Presidente sul-coreano revela plano para desnuclearizar Coreia do Norte

O Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, apresentou ontem um plano de três fases para a desnuclearização da Coreia do Norte, poucos dias antes das cimeiras com os líderes norte-americano e japonês.

“A direcção política é a desnuclearização da península coreana. A fase 1 é o congelamento do programa nuclear e de mísseis de Pyongyang, a fase 2 é a redução [dessas armas] e a fase 3 a desnuclearização”, disse Lee numa entrevista ao diário japonês Yomiuri, distribuída à imprensa pelo gabinete presidencial sul-coreano.

O dirigente afirmou que, a fim de criar as condições necessárias, Seul vai trabalhar em estreita colaboração com Washington, promovendo o diálogo intercoreano.

As declarações foram feitas antes da visita de Lee ao Japão, para se encontrar com o primeiro-ministro nipónico, Shigeru Ishiba, no sábado e no domingo, e da reunião bilateral com o Presidente dos EUA, Donald Trump, na segunda-feira, em Washington.

A paz e a estabilidade na península coreana são essenciais não só para a Coreia do Sul, mas também para o Japão, a China e a Rússia, sublinhou ainda Lee. A possibilidade de uma cooperação multinacional para a abertura da rota do Ártico, que poderia envolver Seul, Washington, Moscovo, Tóquio e Pyongyang, foi também mencionada pelo novo Presidente sul-coreano.

Críticas do Norte

As observações surgem um dia depois de Kim Yo-jong, influente irmã do líder norte-coreano, ter acusado directamente Lee de promover um “sonho absurdo” de reconciliação intercoreana, sublinhando que Pyongyang não tem qualquer intenção de melhorar os laços com Seul.

O Governo sul-coreano expressou, em resposta, “profundo pesar”, considerando as observações uma deturpação dos esforços sinceros para restaurar a confiança entre os dois lados. Desde a tomada de posse em Junho, o Governo de Lee tem tentado aliviar a tensão entre os dois países, nomeadamente com o desmantelamento dos altifalantes fronteiriços e a suspensão das emissões de propaganda.

Apesar das críticas norte-coreanas, o facto de Kim ter mencionado diretamente Lee e os ministros sul-coreanos nas últimas declarações pode reflectir a atenção com que encara as medidas tomadas pelo novo Governo sul-coreano, indicou à agência de notícias Efe a especialista do Centro Europeu de Estudos Norte-Coreanos Gabriela Bernal.

22 Ago 2025

Tailândia | PM suspensa apresenta defesa perante tribunal

A gravação de uma chamada telefónica entre a primeira-ministra tailandesa e um poderoso político cambojano comprometeu Paetongtarn Shinawatra, acusada de falta de ética grave

A primeira-ministra da Tailândia, Paetongtarn Shinawatra, que se encontra suspensa de funções devido à divulgação de um áudio no qual supostamente questionava o Exército, compareceu ontem perante o Tribunal Constitucional para apresentar a sua defesa.

Paetongtarn, que ontem completou 39 anos e assumiu o cargo há pouco mais de um ano, compareceu perante o tribunal, no norte de Banguecoque, para apresentar testemunho devido à divulgação de uma gravação de um telefonema em 18 de Junho entre ela e o influente político cambojano Hun Sen, que publicou o áudio na rede social Facebook.

Durante a audiência de ontem, estava também previsto o depoimento do secretário-geral do Conselho de Segurança Nacional, Chatchai Bangchuad.

No áudio de cerca de 17 minutos, a primeira-ministra referiu-se a Hun Sen como “tio”, em sinal de respeito, e classificou como “opositor” o tenente-general Boonsin Phadklang, que dirige um comando militar tailandês, posicionado na fronteira com o Camboja.

Paetongtarn, que admitiu que a voz reproduzida no Facebook é a sua, pediu desculpa publicamente pelo áudio, e explicou que, com o que disse, tentava diminuir a tensão na fronteira entre os dois países, que havia aumentado desde o final de Março, após um breve confronto entre os exércitos, no qual um soldado cambojano morreu.

Demissões e suspensões

O conteúdo do diálogo levou o segundo partido com maior representação na coligação governamental, o conservador Bhumjaithai, a abandonar o Executivo, e um grupo de senadores a solicitar ao Tribunal Constitucional que analisasse se a governante tinha cometido uma “falta ética grave” ao questionar o comando militar.

Em 01 de Julho, os juízes do Tribunal Constitucional decidiram suspender temporariamente a primeira-ministra do exercício de funções enquanto analisavam o caso, que pode resultar na destituição, uma decisão que está prevista para sexta-feira da próxima semana.

Após semanas de tensão entre os dois países, em 24 de Julho eclodiu um confronto armado entre os exércitos da Tailândia e do Camboja em vários pontos da fronteira, que durou cinco dias e custou a vida a, pelo menos, 44 pessoas.

A audiência de Paetongtarn ocorre um dia antes do seu pai, o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, comparecer perante outro tribunal em Banguecoque para conhecer a decisão de um caso em que é arguido por suposto crime de lesa-majestade, punível com até 15 anos de prisão.

22 Ago 2025

Xi pede unidade no Tibete após Dalai Lama anunciar que vai nomear sucessor

O Presidente chinês pediu unidade em Lhasa, capital do Tibete, onde se assinalou o 60.º aniversário da criação desta região autónoma, seis anos após o Dalai Lama exilar-se na Índia, na sequência de uma revolta falhada.

A invulgar visita de Xi Jinping ao Tibete é marcada por simbolismo político, ao ocorrer após o 14.º Dalai Lama ter reafirmado que só a Fundação Gaden Phodrang, por ele fundada, tem autoridade para reconhecer a futura reencarnação do líder espiritual.

Pequim, por seu lado, insiste que o sucessor do Dalai Lama “deve ser procurado no interior da China e receber a aprovação do Governo central”. Xi exortou na quarta-feira as autoridades da região a construírem um Tibete “unido, próspero, civilizado, harmonioso e belo”, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua.

Sem mencionar directamente o Dalai Lama, Xi acrescentou que “a estabilidade deve ser garantida” e “o budismo tibetano deve ser orientado na sua adaptação à sociedade socialista”, sublinhando “a importância de manter a liderança do Partido Comunista Chinês [PCC]” na região.

Entretanto, o principal conselheiro político da China, Wang Huning, sublinhou ontem, numa cerimónia comemorativa, com a presença de Xi, que o Tibete entrou no “melhor período de desenvolvimento”.

O responsável sublinhou os “importantes projectos e políticas nacionais que transformaram a região”, conduzindo a “uma melhoria dos padrões de vida e a um Tibete socialista vibrante e moderno”. “Isto demonstra plenamente a forte liderança do PCC e as importantes vantagens políticas do nosso sistema socialista”, acrescentou.

