João Luz Manchete SociedadeImobiliário | Centaline prevê continuação de queda de preços Nos primeiros três meses deste ano, o preço das fracções para habitação caiu 5,5 por cento face ao último trimestre de 2024. O director da agência imobiliária Centaline prevê a continuação da queda, estimando uma depreciação de 10 por cento, e pede novas medidas de apoio ao sector O mercado imobiliário continua a sofrer, com vendas a níveis que não se comparam com o período antes da pandemia e os preços a caírem. E, segundo o director da agência imobiliária Centaline, Roy Ho, o sector ainda não bateu no fundo. Segundo os dados oficiais divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, no primeiro trimestre de 2025 o preço das fracções autónomas para habitação desceu 5,5 por cento face aos últimos três meses do ano passado. A queda foi mais acentuada em termos anuais, com as casas a desvalorizarem 15,5 por cento. Roy Ho espera que o mercado continue a cair no futuro próximo, estimando uma descida de cerca de 10 por cento. Em declarações ao jornal Exmoo, o empresário revelou preocupações com a tendência negativa da evolução do mercado imobiliário. “Não existem, actualmente, factores que sustentem a recuperação do sector, ou a subida dos preços. As transacções que se fazem nesta altura resultam, basicamente, dos preços mais baratos”, lamentou. Seguindo esta inclinação, Roy Ho prevê que no próximo trimestre, entre Maio e Julho, cheguem ao mercado ofertas de desconto para habitações novas, factor que pode ser determinante para o preço das fracções ser “mais leve” durante esse período. Importa referir que nos dois primeiros períodos deste ano, o mercado de compra de habitação foi dominado pela venda de fracções em edifícios novos. O director da agência salientou que a variação de preços pode oscilar bastante, dependendo da variação de vendas de apartamentos novos ou em segunda mão, que são, naturalmente, mais baratos. Resposta do mercado O responsável argumenta ainda que se o preço das habitações a estrear sofrer um corte, os dados estatísticos irão reflectir uma diminuição de vendas de fracções usadas. Face a este cenário, e apesar de não prever quebras de preços na ordem de 30 a 50 por cento, caso as habitações novas apresentem preços mais competitivos, Roy Ho considera que as maiores desvalorizações se devem verificar em imóveis localizados em prédios mais degradados. O empresário aponta também para a possibilidade de compradores, que possam oferecer um valor de entrada maior, estarem em condições favoráveis para negociar preços mais competitivos com proprietários que precisem de verbas urgentemente. Em relação às políticas para impulsionar o sector, Roy Ho entende que o Governo de Macau deve ir além das isenções fiscais e lançar um subsídio para a troca de casa, à semelhança do que foi feito por várias províncias de cidade chinesas e Hong Kong.
João Luz Manchete PolíticaPrevidência central | Confirmada atribuição de 7 mil patacas O Chefe do Executivo confirmou ontem a distribuição de 7.000 patacas este ano a título de repartição extraordinária de saldos orçamentais do regime de previdência central não obrigatório. A garantia tomou a forma de um despacho assinado por Sam Hou Fai, publicado ontem no Boletim Oficial “É atribuída no ano de 2025 uma verba de 7.000 patacas, a título de repartição extraordinária de saldos orçamentais, ao titular da conta individual do regime de previdência central não obrigatório que preencha os requisitos legais.” Foi desta forma que o Chefe do Executivo oficializou ontem a distribuição do apoio, através de um despacho publicado no Boletim Oficial, algo que já havia anunciado durante a apresentação das Linhas de Acção Governativa para este ano. O despacho entrou ontem em vigor. Recorde-se que o Governo liderado por Ho Iat Seng suspendeu a atribuição do apoio, destinado a residentes idosos, durante três anos marcados pela crise nascida da pandemia da covid-19. Na altura, o Executivo justificou a medida com a falta de saldos financeiros devido à descida das receitas fiscais, enquanto a economia do território esteve paralisada pelas medidas de combate à pandemia. Como e quando A repartição extraordinária de saldos orçamentais foi iniciada para adicionar um apoio à rede de assistência social de residentes idosos e ao regime de segurança social. Os destinatários das 7.000 patacas são residentes permanentes com mais de 65 anos de idade que cumpram os requisitos para atribuição do apoio e que estejam inscritos nas listas para receber a verba. No ano passado, as verbas começaram a ser distribuídas aos primeiros beneficiários no dia 25 de Setembro. O primeiro grupo que recebeu as 7.000 patacas no ano passado era composto por mais de 82 mil pessoas. Porém, no total, de acordo com dados do Fundo de Segurança Social, o universo de beneficiários do apoio foi de quase 390 mil pessoas. Recorde-se que a RAEM fechou o terceiro trimestre deste ano com um excedente de contas públicas maior do que a previsão do Governo para todo o ano de 2025, de acordo o anúncio da Direcção dos Serviços de Finanças do final de Abril. Nos primeiros três meses, o excedente atingiu 9,25 mil milhões de patacas, mais 11,8 por cento do que no mesmo período de 2024.
