Covid-19 | China regista 31 novos casos de infecção

[dropcap]A[/dropcap] China anunciou hoje 31 novos casos da Covid-19, quase todos oriundos do exterior, numa altura em que o país suspendeu temporariamente a entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo residentes. As autoridades de saúde chinesas indicaram que 30 casos são importados, ou seja, pessoas que estão a regressar do exterior, e apenas um caso de contágio local, na província de Gansu, no noroeste da China.

A Comissão de Saúde da China indicou que, até à meia-noite na China, morreram mais quatro pessoas no país, devido à infeção pelo novo coronavírus, o que fixa em 3.304 o número de vítimas mortais.

Segundo os dados oficiais, o número de casos diagnosticados na China continental – que exclui Macau e Hong Kong -, desde o início da pandemia, é de 81.470, entre os quais 75.700 pessoas receberam alta, fixando o número de pacientes em 2.396.

Desde o início do surto, em Dezembro passado, 704.190 pessoas em contacto próximo com infectados estiveram sob vigilância médica, incluindo 16.235 ainda sob observação, de acordo com dados oficiais.

Quando a doença começou a atingir o resto do mundo, muitos chineses regressaram ao país, que passou assim a registar centenas de casos oriundos do exterior.

A partir de sábado, a China suspendeu temporariamente a entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo quem possui visto ou autorização de residência, como medida de prevenção contra a propagação do novo coronavírus.

Para impedir uma segunda vaga de contágios no país, o Governo chinês impôs ainda uma quarentena rigorosa de 14 dias a quem entrar na China.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 697 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 33.200. Dos casos de infeção, pelo menos 137.900 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

30 Mar 2020

Covid-19 | Embaixada portuguesa na China numa “corrida” para assegurar equipamento médico

[dropcap]O[/dropcap] embaixador português em Pequim admitiu estar numa “corrida contra o tempo” para garantir equipamento médico vital na luta contra a epidemia do novo coronavírus, numa altura de forte aumento da procura a nível mundial.

“Queremos lutar pelos nossos cidadãos e ter a capacidade de cumprir com a nossa obrigação. O problema é que o mundo está cá todo”, afirmou à agência Lusa José Augusto Duarte, à margem de um encontro comemorativo da doação de quase quatro milhões de euros em equipamento médico pela EDP e pela sua acionista chinesa, a estatal China Three Gorges (CTG), ao Ministério da Saúde português.

A EDP e a CTG entregaram esta manhã na embaixada portuguesa em Pequim 50 ventiladores, 200 monitores médicos e outros equipamentos, que serão agora enviados para Portugal. Lembrando que o montante oferecido “não é brincadeira”, Augusto Duarte revelou que a CTG foi a primeira empresa do país asiático a oferecer ajuda às autoridades portuguesas.

A oferta surge numa altura em que os ‘stocks’ mundiais se têm mostrado insuficientes para a elevada procura, à medida que a doença se alastra por todo o mundo, fazendo mais de 31 mil mortos e paralisando países inteiros.

A crise de saúde pública, que começou em Wuhan, no centro da China, alastrou-se, entretanto, à Europa e aos Estados Unidos, resultando numa escassez global de ventiladores ou máscaras cirúrgicas.

“Se hesitássemos cinco segundos a fechar o contrato, estes ventiladores não estariam aqui”, admitiu Zhang Dingming, vice-presidente executivo da CTG, durante a cerimónia.

A pandemia da covid-19 está também a expor as consequências da centralização das cadeias de produção globais na China, primeiro ao paralisar a indústria eletrónica ou de automóveis, devido ao encerramento de fábricas, portos e cidades inteiras no país asiático, e a seguir a demonstrar a incapacidade dos países ocidentais de se auto-abastecerem com equipamento médico crucial, à medida que a doença de alastrou além-fronteiras.

Depois de dois anos marcados pela guerra comercial e tecnológica entre Washington e Pequim, analistas prevêem que a crise de saúde acelere a dissociação entre as cadeias de distribuição globais.

José Augusto Duarte admitiu “não ter a menor dúvida de que há muita coisa que está a ser questionada e debatida”, mas ressalvou que a “meio de uma crise, não é a melhor altura para se tomarem decisões”, porque “temos tendência para ver só a parte negativa”.

“Nesta altura estamos a ver um aspeto que consideramos menos positivo, que é a concentração num país desta capacidade produtiva de determinados aparelhos que fazem falta, mas também que foi esse processo que permitiu ter produtos mais baratos e a criação de outros tipos de emprego em outras partes do mundo”, resumiu.

A televisão estatal chinesa CGTN compareceu no encontro na embaixada. As autoridades e entidades chinesas têm realizado doações de equipamento médico, quase sempre acompanhadas de cerimónias mediatizadas pelos órgãos oficiais de Pequim.

Esta semana, Josep Borrell, alto representante da União Europeia para a Política Externa fez um alerta contra a “política de generosidade” da China, que identificou como uma “luta por influência” e uma “batalha global pelo domínio da narrativa”.

“Na batalha das narrativas, temos visto também tentativas de desacreditar a União Europeia e alguns casos em que europeus foram estigmatizados como se fossem todos portadores do vírus”, disse.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 667 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 31.000. Dos casos de infecção, pelo menos 134.700 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.439 casos (mais de 75 mil recuperados) e regista 3.300 mortes. A China anunciou hoje 45 novos casos, dos quais 44 oriundos do exterior, e mais cinco mortes, numa altura em que o país suspendeu temporariamente a entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo residentes.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 119 mortes, mais 19 do que na véspera (+19%), e registaram-se 5.962 casos de infecções confirmadas, mais 792 casos em relação a sábado (+15,3%).

29 Mar 2020

Covid-19 | Portugal com 119 mortes e mais de 5.900 infectados

[dropcap]P[/dropcap]ortugal regista hoje 119 mortes associadas à covid-19, mais 19 do que no sábado, e 5.962 infectados (mais 792), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).

O relatório da situação epidemiológica em Portugal, com dados actualizados até às 24:00 de sábado, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (61), seguida das regiões do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo, com 28 cada, e do Algarve, que hoje regista dois mortos. Relativamente a sábado, em que se registavam 100 mortes, hoje observou-se um aumento de 19%. De acordo com dados da DGS, há 5.962 casos confirmados, mais 792 (um aumento de 15,3%) face a sábado.

