Hoje Macau China / ÁsiaChina promete reforçar ajuda ao Corno de África em reunião com seis países da região A China prometeu reforçar o apoio de Pequim ao Corno de África, afetado por desafios como a pandemia, a guerra e a seca, disse o enviado especial da China numa reunião em Adis Abeba. “A China está a fazer muito para apoiar o Corno de África, onde existem desafios provocados pela pandemia de coronavírus, a seca, a guerra e as migrações”, disse o responsável chinês para o Corno de África, Xue Bing, no discurso de abertura da primeira Conferência de Paz da China e do Corno de África, que começou hoje na capital da Etiópia com a presença de altos representantes de seis países da região – Djibuti, Quénia, Somália, Sudão do Sul, Sudão e Uganda. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Etiopía anunciou, num breve comunicado, que a conferência se centrará en temas como a paz e a segurança, o desenvolvimento e a boa governação dos países do Corno de África. O assessor de segurança nacional do primeiro-ministro etíope, Redwan Hussein, agradeceu a Pequim o seu apoio para garantir a paz e a segurança na região, abalada por conflitos armados, ataques de extremistas islâmicos e a pior seca dos últimos 40 anos. Bing disse que a China continuará a reforçar o seu apoio aos países desta zona e a cooperar em setores como a segurança alimentar, o desenvolvimento tecnológico, as infraestruturas e a luta contra o terrorismo. A região do Corno de África é palco de vários conflitos, nomeadamente a guerra entre o Governo central da Etiópia e os rebeldes da Frente Popular de Libertação de Tigray (FPLT), que em mais de dois anos deixou cerca de 9,4 milhões de pessoas a precisar de ajuda humanitária. No Sudão do Sul – que enfrenta uma guerra há nove anos, apesar dos acordos de paz de 2018 -, os serviços sociais mais básicos, como a saúde ou a educação, dependem em grande medida das organizações não-governamentais. O grupo ‘jihadista’ Al Shabab, afiliado no grupo extremista Al Qaida desde 2012, perpetra ataques frequentes na capital da Somália, Mogadíscio, e em outros pontos do país para derrubar o Governo central e instaurar pela força um Estado islâmico ultraconservador. Estes extremistas realizaram também atentados em outros países da região, como o Quénia e o Uganda. Ao problema da insegurança juntou-se uma intensa seca, que está a deixar milhões de pessoas numa situação limite. Segundo um relatório publicado em maio pelas organizações não-governamentais Save The Children e Oxfam, mais de 23 milhões de pessoas enfrentam já “fome extrema” na Etiópia, Somália e Quénia A China tem vindo a revelar um interesse crescente em África, tornando-se o primeiro parceiro comercial do continente. Segundo dados da Universidade John Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos, entre 2000 e 2019 as entidades chinesas assinaram mais de 1.100 compromissos de empréstimo avaliados em 153.000 milhões de dólares com governos africanos ou com empresas estatais do continente. Além disso, Pequim abriu em 2017 a sua primeira base militar no estrangeiro num país do Corno de África, o Djibuti.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão planeia cimeira com Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia em Madrid O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, está a planear uma reunião com os líderes da Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia, em paralelo à cimeira da NATO que realiza na próxima semana em Madrid, avançaram fontes governamentais. A reunião quadripartida aproveitaria o convite da NATO aos líderes dos países da Ásia-Pacífico para participarem na cimeira em Madrid e centrar-se-ia na ascensão da China na região, informou esta segunda-feira o jornal diário japonês Yomiuri Shimbun. O porta-voz adjunto do Governo japonês, Yoshihiko Isozaki, admitiu numa conferência de imprensa que os preparativos para a reunião tinham começado, apesar de salientar que ainda não havia decisão. O gabinete do presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol também anunciou que tinha recebido a proposta de Tóquio e que estava atualmente a analisá-la. O encontro, que para além de Kishida e Yoon, incluiria ainda o primeiro-ministro australiano Anthony Albanese e a sua homóloga neozelandesa Jacinda Ardern, terá como objetivo debater a ideia de um “Indo-Pacífico livre e aberto”, expressão usada por Tóquio e Washington para contrariar a crescente influência chinesa na região. Os líderes do Japão e da Austrália reafirmaram o seu compromisso em adotarem esta estratégia na cimeira do grupo Diálogo de Segurança Quadrilateral (Quad) no final de maio, em Tóquio, juntamente com os representantes de outros países do Quad, entre eles, os Estados Unidos (EUA) e a Índia. Kishida, cuja viagem a Madrid fará dele o primeiro chefe do Governo japonês a participar numa cimeira da NATO, pretende discutir com os restantes líderes a situação da Ucrânia e as suas preocupações sobre as atividades militares chinesas na Ásia-Pacífico, afirmou o chefe de governo nipónico numa conferência de imprensa na semana passada. O Japão não é membro da NATO e a sua Constituição é pacifista, mas este membro do G7 e aliado próximo dos Estados Unidos participa nas sanções internacionais contra Moscovo e entregou também equipamentos militares defensivos à Ucrânia. A cimeira da NATO, prevista para os dias 29 e 30 de junho em Madrid, Espanha, contará com a presença de cerca de 40 líderes internacionais e cerca de cinco mil participantes.
Hoje Macau China / ÁsiaChina suspende voo directo a partir de Portugal após detectar casos de covid-19 em passageiros As autoridades chinesas anunciaram hoje a suspensão da ligação aérea entre Portugal e a China, pelo período de um mês, após detetarem dez casos de covid-19, em 12 de junho, num voo oriundo de Lisboa. Em comunicado difundido no seu portal oficial, a Administração de Aviação Civil da China informou que o voo entre Lisboa e a cidade chinesa de Xi’an, operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, passa a estar suspenso a partir de 27 de junho. Os voos para a China estão sujeitos à política do “circuit breaker” (‘interruptor’, em português): quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por duas semanas. Caso haja dez ou mais casos, a ligação é suspensa por um mês. Ao abrigo da estratégia de ‘zero casos’ de covid-19, a China mantém as fronteiras praticamente encerradas desde março de 2020. O país autoriza apenas um voo por cidade e por companhia aérea, o que reduziu o número de ligações aéreas internacionais para o país em 98%, face ao período pré-pandemia. A ligação aérea entre Portugal e a China foi retomada precisamente no dia 12 de junho, com a frequência de um voo por semana, após ter estado suspensa durante mais de seis meses. As autoridades de Xi’an, a capital da província de Shaanxi, no centro da China, suspenderam a ligação com Lisboa no dia 25 de dezembro passado, numa altura em que a região enfrentava um surto de covid-19. A cidade só retomou este mês as ligações internacionais. Quem chega à China tem que cumprir ainda uma quarentena de até três semanas, em instalações designadas pelo Governo.