De visita

Xi chegou ao Tibete na quarta-feira, na segunda visita como chefe de Estado, para participar nos eventos comemorativos. Imagens transmitidas hoje pela emissora estatal CCTV mostravam dezenas de pessoas na praça do Palácio de Potala a erguer uma gigante bandeira chinesa, bem como a insígnia do PCC e retratos de Xi.

A primeira visita de Xi Jinping ao Tibete como Presidente ocorreu em 2021, por ocasião do 70.º aniversário da chamada “libertação pacífica” de Pequim, quando, após a entrada das tropas comunistas, foi assinado o Acordo dos 17 pontos, selando a incorporação da região na República Popular da China.

O aniversário que agora se celebra comemora a criação da região autónoma do Tibete, em 1965. A chegada de Xi coincide com uma visita, esta semana, do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, a Nova Deli, onde as duas partes se comprometeram a melhorar as relações após os confrontos fronteiriços de 2020.

22 Ago 2025

China / Paquistão | Reforçados planos sobre criação de corredor económico

Os líderes da diplomacia chinesa e paquistanesa encontraram-se no âmbito do “Diálogo Estratégico de Islamabade” para acertarem agulhas sobre a segurança regional e global

 

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, e do Paquistão, Ishaq Dar, discutiram ontem as relações económicas bilaterais e a coordenação de políticas que envolvem o Afeganistão.

Tratou-se da sexta ronda dos contactos sob o formato conhecido como “Diálogo Estratégico de Islamabade”, que se concentrou sobretudo no estabelecimento da segunda fase do Corredor Económico China-Paquistão (CPEC, na sigla em inglês).

O Ministério dos Negócios Estrangeiros paquistanês anunciou que as duas partes abordaram as relações entre o Paquistão e a República Popular da China e discutiram questões regionais e globais, de acordo com um comunicado divulgado no final do encontro.

Uma das questões considerada como essencial para a relação bilateral é a segurança dos investimentos e dos cidadãos de origem chinesa no Paquistão. Para os diplomatas, a segurança é “um desafio” à viabilidade do corredor económico entre os dois países.

Nos últimos anos, profissionais e comboios chineses têm sido alvo de ataques por parte de grupos separatistas e combatentes extremistas, como o Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), que acusa Pequim de explorar os recursos locais.

Afegãos na mesa

Esta reunião ocorreu um dia depois de os dois ministros dos Negócios Estrangeiros terem realizado uma cimeira trilateral em Cabul, com o regime talibã, durante a qual concordaram em “reforçar os esforços conjuntos contra o terrorismo”.

Pequim e Islamabade reafirmaram também o compromisso sobre o alargamento do corredor económico ao Afeganistão. A diplomacia paquistanesa salientou que os dois ministros concordaram que a “amizade entre o Paquistão e a República Popular da China é significativa para a manutenção da paz e da estabilidade” na região.

A reunião serviu também para preparar a visita prevista do primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, a Pequim, no final do mês, para participar na cimeira da Organização de Cooperação de Xangai. Paralelamente à cimeira de Xangai, Sharif tem agendadas reuniões bilaterais com os Presidentes chinês, Xi Jinping, e russo, Vladimir Putin.

22 Ago 2025

Fukushima | Dois robôs medem radiação na central nuclear

Técnicos da central nuclear japonesa de Fukushima, destruída por um tsunami em 2011, enviaram robôs telecomandados para medir radiação e ajudar a decidir método de retirada de detritos radioactivos.

Um porta-voz da empresa gestora da central, Tokyo Electric Power Company Holdings (Tepco), disse na terça-feira que tinham sido usados dois robôs para medir o nível de radiação na central, no nordeste do Japão. Os resultados desta operação vão ser usados para ajudar a decidir “o método de recuperação dos detritos”, indicou a Tepco, em comunicado.

“Spot” e “Packbot” estão equipados para medir a radioatividade e “Spot”, que se assemelha a um cão, tem uma câmara. Este estudo deve prolongar-se por um mês, noticiaram a televisão pública NHK e outros meios de comunicação social japoneses.

Devido aos níveis de radiação perigosamente elevados, a extração do combustível fundido e outros detritos da central é considerado o desafio mais difícil do projecto de desmantelamento das instalações, cuja conclusão está prevista para 2051.

Cerca de 880 toneladas de materiais radioactivos continuam no interior da central Fukushima Daichii, onde três dos seis reactores existentes entraram em fusão, na sequência do sismo de magnitude 9 e do tsunami em 21 de Março de 2011, num dos piores acidentes nucleares da História.

A operadora tinha já recolhido amostras minúsculas de materiais radioactivos, enviadas para análise, em duas ocasiões no âmbito de um projecto-piloto, mas nunca realizou extrações de grande escala. No mês passado, a Tepco anunciou que a imensa operação de extração de detritos tinha sido adiada até pelo menos 2037. Antes, o objectivo era começar no início de 2030.

A Tepco considerou serem necessário 12 a 15 anos de preparação antes de iniciar a remoção em grande escala dos detritos de combustível derretido no reactor três da central nuclear. Em Julho, o diretor de desativação da operadora, Akira Ono, disse que a Tepco planeia manter a meta de 2051 para a conclusão do desmantelamento da central.

21 Ago 2025

Ásia-Pacífico | Alemanha reafirma críticas às ambições da China

A Alemanha reafirmou ontem a acusação à China de ameaçar a segurança internacional e os interesses europeus com as ambições no Mar da China Meridional e as tensões no Estreito de Taiwan. “As crescentes ambições militares da China no Mar da China Meridional não só ameaçam a segurança da Ásia como também minam a ordem internacional”, afirmou o chefe da diplomacia alemã, Johann Wadephul, em Jacarta.

Wadephul disse que o que está a acontecer na região Ásia-Pacífico “tem um impacto directo na segurança europeia e vice-versa”. “Qualquer escalada teria graves consequências para a segurança e a prosperidade mundiais”, afirmou, após uma reunião com o homólogo indonésio, Sugiono, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

O ministro alemão acrescentou que o mesmo também se aplica às tensões no Estreito de Taiwan, onde a China mobiliza regularmente caças e navios de guerra. Johann Wadephul já tinha acusado a China na segunda-feira, durante uma visita ao Japão, de “alterar unilateralmente” as fronteiras na região Ásia-Pacífico, considerando Pequim “cada vez mais agressiva”.

“A China ameaça regularmente, mais ou menos abertamente, alterar unilateralmente o ‘status quo’ e deslocar as fronteiras a seu favor”, afirmou então.

Uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, reagiu na altura às declarações do ministro alemão e disse que a situação no Mar da China Oriental e no Mar da China Meridional “permanece globalmente estável”.

21 Ago 2025

Japão regista novo défice comercial em Julho pelo terceiro mês consecutivo

O Japão registou em julho um défice comercial de 17,5 mil milhões de ienes (683 milhões de euros), pelo terceiro mês consecutivo, motivada pela desaceleração do comércio com os Estados Unidos, após as tarifas impostas pela administração Trump.