Das 100 mortes registadas, 70 tinham mais de 80 anos, 27 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 15 entre os 60 e os 69 anos e cinco entre os 50 e os 59 anos. Pela primeira vez o boletim regista mortos na faixa etária dos 40 aos 49 anos (duas mulheres).

Os dados da DGS, que se referem a 75% dos casos confirmados, precisam que Lisboa é a cidade que regista o maior número de casos de infecção pelo coronavírus SARSCov2 (594), seguida do Porto (317 casos), Vila Nova de Gaia (351), Maia (296), Matosinhos (294), Gondomar (242) e Braga (208). Desde o dia 1 de Janeiro, registaram-se 38.042 casos suspeitos, dos quais 5.508 aguardam resultado laboratorial.

O boletim epidemiológico indica também que há 26.572 casos em que o resultado dos testes foi negativo e que 43 doentes recuperaram. Das 5.962 pessoas infectadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a grande maioria (5.476) está a recuperar em casa, 486 (mais 68, +16,2%) estão internadas, 138 (mais 49, +55%) dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos.

A região Norte continua a registar o maior número de infecções, totalizando 3.550, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo, com 1.478 casos, da região Centro (709), do Algarve (108) e do Alentejo, que hoje apresenta 41 casos. Há ainda 33 pessoas infectadas com covid-19 nos Açores, 43 na Madeira.

A DGS regista ainda 17.785 contactos em vigilância pelas autoridades (menos 2.142). A faixa etária mais afectada é a dos 40 aos 49 anos (1.146), seguida dos 50 aos 59 anos (1.084), dos 30 aos 39 anos (902) e dos 60 aos 69 anos (850).

Há ainda 64 casos de crianças com idades até aos nove anos, 138 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos e 588 com idades entre os 20 e os 29 anos. Os dados indicam também que há 611 casos de pessoas com idades entre os 70 e os 79 anos e 579 com mais de 80 anos.

Segundo o relatório da DGS, 124 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 93 de França, 41 do Reino Unido, 28 de Itália, 24 da Suíça, 21 dos Emirados Árabes Unidos, 13 de Andorra, 10 do Brasil, oito Países Baixos, sete da Alemanha, seis da Bélgica, cinco da Argentina, cinco dos EUA, quatro da Áustria, quatro em Cabo Verde e quatro no Canadá.

O boletim dá ainda conta de três casos importados da Índia e outros três de Israel e dois casos do Egito, dois da Irlanda e outros dois da Jamaica. Foram ainda importados um caso da Áustria/Alemanha, Austrália, Chile, Cuba, Dinamarca, Indonésia, Irão, Luxemburgo, Malta, Maldivas, Noruega, Paquistão, Polónia, Qatar, República Checa, Tailândia, Venezuela e Ucrânia.

Segundo a DGS, 62% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 52% febre, 35% dores musculares, 29% cefaleias, 24% fraqueza generalizada e 20% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 73% dos casos.

Portugal, onde o primeiro caso foi confirmado a 2 de Março e que está em estado de emergência até quinta-feira, entrou já na terceira e mais grave fase de resposta à doença (Fase de Mitigação), activada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.

29 Mar 2020

Covid-19 | Espanha regista novo recorde com 838 mortos num só dia

[dropcap]E[/dropcap]spanha registou, nas últimas 24 horas, 838 mortos com o novo coronavírus, voltando a aumentar o número de falecidos num só dia e elevando o balanço total para 6.528, de acordo com a última atualização das autoridades sanitárias. Os números do Ministério da Saúde espanhol revelam ainda um aumento de 6.549 no número de infectados, menos do que os 8.189 novos casos anunciados no sábado.

Desde o início da pandemia, o país registou um total de 78.797 casos de covid-19, dos quais 6.528 morreram e 14.709 tiveram alta e são considerados como curados. Na totalidade do país estão ou estiveram hospitalizadas 43.397 pessoas e dessas 4.907 estão ou já estiveram em unidades de cuidados intensivos.

A região com mais casos positivos de covid-19 é a de Madrid, com 22.677 infectados e 3.082 mortos, seguida pela da Catalunha (15.026 e 1.226) e a do País Basco (5.740 e 265), mas há registos de mais falecidos com a pandemia em Castela-Mancha (539) e Castela e Leão (380).

O governo espanhol aprova hoje, num Conselho de Ministros extraordinário, a paralisação de todas as atividades económicas “não essenciais”, medidas que entrarão em vigor a partir desta segunda-feira e até 09 de abril, o último dia de trabalho antes do fim de semana de Páscoa.

A decisão do Governo endurece as medidas já tomadas no quadro do “estado de emergência” que até agora permitiam que, aqueles que não estavam em teletrabalho, podiam deslocar-se até ao seu local de trabalho.

De acordo com o anúncio feito no sábado pelo primeiro-ministro, Pedro Sánchez, pretende-se reduzir ainda mais a mobilidade e o risco de infeção, assim como tentar evitar o colapso nas unidades de cuidados intensivos, quando o pico de contágio chegar.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 640 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 30.000. Dos casos de infecção, pelo menos 130.600 são considerados curados.

O continente europeu, com mais de 351 mil infectados e mais de 21 mil mortos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 10.023 mortos em 92.472 casos registados até sábado.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infectados (mais de 121 mil). A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.439 casos (mais de 75 mil recuperados) e regista 3.300 mortes. A China anunciou hoje 45 novos casos, dos quais 44 oriundos do exterior, e mais cinco mortes, numa altura em que o país suspendeu temporariamente a entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo residentes.

Os países mais afectados a seguir a Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.640 mortes reportadas (38.309 casos), a França, com 2.314 mortes (37.575 casos) e os Estados Unidos com 2.010 mortes. Na Alemanha existem mais de 50 mil pessoas infectadas e registaram-se 389 vítimas mortais. O número de mortes causadas pela covid-19 em África subiu para 117 com os casos acumulados a ultrapassarem os 3.900 em 46 países, segundo a mais recente atualização das estatísticas sobre a pandemia.

