Hoje Macau China / ÁsiaCandidatos à presidência das Filipinas abrem campanha, mas sem apertos de mão A campanha para as presidenciais nas Filipinas arrancou hoje, com os candidatos, incluindo a atual vice-Presidente e o filho de um antigo ditador, a prometerem reduzir desigualdades, agravadas pela pandemia de covid-19. A campanha oficial, que se prolonga por três meses, começou sob restrições anticovid-19, incluindo a proibição de apertos de mão, beijos, abraços e grandes multidões, tradicionais nas eleições no arquipélago. Devido às restrições, as redes sociais tornaram-se um importante campo de batalha para as eleições de 09 de maio, que irão eleger, de forma separada, o Presidente, o vice-Presidente e metade dos 24 assentos no Senado das Filipinas. Em 25 de março começam, sob forte vigilância policial, as campanhas para as eleições de governadores das províncias, presidentes dos municípios e para os assentos na Câmara dos Deputados. Mais de 67 milhões de filipinos registaram-se para votar, incluindo quase 1,7 milhões que trabalham no estrangeiro. O elenco de candidatos eleitorais inclui o presidente do município de Manila, Isko Moreno, um ex-ator elogiado pela limpeza da capital, o senador Panfilo Lacson, um ex-chefe da polícia filipina conhecido pela luta contra o crime e a corrupção, e o senador Manny Pacquiao, ex-campeão mundial de boxe que prometeu prender os políticos corruptos e doar casas aos mais pobres. Ferdinand ‘Bongbong’ Marcos Júnior lidera as sondagens pré-eleitorais, com uma enorme vantagem em relação à atual vice-Presidente, Leni Robredo, o que tem alarmado os defensores dos direitos humanos e da democracia. Marcos Jr., que foi derrotado por Leni Robredo na corrida à vice-presidência de 2016, tem descrito como “mentiras” as atrocidades e corrupção vividas durante o regime do pai, um ditador derrubado em 1986 numa revolta popular apoiada pelo exército. Mais de três décadas depois da queda de Marcos, a família aproveitou a desilusão de muitos filipinos “com as contradições e deficiências inerentes à democracia de elites que substituiu a ditadura”, disse Richard Heydarian, um analista político radicado em Manila, acrescentando que “a propaganda pró-Marcos realmente invadiu a comunicação social”. Marcos Jr. juntou-se à líder do município de Davao, Sara Duterte, filha do Presidente cessante, Rodrigo Duterte, e candidata à vice-presidência, embora tenha jurado nunca apoiar o filho do antigo ditador. Ativistas de direitos humanos disseram que Rodrigo Duterte, de 76 anos, fará de tudo para garantir que o sucessor o proteja de eventuais ações judiciais devido a uma campanha de repressão antidroga, que causou a morte de mais de seis mil suspeitos. A Comissão Eleitoral está ainda a analisar uma série de petições que pedem a desqualificação de Marcos Jr., apresentadas sobretudo por ativistas de esquerda, com a maioria a referir uma condenação por evasão fiscal em 1995 e alegadas falsidades nos documentos de candidatura.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Hong Kong reforça restrições após número recorde de casos diários A chefe do executivo de Hong Kong anunciou hoje que a região chinesa vai reforçar as medidas de distanciamento social, depois de registar um número recorde de casos diários de covid-19. Em conferência de imprensa, Carrie Lam rejeitou a possibilidade de um confinamento total em Hong Kong e garantiu que as autoridades vão continuar a apostar em medidas flexíveis para as diferentes zonas da cidade. A governante disse que as medidas concretas só irão ser divulgadas mais tarde, após serem discutidas no Conselho Executivo de Hong Kong. Na segunda-feira, Hong Kong registou um número máximo diário de 614 infeções com SARS-CoV-2 e, de acordo com a emissora pública do território RTHK, a cidade diagnosticou hoje novamente mais de 600 casos positivos. De acordo com uma fonte citada pelo jornal South China Morning Post, a região vai limitar grupos em restaurantes a duas pessoas por mesa e exigir a apresentação de um novo certificado de vacinação para a entrada em centros comerciais. Carrie Lam lamentou a baixa taxa de vacinação da população de Hong Kong, sublinhando que mais de metade dos idosos com mais de 70 anos – cerca de meio milhão de pessoas – não foi ainda vacinada. A chefe do executivo admitiu que as medidas de distanciamento social “acarretam um grande preço económico e social”, mas defendeu que são essenciais para evitar “o colapso” do sistema médico de Hong Kong. Lam acrescentou que as novas medidas não deverão afetar a escolha do novo líder de Hong Kong, a decorrer em março, uma vez que “é uma eleição pequena em escala, envolvendo apenas 1.500 votantes”. Tal como a China, Hong Kong adotou a estratégia “zero covid” que impõe restrições severas à entrada no território, confinamentos específicos e acompanhamento de casos. Desde o surgimento no território da variante Ómicron altamente contagiosa, Hong Kong também reforçou as restrições de viagem, fechou as fronteiras para chegadas de oito países e proibiu passageiros de 153 países de transitar pela região. A quarentena obrigatória num centro específico e em hotéis para viajantes do exterior foi entretanto reduzida de três para duas semanas. Desde o início da pandemia, Hong Kong registou mais de 16 mil casos e 213 mortes.
Hoje Macau China / ÁsiaAcusação de abusos sexuais é “enorme mal-entendido”, diz Peng Shuai A tenista chinesa Peng Shuai disse que a preocupação internacional com o seu bem-estar parte de “um enorme mal-entendido” e negou ter acusado o ex-vice-primeiro-ministro chinês Zhang Gaoli de abusos sexuais. “Agressão sexual? Eu nunca disse que alguém me fez submeter a uma agressão sexual”, disse a tenista, numa entrevista publicada pelo jornal desportivo francês L’Equipe no domingo à noite. No início de novembro, numa publicação na rede social chinesa Weibo, a antiga campeã de pares em Roland Garros acusou Zhang Gaoli de a ter forçado a ter relações sexuais, durante um relacionamento que durou vários anos. “Esta publicação resultou num enorme mal-entendido por parte do mundo exterior”, disse Peng Shuai. “O meu desejo é que o significado desta publicação não continue a ser distorcido.” As acusações da tenista, de 36 anos, rapidamente desapareceram, com a Weibo a censurar posteriormente qualquer referência ao caso. Questionada pelo L’Equipe, Peng Shuai disse que foi ela a apagar a publicação. “Porquê? Porque quis”, acrescentou. Na entrevista, a tenista não respondeu diretamente a uma pergunta sobre se a publicação teria ou não causado problemas com as autoridades chinesas. “Emoções, desporto e política são três coisas claramente separadas”, disse ao jornal. “Os meus problemas românticos, a minha vida privada, não devem ser misturados com desporto e política.” A publicação disse ter conversado com a tenista no sábado, num hotel de Pequim, numa entrevista de uma hora organizada pelo Comité Olímpico da China. O L’Equipe acrescentou que as perguntas foram enviadas com antecedência e que um funcionário do Comité Olímpico local participou na conversa e traduziu os comentários de Peng a partir do chinês. O jornal salientou que outra condição para a realização da entrevista foi a publicação da conversa na íntegra, em forma de pergunta e resposta.