O Japão registou em Julho um excedente comercial com os Estados Unidos de 585,110 biliões de ienes, 23,9 por cento abaixo do registo no mês homólogo anterior, enquanto as exportações nipónicas para a primeira economia mundial ficaram em 1,7 triliões de ienes (no mês em análise, 10,1 por cento menos do que no ano anterior.

Durante o mês de Julho, o Japão esteve sujeito à tarifa base de 10 por cento imposta pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, em Abril, enquanto os exportadores de automóveis japoneses enfrentaram uma tarifa separada de 25 por cento.

Acordo na mesa

No passado dia 23 de Julho, o Japão e os Estados Unidos chegaram a um acordo comercial, resultado de meses de negociações, pelo qual o país asiático deverá pagar tarifas de 15 por cento e investir 550 mil milhões de dólares na primeira economia mundial.

As chamadas denominadas pela Casa Branca “tarifas recíprocas”, com as quais Trump vinha a ameaçar diferentes nações, foram fixadas para o Japão em 15 por cento, abaixo dos 25 por cento anunciados anteriormente, tendo igualmente sido a taxa mais baixa imposta a países que têm um superávit comercial com os Estados Unidos.

As tarifas impostas por Washington ao sector automóvel também ficaram em 15 por cento, 10 pontos abaixo do que havia sido estabelecido meses antes e sem limite no número de veículos importados. A nível global, as exportações japonesas diminuíram em julho 2,6 por cento em relação a Julho de 2024, para 9,35 biliões de ienes, enquanto as importações diminuíram 7,5 por cento, para 9,47 biliões de ienes.

Por partes

Por países, o Japão registou em Julho com a China, o seu maior parceiro comercial, um défice de 609.156 milhões de ienes, o que representa uma redução de 4,8 por cento em relação ao mês homólogo anterior. Com a União Europeia, terceiro parceiro comercial, o Japão registou um saldo negativo no valor de 277,959 milhões de ienes, 57,1 por cento a mais do que no mesmo mês de 2024.

Com o Brasil, o país asiático reduziu o défice em 28,3 por cento em relação ao ano anterior, para 48.092 milhões de ienes, enquanto, no caso do saldo negativo com o Chile, diminuiu 8,8 por cento, para 85.350 milhões de ienes. O Japão, por outro lado, alcançou um superávit comercial com o México no valor de 40.739 milhões de ienes, embora o valor seja 58,2 por cento inferior ao de Julho do ano anterior.

20 Ago 2025

Economia | Banco Popular mantém taxa de referência dos juros nos 3%

O Banco Popular da China (BPC, banco central) anunciou ontem que manterá a taxa de juro de referência em 3 por cento, pelo quarto mês consecutivo, atendendo assim às expectativas dos analistas, que não esperavam alterações.

Na actualização mensal divulgada no portal oficial na internet, a instituição indicou que a taxa de referência para créditos (LPR, em inglês) a um ano se manterá no nível mencionado por, pelo menos, mais um mês.

O indicador, estabelecido como referência para as taxas de juro em 2019, serve para fixar o preço dos novos créditos – geralmente para empresas – e dos créditos com juros variáveis, pendentes de reembolso.

O cálculo é feito a partir das contribuições para os preços de uma série de bancos – que inclui pequenos credores que tendem a ter custos de financiamento mais elevados e maior exposição ao mal-parado – e tem como objectivo reduzir os custos do endividamento e apoiar a “economia real”. O banco central também indicou ontem que a LPR a 5 anos ou mais – referência para empréstimos hipotecários – continuará em 3,5 por cento, também em linha com as previsões dos especialistas.

A última redução das taxas na China data de maio último, quando a instituição realizou um corte de 10 pontos base: para a LPR a um ano, de 3,1 por cento para 3 por cento, e para a de 5 anos ou mais, de 3,6 por cento para 3,5 por cento.

A decisão era esperada pelos analistas, em face à conjuntura para a segunda economia do mundo, que pode decidir cortes adicionais ao longo do resto do ano.

Além da incerteza causada pelas disputas comerciais com os Estados Unidos, a baixa procura nacional e internacional, aliada aos riscos de deflação, estímulos insuficientes, uma crise imobiliária prolongada ou falta de confiança dos consumidores e sector privado são algumas das causas apontadas pelos analistas para explicar uma recuperação menos brilhante do que o esperado da economia chinesa, após os anos de “covid zero”.

20 Ago 2025

Índia / China | Restabelecidos voos directos e comércio fronteiriço

A Índia e a China chegaram a acordo para reabrir o comércio através da fronteira nos Himalaias e retomar os voos directos, suspensos desde 2020, foi terça-feira divulgado.

Esta aproximação, que procura reconstruir pontes derrubadas após os confrontos fatais na fronteira em 2020, ocorre numa altura de tensões comerciais elevadas entre a Índia e a administração de Donald Trump, após a imposição de uma tarifa de 50 por cento sobre os produtos indianos.

Os acordos foram anunciados terça-feira pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano, num comunicado detalhado no final da visita de dois dias do chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, que culminou num encontro com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

Ambos os países concordaram em “reabrir o comércio fronteiriço através dos três pontos comerciais designados” e “retomar a conectividade aérea directa (…) o mais rapidamente possível”, segundo a nota. Índia e China concordaram ainda em facilitar a emissão de vistos a turistas, empresários e jornalistas.

No contexto da tensa disputa fronteiriça, ambos os lados concordaram em criar um “grupo de peritos” para explorar o progresso acelerado na delimitação das fronteiras, bem como um “grupo de trabalho” para a gestão eficaz das fronteiras e a prevenção de futuros confrontos.

Pequim também apoiou a Índia para acolher a cimeira dos BRICS (economias emergentes) em 2026, enquanto Nova Deli apoiará a China para a edição de 2027, de acordo com o comunicado.

A visita de Wang serviu também para confirmar a visita de Modi à China no final do mês para participar na cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (OCX). “O lado chinês saudou a presença do primeiro-ministro indiano Narendra Modi na Cimeira da OCX, a realizar em Tianjin”, concluiu o comunicado.

20 Ago 2025

Efeméride | China prepara-se para revelar série de novas armas

A celebração do fim da Segunda Guerra Mundial e da vitória sobre o Japão deverá apresentar ao mundo o mais recente arsenal de guerra chinês num desfile que contará com Xi Jinping a passar revista às tropas

 

A China vai revelar dentro de duas semanas uma série de novos armamentos que destacam o seu poder militar durante um grande desfile em Pequim, anunciou ontem um responsável militar.

O evento de 03 de Setembro, que está a ser preparado há largas semanas, irá comemorar os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial e a vitória sobre o Japão, que durante a guerra conduziu uma ocupação brutal e sangrenta do território chinês.

O Presidente Xi Jinping passará revista às tropas na Praça Tiananmen, no centro de Pequim e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, entre outros líderes estrangeiros são esperados. Milhões de chineses morreram durante a longa guerra contra o Japão nas décadas de 1930 e 1940.