29 Mar 2020

Taiwan oferece-se para acolher jornalistas norte-americanos expulsos pela China

[dropcap]O[/dropcap]s jornalistas norte-americanos expulsos pela China serão “bem-vindos em Taiwan”, garantiu Joseph Wu, ministro dos Negócios Estrangeiros desta ilha, descrita pelas autoridades locais como “um refúgio para a liberdade de expressão” na Ásia.

“Gostaria de vos saudar e dar as boas-vindas a Taiwan, um farol de liberdade e democracia”, escreveu Wu na rede social Twitter, acrescentando que os jornalistas norte-americanos serão acolhidos em Taiwan “com sorrisos e braços abertos”.

Pequim decretou, no início de março, a expulsão de 13 jornalistas do New York Times, Washington Post e Wall Street, em mais uma escalada no clima de tensão com os Estados Unidos da América.

As autoridades chinesas avisaram ainda que os jornalistas expulsos não teriam autorização para trabalhar em Hong Kong, apesar de o território ter autonomia em matéria de emigração.

29 Mar 2020

Covid-19 | Com mais de 9.500 infectados, Coreia do Sul impõe quarentena a todos os que chegam ao país

[dropcap]O[/dropcap] governo da Coreia do Sul anunciou hoje que todas as pessoas que chegarem ao país a partir da próxima quarta-feira terão de ficar em quarentena por duas semanas, para evitar a expansão da covid-19.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro sul-coreano, Chung Sye-kyun, numa altura em que as autoridades registaram um aumento no número de pessoas que chegam à Coreia do Sul de outros países e que já estão infetadas com o novo coronavírus, que provoca a covid-19.

Segundo os dados mais recentes, a Coreia do Sul registou até agora 9.583 casos de pessoas infectadas pelo vírus, 105 das quais nas últimas 24 horas. Desses novos casos, 41 eram estrangeiros, incluindo 23 da Europa e 14 da América, informou hoje o Centro de Prevenção de Doenças Infecciosas (KCDC) da Coreia.

O primeiro-ministro da Coreia do Sul indicou, em declarações a agência local Yonhap, que a quarentena deverá ser observada por todos os visitantes, independentemente da sua nacionalidade e país de origem, e que, caso não possuam um endereço local, permanecerão em instalações oficiais, com as despesas cobertas por quem chega ao país.

Os turistas europeus já precisavam de cumprir uma quarentena de duas semanas após a chegada à Coreia do Sul, com ou sem sintomas, e os que chegavam dos Estados Unidos tinham de se isolar voluntariamente em casa pelo mesmo período.

“O governo reforçou as medidas de quarentena para aqueles que vêm da Europa e dos Estados Unidos, mas, dada a velocidade com que o vírus se está a espalhar globalmente, precisamos de medidas adicionais”, acrescentou Chung.

29 Mar 2020

Covid-19 | Air Asia suspende voos

[dropcap]A[/dropcap] Air Asia, a maior linha aérea de baixo custo do continente asiático vai suspender temporariamente a maioria das ligações devido às restrições impostas pelos governos da região para conter a pandemia de covid-19, anunciou hoje a companhia.

A Air Asia, com sede na Malásia e filiais na Tailândia, Indonésia, Filipinas e Índia vai “submeter a maior parte da frota a uma hibernação temporária” por períodos que vão depender das restrições impostas em cada um dos países em que tem instaladas filiais, informa em comunicado.

Deste modo, a Air Asia Malayia suspende todos os voos internacionais e domésticos entre hoje e o dia 21 de abril, assim como a Air Asia Philippines que vai manter em terra a frota até ao dia 14 de abril, um prazo que coincide com a quarentena imposta à ilha de Luzon e outras regiões das Filipinas.

A Air Asia India manterá o mesmo procedimento. A Air Asia Thailan suspende todos os voos internacionais até ao dia 25 de abril e a Air Asia Indonesia vai reduzir significativamente as operações internacionais e as ligações domésticas.

Ainda não foi esclarecida a situação laboral dos trabalhadores da companhia face às novas circunstâncias. A companhia tem cerca de 20 mil funcionários e uma frota de 243 aviões. Em 2019, a Air Asia transportou 83,5 milhões de passageiros.

“Todos os passageiros afetados estão a ser notificados por correio eletrónico e SMS”, assinala um comunicado da Air Asia que acrescenta que as reservas podem vir a ser convertidas em créditos para uso em viagens futuras.

27 Mar 2020

China regista 67 novos casos importados de covid-19

[dropcap]A[/dropcap] China anunciou hoje 67 novos casos da covid-19, todos oriundos do exterior, numa altura em que o país está a regressar à normalidade, após dois meses de paralisia, devido ao surto, que teve origem na província de Hubei. A Comissão de Saúde da China indicou que, até à meia-noite na China, morreram mais seis pessoas no país devido a infecção pelo novo coronavírus, o que fixa o número de vítimas mortais em 3.287.

Quando a doença começou a atingir o resto do mundo, muitos chineses regressaram ao país, que passou assim a registar centenas de casos oriundos do exterior.

Para impedir uma segunda vaga de contágios no país, o Governo chinês impôs uma quarentena rigorosa de 14 dias a quem entrar na China. Os voos internacionais com destino a Pequim estão também a ser desviados para outras cidades, depois de um aumento contínuo de casos importados na capital chinesa.

O número de infectados diagnosticados na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, desde o início da pandemia, é de 81.285, entre os quais 74.051 receberam alta, após terem superado a doença. O número de infectados “activos” fixou-se assim nos 3.947, entre os quais 1.235 permanecem em estado grave.

Desde o início do surto, em dezembro passado, 695.305 pessoas em contacto próximo com infectados estiveram sob vigilância médica, incluindo 14.714 ainda sob observação, de acordo com dados oficiais.

No dia 12, o Governo chinês declarou que o pico das transmissões terminou no país, embora tenha lançado medidas adicionais para evitar novos surtos, face ao aumento de casos “importados”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000. O continente europeu, com mais de 240.000 casos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até quarta-feira. A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 3.434, entre 47.610 casos de infeção.

26 Mar 2020

Covid-19 | Número de mortos em Espanha ultrapassa os da China continental

O número de mortos em Espanha devido à pandemia de covid-19 ultrapassou hoje o da China continental, com um total de 3.434 vítimas mortais, segundo a atualização diária feita pelas autoridades de saúde do país. Segundo os números do Ministério da Saúde, Espanha registou, nas últimas 24 horas, 738 mortos com o novo coronavírus e um aumento de 7.937 no número de infectados.