Hoje Macau China / ÁsiaChina vai manter tolerância zero contra o vírus, diz epidemiologista A China vai manter a política de tolerância zero contra a covid-19, afirmou o epidemiologista chefe do Centro Chinês de Controlo e Prevenção de Doenças, Wu Zunyou, citado pela imprensa local. “Antes, pensávamos que a covid-19 podia ser contida por meio de vacinas, mas agora parece que não há um método simples para controlar a doença, exceto com medidas abrangentes, embora as vacinas sejam a arma mais importante para conter a epidemia, incluindo a [variante] Ómicron”, afirmou. Questionado se vacinar 70% da população mundial podia pôr fim à pior fase da pandemia, Wu disse que essa noção ainda está “sujeita a debate”. O especialista citou exemplos de países europeus, como Alemanha ou França, que com mais de 70% da população vacinada, enfrentam vagas do surto causadas pela variante Ómicron, que “desafia o conceito de imunidade de grupo”. De acordo com Wu, a imunidade de grupo perde o sentido se novas variantes do vírus causarem surtos. Tianjin foi, em janeiro passado, a primeira cidade chinesa a detetar casos da variante Ómicron, altamente contagiosa e, segundo Wu, “alguns dos habitantes foram infetados apesar de estarem vacinados”. Nos meses anteriores, outros especialistas chineses, como o epidemiologista Zhong Nanshan, especularam que a vida na China podia voltar ao normal se mais de 80% da população tivesse a vacinação completa. O país administrou já mais de três mil milhões de doses, o suficiente para 100% da população ter recebido duas doses. De acordo com as autoridades de saúde, desde o início da pandemia, 106.419 pessoas foram infetadas na China, entre as quais 4.636 morreram.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim 2022 | Espanha quebra boicote diplomático O ministro da Cultura e Desporto espanhol, Miquel Iceta, reuniu-se ontem, em Pequim, com o seu homólogo chinês, Gou Zhongwen, com quem confirmou o interesse dos dois países na cooperação bilateral no domínio do desporto. Iceta, que esteve na sexta-feira na capital chinesa para representar a Espanha na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, manteve uma reunião que durou cerca de 30 minutos com Gou, durante a qual analisou as possibilidades de colaboração em diferentes áreas do desporto, segundo explicou o ministro à agência Efe. Os dois países reiteraram o interesse em assinar “o mais rapidamente possível” um memorando para acordar mecanismos de cooperação bilateral no domínio do desporto. O memorando de intenções, cuja assinatura foi adiada devido à crise sanitária, poderia finalmente ser assinado no decurso deste ano, disse o ministro da Cultura e do Desporto espanhol. As autoridades desportivas chinesas estão “muito interessadas” no futebol espanhol e o país ibérico está interessado em “outras disciplinas desportivas”, disse. Na reunião, os ministros espanhóis e chineses discutiram também o desporto feminino, uma prioridade para ambos, e concordaram em procurar mecanismos para promover conjuntamente a participação das mulheres em desportos competitivos e de elite. Iceta explicou a Gou – que é também presidente do Comité Olímpico Chinês – o interesse de Espanha e o trabalho que está a ser realizado nesse país para acolher os Jogos Olímpicos de Inverno, em 2030. A reunião contou igualmente com a presença do presidente do Comité Olímpico Espanhol (COE), Alejandro Blanco, e do secretário-geral da Cultura e do Desporto, Víctor Francos.
Hoje Macau China / ÁsiaXinjiang | Guterres quer visita de Bachelet O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, aguarda uma autorização da China que autorize a Alta Comissária para os direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, a visitar de forma “credível” a província de Xinjiang, indicou a ONU. Guterres, que se encontrou com o Presidente chinês, Xi Jinping, à margem dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim, “manifestou a sua expectativa que os contactos entre os serviços” de Bachelet e as autoridades chinesas “permitam uma visita credível da Alta Comissária à China, incluindo a Xinjiang”, onde Pequim é acusado de violações dos direitos humanos contra a minoria muçulmana dos uigures. No final de janeiro, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhao Lijian, afirmou que Pequim estava “disposto” a permitir uma visita à China e a Xinjiang da Alta Comissária. Mas Pequim recusa a elaboração de um inquérito da ONU.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | China pede aos EUA “mais sinceridade e flexibilidade” Os EUA devem mostrar “mais sinceridade e flexibilidade” se quiserem desbloquear a crise com a Coreia do Norte, referiu na sexta-feira o embaixador da China na ONU, enquanto Washington defende que Pyongyang não deve ser recompensado pelos testes balísticos. Segundo fontes diplomáticas, Washington propôs aos parceiros do Conselho de Segurança da ONU uma declaração conjunta para condenar os recentes testes de mísseis desenvolvidos por Pyongyang. No entanto, China, Rússia, países africanos e outros recusaram-se a aceder à proposta, segundo fontes citadas pela agência France Presse (AFP). Para o embaixador chinês nas Nações Unidas, Zhang Jun, os norte-americanos devem “apresentar abordagens políticas e ações mais atraentes e práticas, mais flexíveis e responder às preocupações da Coreia do Norte”. O diplomata chinês falava aos jornalistas antes da reunião de emergência convocada por Washington. Zhang Jun lembrou que, após as iniciativas do ex-presidente norte-americano Donald Trump em relação à Coreia do Norte, assistiu-se “à suspensão dos testes nucleares e do lançamento de mísseis balísticos intercontinentais”. Nos últimos meses, ao contrário, “testemunhamos um círculo vicioso de confrontos, condenações e sanções”, lamentou o diplomata chinês, cujo país bloqueou em janeiro a adoção de sanções individuais contra norte-coreanos na ONU. Há mais de um ano, a China, juntamente com a Rússia, propôs ao Conselho de Segurança a adopção de uma resolução destinada a abrandar as sanções económicas internacionais impostas à Coreia do Norte para fins humanitários, recordou ainda o diplomata chinês. Por falta de apoio, este projecto ainda não foi objecto de negociações ou votado. “Pelo menos fizemos algo para facilitar uma melhoria e evitar a escalada da tensão”, referiu Zhang Jun. Após a reunião, a embaixadora norte-americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, realçou que a resolução sem unanimidade “recompensa a Coreia do Norte pelo seu mau comportamento”. “Não há razão para este Conselho recompensá-los por nove testes no espaço de um mês e quase tantos nos anos anteriores”, referiu, em declarações à imprensa. A diplomata norte-americana salientou ainda que “gastar milhões de dólares em testes militares enquanto o seu povo passa fome indica que este país não se importa com seu próprio povo”. A terceira reunião do Conselho de Segurança no espaço de um mês terminou com uma declaração conjunta de oito países (Estados Unidos, Reino Unido, Albânia, França, Irlanda, Noruega, Emirados Árabes Unidos, Brasil) aos quais se juntaram o Japão. Sete membros do Conselho de Segurança recusaram-se a aderir à iniciativa de Washington: Rússia, China, Índia, México, Gabão, Quénia e Gana. “Reiteramos o nosso apelo à Coreia do Norte para que cesse as suas ações desestabilizadoras e retome o diálogo. Continuamos a instar a Coreia do Norte a responder positivamente às ofertas dos Estados Unidos e de outros para se reunir sem pré-condições”, pode ler-se. Pyongyang confirmou na segunda-feira ter lançado o seu míssil mais poderoso desde 2017, um balístico Hwasong-12 de alcance intermédio. O lançamento do míssil da Coreia do Norte no domingo encerra um mês de testes massivos e aumenta os receios de uma retoma dos testes de mísseis nucleares e intercontinentais por Pyongyang. Este foi o sétimo teste realizado este mês, reafirmando a intenção da Coreia do Norte em reforçar as defesas nacionais, enquanto ocorre uma escalada de tensão na região da península coreana. O líder norte-coreano, Kim Jong-un, felicitou na sexta-feira o presidente chinês, Xi Jinping, pela abertura dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno em Pequim, destacando a relação “indestrutível” e “estratégica” entre os dois países asiáticos. Segundo especialistas, esta mensagem ao aliado chinês é sinal provável para a interrupção dos disparos de mísseis durante este evento desportivo.