Hoje Macau China / ÁsiaSismo de magnitude 6 atinge Taiwan Um sismo de magnitude 6 na escala de Richter atingiu hoje a região de Hualien, no leste de Taiwan, avançou o Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês). Segundo a imprensa de Taiwan, não há até ao momento registo de nenhuma vítima ou danos significativos do terramoto, que foi sentido em toda a ilha. O terramoto aconteceu a cerca de 10 quilómetros de profundidade às 9:05 locais, avançou o USGS. O serviço de metropolitano na capital Taipei foi brevemente interrompido, de acordo com um passageiro, citado pela agência France Presse. Um abalo de menor intensidade foi registado cerca de meia hora depois, de acordo com o Serviço Meteorológico de Taiwan. O USGS classificou como “verde” o risco representando pelo terramoto que atingiu Taiwan, prevendo poucas vítimas e danos. Este é o quarto sismo de magnitude 6 ou superior na escala de Richter a atingir Taiwan desde o início de 2022. Em março, um sismo de magnitude 6,7, registado ao largo de Taiwan, a cerca de 70 quilómetros a sul de Hualien, causou um ferido e destruiu uma ponte em construção nessa região. Taiwan é regularmente atingida por terramotos por se encontrar perto da junção de duas placas tectónicas. Sismos de magnitude 6 ou mais podem implicar um elevado número de vítimas mortais, mas os efeitos dependem da localização e da profundidade a que ocorrem. Em 2018, um sismo de magnitude 6,4 causou 17 mortos e mais de 300 feridos em Hualien, um popular ponto turístico de Taiwan. A catástrofe natural mais mortífera da história da ilha ocorreu em setembro de 1999, quando um sismo de magnitude 7,6 matou cerca de 2.400 pessoas.
Hoje Macau China / ÁsiaSismo de magnitude 6 atinge Taiwan Um sismo de magnitude 6 na escala de Richter atingiu hoje a região de Hualien, no leste de Taiwan, avançou o Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês). Segundo a imprensa de Taiwan, não há até ao momento registo de nenhuma vítima ou danos significativos do terramoto, que foi sentido em toda a ilha. O terramoto aconteceu a cerca de 10 quilómetros de profundidade às 9:05 locais, avançou o USGS. O serviço de metropolitano na capital Taipei foi brevemente interrompido, de acordo com um passageiro, citado pela agência France Presse. Um abalo de menor intensidade foi registado cerca de meia hora depois, de acordo com o Serviço Meteorológico de Taiwan. O USGS classificou como “verde” o risco representando pelo terramoto que atingiu Taiwan, prevendo poucas vítimas e danos. Este é o quarto sismo de magnitude 6 ou superior na escala de Richter a atingir Taiwan desde o início de 2022. Em março, um sismo de magnitude 6,7, registado ao largo de Taiwan, a cerca de 70 quilómetros a sul de Hualien, causou um ferido e destruiu uma ponte em construção nessa região. Taiwan é regularmente atingida por terramotos por se encontrar perto da junção de duas placas tectónicas. Sismos de magnitude 6 ou mais podem implicar um elevado número de vítimas mortais, mas os efeitos dependem da localização e da profundidade a que ocorrem. Em 2018, um sismo de magnitude 6,4 causou 17 mortos e mais de 300 feridos em Hualien, um popular ponto turístico de Taiwan. A catástrofe natural mais mortífera da história da ilha ocorreu em setembro de 1999, quando um sismo de magnitude 7,6 matou cerca de 2.400 pessoas.
Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | Presidente apela à tolerância zero para fazer face ao problema Xi Jinping considera que a corrupção continua a ser um problema nacional grave, apesar da luta constante e dos progressos alcançados. Durante uma sessão de estudo do Comité Central do PCC, o Presidente chinês reiterou o apelo à tolerância zero em relação à corrupção O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou no sábado que a corrupção no país, um dos grandes desafios do seu mandato, continua a ser um problema sério e complicado, apesar dos progressos alcançados. Xi Jinping considerou que a “teimosia e perigo” da corrupção não pode ser subestimada, de acordo com declarações relatadas pela CCTV durante uma sessão de estudo do Politburo do Comité Central do Partido Comunista. Xi apelou à “tolerância zero” em relação à corrupção e exortou os altos funcionários do Governo a manterem-se a si próprios e às suas famílias “sob controlo”. Também apelou aos escalões superiores para aderirem a uma relação “moderada e limpa” entre o Governo e a comunidade empresarial. Estas declarações contrastam com o estado de espírito optimista do órgão executivo do partido no poder na China, que na sexta-feira descreveu as operações da sua rede de instituições financeiras anti-corrupção como um sucesso, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. “As investigações da Comissão Central de Controlo Disciplinar ajudaram a reforçar a liderança do partido sobre o sector financeiro e evitaram riscos” para salvar um ambiente cujo volume de negócios atingiu 55 mil milhões de euros, de acordo com o Politburo. Energia e alimento Xi Jinping pediu também um combate conjunto contra as crises energética e alimentar, renunciando às sanções unilaterais e ao protecionismo comercial. “É necessário promover a globalização económica…, garantir a consolidação das cadeias produtivas, superar conjuntamente as crises energética e alimentar em prol da recuperação da economia mundial”, disse o chefe de Estado numa mensagem de vídeo na sessão plenária do Fórum Económico Internacional de São Petersburgo, na Rússia. Xi Jinping considera necessário fortalecer “a coordenação das políticas de desenvolvimento e a harmonização dos regulamentos e padrões internacionais”. Além disso, o Presidente da República Popular da China pediu para “renunciar à prática de suspensão fornecimentos, sanções unilaterais e pressão máxima, e eliminar as barreiras comerciais”. A 12.ª Conferência Ministerial da Organização Mundial de Comércio (OMC) anunciou medidas para aliviar a crise alimentar. A declaração final compromete os membros da OMC a “tomar medidas para tomar a produção e o comércio agrícola mais previsíveis e, portanto, menos voláteis de preços”, embora os passos concretos para alcançar isso ainda tenham de ser definidos em reuniões futuras. Também ficou acordado limitar as restrições à aquisição de ajuda alimentar humanitária pelo Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas.
Hoje Macau China / ÁsiaFilha de Duterte toma posse como vice-presidente das Filipinas Sara Duterte-Carpio, filha do ainda presidente filipino, Rodrigo Duterte, prestou hoje juramento em Davao (sul) como vice-presidente do país, 11 dias antes de o seu companheiro de candidatura, Ferdinand “Bongbong” Marcos Jr, tomar posse como chefe de Estado. Após a esmagadora vitória eleitoral da candidatura, Sara Duterte quebrou a tradição de posse conjunta do presidente e do vice-presidente e escolheu tomar posse no feudo da família em Davao, na ilha de Mindanao, 11 dias antes de Marcos, que tomará posse em 30 de junho, em Manila. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram como o ainda presidente, Rodrigo Duterte, compareceu à tomada de posse, que encerrará o seu mandato de seis anos em 30 de junho, altura em que será substituído por “Bongbong” Marcos, vencedor das eleições presidenciais de maio passado, e que também esteve hoje na cerimónia. A nova vice-presidente do país, que substitui a progressista Leni Robredo, afirmou que, com a mudança de datas, quer possibilitar que a cerimónia seja realizada no feudo da família de Davao, onde tanto ela como o seu pai foram autarcas, e onde Rodrigo Duterte viveu boa parte do seu mandato como chefe de Estado, apesar de o palácio presidencial ser na capital, Manila. A herdeira do clã Duterte, com 43 anos, liderou por meses as sondagens como a candidata favorita dos filipinos à presidência do país, mas finalmente decidiu descartar essa opção e concorrer à vice-presidência, de mãos dadas com Marcos. A sua vitória esmagadora, com mais de 60% dos votos (o cargo é votado separadamente do de presidente), consolida o salto da dinastia Duterte do seu feudo local de Davao para a política nacional. “Bongbong” Marcos, filho do falecido ditador Ferdinand Marcos, venceu as eleições presidenciais de 09 de maio por maioria esmagadora, com mais do dobro dos votos do seu rival mais próximo, precisamente a então vice-presidente Leni Robredo.