Desde o início da pandemia, o país teve um total de 47.610 casos de covid-19, dos quais 3.434 morreram e 5.367 tiveram alta e são considerados como curados. A Comissão de Saúde da China indicou ter registado, até à meia-noite na China, 3.281 vítimas mortais. O número de infectados diagnosticados na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, desde o início da pandemia, é de 81.218.

Em Espanha, a região mais atingida pela covid-19 é a de Madrid, com 14.547 infectados e 1.825 mortos, seguida pela Catalunha (9.937 e 516), o País Basco (3.271 e 155) e Castela-Mancha (2.780 e 263). Na totalidade do país, há 26.960 pessoas hospitalizadas, das quais 3.166 em unidades de cuidados intensivos.

O parlamento espanhol vai esta tarde aprovar a proposta feita pelo Governo para prolongar o atual “estado de emergência” por mais 15 dias a partir deste sábado, 28 de março.

A assembleia também irá ratificar as propostas do executivo de medidas económicas contra o impacto do coronavírus, tais como os avales públicos de 100.000 milhões de euros, a aceleração da regulação temporária do emprego ou a extensão do pagamento do desemprego.

O Congresso dos Deputados, a câmara baixa das cortes espanholas (parlamento), vai-se reunir com a presença de apenas cerca de 40 parlamentares (350 no total), votando os restantes de forma telemática.

As propostas do executivo não deverão ter qualquer problema em ser aprovadas pela grande maioria dos partidos representados, o que inclui os principais partidos de direita espanhóis, na oposição, que já manifestaram que estão ao lado do Governo na luta contra o novo coronavírus.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir actualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos, logo seguido pela Espanha.

25 Mar 2020

Covid-19 | Coreia do Sul regista 100 novos casos, metade importados

[dropcap]A[/dropcap] Coreia do Sul registou mais 100 casos da covid-19 nas últimas 24 horas, o que eleva o total de infectados no país para 9.137, foi hoje anunciado. Apesar do aumento registado em relação ao dia anterior, em que foram detetadas 76 infeções, as autoridades de Saúde sul-coreanas indicaram um abrandamento contínuo dos casos da covid-19 em comparação com o mês anterior, quando chegaram a ser detetados mais de 900 doentes num só dia.

Em comunicado, o Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças (KCDC) afirmou que metade dos novos casos são importados e que 34 foram registados na área metropolitana de Seul.

As autoridades sul-coreanas têm manifestado preocupação com aquela zona, que regista um pequeno número de infeções, mas em crescimento constante. Ao mesmo tempo, o número de doentes na região sudeste do país, uma das áreas mais atingidas pela covid-19, está a diminuir significativamente.

O KCDC afirmou que a região sudeste da Coreia do Sul registou 19 novas infeções com o novo coronavírus (SARS-CoV-2) nas últimas 24 horas. As autoridades acrescentaram que o número de vítimas mortais no país subiu para 126, em relação às 120 contabilizadas na terça-feira.

A Coreia do Sul vai impor a partir de sexta-feira uma quarentena de 14 dias para sul-coreanos e estrangeiros com vistos de longa duração que cheguem ao país provenientes dos Estados Unidos.

Já os estrangeiros oriundos dos Estados Unidos para visitas de curta duração vão ser testados à covid-19 no aeroporto e autorizados a entrar no país se os resultados forem negativos. Os serviços de Saúde farão um contacto telefónico diário para acompanhar o estado de saúde dessas pessoas.

Seul estava já a realizar testes a todos os passageiros provenientes da Europa e a colocar numa quarentena de 14 dias os sul-coreanos chegados de países europeus e estrangeiros com vistos de longa duração.

25 Mar 2020

Pandemia | Pequim regressa gradualmente ao normal após dois meses de confinamento

[dropcap]O[/dropcap] jardim zoológico da cidade de Pequim e partes da Grande Muralha da China reabriram hoje aos visitantes, que devem fazer reserva com antecedência, à medida que a capital chinesa regressa gradualmente ao normal.

Vários locais turísticos permanecem encerrados, incluindo a Cidade Proibida, o ex-líbris de Pequim, mas muitos residentes começam finalmente a sair de casa, seduzidos pela chegada da primavera e o desabrochar das flores de cerejeira, depois de dois meses em confinamento, devido ao surto do novo coronavírus.

“O mundo está mais limpo e há menos gente na rua”, comentou à Lusa uma chinesa natural da província de Hunan, e que só recentemente voltou a sair à rua.

A desaceleração da atividade industrial melhorou os índices de qualidade do ar em Pequim, permitindo vislumbrar as montanhas circundantes, numa visão normalmente obstruída pelo manto de poluição que cobre a cidade.

O acesso a alguns locais continua a ser limitado, para evitar agrupamentos. Nos restaurantes, mede-se a temperatura corporal à entrada e preenche-se uma ficha com o nome e o número de telemóvel. Apenas se podem sentar dois clientes por mesa e cada mesa está separada por cerca de dois metros.

As autoridades apontam a necessidade de evitar infeções cruzadas, embora apontem que as restrições serão gradualmente reduzidas caso não haja uma ressurgência do surto.

As viagens para dentro e fora da cidade, que tem mais de 20 milhões de habitantes, continuam a ser rigidamente controladas. Quem entra na cidade é sujeito a testes laboratoriais e a um período de quarentena, de 14 dias, em instalações designadas pelas autoridades e que cobram até 100 euros por noite.

No entanto, os transportes públicos continuam a operar e muitos escritórios reabriram, embora o acesso aos edifícios esteja restrito aos funcionários das empresas e se faça desinfestação diária dos lugares comuns.

As medidas revelaram-se eficazes na contenção do surto, que começou em Wuhan, no centro do país, em dezembro passado, e se alastrou ao resto da China e além-fronteiras.

A Comissão de Saúde da China indicou ter registado, até à meia-noite na China, mais quatro mortos pela Covid-19, o que fixa o número de vítimas mortais em 3.281.

Ao longo de mais de uma semana, a maioria dos casos identificados pelas autoridades chinesas são de pessoas chegadas do exterior, numa altura em que a transmissão comunitária quase desapareceu, segundo as autoridades chinesas.