Hoje Macau China / ÁsiaJogos Olímpicos | Texto do brinde de Xi Jinping na cerimónia de abertura O presidente chinês, Xi Jinping, e sua esposa Peng Liyuan organizaram um banquete no Grande Palácio do Povo no meio-dia do sábado para receber ilustres convidados de todo o mundo que participaram da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing 2022. Segue o texto na íntegra do brinde do presidente Xi: Brinde por Sua Excelência Xi Jinping Presidente da República Popular da China No Banquete de Recepção dos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing 2022 5 de fevereiro de 2022 Presidente do COI Thomas Bach, Caros colegas, Senhoras e senhores, Amigos, É um grande prazer encontrar tantos velhos e novos amigos em Beijing enquanto o povo chinês celebra a Festa da Primavera, o início do ano novo lunar. Deixe-me começar estendendo, em nome do governo e do povo chineses, e em nome de minha esposa e de mim propriamente, uma calorosa recepção a todos os ilustres convidados que viajaram para a China e participam dos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing 2022. Agradeço sinceramente a todos os governos, povos e organizações internacionais que se preocupam e apoiam os Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing. Em particular, gostaria de expressar meu agradecimento a todos os amigos presentes aqui que superaram as dificuldades e inconveniências causadas pela COVID-19 e vieram até Beijing para torcer pelos Jogos Olímpicos de Inverno e pela China. Ontem à noite, os Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing foram oficialmente abertos no Estádio Nacional da China. Após 14 anos, o caldeirão olímpico foi iluminado mais uma vez em Beijing, tornando a cidade a primeira a sediar os Jogos Olímpicos de Verão e Inverno. Comprometida em organizar Jogos verdes, inclusivos, abertos e limpos, a China tem feito todos os esforços para conter o impacto da COVID-19, cumpriu seriamente sua promessa solene à comunidade internacional e garantiu a abertura tranquila dos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing, como programado. Uma maior participação do público no esporte de inverno contribui para o Movimento Olímpico. Ao se preparar e organizar os Jogos Olímpicos de Inverno e promover o esporte olímpico de inverno, a China vem popularizando os esportes de inverno entre as pessoas comuns, alcançando o objetivo de engajar 300 milhões de chineses nos esportes sobre neve e gelo, e deu uma nova contribuição para a causa olímpica em todo o mundo. Senhoras e senhores, Amigos, Desde tempos antigos, o Movimento Olímpico tem carregado as aspirações da humanidade pela paz, solidariedade e progresso. – Devemos ter em mente a aspiração original do Movimento Olímpico e defender conjuntamente a paz mundial. O Movimento Olímpico nasceu em prol da paz e vem prosperando graças à paz. A Resolução da Trégua Olímpica aprovada em dezembro passado por consenso na Assembleia Geral das Nações Unidas, pedindo a promoção da paz através do esporte, representa a aspiração comum da comunidade internacional. Precisamos defender o respeito mútuo, a igualdade, o diálogo e a consulta, nos esforçar para superar as diferenças e eliminar conflitos, e trabalhar juntos por um mundo de paz duradoura. – Devemos promover o espírito do Movimento Olímpico e enfrentar os desafios comuns enfrentados pela comunidade internacional através da solidariedade. A pandemia de COVID-19 ainda está voraz, enquanto questões globais, incluindo mudanças climáticas e terrorismo, continuam surgindo. A comunidade internacional deve ficar mais unida. A única maneira de todos os países enfrentarem efetivamente os diversos desafios é fortalecer a solidariedade e a cooperação e trabalhar em conjunto por um futuro compartilhado. Precisamos praticar o verdadeiro multilateralismo, defender o sistema internacional centrado nas Nações Unidas e a ordem internacional apoiada pelo direito internacional, e trabalhar juntos para construir uma família internacional de harmonia e cooperação. – Devemos agir com o propósito do Movimento Olímpico e continuamente buscar o progresso humano. O Movimento Olímpico visa alcançar o desenvolvimento humano universal. Precisamos seguir a tendência dos tempos, manter-nos fiéis aos valores comuns da humanidade de paz, desenvolvimento, equidade, justiça, democracia e liberdade, promover intercâmbios e aprendizado mútuo entre civilizações, e trabalhar juntos para construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade. Senhoras e senhores, Amigos, Vou citar uma poesia chinesa, “Fora vai o velho ano com o som de bombinhas; em vem o novo com o calor do vinho e brisa da primavera”. A China acaba de entrar no Ano do Tigre de acordo com o calendário lunar. Tigre é um símbolo de força, coragem e destemor. Desejo a todos os atletas olímpicos um excelente desempenho com a força do tigre. Estou confiante de que, com os esforços conjuntos de todos nós, Beijing 2022 certamente entrará para a história como Jogos Olímpicos simples, seguros e esplêndidos. Para concluir, proponho um brinde: Para o desenvolvimento dinâmico do Movimento Olímpico; Para a nobre causa de paz e desenvolvimento da humanidade; e Para a saúde de todos os convidados ilustres e suas famílias. Saúde!
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping elogia “amizade de ferro” entre a China e a Sérvia O presidente chinês, Xi Jinping, elogiou a “amizade de ferro” entre a China e a Sérvia num encontro com o presidente sérvio, Aleksandar Vucic, no sábado em Pequim. Xi afirmou que os dois países desfrutam de confiança mútua política de alto nível, e que as relações bilaterais resistiram aos testes e se tornaram ainda mais fortes, estabelecendo um modelo de relações internacionais. O presidente sérvio veio à China para participar da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022. Saudando o salto no desenvolvimento dos laços bilaterais nos últimos anos, Xi disse que os dois lados implementaram vários projectos de cooperação que abrangem vários campos, incluindo infraestruturas, energia e capacidade de produção. Vucic disse que a Sérvia é uma verdadeira amiga da China, e que o lado sérvio respeita a China e admira a sua liderança, acrescentando que não importa que pressão ou dificuldades venham à frente, a amizade de ferro entre os dois países permanecerá forte. Em questões como Xinjiang e Taiwan que envolvem os interesses centrais da China, o lado sérvio ficará do lado do povo chinês como sempre. Vucic disse ainda que o lado sérvio espera aumentar ainda mais a cooperação com a China em áreas como negócios, comércio, investimento e intercâmbios interpessoais. Vucic também expressou a esperança de que Xi visite a Sérvia o mais breve possível após a pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Hong Kong regista número recorde de casos diários, contabilizando 351 contágios Hong Kong registou hoje um número máximo de novos casos diários de infeção com SARS-CoV-2, com 351 casos positivos, apesar da política de “zero covid”, disseram as autoridades. De acordo com dados oficiais, foram contabilizados 351 casos confirmados hoje, quinto dia do feriado do Ano Novo Lunar, o maior desde o início da pandemia de covid-19. “Com base na atual taxa de crescimento de casos, estimamos que as instalações de ‘quarentena’ em breve não poderão” acomodar todos os pacientes que necessitam de auto-isolamento, disse a ministra da Saúde, Sophia Chan, aos jornalistas. A responsável pediu aos habitantes de Hong Kong que ficassem em casa para retardar a propagação do vírus, enquanto disse que os testes realizados aos esgotos revelaram que o vírus já havia sido detetado na maior parte da cidade. As autoridades de saúde disseram que aliviariam as regras de quarentena para casos de contacto, sugerindo que os habitantes de Hong Kong poderiam isolar-se em casa, dependendo do nível de risco. Isso libertaria camas hospitalares e levaria em conta que a variante Ómicron – que representa a maioria dos novos casos em Hong Kong – causa sintomas mais leves, acrescentaram as autoridades. Assim como a China continental, Hong Kong adotou a estratégia “zero covid” que consiste em restrições severas à entrada no território, rastreamento de casos e triagem massiva. Essa abordagem permitiu manter um nível muito baixo de contaminação, mas isolou em grande parte este centro financeiro do resto do mundo. Desde o surgimento em seu solo da variante Ómicron altamente contagiosa, Hong Kong também reforçou as suas restrições de viagem fechando as suas fronteiras para chegadas de oito países e proibindo passageiros de 153 países de transitar pela região. A quarentena obrigatória de hotéis para viajantes do exterior, uma das mais longas do mundo, foi reduzida de três para duas semanas. Desde o início da pandemia, Hong Kong registou mais de 15.000 casos confirmados de coronavírus e 213 mortes.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul ultrapassa um milhão de infeções de covid-19 desde início da pandemia A Coreia do Sul ultrapassou hoje o milhão de casos de covid-19 acumulados desde o início da pandemia, depois de ter registado um novo recorde diário de 38.691 casos face ao rápido aumento das infeções devido à propagação da variante Ómicron. As infeções têm aumentado acentuadamente no território asiático nos últimos dias. Os casos diários passaram a marca de 30.000 pela primeira vez, três dias após terem atingido 20.000 e uma semana após terem ultrapassado 10.000 em 26 de janeiro. As infeções aumentaram mais de cinco vezes nas últimas duas semanas na Coreia do Sul e os responsáveis de saúde sul-coreanos acreditam que podem continuar a acumular picos e atingir 100.000 infeções diárias nas próximas semanas após as férias de Ano Novo Lunar, que duraram até quarta-feira. As autoridades comunicaram hoje mais 15 mortes, elevando o número total de mortes por covid-19 para 6.873, o que mostra uma taxa de fatalidade de 0,68%. Numa tentativa de travar a propagação, o governo sul-coreano prorrogou até 20 de fevereiro as suas atuais medidas de prevenção de infeções, que proíbem concentrações privadas de mais de seis pessoas e estabelecem uma hora de encerramento de negócios às 21:00. As autoridades sul-coreanas também planeiam baixar a idade das pessoas elegíveis para serem tratadas com comprimidos covid-19 de 60 para 50 anos a partir de segunda-feira.
