Hoje Macau China / ÁsiaAlemanha | PM Li Qiang recebido num teste às relações bilaterais O chefe de Estado alemão, Frank-Walter Steinmeier, recebeu na segunda-feira o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, que faz a sua primeira viagem ao estrangeiro, num teste às relações entre Berlim e Pequim, marcadas por crescente rivalidade. Durante o encontro, o Presidente alemão reconheceu que a cooperação entre os dois países “continua importante, mas mudou nos últimos anos”, de acordo com um comunicado do seu gabinete. “A China é parceira da Alemanha e da Europa, mas também cada vez mais uma concorrente e rival na arena política”, acrescentou o comunicado. O primeiro-ministro chinês garantiu que a China está pronta para trabalhar com a Alemanha para contribuir para a “estabilidade e prosperidade globais”, de acordo com a agência noticiosa estatal Xinhua. A China é o mais relevante parceiro comercial da Alemanha e um mercado vital para o seu poderoso sector automóvel. Contudo, nos últimos meses, Berlim endureceu o tom nas relações com Pequim. Para Berlim, por causa da estratégia expansionista de Pequim, “a estabilidade regional e a segurança internacional estão cada vez mais pressionadas” e “os direitos humanos não são respeitados”. Recentemente, o chanceler Olaf Scholz assumiu que o seu país deve reduzir a sua dependência económica face a Pequim, embora admita que “não tem interesse em impedir o desenvolvimento económico da China”.
Hoje Macau China / Ásia MancheteBanco central | Taxas de juro de referência reduzidas para estimular economia As autoridades financeiras continuam a insistir em medidas que levem ao aumento do consumo e ao crescimento económico O banco central da China baixou ontem duas taxas de juro de referência, após várias medidas semelhantes nas últimas semanas destinadas a estimular o crescimento da segunda maior economia do mundo. A taxa de referência para as taxas mais vantajosas que os bancos podem oferecer às empresas e às famílias (LPR, na sigla em inglês) a um ano foi reduzida de 3,65 por cento para 3,55 por cento, e a LPR a cinco anos, que serve de referência para os empréstimos hipotecários, baixou de 4,3 por cento para 4,2 por cento. As duas taxas estão agora nos seus níveis mais baixos de sempre. A última vez que tinham sido reduzidas foi em Agosto de 2022. A decisão, antecipada pelos mercados, tem por objectivo incentivar os bancos comerciais a conceder mais empréstimos a taxas mais vantajosas. Por sua vez, a medida deverá contribuir para apoiar a actividade económica num contexto de abrandamento económico, sendo que vai contra a corrente das principais economias mundiais, que estão a aumentar as taxas de juro para conter a inflação. A tão esperada recuperação pós-covid-19 na China, na sequência do levantamento das restrições sanitárias no final de 2022, tem vindo a perder fôlego nas últimas semanas e tem dificuldade em concretizar-se em certos sectores. Para revigorar a economia, o banco central já tinha baixado a taxa dos empréstimos a médio prazo às instituições financeiras na passada quinta-feira. Anteriormente, ajustara a taxa principal dos empréstimos de liquidez de curto prazo (sete dias) aos bancos comerciais. Problema imóvel A economia está a ser penalizada pelo endividamento excessivo do sector imobiliário, um pilar tradicional do crescimento, pelo fraco consumo devido à incerteza no mercado de trabalho e pelo abrandamento económico mundial, que pesa sobre a procura de produtos chineses. Os recentes anúncios das autoridades “mostram claramente que os decisores políticos estão cada vez mais preocupados com a economia”, comentaram os economistas Julian Evans-Pritchard e Zichun Huang, da Capital Economics, em comunicado. “O apoio ao crescimento tem agora precedência sobre outras considerações, como a rentabilidade dos bancos”, mas “uma aceleração acentuada do número de empréstimos continua a ser improvável e a recuperação continuará a depender principalmente do sector dos serviços”, sublinharam. Nas últimas semanas, a China divulgou alguns indicadores económicos preocupantes. Em Maio, a taxa de desemprego entre os jovens dos 16 aos 24 anos atingiu um novo recorde no país asiático, situando-se nos 20,8 por cento. A taxa, que dá apenas uma imagem parcial da situação, porque é calculada somente para as zonas urbanas, já tinha atingido 20,4 por cento em Abril. As vendas a retalho, principal indicador do consumo das famílias, recuaram, enquanto a produção industrial abrandou no mês passado. A fim de desincentivar a poupança e incentivar as despesas de consumo e o investimento, os principais bancos públicos já tinham concordado em reduzir as taxas de juro.
Hoje Macau China / Ásia MancheteDelegação da UE em Myanmar pede libertação de trabalhadores que pediram aumentos A delegação da União Europeia (UE) em Myanmar (antiga Birmânia) apelou ontem à “libertação imediata” dos trabalhadores de uma fábrica que produz para a Zara e que foram alvo de detenções e despedimentos por exigirem aumentos salariais. “Estamos preocupados com as detenções e o bem-estar de uma série de trabalhadores industriais e sindicalistas por causa de um conflito laboral na fábrica Hosheng Myanmar, na semana passada”, lê-se num comunicado da delegação da UE. A nota refere-se à detenção de um dirigente sindical, Ma Thu Thu San, e ao despedimento de seis colegas, a 14 de Junho, por terem exigido aumentos salariais à direcção da fábrica, disse à agência de notícias EFE um porta-voz da organização birmanesa de defesa dos direitos dos trabalhadores Action Labor Rights. O jornal independente birmanês The Irrawaddy noticiou no sábado a detenção de quatro outros trabalhadores na mesma fábrica têxtil, gerida pela Hosheng (Myanmar) Garment Co. na cidade de Shwe Pyi Thar, nos arredores de Rangum, que produz para a Zara. Na semana passada, o jornal The Irrawaddy noticiara que os trabalhadores exigiam à direcção da fábrica um aumento do subsídio diário de 4.800 kyats para 5.600 kyats (de cerca de dois euros para 2,5 euros). No comunicado, a UE apelou ao “fim das detenções das pessoas que exercem pacificamente o seu direito à liberdade de expressão e de associação”. De saída A empresa espanhola Inditex, proprietária da Zara, disse em comunicado enviado à EFE na sexta-feira que tinha “bloqueado a possibilidade” de trabalhar com a fábrica e garantiu que “está a trabalhar numa saída gradual e responsável de Myanmar”. “Os acontecimentos ocorridos nesta fábrica nos últimos dias representam uma grave violação do nosso código de conduta para fabricantes e fornecedores”, afirmou. Desde o golpe de Estado de 1 de fevereiro de 2021 em Myanmar, várias multinacionais abandonaram parcial ou totalmente o país, incluindo algumas do sector têxtil, como a empresa japonesa Fast Retailing, proprietária da cadeia de moda Uniqlo, que anunciou em Março que vai parar a produção de vestuário GU, outra das suas marcas, naquele país. Outras empresas que tomaram decisões semelhantes incluem a multinacional suíça Nestlé, que este ano encerrou a linha de produção em Myanmar, e a empresa petrolífera norte-americana Chevron, que em Fevereiro vendeu a participação num projecto de gás natural. O golpe de Estado mergulhou o país numa profunda crise política, social e económica, e abriu uma espiral de violência com novas milícias que intensificaram o conflito armado que o país vive há décadas.