As escolas, incluindo as universidades, permanecem encerradas, e as autoridades ainda não apontaram uma data para o regresso às salas de aula.

O Governo chinês diz que as obras públicas foram reiniciadas em cerca de 90% dos principais projectos de construção em todo o país, excluindo na província de Hubei, onde o vírus foi detectado pela primeira vez, em dezembro passado.

Embora muitos trabalhadores migrantes continuem nas suas terras natais, devido a medidas de quarentena e restrições à circulação de pessoas, a produção industrial também foi retomada, inclusive no sector de fabrico de automóveis, que tem sede em Wuhan, a capital de Hubei e a cidade mais afectada pela epidemia, e em empresas cruciais no fornecimento de componentes a nível mundial.

25 Mar 2020

Receita pública cai quase 10% na China nos dois primeiros meses do ano

[dropcap]A[/dropcap]s receitas do Governo chinês caíram 9,9%, nos dois primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período do ano passado, para 3,5 biliões de yuans, a maior queda desde Fevereiro de 2009, segundo dados oficiais hoje divulgados.

A receita tributária diminuiu 11,2%, em relação ao mesmo período do ano anterior, para 3,1 biliões de yuans, enquanto a receita não tributária cresceu 1,7%, para 405.700 milhões de yuan, segundo o ministério chinês das Finanças. A despesa pública do governo caiu 2,9%, entre janeiro e fevereiro, apesar dos gastos com a saúde pública terem aumentado 22,7%.

A revista chinesa Caixin acrescenta que as medidas de prevenção e controlo para impedir a propagação do novo coronavírus, designado Covid-19, durante janeiro e fevereiro, interromperam a atividade comercial, causando uma diminuição nos impostos cobrados sobre o valor agregado nos bens e serviços, empresas ou na propriedade.

Em Fevereiro, quando a China paralisou devido ao surto, a receita tributária do país caiu 21,4%, em termos homólogos, na maior queda desde que há registo. Os sectores da hotelaria e do turismo foram os mais afectados, segundo a Caixin, uma vez que os seus contributos para o erário caíram para metade, nos dois primeiros meses do ano, em comparação com o ano anterior.

Hotéis e restaurantes foram forçados a fechar durante o mês de fevereiro para conter a propagação do vírus antes de retomarem gradualmente a actividade. Entre Janeiro e Fevereiro, os únicos sectores que aumentaram a sua contribuição foram os impostos de renda, que cresceram 14,8%, em relação ao ano anterior, e os impostos de selo nas transações de títulos mobiliários, cuja contribuição total aumentou 30,8%.

A produção industrial caiu 13,5%, em Janeiro e Fevereiro, em relação ao mesmo período do ano anterior, um número sem precedentes desde 1990. O número de infectados diagnosticados na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, desde o início da pandemia, é de 81.218. No total, morreram 3.281 pessoas no país.

25 Mar 2020

Covid-19 | China regista 47 novos casos importados

[dropcap]A[/dropcap] China anunciou hoje 47 novos casos da covid-19, todos oriundos do exterior, numa altura em que o país está a retirar as medidas de isolamento impostas em Hubei, centro do novo coronavírus. A Comissão de Saúde da China indicou ter registado, até à meia-noite na China, morreram mais quatro pessoas, o que fixa o número de vítimas mortais em 3.281.

O número de infectados diagnosticados na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, desde o início da pandemia, é de 81.218. Desde o início do surto, em dezembro, 693.223 pessoas em contacto próximo com infectados estiveram sob vigilância médica desde o início do surto, incluindo 13.356 ainda sob observação, de acordo com dados oficiais.

A cidade de Wuhan, capital de Hubei e onde foram detetados os primeiros doentes, voltou a não registar novo caso de contágio local, indicou a Comissão de Saúde chinesa. Na província de Hubei (centro), o bloqueio de mais de dois meses terminou hoje em todas as cidades, com exceção de Wuhan, que vai continuar bloqueada até 8 de Abril.

Ao longo de mais de uma semana, a maioria dos casos identificados pelas autoridades chinesas são de pessoas chegadas do exterior, numa altura em que a transmissão comunitária quase desapareceu.

Quando a doença começou a atingir o resto do mundo, muitos chineses regressaram ao país. De acordo com dados oficiais, a China registou quase 450 casos de infeção oriundos do exterior.

Para impedir uma segunda vaga de contágios no país, o Governo chinês impôs uma quarentena rigorosa de 14 dias a quem entrar na China. A partir de hoje, quem chegar a Pequim vindo do exterior será submetido a testes laboratoriais, além de ser colocado em quarentena.

25 Mar 2020

Número de mortes em Portugal por covid-19 aumenta para 33

[dropcap]P[/dropcap]ortugal tem 33 mortes associadas ao vírus que provoca a covid-19, revelou hoje a Direcção-Geral da Saúde (DGSD), que corrigiu os dados anteriormente divulgados.

Numa nota divulgada pelas 16:30 e que acompanha o novo boletim epidemiológico, a DGS explica que até ao final do dia 23 se registaram 33 mortes associadas à doença Covid-19, e não 30 como anteriormente tinha informado.

Diz ainda que o óbito registado na Região Autónoma dos Açores no boletim divulgado ao início da tarde era um caso suspeito para covid-19 e que apenas depois do fecho do boletim a DGS teve conhecimento que o resultado das análises se revelou negativo.

Assim, os outros óbitos reportados agora, em acréscimo ao anteriormente divulgado, “explicam-se com a existência de resultados que foram conhecidos após publicação do boletim”, explica a DGS.

Segundo o novo boletim epidemiológico, estão confirmadas 14 mortes na região Norte, seis na região Centro, 12 na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma no Algarve.

O boletim regista 2.362 pessoas infectadas pelo novo coronavírus (mais 302), a grande maioria (2.159) está a recuperar em casa e 203 estão internadas (mais dois), 48 das quais em Unidades de Cuidados Intensivos (mais uma).

Desde 01 de janeiro foram registados 15.474 casos suspeitos, dos quais 1.783 aguardam resultado laboratorial. Houve ainda 11.329 casos em que os testes não confirmaram a infeção e 22 doentes que já recuperaram.

A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 1.130, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (852), da região Centro (293), do Algarve (46) e do Alentejo (seis casos).