Hoje Macau China / ÁsiaXinjiang | Concluída primeira linha ferroviária do mundo em torno de um deserto A China inaugurou ontem a primeira linha ferroviária do mundo que circunda por completo um deserto, com a abertura de um trecho de 825 quilómetros, entre as cidades de Hotan e Ruoqiang, na região de Xinjiang. A linha ferroviária circular, em torno do maior deserto da China, o Taklimakan, está distribuída por 2.712 quilómetros, uma vez que o trecho recém-inaugurado foi integrado noutros três já existentes, segundo a empresa estatal China Railway. O trecho que conecta a cidade de Hotan, no sudoeste de Xinjiang, e a vila de Ruoqiang, no sudeste, leva cerca de 11 horas a ser percorrido, com uma velocidade projectada de 120 quilómetros por hora, e paragem em 22 estações. A construção da última secção começou em 2018 e usou 434 pilares pré – fabricados, para criar cinco pontes elevadas, que compõem 49,7 quilómetros da rota. Os construtores criaram também 50 milhões de metros quadrados de plantação de relva e plantaram 13 milhões de plantas que crescem naquele tipo de solo, como o espinheiro – mar, para proteger a ferrovia, recorrendo a uma técnica muito utilizada na região, frequentemente afectada por tempestades de areia. A China investiu nos últimos anos na construção de infraestrutura para desenvolver Xinjiang, uma das mais voláteis regiões da China e palco de conflitos étnicos no passado.
Hoje Macau China / ÁsiaPrincipal diplomata chinês em África condena vídeos ofensivos com crianças O alto diplomata chinês para a África subsaariana, Wu Peng, condenou ontem um esquema de exploração de crianças vulneráveis no Maláui que produz vídeos que são depois difundidos nas redes sociais chinesas, alguns com conteúdo racista. “A China tem tolerância zero para o racismo”, escreveu Wu, na rede social Twitter, após reunir com a ministra dos Negócios Estrangeiros do Maláui, Nancy Tembo. As autoridades chinesas “proíbem estes actos ilegais ‘online’” e “vão continuar a combater estes vídeos que contêm discriminação racial no futuro”, apontou. Um documentário de 49 minutos, publicado na segunda-feira pela cadeia televisiva BBC, com o título Racism for Sale (“Racismo à venda”, em português), mostra como criadores de conteúdo chineses venderam vídeos de crianças no Maláui a gritar insultos raciais contra negros, proferidos em chinês. Num desses vídeos, que remonta a Fevereiro de 2020, um grupo de crianças africanas foi instruído a repetir a frase, sem entenderem o que estão a dizer, “sou um monstro negro e o meu QI [Quociente de Inteligência] é baixo”. Como cliente basta enviar o pedido, com a frase e requisitos, para o criador de conteúdo. Os vídeos não são apenas de conteúdo racista, incluindo muitas vezes desejos de feliz aniversário, bom ano novo, ou anúncios para empresas chinesas. Alguns dos vídeos identificados na investigação foram vendidos nas redes sociais chinesas Weibo e Huoshan, entre outras aplicações chinesas de partilha de vídeos. O preço destes vídeos varia entre o equivalente a 10 e 70 euros. Consternação geral Nancy Tembo expressou na quarta-feira “consternação” com o caso. “Estão a usar os nossos filhos para enriquecer, o que é mau. Isto é algo que um malauiano não pode aceitar. Estão a desonrar-nos como malauianos”, afirmou. “A polícia e os assuntos internos estão a investigar e vamos envolver os nossos colegas chineses para ajudar a identificar este homem. Apelo às autoridades locais para estarem sempre alertas nas suas comunidades e também aos pais para protegerem sempre os seus filhos”, disse, referindo-se ao autor dos vídeos.
Hoje Macau China / ÁsiaHabitação | Preços das casas novas com primeira queda em seis anos A crise imobiliária continua a agravar-se. Política de ‘zero casos’ de covid-19 e consequente desaceleração económica contribui para a contração do sector Os preços das casas novas na China caíram em Maio, pela primeira vez em seis anos, segundo dados oficiais ontem divulgados, numa altura em que a crise de liquidez do sector é exacerbada pela desaceleração económica. Segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas chinês, os preços da habitação nova contraíram em maio 0,1 por cento, face ao mesmo mês do ano anterior. Trata-se da primeira queda homóloga, desde Novembro de 2015, neste índice, que agrega o preço médio em 70 cidades da China. A crise no imobiliário tem fortes implicações para a classe média e para a economia do país. Face a um mercado de capitais exíguo, o sector imobiliário concentra uma enorme parcela da riqueza das famílias chinesas – cerca de 70 por cento, segundo diferentes estimativas. O sector foi um dos mais importantes motores de crescimento da economia chinesa nas últimas décadas. No ano passado, os reguladores chineses passaram a exigir às construtoras um tecto de 70 por cento na relação entre passivo e activos e um limite de 100 por cento da dívida líquida sobre o património, suscitando uma crise de liquidez no sector. Este mês, a Sunac tornou-se a mais recente construtora chinesa a entrar em incumprimento. O caso mais emblemático envolve a Evergrande Group, cuja dívida, que supera o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal, vai ser reestruturada. As dificuldades foram agravadas pela política de ‘zero casos’ de covid-19, que obriga ao bloqueio de cidades inteiras, pesando fortemente na actividade da segunda maior economia do mundo. Riscos e ficções Em entrevista à agência Lusa, Michael Pettis, professor de teoria financeira na Faculdade de Gestão Guanghua, da Universidade de Pequim, vê na contração do sector imobiliário um sinal de que a China se está a afastar do modelo de crescimento assente no investimento em activos não produtivos. “Há muito crescimento fictício na China”, notou Pettis. “O excesso de investimento em todo o tipo de projectos de construção inflaciona o crescimento da economia chinesa há vários anos”, descreveu. No mês passado, a agência de notação financeira S&P baixou também a classificação da dívida do grupo Greenland, que tem o município de Xangai como accionista, devido aos crescentes “riscos” de incumprimento. A Greenland é um dos maiores grupos imobiliários da China, com forte presença internacional, particularmente nos Estados Unidos. De acordo com a agência de notícias Bloomberg, o grupo solicitou recentemente o adiamento por um ano do pagamento de 488 milhões de dólares em juros de títulos de dívida.
Hoje Macau China / ÁsiaXangai | Empresas norte-americanas antecipam queda nas receitas Um quarto das empresas norte-americanas em Xangai está a reduzir os investimentos e quase todas antecipam queda nas receitas este ano, segundo os resultados de um inquérito ontem publicado, que expõe o impacto das medidas de prevenção epidémica. A “capital” económica da China sofreu um bloqueio de dois meses, em Abril, face ao pior surto de covid-19 registado na China, desde o início da pandemia. A cidade é sede do porto mais movimentado do mundo e de várias multinacionais que operam no país asiático. Apesar de uma recuperação geral da actividade no início de Junho, 25 por cento das empresas norte-americanas estão a rever em baixa os seus investimentos para este ano, segundo a Câmara de Comércio dos Estados Unidos na cidade. De acordo com o inquérito, que abrangeu 133 empresas, mais de 90 por cento disseram esperar uma queda na facturação este ano. As medidas de confinamento tiveram um “impacto profundo” na actividade das empresas inquiridas, observou o presidente da Câmara de Comércio dos Estados Unidos em Xangai, Eric Zheng, apelando às autoridades locais para que “restabeleçam a confiança” na comunidade empresarial. No início de Junho, apenas 35 por cento das empresas norte-americanas inquiridas estavam a operar em plena capacidade, apesar do levantamento das medidas de bloqueio, segundo a Câmara.