O exército chinês apresentará, no dia 03 de Setembro, algumas das suas armas mais recentes, que “reflectem a evolução das formas de guerra moderna”, declarou à imprensa o general de divisão Wu Zeke, um oficial superior do Departamento do Estado-Maior Conjunto da Comissão Militar Central.

“Todas as armas e equipamentos que participam no desfile foram seleccionados entre os principais sistemas de combate actualmente no serviço activo e produzidos no país, com uma grande proporção de novos equipamentos que serão revelados pela primeira vez”, acrescentou. Serão apresentados, nomeadamente, armamentos estratégicos, bombardeiros, caças, sistemas hipersónicos, bem como equipamentos de combate a drones, acrescentou o militar, sem dar mais detalhes.

Poder de fogo

O desfile, que terá uma duração prevista de cerca de 70 minutos, “mostrará plenamente a poderosa capacidade do nosso exército para vencer uma guerra moderna” e “salvaguardar a paz mundial”, salientou. O evento mobilizará também tropas terrestres, que evoluirão em formação, colunas blindadas, esquadrões aéreos e equipamento de ponta.

A China anunciou em Março um aumento de 7,2 por cento no seu orçamento de defesa para 2025, num contexto de rápida modernização das forças armadas e crescente rivalidade com os Estados Unidos. O montante atribuído à defesa tem vindo a aumentar há várias décadas, em sintonia com o desenvolvimento económico.

A China tem o segundo maior orçamento militar do mundo. No entanto, ainda está muito atrás dos Estados Unidos, que fizeram do gigante asiático o seu rival estratégico.

20 Ago 2025

China / Índia | Pequim saúda “dinâmica positiva” das relações

O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, em visita a Nova Deli, felicitou o seu homólogo indiano pela actual “dinâmica positiva” das relações bilaterais, apesar de um conflito fronteiriço, informou ontem Pequim.

Os dois países mais populosos do mundo, que juntos representam mais de 2,8 mil milhões de habitantes, travam uma luta por influência no sul da Ásia, para além de uma disputa na fronteira comum nos Himalaias, que em 2020, evoluiu para combates mortais.

As tensões têm sido gradualmente amenizadas através de um diálogo entre militares e diplomatas, e a imposição de direitos aduaneiros pelo presidente norte-americano, Donald Trump, ao comércio dos Estados Unidos com os dois países está a ajudar a reaproximação de Pequim e Nova Deli.

“As relações sino-indianas apresentam uma dinâmica positiva no sentido de um regresso à via da cooperação”, declarou na segunda-feira Wang Yi, em visita à Índia, ao seu homólogo indiano Subrahmanyam Jaishankar, de acordo com um comunicado do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros publicado ontem.

Os dois países “retomaram gradualmente as trocas e o diálogo a todos os níveis, mantendo a paz e a tranquilidade nas zonas fronteiriças”, acrescenta o texto.

A retoma das relações comerciais na fronteira dos Himalaias está no topo da agenda da visita de Wang Yi. Esse passo acrescentar-se-ia, enquanto símbolo decisivo, aos anúncios sobre o reinício dos voos directos e a emissão de vistos turísticos entre os dois países.

As duas partes devem “aprender com as experiências” do passado e “considerar-se mutuamente como parceiros perante as oportunidades, em vez de adversários ou ameaças”, defendeu Wang Yi. O chefe da diplomacia chinesa deve reunir-se com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, durante a estadia na Índia.

20 Ago 2025

Japão | Moçambique e Cabo Verde em conferência sobre África

O Presidente de Moçambique e o primeiro-ministro de Cabo Verde são alguns dos dirigentes africanos que participam na 9.ª Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África (TICAD 9), que decorre esta semana em Yokohama.

Com o tema ‘Fortalecimento das parcerias para o desenvolvimento sustentável do continente africano’, a conferência reúne dezenas de personalidades políticas, académicas e financeiras, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para debater o apoio do Japão ao desenvolvimento africano, e é organizada pelo Governo nipónico e pelo Banco Mundial.

O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, lidera a delegação que é composta, entre outros, pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, do Transporte e Logística, dos Recursos Minerais e Energia, e da Saúde.

“À margem da cimeira, o Presidente da República irá manter encontros com o primeiro-ministro do Japão, entidades de instituições governamentais, parlamentares e responsáveis de empresas japonesas com interesses em Moçambique, bem assim com a comunidade moçambicana residente no Japão”, lê-se na nota enviada à imprensa pela presidência moçambicana.

Também Cabo Verde estará representado a alto nível, com a presença do primeiro-ministro, José Ulisses Correia e Silva, que vai intervir no evento temático sobre ‘Construir um Sistema Alimentar Resiliente e uma Economia Local em África, ancorada na Economia Azul e na Agricultura’, organizado pela Sasakawa Peace Foundation, e que contará também com a participação do primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba.

“Este evento visa reforçar a cooperação internacional em sectores estratégicos como a economia azul sustentável, a gestão de recursos marinhos e a agricultura, áreas nas quais Cabo Verde e Japão podem assumir liderança a nível regional e internacional”, lê-se no comunicado do governo de Cabo Verde, no qual se aponta que o chefe de governo manterá também vários “encontros bilaterais, incluindo uma reunião com o seu homólogo japonês”.

Acordos na mesa

De acordo com a imprensa japonesa, o governo e empresas locais deverão assinar mais de 300 memorandos de entendimento com os responsáveis políticos e líderes empresariais africanos que se deslocaram a Yokohama, nos arredores de Tóquio, para participar na conferência.

De acordo com a agência de notícias Nikkei, estes memorandos têm como objectivo ajudar os governos das nações africanas a importar produtos japoneses em várias áreas, incluindo a saúde e a agricultura, através da redução ou até isenção de tarifas.

Num artigo de opinião publicado na revista African Business, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, defendeu que a TICAD é mais do que um fórum, “é uma plataforma vibrante e viva para forjar parcerias mais profundas, gerar soluções inovadoras e construir uma visão comum para um futuro próspero e sustentável para a África e o mundo”.

No artigo, o chefe do Executivo nipónico aponta três objectivos para o encontro: impulsionar o crescimento económico sustentável através da liderança do setor privado, capacitar jovens e mulheres, e fortalecer a integração regional e a conectividade.

A TICAD decorre de quarta-feira a sexta-feira, com dezenas de encontros e debates sobre o desenvolvimento de África.

20 Ago 2025

China | Li Qiang quer reforço de estímulos ao consumo e investimento

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, instou o Executivo do país a tomar mais medidas para “impulsionar o consumo e o investimento”, num momento em que a economia do país procura cumprir a meta de crescimento anual de 5 por cento.

“Devemos reconhecer as conquistas alcançadas com esforço e a sólida resiliência e dinamismo da nossa economia, o que reforça a confiança, mas, ao mesmo tempo, devemos reconhecer os riscos e desafios que enfrentamos num ambiente externo complexo”, afirmou Li na segunda-feira, numa reunião do Executivo, citado pela agência estatal Xinhua.