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas oferece recompensa para capturar suspeitos de matarem jornalista O Departamento de Justiça das Filipinas ofereceu uma recompensa de cerca de 33 mil euros por informações sobre o paradeiro de Gerald Bantag, o ex-chefe da prisão acusado de ordenar o homicídio do jornalista Percy Lapid. “Queremos que os nossos agentes e outras pessoas sejam mais agressivos na ajuda ao Departamento de Justiça na captura dos suspeitos do assassínio de Percy Lapid”, disse o ministro da Justiça das Filipinas, Jesus “Boying” Remulla, aos jornalistas, na segunda-feira à noite. Bantag e o seu braço direito, Ricardo Zulueta, são procurados desde 12 de Abril, quando a Justiça filipina os acusou de terem ordenado o assassínio do jornalista filipino Percy Lapid, que os acusara de alegados escândalos de corrupção. As informações sobre o paradeiro de Zulueta valem uma recompensa de um milhão de pesos (16.400 euros), metade do valor oferecido por dados que levem à captura de Bantag. Os dois antigos funcionários prisionais foram também acusados de orquestrar a morte de Jun Villamor, um intermediário encarregado de organizar a execução de Lapid, encontrado morto na sua cela na prisão de Bilibid, um dos estabelecimentos prisionais mais sobrelotados do mundo, que Bantag e Zulueta dirigiam. Gerald Bantag – que também acusou o ministro da Justiça de corrupção perante as câmaras antes de ser formalmente acusado – e o antigo director de operações de Bilibid, Ricardo Zulueta, foram vistos pela última vez perto de Manila e, segundo o ministério, os dois acusados não terão saído da ilha de Luzon, no norte do arquipélago. Profissão de risco Percibal Mabasa, mais conhecido por Percy Lapid, foi morto aos 67 anos na noite de 03 de Outubro, quando dois indivíduos numa motorizada dispararam sobre este quando se dirigia de carro para o trabalho, a norte de Manila. Lapid apresentava um programa noturno com dezenas de milhares de seguidores, no qual denunciava casos de abuso de poder e escândalos de corrupção envolvendo políticos, membros da polícia e do exército e funcionários de ministérios e instituições públicas. O homicídio do jornalista veterano ocorreu depois de Lapid ter acusado Bantag de aceitar subornos de prisioneiros e de utilizar o dinheiro para construir uma mansão nos arredores de Manila e comprar vários carros de luxo. O caso revelou uma série de abusos e irregularidades na prisão de Bilibid, em Manila, incluindo tortura e chantagem de prisioneiros, subornos pagos por reclusos para viverem em condições de luxo dentro das celas e a construção de um túnel que liga a prisão ao exterior. Desde 1986, 281 jornalistas foram assassinados nas Filipinas. Em 82 por cento dos casos, os crimes ainda não foram resolvidos, segundo o índice global de impunidade da Comissão de Protecção dos Jornalistas e dados do Sindicato Nacional dos Jornalistas das Filipinas.
Hoje Macau China / ÁsiaHindu Kush | Glaciares podem reduzir até 80% nos Himalaias Os glaciares estão a derreter a um ritmo sem precedentes nas cadeias montanhosas de Hindu Kush, nos Himalaias, e podem perder até 80 por cento do actual volume este século, de acordo com um estudo divulgado ontem. No relatório, publicado pelo Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado das Montanhas, com sede em Katmandu, capital do Nepal, alerta-se que este é o cenário caso as emissões de gases com efeito de estufa não sejam fortemente reduzidas. No mesmo documento, prevê-se um aumento da probabilidade de inundações e avalanches nos próximos anos e alerta-se para o facto de a disponibilidade de água doce poder vir a ser afectada para cerca de dois mil milhões de pessoas que vivem a jusante de 12 rios que nascem nas montanhas. O gelo e a neve das cordilheiras de Hindu Kush são uma importante fonte de água para esses rios, que atravessam 16 países da Ásia e fornecem água doce a 240 milhões de pessoas nas montanhas e a outros 1,65 mil milhões a jusante. “As pessoas que vivem nestas montanhas e que não contribuíram em quase nada para o aquecimento global estão em grande risco devido às alterações climáticas”, afirmou Amina Maharjan, especialista em migração e uma das autoras do relatório. “Os actuais esforços de adaptação são totalmente insuficientes e estamos extremamente preocupados com o facto de, sem um maior apoio, estas comunidades não conseguirem fazer face à situação.” Em aceleração Vários relatórios anteriores concluíram que a criosfera – regiões cobertas de neve e gelo – está entre as mais afectadas pelas alterações climáticas. Uma investigação recente revelou que os glaciares do Monte Evereste, por exemplo, perderam dois mil anos de gelo apenas nos últimos 30 anos. Entre as principais conclusões do relatório ontem divulgado contam-se o facto de os glaciares dos Himalaias terem desaparecido 65 por cento mais rapidamente desde 2010 do que na década anterior e de a redução do manto de neve devido ao aquecimento global ter como consequência a diminuição da água doce para as pessoas que vivem a jusante. No estudo, concluiu-se que 200 lagos glaciares nestas montanhas são considerados perigosos e que a região poderá registar um aumento significativo de inundações provocadas pela explosão de lagos glaciares até ao final do século. Segundo a investigação, as alterações na região dos Himalaias de Hindu Kush provocadas pelo aquecimento global são “sem precedentes e em grande parte irreversíveis”. Os efeitos das alterações climáticas já são sentidos pelas comunidades dos Himalaias, por vezes de forma aguda. No início deste ano, a cidade montanhosa indiana de Joshimath começou a afundar-se e os residentes tiveram de ser realojados em poucos dias.
Hoje Macau China / ÁsiaEmbraer e Nidec lançam parceria para criar veículos voadores A Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) anunciou uma parceria com a fabricante japonesa de motores eléctricos Nidec para criar aeronaves eléctricas de descolagem e aterragem horizontal (eVTOL, na sigla em inglês), denominados de carros voadores. Num comunicado conjunto divulgado no domingo, as duas empresas revelaram que a ‘joint venture’ irá “desenvolver e fabricar sistemas” para carros voadores “e futuramente para outros modelos de mobilidade aérea”. A nova empresa, chamada Nidec Aerospace, vai ser apresentada na 54.ª edição do Paris Air Show, que arrancou ontem na capital francesa e decorre até 25 de Junho. A Nidec terá uma participação de 51 por cento e a Embraer 49 por cento na ‘joint venture’, cuja criação deverá acontecer oficialmente na segunda metade de 2023, após a aprovação de vários reguladores e dos conselhos de administração das duas empresas. A Nidec Aerospace será localizada em Saint Louis, no centro-oeste dos EUA, na sede da Nidec Motor Corp, uma subsidiária da fabricante japonesa, e irá contar com o suporte das fábricas das duas empresas no Brasil e no México. No comunicado, o presidente e director executivo da Embraer, Francisco Gomes, disse que a procura por sistemas eléctricos na área dos eVTOL “está a crescer exponencialmente”. O vice-presidente sénior da Nidec, Michael Briggs, disse que a aposta em aeronaves eléctricas “terá uma contribuição essencial para o compromisso da Organização Mundial da Aviação Civil de neutralizar emissões de carbono em 2050”. De acordo com o comunicado, embora ainda não esteja oficialmente criada, a Nidec Aerospace já tem o primeiro cliente para o sistema eléctrico para os eVTOL, a Eve Air Mobility, uma subsidiária da brasileira Embraer. A Eve pretende desenvolver e construir um ecossistema de mobilidade urbana sustentável, que inclua o eVTOL e a respectiva rede de serviço e apoio, bem como toda a infraestrutura que vai apoiar esta nova forma de transporte, incluindo os aeroportos de aterragem e descolagem verticais. A Eve assinou em Junho de 2022 uma carta de intenção para entregar até 35 aeronaves eléctricas à Falcon Aviation Services, que opera na região do Médio Oriente e África, a partir de 2026. Em perda A Embraer perdeu 378,4 milhões de reais (cerca de 68,6 milhões de euros) no primeiro trimestre do ano, mais que o dobro do reportado no mesmo período em 2022, conforme balanço divulgado no início de Maio. No final de abril, a Embraer, terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, assinou um memorando de entendimento com várias empresas aeroespaciais portuguesas para desenvolver a Base Tecnológica e Industrial de Defesa de Portugal. A empresa brasileira opera duas fábricas no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora e é também accionista da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, com 65 por cento do capital, em Alverca.