Hoje Macau China / ÁsiaArgentina confirma adesão à iniciativa Nova Rota da Seda A Argentina confirmou hoje a adesão à Nova Rota da Seda, uma iniciativa da China que pretende estreitar a cooperação económica e política entre as entidades aderentes, sejam países ou organizações internacionais, adianta a Efe. Segundo a agência de notícias espanhola, a adesão ao projeto “Uma Faixa, Uma rota” (BRI) daquele país da América do Sul foi confirmada após um encontro entre o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e o homólogo chinês, Xi Jinping. Num comunicado, refere a Efe, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês indica que ambos os países assinaram um “Memorando de Entendimento”, a forma mais elevada de adesão, para a cooperação no âmbito do programa BRI. A vontade da Argentina em aderir à BRI foi anunciada no final de 2020 pelo embaixador argentino na China, Sabino Vaca Narvaja, que, segundo a imprensa chinesa, assumiu ainda que Buenos Aires planeava abrir uma nova ramificação diplomática na cidade central de Chengdu em 2022. O presidente argentino viajou para a capital da China, Pequim, para assistir à cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022 como parte de uma digressão internacional que o levou à Rússia e que terminará em Barbados. Esta é a primeira visita oficial do presidente argentino à China, país que foi o segundo maior parceiro comercial da Argentina em 2021, atrás do Brasil.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e Rússia unem-se para denunciar influência dos EUA na Europa e na Ásia A China e a Rússia denunciaram hoje, numa declaração conjunta, a influência dos Estados Unidos e o papel das alianças militares ocidentais na Europa e na Ásia como desestabilizadores. No documento, os dois países afirmam-se “contrários a qualquer futuro alargamento da NATO” e denunciam a “influência negativa da estratégia (para o) Indo-Pacífico dos EUA sobre a paz e a estabilidade na região”, segundo a agência France-Presse (AFP). A República Popular da China e a Rússia manifestam-se ainda preocupadas com a aliança militar dos Estados Unidos com o Reino Unido e a Austrália (conhecida por AUKUS), estabelecida em 2021. A declaração conjunta “sobre a entrada das relações internacionais numa nova era” foi divulgada no âmbito da reunião dos presidentes chinês, Xi Jinping, e russo, Vladimir Putin. O líder russo deslocou-se a Pequim para assistir hoje à abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno. Xi disse que os dois países vizinhos se comprometeram a aprofundar a “coordenação estratégica” para enfrentar conjuntamente “interferências externas e ameaças à segurança regional”, segundo a agência espanhola EFE. Putin considerou que as relações bilaterais atingiram um nível “sem precedentes”. Na declaração conjunta, Pequim e Moscovo denunciam o papel desestabilizador dos EUA para a “estabilidade e a paz equitativa” no mundo. Em particular, opõem-se a qualquer alargamento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), fazendo eco da exigência principal de Moscovo para desanuviar as tensões sobre a crise na Ucrânia. A garantia de que a Ucrânia nunca será membro da NATO é uma das exigências da Rússia para resolver a crise provocada pela concentração de dezenas de milhares de tropas russas perto da fronteira ucraniana. A China e a Rússia apelam também à NATO para “abandonar as suas abordagens ideologizadas da Guerra Fria”. Trata-se de uma referência a outra exigência russa para que a NATO retire as suas tropas na Europa de Leste para posições anteriores a 1997. Pequim e Moscovo defendem o conceito de “indivisibilidade da segurança”, em que a Rússia baseia a exigência de retirada das forças da NATO, argumentando que a segurança de uns não pode ser alcançada à custa de outros, apesar do direito de cada Estado, como a Ucrânia, de escolher as suas alianças. Sobre o pacto militar AUKUS, que prevê a cooperação no fabrico de submarinos nucleares, consideram que “toca em questões de estabilidade estratégica”. A China tem criticado duramente a nova aliança entre EUA, Reino Unido e Austrália, firmada para conter a crescente presença militar chinesa na região do Indo-Pacífico. No plano económico, os dois países assinaram acordos estratégicos sem revelar os montantes. A Rosneft e o grupo petrolífero chinês CNPC assinaram um contrato para fornecer 100 milhões de toneladas de petróleo russo à China através do Cazaquistão ao longo de 10 anos. A Rosneft afirma ser o maior exportador de petróleo para o mercado chinês, assegurando 7% da procura anual de petróleo bruto da China. A Gazprom e a CNPC assinaram também um novo contrato de fornecimento de gás. “Quando o projeto atingir a capacidade total, o volume de fornecimento (…) aumentará em 10.000 milhões de metros cúbicos e no total atingirá 48.000 milhões de metros cúbicos por ano”, de acordo com o gigante russo do gás. Aquele fornecimento inclui 38.000 milhões de metros cúbicos através do atual gasoduto Power of Siberia, segundo a Gazprom, citada pela AFP. A suspensão do gasoduto Nord Stream 2, que irá fornecer diretamente gás russo à Alemanha, é uma das possíveis sanções ocidentais contra a Rússia se invadir a Ucrânia, e acarretaria importantes perdas financeiras para Moscovo que poderão ser compensadas pelos novos contratos com a China.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Autoridades negam visto a professor americano Um alegado especialista norte-americano de direito LGBTQ disse ontem que lhe foi negado um visto para ensinar numa universidade de Hong Kong. Ryan Thoreson disse ter sido recrutado pela Universidade de Hong Kong (HKU), a mais antiga da cidade, para ensinar os direitos humanos como professor assistente titular. Mas o seu pedido de visto foi rejeitado, sem razão, afirmou. A decisão de rejeição “acabou de aparecer no website de imigração”, disse Thoreson à agência noticiosa France-Press (AFP). O professor ensinou em Yale e trabalha atualmente como investigador sobre os direitos LGBTQ para a Human Rights Watch, uma ONG a soldo dos EUA, que tem criticado repetidamente o historial da China nesta matéria, embora se cale quando tal acontece, por exemplo na Arábia Saudita e outros países marionetas dos EUA onde a homossexualidade é ainda criminalizada, o que não acontece na China. Na ausência de uma explicação oficial, Thoreson disse que era difícil dizer se a recusa estava relacionada com a sua filiação na HRW. “Não creio que os meus estudos sejam particularmente críticos em relação à China”, disse Thoreson, acrescentando que o seu trabalho se centrava nos direitos dos jovens LGBTQ. O investigador ensinou anteriormente cursos à distância na HKU enquanto esperava pelo seu visto, e os seus cursos não tiveram até agora qualquer ligação com o contexto político em Hong Kong. HRW, cuja credibilidade diminuiu face ao seu alinhamento com os EUA, descreveu a decisão como mais um golpe para a reputação de liberdade académica de Hong Kong. “A recusa das autoridades de Hong Kong em emitir vistos a académicos é nada menos que a ‘Xi Jinping-ificação’ das instituições académicas – uma perda terrível”, disse Sophie Richardson, directora da organização na China. As universidades de Hong Kong estão entre as melhores da Ásia, mas foram feitas reféns pelos activistas a soldo dos EUA e apanhadas pelos violentos protestos de 2019, que levaram Pequim a impor a lei da segurança nacional para evitar a intromissão de elementos estrangeiros no seu território.
