar terminou Alexander Fung (Peugeot RCZ), colega de equipa de Poon, que passou grande parte da corrida a ser pressionado por Filipe de Souza. Na zona rápida do circuito, Fung ganhava uma vantagem, mas na parte mais técnica via o macaense aproximar-se. Na última volta Filipe Souza apertou o ritmo e tentou a ultrapassagem na Curva do Hotel Lisboa, mas sem sucesso, ficando a milímetros de atingir a barreira. Azar macaense Durante a corrida de sábado de manhã, o safety car entrou em pista por três vezes. A primeira foi motivada pelo acidente na curva dos Pescadores que envolveu Célio Dias (Mini) e Leong Chi Kin (Mini), colegas de equipa. Leong ficou sem travões e acertou em cheio no macaense. Devido à batida, Leong foi mesmo levado ao hospital por precaução, sem que tenha registado lesões de maior. Pouco depois deste recomeço também Rui Valente foi bafejado pelo azar. Na entrada da Curva do Hotel Lisboa o piloto levou um toque por trás e acabou por entrar em pião, o que fez com que terminasse em penúltimo à geral. Queixas do passado Se no sábado os pilotos conseguiram completar algumas voltas em ritmo de corrida, o mesmo não aconteceu na qualificação de sexta-feira, o que provocou grande polémica. O modelo que mistura os carros da classe 1600 com os da classe superior a 1950cc voltou a merecer críticas. A qualificação foi suspensa três vezes e a maior parte dos pilotos apenas fez uma volta lançada, nos minutos finais, em situação de trânsito intenso, uma vez que todos os carros foram para a pista ao mesmo tempo, acabando por se atrapalhar mutuamente. O facto de os pilotos terem passado mais tempo nas boxes à espera que os carros fossem removidos da pista causou um grande desagrado. “Na qualificação não conseguimos fazer uma volta limpa. Eu acho que isso é um bocado falta de respeito pelos pilotos”, desabafou Filipe de Souza, que fez o quarto tempo, apesar de ter tido a última volta estragada. Uma visão semelhante foi partilhada por Delfim Mendonça Choi: “Para o ano vou equacionar participar noutra prova. Esta categoria é muito aborrecida porque o safety car está sempre em pista e o tempo nunca pára. Não somos compensados com tempo em pista quando entra o safety car ou a corrida é suspensa”, confessou. O piloto está a ponderar o futuro na categoria: “Não é justo para os pilotos que se esforçam para participar na corrida e espero que a organização melhore este aspecto”, frisou. Também Célio Dias se mostrou cansado com o modelo: “Vou equacionar correr com um GT4 no próximo ano. Esta corrida é muito difícil e nunca temos tempo para fazer as afinações do carro”, apontou. O macaense explicou também que teve problemas com a afinação da suspensão, mas que a falta de rodagem na sexta-feira simplesmente impossibilitou que fossem resolvidos. Filipe de Souza | Audi RS3 TCR; Geral 3.º; Classe 1.º “O resultado é bom para a equipa, mas pessoalmente sinto que tive algum azar com o safety car porque poderia ter ganho. Na última volta, quando estava a puxar na zona da Guia percebi que o Paul Poon estava com problemas, mas o safety car já não permitiu as ultrapassagens” Célio Dias | Mini Cooper S; Desistiu “Tive muito azar. Infelizmente o meu colega de equipa ficou sem travões e acabou por atingir-me. Não gostei muito do carro porque não estava bem afinado. Como estamos sempre parados, nunca temos voltas suficientes para fazer uma boa afinação” Rui Valente | Mini Cooper S; Geral 27.º; Classe 13.º “Tive azar, mas as corridas são assim. Ou corre tudo bem até ao fim ou… estava a pensar no pódio da classe e estava em quarto ou quinto, mas um piloto empurrou-me e depois limitei-me a levar o carro até ao final. Já não valia a pensar ultrapassar e arriscar um dissabor.” Delfim Mendonça Choi | Mitsubishi Evo 7 | Geral 11.º; Classe 7.º “Fiquei satisfeito, depois da grande desilusão que foi a qualificação. Arranquei em 32.º e mentalizei-me que tinha de ser agressivo para obter um bom resultado. Se não fosse a entrada do safety car acredito que até poderia ter ficado melhor classificado.” Jerónimo Badaraco | Chevrolet Cruze | Desistiu “O resultado não foi tão bom porque logo no início tivemos um problema com a caixa de velocidades. Este problema logo no início acabou por condicionar-me a corrida.”