João Luz Manchete SociedadeSuicídio | Mortes no primeiro trimestre desceram para 18 casos Apesar da descida das mortes por suicídio nos primeiros três meses do ano, os vários casos registados nos últimos dias levaram o Governo a procurar reforçar a prevenção na comunidade. Na sexta-feira, as autoridades reuniram com associações e instituições comunitárias para descentralizar o apoio a grupos vulneráveis Depois de no ano passado o registo de mortes por suicídio ter batidos recordes, as estatísticas relativas aos primeiros três meses de 2025 trouxeram algum alívio. No primeiro trimestre deste ano, 18 pessoas tomaram a sua própria vida, menos quatro em termos homólogos, representando uma descida de 18,2 por cento. De acordo com os dados oficiais, também as tentativas de suicídio caíram de 99 para 84 no período em análise, um decréscimo de 15,1 por cento. Entre as pessoas que se suicidaram, 13 eram homens e cinco mulheres, com idades compreendidas entre os 29 e 72 anos. Das 18 mortes registadas nos primeiros três meses do ano, 16 eram residentes de Macau. Porém, “foram registados bastantes casos de suicídios nos últimos dias”, salientou na sexta-feira o presidente do Instituto de Acção Social (IAS), Hon Wai, num seminário para trocar impressões com as associações e instituições relacionadas relativas à promoção da saúde mental e à prevenção do suicídio. “O Governo acha que existe a necessidade e a urgência de se associar às forças da comunidade para enfrentar o problema”, acrescentou Hon Wai, citado pelo Canal Macau da TDM. Manter o alerta O presidente do IAS revelou que o Executivo está preocupado com a situação e que a aposta passa por reforçar a prevenção comunitária para identificar e acompanhar grupos mais vulneráveis. A posição foi adoptada no seminário dedicado a promover o conceito de “guardião da vida” e a apoiar “cuidadores de pessoas”. O objectivo do evento foi “promover a mensagem de que todos somos ‘guardiões da vida’ e incentivar a população a estar atenta à própria saúde mental e dos seus familiares e amigos, bem como recorrer aos serviços de apoio do governo e privados quando necessário”. Segundos as autoridades, as principais causas do suicídio continuam a ser problemas emocionais, financeiros ou relacionados com o jogo e doenças mentais. Em termos de acompanhamento da situação, o presidente do IAS garantiu que “o Governo, além de continuar a intensificar a cooperação multi-departamental, vai também tentar descentralizar recursos para a comunidade e promover a participação de mais instituições de serviços sociais”. Hon Wai voltou a alertar para a contenção na partilha de informações demasiado detalhadas por casos particulares de suicídio, “porque a disseminação das notícias pode ter impacto em algumas pessoas, até porque é sabido que são actos que podem ser imitados”. Quem se sentir emocionalmente angustiado ou estiver numa situação de desespero deve ligar para a Linha Aberta “Esperança de vida da Caritas” através do telefone 28525222 de forma a obter serviços de aconselhamento emocional.