Hoje Macau China / ÁsiaProdução industrial na China recupera 0,7 por cento em Maio A boa notícia surpreendeu os analistas que apontavam para uma queda de cerca de 0,7 por cento, menor, no entanto, do que a registada em Abril de quase 3 por cento A produção industrial da China cresceu 0,7 por cento, em Maio, em termos homólogos, segundo dados oficiais ontem divulgados, após a queda registada em Abril devido às medidas de prevenção epidémica implementadas no país. A expansão da produção industrial, um importante indicador da segunda maior economia mundial, surpreendeu os analistas, que projectavam uma nova queda, em torno de 0,7 por cento, o que já significaria uma melhoria face a Abril (-2,9 por cento), o pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2020, quando a China enfrentou o surto original do novo coronavírus. Em Maio, a produção industrial chinesa cresceu 5,61 por cento, em relação a Abril, enquanto naquele mês registou uma contração de 7,08 por cento, em relação a Março. De acordo com a divisão por grandes segmentos industriais, o sector da extracção continuou a crescer a um ritmo acelerado (+7 por cento), enquanto a produção e fornecimento de electricidade, aquecimento, gás e água moderou o seu crescimento para 0,2 por cento. A grande diferença em Maio foi que o sector manufatureiro, forçado a reduzir a produção em 4,6 por cento, em termos homólogos, em Abril, devido às restrições, voltou a território positivo, aumentando 0,1 por cento. Tommy Wu, analista da consultora Oxford Economics, acredita que “o pior dos bloqueios já passou” e que a estabilização do crescimento económico em Maio vai permitir uma recuperação “ainda mais visível”. Bloqueios ao consumo O especialista prevê uma recuperação da actividade na segunda metade do ano, sobretudo se as políticas de estímulo permitirem uma recuperação do consumo doméstico, embora alerte que é pouco provável que as famílias comecem a gastar, enquanto Pequim mantiver a estratégia de ‘zero casos’ de covid-19. Esta política requer a imposição de bloqueios em distritos ou cidades inteiras, criando incerteza para os negócios. As vendas no comércio a retalho – um indicador chave do consumo – caíram, em Maio, 6,7 por cento, em termos homólogos. No conjunto do ano, aquele indicador registou uma contração de 1,5 por cento. A taxa oficial de desemprego nas áreas urbanas caiu 0,2 por cento, em relação a Abril, fixando-se em 5,9 por cento, acima da meta de 5,5 por cento estabelecida por Pequim. Estes dois factores, apontou Wu, confirmam que o fraco consumo está directamente relacionado com o receio dos consumidores, criadas pelo ressurgimento de surtos de covid-19. Sobre o investimento em activos fixos, o GNE não divulgou ontem a evolução homóloga dos dados de Maio, mas divulgou a intermensal (+0,72 por cento) e o acumulado até ao momento este ano, que passou de 6,8 por cento, em Abril, para 6,2 por cento, em Maio. Em comunicado, o GNE assegurou que a economia nacional “mostrou um bom momento de recuperação” em Maio, mês em que “superou gradualmente os efeitos negativos” da covid-19, embora tenha alertado que o ambiente internacional “é ainda mais complicado e preocupante”.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | China e EUA querem manter linhas de comunicação abertas Duas das figuras mais próximas dos presidentes norte-americano e chinês encontraram-se no Luxemburgo onde se comprometeram em manter um diálogo aberto entre as duas partes Os principais conselheiros diplomáticos da China e dos Estados Unidos comprometeram-se, na segunda-feira, a manter abertas as linhas de comunicação, após a disputa verbal entre os responsáveis da Defesa sobre a questão de Taiwan. Jake Sullivan, principal assessor diplomático do Presidente dos EUA, Joe Biden, e o homólogo chinês, Yang Jiechi, não anunciaram, no entanto, qualquer compromisso sobre os seus principais pontos de tensão. O diálogo ocorreu no Luxemburgo, dias após uma troca de advertências entre o ministro da Defesa da China, Wei Fenghe, e o seu homólogo norte-americano, Lloyd Austin, durante o Diálogo Shangri-La, um fórum anual de segurança realizado em Singapura. Wei advertiu que a China vai “lutar até ao fim” para impedir a independência de Taiwan. O secretário de Defesa dos EUA denunciou a actividade militar “provocativa e desestabilizadora” de Pequim perto da ilha. Citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, Yang Jiechi reiterou que a “questão de Taiwan toca na base política das relações China – EUA e, se não for tratada adequadamente, vai ter um impacto prejudicial”. O conselheiro pediu aos Estados Unidos que evitem “maus julgamentos” e “ilusões” sobre este assunto. Jake Sullivan “reiterou o compromisso de longa data dos Estados Unidos com o princípio ‘Uma só China’”, que pressupõe que a ilha de Taiwan faz parte do território chinês, mas transmitiu as “preocupações em relação às acções coercivas e agressivas de Pequim” no Estreito de Taiwan, segundo um comunicado da Casa Branca. Das ambiguidades Washington reconhece diplomaticamente Pequim e não Taipé, mas o Congresso dos EUA comprometeu-se a vender armamento a Taiwan para a defesa do território. Sullivan reafirmou a chamada política de “ambiguidade estratégica”, segundo a qual os Estados Unidos reconhecem diplomaticamente a China comunista, mas ao mesmo tempo apoiam Taiwan militarmente. Joe Biden está sob pressão bipartidária para aprofundar as relações com Taiwan, quando Washington disputa, com a China, a influência na região da Ásia–Pacífico. Em visita ao Japão, no mês passado, Biden garantiu que seu país defenderia Taiwan militarmente se a ilha fosse atacada pela China. A Casa Branca, no entanto, insistiu mais tarde que a tradicional “ambiguidade estratégica” norte-americana sobre essa questão não foi abandonada. O encontro no Luxemburgo segue-se a uma conversa por telefone, realizada em 18 de Maio. A relação entre Pequim e Washington deteriorou-se nos últimos anos, com diferendos nos âmbitos do comércio, Direitos Humanos, o estatuto de Hong Kong e Taiwan, a soberania no Mar do Sul da China e, mais recentemente, a guerra na Ucrânia. Em comunicado, a Casa Branca falou de uma troca “franca” e “produtiva”, durante a qual Jake Sullivan “ressaltou a importância de manter linhas abertas de comunicação”. A agência noticiosa oficial Xinhua também descreveu a entrevista como “franca, profunda e construtiva”. Yang concordou em manter o diálogo, mas deixou claro que Pequim não abdicará dos seus “interesses fundamentais”. “Os EUA têm insistido em conter e repelir a China de forma abrangente”, apontou Yang, reafirmando que questões relativas a Xinjiang, Hong Kong, Tibete ou Mar do Sul da China são assuntos internos do país.