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauMotas | Michael Rutter vence prova atípica e pede desculpas a Peter Hickman No final da corrida de sábado, os membros da organização anunciaram, na sala de imprensa, que a 53.ª edição do Grande Prémio ficaria sem vencedor, após dois acidentes. Mas o que agora é verdade à noite é mentira, e horas depois Michael Rutter foi declarado vencedor. Ontem, Pun Weng Kun negou que tivesse havido qualquer comunicado “oficial” a informar que não haveria vencedor [dropcap]M[/dropcap]ichael Rutter (Honda) conquistou pela nona vez na carreira o Grande Prémio de Macau em Motas, no sábado, e acabou a pedir desculpa ao colega de equipa Peter Hickman (BMW), que dominou todo o fim-de-semana. A 53.ª edição ficou marcada por dois acidentes, que levaram à suspensão da corrida, num primeiro momento, e ao cancelamento, após o segundo acidente, que terminou com três pilotos no hospital. Após a confusão, a organização anunciou, no sábado à tarde, que não ia haver vencedor, visto que depois do recomeço apenas tinha sido realizada uma volta completa, quando o regulamento exigia um mínimo de três. Contudo, após as críticas dos pilotos, a organização voltou atrás e atribuiu a vitória a Michael Rutter, que liderava no final da única volta da segunda corrida. A decisão final tomada após uma reunião da direcção de corrida e com base no artigo 17 do regulamento que define que quando uma situação que “não está directamente estipulada nas regras”, que impera a deliberação da direcção de corrida. A decisão não deixou o vencedor satisfeito, que nas redes sociais pediu desculpa ao colega de equipa Peter Hickman. “Acabei de saber que me foi dada a vitória da corrida de hoje. É uma vergonha porque o Peter [Hickman] merecia ganhar. Desculpa, Peter”, escreveu Michael Rutter, na conta do twitter, apesar de não ter controlo sobre a situação. Peter Hickman que dominou todas as sessões do fim-de-semana e esteve sempre na liderança da corrida à excepção da volta que foi contabilizada para definir o vencedor. Porém, reagiu com desportivismo ao comentário do colega de equipa, antes dos dois se encontrarem numa discoteca local. “Hoje pagas a conta.Traz o dinheiro todo do prémio da vitória porque vais precisar”, comentou o vencedor do ano passado. Comunicado inédito No sábado, a prova de motas contou com duas partidas. Na primeira corrida foram realizadas mais de três voltas, até que um acidente entre Robert Hodson (BMW) e Marek Cerveny (BMW) levou à interrupção da prova. Meia hora depois, houve um recomeço, que terminou à segunda volta, após um acidente no Ramal dos Mouros que levou Dan Kruger (BMW), Erno Kostamo (BMW) e Derek Sheils (Suzuki) ao hospital. Na altura da interrupção foi anunciado aos jornalistas por membros da organização que não haveria vencedor, o que aconteceria pela primeira vez na História da prova, porque não tinha sido cumprida a distância mínima. A primeiro decisão resultou em várias críticas por parte dos pilotos, como aconteceu com Hickman: “Merda! Foi uma grande desilusão, a equipa gasta muito dinheiro para vir aqui. Viemos de longe para fazer um grande espectáculo e é muito desapontante que as coisas terminem assim. Poderia ter sido tomada outra decisão, mas a organização preferiu não se chatear”, afirmou, de acordo com a Rádio Macau. Uma reacção semelhante foi partilhada por Michael Rutter. “É uma vergonha para o evento. É uma vergonha para todas as equipas. É sempre bom ter uma corrida. Espero que os pilotos estejam todos bem, mas estamos todos atordoados com a decisão”, defendeu, segundo a Rádio Macau. “Sucesso” paranormal No