Acidente na Austrália | Chui Sai On em contacto com famílias de vítimas

Um acidente que foi seguido com a “mais detida atenção” pelo Chefe do Executivo. Foi desta forma que o gabinete do porta-voz do líder do Executivo se referiu ao desastre que vitimou duas residentes de Macau na Austrália

 

[dropcap]D[/dropcap]epois de ter conhecimento da morte de duas residentes de Macau e do grave estado de saúde, embora fora de perigo de vida, de uma terceira cidadã local no acidente de sábado, em Perth, na Austrália, Chui Sai On entrou em contacto com as famílias e tem-se dedicado a acompanhar de perto a situação. O envolvimento foi revelado pelo gabinete do porta-voz do Chefe do Executivo ao HM.

“O Chefe do Executivo dedica a sua mais detida atenção ao grave acidente, ocorrido na Austrália, que vitimou moradores de Macau. Nesse sentido, tomou ciência de suas circunstâncias por intermédio do Gabinete de Gestão de Crises do Turismo e ofereceu suas condolências às famílias das vítimas”, consta numa resposta enviada, na terça-feira, ao final da noite. “O Governo da RAEM está a tratar do assunto mediante seus departamentos, tais como o Gabinete de Gestão de Crises e o Corpo de Polícia de Segurança Pública, que continuarão a oferecer o apoio e assistência necessários”, foi ainda esclarecido.

Na terça-feira ficou a saber-se que as vítimas mortais no acidente de sábado eram uma agente do Corpo de Polícia de Segurança Pública, com 24 anos, que tinha entrado para esta instituição no ano passado, e uma estudante na Universidade de Melbourne, com 23 anos.

Vítimas da estrada

A tragédia ocorreu no sábado quando as três residentes de Macau, que circulavam num SUV na estrada Indian Ocean Drive, vinda do Parque de Nambug, chocaram com um autocarro de turistas. Segundo o relato do canal televisivo 9 News, que entrevistou alguns dos 34 passageiros que iam no autocarro, o impacto terá ficado a dever-se ao facto de a viatura com as residentes ter entrado na faixa errada, quando estava a atravessar um cruzamento e a entrar na estrada principal.

Terá sido num momento de hesitação da condutora, que tentava perceber o sentido em que devia circular, que houve uma colisão lateral com o autocarro, o que terá feito o carro capotar por três vezes. Na altura do impacto, uma testemunha afirmou que o autocarro devia circular a cerca de 100 km/h.

Já outra pessoa ouvida, descreveu um cenário catastrófico e afirmou que após o impacto, o carro onde seguiam as residentes ficou cheio de sangue. A condutora acabaria por ter morte imediata.

O acidente voltou a lançar o debate na Austrália sobre a segurança da via Indian Ocean Drive, uma vez que nos últimos cinco anos 54 pessoas morreram ou ficaram gravemente feridas devido a colisões nesta estrada.

Ao mesmo tempo, o infortúnio lançou o debate sobre o reconhecimento de cartas estrangeiras na Austrália. Segundo as regras actuais, uma pessoa apenas precisa de apresentar uma carta com fotografia que tenha os campos de identificação também em inglês e fica automaticamente habilitada para conduzir.

19 Set 2019

Acidente na Austrália | Chui Sai On em contacto com famílias de vítimas

Um acidente que foi seguido com a “mais detida atenção” pelo Chefe do Executivo. Foi desta forma que o gabinete do porta-voz do líder do Executivo se referiu ao desastre que vitimou duas residentes de Macau na Austrália

 
[dropcap]D[/dropcap]epois de ter conhecimento da morte de duas residentes de Macau e do grave estado de saúde, embora fora de perigo de vida, de uma terceira cidadã local no acidente de sábado, em Perth, na Austrália, Chui Sai On entrou em contacto com as famílias e tem-se dedicado a acompanhar de perto a situação. O envolvimento foi revelado pelo gabinete do porta-voz do Chefe do Executivo ao HM.
“O Chefe do Executivo dedica a sua mais detida atenção ao grave acidente, ocorrido na Austrália, que vitimou moradores de Macau. Nesse sentido, tomou ciência de suas circunstâncias por intermédio do Gabinete de Gestão de Crises do Turismo e ofereceu suas condolências às famílias das vítimas”, consta numa resposta enviada, na terça-feira, ao final da noite. “O Governo da RAEM está a tratar do assunto mediante seus departamentos, tais como o Gabinete de Gestão de Crises e o Corpo de Polícia de Segurança Pública, que continuarão a oferecer o apoio e assistência necessários”, foi ainda esclarecido.
Na terça-feira ficou a saber-se que as vítimas mortais no acidente de sábado eram uma agente do Corpo de Polícia de Segurança Pública, com 24 anos, que tinha entrado para esta instituição no ano passado, e uma estudante na Universidade de Melbourne, com 23 anos.

Vítimas da estrada

A tragédia ocorreu no sábado quando as três residentes de Macau, que circulavam num SUV na estrada Indian Ocean Drive, vinda do Parque de Nambug, chocaram com um autocarro de turistas. Segundo o relato do canal televisivo 9 News, que entrevistou alguns dos 34 passageiros que iam no autocarro, o impacto terá ficado a dever-se ao facto de a viatura com as residentes ter entrado na faixa errada, quando estava a atravessar um cruzamento e a entrar na estrada principal.
Terá sido num momento de hesitação da condutora, que tentava perceber o sentido em que devia circular, que houve uma colisão lateral com o autocarro, o que terá feito o carro capotar por três vezes. Na altura do impacto, uma testemunha afirmou que o autocarro devia circular a cerca de 100 km/h.
Já outra pessoa ouvida, descreveu um cenário catastrófico e afirmou que após o impacto, o carro onde seguiam as residentes ficou cheio de sangue. A condutora acabaria por ter morte imediata.
O acidente voltou a lançar o debate na Austrália sobre a segurança da via Indian Ocean Drive, uma vez que nos últimos cinco anos 54 pessoas morreram ou ficaram gravemente feridas devido a colisões nesta estrada.
Ao mesmo tempo, o infortúnio lançou o debate sobre o reconhecimento de cartas estrangeiras na Austrália. Segundo as regras actuais, uma pessoa apenas precisa de apresentar uma carta com fotografia que tenha os campos de identificação também em inglês e fica automaticamente habilitada para conduzir.

19 Set 2019

IAM | Governo não quer animais vadios na rua e justifica-se com saúde pública

Para o IAM, os cães e gatos vadios são um perigo para a segurança e saúde públicas e como tal não devem ser libertados. Além disso, o Governo não acredita que os animais vadios estejam em segurança nas ruas

 

[dropcap]O[/dropcap] Governo afastou a possibilidade de capturar animais vadios, esterilizá-los, vaciná-los e devolvê-los às ruas e argumenta que os animais podem constituir um risco para a segurança pública. Esta era uma exigência do deputado Sulu Sou, mas José Tavares, presidente do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), explicou que por lei é proibido a libertar animais vadios sem que haja garantias de segurança.

O ‘Plano de captura, esterilização, vacinação e reposição de animais vadios’ é bastante adequado a zonas fechadas com pouca circulação de pessoas, para controlar a quantidade dos animais vadios existentes a longo prazo”, começou por sustentar o presidente do IAM. “Devido à grande densidade populacional e ao intenso trânsito no Território, se esse plano for lançado em Macau poderá causar impactos negativos sobre a segurança e salubridade públicas e o ambiente ecológico, pelo que, o Instituto considera que não há condições”, justificou.

Além deste argumento, José Tavares defende que a Lei de Protecção dos Animais impede que haja libertação, quando a segurança para os próprios bichos não está garantida. “Tendo em conta objectivamente o ambiente do Território, a própria segurança dos animais vadios libertados não é efectivamente garantida, portanto, nos termos da ‘Lei de Protecção dos Animais’, é proibida qualquer forma de libertação de animais vadios”, é acrescentado.

Segundo a resposta do presidente do IAM, neste momento não existem quaisquer planos para alterar a legislação em vigor, a não ser que haja uma alteração no “ambiente do território” face às ameaças para os animais.

157 adopções

A necessidade de um programa de vacinação, esterilização e libertação dos animais vadios começou a ser uma das exigências de associações de protecções dos animais, depois de terem sido postos a circular online vários vídeos em que os funcionários do IAM perseguiam cães e gatos vadios. Segundo a legislação actual, o Governo pode optar por abater os animais que não forem reclamados pelos donos num prazo de sete dias.

Contudo, na resposta a Sulu Sou, José Tavares apontou que o abate é sempre a última opção e que só é escolhida por falta de espaço para estes seres-vivos. “Se o animal não for reclamado no prazo de sete dias úteis, o mesmo é considerado perdido a favor do IAM, que lhe pode dar o tratamento que entenda conveniente, inclusive a medida prioritária de procura de um adoptante adequado ou, em último caso, a de lhe pôr termo à vida, por meios humanitários, devido à falta de espaço de recolha”, foi clarificado.

Em relação aos dados de adopções, entre Janeiro e Junho deste ano foram adoptados 86 cães e 71 gatos capturados pelo IAM. Cerca de 56 por cento das adopções foram feitas por associações de protecção dos animais e 44 por cento por cidadãos.