Hoje Macau China / ÁsiaEmbaixador chinês diz que relações entraram numa “nova conjuntura” O embaixador chinês na Austrália disse este fim de semana que as relações entre os dois países entraram numa “nova conjuntura”, com a eleição do novo Governo australiano e o primeiro contacto ministerial em mais de dois anos. Xiao Qian fez uma avaliação optimista do futuro do relacionamento bilateral, num discurso proferido no sábado, perante a Sociedade para a Amizade Austrália – China, em Perth, na costa oeste australiana. O discurso foi publicado ontem no portal oficial da embaixada. “O cenário internacional, político e económico atravessa mudanças profundas e complexas. A relação China – Austrália entrou numa nova conjuntura, e tem agora muitas oportunidades”, disse Xiao. “A minha embaixada e os consulados-gerais chineses na Austrália estão prontos para trabalhar com o Governo federal australiano, governos estaduais e amigos de todas as esferas da sociedade, para que o relacionamento China – Austrália progrida no caminho certo, para benefício dos nossos países e povos”, acrescentou. O discurso de Xiao foi feito um dia antes da reunião de uma hora entre o ministro da Defesa chinês, o general Wei Fenghe, e o seu homólogo australiano, Richard Marles, à margem de uma cimeira de segurança regional, em Singapura. Marles descreveu a reunião como um “primeiro passo crítico”, na reparação das relações bilaterais. Mas os observadores hesitam em descrever a reunião como um descongelamento das relações diplomáticas entre os países. Dennis Richardson, ex-chefe da Defesa, Negócios Estrangeiros e da agência de espionagem Australian Security Intelligence Organization, e ex-embaixador australiano nos Estados Unidos, observou que ambos os governos aproveitaram a sua primeira oportunidade para terem contacto ministerial, desde que o novo Governo da Austrália foi eleito, no mês passado. As relações bilaterais deterioraram-se, durante os nove anos em que uma coligação conservadora governou na Austrália. “O facto de eles terem concordado em dialogar na primeira oportunidade é digno de nota”, disse Richardson, citado pela imprensa australiana. “Mas temos ainda um longo caminho a percorrer”, acrescentou. Passos em frente O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, deu os parabéns ao novo primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, dias após a sua vitória nas eleições, num gesto visto por alguns como uma tentativa da China de restaurar o relacionamento. Albanese instou a China a mostrar boa vontade através do levantamento de uma série de barreiras comerciais oficiais e não oficiais criadas nos últimos anos contra vários bens oriundos da Austrália, no valor de milhares de milhões de dólares, incluindo carvão, vinho, cevada, carne bovina e frutos do mar. As relações bilaterais bateram no seu ponto mais baixo depois de a Austrália ter pedido uma investigação independente sobre as origens da covid-19 e a resposta da China ao surto inicial. O mais recente embaixador da China na Austrália estabeleceu um tom mais conciliador desde que chegou a Camberra, em Janeiro, do que o seu antecessor, Cheng Jingye. Cheng ameaçou, em 2020, com boicotes comerciais, se a Austrália persistisse com o seu apelo por uma investigação sobre as origens da covid-19.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Novas restrições em Pequim após surto relacionado com bar Eventos desportivos cancelados, aulas online e vários bairros confinados. É a resposta das autoridades a um novo surto ligado a um bar na zona de maior movimento nocturno da capital chinesa Um distrito de Pequim repôs as aulas ‘online’ e centenas de bairros foram bloqueados na capital chinesa, face a um novo surto de covid-19 ligado a um bar, enquanto novas restrições foram também impostas em Xangai. A muito contagiosa variante Ómicron está a obrigar as autoridades chinesas a impor medidas cada vez mais extremas, para salvaguardar a estratégia de ‘zero casos’, assumida como um triunfo político pelo secretário-geral do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping. Um consultor português radicado na capital chinesa, que prefere não ser identificado, disse à Lusa que o seu bairro foi bloqueado, pela segunda vez no espaço de menos de um mês, após alguns moradores terem sido considerados contactos directos de casos confirmados. O condomínio, situado na zona oeste de Pequim, é composto por 12 prédios e abriga mais de cinco mil pessoas. Vídeos partilhados com a Lusa mostram um grupo de moradores a pedir explicações às autoridades, que se limitaram a explicar que há muitos jovens no condomínio que frequentam o bar de Pequim associado ao novo surto. Um total de 166 casos foram vinculados ao bar Heaven Supermarket, próximo do Estádio dos Trabalhadores, onde está concentrada a vida nocturna na cidade, depois de uma pessoa infectada ter visitado o local, na quinta-feira. Destes, 145 eram clientes, enquanto os restantes eram funcionários, ou pessoas com quem os clientes tiveram contacto posteriormente. Toda a área, juntamente com o complexo comercial de Sanlitun adjacente, foi encerrada até novo aviso. O surto levou as autoridades do extenso distrito de Chaoyang a repor o ensino ‘online’. Os eventos desportivos na cidade também foram suspensos. Chaoyang ordenou testes diários em massa, com longas filas a formarem-se e tempos de espera muitas vezes superiores a duas horas. Diagnóstico de Xangai Em Xangai, 502 pessoas foram classificadas como contactos directos de três casos, diagnosticados em 9 de Junho, entre os clientes do Salão de Beleza Red Rose. Os contactos directos vêm de 15 distritos da cidade, que tem 25 milhões de pessoas, provocando as primeiras restrições em larga escala, desde que o bloqueio chegou ao fim no início de Junho. Com os testes em massa e as restrições ao movimento a serem novamente impostos, as ruas e supermercados esvaziaram-se novamente este fim de semana. A não realização do teste dá origem a um código QR amarelo, no aplicativo usado para aceder a todos os locais públicos. A maioria dos estudantes permanece em casa e todos, excepto alguns restaurantes, estão abertos apenas para entregas. Muitos clientes simplesmente comem e bebem na rua, do lado de fora dos estabelecimentos. Enquanto 22 milhões de residentes de Xangai foram libertados do bloqueio há quase duas semanas, 220.000 pessoas ainda não podem sair das suas casas, sob uma regra que exige que nenhum caso positivo seja encontrado nos seus complexos residenciais por mais de 10 dias. Outros 600.000 estão em zonas de médio risco, proibidos de saírem dos respectivos complexos residenciais. Cercas de aço e outras barreiras continuam a bloquear bairros e edifícios de escritórios, levando ao descontentamento e reclamações dos moradores, que permanecem confinados. A implementação altamente restritiva de bloqueios, juntamente com a falta de informação e má distribuição de alimentos e outros bens básicos, levou a manifestações raramente vistas de raiva e desespero. Em alguns bairros, os moradores confrontaram trabalhadores de saúde e agentes da polícia. O afrouxamento das restrições levou a um êxodo de residentes, incluindo estrangeiros, que ficaram presos no bloqueio. Apesar do recente surto, Pequim registou apenas 51 novos casos na segunda-feira, entre os quais 22 são assintomáticos. A China mantém a sua política de ‘zero casos’ de covid-19, apesar dos custos económicos e sociais e da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter afirmado que a política não é sustentável.