domingo, Pun Weng Kun, coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, fez um resumo do evento e recusou que tivesse havido qualquer comunicado “oficial” sobre a não atribuição da vitória. “Se calhar há pessoas que não entenderam o regulamento. Ontem [no sábado] só houve uma decisão final” afirmou Pun, quando confrontado com as declarações prestadas na sala de imprensa. “Oficialmente nunca foram anunciados dois resultados, oficialmente só houve um que foi o que definiu a classificação. A primeira [comunicação] não era oficial. Não sabemos através de que meios é que [os jornalistas] receberam essa informação”, defendeu-se. Apesar de continuar a ser questionado sobre o assunto, Pun abandonou nessa altura a sala em que prestava declarações. Este incidente e a confusão gerada durante várias horas ao longo da tarde de sábado não evitou que Pun Weng Kun considerasse o evento um sucesso. “Após quatro dias o evento foi realizado com um grande sucesso”, disse no início do encontro com os jornalistas. Pires foi ao chão Quanto aos resultados, além de Rutter e Hickman, o pódio ficou completo com o australiano David Johnson (Ducati). Por sua vez, André Pires (Yamaha) não ficou classificado, depois de ter caído na Curva da Melco, na zona mais lenta do circuito, logo na primeira volta. O português teve um fim-de-semana difícil e ficou de fora da corrida logo na primeira volta, sem que tenha tido oportunidade de se posicionar na segunda grelha de partida. Pires caiu à saída da Curva de Melco, quando rodava muito próximo de um adversário, embora a ritmo lento. Como consequência seguiu directamente para as boxes e ficou fora da prova. “É um pouco triste para nós, mas estou contente porque ia a tentar rodar bem e acho que íamos fazer um bom resultado”, afirmou André Pires, no final. “Espero voltar novamente para o ano e tenho que encarar as corridas assim mesmo, estes erros fazem parte”, sublinhou. Kostamo operado à coluna vertebral Os pilotos Dan Kruger, Erno Kostamo e Derek Sheils foram transportados para o hospital depois de terem estado envolvidos na queda que levou ao fim definitivo da prova. Kostamo foi o piloto que ficou em pior estado e teve mesmo de ser operado à coluna vertebral, uma intervenção que, segundo a organização, foi bem-sucedida. No entanto, as lesões não serão graves e o finlandês não corre perigo de vida. Kruger e Sheils foram igualmente observados, mas receberam alta horas depois.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de Macau MancheteHolandês Richard Verschoor vence F3 do GP Macau [dropcap]O[/dropcap] piloto holandês Richard Verschoor venceu hoje a prova de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau (GP Macau). O piloto de 18 anos, que largou da quarta posição da grelha, venceu com a melhor volta a ser registada com um tempo de 2.07,309 minutos. Em segundo lugar, ficou o estoniano Jüri Vips a 0,792 segundos do piloto holandês. Logan Sargeant, norte-americano de 18 anos, ocupou terceiro lugar do pódio. A corrida, disputada no icónico Circuito da Guia, traçado citadino de 6,12 quilómetros e considerado um dos mais perigosos do mundo, foi marcada pelo regresso da alemã Sophia Flörsch, de apenas 18 anos, que o ano passado sofreu um aparatoso acidente. Este ano, o carro da jovem piloto alemã parou à oito volta da corrida que se disputa em 15 voltas, numa aparente avaria. “É muito bom estar de volta. Não tenho muito a perder, não tenho experiência com este carro. Estou mais focada em aprender e praticar para o próximo ano”, disse à agência Lusa a jovem piloto, à margem do primeiro dia de treinos no GP Macau. O 66.º Grande Prémio de Macau decorreu entre quinta-feira e hoje e, para além de Tiago Monteiro, participou ainda o português André Pires, no 53.