João Luz Manchete SociedadeEconomia | Prevista estabilidade no segundo trimestre O Índice de Prosperidade Económica de Macau para o segundo trimestre aponta para estabilidade, mas apresenta desequilíbrios em alguns indicadores, como a baixa confiança dos consumidores chineses e o baixo valor das acções das concessionárias de jogo De acordo com as mais recentes previsões do Índice de Prosperidade Económica de Macau, a economia local irá continuar estável no segundo trimestre, perspectiva que os analistas da Associação Económica de Macau arriscam apenas estimar para um período de curto-prazo. O relatório divulgado na quarta-feira continua a revelar assimetrias na evolução dos vários indicadores avaliados. Seguindo a tendências dos últimos relatórios, a diminuição do poder de compra dos turistas chineses que visitam Macau e a fraca confiança dos consumidores do Interior da China, continuam a fazer pairar nuvens negras por cima das perspectivas económicas da RAEM. Outro indicador negativo, realçado pela Associação Económica de Macau, é a continuação do valor das acções das concessionarias de jogo “pairar no nível baixo durante muito tempo”. O Índice de Prosperidade salienta também a fraca procura por crédito na economia local. O rácio de empréstimos/depósitos de residentes da banca de Macau caiu de 62,4 por cento para 51,1 por cento entre o final de 2022 e o passado mês de Março, é indicado. Os analistas concluem que a menor vontade dos residentes e empresas em contrair empréstimos “reflecte uma atitude cautelosa face à actual situação e perspectivas económicas”. Embora o sistema bancário da RAEM disponha “de ampla liquidez”, os fundos não foram efectivamente convertidos em apoio ao crédito na economia real, o que indica falta de eficiência na afectação de capital e confiança no investimento. A associação liderada pelo ex-deputado Joey Lao vinca também o arrefecimento verificado nos últimos anos nos projectos imobiliários e de investimento em grande escala, assim como os valores elevados do crédito malparado, factores que reduziram ainda mais a procura por empréstimos bancários. Os dois lados A associação indica também, por outro lado, que o volume da massa monetária bateu um novo recorde histórico, ultrapassando pela primeira vez 810 mil milhões de patacas, um aumento anual 8,8 por cento em termos anuais. Outro indicador positivo, diz respeito ao número de visitantes e de hóspedes em hotéis que se mantém num nível “quente”. Depois de ter alertado para o impacto da guerra comercial lançada por Donald Trump, os analistas da Associação Económica de Macau voltaram a realçar o ambiente externo enquanto factor desestabilizador. “Num contexto de fraca procura global, de insuficiente dinâmica de crescimento económico e com um ambiente financeiro restritivo e de riscos relacionados com disputas geopolíticas e tarifárias, Macau, enquanto economia orientada para a micro-exportação, tem de estar muito atento a potenciais riscos de queda nas suas tendências económicas a curto e médio prazo”, é indicado.
João Luz Manchete PolíticaHengqin | Dirigente demite-se após investigação por corrupção O Governo da RAEM anunciou que um vice-director do Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada se demitiu “por motivos pessoais”. O comunicado não menciona que Su Kun apresentou demissão horas depois de ter sido divulgada uma investigação por corrupção a uma empresa estatal responsável pelo desenvolvimento de Hengqin Com Lusa “A pedido de Su Kun, as suas funções de assessor do gabinete do secretário para a Economia e Finanças e subchefe da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada cessam a partir de 15 de Maio de 2025, por motivos pessoais.” Foi desta forma, em apenas uma frase, que o Governo da RAEM reagiu, através do gabinete do secretário para a Economia e Finanças, a um comunicado emitido horas antes pela comissão anticorrupção da província de Guangdong a anunciar a investigação a um caso de corrupção que envolve uma empresa estatal responsável pelo desenvolvimento de Hengqin. Su Kun é um dos seis coordenadores-adjuntos da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau. Segundo o portal do Governo de Macau, esta comissão “assume as funções de promoção da divulgação a nível internacional, captação de negócios e investimentos, introdução de indústrias, exploração de terrenos, construção de projectos específicos e gestão dos assuntos respeitantes à vida da população”. Coisas da vida A demissão de Su Kun acontece horas depois da comissão anticorrupção da vizinha província de Guangdong anunciar o início de uma investigação ao antigo presidente da empresa estatal responsável pelo desenvolvimento da zona especial de Hengqin. Num comunicado, a Comissão Provincial de Inspecção Disciplinar de Guangdong disse que o antigo presidente do grupo