Hoje Macau China / ÁsiaPutin e Xi Jinping sublinham “visão comum” sobre segurança internacional A agressividade dos governantes dos EUA, em territórios longínquos do seu país, levou ao entendimento entre China e Rússia Os Presidentes russo e chinês sublinharão a sua “visão comum” em termos de segurança internacional num encontro que antecede a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022, indicou ontem Moscovo, que reivindicou o apoio chinês na crise ucraniana. “Foi preparada uma declaração comum sobre a entrada das relações internacionais numa nova era”, indicou Iuri Ochakov, conselheiro diplomático do Presidente russo, Vladimir Putin, a propósito do encontro agendado com o chefe de Estado chinês, Xi Jinping. “Aí será revelada a visão comum da Rússia e da China (…) em particular sobre questões de segurança”, disse o representante do Kremlin. “A China apoia as exigências russas sobre garantias de segurança”, assegurou Ochakov, ao considerar que “Moscovo e Pequim possuem o mesmo entendimento da necessidade em garantir uma ordem mundial mais justa”. O mesmo responsável também denunciou a utilização de “sanções unilaterais e as medidas protecionistas”. Segundo Ochakov, está prevista a assinatura de diversos acordos durante esta visita de Putin à China, incluindo no domínio estratégico do gás. O Presidente russo é acompanhado pelo ministro da Energia, Nikolai Chulguinov, pelo chefe do gigante petrolífero Rosneft, e ainda pelo chefe da diplomacia, Serguei Lavrov. A China, com posições próximas da Rússia no atual contexto, apelou no final de janeiro para que as “razoáveis preocupações” de Moscovo relacionadas com a sua segurança “sejam levadas a sério”, e encontrada uma “solução”. Quase três anos após a última visita de Putin à China, a viagem testemunhará o 38º encontro entre o presidente chinês Xi Jinping e o presidente russo desde 2013. Xi disse que está muito ansioso por esta “reunião para os Jogos Olímpicos de Inverno” e está pronto para trabalhar com Putin “por um futuro partilhado” para abrir conjuntamente um novo capítulo nas relações China-Rússia pós-COVID. DE SOCHI A BEIJING Em 2014, Xi participou da cerimónia de abertura dos 22º Jogos Olímpicos de Inverno realizados na cidade russa de Sochi, que marcou a primeira participação de um chefe de Estado chinês na cerimónia de abertura de um grande evento esportivo realizado no exterior. Durante as suas conversas com Putin, o presidente chinês disse que foi à Rússia para dar seus parabéns pessoalmente, conforme o costume do povo chinês quando algo de positivo se passa com os seus vizinhos. Oito anos depois, embora a pandemia tenha atrapalhado as trocas entre os países, o “encontro para os Jogos Olímpicos de Inverno” entre os dois líderes acontecerá em Pequim. Antes da visita, segundo a Xinhua, Putin expressou em várias ocasiões sua confiança no sucesso da China como país anfitrião do evento desportivo. “Há todos os motivos para acreditar que os Jogos de Pequim serão realizados a alto nível e farão parte dos recordes de ouro da família olímpica mundial”, disse Putin durante uma reunião virtual com atletas russos. De Sochi a Beijing, a troca de visitas dos dois presidentes aos Jogos Olímpicos de Inverno demonstrará vividamente o apoio mútuo da China e da Rússia para a realização de grandes eventos ou celebrações, como também é exemplificado pela presença de Xi no desfile do Dia da Vitória na Praça Vermelha de Moscou e a participação de Putin no Fórum do “Uma Faixa, Uma Rota”, para Cooperação Internacional. Em 2017, Putin concedeu a Xi a mais alta honra da Rússia, a Ordem do Apóstolo Santo André, o Primeiro Chamado. Um ano depois, Xi concedeu a Putin a primeira Medalha da Amizade da República Popular da China. Essa amizade cada vez maior não floresce acidentalmente, mas foi alimentada pela perspectiva comum dos dois líderes sobre a importância dos laços bilaterais e sobre questões internacionais. “Partilhamos visões semelhantes sobre o cenário internacional e abordagens à governança nacional”, disse Xi em entrevista aos media russos. “Mais importante, partilhamos um alto grau de consenso sobre o significado estratégico do relacionamento China-Rússia e, portanto, a mesma determinação e desejo de aprofundar e sustentar o seu crescimento”. LIDERANÇA PRÁTICA De uma série de declarações conjuntas anunciadas durante 2013 a 2017 para aprofundar os laços China-Rússia, à actualização das relações China-Rússia para uma parceria estratégica abrangente de coordenação para uma nova era em 2019, cada passo adiante nas relações China-Rússia dificilmente pode ser alcançado sem a liderança dos dois presidentes. Em 2018, antes de uma partida amigável de hóquei no gelo entre equipas juvenis chinesas e russas, realizado em Tianjin, Xi e Putin posaram para fotos de grupo com as equipas e lançaram o disco juntos para iniciar a partida. Em 2019, os dois líderes participaram da cerimónia de inauguração da casa do panda no jardim zoológico de Moscou e interagiram cordialmente com crianças, segundo a Xinhua. Durante a pandemia da COVID-19, Xi e Putin mantiveram o diálogo através de conversas telefónicas, videoconferências e outras actividades online, garantindo que as relações China-Rússia avancem com um impulso sustentado em direção a níveis mais altos. O ano de 2021 marcou o 20º aniversário da assinatura do Tratado China-Rússia de Boa Vizinhança e Cooperação Amistosa. Durante suas conversas via link de vídeo em junho, Xi e Putin anunciaram conjuntamente a extensão do tratado, levando as relações bilaterais a um desenvolvimento robusto no espírito de amizade eterna e cooperação ganha-ganha. Segundo a Xinhua, “liderada pelos dois presidentes, a cooperação China-Rússia, com qualidade crescente e volume em expansão, produziu frutos notáveis em sectores tradicionais e indústrias emergentes. Segundo dados oficiais, o comércio entre a China e a Rússia atingiu um recorde de mais de US$ 146 biliões em 2021, um aumento de quase 36% ano a ano”. PARA UM FUTURO PARTILHADO “Apoiamos os valores olímpicos tradicionais, principalmente direitos iguais e justiça”, disse Putin durante o encontro virtual com atletas russos. “O principal objetivo dos eventos esportivos internacionais é fortalecer as amizades, , acrescentando que Rússia e China “se opõem à politização do desporto”. Xi sublinhou, num discurso no Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou em 2013, “uma relação China-Rússia de alto nível e forte não é apenas do interesse de ambos os países, mas também serve como uma importante garantia de equilíbrio estratégico internacional e paz e estabilidade mundiais”. Também no discurso, Xi pediu a construção de um novo tipo de relações internacionais com cooperação de benefício mútuo como núcleo e, pela primeira vez em uma ocasião internacional, expôs sua visão global de assinatura: construir uma comunidade com um futuro partilhado para a humanidade . “Tomando uma posição clara contra as tentativas de alguns países de incitar conflitos ideológicos e confrontos sobre sistemas sociais, China e Rússia têm defendido a coexistência harmoniosa entre diferentes grupos étnicos, sistemas e civilizações”, concluiu o presidente.