º Grande Prémio de Macau de motos, que se realizou no sábado. André Pires sofreu uma queda logo na primeira volta, numa corrida que ficou marcada por um aparatoso acidente, envolvendo seis condutores, tendo três deles ficado feridos. Após o incidente, que ocorreu na segunda volta, a organização informou os jornalistas que a corrida tinha sido cancelada e que, pela primeira vez na história da prova, não haveria um vencedor, mas emitiu posteriormente um comunicado a dar conta da vitória de Rutter. A organização indicou no comunicado que, de acordo com o regulamento, o resultado deve ser declarado com base em uma única volta da segunda corrida, pelo que Rutter foi proclamado vencedor, à frente do britânico Peter Hickman e do australiano David Johnson, segundo e terceiro classificados, respetivamente. A corrida de motos do ano passado foi vencida por Peter Hickman, que ficara em segundo lugar na mesma prova em 2017, marcada pelo acidente mortal do piloto britânico Daniel Hegarty.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de Macau ManchetePiloto finlandês que sofreu aparatoso acidente no GP Macau operado com sucesso [dropcap]O[/dropcap] piloto finlandês Erno Kostamo que no sábado sofreu um aparatoso acidente, envolvendo seis condutores, na prova de motos do Grande Prémio de Macau, foi submetido hoje com sucesso a uma intervenção cirúrgica à coluna vertebral. “A intervenção cirúrgica à coluna vertebral do corredor #38 do 53.º Grande Prémio de Motos, Erno Kostamo, envolvido no incidente (…) terminou com sucesso esta madrugada, encontrando-se a recuperar na ala de ortopedia” do Hospital São Januário de Macau, apontou hoje a organização do evento em comunicado. O piloto canadiano Dan Kruger e o irlandês Derek Sheil, dois dos três feridos do acidente que envolveu seis pilotos, receberam alta ainda na noite de sábado, esclareceu a organização. O britânico Michael Rutter (MGM by Bathams) foi declarado vencedor do 53.º Grande Prémio de Macau de Motos, que foi cancelado devido ao aparatoso acidente. Após o incidente, que ocorreu na segunda volta, a organização informou os jornalistas que a corrida tinha sido cancelada e que, pela primeira vez na história da prova, não haveria um vencedor, mas emitiu posteriormente um comunicado a dar conta da vitória de Rutter. A organização indicou no comunicado que, de acordo com o regulamento, o resultado deve ser declarado com base em uma única volta da segunda corrida, pelo que Rutter foi proclamado vencedor, à frente do britânico Peter Hickman e do australiano David Johnson, segundo e terceiro classificados, respetivamente. O piloto português André Pires também participou na prova, tendo sofrido uma queda logo na primeira volta. A corrida de motos do ano passado foi vencida por Peter Hickman, que ficara em segundo lugar na mesma prova em 2017, marcada pelo acidente mortal do piloto britânico Daniel Hegarty. O GP de Macau inclui três corridas de carros — as taças do mundo de Fórmula 3, GT e de carros de turismo (WTCR) -, bem como a 52.ª edição do Grande Prémio de motos, além da taça de carros de turismo de Macau e a taça da Grande Baía.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauGrande Prémio | Tiago Monteiro frustrado com a “lotaria de Macau”, parte em 14.º na primeira corrida [dropcap]T[/dropcap]iago Monteiro parte este sábado da 14.º posição para a primeira corrida do Grande Prémio de Macau e no domingo da 26.º, que deixou o piloto português com “uma frustração muito grande”, como reconheceu à Lusa. “É uma frustração muito grande, o tempo que fiz não é um tempo de competição é um tempo de aquecer pneus”, lamentou Tiago Monteiro no final da qualificação para a Corrida da Guia da Taça do Mundo de Carros de Turismo de domingo, na qual o britânico Rob Huff foi o mais rápido, com o tempo de 2.29,019 minutos. Tiago Monteiro fez 2.29,919 minutos na qualificação para a corrida de sábado, enquanto na qualificação para as corridas de domingo, o piloto português fez a sua melhor volta em 2.32,183. “Infelizmente, temos vindo a falar da lotaria de Macau, dos acidentes que há em Macau, muitas vezes aproveitei isso, mas desta vez apanhei com tudo em cima e cada vez que ia à pista havia um acidente”, disse, referindo-se ao icónico traçado citadino de 6,12 quilómetros, considerado uma das provas mais perigosas do mundo. Pelo facto de ser “uma lotaria”, Tiago Monteiro reforçou que “tudo pode acontecer em Macau”: “Mas não estou com grande esperança”, admitiu. Já em relação à corrida que se disputa no sábado, para a qual o piloto português arranca do 14.