Zhuhai Da Hengqin, Hu Jia, “é suspeito de graves violações disciplinares”, uma frase que normalmente se refere a corrupção. A nota, também com apenas uma frase, diz que Hu está a ser alvo de “revisão e investigação disciplinar” por parte da Comissão Municipal de Inspecção e Supervisão Disciplinar de Zhuhai. O grupo Zhuhai Da Hengqin foi criado em 2009 pelo município de Zhuhai para a construção e desenvolvimento da zona económica especial de Hengqin e é responsável pelo investimento, financiamento, construção, operação e gestão de infra-estruturas. No website do grupo empresarial é indicado que Hu Jia é o presidente da Da Heng Qin Investment desde Dezembro de 2013, e foi director-geral de Maio de 2012 a Dezembro de 2013. É ainda referido que Hu ocupou “cargos de gestão numa série de empresas públicas, possui profundos conhecimentos financeiros e uma vasta experiência no funcionamento e gestão de empresas”. Além disso, “tem conhecimentos únicos no que diz respeito à inovação de modelos de finanças empresariais, conceitos de conceção urbana, gestão de grupos de empresas e introdução de talentos empresariais”. É preciso integrar A Lusa perguntou ontem ao Governo de Macau se a demissão de Su Kun está relacionada com a investigação por corrupção contra Hu Jia, mas até ao fecho desta edição não recebeu qualquer resposta. Sam Hou Fai, que tomou posse em Dezembro como Chefe do Executivo, tem defendido uma maior aposta na integração com Hengqin. O desenvolvimento da ilha vizinha “é a nossa principal tarefa”, disse o líder do Governo da RAEM aos jornalistas, na terça-feira. Sam falava numa conferência de imprensa de balanço de uma visita de seis dias a Macau do principal responsável do Partido Comunista Chinês para os assuntos das duas regiões semiautónomas, Xia Baolong. Na segunda-feira, o director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau, sob a tutela do Conselho de Estado, afirmou que “a construção de Hengqin deve ser tratada como uma prioridade de Macau”.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Macau ultrapassou pico de infecções As infecções de covid-19 têm vindo a diminuir progressivamente desde meio de Março, quando foi atingido o pico, mas os Serviços de Saúde alertam que o coronavírus ainda continua activo no território. As autoridades acrescentam que este ano não se registaram mortes resultantes da covid-19 Enquanto nas regiões vizinhas de Macau os casos de infecção de covid-19 continuam a aumentar, por cá as taxas de infecção têm vindo a descer gradualmente desde meio de Março, indicaram os Serviços de Saúde num comunicado divulgado na noite de terça-feira. As autoridades acrescentam que apesar de a RAEM ter ultrapassado o ponto mais crítico de infecções de covid-19, o coronavírus continua activo no território. Como tal, apelam ao cuidado e à adoptação de atitudes preventivas, em especial entre grupos de risco, como idosos, pacientes de doenças crónicas e pessoas com sistema imunológico enfraquecido, nomeadamente tomando a vacinação completa contra a variante JN.1. Em relação à evolução das taxas de infecção em Macau e nas regiões vizinhas, a entidade liderada por Alvis Lo explica que Macau entrou no pico infeccioso antes das zonas circundantes. De acordo com os dados de monitorização laboratorial, a taxa de positividade do novo coronavírus detectada nos doentes com sintomas de gripe em Macau começou a aumentar no final de Fevereiro deste ano, atingindo o pico em meados de Março. Na semana entre 16 e 22 de Março, as autoridades registarm uma taxa de positividade de 44,3 por cento, valor que foi diminuindo a partir daí. Nas últimas três semanas, a taxa de positividade desceu para 12 por cento, subiu para 17 por cento e depois voltou a descer para 11 por cento, “o que indica uma ligeira recuperação”, concluíram os Serviços de Saúde. Anda aí No que diz respeito a infecções colectivas que resultam em sintomas semelhantes à gripe, entre o início do ano e esta semana foram registados 111 casos, dos quais 26 eram de covid-19, detectados principalmente em lares de idosos. Nestes casos, as autoridades garantem ter prestados serviços médicos adequados a lares de idosos, prescrevendo medicamentos antivirais. Ao longo deste ano, até agora, Macau não registou nenhum caso crítico ou fatal causado por infecção de covid-19, é indicado. A variante do coronavírus prevalente em Macau actualmente é a variante XDV relacionada com a JN.1, que é basicamente a mesma que circula nas áreas circundantes. Os dados mais recentes não mostram que a XDV cause doenças mais graves do que a JN.1, a XBB e as suas linhagens descendentes. Como tal, os Serviços de Saúde asseguram que a vacina contra a variante JN.1 continua a ser eficaz para reduzir “risco de infecção e desenvolvimento de doenças graves causadas pela variante actualmente prevalente.