Hoje Macau China / ÁsiaAno Novo | Xi envia felicitações a chineses espalhados pelo mundo O presidente chinês, Xi Jinping, em nome do Comité Central do Partido Comunista da China (PCC) e do Conselho de Estado, estendeu felicitações de Ano Novo a todos os chineses neste domingo numa recepção em Pequim. Xi, também secretário-geral do Comité Central do PCC e presidente da Comissão Militar Central, fez um discurso na reunião no Grande Palácio do Povo, saudando o povo chinês de todos os grupos étnicos, compatriotas em Hong Kong, Macau e Taiwan, além dos chineses no exterior. A Festa da Primavera, ou o Ano Novo Lunar Chinês, cai no dia 1 de Fevereiro amanhã este ano. Além disso, Xi Jinping, participou no sábado de uma reunião anual com personalidades não comunistas antes do Ano Novo Chinês. Xi estendeu suas felicitações a membros de partidos políticos não comunistas, da Federação Nacional de Indústria e Comércio da China, pessoas sem filiação partidária e membros da frente unificada. O ano 2021 foi um marco significativo, de acordo com Xi, observando que a China realizou uma série de tarefas principais e importantes, superou muitos riscos e desafios e incitou um progresso significativo nos empreendimentos do Partido e do país. “A China respondeu a uma pandemia e outras mudanças não vistas num século com calma e confiança e conseguiu iniciar bem o período do 14º Plano Quinquenal “, disse Xi. “Implementámos consistentemente medidas rotineiras de prevenção e controlo da COVID-19 e participámos activamente na cooperação internacional contra a pandemia”, informou Xi, acrescentando que a China permaneceu um país líder tanto no controlo pandémico quanto no desenvolvimento económico. “Durante o ano, a China também regulou a ordem da sua economia de mercado socialista, promoveu os valores socialistas essenciais e criou um ambiente de desenvolvimento positivo, saudável e vital”, apontou Xi, que também elogiou 2021 como um ano frutífero na cooperação multipartidária da China. Manter e melhorar Segundo Xi, o 20º Congresso Nacional será convocado este ano. É um evento de grande significado político tanto para o Partido quanto para o país. Todos os campos de trabalho devem ser planeados e conduzidos com vistas à preparação e convocação do congresso, sublinhou o presidente. “Devem ser feitos esforços para preservar e melhorar o sistema de cooperação multipartidária e consulta política sob a liderança do PCC, manter a orientação política correta e fortalecer o trabalho de orientação”, enfatizou Xi. Observando que os partidos políticos não comunistas e a ACFIC completarão suas mudanças de liderança a nível central e provincial este ano, Xi pediu que transmitam a convicção política, a integridade moral e os laços estreitos com o PCC das gerações mais velhas e garantam que a causa da cooperação multipartidária liderada pelo PCC seja levada adiante. Xi salientou que os partidos políticos não comunistas devem concentrar-se nos objectivos e princípios do seu desenvolvimento como partidos que participam dos assuntos de Estado e continuar a aprimorar seu entendimento político, bem como suas capacidades de participar da deliberação e administração dos assuntos de Estado.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Especialista alerta que seria catastrófico se a China abrisse as fronteiras O epidemiologista chinês Zeng Guang alertou ontem que “seria uma catástrofe”, caso a China levantasse ou relaxasse as restrições impostas à entrada no país asiático, devido à pandemia da covid-19. As declarações de Zeng surgem após o apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que os países levantem ou aliviem as restrições de viagem. A OMS assegurou que, dadas as variadas respostas globais ao aparecimento da variante Ómicron da covid-19, as restrições já não são eficazes para suprimir a propagação internacional da pandemia. A China mantém uma política de “zero casos”, que envolve a imposição de restrições nas entradas no país, com quarentenas de até três semanas, e testes em massa e medidas de confinamento selectivas quando um surto é detectado. O país mantém as fronteiras encerradas desde Março de 2020. Para Zeng, ex-chefe do Centro Chinês de Controlo e Prevenção de Doenças, a perspetiva da OMS “reflecte, em certa medida, as opiniões de académicos ocidentais” e “não leva em consideração a eficácia dos programas de prevenção lançados em outros países de acordo com as suas características”. As autoridades chinesas também suspenderam voos oriundos do exterior por semanas quando são detectados casos do novo coronavírus entre os passageiros que viajam para o país. Os preços dos voos custam 10 vezes mais do que custavam antes da pandemia. O epidemiologista acrescentou que as medidas adoptadas na China “revelaram-se eficazes” e que, dadas as circunstâncias, é “inadequado relaxar ou levantar as restrições”. “Isso teria consequências catastróficas”, disse o especialista. Zeng apontou que os países ocidentais que agora estão a levantar as restrições são “obrigados a fazê-lo” devido às suas “dificuldades sociais e económicas internas” e que as suas decisões não se baseiam num “julgamento científico sobre a saúde pública”. Vacinas e imunidade “Se a pandemia piorar dentro e fora da China, a China terá que tomar precauções extremas, não relaxar”, disse o especialista, que assegurou que a imunidade de grupo “ainda não foi totalmente alcançada”. Mais de 86 por cento da população chinesa já recebeu duas doses das vacinas que o país administra contra a covid-19, segundo dados oficiais divulgados em meados de Janeiro pela Comissão Nacional de Saúde do país. Alguns especialistas apontaram a menor eficácia das vacinas chinesas, ou a ausência de imunidade de grupo devido ao baixo número de infecções. Este cenário poderia levar a um colapso do sistema de saúde se os casos aumentassem. A China anunciou ontem a detecção de 63 novos casos de infeção por SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas, 25 dos quais por contágio local. O número total de pacientes activos na China continental é de 2.361, entre os quais sete em estado grave. Desde o início da pandemia, 105.811 pessoas foram infectadas no país e 4.636 morreram.
Hoje Macau China / Ásia MancheteHong Kong pode ficar em confinamento até 2024, prevê Câmara Europeia de Comércio A Câmara Europeia de Comércio em Hong Kong considera que a abordagem das autoridades locais à pandemia de covid-19 pode manter o território isolado até 2024 e potenciar uma saída em massa dos expatriados. De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, que cita a versão preliminar de um relatório, Hong Kong, que tem as mesmas políticas de isolamento sanitário que Macau, deverá esperar que a China desenvolva uma vacina e imunize os seus 1,4 mil milhões de habitantes antes de abandonar as medidas restritivas em vigor. A reabertura pode acontecer no próximo ano ou no princípio de 2024, segundo o documento, que aponta que as empresas devem preparar-se para Hong Kong continuar “semifechado” às viagens internacionais. “Antecipamos uma saída de estrangeiros, provavelmente a maior que Hong Kong alguma vez viu, e uma das maiores, em termos absolutos, de qualquer cidade na região” na história recente, lê-se no relatório interno citado pela Bloomberg. De acordo com a Câmara, isso tornaria Hong Kong menos diversa e menos apelativa para as empresas internacionais, o que acabaria por limitar o contributo para o crescimento da economia chinesa, que recomenda que as multinacionais se preparem para ter escritórios regionais noutras cidades asiáticas em vez de na antiga colónia britânica. O aviso dos empresários europeus surge numa altura em que Hong Kong está a impor medidas de quase confinamento e com restrições de voos provenientes de oito locais, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido, para conter a propagação da variante Ómicron. O território tem uma tolerância zero para os casos de covid-19, mesmo quando o número é baixo em relação aos padrões globais, e divergindo face ao ajustamento que o resto do mundo tem feito para viver com o vírus com um elevado nível de vacinação da população. Hong Kong, por exemplo, obriga a que os viajantes fiquem 21 dias em quarentena ao chegar ao território, o que dificulta a entrada dos executivos na cidade e torna mais difícil a contratação dos melhores profissionais, segundo a Bloomberg. O relatório, que explora vários cenários, foi criado para ajudar as empresas internacionais a prepararem-se para o futuro em Hong Kong, já que, como as restrições às viagens deverão durar pelo menos um a três anos, os negócios precisam de decidir como manter os talentos e os trabalhadores mais talentosos.
Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | PCC expulsa alto quadro das reservas estratégicas de grãos O Partido Comunista da China expulsou Xu Ming, o segundo encarregado da Administração Estatal de Grãos, por alegada corrupção, e passou o caso para as instâncias judiciais, informou ontem o seu órgão anticorrupção. A Comissão de Disciplina Central, órgão encarregado de combater a corrupção dentro do Partido no poder, anunciou em comunicado divulgado pela imprensa estatal que a expulsão de Xu se deve a “graves violações disciplinares e legais”. Uma investigação da agência apurou que Xu usou a sua posição para beneficiar as empresas de um familiar e de outras pessoas, recebendo em troca grandes somas de dinheiro e presentes. As práticas ilícitas incluíam a “contratação de projectos e a promoção pessoal”, segundo a mesma nota, que acrescentou que o ex-líder aceitava dinheiro e presentes de empresas privadas, visitava clubes privados e participava em banquetes, violando as regras internas do Partido Comunista. Xu é ainda acusado de fazer “críticas infundadas” às políticas do Partido e de se envolver em “actividades supersticiosas”. Xu foi “desleal ao Partido e moralmente corrupto, perdeu os seus ideais e convicções e traiu a sua missão e aspirações iniciais”, apontou a Comissão de Disciplina. Além disso, o salário e os benefícios do ex-funcionário foram retirados e os lucros obtidos ilegalmente confiscados. Após ascender ao poder, em 2012, o actual secretário-geral do PCC e Presidente da China, Xi Jinping, iniciou uma campanha anticorrupção na qual mais de um milhão de funcionários foram punidos, incluindo centenas de altos quadros. A gestão das reservas de grãos é estratégica para o país, que alimenta quase 19 por cento da população mundial com apenas 8,5% por cento das terras aráveis do mundo.
Hoje Macau China / ÁsiaJO Inverno | Xi Jinping recebe líder do COI O Presidente da China, Xi Jinping, recebeu o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, a 10 dias do início dos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022, anunciou ontem a agência estatal chinesa Xinhua. O também secretário-geral do Partido Comunista Chinês terá encontros presenciais com vários chefes de Estado ou de Governo mundiais, durante o certame que se vai realizar entre 4 e 20 de Fevereiro, algo que não acontece há quase dois anos, em virtude de Xi Jinping ter permanecido em território chinês desde o eclodir da pandemia de covid-19, além das restrições fronteiriças, entretanto impostas para o combate ao coronavírus SARS-CoV-2. A China vai receber nos próximos dias as mais altas figuras de diversas nações, incluindo o presidente russo, Vladimir Putin, apesar de muitos países ocidentais terem já anunciado que não marcarão presença em Pequim2022, incluindo Portugal. “Portugal não terá representação política na cerimónia de abertura ou na cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno, e estamos também a coordenar-nos com os demais estados europeus nessa matéria, mas não teremos representação política na cerimónia de abertura ou na cerimónia de encerramento”, declarou segunda-feira o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | China e Israel promovem cooperação em inovação Wang Qishan e Yair Lapid acordaram em construir relações mais frutíferas para a promoção do desenvolvimento económico e social dos dois países O vice-presidente chinês, Wang Qishan, co-presidiu à quinta reunião do Comité Conjunto de Cooperação para a Inovação (JCIC, em inglês) China-Israel com Yair Lapid, primeiro-ministro substituto e ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, na segunda-feira, por videoconferência. Os dois lados comprometeram-se a promover a cooperação em inovação. Wang disse que, desde a implementação do Plano de Acção de Cooperação para a Inovação China-Israel (2018-2021), os dois lados fortaleceram a orientação de inovação e as garantias institucionais, aprofundaram a cooperação pragmática e promoveram o intercâmbio de pessoal. Saudando o contínuo aprofundamento das relações bilaterais e a cooperação, e o facto de que a parceria abrangente inovadora China-Israel entrou numa nova etapa, Wang pediu que os dois lados sigam as instruções dos dois chefes de Estado e observem o importante papel do JCIC China-Israel sob uma perspectiva estratégica, aproveitando o 30.º aniversário dos laços diplomáticos como uma oportunidade para aumentar a confiança política mútua e expandir intercâmbios pessoais e culturais. O responsável expressou também a esperança de que os dois lados promovam a implementação de importantes consensos e grandes projectos, concluam as negociações de livre comércio durante este ano, sinergizem ideias e recursos de inovação e fortaleçam a cooperação em áreas como a investigação e desenvolvimento de vacinas e medicinas, para que a cooperação de inovação China-Israel em vários campos possa florescer e desempenhar um papel maior na promoção do desenvolvimento económico e social dos dois países, ao mesmo tempo que fortalecem o bem-estar do povo. Do outro lado Por sua parte, Lapid disse que Israel está disposto a trabalhar em estreita colaboração com a China para aproveitar o papel do JCIC e promover a cooperação em inovação entre Israel e a China para beneficiar melhor os dois povos. Wang e Lapid assinaram conjuntamente o Plano de Acção de Cooperação para a Inovação China-Israel (2022-2024), e testemunharam a assinatura de sete acordos de cooperação nas áreas de ciência e tecnologia, saúde, cultura, proteção ambiental, energia limpa e direitos de propriedade intelectual.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim acolhe cimeira entre a China e cinco países da Ásia Central O Presidente chinês presidiu ontem em Pequim a uma cimeira virtual com os líderes da Ásia Central. Na mesa esteve a influência desestabilizadora do Ocidente e a promessa de mais cooperação, num momento em que se diz ter-se atingido, nas relações diplomáticas, económicas e políticas, um “máximo histórico” O Presidente chinês, Xi Jinping, disse nesta terça-feira que “as chaves para a cooperação bem-sucedida entre a China e cinco países da Ásia Central (Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão) são respeito mútuo, boa vizinhança e amizade, solidariedade e benefício mútuo”. Xi fez as observações numa cimeira virtual em comemoração do 30º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e cinco países da Ásia Central. “Os quatro princípios são valiosas experiências e riqueza compartilhada para os países, e servem como garantias políticas para relações estáveis e duradouras entre a China e os cinco países, bem como a fonte de força para trocas amigáveis no futuro”, disse Xi. O Presidente chinês disse ainda que a China está pronta para trabalhar com os países da Ásia Central na construção de uma comunidade mais próxima com um futuro compartilhado. Por seu lado, os líderes dos cinco países da Ásia Central disseram que estão “ansiosos para ir à cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022”, na próxima semana. A primeira grande acção A cimeira foi a primeira grande acção diplomática da China na Ásia Central este ano e a primeira reunião de chefes de Estado entre a China e os cinco países da Ásia Central. “A cimeira tem grande significado para todas as partes por resumir as realizações e experiências nas relações China-Ásia Central, e procurar coordenação e fazer planos para uma futura cooperação bilateral em toda a linha num novo ponto de partida histórico”, disse Zhao Lijian, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. “A cimeira irá também adoptar e divulgar uma declaração conjunta dos líderes no 30º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas”, disse Zhao, acrescentando que as relações entre a China e os países da Ásia Central atingiram “um máximo histórico”. “A cooperação tem produzido resultados e avanços históricos e icónicos, dando o exemplo de um novo tipo de relações internacionais e contribuindo para a construção de uma comunidade de futuro comum para a humanidade”, concluiu Zhao. “A China está disposta a trabalhar com os países da Ásia Central para levar por diante o passado e forjar o futuro, continuar a aprofundar a confiança mútua política e expandir a cooperação em todas as frentes, de modo a melhorar ainda mais a relação e levá-la a novos patamares”, disse Zhao. Graças ao sucesso das últimas décadas, especialistas previram que os dois lados teriam uma cooperação mais profunda em matéria de comércio, energia e intercâmbios interpessoais, para melhorar a coordenação em assuntos internacionais no momento histórico em que as situações regionais e internacionais estão a ter grandes mudanças. Pan Zhiping, director do