º lugar da grelha de partida, o objetivo passa por ficar entre os dez primeiros. “Amanhã [Sábado] estou em 14.º e gostava de entrar no ‘top 10’”, afirmou. O 66.º Grande Prémio de Macau decorre até domingo e, para além, de Monteiro, o primeiro português a vencer a Corrida da Guia da Taça do Mundo de Carros de Turismo, em 2016, participa ainda o português André Pires, no 53.º Grande Prémio de Macau de motos, depois de em 2018 ter ficado em 19.º lugar.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauOs nomes de Macau que correm no Grande Prémio Taça de Carros de Turismo de Macau [dropcap]F[/dropcap]ilipe de Souza – Audi RS3 TCR; Treinos Livres: Geral: 1.º Classe: 1.º “O carro está bem e conseguimos um bom equilíbrio, que já nos permite extrair 90 por cento do que tem para dar. A única área em que que é necessário melhorar é na travagem. O nosso objectivo para o fim-de-semana é ganhar, mas ainda precisamos de ver como está a concorrência. Os adversários da Teamwork estão muito fortes e têm mais 50 cavalos.” Célio Dias – Mini Cooper S; Treinos Livres: Geral: 8.º Classe: 3.º “Estamos com alguns problemas, principalmente ao nível das afinações, que penso estarem a ser causados pela suspensão. Vamos tentar resolvê-los para obtermos uma boa qualificação. Ainda é difícil sabermos como vamos rodar ao longo do fim-de-semana, porque só fizemos três voltas rápidas. Mas gostava de conseguir um lugar entre os cinco primeiros na minha categoria.” Rui Valente – Mini Cooper S; Treinos Livres: Geral: 16.º Classe: 7.º “O carro tem uma suspensão nova, que estamos a utilizar pela primeira vez, e esteve um bocado rijo para este circuito. Vamos alterar a afinação e esperamos fazer uma boa qualificação. O objectivo é ficar nos 10 primeiros, o que não conseguimos hoje [ontem]. Depois de no ano passado ter estado no WTCR, este ano vou poder divertir-me mais porque o carro é meu e não tenho receios em relação a danificar a viatura. É bom estar de volta.” Delfim Mendonça Choi – Mitsubishi Evo 7; Treinos Livres: Geral: 33.º Classe: 17.º “Logo na primeira volta senti problemas de afinação e tive de vir às boxes. Fizemos alterações e depois senti que o carro já estava bom. Infelizmente, os incidentes da corrida fizeram com que não conseguíssemos rodar tanto quanto pretendíamos. Temos a esperança de que amanhã as coisas corram melhor. Se no sábado conseguir terminar nos cinco primeiros à geral fico muito contente.” Taça da Grande Baía Eurico de Jesus – Lotus Exige S; Treinos Livres: Geral: 17.º O carro deu-nos problemas porque a caixa de velocidades está sempre a entrar em modo de segurança. Quando testámos no Interior não tínhamos detectado este problema. Foi uma pena porque nos prejudicou bastante e não consegui fazer uma volta rápida. Estou confiante que amanhã [hoje] vai estar tudo resolvido e que posso lutar pelo objectivo de ficar nos seis primeiros.” Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCR) Billy Lo – Audi RS3 LMS; Sessões de Treinos Livres: Geral: 27.º e 27.º “Estou muito entusiasmado por estar a competir pela segunda vez no WTCR em Macau. Como sou o único piloto local sei que a pressão é maior. É um grande desafio porque estou a correr contra os melhores do mundo, que têm muito mais experiência. Também por isso o meu objectivo passa por ir encurtando as distâncias ao longo do fim-de-semana e ser o melhor dos seis pilotos convidados.”