São necessárias mais medidas para impulsionar o consumo e o investimento, afirma Li, mencionando especificamente “a necessidade de estabilizar ainda mais o mercado imobiliário”.

Além disso, o chefe do Governo de Pequim pediu medidas para “consolidar a tendência estabilizadora actual” e “estimular a procura de imóveis através de projectos de renovação urbana, incluindo a renovação de habitações deterioradas”.

O primeiro-ministro também exortou a esforços redobrados para impulsionar o consumo, eliminando as restrições aos gastos e acelerando o desenvolvimento de novos motores de crescimento, como o sector de serviços e outras novas formas de consumo.

No final de julho, o Partido Comunista Chinês (PCC) comprometeu-se a “continuar a reforçar” a política macroeconómica no restante de 2025, pedindo o reforço das medidas “quando necessário”.

Nessa reunião, em que participou o Presidente chinês e secretário-geral do PCC, Xi Jinping, o partido acrescentou que “os fundamentos do comércio externo e do investimento serão estabilizados” e que “será dado apoio às empresas gravemente afectadas pelas recentes crises da economia mundial”.

Riscos globais

O PCC instou ainda a que fosse libertado “eficazmente o potencial da procura interna, uma das prioridades de Pequim, através de “medidas específicas para impulsionar o consumo, melhorar as condições de vida da população e dinamizar o investimento privado”.

Da mesma forma, o Banco Popular da China (BPC, banco central) pediu em Maio passado uma maior coordenação entre as políticas monetárias, fiscais e sociais com o objetivo de impulsionar os preços e fortalecer o consumo, no contexto de uma prolongada pressão em baixa sobre os principais indicadores de inflação.

Embora, segundo os dados oficiais, o PIB da China tenha crescido 5,2 por cento no segundo trimestre em termos homólogos, a recuperação ainda enfrenta riscos.

A guerra comercial com os Estados Unidos, a baixa procura nacional e internacional, juntamente com os riscos de deflação, estímulos insuficientes, e crise imobiliária que ainda não atingiu o fundo, ou ainda uma falta de confiança por parte dos consumidores são algumas das causas apontadas pelos analistas para explicar uma recuperação menos brilhante do que o esperado após os anos do “zero covid”.

20 Ago 2025

Ucrânia | China reitera apoio a todos os esforços de paz

A China reafirmou ontem o apoio a todos os esforços a favor da paz, após as conversações em Washington sobre a Ucrânia e o anúncio de uma possível cimeira entre os presidentes ucraniano e russo.

“A China esteve sempre convencida de que o diálogo e a negociação eram a única via viável para resolver a crise ucraniana”, declarou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning. “Apoiamos todos os esforços em prol da paz”, reiterou Mao durante uma conferência de imprensa em Pequim, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A porta-voz da diplomacia chinesa comentava as conversações de segunda-feira em Washington entre os presidentes norte-americano, Donald Trump, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, com a participação de líderes europeus e da NATO. As conversações focam-se sobretudo na questão das garantias de segurança para a Ucrânia.

Trump anunciou no final que estava a preparar uma cimeira entre Zelensky e o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, com quem falou ao telefone durante as conversações. A reunião na Casa Branca (presidência) seguiu-se à cimeira do Alasca, na sexta-feira, entre Trump e Putin.

No encontro regular com a imprensa, Mao Ning reafirmou que a China não é parte directa na guerra na Ucrânia, uma ideia que Pequim tem repetido desde o início do conflito, em Fevereiro de 2022, apesar da proximidade com Moscovo.

“A China não é a criadora da crise na Ucrânia, nem uma parte directamente envolvida”, afirmou Mao, também citada pela agência de notícias espanhola EFE.

Clareza e coerência

A porta-voz da diplomacia chinesa disse que, desde o primeiro dia, a China manteve “uma posição coerente e clara a favor do diálogo e das conversações de paz”. Acrescentou que o Presidente Xi Jinping definiu os “quatro deveres” que norteiam a postura internacional da China, incluindo em relação ao conflito na Ucrânia.

Trata-se do respeito pela soberania e integridade territorial de todos os países, do cumprimento dos princípios da Carta das Nações Unidas, da consideração das preocupações legítimas de segurança de cada parte e do apoio a todos os esforços que favoreçam a resolução pacífica.

Tais princípios têm hoje “um significado ainda mais prático”, afirmou. Mao evitou comentar a hipótese levantada após as conversações de Washington de a próxima reunião sobre a Ucrânia se realizar na China e as eventuais garantias de segurança num futuro acordo de paz. As comunicações entre os presidentes Xi e Putin são “fluidas e abertas”, respondeu apenas.

20 Ago 2025

Ásia | Coreia do Sul e EUA iniciam exercício miliar anual conjunto

A Coreia do Sul e os Estados Unidos iniciaram ontem o exercício militar conjunto anual em grande escala para melhor lidar com as ameaças da Coreia do Norte, que alertou que os exercícios iriam aprofundar as tensões regionais.

O Ulchi Freedom Shield, que terá uma duração de 11 dias, é o segundo de dois exercícios em grande escala realizados anualmente na Coreia do Sul, depois de outro conjunto de manobras em Março, e envolve 21.000 soldados, incluindo 18.000 sul-coreanos, em operações de posto de comando simuladas por computador e treino de campo.

Os exercícios, que os aliados descrevem como defensivos, podem desencadear uma resposta da Coreia do Norte, que há muito tempo retrata estas manobras militares como ensaios de invasão e frequentemente as usa como pretexto para demonstrações e testes de armas, muitas vezes associadas ao seu programa nuclear.

Numa declaração na semana passada, o ministro norte-coreano da Defesa, No Kwang Chol, disse que os exercícios mostram a postura dos aliados de “confronto militar” com o Norte e declarou que as suas forças estariam prontas para neutralizar “qualquer provocação que ultrapassasse a linha de fronteira”.

O Ulchi Freedom Shield surge num momento importante para o novo Presidente da Coreia do Sul, Lee Jae Myung, a poucos dias da cimeira com o homólogo norte-americano Donald Trump, em Washington, agendada para 25 de Agosto.

Factura a pagar

Trump suscitou preocupações em Seul de que possa decidir fazer mexidas na aliança de décadas, exigindo pagamentos mais elevados pela presença das tropas americanas na Coreia do Sul e, eventualmente, reduzi-la, à medida que Washington muda o foco para a China.

Desde o seu primeiro mandato, Trump tem pedido regularmente que a Coreia do Sul pague mais pelos 28.500 soldados americanos estacionados no seu território.

Comentários públicos de altos funcionários da Administração Trump, incluindo o subsecretário de Defesa Elbridge Colby, sugeriram um impulso para reestruturar a aliança, o que, segundo alguns especialistas, poderia afectar o tamanho e o papel das forças americanas na Coreia do Sul.