Há 12 casos na Madeira e 12 nos Açores. O boletim dá ainda conta de 11 casos de estrangeiros.

24 Mar 2020

Covid-19 | Tailândia vai decretar estado de emergência quinta-feira

[dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro da Tailândia disse hoje que o governo concordou em declarar o estado de emergência implementando medidas de contenção à propagação da pandemia do novo coronavírus. O primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha, anunciou que após a reunião semanal o governo decidiu declarar o estado de emergência durante um mês a partir da próxima quinta-feira, conferindo ao executivo poderes especiais.

A partir de quinta-feira, o executivo pode implementar o recolher obrigatório, exercer censura junto dos órgãos de comunicação social, dispersar reuniões e projetar no terreno forças militares para fazer face à covid-19.

Prayuth, numa breve mensagem transmitida através da televisão, pediu à população para se manter calma e avisou sobre o “uso incorreto” das redes sociais sublinhando que as medidas prevêem sanções contra os que não respeitarem as ordens.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

24 Mar 2020

OMS diz que pandemia da Covid-19 está a acelerar mas pode ser combatida

[dropcap]O[/dropcap] director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou ontem que há mais de 350.000 casos de covid-19 e que a pandemia está a acelerar, mas frisou que pode ser combatida. “Não podemos ser prisioneiros das estatísticas. Podemos mudar a trajectória da pandemia”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus numa conferência de imprensa online, a partir de Genebra.

Para mudar essa trajetória são precisas táticas agressivas, disse o responsável, usando uma terminologia ligada ao futebol, numa conferência de imprensa em que, com a presença do presidente da FIFA, Gianni Ifantino, foi apresentada uma campanha para “expulsar o coronavírus” responsável pela covid-19.

Tedros Adhanom Ghebreyesus lembrou que passaram 67 dias desde foi relatado o primeiro caso do novo coronavírus e se atingirem 100.000 infecções, sendo preciso apenas 11 dias para se chegar a mais 100.000 e só quatro dias para outros 100.000. “Podemos ver como o vírus acelerou”, alertou, acrescentando que o vírus está agora em quase todo o mundo.

É por isso que, salientou o diretor-geral da organização, como no futebol não se vence um jogo apenas defendendo, são precisas táticas de ataque agressivas e direcionadas, não apenas ficando isolado em casa mas testando casos suspeitos, isolando os infectados, tratando os que precisam e monitorizando as redes de contactos dessas pessoas.

Saudando países que enviaram equipas médicas para ajudar outros países, lamentando os “alarmantes relatos” de profissionais de saúde infectados, Tedros Adhanom Ghebreyesus disse também que vai falar com os líderes do G20 (as maiores economias do mundo) para lhes pedir que aumentem a produção e ajudem na distribuição de meios de proteção para fazer face à pandemia. “O que lhes peço é solidariedade”, disse.

Na conferência de imprensa o director-geral criticou também que se esteja a tratar doentes de Covid-19 com medicamentos cuja eficácia não foi ainda testada pela comunidade científica e que além de criarem “falsas esperanças” podem fazer mais mal do que bem.

E na véspera do Dia Mundial da Tuberculose Tedros Adhanom Ghebreyesus lembrou também a doença que mata 1,5 milhões de pessoas por ano e disse que se o mundo respondeu rapidamente à emergência da Covid-19 deve unir-se também na luta contra a tuberculose. E voltou a salientar que a solidariedade é o fator mais importante para enfrentar o vírus.

A campanha hoje apresentada em Genebra pela OMS e pela FIFA junta jogadores de futebol de todo o mundo que, a partir de casa, fazem apelos e deixam conselhos para fazer face à doença.

Nomes como Leonel Messi, Radamel Falcão ou Xavi Hernández fazem parte do vídeo que vai ser divulgado em breve.

“O futebol significa muito para milhares de milhões de pessoas em todo o mundo e é óbvio que temos que mostrar liderança e solidariedade nestes dias difíceis”, disse o presidente da FIFA, salientando que a saúde é o mais importante e que a humanidade tem de ser forte, seguir as orientações dos profissionais de saúde e das autoridades, e depois começar a reconstrução.

O coronavírus mostrou como a humanidade é vulnerável, e também globalizada, disse o responsável.

Alisson Becker, jogador brasileiro do clube inglês Liverpool, entrou em direto para dizer que os jogadores de futebol estão habituados a trabalhar em equipa e que não é fácil agora ficar em casa, ainda que entenda que é necessário. Agora, disse, é o momento de dar prioridade à solidariedade e de pensar nos outros

O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infectou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

O continente europeu é onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infectados já estão curados.

Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direcção-Geral de Saúde.

24 Mar 2020

Covid-19 | Governo chinês doa material de apoio a Portugal para combater pandemia

[dropcap]O[/dropcap] governo chinês vai doar materiais de apoio e facilitar a aquisição de equipamentos a Portugal para enfrentar a pandemia da covid-19, anunciou ontem o embaixador da China em Portugal, Cai Run.

Numa nota enviada à Lusa, a embaixada chinesa mostrou-se grata às autoridades portuguesas pela “solidariedade” demonstrada durante a crise provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 na China e lembrou que “no aperto do perigo, conhece-se o amigo”, assegurando que os meios “vão chegar em breve” ao país.

“Desde há muito tempo, a Embaixada da China em Portugal tem mantido comunicação e coordenação estreitas com o governo português e as suas autoridades competentes, como o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ministério da Saúde e Direcção-Geral da Saúde [DGS] de Portugal, e ao mesmo tempo tem articulado com as autoridades competentes chinesas, assim como autoridades locais e empresas”, referiu o diplomata no comunicado.

A representação chinesa em Portugal notou ainda ter promovido e coordenado esforços para que cidades como Pequim, Xangai, Shenzhen, Zhuhai e Shenyang, entre outras, tenham doado “prontamente às cidades geminadas portuguesas materiais de proteção, como máscaras médicas, fatos, etc.”

Cai Run indicou também que o grupo China Three Gorges, o maior accionista da EDP, se juntou à companhia elétrica portuguesa para a aquisição de materiais e equipamentos médicos – “ventiladores, monitores, máscaras médicas, fatos e óculos de proteção” –, com vista à sua doação a Portugal, à semelhança de outros membros da comunidade chinesa no país.