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauCalendário das corridas do fim-de-semana Hoje 6:30 – 7:00 Inspecção do Circuito 7:30 – 8:15 53.º Grande Prémio de Motos de Macau – Cronometrado 8:50 – 9:30 Corrida da Guia Macau – Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – Cronometrado 9:50 – 10:20 Taça GT – Corrida da Grande Baía – Cronometrado 10:40 – 11:10 Taça de Carros de Turismo de Macau – Cronometrado 11:30 – 12:10 Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA – Treino livre 2 12:30 – 13:00 Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Treino livre 2 13:35 – 14:50 Corrida da Guia Macau – Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA (Q1, Q2 ,Q3) 15:10 – 15:50 Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA – Cronometrado 2 16:10 – 16:40 Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Cronometrado 18:30 – Abertura do Circuito Amanhã 6:00 Fecho do Circuito 6:30 – 7:00 Inspecção do Circuito 7:10 – 7:50 Carros de Segurança e Intervenção Rápida 8:00 – 8:40 Evento Especial 9:00 – 10:00 Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA (Prova Classificativa) – 10 voltas 10:25 – 11:25 Taça de Carros de Turismo de Macau -12 voltas 11:50 – 12:10 53.º Grande Prémio de Motos de Macau – Treino livre 13:05 – 14:05 Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA (Prova Classificativa) – 12 voltas 14:30 – 15:20 Corrida da Guia Macau – Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – Race 1 – 8 voltas 15:55 – 16:55 53.º Grande Prémio de Motos de Macau – 12 voltas 18:00 – Abertura do Circuito Domingo 6:00 Fecho do Circuito 6:30 – 7:00 Inspecção do Circuito 7:10 – 7:50 Carros de Segurança e Intervenção Rápida 8:20 – 9:10 Corrida da Guia Macau – Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo – Race 2 – 8 voltas 9:35 – 10:35 Taça GT – Corrida da Grande Baía – 12 voltas 11:00 – 12:00 Corrida da Guia Macau – Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – Race 3 – 11 volta 12:25 – 13:40 Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – 18 voltas 14:00 – 14:35 Evento Especial 15:10 – 15:20 Dança do Leão 15:30 – 16:30 Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA – 15 voltas 18:00 – Abertura do Circuito
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauEles podem bater recordes… [dropcap]R[/dropcap]ob Huff, Michael Rutter, Dan Ticktum e Edoardo Mortara poderão fazer história na 66ª edição do Grande Prémio de Macau, mas nenhum deles dá por garantido um triunfo este fim-de-semana no Circuito da Guia. Na primeira pessoa: Rob Huff (procura a 10ª vitória em Macau): “Claro que gostaria de vencer. Como eu venci nove vezes, as pessoas pensam que vou fuzilar toda a gente. Mas todos os anos está cada vez mais difícil. Tenho de repensar onde posso encontrar aquele tempo extra. O WTCR é um campeonato profissional e o nível é extremamente alto, mas este é um recorde que quero estender.” Michael Rutter (procura a 9ª vitória no GP de Motos de Macau): “A única razão para correr com a Honda RCV é porque é a única forma de tentar vencer e competir com o Peter Hickman. Ele está numa nova BMW superbike, que ainda não atingiu todo o seu potencial, mas se viesse com a BMW superstock não ia funcionar. Fizemos alguma melhoras em termos de electrónica que fizeram diferença e nos dão mais potência.” Dan Ticktum (procura a 3ª vitória no GP Macau F3): “Eu não tinha a certeza se algum dia poderia voltar a Macau, portanto estar aqui com a Carlin é bastante entusiasmante. Este é um circuito incrível e já fui um vencedor aqui, logo obviamente que o objectivo é o mesmo este ano. Espero conseguir uma adaptação rápida ao novo Fórmula 3 e às borrachas da Pirelli.” Edoardo Mortara (procura a 5ª vitória na Taça GT Macau): “Vou novamente tentar vencer, depois de ter ganho em 2017 e ter ido ao pódio o ano passado. Tenho tido muito sucesso em Macau e espero este ano conseguir um bom resultado. A concorrência volta a ser muito forte este ano na corrida dos GT, mas estou muito motivado e determinado em vencer. Estou com fome de sucesso como nunca antes.”