18 Set 2019

IAM | Governo não quer animais vadios na rua e justifica-se com saúde pública

Para o IAM, os cães e gatos vadios são um perigo para a segurança e saúde públicas e como tal não devem ser libertados. Além disso, o Governo não acredita que os animais vadios estejam em segurança nas ruas

 
[dropcap]O[/dropcap] Governo afastou a possibilidade de capturar animais vadios, esterilizá-los, vaciná-los e devolvê-los às ruas e argumenta que os animais podem constituir um risco para a segurança pública. Esta era uma exigência do deputado Sulu Sou, mas José Tavares, presidente do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), explicou que por lei é proibido a libertar animais vadios sem que haja garantias de segurança.
O ‘Plano de captura, esterilização, vacinação e reposição de animais vadios’ é bastante adequado a zonas fechadas com pouca circulação de pessoas, para controlar a quantidade dos animais vadios existentes a longo prazo”, começou por sustentar o presidente do IAM. “Devido à grande densidade populacional e ao intenso trânsito no Território, se esse plano for lançado em Macau poderá causar impactos negativos sobre a segurança e salubridade públicas e o ambiente ecológico, pelo que, o Instituto considera que não há condições”, justificou.
Além deste argumento, José Tavares defende que a Lei de Protecção dos Animais impede que haja libertação, quando a segurança para os próprios bichos não está garantida. “Tendo em conta objectivamente o ambiente do Território, a própria segurança dos animais vadios libertados não é efectivamente garantida, portanto, nos termos da ‘Lei de Protecção dos Animais’, é proibida qualquer forma de libertação de animais vadios”, é acrescentado.
Segundo a resposta do presidente do IAM, neste momento não existem quaisquer planos para alterar a legislação em vigor, a não ser que haja uma alteração no “ambiente do território” face às ameaças para os animais.

157 adopções

A necessidade de um programa de vacinação, esterilização e libertação dos animais vadios começou a ser uma das exigências de associações de protecções dos animais, depois de terem sido postos a circular online vários vídeos em que os funcionários do IAM perseguiam cães e gatos vadios. Segundo a legislação actual, o Governo pode optar por abater os animais que não forem reclamados pelos donos num prazo de sete dias.
Contudo, na resposta a Sulu Sou, José Tavares apontou que o abate é sempre a última opção e que só é escolhida por falta de espaço para estes seres-vivos. “Se o animal não for reclamado no prazo de sete dias úteis, o mesmo é considerado perdido a favor do IAM, que lhe pode dar o tratamento que entenda conveniente, inclusive a medida prioritária de procura de um adoptante adequado ou, em último caso, a de lhe pôr termo à vida, por meios humanitários, devido à falta de espaço de recolha”, foi clarificado.
Em relação aos dados de adopções, entre Janeiro e Junho deste ano foram adoptados 86 cães e 71 gatos capturados pelo IAM. Cerca de 56 por cento das adopções foram feitas por associações de protecção dos animais e 44 por cento por cidadãos.

18 Set 2019

Perth | CPSP confirma que agente é uma das vítimas do acidente

Uma agente do Corpo de Polícia de Segurança Pública, com 24 anos, e uma estudante universitária, de 23 anos, são as vítimas confirmadas do acidente de viação na Austrália

 

[dropcap]A[/dropcap]s vítimas do acidente de viação na Austrália, que tirou a vida a duas residentes, são uma agente do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e uma estudante da Universidade de Melbourne. A informação foi confirmada ao HM, no que diz respeito à agente, pelo CPSP.

Um porta-voz do CPSP informou que a agente fazia parte dos quadros desta autoridade desde o ano passado. O CPSP disponibilizou-se imediatamente para prestar todo o apoio aos familiares da vítima. Segundo o jornal Ou Mun, esta vítima tinha 24 anos de idade, mas o CPSP não quis entrar em pormenores sobre a sua identidade. “Lamentamos profundamente a morte da nossa agente neste terrível acidente de viação”, afirmou o porta-voz do CPSP. “Oferecemos todo o nosso auxílio aos familiares da vítima neste momento difícil”, foi acrescentado.

Em relação à segunda vítima, a mesma é uma estudante da Universidade de Melbourne e tem 23 anos de idade. Esta é igualmente a idade da única das três pessoas de Macau que sobreviveu ao impacto contra um autocarro de turismo.

O caso está igualmente a ser acompanhado pelo Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT), segundo os esclarecimentos prestados ao HM, que recebeu pedidos de apoio dos familiares da vítimas.

“Os familiares das vítimas falecidas entraram em contacto com o GGCT para pedirem informações e assistência. O GGCT está a coordenar a situação e em contacto permanente com a família de modo a prestar as possíveis assistências”, foi explicado ao HM. “O Consulado-Geral da China em Perth já entrou em contacto com a família dos afectados e destacou funcionários para visitar a terceira vítima ferida que se encontra hospitalizada em estado estável e fora de perigo de vida. O Consulado-Geral da China em Perth irá prestar assistência à família dos falecidos para dar o seguimento necessário ao acidente”, foi acrescentado.

O HM contactou o Chefe do Executivo para perceber se tinha entrado em contacto com as famílias afectadas, como fez em outros acidentes de turistas em Macau, mas até à hora do fecho não tinha havido qualquer resposta.

Na faixa errada

Ontem o canal televisivo 9 News relatou mais pormenores do acidente entre o carro Nissan SUV, em que seguiam as três residentes, e o autocarro de turismo, que levava 34 passageiros.

Segundo a versão de testemunhas ouvidas, o impacto terá ficado a dever-se ao facto de a viatura com as residentes ter entrado na faixa errada, quando estava a atravessar um cruzamento, vinda do Parque de Nambung e a entrar na auto-estrada. Terá sido num momento de hesitação da condutora, em que tentava perceber o sentido em que devia circular, que houve uma colisão com o autocarro, o que terá feito o carro capotar por três vezes. Na altura do impacto, uma testemunha afirmou que o autocarro devia circular a cerca de 100 km/h.

De acordo com os números citados pelo 9 News, só nos últimos cinco anos, 54 pessoas morreram ou ficaram seriamente feridas devido a acidentes na estrada em questão.

18 Set 2019

Perth | CPSP confirma que agente é uma das vítimas do acidente

Uma agente do Corpo de Polícia de Segurança Pública, com 24 anos, e uma estudante universitária, de 23 anos, são as vítimas confirmadas do acidente de viação na Austrália

 
[dropcap]A[/dropcap]s vítimas do acidente de viação na Austrália, que tirou a vida a duas residentes, são uma agente do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e uma estudante da Universidade de Melbourne. A informação foi confirmada ao HM, no que diz respeito à agente, pelo CPSP.
Um porta-voz do CPSP informou que a agente fazia parte dos quadros desta autoridade desde o ano passado. O CPSP disponibilizou-se imediatamente para prestar todo o apoio aos familiares da vítima. Segundo o jornal Ou Mun, esta vítima tinha 24 anos de idade, mas o CPSP não quis entrar em pormenores sobre a sua identidade. “Lamentamos profundamente a morte da nossa agente neste terrível acidente de viação”, afirmou o porta-voz do CPSP. “Oferecemos todo o nosso auxílio aos familiares da vítima neste momento difícil”, foi acrescentado.
Em relação à segunda vítima, a mesma é uma estudante da Universidade de Melbourne e tem 23 anos de idade. Esta é igualmente a idade da única das três pessoas de Macau que sobreviveu ao impacto contra um autocarro de turismo.
O caso está igualmente a ser acompanhado pelo Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT), segundo os esclarecimentos prestados ao HM, que recebeu pedidos de apoio dos familiares da vítimas.
“Os familiares das vítimas falecidas entraram em contacto com o GGCT para pedirem informações e assistência. O GGCT está a coordenar a situação e em contacto permanente com a família de modo a prestar as possíveis assistências”, foi explicado ao HM. “O Consulado-Geral da China em Perth já entrou em contacto com a família dos afectados e destacou funcionários para visitar a terceira vítima ferida que se encontra hospitalizada em estado estável e fora de perigo de vida. O Consulado-Geral da China em Perth irá prestar assistência à família dos falecidos para dar o seguimento necessário ao acidente”, foi acrescentado.
O HM contactou o Chefe do Executivo para perceber se tinha entrado em contacto com as famílias afectadas, como fez em outros acidentes de turistas em Macau, mas até à hora do fecho não tinha havido qualquer resposta.

Na faixa errada

Ontem o canal televisivo 9 News relatou mais pormenores do acidente entre o carro Nissan SUV, em que seguiam as três residentes, e o autocarro de turismo, que levava 34 passageiros.
Segundo a versão de testemunhas ouvidas, o impacto terá ficado a dever-se ao facto de a viatura com as residentes ter entrado na faixa errada, quando estava a atravessar um cruzamento, vinda do Parque de Nambung e a entrar na auto-estrada. Terá sido num momento de hesitação da condutora, em que tentava perceber o sentido em que devia circular, que houve uma colisão com o autocarro, o que terá feito o carro capotar por três vezes. Na altura do impacto, uma testemunha afirmou que o autocarro devia circular a cerca de 100 km/h.
De acordo com os números citados pelo 9 News, só nos últimos cinco anos, 54 pessoas morreram ou ficaram seriamente feridas devido a acidentes na estrada em questão.

18 Set 2019

Maló Clinic deve ao BNU mais de 61 milhões de patacas

[dropcap]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) tem uma dívida por receber de 6,9 milhões de euros, o equivalente a 61 milhões de patacas, por parte da Maló Clinic. Segundo a informação publicada pelo jornal Público, na sexta-feira, a instituição bancária sediada em Macau é mesmo o segundo maior credor da clínica que se encontra em Processo Especial de Revitalização (PER).

O PER é uma plataforma para empresas insolventes ou em vias de entrarem em bancarrota em que devedores e credores tentam renegociar as dívidas existentes. O objectivo passa por garantir que as empresas conseguem sobreviver, ao mesmo tempo que os credores recuperam as dívidas, ou parte delas, mesmo que em condições menos vantajosas.

Em relação às dívidas ao BNU, não são mencionadas informações sobre os créditos, nem a data dos mesmos.

No entanto, no topo da lista de credores está o português Novo Banco, que teve uma representação em Macau até 2017, altura em que foi vendida ao grupo Well Link, na sequência da queda do Banco Espírito Santo (BES). Segundo os números do PER, o Novo Banco tem a receber da clínica 50,07 milhões de euros, o que equivale a 500,7 milhões patacas. O top três é fechado pela Nobel Biocare Portugal e Nobel Biocare Services, que juntos reclamam cerca de 3,42 milhões de euros. Entre os credores encontra-se igualmente o Instituto de Segurança Social com uma dívida superior a 1,9 milhões de euros.