Hoje Macau China / Ásia MancheteTailândia | Reunião para discutir crise em Myanmar que inclui junta militar A convocatória com pouco tempo de antecedência gerou mal-estar entre alguns países do sudeste asiático, que criticaram ainda a presença de um representante dos militares no poder na antiga Birmânia A Tailândia realizou ontem uma reunião informal para discutir a crise política em Myanmar, que inclui representantes da junta militar birmanesa. A reunião teve como objectivo “apoiar os esforços da ASEAN [Associação de Nações do Sudeste Asiático] para resolver a situação em Myanmar”, antiga Birmânia, onde se vive uma profunda crise desde o golpe militar de Fevereiro de 2021. A reunião foi organizada com pouca antecedência e causou mal-estar entre países parceiros da região, como Indonésia e Malásia. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Tailândia, Don Pramudwinai, é o anfitrião do encontro, que junta representantes do Brunei, Camboja, China, Índia, Laos e Vietname, além de um representante da junta militar birmanesa. A organização da reunião gerou críticas de países vizinhos, que se opõem à participação dos militares birmaneses em qualquer discussão sobre a crise política em Myanmar. A Indonésia e a Malásia expressaram preocupação com a reunião, pois acreditam que a presença do representante da junta militar possa legitimar o golpe e prejudicar os esforços para restaurar a democracia em Myanmar. A Tailândia, que está sob um governo provisório após as eleições de Maio, que deu a vitória à oposição, diz que a reunião apela ao “diálogo” como forma de “procurar soluções pacíficas” no Myanmar, país com o qual partilha uma fronteira. “A Tailândia quer ver uma cessação da violência que acabará por conduzir à paz e à estabilidade em Myanmar”, sustenta-se no comunicado, no qual se sublinha ainda que o encontro não corresponde a uma reunião formal do bloco do Sudeste Asiático, onde o representante estrangeiro da junta militar birmanesa está impedido de participar. Pontos de discórdia No entanto, a estratégia da Tailândia, que tem o seu próprio enviado especial em Myanmar e que já anteriormente insistiu em conversações com os representantes da junta, colide com a posição de outros países da ASEAN, como Singapura, Malásia e Indonésia, que se mostram relutantes em dialogar com os militares. Em cartas, tanto a Indonésia como a Malásia rejeitaram o convite da Tailândia e observaram que é importante apoiar a actual política da ASEAN em relação à crise birmanesa, que inclui o veto dos membros da junta militar birmanesa às reuniões de alto nível do bloco. Por seu lado, o Governo de Unidade Nacional (NUG, na sigla em inglês) de Myanmar, composto por políticos e activistas, que se afirma como a autoridade legítima do país após a revolta, condenou a iniciativa de Banguecoque. “Convidar a junta ilegítima para esta discussão não contribuirá para a resolução da crise política de Myanmar”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do NUG num comunicado, no sábado. O golpe militar, que derrubou o Governo eleito de Aung San Suu Kyi e pôs fim a uma década de transição democrática, conduziu a uma espiral de violência com novas milícias civis, que acabou por intensificar os conflitos armados que duram há décadas no país. Mais de 3.650 pessoas morreram em consequência da repressão das forças de segurança, que mataram a tiro manifestantes pacíficos e desarmados, segundo dados da organização não-governamental birmanesa Associação de Assistência aos Presos Políticos.
Hoje Macau China / ÁsiaAlexei Navalny julgado em novo caso de extremismo Um tribunal russo começou a julgar ontem o oposicionista Alexei Navalny num novo processo por alegado extremismo em que pode vir a ser condenado a trinta anos de prisão. De acordo com a agência France-Presse (AFP), o processo decorre no estabelecimento prisional de alta segurança de Melekhovo, a 250 quilómetros de Moscovo, onde Navalny se encontra preso. Neste novo processo, o oposicionista russo é acusado de financiamento duma “organização extremista”. Segundo a AFP, Navalny esteve ontem presente na audiência acompanhado dos advogados de defesa. O dirigente da oposição russa, de 47 anos, está preso desde que regressou ao país, em Janeiro de 2021, após convalescença hospitalar na Alemanha na sequência de envenenamento com gás tóxico (Novichok) na Rússia. Após o início da campanha militar da Rússia contra a Ucrânia, em Fevereiro de 2022, a maior parte dos oposicionistas que não abandonaram o país estão presos ou são alvo de mandados de captura, por denunciarem ou criticarem o conflito. Navalny, em particular, foi envolvido anteriormente num processo anticorrupção tendo sido condenado a nove anos de prisão por “fraude”. Para Navalny tratou-se de um “julgamento político”. Mudança de planos Ontem, na abertura do processo que começou no estabelecimento prisional onde se encontra, Navalny pediu para as autoridades permitirem a entrada dos familiares na audiência, mas o pedido foi recusado. Os advogados de defesa têm dez dias para consultarem os 196 dossiers fornecidos pela acusação. Navalny mantém actividade política através de comentários que colaboradores seus difundem nas redes sociais. Uma das porta-vozes de Navalny, Kira Iarmych, disse ontem à France Presse que o oposicionista está a ser alvo de um novo processo devido à actividade política que desenvolve, apesar de estar preso. De acordo com a mesma fonte, o julgamento que começou ontem deveria ter sido aberto ao público, mas o juiz determinou que a sessão ia decorrer “à porta fechada”. Os colaboradores de Navalny referem ainda que o recluso tem sido submetido a um tratamento “muito severo” e foi sujeito pela 16.ª vez à “célula disciplinar” onde as condições de vida são particularmente precárias. Um outro oposicionista do regime do Kremlin, Vladimir Kara-Mourza, foi condenado no passado mês de Abril a 25 anos de cadeia “por alta traição”. Em Dezembro do ano passado, outro oposicionista, Ilia Iachine, foi sentenciado a oito anos e meio de prisão por ter criticado a ofensiva russa contra a Ucrânia.