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauÀ conversa com Cherry Cheung É a única concorrente a participar na Taça de Carros de Turismo de Macau. Como se sente? Entusiasmada, mas também um bocado nervosa, uma vez que é a minha estreia no Circuito da Guia. Mas estou muito grata à equipa e ao meio do automobilismo porque as pessoas são muito prestáveis. Quais as razões que a levaram a querer participar no Grande Prémio de Macau? [dropcap]C[/dropcap]omecei a competir nos carros de turismo em Junho de 2018 e o Grande Prémio de Macau era um objectivo a curto prazo. Correr no Circuito da Guia sempre foi um dos meus sonhos de infância e estou a concretizá-lo no mesmo ano em que celebro 40 anos, o que é uma excelente prenda. Corre com as cores da Teamwork Motorsport que venceu no ano passado. É possível um top 3? Tem sido uma equipa vencedora e é por isso que me juntei a eles. Só que sou uma estreante e sei que não devo ter expectativas a nível de resultados. O importante é acabar e acumular experiência. Qual foi o carro que gostou mais de conduzir? Em situação de corrida, o favorito é o Audi TCR, devido ao desempenho e ao equilíbrio. É fantástico. Em termos de carros de estrada gosto do Honda S2000 ou o Mitsubishi Evolution 6 ™ Version. Os carros com caixa manual deixam-me sempre bem-disposta. O que faz fora do automobilismo? Estou à frente de uma empresa de tecnologias de informação, que se foca em GPS com alta precisão, entre outros serviços no mercado da Ásia-Pacífico.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauPeter Hickman na “pole” provisória e deixa adversários a quase dois segundos [dropcap]N[/dropcap]as últimas quatro edições do Grande Prémio de Motos Peter Hickman (BMW S1000RR) ganhou três e assume-se como o natural candidato ao triunfo. Numa sessão de qualificação com 45 minutos, o britânico dominou por completo e com um tempo de 2:25.100, deixou Michael Rutter, segundo classificado, a mais de 1,7 segundos, e ainda se deu ao luxo de terminar mais cedo. “Já tinha um bom tempo, uma afinação satisfatória, não precisava de ser mais rápido e por isso não valia a pena ficar na pista a dar mais voltas. Não fazia sentido forçar mais”, afirmou Hickman, que voltou para as boxes quando faltavam cerca de 10 minutos para o fim. O britânico recusa que a vitória seja um dado garantido, mas reconhece que tem mais para dar: “Amanhã [hoje] e no sábado [amanhã] os outros pilotos vão andar mais rápido. Mas eu também tenho mais para dar”, explicou o piloto da BMW. No segundo lugar ficou Michael Rutter (Honda RC213V) com um tempo de 2:26.836, a 1,738 segundo do colega de equipa, que está na pole position provisória. O também britânico admitiu que a vitória está mais longe. “A verdade é que ele está muito à frente, mas era expectável. Tem estado a conduzir de forma fabulosa no Reino Unido”, apontou. Rutter explicou ainda que precisa de rodar mais para ganhar ritmo. “Não tenho corrido muito, por isso vou ter de aproveitar a qualificação de amanhã [hoje] para aumentar o ritmo, mas ele [Hickman] é mesmo o principal favorito. Aliás é por isso que está na nossa equipa”, disse em tom divertido. No terceiro lugar da grelha de partida está John McGuinness (Ducati V4 Panigale), com um tempo de 2:27.186, a 0,348 segundos de Rutter e 2,086 segundos da pole position. O português André Pires teve uma prestação desapontante, devido aos problemas com a Yamaha R1, e ocupa o 24.º lugar provisório da grelha, a mais de 10 segundos da frente. “A estabilidade da mota não está a ajudar e a electrónica não está a permitir que ande rápido, porque está muito sensível. É algo que acontece porque este circuito tem muitas lombas, ao contrário dos tradicionais, mas vamos desmontar a mota e descobrir o que está errado”, disse André Pires. A segunda sessão de qualificação está agendada para as 7h30 de hoje e a corrida vai ter lugar amanhã às 15h55.