João Luz Manchete PolíticaMetro | Aliança do Povo defende aceleramento de ligação à China A Aliança do Povo quer que o planeamento da rede do Metro Ligeiro tenha em conta as ligações a Zhuhai e à rede ferroviária nacional. Uma responsável da associação ligada à comunidade de Fujian defende que o Metro Ligeiro deve ser o principal transporte em Macau, com os autocarros a desempenharem um papel complementar O Metro Ligeiro deve ser o principal meio de transporte público em Macau, enquanto os autocarros passam para um papel secundário e complementar. A posição foi tomada por Tong Ho Laam, vogal do conselho executivo da Aliança de Povo de Instituição de Macau, o nome oficial, em declarações ao jornal Ou Mun. Face ao expectável aumento da procura e pressão sobre a rede de transportes públicos e o trânsito na cidade, a responsável indicou que o Governo deve promover activamente a estratégia de tornar o Metro Ligeiro o principal meio de transporte da cidade, de forma a aliviar a pressão rodoviária. Tong Ho Laam entende que quando a rede de estações do Metro Ligeiro for alargada, irá aumentar a eficácia geral dos transportes colectivos e garantir melhores experiências a residentes e turistas. Uma das melhorias que pode ser implementada a curto-prazo é a possibilidade de se usar pagamentos electrónicos e harmonizar a ligação com os autocarros. Além disso, a dirigente da Aliança do Povo defende que o planeamento de estações do Metro Ligeiro deve ser feito em articulação com a estratégia regional de desenvolvimento industrial. Um ponto essencial passa por garantir a conexão com a rede ferroviária nacional, através de Zhuhai, trabalho que deve ser acelerado de forma a reforçar a posição de Macau na Grande Baía. A vogal acredita que a ligação ao Interior da China, nomeadamente a Hengqin, pode trazer um novo impulso ao sector industrial local para prosseguir as áreas emergentes nos polos de inovação tecnológica e medicina chinesa tradicional da Ilha da Montanha. Cura para todos os males Tendo em conta os desafios energéticos resultantes do combate às alterações climáticas, a dirigente associativa defende que o desenvolvimento do Metro Ligeiro deve ser pensado numa perspectiva de longo-prazo, tendo em conta a protecção ambiental. Para tal, a RAEM deveria reservar terrenos para instalações de produção de energia verde, para alimentar o Metro Ligeiro. Tong Ho Laam apontou este objectivo como uma forma da RAEM se destacar em termos ambientais na zona da Grande Baía, adoptando a liderança na meta da neutralidade carbónica, ao mesmo tempo que promove a diversificação económica.
João Luz Manchete SociedadeJoey Lao pede mais acção no desenvolvimento de Hengqin O tempo para a complacência e atitude passiva e meramente observadora chegou ao fim. É assim que o presidente da Associação Económica de Macau, Joey Lao, vê a forma como o Executivo da RAEM encara Hengqin e a zona de cooperação aprofundada. O ex-deputado e economista defende que o Governo de Macau tem de ultrapassar a atitude “observadora” relativamente aos assuntos relacionados com Hengqin e participar activamente na governação nacional, tratando o desenvolvimento da zona de cooperação aprofundada como se estivesse a construir a sua própria casa. A ideia consta de um artigo de opinião assinado pelo ex-deputado e publicado ontem no jornal Ou Mun, na sequência da visita de inspecção a Macau do director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, Xia Baolong, que terminou ontem. Durante a passagem por Macau, o representante do Partido Comunista da China sublinhou que o Governo da RAEM deve encarar o desenvolvimento de Hengqin como um assunto seu, como uma prioridade de política local. Joey Lao apontou que Macau tem de quebrar barreiras sistemáticas, promover vantagens complementares e procurar a integração com a Ilha da Montanha, de forma a criar um novo espaço que impulsione o forte desenvolvimento de Macau. O ex-deputado recordou que durante a visita do presidente Xi a Hengqin no final do ano passado, o líder chinês salientou a necessidade de serem atingidos resultados substantivos da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin a nível da diversificação económica da RAEM e da qualidade de vida e conveniência dos residentes que vivem e/ou trabalham em Hengqin. Por outro lado Face à complexa conjuntura internacional, Joey Lao considera que Macau deve adoptar uma perspectiva mais ampla e a longo-prazo. “A RAEM e todos os sectores da sociedade precisam de reforçar a consciência de defesa do país, do amor a Macau e de estar preparada para enfrentar perigos”, indica o antigo legislador sem especificar. O economista abordou ainda aquilo a que chama de “contradições profundas na economia” e na capacidade industrial de Macau, referindo que subsistem há muito tempo sem resolução, tornando incontornáveis os desafios e riscos ao nível do desenvolvimento económico. Situações que não podem ser ignoradas. Ainda sobre a ideia de Macau encarar Hengqin como a sua própria casa, Au Kam San partilhou no Facebook uma opinião discordante da proferida por Xia Baolong. O ex-deputado entende que para Macau tratar o desenvolvimento de Hengqin como um assunto local, da sua esfera própria, a Ilha da Montanha deveria ser cedida totalmente à RAEM. Au Kam San exemplificou as assimetrias com o facto de o Produto Interno Bruto de Hengqin não ter qualquer relação com Macau, assim como as receitas fiscais apurados do outro lado da fronteira, onde não é possível oferecer empregos a residentes de Macau com salários que correspondam aos padrões de vida da RAEM. O ex-deputado alerta ainda para a possibilidade de Macau vir a sofrer economicamente, sem capacidade para se diversificar, se aplicar demasiados investimentos em Hengqin, descurando a economia local.