“Um cidadão chinês em Portugal já doou num primeiro momento fatos de protecção à DGS, enquanto os ventiladores também adquiridos pela comunidade chinesa estão prestes a chegar a Portugal e serão doados à parte portuguesa”, sublinhou o embaixador chinês.

 

24 Mar 2020

China regista 78 novos casos de contágio com a Covid-19, apenas quatro locais

[dropcap]A[/dropcap] China registou 78 novos casos de infecção pelo novo coronavírus, sendo quatro de contágio local e os restantes importados, anunciou hoje a Comissão de Saúde do país. Na cidade de Wuhan, centro da epidemia, voltou a registar um caso de contágio local, indicou.

A Comissão de Saúde da China informou que, até ao início do dia de hoje, ocorreram sete mortes devido à covid-19, o que eleva para 3.277 o número de vítimas mortais da doença no país.

Ao longo de mais de uma semana, a maioria dos casos relatados pelas autoridades chinesas são de pessoas chegadas do exterior, enquanto a transmissão comunitária quase desapareceu.

Quando a doença começou a atingir o resto do mundo, muitos chineses regressaram ao país. De acordo com dados oficiais, a China registou, no total, 400 casos de infeção oriundos do exterior.

O número de infectados diagnosticados na China desde o início da pandemia é de 81.171, entre os quais 90% já recuperaram, acrescentou.

Para impedir uma segunda vaga de contágios no país, o Governo chinês impôs uma quarentena rigorosa de 14 dias a quem entrar na China.

Ainda segundo dados oficiais, 691.185 pessoas que tiveram contacto próximo com infectados foram monitorizadas clinicamente desde o início do surto, incluindo 12.077 ainda sob observação.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

24 Mar 2020

Covid-19 | Portugal com 23 mortes confirmadas e 2.060 pessoas infectadas

[dropcap]P[/dropcap]ortugal tem 23 mortes associadas ao vírus da Covid-19 confirmadas, mais nove do que no domingo, e 2.060 pessoas infectadas, segundo o boletim de hoje da Direcção-Geral da Saúde (DGS). Estão confirmadas nove mortes na região Norte, cinco na região Centro, oito na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma no Algarve, revela o boletim epidemiológico divulgado hoje, com dados referentes até às 24:00 de domingo.

Das 2.060 pessoas infectadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a grande maioria (1.859) está a recuperar em casa, 201 estão internadas, 47 das quais em Unidades de Cuidados Intensivos. De acordo com os dados da DGS, há mais 460 casos (22,3%) confirmados de infecção com o novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19, do que no domingo.

Desde 1 de Janeiro existem 13.674 casos suspeitos, dos quais 1.402 aguardam resultado laboratorial. Houve ainda 10.212 casos em que os testes não confirmaram a infecção e 14 doentes que já recuperaram.

De acordo com o relatório da situação epidemiológica em Portugal, existem 11.842 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde (menos 720).

A região Norte continua a registar o maior número de infecções, totalizando 1.007, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (737), da região Centro (238), do Algarve (42) e do Alentejo (cinco casos). Há nove casos na Madeira e 11 nos Açores. O boletim dá ainda conta de 11 casos de estrangeiros.

Os dados da DGS indicam que há 44 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 26 de França, 20 de Itália, 11 da Suíça, 11 do Reino Unido, seis dos Países Baixos, cinco do Brasil, quatro da Áustria, três dos Emirados Árabes Unidos, três da Índia, dois da Alemanha, dois de Andorra, um da Bélgica, um da Alemanha e Áustria, um do Irão, um do Egito e outro da Dinamarca.

Segundo a DGS, só existe informação sobre sintomas em 46% dos casos confirmados. Nesses casos, 72% têm tosse, 60% dos doentes apresentam febre, 42% dores musculares, 34% cefaleias, 28% fraqueza generalizada e 23% dificuldade respiratória. Portugal está em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira, até às 23:59 de 2 de Abril. O novo coronavírus já infectou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

23 Mar 2020

Covid-19 | Hong Kong proíbe entrada de não residentes durante 14 dias

[dropcap]H[/dropcap]ong Kong vai proibir todos os não residentes de entrarem na região semi-autónoma chinesa a partir de quarta-feira, disse hoje a chefe do Executivo local, como parte das medidas para tentar conter a propagação do novo coronavírus.

Carrie Lam, Chefe do Executivo de Hong Kong, ordenou ainda que todos os restaurantes e bares parem de servir álcool. O número de pessoas infectadas em Hong Kong duplicou, nas últimas duas semanas, e atingiu os 318 casos, sobretudo após o retorno de pessoas da Europa e da América do Norte, onde o surto assumiu maior proporção nas últimas semanas.

Até à data, e apesar da proximidade com a China continental, o “centro” financeiro internacional tinha conseguido evitar o surto do novo coronavírus, em particular graças às precauções tomadas pela população local, como o uso de máscara, lavar as mãos e manter a distância social.

“A partir da meia-noite de 25 de março, todos os não residentes de Hong Kong que chegarem de avião do exterior não poderão entrar na cidade”, disse Carrie Lam. A medida vigorará durante duas semanas, podendo ser prolongada no final desse período. O trânsito de passageiros pelo aeroporto da cidade – a oitava mais movimentada do mundo – também será interdita, acrescentou.

O Governo de Macau anunciou, na semana passada, uma medida idêntica, com exceção para trabalhadores não residentes que residam na China continental, Hong Kong e Taiwan, o que afecta parte da comunidade portuguesa.

Em Hong Kong o Executivo ditou ainda que cerca de 8.600 restaurantes e bares licenciados permanecerão abertos, mas não poderão mais servir bebidas alcoólicas. As autoridades de saúde estavam preocupadas com o agrupamento de pessoas em alguns dos bairros movimentados da cidade. Na semana passada, uma série de contaminações foi registada entre as pessoas que se encontravam no distrito de Lan Kwai Fong, conhecido pela vida nocturna.

23 Mar 2020

China anuncia primeiro ensaio clínico da vacina contra vírus da Covid-19

[dropcap]A[/dropcap] China iniciou o primeiro ensaio clínico para testar uma vacina contra o novo coronavírus, numa altura em que vários países estão numa corrida para encontrar um tratamento eficaz contra o patógeno, noticiou hoje a imprensa oficial. Cento e oito voluntários, divididos em três grupos, receberam as primeiras injecções na sexta-feira, de acordo com o jornal oficial em língua inglesa Global Times.