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e EUA comprometem-se a estabilizar as relações diplomáticas O encontro entre o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken e o Presidente chinês Xi Jinping parece ter dado frutos. Ambas as partes saudaram as pontes diplomáticos que se voltam a erguer entre as duas nações Os EUA e a China prometeram estabilizar as suas relações diplomáticas, afirmou ontem o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, após uma reunião em Pequim com o Presidente chinês, Xi Jinping. “Em todas as reuniões, insisti que o contacto directo e a comunicação sustentada ao mais alto nível eram a melhor maneira de gerir as diferenças com responsabilidade e de garantir que a concorrência não se transforme em conflito”, explicou Blinken, em declarações aos jornalistas no final do encontro com o líder chinês. “Ouvi o mesmo da parte dos meu homólogos chineses. Concordamos com a necessidade de estabilizar relações”, acrescentou o secretário de Estado norte-americano no segundo e último dia de uma visita oficial a Pequim. O Presidente chinês reiterou a mensagem de a passagem de Blinken por Pequim ter permitido avanços nas relações entre os dois países, que praticamente fecharam os canais diplomáticos nos últimos meses, após Washington ter mandado abater um alegado balão de espionagem chinês que sobrevoou o território norte-americano, em Fevereiro passado. “Os dois lados fizeram progressos e chegaram a um acordo sobre algumas questões específicas. E isso é muito bom”, reconheceu Xi, de acordo com uma transcrição dos comentários divulgados pelo Departamento de Estado norte-americano. “Espero que através desta visita, dê um contributo mais positivo para estabilizar as relações entre a China e os Estados Unidos”, acrescentou Xi. Durante a reunião, que durou 35 minutos, Blinken afirmou que “os Estados Unidos e a China têm a obrigação e a responsabilidade de gerir bem o seu relacionamento”, argumentando que isso é do interesse de ambas as partes. Outras conversas No sábado, Blinken tinha deixado a mesma exacta mensagem ao seu homólogo chinês, Qin Gang, após uma reunião que durou cerca de cinco horas e meia e onde os dois países se mostraram comprometidos em manter abertos os canais de comunicação. Os dois lados disseram que Qin aceitou um convite de Blinken para visitar Washington. Também ontem, o chefe da diplomacia norte-americana encontrou-se com o principal diplomata do Partido Comunista Chinês, Wang Yi, numa reunião de três horas. Após este encontro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China emitiu um comunicado em que dizia que a visita de Blinken a Pequim ilustra bem a resposta à “necessidade de fazer uma escolha entre o diálogo e o confronto”. Wang Yi disse ao secretário de Estado norte-americano que a China e os Estados Unidos têm de escolher entre “cooperação ou conflito”, segundo os ‘media’ estatais. “É necessário fazer uma escolha entre o diálogo e a confrontação, a cooperação e o conflito”, sublinhou, de acordo com a televisão estatal chinesa CCTV. Wang Yi afirmou também que o país não fará “nenhum compromisso” em relação a Taiwan, ilha que tem causado uma crescente tensão entre os dois países. “Manter a unidade nacional está sempre no centro dos interesses fundamentais da China” e, “nesta questão, a China não fará compromissos ou concessões”, disse Wang Yi a Antony Blinken. Wang, o mais alto responsável do Partido Comunista Chinês (PCC) para a diplomacia, pediu que os Estados Unidos respeitem a soberania e a integridade territorial da China e para que se oponham à independência de Taiwan. A visita de Antony Blinken a Pequim surge na sequência de uma conversa, em Novembro passado, entre o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, à margem de uma cimeira do G20 na Indonésia. Nos últimos dias, o Presidente Xi deixou sinais de estar disponível para reduzir as tensões com os Estados Unidos – durante uma conversa com o co-fundador da empresa tecnológica norte-americana Microsoft, Bill Gates, na sexta-feira – assegurando que os EUA e a China podem e devem cooperar “para benefício de ambos os países”. “Acredito que a base das relações sino-americanas está nas pessoas. (…) Na actual situação mundial, podemos realizar várias iniciativas que beneficiam os nossos dois países, e toda a raça humana”, disse Xi a Gates. Hora H Antes do encontro com Blinken, o Presidente chinês, tinha já afirmado esperar “um resultado positivo” da reunião com o secretário de Estado dos Estados Unidos, e que daí saíssem melhorias nas relações entre os dois países. “Espero que com esta visita, o secretário de Estado Blinken traga um resultado positivo para a estabilização das relações entre a China e os Estados Unidos”, afirmou Xi Jinping, citado pela televisão pública em inglês da China CGTN, no início do encontro com o dirigente norte-americano, em Pequim. Xi Jinping disse ao secretário de Estado norte-americano que as interacções entre os Estados “devem sempre ser baseadas no respeito mútuo e na sinceridade”. O encontro de ontem entre Xi e Blinken, que não fazia parte da agenda oficial e foi confirmado à última hora, e acontece no segundo e último dia da visita do secretário de Estado norte-americano à China.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA /China | Chefes da diplomacia reúnem-se em Pequim O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, está finalmente em Pequim para discutir com o seu homólogo, Qin Gang, temas como a cooperação económica, o conflito Rússia-Ucrânia, e a questão de Taiwan. Os chefes da diplomacia da China, Qin Gang, e dos Estados Unidos, Anthony Blinken, reuniram-se ontem em Pequim, no início da primeira visita de um secretário de Estado norte-americano ao país em cinco anos. Blinken chegou a Pequim no início da manhã de ontem, tornando-se também o mais alto funcionário dos Estados Unidos a visitar a China desde que o Presidente Joe Biden iniciou o mandato em 2021. Permanecerá em Pequim dois dias, para conversações que abrangerão “a cooperação económica, o conflito Rússia-Ucrânia, a questão de Taiwan e os preparativos para as próximas reuniões de alto nível”, segundo os meios de comunicação chineses. Qin e Blinken já tinham trocado críticas na quarta-feira, durante uma conversa telefónica que constituiu o primeiro contacto bilateral de alto nível em meses, segundo a agência espanhola EFE. O ministro chinês apelou então aos Estados Unidos para que cessem acções que prejudiquem a segurança soberana e os interesses de desenvolvimento da China “em nome da concorrência”. Blinken pediu a Qin que “mantenha as linhas de comunicação abertas” para evitar conflitos. O gabinete de Blinken admitiu anteriormente que não se esperam grandes avanços nas conversações, dadas as muitas áreas de fricção entre Washington e Pequim. A ideia continua a ser iniciar um “degelo” diplomático e manter um diálogo para “gerir responsavelmente a relação sino-americana”, disse o Departamento de Estado a propósito da visita, segundo a agência francesa AFP. Águas passadas A visita de Blinken estava inicialmente prevista para Fevereiro, na sequência do encontro entre Biden e o Presidente chinês, Xi Jinping, à margem de uma cimeira do G20 na Indonésia, em Novembro. A viagem foi adiada em cima da hora, devido ao sobrevoo de território norte-americano por um balão chinês, que Washington considerou ser espião e Pequim disse ser um aparelho meteorológico que se tinha desviado da rota. Enquanto Blinken voava para a China, Biden minimizou o episódio do balão. “Não creio que os dirigentes [chineses] soubessem onde estava o balão, o que continha e o que se estava a passar”, disse aos jornalistas no sábado. “Penso que foi mais embaraçoso do que intencional”, acrescentou, citado pela AFP. A reunião entre Qin e Blinken será seguida de um jantar de trabalho, de acordo com a agência norte-americana AP. Hoje, Blinken terá novas conversações com Qin, bem como com o principal diplomata chinês, Wang Yi, e possivelmente com Xi Jinping, acrescentou a AP. O anterior secretário de Estado norte-americano a visitar a China foi Mike Pompeo, em Outubro de 2018.