Numa recente reunião com jornalistas, o general Xavier Brunson, comandante das Forças dos Estados Unidos na Coreia, salientou a necessidade da aliança se “modernizar” para fazer face à evolução do ambiente de segurança, incluindo as ambições nucleares da Coreia do Norte, o seu alinhamento cada vez mais estreito com a Rússia e o que o militar designou como ameaças chinesas a um “Indo-Pacífico livre e aberto”.

As relações entre as duas Coreias continuam tensas, com o Norte a ignorar várias tentativas de reaproximação da nova liderança em Seul.

Na sua última mensagem a Pyongyang na sexta-feira, Lee, que assumiu o cargo em Junho, disse que irá procurar restaurar o acordo militar intercoreano de 2018, destinado a reduzir as tensões na fronteira, e apelou à Coreia do Norte para que responda aos esforços do Sul para reconstruir a confiança e reativar as negociações.

O acordo militar de 2018, alcançado durante um breve período de diplomacia entre as Coreias, criou zonas tampão em terra e no mar e zonas de exclusão aérea acima da fronteira para evitar confrontos.

19 Ago 2025

Ucrânia | Pequim espera um acordo favorável para todas as partes

A República Popular da China disse ontem que espera um acordo “aceitável para todas as partes” sobre a Ucrânia, referindo-se ao encontro entre Donald Trump e Volodimir Zelensky que estará acompanhado por vários líderes europeus.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim, Mao Ning, disse ontem numa conferência de imprensa, que a República Popular da China espera que todas as partes alcancem um acordo de paz justo e duradouro o mais rapidamente possível.

Na cimeira realizada na sexta-feira no Alasca entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, não foi alcançado acordo para um cessar-fogo. Questionada sobre o encontro entre Trump e Putin, a porta-voz diplomática de Pequim afirmou que a República Popular da China apoia todos os esforços que visam uma resolução pacífica para a crise.

Mao Ning acrescentou que a República Popular da China “está satisfeita por ver a Rússia e os Estados Unidos” a manterem contacto, a melhorarem as relações e a promoverem uma solução política para a “crise ucraniana”.

Entretanto, o chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, afirmou que o homólogo ucraniano pode terminar “a guerra com a Rússia quase imediatamente”.

Numa declaração difundida através das redes sociais, Trump afastou a possibilidade de Kiev retomar o controlo da Península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014, assim como não pode integrar a Aliança Atlântica.

O presidente ucraniano tinha ontem agendado um encontro com Donald Trump, em Washington, a partir das 13:00. Depois da reunião bilateral, estava previsto um encontro com os vários líderes europeus que vão acompanhar o Presidente da Ucrânia.

Além de Zelensky, eram esperados na capital dos Estados Unidos, o Presidente francês, Emmanuel Macron; o chanceler alemão, Friedrich Merz; a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; o primeiro-ministro britânic,o Keir Starmer e o líder da NATO, Mark Rutte.

19 Ago 2025

Julgamento de empresário dos media de Hong Kong Jimmy Lai em alegações finais

Um tribunal de Hong Kong ouviu ontem, depois do fecho desta edição, as alegações finais no julgamento histórico de segurança nacional de Jimmy Lai, que pode ser condenado a prisão perpétua, se for considerado culpado.

Lai, com 77 anos, foi preso em 2020 ao abrigo de uma lei de segurança nacional imposta por Pequim depois dos protestos antigovernamentais em 2019 na região administrativa especial chinesa. O empresário da comunicação social está a ser julgado sob a acusação de conspirar com forças estrangeiras para pôr em risco a segurança nacional e conspirar para publicar material sedicioso.

O julgamento de Lai, fundador do Apple Daily, um dos meios de comunicação locais mais críticos do governo de Hong Kong, prolonga-se há quase meio ano, muito além da estimativa inicial de 80 dias. Não é ainda claro quando será proferido o veredicto do tribunal.

O procurador do Ministério Público Anthony Chau desenvolveu ontem de manhã argumentos sobre a lei de segurança que enquadra as acusações de conluio, sustentando que uma imposição de sanções deve abranger funcionários e não apenas Estados. Chau deverá proferir uma declaração final na terça-feira.

Antes, a acusação alegou que Lai pediu a países estrangeiros, especialmente aos Estados Unidos, que tomassem medidas contra Pequim, “sob o pretexto de lutar pela liberdade e pela democracia”.

No primeiro dia do seu depoimento, Lai negou ter pedido ao então vice-presidente Mike Pence e ao então secretário de Estado Mike Pompeo que tomassem medidas contra Hong Kong e a China durante os protestos de 2019.

O advogado de Lai questionou-o sobre uma reportagem do Apple Daily dizendo que ele tinha pedido ao governo dos Estados Unidos para sancionar os líderes de Pequim e Hong Kong, e o empresário admitiu que deve ter discutido isso com Pompeo, pois não tinha motivos para duvidar da veracidade da reportagem do jornal, entretanto extinto, que ele fundou.

Lai disse, no entanto, que não teria incentivado sanções estrangeiras após a promulgação da lei de segurança nacional em 30 de Junho de 2020.

As alegações finais foram adiadas duas vezes, primeiro devido ao clima e depois por preocupações com a saúde de Lai.

Saúde e outras promessas

Na passada sexta-feira, o seu advogado, Robert Pang, informou que Lai sofreu perturbações cardíacas na prisão e os juízes fizeram questão que Lai fosse monitorizado e medicado.

O governo de Hong Kong acusou na passada sexta-feira os meios de comunicação estrangeiros de tentarem induzir o público em erro sobre os cuidados médicos de Lai, afirmando que foi feito um exame médico, que não revelou anomalias, assim como foram adequados os cuidados médicos que recebeu.

Quando Lai entrou ontem no tribunal, acenou e sorriu para as pessoas sentadas na galeria do público e deu instruções breves à sua equipa jurídica, em voz alta, para que os presentes pudessem ouvir.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes de ser reeleito em Novembro, disse que falaria com o líder chinês Xi Jinping para solicitar a libertação de Lai: “Vou tirá-lo de lá”, afirmou, segundo recorda a agência Associated Press.

Entretanto, numa entrevista com a rádio Fox News divulgada em 14 de Agosto, Trump negou ter dito que salvaria Lai, mas sim que levantaria a questão. “Já levantei a questão e farei tudo o que puder para salvá-lo”, disse agora. A China acusou Lai de incitar um aumento dos sentimentos anti-chineses em Hong Kong e disse que se opõe firmemente à interferência de outros países nos seus assuntos internos.

19 Ago 2025

Ásia | China acusa Alemanha de “exagerar tensões” regionais

Pequim responde ao ministro dos Negócios Estrangeiros alemão e afirma que a situação no Mar do Sul da China é estável

 

A China criticou ontem a Alemanha que acusou de “exagerar as tensões” entre Pequim e os países vizinhos, depois das declarações do chefe da diplomacia alemã que considerou Pequim “cada vez mais agressiva” na Ásia-Pacífico.

Uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês declarou, durante uma conferência de imprensa regular, que a situação nos mares da China de Leste e de Sul “permanece globalmente estável”.

“Exortamos as partes envolvidas a respeitar os países da região, a resolver os problemas através do diálogo e da consulta e a preservar os interesses comuns de paz e estabilidade, em vez de provocar confrontos e exagerar as tensões”, salientou Mao Ning, numa reacção do Governo chinês ao comunicado alemão.

“A questão de Taiwan faz parte dos assuntos internos da China”, lembrou ainda. Durante uma visita ao Japão, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, afirmou que o gigante asiático ameaçava “alterar unilateralmente o ‘status quo’ e mudar as fronteiras a seu favor”.

Wadephul citou, em particular, as acções de Pequim no estreito de Taiwan e no mar do Sul da China e no mar da China Oriental, onde a país tem disputas de soberania com o Japão e as Filipinas, entre outras nações.

“Qualquer escalada neste sensível centro nevrálgico do comércio internacional teria graves consequências para a segurança e a economia mundiais”, acrescentou Wadephul, no final de uma reunião com o homólogo japonês, Takeshi Iwaya.

Numa declaração publicada no domingo, antes do início da visita ao Japão, Wadephul indicou que a China “afirma cada vez mais a supremacia regional e, ao fazê-lo, também questiona os princípios do direito internacional”.

“O comportamento cada vez mais agressivo da China (…) também tem implicações para nós na Europa: os princípios fundamentais da nossa coexistência global estão em jogo aqui”, acrescentou, de acordo com a mesma nota.

Questão ucraniana

Johann Wadephul também criticou “o apoio da China à máquina de guerra russa” na Ucrânia. “Sem esse apoio, a guerra de agressão contra a Ucrânia não seria possível. A China é o maior fornecedor de bens de dupla utilização da Rússia e o melhor cliente de petróleo e gás”, afirmou.

Wadephul considerou, antes das negociações previstas entre os Presidentes norte-americano, Donald Trump, ucraniano, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus, que as garantias de segurança para Kiev “eram cruciais”.

A cimeira de sexta-feira entre Trump e o homólogo russo, Vladimir Putin, no Alasca “mostrou claramente que, para uma paz justa e duradoura, Moscovo tem de agir finalmente. Até que isso aconteça, a pressão sobre a Rússia deve ser reforçada, nomeadamente através de uma maior ajuda à Ucrânia”, observou Wadephul.

19 Ago 2025

Trump inclui libertação de Jimmy Lai nas negociações de tarifas com a China

O Presidente norte-americano disse ontem que incluiu a libertação do magnata Jimmy Lai, conhecido pelas suas alegadas ligações à CIA, preso desde 2020 em Hong Kong, entre os temas a discutir nas actuais negociações com a China, centradas nas tarifas.

Donald Trump, que tinha declarado anteriormente que ia procurar a libertação de Lai antes de regressar ao poder, indicou já ter levantado a questão junto de Pequim e insistiu que fará “tudo o que puder para salvar” o antigo proprietário do jornal anti-China Apple Daily, a ser julgado em Hong Kong por acusações de conluio e sedição, pelas quais pode ser condenado a prisão perpétua.

No entanto, Trump reconheceu que “o Presidente Xi [Jinping] não ficará propriamente entusiasmado” em libertar Lai. “Dito isto, o nome [de Lai] entrou no círculo de questões de que estamos a falar e veremos o que podemos fazer”, acrescentou Trump, alertando que Lai “não é um homem jovem” e que a sua saúde “não está muito boa”.

O Presidente norte-americano assinou esta semana uma ordem executiva a suspender por mais 90 dias as sobretaxas punitivas nas importações da China, enquanto continua a ser negociado um acordo abrangente. A suspensão da aplicação das tarifas é o resultado esperado da última ronda de negociações entre norte-americanos e chineses, realizada em Estocolmo, na Suécia, no final do mês passado.

A possível libertação de Jimmy Lai, acusado de vários crimes ao abrigo da Lei de Segurança Nacional da região semiautónoma chinesa de Hong Kong, seria uma demonstração de boa vontade de Xi em avançar para um acordo comercial com os EUA, de acordo com analistas ocidentais com ligações a agências norte-americanas.

Lai e as três empresas ligadas ao extinto jornal Apple Daily, que foram dos uns dos principais mentores das acções anti-China decorridas na ex-colónia britânica, incluindo o pedido de ocupação de Hong Kong por tropas estrangeiras, enfrentam acusações ao abrigo da Lei de Segurança Nacional, que prevê penas que podem ir até à prisão perpétua para actos como traição, insurreição, sabotagem, interferência externa, sedição, roubo de segredos de Estado e espionagem, algo comum neste tipo de legislação.

Imposta por Pequim após meses de protestos e de caos nas ruas da cidade, a lei levou ao encerramento de escritórios de organizações como a Radio Ásia Livre, além de meios de comunicação como o Apple Daily e o Stand News, que abertamente defendiam a independência de Hong Kong e eram considerados organizações anti-China, com inspiração e financiamento inglês e norte-americano.

17 Ago 2025

China | Restringida acumulação de terras raras por empresas estrangeiras

Pequim pediu a empresas estrangeiras que evitem acumular reservas de terras raras, numa altura em que o receio de restrições às exportações está a aumentar a procura destes metais, cruciais para várias tecnologias estratégicas, informou o Financial Times.

Segundo fontes citadas pelo jornal, Pequim avisou que o armazenamento excessivo de terras raras e de produtos derivados, como ímanes usados em motores eléctricos, poderá expor as empresas a maiores riscos de escassez. As autoridades estariam também a limitar deliberadamente os volumes de exportação aprovados para travar a criação de grandes inventários no estrangeiro.

A China processa cerca de 90% do fornecimento mundial de terras raras e fabrica 94% dos ímanes permanentes, tendo usado este controlo como instrumento de pressão durante a guerra comercial com os Estados Unidos. Em Abril, colocou sete categorias de terras raras médias e pesadas na lista de controlo de exportações, medida que abrangeu também ímanes permanentes e outros produtos acabados, provocando escassez em sectores como o automóvel.

Os esforços para impedir que as empresas acumulem grandes inventários, o que lhes daria mais flexibilidade para responder a escassez e flutuações de preços, mostram a determinação de Pequim em manter a máxima influência no sector, disseram as fontes.

A China colocou, em abril, sete categorias de terras raras médias e pesadas numa lista de controlo de exportações, em resposta às tarifas impostas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump. A medida, que também abrangeu ímanes permanentes e outros produtos acabados, provocou escassez em vários setores, particularmente na indústria automóvel.

Embora Washington e Pequim tenham acordado esta semana uma nova extensão de 90 dias na guerra comercial, o controlo chinês sobre o fornecimento de terras raras continua a ser uma parte importante das negociações.