Fundador também reclama

Quem também reclama de uma dívida por parte do grupo é o próprio fundador Paulo Maló. Contudo, segundo o Público, a dívida de 2,6 milhões de euros não é reconhecida pelo administrador judicial. Nesta decisão terá pesado o facto de Paulo Maló não ter conseguido apresentar documentação sobre o montante reclamado: “não se reconhece o valor reclamando, porquanto não se viu junta com a relação de créditos, como competia, qualquer documentação comprovativa do valor reclamado, sendo que da contabilidade revitalizada não resulta a existência de qualquer crédito para com o reclamante”, é justificado.

No âmbito do PER há um total de 88 credores que exigem 94,6 milhões de euros. No entanto, o valor reconhecido é apenas de 66,9 milhões de euros, o que com juros chega aos 70,8 milhões.

A Maló Clinic entrou em PER em Agosto deste ano, numa notícia avançada pelo jornal Expresso, e está presente em mais de 60 cidades de 25 países. As representações são em consultórios próprios ou através do sistema de franchising. Já o volume de negócios atingiu os 30 milhões de euros.

17 Set 2019

Wifi GO | CTT confirma bloqueio de Epoch Times mas desconhece razão

A Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações diz que o portal noticioso poderá ter exibido conteúdos relacionados com “pornografia, jogo, droga, etc.” e que o bloqueio poderá ter sido automático. Porém, a versão chinesa voltou a estar disponível desde ontem

 

[dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações (CTT) não tem a certeza sobre a razão que levou ao bloqueio do acesso através da rede pública WiFi Go à versão em língua chinesa do jornal Epoch Times. Segundo a justificação oficial, o portal “pode ter” conteúdos de “pornografia, jogo, droga, etc.”, mas não há certezas e por isso vai “reforçar-se” a comunicação com o fornecedor, a Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM).

“O website a que V.ª Ex.ª acedeu [Epoch Times em chinês] pode ter sido automaticamente restringido por suspeita de conter o conteúdo acima mencionado, pelo que esta Direcção de Serviços irá reforçar a comunicação com o operador”, foi respondido pela CTT.

Ainda de acordo com a CTT, o bloqueio pode ter sido automático: “‘WiFi GO’ é um serviço gratuito de WiFi proporcionado pelo Governo ao público. Para a protecção dos utilizadores, o sistema tem um mecanismo de filtragem automática de qualquer conteúdo impróprio que envolva pornografia, jogo, droga, etc.”, foi explicado.

Uma questão que ficou sem resposta clara foi se a motivação para o bloqueio teria sido político. Também não foi explicada a diferença entre o portal do Epoch Times em inglês e o portal em chinês. O site em inglês ainda ontem poderia ser acedido, enquanto a versão chinesa que estava bloqueada só voltou a estar disponível também ontem.

Cheiro a política

O jornal Epoch Times foi fundado em 2000 nos Estados Unidos da América, por membros da comunidade chinesa, e tem fortes ligações ao movimento Falun Gong. Este é um movimento de meditação e de prática de exercício físico proibido no Interior da China desde 1999.

Foi com o objectivo de levar ao mundo o que os membros consideram ser uma perseguição política por parte do Governo Central que o Epoch Times terá sido fundado. Contudo, nos últimos anos, este jornal afirmou-se também pela linha editorial de grande apoio ao Presidente Donald Trump e até por alguns artigos anti-vacinação.

Já o serviço WiFi Go é responsabilidade da CTT, mas está concessionado à CTM. Segundo os últimos contratos assinado entre as duas partes, em 2017, a CTM receberia até ao final deste ano aproximadamente 19 milhões de patacas. Porém, o Governo lançou no mês passado o concurso público para a “operação e manutenção” do sistema entre 2020 e 2021. A data limite para a entrega de propostas foi o último dia do mês passado.

O serviço WiFi Go foi alvo de fortes críticas em 2017 por parte do Comissariado de Auditoria devido às dificuldades de acesso e também por ter havido serviços que chegaram a ser pagos, mas que nunca foram disponibilizados ao Governo. Na altura a CTT admitiu a hipótese de exigir uma compensação à CTM, mas depois defendeu que a mesma não deveria ser financeira.

17 Set 2019

Wifi GO | CTT confirma bloqueio de Epoch Times mas desconhece razão

A Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações diz que o portal noticioso poderá ter exibido conteúdos relacionados com “pornografia, jogo, droga, etc.” e que o bloqueio poderá ter sido automático. Porém, a versão chinesa voltou a estar disponível desde ontem

 
[dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações (CTT) não tem a certeza sobre a razão que levou ao bloqueio do acesso através da rede pública WiFi Go à versão em língua chinesa do jornal Epoch Times. Segundo a justificação oficial, o portal “pode ter” conteúdos de “pornografia, jogo, droga, etc.”, mas não há certezas e por isso vai “reforçar-se” a comunicação com o fornecedor, a Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM).
“O website a que V.ª Ex.ª acedeu [Epoch Times em chinês] pode ter sido automaticamente restringido por suspeita de conter o conteúdo acima mencionado, pelo que esta Direcção de Serviços irá reforçar a comunicação com o operador”, foi respondido pela CTT.
Ainda de acordo com a CTT, o bloqueio pode ter sido automático: “‘WiFi GO’ é um serviço gratuito de WiFi proporcionado pelo Governo ao público. Para a protecção dos utilizadores, o sistema tem um mecanismo de filtragem automática de qualquer conteúdo impróprio que envolva pornografia, jogo, droga, etc.”, foi explicado.
Uma questão que ficou sem resposta clara foi se a motivação para o bloqueio teria sido político. Também não foi explicada a diferença entre o portal do Epoch Times em inglês e o portal em chinês. O site em inglês ainda ontem poderia ser acedido, enquanto a versão chinesa que estava bloqueada só voltou a estar disponível também ontem.

Cheiro a política

O jornal Epoch Times foi fundado em 2000 nos Estados Unidos da América, por membros da comunidade chinesa, e tem fortes ligações ao movimento Falun Gong. Este é um movimento de meditação e de prática de exercício físico proibido no Interior da China desde 1999.
Foi com o objectivo de levar ao mundo o que os membros consideram ser uma perseguição política por parte do Governo Central que o Epoch Times terá sido fundado. Contudo, nos últimos anos, este jornal afirmou-se também pela linha editorial de grande apoio ao Presidente Donald Trump e até por alguns artigos anti-vacinação.
Já o serviço WiFi Go é responsabilidade da CTT, mas está concessionado à CTM. Segundo os últimos contratos assinado entre as duas partes, em 2017, a CTM receberia até ao final deste ano aproximadamente 19 milhões de patacas. Porém, o Governo lançou no mês passado o concurso público para a “operação e manutenção” do sistema entre 2020 e 2021. A data limite para a entrega de propostas foi o último dia do mês passado.
O serviço WiFi Go foi alvo de fortes críticas em 2017 por parte do Comissariado de Auditoria devido às dificuldades de acesso e também por ter havido serviços que chegaram a ser pagos, mas que nunca foram disponibilizados ao Governo. Na altura a CTT admitiu a hipótese de exigir uma compensação à CTM, mas depois defendeu que a mesma não deveria ser financeira.

17 Set 2019

Duas residentes de Macau mortas em acidente na Austrália

[dropcap]U[/dropcap]m acidente entre um carro particular e um autocarro de turismo causou a morte de duas residentes de Macau, a norte de Perth, na Austrália. Esta noite estava igualmente uma outra residente, de 23 anos, internada num estado considerado grave, mas que não coloca a sua vida em risco. A tragédia aconteceu no Sábado, pelas 14h00 de Macau, quando o Nissan SUV tripulado por uma das residentes locais tentou atravessar um cruzamento, na estrada Indian Ocean Drive, em direcção às rochas Pinnacles. Esta é uma das atracções turísticas mais famosas do Parque de Nambung, que fica a 190 kilómetros a norte de Perth. Terá sido nessa altura que a colisão com um autocarro de turismo, que tinha no interior 34 passageiros, aconteceu.

O impacto fez com que o carro em que as turistas de Macau circulavam capotasse e fosse arrastado pelo autocarro durante vários metros. Quando as equipas de salvamento chegaram ao local, uma das residentes já estava morta e outra acabaria por morrer já no hospital. O transporte foi feito de helicóptero.

A residente de 23 anos que se encontra em estado grave, mas estável, está no Hospital Royal Perth, onde já está a ser acompanhada por funcionários do Consulado da China em Perth.

O acidente causou igualmente feridos ligeiros entre alguns dos tripulantes do autocarro que foram socorridos e receberam alta poucas horas depois.

 

“Mau cruzamento”

Horas depois do ocorrido, o superintendente da Western Police Australiana lamentou a tragédia, de acordo com a Rádio ABC. “Segundo as informações que temos, as pessoas que infelizmente perderam a vida ocupavam o lugar do condutor e do pendura”, disse Domenic Wood, à Rádio ABC. “É um cruzamento mau… E claro quando há um choque lateral há sempre o risco de ser fatal, especialmente quando o choque é com um veículo pesado”, explicou sobre o ocorrido.

A polícia australiana sublinhou ainda a importância de prestar auxílio às famílias dos envolvidos, que no Sábado foram apenas identificadas como chinesas. Só ontem, em comunicado, é que o consulado chinês em Perth confirmou que as vítimas são residentes de Macau. Segundo a mesma informação, o consulado vai cooperar com as autoridades australianas e prestar todo o auxílio necessário aos familiares das vítimas.

Nos últimos anos a estrada em questão, que abriu em 2010, tem sido um local com vários acidentes. Em Dezembro do ano passado dois turistas chineses haviam perdido a vida num acidente que aconteceu no mesmo cruzamento.