Hoje Macau China / ÁsiaTrabalho | Desemprego jovem na China atinge valor recorde Um em cada cinco jovens chineses estava desempregado em Maio, uma taxa de 20,8 por cento que é um novo recorde no país, anunciou ontem o Gabinete de Estatística da China. A taxa, relativa aos jovens de 16 a 24 anos em áreas urbanas, tem vindo a subir nos últimos meses e atingiu 20,4 por cento em Abril, já então muito acima do valor de 13 por cento registado em 2019, antes do início da pandemia da covid-19. Em Maio, a taxa de desemprego para a população activa no geral era de 5,2 por cento, inalterada em relação a Abril. Na China, a taxa de desemprego é calculada apenas para áreas urbanas e, portanto, fornece apenas uma imagem parcial da situação. Também as vendas a retalho, o principal indicador do consumo das famílias, registaram um aumento homólogo de 12,7 por cento em Maio, inferior ao registado em Abril (18,4 por cento), de acordo com dados oficiais divulgados Gabinete. Os analistas ouvidos pela agência Bloomberg esperavam um abrandamento mais moderado (13,7 por cento), apesar do regresso dos clientes aos centros comerciais e restaurantes nos últimos meses, na sequência do levantamento das restrições sanitárias. A fraca procura doméstica, apesar da inflação estar perto de zero, está a atrasar a recuperação económica. A retoma da produção industrial também desacelerou em Maio, crescendo 3,5 por cento em termos anuais, contra 5,6 por cento em Abril, com as fábricas a voltar gradualmente à capacidade total, uma evolução já prevista pelos analistas. Por seu turno, o investimento em activos fixos também abrandou, registando entre Janeiro e Maio um aumento homólogo de 4 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaBill Gates elogia experiência inestimável da China em primeira visita ao país após pandemia O cofundador da Microsoft Bill Gates está na China pela primeira vez desde o início da pandemia e disse ontem que o país tem “uma experiência inestimável (…) que vale a pena partilhar com o mundo”. Numa mensagem publicada na rede social chinesa Weibo, o bilionário elogiou a experiência da China nas áreas da “saúde, agricultura, nutrição e redução da pobreza” e disse querer “continuar a trabalhar com os parceiros chineses para dar mais contribuições para o progresso global”. Gates chegou a Pequim na quarta-feira e, numa outra mensagem, lembrou que a Fundação Bill e Melinda Gates tem vindo a trabalhar com parceiros chineses para “responder a desafios globais de saúde e desenvolvimento há mais de 15 anos”. O filantropo sublinhou que a China “tem muita experiência” em áreas que vão desde o “desenvolvimento de novos medicamentos contra a malária ao investimento em soluções resistentes às mudanças climáticas”. “Para fazer face a problemas como as alterações climáticas, desigualdades na saúde e segurança alimentar, precisamos de inovação”, acrescentou Gates. “O mundo tem feito enormes progressos na redução da mortalidade infantil e da pobreza, mas a crise mundial fez o progresso estagnar”, lamentou Bill Gates. O empresário revelou que o próximo destino será a África Ocidental e destacou que os países africanos são “particularmente vulneráveis aos elevados preços dos alimentos, dívidas [públicas] pesadas e taxas crescentes de tuberculose e malária”. Fila bilionária A visita de Gates ocorre depois de outros empresários como o director executivo da Apple, Tim Cook, e o director executivo da Tesla, Elon Musk, terem visitado a China nas últimas semanas e reunido com altos funcionários chineses. O jornal oficial chinês Global Times escreveu que executivos de países ocidentais “visitam a China em busca de cooperação”, apesar de “os Estados Unidos e alguns dos seus aliados continuarem a adoptar uma postura hostil para conter a ascensão chinesa”. O Departamento de Estado norte-americano confirmou, na quarta-feira, que o secretário de Estado, Antony Blinken, se irá deslocar à China, no fim de semana, onde pretende iniciar uma reaproximação diplomática com Pequim e pedir uma “gestão responsável” das tensões entre as duas grandes potências (ver págs 10-11).
Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | PM reúne-se com líder da Palestina O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, reuniu-se ontem com o Presidente da Palestina, Mahmud Abbas, num esforço de Pequim para elevar as relações bilaterais e o papel no Médio Oriente. Li, que assumiu o cargo na Primavera, considerou Abbas “um velho amigo do povo chinês” que fez “contribuições importantes para a promoção das relações China-Palestina”. A reunião ocorreu um dia depois de Abbas ter sido recebido com todas as honras militares pelo líder da China e chefe do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping. Os dois dirigentes anunciaram na quarta-feira a formação de uma “parceria estratégica”, abrindo caminho para aumentar a influência da China no Médio Oriente. A visita de Abbas segue-se à realização de negociações pela China entre o Irão e a Arábia Saudita, que resultaram na retoma das relações diplomáticas entre os dois rivais do Médio Oriente. A reaproximação entre Riade e Teerão foi vista como uma vitória diplomática para a China, numa altura em que o principal rival chinês, os Estados Unidos, parece estar a retirar-se do Médio Oriente, depois de os conflitos no Iraque e no Afeganistão e complicações nos laços com a Arábia Saudita. Pequim há muito mantém relações diplomáticas com a Autoridade Palestiniana e nomeou um enviado especial para se reunir com autoridades israelitas e palestinas. Com uma experiência na região limita à construção, manufatura e outros projectos económicos, a China tem procurado estreitar laços com Israel. Desde a reabertura das fronteiras na Primavera, na sequência do levantamento das restrições sanitárias impostas pela política ‘zero-covid’, o Governo chinês tem recebido uma lista crescente de líderes mundiais, incluindo o Presidente francês, Emmanuel Macron, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Blinken em Pequim para “gestão responsável” das tensões A viagem à China do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, adiada após o episódio do balão, vai finalmente acontecer este fim-de-semana. Encontro com o Presidente Xi não está, para já, confirmado O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, fará uma rara visita à China no fim de semana, onde pretende iniciar uma reaproximação diplomática com Pequim e pedir uma “gestão responsável” das tensões entre as duas grandes potências. “O secretário Blinken irá reunir-se com altos funcionários chineses e discutir a importância de manter linhas de comunicação abertas para gerir com responsabilidade o relacionamento China-Estados Unidos da América (EUA)”, disse na quarta-feira o Departamento de Estado, confirmando a tão aguardada viagem diplomática, inicialmente agendada para Fevereiro. Uma reunião com o Presidente chinês, Xi Jinping, não foi confirmada. Auto classificando-se de “realistas”, os Estados Unidos não esperam fazer grandes “avanços”, mas pelo menos acalentam a esperança de “reduzir o risco de erros de cálculo que se podem transformar em conflito”, segundo autoridades norte-americanas. “Não vamos a Pequim com a intenção de alcançar avanços ou transformações”, disse a jornalistas o chefe do Departamento de Estado para a Ásia, Daniel Kritenbrink. Outro funcionário norte-americano, Kurt Campbell, enfatizou que “os esforços para moldar ou reformar a China nas últimas décadas falharam”, dizendo que espera que a China permaneça “um actor importante no cenário internacional” por muito tempo. As relações bilaterais permanecem tensas num grande número de questões: os vínculos entre os Estados Unidos e Taiwan, a rivalidade em tecnologias e comércio, ou mesmo reivindicações territoriais chinesas no Mar da China Meridional. “Desde o início do ano, as relações China-EUA enfrentaram novas dificuldades e desafios. Está claro de quem é a responsabilidade”, disse ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, num telefonema com Blinken, segundo Pequim. No telefonema, o ministro “explicou a posição solene da China sobre a questão de Taiwan”, principal ponto de fricção entre as duas potências, assim como “outras preocupações essenciais” de Pequim, sublinha o comunicado de imprensa. Mercado proibido Esta visita de Antony Blinken surge na sequência da reunião em Novembro passado entre o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, à margem de uma cimeira do G20 na Indonésia. Os dois líderes concordaram em cooperar em certas questões. Blinken aproveitará para colocar na mesa o problema do opioide fentanil, cujos componentes químicos são exportados da China para o México, onde, segundo Washington, a substância é fabricada. O porta-voz do Departamento de Estado, Matt Miller, enfatizou ontem que as preocupações dos EUA são “bem conhecidas” e incluem, entre outros, o comércio de fentanil e o “alinhamento” da China com a Rússia na guerra da Ucrânia. Antony Blinken deverá viajar até Pequim e Londres entre sexta-feira e 21 de Junho, confirmou ontem o Departamento de Estado norte-americano. Em Londres, Blinken vai participar na Conferência de Recuperação da Ucrânia, uma iniciativa criada para ajudar a mobilizar o apoio internacional público e privado para ajudar Kiev a recuperar dos ataques russos. Ainda em Londres, o chefe da diplomacia dos EUA também reunirá com membros do Governo britânico, assim como de Governos de países aliados.