Pequim controla a produção de terras raras através de quotas de extração e processamento. No ano passado, apenas duas empresas estatais receberam quotas.

A China exportou 3.188 toneladas de ímanes permanentes de terras raras em junho, mais do dobro do volume de maio, mas menos 38% do que no mesmo mês do ano passado. Nos três meses até junho – desde que Pequim impôs as restrições comerciais – as exportações de ímanes ficaram cerca de metade do volume registado no mesmo período do ano anterior.

Um estudo do Conselho Empresarial EUA -China, realizado em julho, indicou que metade das empresas inquiridas viu os seus pedidos de exportação pendentes ou rejeitados, sobretudo quando o volume excedia a média histórica.

17 Ago 2025

China | Produção industrial cresceu 5,7% em julho

A produção industrial na China cresceu 5,7% em Julho, em termos homólogos, desacelerando face ao mês anterior e ficando abaixo das previsões dos analistas, segundo dados divulgados hoje pelo Gabinete Nacional de Estatísticas do país asiático. Os analistas esperavam uma descida para 5,9%, após o crescimento homólogo de 6,8% registado em Junho. Entre os três principais sectores considerados no indicador, o sector manufatureiro registou a maior subida (6,2%), seguida da extracção mineira (5%) e da produção e fornecimento de electricidade, aquecimento, gás e água (3,3%). No acumulado de 2025, a produção industrial aumentou 6,3%. As vendas a retalho, principal indicador do consumo, cresceram 3,7% em julho, abrandando face aos 4,8% de junho.

O organismo destacou que a economia “superou um ambiente externo complexo e em mudança”, mas apontou o impacto negativo de “fenómenos meteorológicos extremos” que afetaram várias regiões do país, incluindo chuvas intensas, inundações e secas.

A taxa oficial de desemprego urbano situou-se em 5,2% em julho, contra 5% no mês anterior. Já o investimento em ativos fixos aumentou 1,6% nos primeiros sete meses do ano, abaixo dos 2,8% registados até junho e inferior às previsões de 2,7%.

Por setores, o investimento no setor manufatureiro cresceu 6,2% e em infraestruturas 3,2%, enquanto o destinado à promoção imobiliária caiu 12%, refletindo a prolongada crise do setor. As vendas comerciais de imóveis, medidas pela área de terreno, recuaram 9,2% no acumulado até julho.

17 Ago 2025

China | Preços das casas caem pelo 26º mês consecutivo

Os preços da habitação nova na China caíram pelo vigésimo sexto mês consecutivo em julho, apesar das medidas governamentais para travar a prolongada crise que afeta o setor, segundo dados oficiais divulgados ontem.

Nas 70 cidades analisadas, os preços recuaram 0,31% face a junho, de acordo com cálculos feitos com base nos dados divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatísticas da China, que apontaram uma queda de 0,27% no mês anterior.

Sessenta cidades registaram descidas nos preços da habitação nova, contra 56 em junho, enquanto seis – incluindo Xangai – registaram aumentos, menos do que as 14 no mês anterior. Em quatro cidades, os preços permaneceram inalterados.

Os cálculos mostram ainda que o preço das habitações em segunda mão caiu 0,51% em julho face a junho, um abrandamento relativamente à descida de 0,61% do mês anterior. Neste segmento, praticamente todas as cidades analisadas registaram quebras, exceto Xining, capital da província de Qinghai (oeste), onde os preços não variaram, e Taiyuan (centro), que registou uma ligeira subida.

Nos últimos anos, as autoridades chinesas anunciaram várias medidas para conter o colapso do mercado imobiliário, cuja estabilização é vista como crucial para a estabilidade social, dado que a habitação é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas.

A crise do sector imobiliário, que representa cerca de 30% do produto interno bruto da China, incluindo efeitos indiretos, é apontada como um dos principais factores da recente desaceleração da economia do país.

17 Ago 2025

Xi Jinping felicita Indonésia

O Presidente chinês, Xi Jinping, felicitou ontem o líder indonésio pelo 80.º aniversário da independência da Indonésia e destacou as relações bilaterais, que este ano celebram 75 anos, informou a agência de notícias estatal Xinhua. Xi sublinhou que, nestas oito décadas, a Indonésia alcançou um “desenvolvimento notável” e desempenha “um papel cada vez mais importante” na cena regional e internacional.

Em 2025, recordou o dirigente chinês, os dois países celebram 75 anos de laços diplomáticos, tendo as relações alcançado “grandes progressos”, enquanto a amizade tradicional “foi reforçada ao longo do tempo”.

Os dois líderes tiveram duas reuniões no ano passado, nas quais chegaram a consensos sobre a construção de uma “comunidade China-Indonésia com um futuro partilhado e influência regional e global”, elevando as relações bilaterais a “um novo nível”, notou ainda o Presidente chinês.

O governante afirmou estar disposto a trabalhar com o homólogo indonésio para “novas conquistas” que apoiem a modernização dos dois países e contribuam para a paz, a estabilidade e o desenvolvimento regional e mundial.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, enviou uma mensagem de felicitações ao homólogo indonésio, Sugiono, salientando a “forte dinâmica” dos laços bilaterais.

A China e a Indonésia celebram este aniversário depois de terem assinado vários memorandos de entendimento em 2024 em áreas como turismo, agricultura, saúde, investimento e cadeias de abastecimento. Os países cooperam em projetos de alto nível como o desenvolvimento de veículos elétricos e a nova capital da Indonésia, Nusantara.

17 Ago 2025

Trump diz que China não avançará contra Taiwan durante o seu mandato

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem que o seu homólogo chinês, Xi Jinping, lhe garantiu que não ordenará qualquer ofensiva contra Taiwan, pelo menos durante o seu mandato na Casa Branca. Numa entrevista à Fox News, Trump descartou que Pequim planeie “avançar” numa ilha que considera estar sob a sua soberania e à qual Washington ofereceu ajuda militar nos últimos anos.

“Não acho que isso vá acontecer enquanto estiver aqui”, disse Trump, que adiantou ter garantias expressas do Presidente do gigante asiático. “O Presidente Xi disse-mo”, acrescentou, sem dar detalhes sobre as negociações.

Trump e Xi têm falado por telefone desde o regresso do magnata republicano à Casa Branca, em janeiro, mas o último encontro direto entre os dois remonta a 2019. Os dois países têm agora várias frentes políticas em aberto, incluindo a guerra tarifária promovida por Trump e ainda pendente no caso da China.

Na semana passada, Washington e Pequim estenderam por mais três meses o prazo para chegar a algum tipo de acordo que evite a imposição de tarifas indiscriminadas sobre o fluxo comercial bilateral.

Nos últimos anos, os EUA intensificaram a sua atenção sobre Taiwan, realizando com maior frequência visitas à ilha, vendendo armas e outros equipamentos militares e estimulando em Taipé uma atitude mais musculada em relação a Pequim.

17 Ago 2025