16 Set 2019

Grande Prémio | Manifestações de Hong Kong não retiram confiança à organização

A organização está confiante que o evento vai decorrer dentro da normalidade e que o turismo não vai ser afectado na altura das corridas. O circuito sofreu algumas alterações para receber a homologação Grau II da Federação Internacional do Automóvel

 

[dropcap]A[/dropcap]pesar de Hong Kong ser um local tradicional de origem dos espectadores do Grande Prémio, a Comissão Organizadora não está preocupada com o impacto das manifestações no número de bilhetes vendidos, nem com eventuais suspensões do serviço de ferries. Esta foi a posição tomada, ontem, pelo coordenador da comissão e presidente do Instituto do Desporto, Pun Weng Kun, após uma conferência de imprensa para revelar o nome de alguns patrocinadores.

“Acredito que o Grande Prémio recebe turistas de todo o mundo, incluindo pessoas do nosso País, vindas de Cantão e de Hong Kong, mas também de outros países da Europa, e também da Austrália. São turistas que vêm de muito longe. Por isso temos muita confiança que o evento vai decorrer dentro da normalidade”, afirmou Pun.

Os bilhetes para o evento que decorre entre 14 e 17 de Novembro já se encontram à venda. Para os primeiros dois dias, os ingressos custam 50 patacas, já para sábado e domingo os preços variam entre as 400 e as 1000 patacas. O coordenador não revelou as vendas realizadas, mas apontou que tem havido muita procura de informação sobre os ingressos, principalmente através de perguntas online.

“Neste momento não temos números concretos. Mas recebemos muitos pedidos de informações online e por isso esperamos uma boa situação de vendas”, indicou.

Cuidados com as curvas

Ontem foi igualmente confirmado que o circuito da Guia recebeu a homologação de Grau II para poder receber os novos carros de Fórmula 3 e que vai haver alterações ao nível da segurança em várias curvas. Estas são alterações que também se prendem com o facto dos novos monolugares serem mais potentes.

A situação foi resumida por Chong Coc Veng, presidente da Associação Geral Automóvel de Macau-China. “Nas curvas da Bancada do Reservatório e na Curva do Mandarim Oriental vamos instalar um novo tipo de barreira de segurança recomendada pela FIA”, reconheceu o responsável.

“Vamos também aumentar a escapatória na Curva Lisboa e efectuar algumas alterações nas áreas da Colina da Guia e na Curva R, com incremento da protecção de impacto através de espuma”, indicou.

Face a estas alterações Pun sublinhou que a segurança é sempre uma das prioridades da organização: “Temos trabalhado muito para reforçar a segurança nas diferentes curvas”.

Bandeiras electrónicas

Outra novidade para a edição deste ano é a implementação do sistema de bandeiras electrónicas, que já é utilizado há vários anos na Fórmula 1, por imposição da homologação Grau II. Este é um sistema de “ecrãs” que mostra aos pilotos em vários pontos do circuito as bandeiras que estão a ser exibidas e que permite, em certas situações, dispensar os técnicos de pista deste trabalho.

O orçamento para a edição deste ano é de cerca de 270 milhões de patacas. Ontem a Sociedade de Jogos de Macau entregou um cheque de patrocínio à prova de GT, com o valor de 4,6 milhões de patacas. Já a empresa da app Food4U vai patrocinar a corrida de turismo e entregou um cheque no valor de 1,9 milhões de patacas.

Pun vai regressar

Com a mudança de Governo, o nome de Pun Weng Kun tem sido apontado ao Instituto dos Assuntos Municipais, o que implicaria a saída do Instituto do Desporto e da presidência da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau. Ontem, Pun não quis responder à questão, mas frisou que todos os membros da comissão são entusiastas da prova: “É uma pergunta muito pessoal. Não consigo responder. Acredito que todos os membros da comissão têm imenso entusiasmo para continuar a trabalhar no Grande Prémio e eu também”, disse. O coordenador reconheceu ainda que mesmo que um dia seja afastado da prova que vai continuar a assistir às corridas, como entusiasta do evento.

13 Set 2019

Grande Prémio | Manifestações de Hong Kong não retiram confiança à organização

A organização está confiante que o evento vai decorrer dentro da normalidade e que o turismo não vai ser afectado na altura das corridas. O circuito sofreu algumas alterações para receber a homologação Grau II da Federação Internacional do Automóvel

 
[dropcap]A[/dropcap]pesar de Hong Kong ser um local tradicional de origem dos espectadores do Grande Prémio, a Comissão Organizadora não está preocupada com o impacto das manifestações no número de bilhetes vendidos, nem com eventuais suspensões do serviço de ferries. Esta foi a posição tomada, ontem, pelo coordenador da comissão e presidente do Instituto do Desporto, Pun Weng Kun, após uma conferência de imprensa para revelar o nome de alguns patrocinadores.
“Acredito que o Grande Prémio recebe turistas de todo o mundo, incluindo pessoas do nosso País, vindas de Cantão e de Hong Kong, mas também de outros países da Europa, e também da Austrália. São turistas que vêm de muito longe. Por isso temos muita confiança que o evento vai decorrer dentro da normalidade”, afirmou Pun.
Os bilhetes para o evento que decorre entre 14 e 17 de Novembro já se encontram à venda. Para os primeiros dois dias, os ingressos custam 50 patacas, já para sábado e domingo os preços variam entre as 400 e as 1000 patacas. O coordenador não revelou as vendas realizadas, mas apontou que tem havido muita procura de informação sobre os ingressos, principalmente através de perguntas online.
“Neste momento não temos números concretos. Mas recebemos muitos pedidos de informações online e por isso esperamos uma boa situação de vendas”, indicou.

Cuidados com as curvas

Ontem foi igualmente confirmado que o circuito da Guia recebeu a homologação de Grau II para poder receber os novos carros de Fórmula 3 e que vai haver alterações ao nível da segurança em várias curvas. Estas são alterações que também se prendem com o facto dos novos monolugares serem mais potentes.
A situação foi resumida por Chong Coc Veng, presidente da Associação Geral Automóvel de Macau-China. “Nas curvas da Bancada do Reservatório e na Curva do Mandarim Oriental vamos instalar um novo tipo de barreira de segurança recomendada pela FIA”, reconheceu o responsável.
“Vamos também aumentar a escapatória na Curva Lisboa e efectuar algumas alterações nas áreas da Colina da Guia e na Curva R, com incremento da protecção de impacto através de espuma”, indicou.
Face a estas alterações Pun sublinhou que a segurança é sempre uma das prioridades da organização: “Temos trabalhado muito para reforçar a segurança nas diferentes curvas”.

Bandeiras electrónicas

Outra novidade para a edição deste ano é a implementação do sistema de bandeiras electrónicas, que já é utilizado há vários anos na Fórmula 1, por imposição da homologação Grau II. Este é um sistema de “ecrãs” que mostra aos pilotos em vários pontos do circuito as bandeiras que estão a ser exibidas e que permite, em certas situações, dispensar os técnicos de pista deste trabalho.
O orçamento para a edição deste ano é de cerca de 270 milhões de patacas. Ontem a Sociedade de Jogos de Macau entregou um cheque de patrocínio à prova de GT, com o valor de 4,6 milhões de patacas. Já a empresa da app Food4U vai patrocinar a corrida de turismo e entregou um cheque no valor de 1,9 milhões de patacas.

Pun vai regressar

Com a mudança de Governo, o nome de Pun Weng Kun tem sido apontado ao Instituto dos Assuntos Municipais, o que implicaria a saída do Instituto do Desporto e da presidência da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau. Ontem, Pun não quis responder à questão, mas frisou que todos os membros da comissão são entusiastas da prova: “É uma pergunta muito pessoal. Não consigo responder. Acredito que todos os membros da comissão têm imenso entusiasmo para continuar a trabalhar no Grande Prémio e eu também”, disse. O coordenador reconheceu ainda que mesmo que um dia seja afastado da prova que vai continuar a assistir às corridas, como entusiasta do evento.

13 Set 2019

Hong Kong | Pansy Ho fala em lavagem cerebral e exploração de crianças

A accionista da MGM e Sociedade de Jogos de Macau foi às Nações Unidas apelar ao mundo que condene as acções perpetradas pelos residentes de Hong Kong contra a polícia e censurar o ambiente nas escolas

 

[dropcap]P[/dropcap]ansy Ho, uma das principais accionistas das operadoras MGM e Sociedade de Jogos de Macau, aproveitou o discurso no Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas para condenar a educação familiar em Hong Kong. Na mesma mensagem, a empresária, que também controla a empresa Shun Tak, responsável pelo serviços de ferry , afirmou que os pequenos negócios já foram obrigados a fechar as portas e que “muitos trabalhadores” ficaram desempregados.

Discursando como membro da Federação de Mulheres de Hong Kong, Pansy Ho disse que a RAEHK viveu 130 protestos em 95 dias, entre os quais 110 terminam com cenas de violência sem justificação ou actos criminosos. Para a multimilionária é devido a esta violência que vários negócios foram obrigados a fechar as portas.

“Os cidadãos normais são as vítimas mais afectadas”, apontou. “Há mães em situações de desespero que partilham relatos da fricção e desarmonia crescente entre as famílias”, acrescentou.

Após esta parte, Pansy diz haver um número alarmante de crianças que fogem de casa para irem para a linha da frente dos protestes cometer crimes. “Um número alarmante de crianças está a fugir de casa para se tornarem em lutadores radicais da linha da frente e cometerem actos criminosos. Há crianças de todas as idades a serem vítimas de lavagens cerebrais com ódio à polícia e crenças anti-sistema na internet, o que também esteve na origem das mobilizações para as greves nas escolas”, defendeu.

Ao nível dos direitos humanos, a filha da segunda mulher de Stanley Ho alertou ainda para as pressões de que as famílias da polícia de Hong Kong são alvo. De acordo com Pansy Ho as pessoas que não alinham em protestos ou greves na escola são assediadas, principalmente quando têm familiares que fazem parte da polícia de Hong Kong.