Hoje Macau China / ÁsiaCanção de protesto de Hong Kong fora de sites de ‘streaming’ de música e redes sociais A canção de protesto “Glory to Hong Kong”, ligada às manifestações antigovernamentais de 2019, não estava disponível na quarta-feira em alguns dos principais ‘sites’ de música e redes sociais, noticiou hoje a agência Associated Press (AP). O Governo da região administrativa chinesa de Hong Kong disse, há uma semana, ter pedido ao Tribunal Superior local uma providência cautelar para proibir a transmissão da música, por alegadas “intenções sediciosas”. O objetivo é “impedir que a canção seja transmitida ou executada com a intenção de incitar outros à secessão ou para fins sediciosos”, indicou, em comunicado, o Departamento de Justiça. O Governo também pretende “impedir que a canção seja transmitida ou executada como hino nacional de Hong Kong com a intenção de insultar o hino oficial”, bem como “salvaguardar a segurança nacional e preservar a dignidade do hino” da China. Depois deste pedido de providência cautelar, a canção chegou ao topo das tabelas de plataformas digitais de distribuição de música como o iTunes, da Apple. No entanto, deixou de estar disponível, na quarta-feira, no Spotify e na Apple Music. A versão original da música também não estava disponível nas redes sociais Facebook e Instagram. O Spotify disse, num comunicado enviado por ‘e-mail’ à AP, que a música foi retirada pelo distribuidor e não pela plataforma. Facebook, Instagram e Apple Music não comentaram de imediato o sucedido. O criador da canção, DGX Music, escreveu, por sua vez, no Facebook que estava “a lidar com alguns problemas técnicos relacionados com plataformas” digitais e pediu desculpa pelo problema, que qualificou de temporário. As versões da canção, incluindo a dos criadores originais, ainda estavam disponíveis na plataforma de vídeo YouTube. A canção tornou-se o termo mais procurado no motor de busca Google para “hino nacional de Hong Kong”, e foi mesmo utilizada em competições desportivas internacionais, como o Campeonato Mundial de Hóquei no Gelo, em vez do hino da China. De acordo com o Governo, a canção “causou não só uma ofensa ao hino original, mas também graves danos ao país e a Hong Kong”.
Hoje Macau China / ÁsiaCiclone Biparjoy atinge hoje a Índia e o Paquistão O poderoso ciclone Biparjoy deve atingir hoje à tarde a fronteira entre a Índia e o Paquistão, onde as equipas de resgate já conseguiram retirar mais de 146 mil pessoas. O ciclone Biparjoy, nome que significa “desastre” em bengali, avança pelo Mar Arábico em direção ao porto de Jakhau, no estado indiano de Gujarat, e deve atingir hoje a costa entre o sul do Paquistão e o oeste da Índia, segundo os serviços meteorológicos. Na Índia, mais de 74.000 pessoas foram retiradas até agora em oito distritos do estado costeiro de Gujarat, de acordo com informações prestadas na quarta-feira à noite pelo chefe de governo do estado, Bhupendra Patel, na rede social Twitter, após uma reunião com serviços de emergência. Por sua vez, “mais de 72.000 pessoas foram retiradas de áreas sob ameaça direta do ciclone até agora”, disse Murtaza Wahab, porta-voz do governo da província de Sindh, no sul, na fronteira com a Índia. Na terça-feira, as autoridades de Gujarat disseram que as chuvas torrenciais e os ventos fortes, à medida que o ciclone se aproxima, mataram três pessoas, duas delas crianças, devido a uma parede que desmoronou, e uma mulher foi atingida por uma árvore. Em 2021, a mesma região foi atingida pelo ciclone Tauktae, que matou mais de 150 pessoas e causou estragos consideráveis. Os ciclones são uma ameaça comum nas costas do norte do Oceano Índico, onde vivem dezenas de milhões de pessoas. Segundo os cientistas, estes fenómenos tendem a tornar-se mais violentos devido ao aquecimento global.
Hoje Macau China / ÁsiaPrimeiro-ministro chinês visita França e Alemanha entre domingo e 23 de Junho O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, visitará a Alemanha e a França entre 18 e 23 de junho, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. O dirigente chinês “fará uma visita oficial à Alemanha, onde terá lugar a sétima ronda de consultas governamentais sino-alemãs, e uma visita oficial à França, onde participará na cimeira para um Novo Pacto Financeiro Global”, disse Wang Wenbin, um porta-voz do ministério chinês. O primeiro-ministro na China geralmente é uma personalidade menos política do que o Presidente [chinês, Xi Jinping], estando mais responsável por questões económicas e financeiras. O objetivo da cimeira para um Novo Pacto Financeiro Global, organizada por iniciativa do Presidente francês, Emmanuel Macron, é ambicioso: reformar a arquitetura financeira global para melhor responder aos desafios impostos pelas alterações climáticas. Vários participantes já confirmaram presença: presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e o chanceler alemão, Olaf Scholz. A viagem de Li Qiang à Alemanha promete ser mais agitada, após Berlim ter publicado um documento esta semana que descreve a China como uma força hostil à Alemanha. O maior parceiro económico da Alemanha e um mercado vital para o seu poderoso setor automóvel, a China há muito tempo que é poupada por Berlim, que, no entanto, endureceu o tom do seu discurso há pouco mais de um ano. Os ministros do Meio Ambiente defendem uma maior firmeza em relação a Pequim, apontando a sua atitude em relação a Taiwan e os abusos de que são acusadas as autoridades chinesas contra a minoria uigur na região de Xinjiang, no noroeste da China.