Hoje Macau China / ÁsiaPolícia detém suspeitos de agressão a mulheres que causou indignação na China As autoridades chinesas prenderam nove pessoas por terem agredido violentamente três mulheres num restaurante, depois de imagens do ataque registadas pelas câmaras de vigilância e difundidas nas redes sociais terem provocado indignação generalizada. As imagens de uma churrascaria em Tangshan, no norte da província de Hebei, mostram um dos homens a aproximar-se de uma mesa, onde três mulheres estão sentadas, e a colocar a mão nas costas de uma das mulheres. A mulher perguntou-lhe o que é que ele quer, antes de gritar “és um doente”, e dar-lhe um bofetão na mão. O homem bate então no rosto da mulher, desencadeando uma briga. A vítima inicial é arrastada pelos cabelos. Um grupo de homens que está a jantar do lado de fora juntou-se ao ataque, espancando as mulheres com cadeiras e garrafas de cerveja. Duas das mulheres foram hospitalizadas, mas estão em condição estável, segundo a imprensa local. Fotografias da mulher numa maca do hospital, com o rosto inchado e ensanguentado, e imagens do ataque, tornaram-se virais nas redes sociais do país. A agressão e a indignação pública renovaram o debate sobre a misoginia e maus-tratos às mulheres na China. No início deste ano, um vídeo viral de uma mulher acorrentada a uma parede, numa cabana, gerou reações, depois de as autoridades inicialmente negarem que ela fosse vítima de tráfico humano. Mais tarde, apurou-se que a mulher tinha sido vendida como noiva. Todos os nove suspeitos foram presos no sábado, de acordo com um comunicado das autoridades, divulgado através da rede social Weibo. No domingo, o vídeo tinha recebido mais de 68 milhões de visualizações. As imagens mais explicitas do ataque, ocorrido do lado de fora do restaurante, foram, entretanto, retiradas pelos censores chineses. Os internautas condenaram o ataque e criticaram a polícia de Tangshan, por ter sido demasiado lenta a encontrar e deter os suspeitos. “Sou mulher e tenho uma filha”, disse uma internauta, identificada com o apelido BaobaomaoDaren. “Questiono-me – estou a criar valor para a sociedade e a gerar energia positiva, será que esta sociedade me protegerá a mim e à minha filha?” A emissora estatal CCTV disse que os suspeitos devem ser presos o mais rápido possível e “punidos severamente de acordo com a lei” para prestar contas às vítimas e ao público. Uma mensagem no Weibo publicada na noite de sábado e lida dezenas de milhares de vezes argumentou que o incidente não foi aleatório, mas um reflexo da violência sistemática contra as mulheres, enraizada na sociedade chinesa. “Devemos admitir que a nossa realidade contém forças que apoiam, incentivam e impulsionam a violência masculina contra as mulheres”, escreveu o internauta. Em dezembro passado, uma funcionária do grupo chinês de comércio eletrónico Alibaba foi demitida depois de acusar publicamente o seu diretor e um cliente de agressão sexual durante uma viagem de negócios. Ela disse que denunciou o incidente à empresa, mas que não obteve resposta. Um mês antes, Peng Shuai, estrela de ténis chinesa e três vezes atleta olímpica, acusou o ex-vice-primeiro-ministro Zhang Gaoli de má conduta sexual. Peng posteriormente retirou as alegações, depois de ter estado desaparecida durante várias semanas.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul acusa Coreia do Norte de disparar projétil não identificado em direção ao mar A Coreia do Norte disparou hoje um projétil não identificado em direção ao mar, afirmaram autoridades militares da Coreia do Sul, dias depois de o líder norte-coreano Kim Jong-Un ter pedido maior capacidade de defesa para lidar com ameaças externas. Em comunicado, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse ter detetado, na manhã de hoje, várias trajetórias de voo que acredita serem de artilharia norte-coreana. A autoridade militar acrescentou que a Coreia do Sul mantém uma firme prontidão militar em estreita coordenação com os Estados Unidos. Durante uma reunião do Conselho de Segurança Nacional convocada para discutir os supostos lançamentos, as autoridades sul-coreanas expressaram preocupação de que a Coreia do Norte esteja a atualizar os seus sistemas de armas que podem representar uma ameaça direta à Coreia do Sul. E reafirmaram que irão lidar com estes esforços norte-coreanos com severidade. Normalmente, os testes de artilharia da Coreia do Norte têm menos atenção externa do que os lançamentos de mísseis. Contudo, a artilharia de longo alcance é uma séria ameaça à segurança da populosa região metropolitana da Coreia do Sul, que fica a cerca de 40 a 50 quilómetros da fronteira com a Coreia do Norte. Os alegados lançamentos de artilharia são os mais recentes de uma série de testes de armas executados pela Coreia do Norte este ano, aquilo a que especialistas estrangeiros chamam de uma tentativa de pressionar Washington e Seul a relaxar as sanções internacionais contra Pyongyang e fazer outras concessões. Autoridades sul-coreanas e norte-americanas disseram, recentemente, que a Coreia do Norte está quase a finalizar os preparativos para realizar o seu primeiro teste nuclear em cerca de cinco anos. Em março, a Coreia do Norte testou um míssil balístico intercontinental capaz de atingir os Estados Unidos, violando uma moratória de 2018 em grandes testes de mísseis.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | China adverte EUA que “esmagará” qualquer tentativa de independência O ministro da Defesa chinês, Wei Fenghe, alertou sexta-feira durante uma reunião em Singapura com o homólogo norte-americano, Lloyd Austin, que Taiwan é território da China, que “esmagará de forma determinada” qualquer tentativa de independência da ilha. A China “não hesitará em iniciar uma guerra” se Taiwan declarar a independência, garantiu um porta-voz do Ministério da Defesa chinês. “Se alguém se atrever a separar Taiwan da China, os militares chineses não hesitarão por um momento em iniciar uma guerra, não importa o custo”, disse Wu Qian ao relatar os comentários do ministro da Defesa, Wei Fenghe durante a reunião com Lloyd Austin. Wei proferiu as declarações durante o encontro com Austin à margem do Diálogo Shangri-La, um fórum anual de segurança realizado em Singapura, tendo este sido o primeiro encontro presencial entre os dois desde que o governante norte-americano assumiu o cargo, em Janeiro de 2021. Os dois governantes tinham tido um primeiro contacto via telefónica em Abril. A reunião, que durou 30 minutos mais do que o previsto, de acordo com o jornal South China Morning Post (SCMP), ocorre depois de o Presidente dos EUA, Joe Biden, ter alertado em Maio que uma anexação “à força” de Taiwan pela China implicaria uma intervenção militar dos EUA.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia chinesa | Inflação estabiliza e sobe 2,1% em Maio O índice de preços ao consumidor, o principal indicador da inflação na China, registou um crescimento homólogo de 2,1 por cento, em Maio, enquanto o índice de preços ao produtor, que mede a inflação no sector grossista, avançou 6,4 por cento. O Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês, que divulgou sexta-feira os dados, apontou para a melhoria da situação epidemiológica no país em Maio, face a Abril, quando a China registou os surtos mais graves de covid-19 desde o início da pandemia, e a “oferta abundante” no mercado, como factores que contribuíram para a “estabilização” do índice de preços ao consumidor. Os analistas previam um avanço de 2,2 por cento naquele índice. O índice de preços ao produtor avançou 8 por cento, em Abril, em relação ao mesmo mês do ano anterior, pelo que o valor de Maio representa uma contração de 1,6 por cento, em relação ao mês anterior. Em 2021, os preços ao consumidor no país asiático aumentaram 0,9 por cento e no setor de vendas por grosso 8,1 por cento. Na comparação entre Abril e Maio, os preços ao consumidor caíram 0,2 por cento, sobretudo devido à queda dos preços dos alimentos, que caíram 1,3 por cento, em relação ao mês anterior. O estatístico do GNE Dong Lijuan explicou que a queda nos preços dos alimentos se deveu a uma “grande quantidade de vegetais frescos que entrou no mercado” e “logística mais fluida”, em Maio, quando as restrições impostas sobre a circulação de pessoas foram relaxadas em algumas áreas do país. O preço dos combustíveis cresceu significativamente: a gasolina e o gasóleo aumentaram 27,6 por cento e 30,1 por cento, em termos homólogos, respectivamente. Dong explicou que “o trabalho de prevenção e coordenação anti – pandemia da China” garantiu a “estabilização das cadeias de fornecimento” em alguns sectores-chave, o que contribuiu para a desaceleração do crescimento homólogo dos preços no sector grossista em Maio.