Devido a esta situação, Ho apelou à comunidade internacional para “dar uma reprimenda aos organizadores e às pessoas que influenciam com a criação de ódio e violência extrema” em Hong Kong e afirmou que na RAEHK não vai tolerar “exploração infantil”.

No mesmo discurso, Pansy apelou ainda às pessoas que participem nas manifestações que o façam de forma pacífica e que evitem a escalada da violência nos protestos.

Além de estar ligada a duas licenças de jogo, Pansy Ho é responsável pela Shun Tak, que detém a TurboJet e o serviço de helicópteros entre Macau e Hong Kong, e com a abertura da nova ponte ficou igualmente ligada ao consórcio que controla os autocarros dourados, que transportam pessoas entre as duas regiões.

13 Set 2019

Hong Kong | Pansy Ho fala em lavagem cerebral e exploração de crianças

A accionista da MGM e Sociedade de Jogos de Macau foi às Nações Unidas apelar ao mundo que condene as acções perpetradas pelos residentes de Hong Kong contra a polícia e censurar o ambiente nas escolas

 
[dropcap]P[/dropcap]ansy Ho, uma das principais accionistas das operadoras MGM e Sociedade de Jogos de Macau, aproveitou o discurso no Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas para condenar a educação familiar em Hong Kong. Na mesma mensagem, a empresária, que também controla a empresa Shun Tak, responsável pelo serviços de ferry , afirmou que os pequenos negócios já foram obrigados a fechar as portas e que “muitos trabalhadores” ficaram desempregados.
Discursando como membro da Federação de Mulheres de Hong Kong, Pansy Ho disse que a RAEHK viveu 130 protestos em 95 dias, entre os quais 110 terminam com cenas de violência sem justificação ou actos criminosos. Para a multimilionária é devido a esta violência que vários negócios foram obrigados a fechar as portas.
“Os cidadãos normais são as vítimas mais afectadas”, apontou. “Há mães em situações de desespero que partilham relatos da fricção e desarmonia crescente entre as famílias”, acrescentou.
Após esta parte, Pansy diz haver um número alarmante de crianças que fogem de casa para irem para a linha da frente dos protestes cometer crimes. “Um número alarmante de crianças está a fugir de casa para se tornarem em lutadores radicais da linha da frente e cometerem actos criminosos. Há crianças de todas as idades a serem vítimas de lavagens cerebrais com ódio à polícia e crenças anti-sistema na internet, o que também esteve na origem das mobilizações para as greves nas escolas”, defendeu.
Ao nível dos direitos humanos, a filha da segunda mulher de Stanley Ho alertou ainda para as pressões de que as famílias da polícia de Hong Kong são alvo. De acordo com Pansy Ho as pessoas que não alinham em protestos ou greves na escola são assediadas, principalmente quando têm familiares que fazem parte da polícia de Hong Kong.
Devido a esta situação, Ho apelou à comunidade internacional para “dar uma reprimenda aos organizadores e às pessoas que influenciam com a criação de ódio e violência extrema” em Hong Kong e afirmou que na RAEHK não vai tolerar “exploração infantil”.
No mesmo discurso, Pansy apelou ainda às pessoas que participem nas manifestações que o façam de forma pacífica e que evitem a escalada da violência nos protestos.
Além de estar ligada a duas licenças de jogo, Pansy Ho é responsável pela Shun Tak, que detém a TurboJet e o serviço de helicópteros entre Macau e Hong Kong, e com a abertura da nova ponte ficou igualmente ligada ao consórcio que controla os autocarros dourados, que transportam pessoas entre as duas regiões.

13 Set 2019

Chefe do Executivo | Ho vai fazer tudo para cumprir promessas eleitorais

O futuro líder do Governo aponta baterias ao problema da população que não consegue ter acesso a habitação e diz que o próximo Executivo vai lidar com as “questões históricas” do sector do jogo

 

[dropcap]A[/dropcap]umento da eficácia da Administração Pública, diversificação da economia, optimização das condições de vida da população, retorno dos talentos locais e promoção de trocas culturais. São estes os cinco pilares do programa político de Ho Iat Seng, que ontem, em Pequim, voltou a assumir o compromisso de tudo irá fazer para os cumprir.

Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a questão da habitação foi apontada como exemplo e o futuro líder do Governo afirmou que é preciso resolver os problemas da classe sanduiche, ou seja, dos que têm rendimentos elevados para concorrerem à habitação pública, mas não têm dinheiro suficiente para comprar uma fracção no mercado privado.

Porém, mesmo na questão da habitação, Ho não espera uma solução mágica nem rápida. “Se calhar não consigo concluir tudo, mas estou firmemente decidido a iniciar esse trabalho que depois terá continuidade”, disse Ho Iat Seng, citado pelo canal português da Rádio Macau.

“Espero poder, nos próximos cinco anos, concretizar o compromisso que assumi junto da população”, acrescentou.

Em resposta ao jornalistas em Pequim, o próximo Chefe do Executivo comentou também o facto de Macau conseguir evitar os problemas de Hong Kong, apesar de ambas as regiões terem implementado o princípio Um País, Dois Sistemas. Ho elogiou o trabalho feito na RAEM nos últimos 20 anos, principalmente no que diz respeito às “forças externas”.

“Macau soube trabalhar para ficar livre das interferências externas. No últimos 20 anos trabalhou-se para combater as forças exteriores e a interferência estrangeira […] Temos legislação para lidar com essas situações”, considerou.

O futuro líder do Governo recusou sempre comentar a situação de Hong Kong, mas recusou a hipótese de Macau poder atravessar uma instabilidade semelhante, pelas consequências que isso teria na economia. “Macau não pode entrar em confronto. É uma cidade turística e isso iria afectar a nossa fonte de riqueza”, sustentou.

Problemas históricos

Ho Iat Seng abordou igualmente a situação da economia e a necessidade “enfrentar os problemas históricos” na indústria do jogo, numa referência ao sistema de três concessionárias e três subconcessionárias.

Segundo Ho, o actual Governo já tem uma versão para alterar a lei do jogo e vai caber ao futuro Executivo “implementar as mudanças”. “Assim que forem implementadas, estas mudanças vão permitir resolver várias questões do sector”, afirmou.

Também ontem, Ho Iat Seng foi questionado sobre a implementação do sufrágio universal para a escolha do Chefe do Executivo. Na resposta, o líder eleito reconheceu que a Lei Básica não afasta essa possibilidade, mas que essa reforma dos sistema político não consta das suas prioridades, nem vai ser iniciada imediatamente.

13 Set 2019

Chefe do Executivo | Ho vai fazer tudo para cumprir promessas eleitorais

O futuro líder do Governo aponta baterias ao problema da população que não consegue ter acesso a habitação e diz que o próximo Executivo vai lidar com as “questões históricas” do sector do jogo

 
[dropcap]A[/dropcap]umento da eficácia da Administração Pública, diversificação da economia, optimização das condições de vida da população, retorno dos talentos locais e promoção de trocas culturais. São estes os cinco pilares do programa político de Ho Iat Seng, que ontem, em Pequim, voltou a assumir o compromisso de tudo irá fazer para os cumprir.
Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a questão da habitação foi apontada como exemplo e o futuro líder do Governo afirmou que é preciso resolver os problemas da classe sanduiche, ou seja, dos que têm rendimentos elevados para concorrerem à habitação pública, mas não têm dinheiro suficiente para comprar uma fracção no mercado privado.
Porém, mesmo na questão da habitação, Ho não espera uma solução mágica nem rápida. “Se calhar não consigo concluir tudo, mas estou firmemente decidido a iniciar esse trabalho que depois terá continuidade”, disse Ho Iat Seng, citado pelo canal português da Rádio Macau.
“Espero poder, nos próximos cinco anos, concretizar o compromisso que assumi junto da população”, acrescentou.
Em resposta ao jornalistas em Pequim, o próximo Chefe do Executivo comentou também o facto de Macau conseguir evitar os problemas de Hong Kong, apesar de ambas as regiões terem implementado o princípio Um País, Dois Sistemas. Ho elogiou o trabalho feito na RAEM nos últimos 20 anos, principalmente no que diz respeito às “forças externas”.
“Macau soube trabalhar para ficar livre das interferências externas. No últimos 20 anos trabalhou-se para combater as forças exteriores e a interferência estrangeira […] Temos legislação para lidar com essas situações”, considerou.
O futuro líder do Governo recusou sempre comentar a situação de Hong Kong, mas recusou a hipótese de Macau poder atravessar uma instabilidade semelhante, pelas consequências que isso teria na economia. “Macau não pode entrar em confronto. É uma cidade turística e isso iria afectar a nossa fonte de riqueza”, sustentou.

Problemas históricos

Ho Iat Seng abordou igualmente a situação da economia e a necessidade “enfrentar os problemas históricos” na indústria do jogo, numa referência ao sistema de três concessionárias e três subconcessionárias.
Segundo Ho, o actual Governo já tem uma versão para alterar a lei do jogo e vai caber ao futuro Executivo “implementar as mudanças”. “Assim que forem implementadas, estas mudanças vão permitir resolver várias questões do sector”, afirmou.
Também ontem, Ho Iat Seng foi questionado sobre a implementação do sufrágio universal para a escolha do Chefe do Executivo. Na resposta, o líder eleito reconheceu que a Lei Básica não afasta essa possibilidade, mas que essa reforma dos sistema político não consta das suas prioridades, nem vai ser iniciada imediatamente.

13 Set 2019

Chui Sai On assinou despacho para preparar transição de Governo

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo em funções, Chui Sai On, emitiu ontem um comunicado a elogiar Ho Iat Seng e a desejar-lhe os parabéns por ter sido nomeado pelo Conselho de Estado como próximo Chefe do Executivo.