Os voluntários têm entre 18 e 60 anos e são todos oriundos da cidade chinesa de Wuhan, centro do surto detetado em Dezembro. As autoridades de saúde chinesas aprovaram o uso de seres humanos em experiências, em 17 de março passado, no dia em que os seus colegas norte-americanos realizaram o primeiro teste de uma vacina para a Covid-19, com 45 voluntários adultos.

Os voluntários chineses serão acompanhados ao longo de seis meses. Actualmente, não existe vacina ou tratamento aprovado para o coronavírus SARS-CoV-2.

O anúncio dos testes ocorre numa altura de renovadas tensões entre os Estados Unidos e a China sobre a pandemia, com o Presidente norte-americano a acusar Pequim de ser parcialmente responsável pela propagação do “vírus chinês”, um termo recorrentemente usado por Donald Trump e fortemente condenado pelo regime do Presidente chinês, Xi Jinping.

Em editorial, o Global Times sublinhou, na semana passada, que “desenvolver uma vacina é uma batalha que a China não pode perder”.

Também na passada semana, as empresas farmacêuticas multinacionais comprometeram-se a fornecer uma vacina contra a Covid-19 “em qualquer lugar do mundo”, num tempo estimado entre 12 e 18 meses, no mínimo.

A Rússia anunciou também que começou a testar uma vacina em animais. Os primeiros resultados serão conhecidos em Junho.

23 Mar 2020

Covid-19 | China volta a não registar casos locais de contágio

[dropcap]A[/dropcap] China anunciou hoje que voltou a não registar novas infecções locais pelo novo coronavírus, ao mesmo tempo que detectou 39 novos casos oriundos do exterior. Ao longo de mais de uma semana, a maioria dos casos relatados pelas autoridades chinesas foram importados, ou seja, pessoas chegadas do exterior, enquanto a transmissão comunitária desapareceu, indicou a Comissão de Saúde da China.

No sábado, o país registou uma nova infecção local, após três dias a diagnosticar apenas casos importados. Nove pessoas morreram devido à Covid-19, nas últimas 24 horas, pelo quinto dia consecutivo em que a contagem se fixa abaixo dos dois dígitos. Todas as mortes ocorreram na província de Hubei, sobretudo em Wuhan, cidade com cerca de 11 milhões de habitantes e centro do surto.

Até ao início do dia de hoje, o número total de mortes devido à doença no país foi de 3.270. O número de infectados diagnosticados na China Continental, que exclui Macau e Hong Kong, desde o início da pandemia, é de 81.093, incluindo 72.703 pessoas que já receberam alta. Os casos ativos são 5.120, entre os quais 1.749 em estado grave.

Para impedir uma segunda vaga de contágios no país, o Governo chinês impôs uma quarentena rigorosa de 14 dias a quem entrar no país. A partir de hoje, todos os voos para Pequim vão ser desviados para outras cidades, onde os passageiros serão submetidos a um exame de saúde, antes de seguirem para a capital chinesa.

Em Pequim, os viajantes ficam sujeitos a uma quarentena em hotel designado pelas autoridades, com custos equivalentes a 100 euros [cerca de 850 patacas] por noite. O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infectou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.

Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infectados já estão curados. Vários países adoptaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

23 Mar 2020

Covid-19 | Angela Merkel contactou com médico infectado e vai ficar em quarentena

[dropcap]A[/dropcap] chanceler alemã, Ângela Merkel, esteve em contacto na sexta-feira com um médico que testou positivo para o novo coronavírus e “decidiu ficar imediatamente em quarentena” em casa, anunciou o porta-voz do governo alemão. A chanceler foi “informada que um médico que lhe tinha dado uma vacina contra infeções pneumocócicas na sexta-feira à tarde estava positivo” para o novo coronavírus, indicou Steffen Seibert num comunicado.

Merkel “será testada nos próximos dias” para saber se foi contagiada, adiantou o porta-voz. A chanceler, 65 anos e à frente do governo alemão desde 2005, “prosseguirá as suas actividades oficiais em quarentena no domicílio” em Berlim, disse ainda Seibert.

Antes do anúncio da sua entrada em quarentena, Merkel tinha apresentado novas medidas para conter a epidemia da Covid-19, incluindo a proibição de se reunirem mais de duas pessoas e o encerramento de todos os restaurantes no país.

A Alemanha conta com 18.610 casos do novo coronavírus e 55 vítimas mortais, de acordo com a página oficial do Instituto Robert Koch, entidade responsável pela prevenção e controlo de doenças. O país registou um aumento de 1.948 casos em relação ao dia anterior, com os estados federados da Renânia do Norte-Vestefália, Baviera e Bade-Vurtemberga a serem os mais afectados.

23 Mar 2020

Covid-19 | Empresário chinês Jack Ma doa seis milhões de equipamentos médicos a África

[dropcap]O[/dropcap] empresário chinês Jack Ma, dono do grupo de comércio eletrónico Alibaba, doou cerca de seis milhões de equipamentos médicos, como máscaras e ‘kits’ de teste, aos países africanos para combaterem a pandemia da Covid-19.

Um avião de carga da Ethiopian Airlines chegou hoje da cidade chinesa de Guangzhou, à capital etíope, Adis Abeba, com um total de 5,4 milhões de máscaras, mais de um milhão de ‘kits’ de teste, 40 mil conjuntos de roupas de proteção e 60 mil proteções para o rosto, anunciaram as autoridades locais e a Jack Ma Foundation.

O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, prometeu distribuir estes equipamentos para outros países de África. Além de África, o multimilionário chinês enviou ainda equipamentos médicos para países da Ásia, Europa, América do Norte e América Latina.

A Covid-19 já causou pelo menos 13.444 mortos no mundo desde que apareceu em dezembro, segundo um novo balanço, que dá conta ainda de mais de 308.130 casos de infeção oficialmente diagnosticados em 170 países e territórios desde o início da epidemia.

Em África, há mais de mil casos em 40 países e territórios, com registos de 30 mortes, segundo os dados mais recentes.

23 Mar 2020