Hoje Macau China / ÁsiaSingapura | Ministros da Defesa australiano e chinês reúnem-se após três anos de tensão Os dois responsáveis mantiveram uma conversa de mais de uma hora, à margem do fórum de segurança “Shangri-la Dialogue”, que decorreu este fim-de-semana em Singapura Os ministros da Defesa da Austrália e da China reuniram-se ontem pela primeira vez em três anos, um “primeiro passo importante” após um longo período de tensão. A reunião entre Richard Marles e o seu homólogo chinês Wei Fenghe, que durou mais de uma hora, ocorreu à margem do fórum de segurança “Shangri-la Dialogue” em Singapura. “Foi uma oportunidade de ter uma conversa muito franca e completa durante a qual levantei uma série de questões que preocupam a Austrália”, disse o ministro da Defesa australiano, Richard Marles, confirmando a reunião aos jornalistas em Singapura. De acordo com Richard Marles, também vice-primeiro-ministro da Austrália, “é realmente importante neste momento ter linhas abertas de diálogo”. “As relações entre a Austrália e a China são complexas. E é justamente por essa complexidade que é realmente importante dialogarmos neste momento. Foi um primeiro passo importante”, continuou. A China não fez ainda comentários sobre a reunião. O representante de Camberra especificou que, entre outros assuntos que preocupam a Austrália, levantou a recente interceptação pela China de um avião da força aérea australiana sobre o Mar da China Meridional, uma área estratégica onde colidem as reivindicações territoriais de Pequim e de meia dúzia de países: Brunei, Filipinas, Indonésia, Malásia, Taiwan e Vietname. No congelador Tratou-se da primeira reunião de alto nível desde Janeiro de 2020, destacou a ABC, quando as relações diplomáticas começaram a congelar entre os dois países como resultado de várias divergências, incluindo a exclusão por motivos de segurança das empresas chinesas Huawei e ZTE da participação na rede 5G da Austrália. Desde então, as relações deterioraram-se devido a questões como a militarização do gigante asiático ou a aprovação na Austrália de leis contra interferência estrangeira e espionagem. A China, que ficou particularmente incomodada com o pedido da Austrália de uma investigação independente sobre a origem da covid-19, respondeu impondo tarifas de importação a vários produtos australianos. As tensões entre vários países, como Estados Unidos, Canadá e Austrália, com a China desempenharam um papel importante durante o fórum de segurança, que começou na sexta-feira e terminou ontem, que também contou com a presença de chefes de defesa de dezenas de países, incluindo o dos EUA, Lloyd Austin.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | País quer construir milhares de centros de testagem e de quarentena Apesar dos custos económicos e sociais, a China mantém-se comprometida com a estratégia de zero casos no combate à pandemia da covid-19 A China está a construir centenas de milhares de centros permanentes de testagem à covid-19 e a expandir as instalações de quarentena em muitas das suas maiores cidades, como parte da política de ‘zero casos’. Em Xangai, no distrito de Minhang, novas medidas de bloqueio e testes em massa foram ontem anunciadas, abrangendo mais de dois milhões de pessoas. A directiva foi emitida uma semana após o Governo chinês ter declarado a vitória da cidade contra o vírus, depois de duas semanas de um bloqueio altamente restritivo. Medidas de confinamento, totais ou parciais, em dezenas de cidades puseram o país à beira da recessão, pela segunda vez em três décadas. Os indicadores económicos do trimestre actual são sombrios: as vendas de automóveis em Abril caíram quase para metade, em relação ao período homólogo, e os gastos no setor retalhista caíram 11 por cento. Embora as medidas tenham sido relaxadas em várias cidades, este mês, o programa lançado pelas autoridades relativo às infraestruturas para conter o vírus, indica que a política de tolerância zero à doença é para manter. As autoridades estão a desenvolver estratégias que permitam testar populações inteiras no espaço de 24 horas. As principais cidades chinesas devem agora ter locais de teste disponíveis a não mais de 15 minutos a pé das casas dos moradores, e instalações temporárias estão a ser substituídas por centros permanentes, fornecidos por empresas médicas privadas. As 31 províncias e regiões do país também estão a seguir ordens de Pequim para preparar novos hospitais e instalações de quarentena, para o caso de ocorrer um surto de grandes dimensões, como aquele que atingiu Xangai. Yanzhong Huang, especialista em políticas de saúde pública do Conselho de Relações Externas, um centro de reflexão com sede em Nova Iorque, disse que as medidas demonstram o compromisso de Pequim com a estratégia de ‘zero casos’, “apesar do crescente custo social e económico associado a esta abordagem”. “O Governo acredita que pode superar o vírus. Mas sabemos que isto não é realista para a variante Ómicron. E, para uma variante ainda mais transmissível, isto tornar-se-á ainda menos viável”, apontou. Em construção Em Abril, 400 hospitais improvisados tinham já sido concluídos ou estavam em fase de construção, com capacidade para mais de 560.000 camas, segundo a Comissão Nacional de Saúde. Autoridades em cidades com mais de 10 milhões de pessoas foram informadas de que pelo menos 1.500 camas hospitalares devem estar disponíveis em instalações de quarentena centralizadas, além de centros de apoio, que podem ser convertidos com alguns dias de antecedência. “A capacidade para internamentos e isolamento deve ser reforçada, e hospitais designados (…) e pontos de isolamento centralizados devem ser planeados e preparados com antecedência”, escreveu no mês passado Ma Xiaowei, alto funcionário da Comissão, no Qiushi, o principal jornal do Partido Comunista Chinês. Num exemplo de rápido progresso, Ningbo, uma cidade com oito milhões de habitantes, abriu a sua primeira instalação centralizada para quarentenas no mês passado, com 4.356 quartos. A maioria das grandes cidades chinesas já instituiu requisitos para testes regulares de covid-19. Em Pequim é necessário ter um teste negativo para o vírus, realizado nas 72 horas anteriores, para aceder a supermercados, restaurantes ou transportes públicos. Lanzhou, uma cidade do noroeste, com quatro milhões de habitantes, tem capacidade para testar cerca de 150.000 pessoas diariamente. A política da China foi bem-sucedida em conter a doença e manter o número de mortos baixo, em comparação com o resto do mundo. Mas muitas pessoas estão cansadas com a perspectiva de que a política se prolongue. “É uma loucura total”, comentou um residente de Pequim. “A comunidade científica considera a política insustentável, mas isto foi já convertido numa acção de mobilização das massas”, afirmou outra residente. Oito cidades na China e 74 milhões de pessoas estão agora sob bloqueio total ou parcial, em comparação com 133 milhões de pessoas há uma semana e 355 milhões de pessoas em Abril, segundo uma pesquisa divulgada pelo banco japonês Nomura. Segundo a mesma fonte, se todas as cidades adoptassem o requisito de teste de 72 horas, como em Pequim ou Xangai, seriam abrangidas 814 milhões de pessoas e o custo ascenderia a 1,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Hoje Macau China / ÁsiaRússia e China justificam veto a mais sanções à Coreia do Norte na ONU A Rússia e a China justificaram hoje perante a Assembleia-Geral da ONU o seu veto a uma proposta norte-americana para sancionar a Coreia do Norte, na primeira vez em que as potências foram obrigadas a explicar-se. Em abril passado, as Nações Unidas aprovaram uma resolução que exige a convocação automática de uma