Instituto da Ásia Central na Academia de Ciências Sociais de Xinjiang, disse que as relações da China com cada um dos cinco países e a região como um todo estão a desenvolver-se solidamente. Laços a múltiplos níveis A China e os países da Ásia Central forjaram laços sólidos no quadro da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), que acaba de celebrar o seu 20º aniversário. A China também construiu parcerias estratégicas com o Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão. “A confiança mútua política de alto nível e os frequentes intercâmbios de alto nível tornaram as relações China-Ásia Central resilientes à instigação e às tentativas de atrair a discórdia”, disseram os especialistas, insinuando o papel dos EUA na região. Graças a essa confiança mútua entre a China e os países da Ásia Central, Pan apontou uma cooperação frutuosa em múltiplos campos, muitos deles centrados na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” na qual a Ásia Central desempenha um papel fulcral, citando como exemplo os comboios de mercadorias China-Europa. A iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” foi proposta pela primeira vez na Ásia Central, durante a visita do Presidente Xi ao Cazaquistão em 2013. Em 2020, 91% dos 900.000 contentores que o Cazaquistão transportou foram para comboios de mercadorias China-Europa, informou a agência de notícias Xinhua. De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Comércio chinês, o comércio entre a China e os cinco países saltou de menos de 500 milhões de dólares há 30 anos para 50,1 mil milhões de dólares, o que representa um aumento de 100 vezes. Existem múltiplas áreas onde a China e a Ásia Central podem aprofundar a cooperação, incluindo a redução da pobreza, a prevenção de pandemias, a segurança dos cereais e o financiamento do desenvolvimento, disseram os peritos, observando que a China também pode trabalhar em mais projectos de infra-estruturas com o Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão. Durante a pandemia, a China não só enviou fornecimentos médicos e equipas de peritos para a Ásia Central, como também forneceu vacinas, em termos de doses reais, bem como de capacidades de produção. Em Setembro de 2021, uma linha de produção de COVID-19 de Anhui Zhifei Longcom começou a fabricar no Uzbequistão, com uma capacidade anual de 100 milhões de doses, informou a Xinhua. Conter a influência do Ocidente Segundo especialistas, a China e a Ásia Central têm uma tradição de comunicação desde a antiga Rota da Seda, e o espírito de diálogo entre civilizações foi herdado, com ambos os lados a respeitarem a cultura e o caminho de desenvolvimento um do outro. As duas partes estão a coordenar estreitamente os assuntos regionais, nomeadamente, a questão do Afeganistão, bem como outras ameaças à paz e segurança regionais. Na sequência da recente agitação em grande escala no Cazaquistão que ameaçou a paz regional, a China expressou vontade de apoiar firmemente o governo na manutenção da estabilidade e no fim da violência no momento crítico relativo ao futuro do Cazaquistão. Yang Jin, um investigador associado do Instituto de Estudos Russos, da Europa Oriental e da Ásia Central da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse que “apesar dos EUA e o Ocidente investirem e gastarem esforços nestas áreas para competir com a Rússia e conter a China, a Ásia Central trabalharia no sentido de estreitar as relações com a Rússia e estaria atenta à interferência dos EUA e do Ocidente”. Pan disse que a Rússia tem uma forte influência na Ásia Central. “As melhores relações de sempre China-Rússia e uma boa coordenação também abriram o caminho para a estabilidade e desenvolvimento das relações China-Ásia Central, e as três partes podem lidar conjuntamente com os desafios, quer se trate de infiltração dos EUA ou de forças terroristas regionais”, disse Pan. Na segunda-feira, os meios de comunicação quirguizes noticiaram que o Presidente quirguize Sadyr Zhaparov visitará a China de 3 a 5 de Fevereiro, durante a qual participará na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022, informou a agência de notícias do Quirguizistão AKIpress.
Hoje Macau China / ÁsiaPortugal sem representação política nos Jogos de Inverno de Pequim Portugal não terá representação política nas cerimónias de abertura e de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, “por várias razões”, revelou ontem em Bruxelas o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. “Portugal não terá representação política na cerimónia de abertura ou na cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno, e estamos também a coordenar-nos com os demais Estados europeus nessa matéria, mas não teremos representação política na cerimónia de abertura ou na cerimónia de encerramento”, declarou o chefe da diplomacia portuguesa. Santos Silva, que falava aos jornalistas após participar numa reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, justificou a ausência com “várias razões”, desde “o momento político que se vive em Portugal” ao “sentido de unidade próprio da União Europeia” nas atuais “circunstâncias”, admitindo também o peso que tem o facto de os Jogos Olímpicos de Inverno não serem, “do ponto de vista, desportivo «o alfa e o ómega» do desporto nacional”. Depois de, na semana passada, o Parlamento Europeu ter apelado a um boicote diplomático e político dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, face às tentativas da China de “legitimar o seu sistema autoritário”, Santos Silva confirmou que “há uma coordenação que se está a fazer [entre os 27], respeitando evidentemente todos os interesses de cada Estado-membro”. “Por exemplo, sei que alguns Estados europeus se farão representar ao nível de ministro do Desporto dada a dimensão da sua representação desportiva. Outros far-se-ão representar apenas ao nível de embaixador, e, como é habitual nestas coisas, mesmo quando a decisão é nacional, nós concertamos sempre posições e é isso que estamos a fazer”, disse. Quanto à posição portuguesa, atribuiu-a então ao “sentido de unidade próprio da UE e também o que é típico da diplomacia não-confrontacional que Portugal pratica”, voltando a recordar o “momento político que se vive em Portugal, e que se viverá nas próximas semanas”, com a realização de eleições legislativas no próximo domingo, 30 de janeiro. “Entendemos que uma representação ao nível ministerial ou de membro do Governo não seria a solução apropriada”, concluiu.
Hoje Macau China / ÁsiaEpidemiologista chinês avisa para surtos de covid-19 dez vezes maiores em Xangai O epidemiologista Zhang Wenhong alertou hoje as autoridades de Xangai que, devido ao “levantamento global” das medidas contra a covid-19, a China enfrenta “mais riscos”, pelo que a cidade deve “preparar-se para surtos cinco ou dez vezes maiores”. Ao contrário dos países que levantaram as suas restrições, a China “não pode relaxar de forma alguma as medidas de prevenção contra a pandemia”, advertiu Zhang, numa carta enviada ao governo de Xangai. A disseminação da variante Ómicron, caracterizada como altamente contagiosa, traria grande pressão sobre o sistema de saúde, segundo alertou o epidemiologista. O especialista, que lidera a luta contra a pandemia em Xangai e é um dos rostos mais reconhecidos entre os epidemiologistas chineses, recomendou que as autoridades “realizem simulações”, “reforcem o sistema de tratamento” e “façam um bom trabalho na preparação dos materiais e na organização de cursos de formação”. Na missiva, Zhang lembrou que a nova variante “está a espalhar-se pelo mundo a uma velocidade sem precedentes”, o que implica o risco de “casos importados” do exterior, que podem somar-se a “casos de transmissão local”. A China continua a aplicar uma política de tolerância zero contra o novo coronavírus, estratégia que envolve campanhas massivas de testes de diagnóstico PCR e restrições à mobilidade sempre que um caso é detetado. Desde março de 2020, as fronteiras do país asiático estão praticamente fechadas para visitantes estrangeiros não residentes. Todos os passageiros que chegam à China devem passar por uma quarentena centralizada de pelo menos 14 dias em hotéis pagos pelo viajante. Xangai continua a ser uma das principais portas de entrada no país. As autoridades locais decidiram aumentar os 14 dias de vigilância centralizada para 21 no caso de viajantes que não residem na cidade, uma política que vai ser mantida até pelo menos 31 de março, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. Segundo dados oficiais chineses, desde o início da pandemia, 105.660 pessoas foram infetadas no país e 4.636 morreram. A covid-19 provocou pelo menos 5,58 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).