“Desde o retorno de Macau à Pátria, Ho Iat Seng ocupou importantes cargos públicos para benefício do País e de Macau. Serviu-os sempre sob o espírito de ‘amar a Pátria e amar Macau’.

Os seus esforços e contributos estão bem visíveis”, recordou Chui. “O facto de Ho Iat Seng ter sido eleito com um elevado número de votos demonstra a aceitação geral e amplo apoio de que goza junto dos diversos sectores da população”, foi acrescentado.

Na mesma mensagem foi igualmente deixado um voto de confiança ao futuro líder do Executivo: “O Chefe do Executivo, Chui Sai On, e o Governo da RAEM acreditam que, após a sua tomada de posse, Ho Iat Seng certamente conseguirá liderar a nova administração unida com toda a sociedade”, foi dito. “Caminhando firmemente sobre os alicerces construídos durante os vinte anos desde o estabelecimento da RAEM, o responsável será ainda capaz de criar um novo quadro para o desenvolvimento local, acrescentando mais um capítulo à implementação do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’”, foi acrescentado.

Mudança em curso

Além dos elogios, a mensagem do Gabinete de Chui Sai On revelou ainda que hoje vai ser publicado um despacho que instrui todos os “gabinetes dos secretários, bem como todos os serviços e entidades públicas” a disponibilizarem imediatamente os meios necessários a Ho.

“No sentido de oferecer o seu forte apoio a Ho Iat Seng para a organização da nova equipa governativa, o Chefe do Executivo, Chui Sai On, emitiu o despacho que orienta os gabinetes dos secretários, bem como todos os serviços e entidades públicas a, no âmbito das suas competências, suprirem as necessidades do Chefe do Executivo do V Governo da RAEM, particularmente no que respeita à disponibilização e dotação temporária de recursos humanos, materiais e logística”, é apontado.

“Os encargos que não corresponderem às competências dos gabinetes dos secretários, serviços e entidades públicas serão assegurados pelo orçamento do Gabinete do Chefe do Executivo ou por quaisquer outras verbas destinadas pela Divisão de Serviços de Finanças para tais efeitos”, foi ainda clarificado.

Ho Iat Seng toma posse a 20 de Dezembro e Chui Sai On deixa o cargo a 19 do mesmo mês, depois de ter cumprido dois mandatos.

12 Set 2019

Pequim | Xi Jinping recebe e elogia Ho Iat Seng

Xi Jinping recebeu ontem o futuro Chefe do Executivo e deixou rasgados elogios ao contributo de Ho para o País e para Macau. No encontro, pediu a Ho que reforme a estratégia da economia e mantenha a estabilidade da RAEM

 

[dropcap]U[/dropcap]m homem que sempre foi patriota e que serviu dedicadamente a sociedade de Macau. Foi desta forma, segundo o jornal Ou Mun, que o Presidente Xi Jinping definiu ontem Ho Iat Seng, durante um encontro com o futuro líder do Governo da RAEM.

Depois de um cumprimento público, Xi Jinping endereçou os parabéns a Ho Iat Seng por ter sido eleito o Chefe do Executivo e recordou um passado ligado ao País. Segundo Xi, Ho serviu dedicadamente a RAEM durante vários anos e sempre com um sentimento de Amor pelo País e por Macau, trabalhando arduamente nos vários cargos públicos que ocupou, como membro do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional e presidente da Assembleia Legislativa.

O supremo líder chinês elogiou ainda os grandes esforços de Ho para a reforma do País, para a abertura económica e para a prosperidade e estabilidade de Macau. Depois, garantiu que Ho tem toda a confiança do Governo Central e o reconhecimento do seu contributo positivo para o país.

Em relação à eleição de Ho para Chefe do Executivo, Xi sublinhou a elevada votação, com 392 votos entre os 400 membros do Colégio Eleitoral, o que no seu entender demonstra o grande reconhecimento dos esforços de Ho por parte da sociedade de Macau.

Já em relação às expectativas para a governação de Ho, o presidente apontou o caminho: o futuro Chefe do Executivo vai ter de cuidar da situação da RAEM, sempre com olhos no futuro, e saber responder às necessidades do desenvolvimento da economia.

Finalmente, Xi pediu a Ho Iat Seng que lidere o Governo de Macau e a população num esforço conjunto para reformar e inovar a economia local, fazer um planeamento para uma estratégia de futuro e que continue a por em prática de forma bem-sucedida o princípio Um País, Dois Sistemas.

Encontro com Li

Também ontem, Ho Iat Seng recebeu das mãos do Primeiro-Ministro Li Keqiang o decreto de nomeação do Conselho de Estado que confirma que vai ser o próximo Chefe do Executivo. Segundo o jornal Ou Mun, na cerimónia o futuro líder do Governo afirmou estar honrado e comprometeu-se a fazer tudo para justificar a confiança do Governo Central.

Após a entrega do decreto, Li Keqiang tomou a palavra e revelou acreditar que Ho Iat Seng vai conduzir o Governo da RAEM e todos os residentes num esforço de união com o objectivo de promover novos feitos dentro do princípio Um País, Dois Sistemas.

O primeiro-ministro fez ainda um balanço do que tem sido a acção do Governo de Macau, sublinhado que desde o retorno à pátria houve um grande progresso a nível económico, que permite melhorar as condições de vida da população. Por outro lado, Li destacou a harmonia social, a estabilidade e o sentimento de confiança e cooperação profunda com o Interior da China. O membro do Governo Central prometeu igualmente que as pessoas de Macau e o Governo vão continuar a ter todo o apoio das autoridades centrais e do País.

Durante a cerimónia, que decorreu ontem de manhã em Pequim, na Torre da Luz Púrpura de Zhongnanhai, Ho agradeceu a recepção a Li Keqiang e a nomeação ao Governo Central. O futuro Chefe do Executivo disse ainda sentir-se “profundamente honrado” e afirmou que vai trabalhar com um sentido de missão, para cumprir as expectativas e a confiança depositada pelo Governo do País.

Ainda durante a mesma cerimónia, Ho Iat Seng referiu ir implementar de forma inabalável o princípio “Um País, Dois Sistemas” e seguindo a liderança do Presidente Xi Jinping e do Governo Central. O respeito pela Constituição da República Popular Chinesa e pela Lei Básica foi igualmente referido com um elemento basilar para o desempenho das futuras funções.

Já em relação à governação da RAEM, Ho comprometeu-se a unir e liderar todos os residentes de Macau e a focá-los através de um trabalho árduo na manutenção da estabilidade social e no desenvolvimento económico. O líder do Governo prometeu ainda continuar a melhorar as condições de vida da população e criar uma fase no desenvolvimento da RAEM.

 

O exemplo de Macau

Durante o discurso na recepção da Ho Iat Seng, Xi Jinping não se esqueceu de mencionar o contributo dos primeiros Chefes do Executivo da RAEM, Edmundo Ho e Chui Sai On. De acordo com as palavras do Presidente, citadas pelo jornal Ou Mun, foi referido que o Governo da RAEM, com Ho e Chui ao leme, conseguiu compreender e implementar correctamente o princípio Um País, Dois Sistemas. Além disso, os anteriores governantes conseguiram igualmente respeitar os direitos consagrados na Constituição e na Lei Básica, ao mesmo tempo que transmitiram os valor do Amor pela Pátria e por Macau. Xi afirmou ainda que Macau tem mostrado o sucesso do princípio Um País, Dois Sistemas, que este é exequível, pode ser implementado com sucesso e é popular junto da sociedade.

12 Set 2019

Pequim | Xi Jinping recebe e elogia Ho Iat Seng

Xi Jinping recebeu ontem o futuro Chefe do Executivo e deixou rasgados elogios ao contributo de Ho para o País e para Macau. No encontro, pediu a Ho que reforme a estratégia da economia e mantenha a estabilidade da RAEM

 
[dropcap]U[/dropcap]m homem que sempre foi patriota e que serviu dedicadamente a sociedade de Macau. Foi desta forma, segundo o jornal Ou Mun, que o Presidente Xi Jinping definiu ontem Ho Iat Seng, durante um encontro com o futuro líder do Governo da RAEM.
Depois de um cumprimento público, Xi Jinping endereçou os parabéns a Ho Iat Seng por ter sido eleito o Chefe do Executivo e recordou um passado ligado ao País. Segundo Xi, Ho serviu dedicadamente a RAEM durante vários anos e sempre com um sentimento de Amor pelo País e por Macau, trabalhando arduamente nos vários cargos públicos que ocupou, como membro do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional e presidente da Assembleia Legislativa.
O supremo líder chinês elogiou ainda os grandes esforços de Ho para a reforma do País, para a abertura económica e para a prosperidade e estabilidade de Macau. Depois, garantiu que Ho tem toda a confiança do Governo Central e o reconhecimento do seu contributo positivo para o país.
Em relação à eleição de Ho para Chefe do Executivo, Xi sublinhou a elevada votação, com 392 votos entre os 400 membros do Colégio Eleitoral, o que no seu entender demonstra o grande reconhecimento dos esforços de Ho por parte da sociedade de Macau.
Já em relação às expectativas para a governação de Ho, o presidente apontou o caminho: o futuro Chefe do Executivo vai ter de cuidar da situação da RAEM, sempre com olhos no futuro, e saber responder às necessidades do desenvolvimento da economia.
Finalmente, Xi pediu a Ho Iat Seng que lidere o Governo de Macau e a população num esforço conjunto para reformar e inovar a economia local, fazer um planeamento para uma estratégia de futuro e que continue a por em prática de forma bem-sucedida o princípio Um País, Dois Sistemas.