João Luz Eventos MancheteJunho, Mês de Portugal | Exposições, música e gastronomia animam Macau O dia de Portugal será celebrado em Junho com exposições, mostras de cinema, concertos, apresentação de livros e muita gastronomia lusa. Devido às eleições legislativas em Portugal, e posteriores formalidades de tomada de posse do novo Governo, o Presidente da República virá celebrar em Macau o mês de Portugal na segunda metade do ano Maio ainda vai a meio, mas já cheira a Junho, mês em que celebra o 10 de Junho, dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Como é hábito, as celebrações vão-se estender ao longo de todo o mês. O programa das festividades do “Junho, Mês de Portugal na RAEM” foi apresentado ontem no Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong. Macau irá celebrar a portugalidade com exposições variadas, concertos, workshops, lançamento de livros, palestras, eventos gastronómicos e as tradicionais comemorações, como o hastear da bandeira na chancelaria do consulado, a romagem à gruta de Camões, a recepção à comunidade na residência oficial da Bela Vista e o Arraial de Santo António na Escola Portuguesa de Macau. Este ano, estava prevista a presença em Macau do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para comemorar o 10 de Junho. Porém, a agenda política portuguesa marcada pelas eleições legislativas do próximo fim-de-semana ditaram o adiamento da visita a Macau, o que também mexeu com o programa do Junho Mês de Portugal na RAEM, que incluía eventos com Marcelo Rebelo de Sousa. “Tenho a certeza que teremos o Presidente da República entre nós este ano e, no fundo, isso será uma segunda fase do Junho mês de Portugal”, afirmou Alexandre Leitão, acrescentando que os eventos que incluíam a participação do Chefe de Estado “serão realizados mais tarde”. O cônsul não quis arriscar a previsão de uma data precisa para a visita de Marcelo Rebelo de Sousa ao território, atirando para a segunda metade do ano, seguramente depois do Verão, tendo em conta os compromissos políticos, como a tomada de posse do novo Governo. Dias animados As celebrações arrancam ainda este mês, com três exposições. A partir de 29 de Maio, estará patente na Galeria Amagao, no Artyzen Grand Lapa, a mostra “Arte Portuguesa – Diálogo de Criatividade”, que apresenta uma selecção de obras de 24 artistas contemporâneos portugueses. Entre os autores representados, destaque para Júlio Pomar, Graça Morais, Cunha Nery, José Luís Tinoco, Númparo, Alfredo Luz e Maria Dulce Martins. A organização do evento descreve a exposição como “uma celebração vibrante da arte contemporânea que não apenas ilumina a cena artística em Portugal, mas também provoca reflexões sobre as questões que nos conectam e nos diferenciam na sociedade actual. No dia seguinte, 30 de Maio, o destaque vai para a exposição de fotografia com curadoria de Francisco Ricarte “Somos – Imagens da Lusofonia 2025 – “O Homem e o Divino”, que estará patente na loja 3306 do 3.º piso do Parisian Macau. A exposição é organizada pela Somos – Associação de Comunicação de Língua Portuguesa. No dia 31 de Maio, é inaugurada no Consultado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong a exposição de fotografia “Património Cultural de Macau”, que mostra ao público a colecção fotográfica do Instituto Internacional de Macau. O acervo “tem sido anualmente enriquecido com dezenas de novas fotografias submetidas ao concurso “À Descoberta de Macau e Hengqin”, organizado pelo instituto. O evento irá incluir também o visionamento do documentário trilingue “Heritople”, realizado por António Salas Sanmarful, que realça “a importância do património cultural e as suas vivências” em Macau, através de uma série de entrevistas. Paredes cheias O programa do “Junho, Mês de Portugal na RAEM” apresenta várias oportunidades para disfrutar de exposições e filmes. No dia 3 de Junho, a Casa Garden passa a acolher a exposição “Objectos com Alma – Marionetas Portuguesas”, que conta com a curadoria de Elisa Vilaça. A mostra resulta de uma selecção do espólio pessoal da curadora, que tem “cerca de 1.000 marionetas, representativas de diversos continentes e quase todos os tipos de manipulação existentes”. No dia 11 de Junho, a galeria da Fundação Rui Cunha exibe “Metamorfoses – Exposição Individual de Arte por Lúcia Lemos”, um conjunto de “44 peças que vinculam expressões e estécticas artísticas diversas, como gravura, fotografia, instalação, pintura e cerâmica”. Ainda no âmbito expositório, a sede da Casa de Portugal em Macau apresenta, a partir de 24 de Junho, e exposição de fotografia “Macau – Dias de Ontem e Dias de Hoje”. Fazer filmes Os eventos cinematográficos do programa deste ano, além do mencionado documentário “Heritople”, arranca no dia 4 de Junho com a exibição do filme documental “Metamórphosis”, realizado por António Luís Moreira, na galeria da Fundação Rui Cunha. “Metamórphosis” acompanha as “histórias de três aldeãs cujas vidas reflectem as mutações sociais mais vastas da modernidade”. O filme, exibido a partir das 18h30, retrata o despovoamento, a tenacidade do povo e identidade colectiva em três “aldeias de xisto” do concelho de Góis. No dia seguinte, 5 de Junho, a Livraria Portugal exibe às 18h30 o documentário “Pequenos Mundos em Estado Sólido”, de Cláudia Falcão. Porém, a cereja no bolo cinematográfico será a 7.