Hoje Macau China / ÁsiaAnálise | China deve expandir “amizades” Num fórum levado a cabo pela Universidade de Renmin, em Pequim, analistas chineses falaram sobre os fundamentos da ligação à Rússia e defenderam que o país deveria “fazer amizade com mais países” em resposta à política externa norte-americana A China deve reflectir sobre a sua relação com Moscovo, apesar da rivalidade comum com o Ocidente, defenderam ontem analistas chineses, numa altura em que a China enfrenta críticas, devido à posição ambígua na guerra na Ucrânia. Liu Weidong, investigador no Instituto de Estudos Americanos da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), argumentou que Moscovo tentou “aproveitar-se” de Pequim, antes e depois do início do conflito. “A Rússia está a tentar usar unilateralmente a China, mas não quer ser usada pela China”, observou o académico, durante um fórum organizado pela Academia Nacional de Desenvolvimento e Estratégia da Universidade Renmin, situada no norte da cidade de Pequim. “O que a [China] quer é uma cooperação com benefícios mútuos sob a premissa do não-alinhamento”, disse Liu, questionando se a relação sob esses termos pode ser alcançada com Moscovo. O investigador afirmou que os Estados Unidos estão a tentar unir os dois países em várias questões, visando induzir uma aliança entre Pequim e Moscovo. Se tal aliança for estabelecida, acabará por resultar numa “exaustão mútua, em vez de cooperação”, previu. A China partilha com a Rússia a defesa de uma nova ordem mundial multipolar, apontando a redistribuição de poder, em contraposição com a hegemonia norte-americana. Pequim critica também o sistema imperialista de alianças norte-americano na região do Indo-Pacífico, que inclui Japão e Austrália. O comércio bilateral entre a China e a Rússia subiu 40,7 por cento, nos primeiros cinco meses do ano, face ao mesmo período do ano anterior. Durante o mesmo período, o comércio entre os EUA e a China – as duas maiores economias do mundo – encolheu 12,3 por cento, de acordo com os últimos dados divulgados pela Administração Geral das Alfândegas da China. Altos funcionários dos dois países concordaram também em realizar mais exercícios conjuntos, apenas alguns dias após aviões militares chineses e russos terem realizado uma missão de patrulha conjunta sobre os mares do Japão e do Leste da China. Outros caminhos Zuo Xiying, professor de relações internacionais da Universidade Renmin, argumentou também que a China deve equilibrar o seu relacionamento com a Rússia, como forma de neutralizar a estratégia de Washington de unir os países aliados para conter Pequim. “A China não deve ficar nem com a Rússia nem com o Ocidente. Em vez disso, a China deve estar numa posição que priorize os seus próprios interesses nacionais”, afirmou. China e Rússia concordaram, em março passado, em fortalecer a cooperação a nível militar, visando aumentar a confiança mútua entre as suas Forças Armadas, de acordo com um comunicado conjunto, emitido após uma reunião no Kremlin entre Xi e Putin. Pequim criticou os países ocidentais, por não procurarem uma solução pacífica para a guerra. Liu disse que a China deve ser mais flexível ao lidar com confrontos entre blocos cada vez mais óbvios e competir com os EUA por “amigos”. O académico acrescentou que países que costumavam estar relutantes em escolher um lado na rivalidade China – EUA, como Japão e Coreia do Sul, estão agora firmemente alinhados com Washington. A China deve “fazer amizade com mais países”, urgiu. “Os Estados Unidos, como a potência ‘número um’, estão a fazer amigos, por isso é ainda mais necessário competir com os Estados Unidos por amigos”, disse Liu.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | EUA e China partilham preocupações sobre relações bilaterais O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, expressaram ontem preocupações com a deterioração da relações entre Pequim e Washington, numa conversa por telefone. “Falei esta noite com o conselheiro de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Qin Gang, por telefone”, afirmou Blinken, na rede social Twitter. “Discutimos esforços contínuos para manter canais abertos de comunicação e abordamos questões bilaterais e globais”, acrescentou o secretário de Estado norte-americano. Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse que Qin instou os Estados Unidos a respeitarem as “preocupações centrais da China”, incluindo na questão de Taiwan. O ministro chinês pediu a Washington que “pare de interferir nos assuntos internos da China e de prejudicar os interesses de soberania, segurança e desenvolvimento da China, em nome da competição”, indicou a mesma nota. Qin observou que as relações China–Estados Unidos “deparam-se com novas dificuldades e desafios” desde o início do ano, sendo “responsabilidade das duas partes trabalhar em conjunto para gerir adequadamente as diferenças, promover intercâmbios e a cooperação e estabilizar as relações”. Blinken deve realizar esta semana uma visita à China, depois de várias semanas em que os dois países fizeram aberturas diplomáticas de parte a parte, na tentativa de aliviar as tensões. Na semana passada, o secretário de Estado adjunto dos EUA para os Assuntos do Leste Asiático e do Pacífico, Daniel Kritenbrink, tornou-se o responsável norte-americano de mais alto escalão a visitar a China desde o caso do balão.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim prevê que EUA abandonariam a ilha em caso de conflito O Governo chinês disse ontem que os Estados Unidos estariam dispostos a abandonar Taiwan à sua sorte a qualquer altura, acusando Washington de usar a ilha como “um peão para conter” a China. A porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, Zhu Fenglian, reagiu assim em conferência de imprensa à publicação, por órgãos de comunicação estrangeiros, da existência de um alegado plano dos Estados Unidos para retirar os seus cidadãos de Taiwan no caso de um conflito com a China. Se tal plano existir, “fica claro que os Estados Unidos estão a usar Taiwan apenas como um peão para conter a China e que abandonariam o território a qualquer momento”, disse a porta-voz. Acusou alguns políticos norte-americanos de “encherem a boca a falar na importância da paz e estabilidade no Estreito de Taiwan”, enquanto “encorajam continuamente a venda de armas” a Taipé. A funcionária instou os “compatriotas de Taiwan” a discernir se os EUA os estão a apoiar ou a prejudicar, bem como a avaliar se o Partido Democrático Progressista, actualmente no poder em Taipé, “está a agir como um guardião ou em detrimento” do território. A questão de Taiwan é um dos principais pontos de atrito entre Pequim e Washington, já que os EUA são o principal fornecedor de armas e o maior aliado de Taipé.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael / Palestina | Pequim reafirma apoio aos esforços para resolver conflito A China continua a promover as relações de amizade com as autoridades palestinianas e oferece ajuda para tentar pôr fim a um conflito que se arrasta há décadas, assumindo-se cada vez mais como um agente a ter em conta nas relações internacionais O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, reafirmou ontem ao seu homólogo palestiniano, Riyad al-Malki, que Pequim apoia os esforços para resolver o conflito israelo-palestiniano. Os diplomatas reuniram-se em Pequim como parte da visita de Estado do Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, à China. O líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP) deve reunir-se esta semana com o Presidente chinês, Xi Jinping. Segundo um comunicado emitido pelo ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Qin observou que Abbas é o primeiro chefe de Estado árabe a ser recebido pela China este ano, o “que demonstra plenamente a amizade especial entre a China e a Palestina e o apoio da China à justa causa da Palestina”. O ministro chinês adiantou que Abbas e Xi “vão elaborar um plano de alto nível para o desenvolvimento das relações bilaterais, esclarecer a direcção estratégica e elevar as tradicionais relações amigáveis entre os dois países para um novo patamar”. “A China atribui grande importância à questão palestiniana e sempre apoiou firmemente a justa causa do povo da Palestina para restaurar os seus direitos nacionais legítimos. A China vai continuar a apoiar a direcção correcta das negociações para a paz e contribuir com a sua sabedoria e força para a solução do conflito”, lê-se na nota oficial. O ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano descreveu o país asiático como um “amigo de confiança” e agradeceu pelo seu apoio “firme” à “justa causa da Palestina”. “O Presidente Abbas atribui grande importância a esta visita”, acrescentou o diplomata. Tensão alta A visita do Presidente palestiniano, que decorre até 16 de Junho, ocorre numa altura em que Pequim manifestou vontade em facilitar a retoma das negociações de paz entre Israel e Palestina, e pediu às duas partes que demonstrem coragem política e tomem medidas para retomar o diálogo. Qin manifestou a sua preocupação com as actuais tensões entre os dois países, em Abril passado, e pediu que se evite uma escalada do conflito. Ele enfatizou que a saída fundamental é retomar as negociações para a paz e implementar a “solução de dois Estados”. Nos últimos meses, a China embarcou numa ofensiva diplomática para se afirmar como uma potência global. Em Março passado, Irão e a Arábia Saudita anunciaram, em Pequim, um acordo para restabelecerem as relações diplomáticas. Na Ucrânia, Pequim destacou um enviado especial para negociar um acordo político que ponha fim à guerra, que dura há 16 meses.