Encontro com Li

Também ontem, Ho Iat Seng recebeu das mãos do Primeiro-Ministro Li Keqiang o decreto de nomeação do Conselho de Estado que confirma que vai ser o próximo Chefe do Executivo. Segundo o jornal Ou Mun, na cerimónia o futuro líder do Governo afirmou estar honrado e comprometeu-se a fazer tudo para justificar a confiança do Governo Central.
Após a entrega do decreto, Li Keqiang tomou a palavra e revelou acreditar que Ho Iat Seng vai conduzir o Governo da RAEM e todos os residentes num esforço de união com o objectivo de promover novos feitos dentro do princípio Um País, Dois Sistemas.
O primeiro-ministro fez ainda um balanço do que tem sido a acção do Governo de Macau, sublinhado que desde o retorno à pátria houve um grande progresso a nível económico, que permite melhorar as condições de vida da população. Por outro lado, Li destacou a harmonia social, a estabilidade e o sentimento de confiança e cooperação profunda com o Interior da China. O membro do Governo Central prometeu igualmente que as pessoas de Macau e o Governo vão continuar a ter todo o apoio das autoridades centrais e do País.
Durante a cerimónia, que decorreu ontem de manhã em Pequim, na Torre da Luz Púrpura de Zhongnanhai, Ho agradeceu a recepção a Li Keqiang e a nomeação ao Governo Central. O futuro Chefe do Executivo disse ainda sentir-se “profundamente honrado” e afirmou que vai trabalhar com um sentido de missão, para cumprir as expectativas e a confiança depositada pelo Governo do País.
Ainda durante a mesma cerimónia, Ho Iat Seng referiu ir implementar de forma inabalável o princípio “Um País, Dois Sistemas” e seguindo a liderança do Presidente Xi Jinping e do Governo Central. O respeito pela Constituição da República Popular Chinesa e pela Lei Básica foi igualmente referido com um elemento basilar para o desempenho das futuras funções.
Já em relação à governação da RAEM, Ho comprometeu-se a unir e liderar todos os residentes de Macau e a focá-los através de um trabalho árduo na manutenção da estabilidade social e no desenvolvimento económico. O líder do Governo prometeu ainda continuar a melhorar as condições de vida da população e criar uma fase no desenvolvimento da RAEM.
 

O exemplo de Macau

Durante o discurso na recepção da Ho Iat Seng, Xi Jinping não se esqueceu de mencionar o contributo dos primeiros Chefes do Executivo da RAEM, Edmundo Ho e Chui Sai On. De acordo com as palavras do Presidente, citadas pelo jornal Ou Mun, foi referido que o Governo da RAEM, com Ho e Chui ao leme, conseguiu compreender e implementar correctamente o princípio Um País, Dois Sistemas. Além disso, os anteriores governantes conseguiram igualmente respeitar os direitos consagrados na Constituição e na Lei Básica, ao mesmo tempo que transmitiram os valor do Amor pela Pátria e por Macau. Xi afirmou ainda que Macau tem mostrado o sucesso do princípio Um País, Dois Sistemas, que este é exequível, pode ser implementado com sucesso e é popular junto da sociedade.

12 Set 2019

Metro Ligeiro | Coutinho aponta orçamento excessivo e falta de talentos

Um projecto que foi planeado há mais de 20 anos e mesmo assim não tem talentos locais formados. Esta é uma das críticas do deputado José Pereira Coutinho que pede a construção de passadeiras aéreas nas estações como as que foram feitas em Banguecoque

 

[dropcap]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho lançou ontem várias críticas ao projecto Metro Ligeiro e quer que o Governo apresente respostas a problemas como o orçamento excessivo, a falta de talentos para o projecto e a questão das passadeiras. O ataque ao projecto do Governo faz parte de uma interpelação escrita divulgada ontem pelo legislador ligado à Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM).

O primeiro aspecto está relacionado com a adjudicação do contrato de operação e manutenção da Linha da Taipa à MTR de Hong Kong, no valor 5,9 mil milhões de patacas. Segundo o deputado, para atribuir uma verba tão elevada, que dá uma média de 900 milhões de patacas por ano, deveria ter sido lançado um concurso público internacional. “Por que razão o Governo não recorreu ao concurso público internacional para a referida adjudicação? O Governo adjudicou o contrato de prestação dos serviços de operação da Linha da Taipa do Metro Ligeiro à MTR e não a outras empresas com experiência. Quais foram os fundamentos para esta adjudicação?”, questiona.

Coutinho critica igualmente o facto de se terem gasto 1,4 mil milhões na constituição da Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, mas depois o serviço ter sido adjudicado à MTR.

Falta de talentos

Outra critica prende-se com o facto de o serviço ter sido planeado “há quase 20 anos”, mas durante todo este tempo não ter havido capacidade para formar quadros locais qualificados para este meio de transporte. “Já se passaram quase 20 anos desde que o Governo apresentou o projecto de construção do Metro Ligeiro, e até ao momento, o Governo continua a afirmar que não dispõe de pessoa qualificado com experiência na operação do Metro Ligeiro”, aponta. “O Governo deve permitir que seja a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau a responsabilizar-se pela operação e manutenção do Metro Ligeiro, para evitar o contínuo abuso do erário público decorrente das adjudicação. Vai fazê-lo?”, pergunta.

Por outro lado, o deputado compara o metro com o projecto de Banguecoque e questiona se o Governo vai seguir o exemplo tailandês, em que foram criadas passadeiras aéreas com o metro e que podem ser atravessadas, sem que se tenha de entrar na zona paga. “O Governo vai criar vias pedonais semelhantes debaixo dos viadutos do metro ligeiro, com vista a facilitar as deslocações dos residentes e dos turistas e aproveitar os espaços?”, pergunta.

12 Set 2019

Metro Ligeiro | Coutinho aponta orçamento excessivo e falta de talentos

Um projecto que foi planeado há mais de 20 anos e mesmo assim não tem talentos locais formados. Esta é uma das críticas do deputado José Pereira Coutinho que pede a construção de passadeiras aéreas nas estações como as que foram feitas em Banguecoque

 
[dropcap]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho lançou ontem várias críticas ao projecto Metro Ligeiro e quer que o Governo apresente respostas a problemas como o orçamento excessivo, a falta de talentos para o projecto e a questão das passadeiras. O ataque ao projecto do Governo faz parte de uma interpelação escrita divulgada ontem pelo legislador ligado à Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM).
O primeiro aspecto está relacionado com a adjudicação do contrato de operação e manutenção da Linha da Taipa à MTR de Hong Kong, no valor 5,9 mil milhões de patacas. Segundo o deputado, para atribuir uma verba tão elevada, que dá uma média de 900 milhões de patacas por ano, deveria ter sido lançado um concurso público internacional. “Por que razão o Governo não recorreu ao concurso público internacional para a referida adjudicação? O Governo adjudicou o contrato de prestação dos serviços de operação da Linha da Taipa do Metro Ligeiro à MTR e não a outras empresas com experiência. Quais foram os fundamentos para esta adjudicação?”, questiona.
Coutinho critica igualmente o facto de se terem gasto 1,4 mil milhões na constituição da Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, mas depois o serviço ter sido adjudicado à MTR.

Falta de talentos

Outra critica prende-se com o facto de o serviço ter sido planeado “há quase 20 anos”, mas durante todo este tempo não ter havido capacidade para formar quadros locais qualificados para este meio de transporte. “Já se passaram quase 20 anos desde que o Governo apresentou o projecto de construção do Metro Ligeiro, e até ao momento, o Governo continua a afirmar que não dispõe de pessoa qualificado com experiência na operação do Metro Ligeiro”, aponta. “O Governo deve permitir que seja a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau a responsabilizar-se pela operação e manutenção do Metro Ligeiro, para evitar o contínuo abuso do erário público decorrente das adjudicação. Vai fazê-lo?”, pergunta.
Por outro lado, o deputado compara o metro com o projecto de Banguecoque e questiona se o Governo vai seguir o exemplo tailandês, em que foram criadas passadeiras aéreas com o metro e que podem ser atravessadas, sem que se tenha de entrar na zona paga. “O Governo vai criar vias pedonais semelhantes debaixo dos viadutos do metro ligeiro, com vista a facilitar as deslocações dos residentes e dos turistas e aproveitar os espaços?”, pergunta.

12 Set 2019

Internet | WiFi GO impede acesso à versão chinesa do jornal Epoch Times

Fundado por membros da Falun Gong e com uma linha editorial fortemente pró-Trump, o portal em língua chinesa do Epoch Times está bloqueado pelo serviço WiFi Go. Porém, a versão em inglês do portal está disponível

 

[dropcap]O[/dropcap]s residentes e visitantes de Macau que estejam ligados à internet pelo serviço WiFi Go estão impedido de aceder à versão em chinês do jornal Epoch Times. A informação foi primeiro colocada a circular na rede social Facebook e confirmada ontem pelo HM, que tentou aceder ao portal em chinês por volta das 15h00, na Zona de Lazer da Praça Jorge Álvares.

Quando uma pessoa tenta aceder directamente ao portal surge um aviso a dizer que o “acesso foi negado” devido a “conteúdo impróprio”. Após este aviso é explicado que o acesso é proibido porque o portal está classificado “Contra-acção e outras ilegalidades”.

Contudo, o mesmo não acontece quando uma pessoa tenta aceder à versão em inglês do jornal, que se encontra disponível. Porém, se uma pessoa tentar utilizar a versão em inglês para aceder ao conteúdo em chinês é igualmente barrada.

O jornal Epoch Times foi fundado em 2000 nos Estados Unidos, por membros da comunidade chinesa, e tem fortes ligações ao movimento Falun Gong. Este é um movimento de meditação e de prática de exercício físico proibido no Interior da China desde 1999. Foi com o objectivo de levar ao mundo o que os membros consideram ser uma perseguição política por parte do Governo Central que o Epoch Times terá sido fundado. Contudo, nos últimos anos, este jornal afirmou-se também pela linha editorial de grande apoio ao Presidente Donald Trump e até por alguns artigos anti-vacinação.