ª Mostra de Cinema Português em Macau da Portugal Film, que irá decorrer entre 20 e 22 de Junho. Do ecrã para a prato, o Mês de Portugal na RAEM volta a apostar forte na gastronomia portuguesa. Ao longo de todo o mês, a comida lusa será celebrada no “Roteiro Gastronómico – Comer e Beber à Portuguesa”. A terceira edição do evento contará com a participação de 29 estabelecimentos, entre restaurantes de “fine dining”, a restaurantes mais tradicionais, cafetarias e bares, um número recorde para o evento. Os clientes dos 29 estabelecimentos aderentes vão beneficiar de um desconto de 10,6 por cento (10 de Junho) e quem pagar com um cartão de crédito do BNU, ou pela aplicação BNU Pay, habilita-se a ganhar uma viagem a Portugal para duas pessoas. Além disso, no final do roteiro, será ainda sorteada uma refeição para duas pessoas. Mais localizada, a Festa Gastronómica Portuguesa irá encher de aromas a Sala Baccara do Sofitel Macau no dia 12 de Junho, a partir das 18h30. Este ano será oferecida uma “selecção exclusiva das melhores iguarias portuguesas”, incluindo uma variedade de queijos, presunto ibérico Bellota, pães artesanais caseiros, bacalhau, bolinhas de alheira, pastéis de nata da Manteigaria e 30 vinhos de nove regiões portuguesas. Notas e páginas Como não há festa sem música, o programa deste ano do “Junho, Mês de Portugal na RAEM” irá trazer várias oportunidades para disfrutar de música ao vivo. A começar pelo recital de piano de Joana Rolo no Clube Militar no dia 6 Junho, às 19h30. O concerto tem como “inspiração” as viagens e estadias no exterior de compositores portugueses, musa que dá mote ao objectivo de levar a pianista a tocar na China. “A ideia é que ela actue também noutras cidades da China, em parceria com outras embaixadas e consulados. É importante, mas não é fácil de fazer. Infelizmente, não conseguimos planear as coisas a muito longo prazo e dizem-me que na China é preciso apresentar os projectos com muita antecedência de modo a serem aprovados”, adiantou ontem Alexandre Leitão. Apesar das condicionantes, o objectivo permanece. “Queremos tentar, cada vez mais, que alguém que venha aqui actuar possa depois actuar na região”, acrescentou o diplomata. Dois dias depois, a 8 de Junho, a Fundação Rui Cunha acolhe o concerto “Vocalini, Vamos Cantar a Ópera”, que junta a cantora Elvire de Paiva e Pona e a pianista Joana Rolo. No dia 13 de Junho, uma sexta-feira, é a vez do guitarrista Bruno Pernadas actuar na Red House Macau, no NAPE, num concerto a solo, seguido da actuação de vários djs. No que toca aos livros, o jardim do Consulado-Geral será palco de jogos literários na tarde de 7 de Junho, no evento “Lançamento Dinis Caixapiz”, organizado pela Sílaba – Associação Educativa e Literária”. No dia 11 de Junho será lançada a obra “40 Anos da Livraria Portuguesa”, no próprio espaço e no dia 18 de Junho a chancelaria do consulado será palco da apresentação do livro e da exposição “O Vasto Império do Coração”, de autoria de Sara Augusto, que tem por alicerce principal a figura de Camões. O poeta maior volta a estar em destaque no dia 28 de Junho com a apresentação da “Biografia Camões” de Isabel Rio Novo. O evento está marcado para as instalações do Instituto Português do Oriente, a partir das 17h. Nos dias 26 e 27 de Junho, o Restaurante Lvsitanvs acolhe um evento centrado no “Tratado das Paixões da Alma”, livro de autoria do incontornável António Lobo Antunes. As sessões literárias servirão de aperitivo para os jantares que se seguem. O nosso dia A 10 de Junho, como manda a tradição, o dia irá começar às 09h com a cerimónia do hastear da bandeira, na Chancelaria do Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong. Segue-se a Romagem à Gruta de Camões, no Jardim Camões. O dia termina com a recepção à comunidade na residência oficial da Bela Vista, onde decorrerão as cerimónias oficiais. “A entrada é aberta a todos os portugueses, mas pedimos às pessoas para fazerem um pré-registo, para podermos gerir o espaço interior para o caso de haver muita afluência”, indicou Alexandre Leitão, sublinhando que o evento não está sujeito a convite. O programa de celebrações conta ainda com o Arraial de Santo António nos dias 14 e 15 de Junho na Escola Portuguesa de Macau, com os habituais concertos, jogos e comes e bebes, workshops ao longo do mês e palestras/seminários dedicados aos negócios.