Hoje Macau China / ÁsiaBanco central da China | Custo de financiamento reduzido para estimular economia As autoridades tentam agora acelerar o processo de recuperação financeira iniciado após o fim das rígidas medidas de combate à pandemia que vigoraram nos últimos anos O Banco Popular da China (banco central) cortou ontem o custo de financiamento a curto prazo, visando estimular a economia, numa altura em que o país regista uma débil recuperação, após ter abandonado a estratégia ‘zero covid’. O banco central anunciou um corte na taxa para operações de venda com acordo de recompra (Repo, em inglês) de sete dias, em 10 pontos base, de 2 por cento para 1,9 por cento, injectando dois mil milhões de yuan no sistema bancário. Os acordos de recompra constituem uma forma de financiamento em que a instituição financeira cede títulos da sua carteira como contrapartida de um empréstimo e, simultaneamente, se obriga a recomprá-los numa data preestabelecida. A diferença entre os preços de venda e de recompra constitui o juro pago pelo devedor. A decisão do Banco Popular da China surge após os principais bancos estatais do país terem reduzido, na semana passada, as taxas para a remuneração dos depósitos a prazo, sinalizando uma flexibilização monetária. A medida ocorre também antes do banco central anunciar a decisão sobre as taxas de juro para empréstimos a médio prazo, prevista para quinta-feira. Num relatório, a divisão de gestão de fortunas do banco UBS disse esperar mais flexibilização da política monetária daqui para a frente. “Acreditamos que a política monetária vai continuar a concentrar-se em manter a liquidez ampla e o crescimento do crédito estável”, indicaram os analistas do UBS, prevendo que o banco central vai fazer entre um e dois cortes “modestos” este ano. Após a decisão, o preço dos títulos de dívida soberana da China subiu. O rendimento das obrigações do Governo a 10 anos caiu cerca de 4,0 pontos base, fixando-se em 2,645 por cento, o valor mais baixo dos últimos nove meses. O valor do dólar norte-americano face ao yuan subiu para 7,1610, logo após o banco central ter anunciado a sua decisão. Olhos no presente Vários indicadores económicos, incluindo o comércio externo, consumo ou actividade da indústria transformadora sugerem um abrandamento na recuperação da economia da China, após Pequim ter abolido, em Dezembro, as medidas de prevenção contra a covid-19, que no ano passado empurraram o país para um ciclo de bloqueios e estagnação. A decisão do banco central visa desencorajar a poupança, de modo a promover a actividade e apoiar a economia. O crescimento económico nos primeiros três meses do ano acelerou para 4,5 por cento, em comparação com igual período de 2022, mas os analistas dizem que o pico da recuperação provavelmente já passou. O ritmo de crescimento ficou também aquém da meta estabelecida pelo Partido Comunista para este ano: “cerca de 5 por cento”.
Hoje Macau China / ÁsiaToyota planeia introduzir baterias de estado sólido em veículos em 2027 O fabricante japonês de automóveis Toyota Motor anunciou hoje que pretende começar a comercializar entre 2027 e 2028 baterias de estado sólido, para melhorar a autonomia dos veículos elétricos. A iniciativa faz parte de uma estratégia de descarbonização futura, anunciada pelo líder mundial do setor automóvel em volume de vendas, a par de outras iniciativas como a manutenção do compromisso com o desenvolvimento de veículos com baterias de hidrogénio. A Toyota Motor desenvolveu uma tecnologia própria para baterias de estado sólido, atualmente na fase de protótipo, e, quando atingir a produção em grande escala no horizonte previsto, vai substituir as atuais baterias de iões de lítio utilizadas nos modelos híbridos. Na apresentação da estratégia, a empresa afirmou ter conseguido melhorar a capacidade das atuais baterias utilizadas, resolver o problema de durabilidade dos novos protótipos e atingir um certo nível de aplicabilidade. A Toyota tinha inicialmente planeado começar, em meados desta década, a utilizar as novas baterias de estado sólido nos veículos híbridos, mas reviu esta política com base no ritmo do desenvolvimento tecnológico. A empresa também planeia reduzir os custos de produção dos veículos elétricos e introduzir melhorias na condução autónoma e no design aerodinâmico para uma nova linha de veículos deste tipo, a ser lançada a partir de 2026. A Toyota Motor pretende vender cerca de 1,7 milhão de veículos elétricos nesse ano e aumentar esse número para 3,5 milhões até 2030, de acordo com a estratégia da empresa agora apresentada.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Homem atropela pedestres deliberadamente e mata duas pessoas na China Duas pessoas morreram e cinco ficaram feridas na cidade chinesa de Gaoyou, após um homem ter conduzido deliberadamente um carro contra um grupo de pessoas, no domingo, informou hoje o jornal local The Paper. A polícia disse que se deslocou ao local, logo após o incidente, ocorrido no domingo pelas 20:00, para coordenar o atendimento médico aos feridos e iniciar uma investigação. O suspeito, que foi preso, é um homem de 25 anos. Nos últimos meses, ocorreram vários incidentes semelhantes na China. No início de abril, um homem, de 47 anos, atropelou um grupo de pedestres na cidade de Pingdingshan, no centro do país. Três pessoas morreram e sete ficaram feridas. Em janeiro passado, um motorista atropelou vários pedestres e causou a morte de cinco pessoas na cidade de Cantão, no sudeste. Em abril passado, a justiça chinesa executou um homem por ter conduzido deliberadamente um carro contra um grupo de pessoas, causando cinco mortos, na cidade de Dalian, em 2021.