sessão plenária da Assembleia Geral sempre que se registar um veto no Conselho de Segurança, medida que procura dissuadir o uso desse privilégio a que só cinco países têm acesso: Rússia, China, Estados Unidos da América (EUA), França e Reino Unido. Assim, em cumprimento com esta nova norma, os 193 Estados-membros da ONU reuniram-se hoje para ouvir as explicações da Rússia e da China, que em 26 de maio bloquearam uma resolução que procurava endurecer as sanções internacionais a Pyongyang em resposta aos seus últimos testes de mísseis. Esse texto proposto pelos EUA recebeu o apoio de 13 dos 15 membros do Conselho de Segurança, mas não foi adiante devido ao “não” de Moscovo e Pequim. O embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, assegurou que o seu país procura sempre cooperar com os demais membros do Conselho de Segurança para tentar chegar a um consenso e evitar vetos, mas deixou claro que, nesta ocasião, era impossível para ele apoiar a resolução dos EUA. “Os Estados Unidos devem assumir a responsabilidade por isso”, disse Zhang, que acusou Washington de forçar uma votação quando sabia que nem a China nem a Rússia apoiavam a iniciativa. Conforme referiu, o seu país levantou inúmeras opções alternativas que foram rejeitadas pelos EUA, a quem Pequim atribuiu o atual bloqueio em discussões com a Coreia do Norte. “Desde que a República Popular Democrática da Coreia adotou medidas de desnuclearização em 2018, os Estados Unidos não retribuíram essas iniciativas positivas e não abordaram as preocupações legítimas e razoáveis” da Coreia do Norte, insistiu. O representante chinês referia-se assim aos gestos que o regime de Kim Jong-un tem feito nos últimos anos, suspendendo os seus testes nucleares e os seus ensaios de armas, que levaram a contactos com a administração norte-americana do agora ex-presidente Donald Trump (2017-2021). Essas negociações, no entanto, não ofereceram nenhum progresso concreto e Pyongyang retomou os seus lançamentos de mísseis, com repetidos testes em desafio às resoluções da ONU. A Rússia, por sua vez, ressaltou que impor mais sanções à Coreia do Norte não ajudará em nada e criticou a fixação dos EUA por apostar nesse caminho de pressão e não no diálogo. Washington, por sua vez, considera que é justamente a inação do Conselho de Segurança diante dos lançamentos de mísseis norte-coreanos está a ser interpretada por Pyongyang como “uma luz verde para agir com impunidade e aumentar a tensão”.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia descriminaliza consumo de canábis para fins medicinais O cultivo e posse de canábis foi hoje descriminalizado para fins medicinais na Tailândia, que se torna no primeiro país asiático a retirar a droga da lista de substâncias proibidas no país. De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), o Governo tailandês disse que está a promover a canábis apenas para uso médico, advertindo que fumar em público ainda pode estar sujeito a pena de prisão de três meses e uma multa de 25 mil bahts. Por outro lado, extratos de canábis continuam a ser ilegais se contiverem mais do que 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC), a principal substância psicoativa da planta. A Tailândia, que se destaca na indústria do turismo de saúde, está a tentar apostar na marijuana medicinal, com benefícios geralmente derivados de outras substâncias canabinóides que a planta contém, ainda de acordo com a AP. “Devemos saber como usar a canábis”, disse recentemente, numa entrevista à imprensa, o ministro da Saúde Pública tailandês Anutin Charnvirakul, o grande impulsionador da marijuana no país. “Se tivermos sensibilizados para isso, a canábis é como o ouro, é algo valioso que deve ser promovido”, acrescentou. Anutin Charnvirakul referiu que o Governo prefere “aumentar o conhecimento” sobre a utilização da canábis entre a população do que vigiar as pessoas e puni-las. “Tudo deve ter um meio termo”, disse.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio externo da China recupera em maio com levantamento de medidas de confinamento O comércio externo da China recuperou, em maio, face ao atenuar das medidas de prevenção epidémica em Xangai e outros importantes centros industriais do país, segundo dados das alfândegas chinesas hoje divulgados. As exportações subiram 16,9%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 308,3 mil milhões de dólares, acima do crescimento de 3,7%, alcançado em abril. As importações subiram 4,1%, para 229,5 mil milhões de dólares, depois de terem aumentado 0,7%, no mês anterior. O comércio externo da China foi este ano prejudicado pela queda na procura global e pelas restrições impostas em várias cidades e províncias, para prevenir o alastrar de surtos de covid-19, sob a estratégia de ‘zero casos’. Xangai, sede do porto mais movimentado do mundo, sofreu um bloqueio de dois meses. Também a província de Jilin foi sujeita a medidas de confinamento altamente restritivas. Em Pequim ou Cantão as medidas de confinamento foram parciais. A queda no consumo interno, devido às medidas de prevenção, também afetou as importações, nos meses anteriores. Os analistas reduziram as estimativas de crescimento económico da China para até 2% este ano, bem abaixo da meta oficial, estipulada pelo Partido Comunista, de “cerca de 5,5%”. Alguns analistas preveem uma recessão para este trimestre, antes do início de uma recuperação gradual. A maioria das fábricas, lojas e outros negócios, em Xangai, Pequim e outras cidades, foram autorizadas a reabrir, mas devem precisar de semanas ou meses para retomar os níveis normais de atividade. “As exportações mostraram uma resiliência considerável em maio, apesar do impacto do prolongado bloqueio de Xangai”, disse Rajiv Biswas, da S&P Global Market Intelligence, num relatório. “A perspetiva para o segundo semestre de 2022 é de uma recuperação mais forte das importações, à medida que a procura doméstica recupera”, acrescentou. O excedente comercial da China aumentou 82,3%, em relação ao mesmo período do ano anterior, para 78,8 mil milhões de dólares. O porto de Xangai informou que o número de contentores de carga movimentados diariamente recuperou para 95% dos níveis normais, no final de maio. No entanto, o acumular de dezenas de milhares de contentores provavelmente causarão atrasos que serão sentidos em todo o mundo. O valor conjunto das importações foi impulsionado pelos preços globais mais altos do petróleo e de outras matérias-primas, mas o volume de mercadorias compradas ao exterior registou um crescimento mais lento. As autoridades responderam às reclamações sobre o custo crescente da estratégia de ‘zero casos’ de covid-19 através de uma abordagem mais direcionada, que inclui o isolamento de prédios ou complexos residenciais onde casos são detetados, em vez do bloqueio de cidades inteiras. A economia da China cresceu 4,8% no primeiro trimestre do ano, em termos homólogos. Isto representou uma melhoria, em relação à taxa de 4%, alcançada nos últimos três meses de 2021, mas os indicadores económicos do trimestre atual são sombrios. As vendas de automóveis em abril caíram quase para metade, em relação ao período homólogo. Os gastos no setor retalhista caíram 11%. O Partido Comunista está a tentar sustentar o crescimento com benefícios fiscais para os empresários, crédito mais acessível e o lançamento de obras públicas. O Banco Mundial alertou, esta semana, que estas políticas podem atrasar os esforços de Pequim para incentivar o crescimento baseado no consumo, em vez do investimento alimentado pela dívida. Alto endividamento “acarreta mais riscos no futuro”, disse o economista-chefe do Banco Mundial para a China, Ibrahim Chowdhury, em comunicado.