Ontem, o HM contactou a Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações (CTT) que é responsável pelo serviço WiFi Go e questionou se havia uma motivação política para a decisão de proibir o acesso ao portal. Contudo, até à hora de fecho, não recebeu uma resposta.

O portal online do WiFi Go assegura que há filtração dos sites a que os cidadãos podem aceder através da rede, mas que o bloqueio é feito apenas em “páginas electrónicas com conteúdos pornográficos, indecentes ou relativos aos jogos”.

Contratos de 19 milhões

O serviço WiFi Go é responsabilidade dos CTT, mas está concessionado à Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM). Segundo os últimos contratos assinado entre as duas partes, em 2017, a CTM receberia até ao final deste ano aproximadamente 19 milhões de patacas.

Ainda em relação ao WiFi Go, o Governo lançou no mês passado o concurso público para a “operação e manutenção” do sistema entre 2020 e 2021. A data limite para a entrega de propostas foi o último dia do mês passado.

O serviço WiFi Go foi alvo de fortes críticas em 2017 por parte do Comissariado de Auditoria devido às dificuldades de acesso e também por ter havido serviços que chegaram a ser pagos, mas que nunca foram disponibilizados ao Governo. Na altura os CTT admitiram a hipótese de exigir uma compensação à CTM, mas depois defenderam que a mesma não deveria ser financeira.

11 Set 2019

Internet | WiFi GO impede acesso à versão chinesa do jornal Epoch Times

Fundado por membros da Falun Gong e com uma linha editorial fortemente pró-Trump, o portal em língua chinesa do Epoch Times está bloqueado pelo serviço WiFi Go. Porém, a versão em inglês do portal está disponível

 
[dropcap]O[/dropcap]s residentes e visitantes de Macau que estejam ligados à internet pelo serviço WiFi Go estão impedido de aceder à versão em chinês do jornal Epoch Times. A informação foi primeiro colocada a circular na rede social Facebook e confirmada ontem pelo HM, que tentou aceder ao portal em chinês por volta das 15h00, na Zona de Lazer da Praça Jorge Álvares.
Quando uma pessoa tenta aceder directamente ao portal surge um aviso a dizer que o “acesso foi negado” devido a “conteúdo impróprio”. Após este aviso é explicado que o acesso é proibido porque o portal está classificado “Contra-acção e outras ilegalidades”.
Contudo, o mesmo não acontece quando uma pessoa tenta aceder à versão em inglês do jornal, que se encontra disponível. Porém, se uma pessoa tentar utilizar a versão em inglês para aceder ao conteúdo em chinês é igualmente barrada.
O jornal Epoch Times foi fundado em 2000 nos Estados Unidos, por membros da comunidade chinesa, e tem fortes ligações ao movimento Falun Gong. Este é um movimento de meditação e de prática de exercício físico proibido no Interior da China desde 1999. Foi com o objectivo de levar ao mundo o que os membros consideram ser uma perseguição política por parte do Governo Central que o Epoch Times terá sido fundado. Contudo, nos últimos anos, este jornal afirmou-se também pela linha editorial de grande apoio ao Presidente Donald Trump e até por alguns artigos anti-vacinação.
Ontem, o HM contactou a Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações (CTT) que é responsável pelo serviço WiFi Go e questionou se havia uma motivação política para a decisão de proibir o acesso ao portal. Contudo, até à hora de fecho, não recebeu uma resposta.
O portal online do WiFi Go assegura que há filtração dos sites a que os cidadãos podem aceder através da rede, mas que o bloqueio é feito apenas em “páginas electrónicas com conteúdos pornográficos, indecentes ou relativos aos jogos”.

Contratos de 19 milhões

O serviço WiFi Go é responsabilidade dos CTT, mas está concessionado à Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM). Segundo os últimos contratos assinado entre as duas partes, em 2017, a CTM receberia até ao final deste ano aproximadamente 19 milhões de patacas.
Ainda em relação ao WiFi Go, o Governo lançou no mês passado o concurso público para a “operação e manutenção” do sistema entre 2020 e 2021. A data limite para a entrega de propostas foi o último dia do mês passado.
O serviço WiFi Go foi alvo de fortes críticas em 2017 por parte do Comissariado de Auditoria devido às dificuldades de acesso e também por ter havido serviços que chegaram a ser pagos, mas que nunca foram disponibilizados ao Governo. Na altura os CTT admitiram a hipótese de exigir uma compensação à CTM, mas depois defenderam que a mesma não deveria ser financeira.

11 Set 2019

Governo | Ho Iat Seng partiu para Pequim para receber diploma de indigitação

O futuro Chefe do Executivo garantiu ainda não ter feito nenhuma escolha sobre os secretários, mas defende que precisam de ter mais poderes para poderem exigir responsabilidades aos directores dos diferentes serviços

 

[dropcap]S[/dropcap]em qualquer escolha feita em relação aos secretários do seu futuro Governo, Ho Iat Seng partiu ontem de manhã para Pequim, onde vai encontrar-se com os responsáveis do Governo Central e receber o Decreto de Indigitação do Conselho de Estado. À partida garantiu que ainda não fez nenhuma escolha em relação aos nomes dos futuros secretários, mas defendeu que é preciso clarificar bem as competências de cada um e dar-lhes mais poderes.

“Ainda estou numa fase em que estou a ouvir opiniões [sobre a formação do Governo]. Não tomei nenhuma decisão concreta. […] Primeiro vão ser escolhidos os secretários e depois de estarem definidos vai pensar-se nos directores dos serviços. É a ordem natural dos trabalhos”, afirmou Ho Iat Seng, que apontou a segunda quinzena de Outubro como data provável para a decisão.

O próximo líder do Governo explicou também alguns dos critérios que vão ser utilizados na escolha, não só dos secretários, mas também dos directores dos serviços: “Primeiro, é preciso integridade e capacidade de executar o trabalho. É igualmente um requisito mínimo saber liderar os directores dos serviços. Também é importante que seja uma pessoa com as portas abertas e que saiba ouvir a população”, revelou. “E claro que o Amor à Pátria e a Macau é um critério óbvio, por isso nem preciso de referi-lo. É natural que não peça a uma pessoa que não ame a Pátria nem Macau que seja secretário”, acrescentou.

Ho recusou igualmente fazer alterações nas pastas governativas só pela vontade de mudar: “Vou fazer uma análise de cada situação concreta e depois os devidos ajustamentos. Mas não vamos usar a palavra reforma”, indicou.

Foi quando comentava as queixas dos secretários sobre as dificuldades de “fazer melhor” que o futuro líder do Governo mencionou a necessidade de definir melhor as competências destes titulares. “Todos os secretários foram pessoas empenhadas. […] Acho que os problemas que enfrentam estão relacionadas com o sistema que foi introduzido há 30 anos pela Administração Portuguesa”, vincou. “Os secretários não têm competências muito bem definidas, precisam de uma lei clara. Só assim é que vão conseguir liderar os directores dos serviços […] Actualmente os directores de serviços têm muita responsabilidade. […] As dificuldades não são uma questão das pessoas que ocupam os cargos, mas do sistema”, sustentou.

Sem ansiedade

Ho Iat Seng partiu para Pequim, onde deverá ter encontros com o Presidente Xi Jinping e o primeiro-Ministro Li Keqiang. Ontem, o futuro Chefe do Executivo admitiu que ainda não sabia bem os pormenores do encontro: “O costume é sermos apenas informados quando chegamos a Pequim”, reconheceu. Ho recusou sentir-se ansioso: “Sinto-me normal, não posso dizer que esteja ansioso”, respondeu, depois de ser sido questionado sobre o seu estado de espírito.

Ho vai ter a oportunidade estar com o Presidente Xi, que na semana passada fez um discurso em que mencionou Macau como um desafio, ao nível de Hong Kong e Taiwan. Em relação a este assunto, o futuro Chefe do Executivo desvalorizou a menção a Macau, mas disse que se for questionado pelo Governo Central vai falar de factos: “Quando o Presidente mencionou Macau, aquilo foi uma parte do discurso. Não foi o conteúdo principal. Se tiver a oportunidade de falar sobre isso e se me perguntarem qual é a situação de Macau vou falar dos factos que podem ser constatados […] Mas os dirigentes do Interior da China estão muito bem informados sobre o que se passa em Macau e não precisam que seja eu a fazer o relatório da situação”, disse.

Porém, o futuro líder do Executivo espera que os encontros foquem as suas prioridades para a RAEM: “Acho que os dirigentes não querem falar do que foi feito. Preferem saber as minhas prioridades, entre as quais vou mencionar a habitação e os transportes”, confessou.

Já sobre o processo de deixar de ter o seu nome nas diferentes empresas a que está ligado, Ho afirmou estar a tratar do problema de forma “gradual”, mas que é um processo “complexo” e “demorado”.

 

Lei Básica está a ser bem concretizada

O futuro Chefe do Executivo foi questionado sobre o caso dos dois alunos do Instituto de Formação Turística que estão a ser investigados, após terem exibido cartazes pró-manifestantes de Hong Kong, e considerou que existe liberdade de expressão na RAEM. “A Lei Básica de Macau está bem concretizada, aplicada e os direitos dos residentes são protegidos de acordo com a Lei Básica. Não acho que haja um conflito em relação a esse caso. Todas as pessoas têm a oportunidade e liberdade de manifestarem a sua opinião”, afirmou. Ho Iat Seng negou ainda que haja restrição ao Direito de Manifestação, depois do Corpo de Polícia de Segurança Pública ter considerada ilegal uma manifestação que visava condenar as acções das autoridades de Hong Kong. Ho justificou que as pessoas podem sempre recorrer aos tribunais, caso sintam que os seus direitos estão a ser prejudicados: “A polícia teve uma decisão com base na segurança e ordem pública. Em Macau os cidadãos podem ponderar as decisões e se sentirem que os seus direitos foram violados podem recorrer aos tribunais. Acreditamos na Justiça dos tribunais”, vincou.

11 Set 2019