João Luz Manchete PolíticaJogo | Criticada opacidade em investimentos alternativos Ron Lam acusa o Governo de “actuar à porta fechada” em relação aos investimentos de 130 mil milhões de patacas que as concessionárias vão despender ao longo de 10 anos para revitalizar a cidade. Sem orçamentos públicos, planos e calendarização, o deputado entende que a sociedade fica afastada dos projectos Como ficou estabelecido nos novos contratos de concessão de jogo, as operadoras assumiram o compromisso de contribuir com 130 mil milhões de patacas aos longo dos 10 anos de concessão em investimentos não-jogo. A medida prevista para imprimir “vitalidade” à cidade e estimular o desenvolvimento económico local tem passado ao lado da população e dos vários sectores sociais, na óptica de Ron Lam. Na sessão plenária de hoje de respostas a interpelações orais, o deputado irá perguntar ao Governo que medidas irá promover para aumentar a transparência destes projectos, tanto ao nível do orçamento, mas também sobre os planos e calendarização de execução. Segundo a interpelação divulgada ontem pelo gabinete do deputado, “a sociedade ainda nada sabe sobre a calendarização desses planos e a forma da sua concretização”. Dando como exemplo o Desfile Internacional de Macau, em que o Instituto Cultural afirmou não ter assumido as despesas devido à “cooperação mais estreita com as empresas de lazer neste ano”, Ron Lam critica a falta de transparência das autoridades que argumentaram não ser “conveniente divulgar o valor do orçamento, pois este envolvia investimentos de empresas privadas”. Uma vez que os investimentos resultam de compromissos assumidos em contratos públicos, “o uso e a situação da concretização do respectivo orçamento devem ser tratados de forma equivalente à do erário público”, defende Ron Lam. O deputado acusa o Governo de estar “a actuar à porta fechada”, sem haver uma fiscalização prévia, intercalar e posterior da sociedade sobre os investimentos não-jogo. Aliás, Ron Lam indica que os investimentos, que em média ultrapassam os 10 mil milhões de patacas por ano, “se transformaram em carteira privada do Governo para os seus planos e actividades”. Face à sua natureza, o legislador entende que deveriam seguir as regras dos serviços públicos, empresas de capitais integralmente públicos e empresas de capitais públicos com influência dominante, sendo obrigados a publicar integralmente informações relativas ao capital envolvido. Voltando ao caso do Desfile Internacional de Macau, Ron Lam pergunta em que lei o Governo se baseou “para fugir ao direito do público à informação sobre os investimentos não-jogo”. O quadro maior Face ao cenário traçado, Ron Lam pergunta se o Executivo irá definir mecanismos que garantam a divulgação de dados sobre os investimentos das concessionárias, assim como o ponto de situação da execução dos projectos. O deputado pergunta também qual “o serviço responsável pela fiscalização e concretização dos planos não-jogo das seis concessionárias, pela avaliação do desempenho dos respectivos investimentos” e se existe um regime sancionatório se os resultados não corresponderam às expectativas. Ron Lam aproveita para sublinhar a situação de emprego de residentes e não-residentes contratados pelas concessionárias, denunciando o despedimento de “trabalhadores veteranos que não cometeram erros, sem lhes oferecerem qualquer opção de mudança de emprego”. Além disso, afirma que trabalhadores participantes nos “Planos Específicos de Emprego + Formação” foram despedidos sem justa causa, e que residentes que procuravam emprego a tempo inteiro nas concessionárias acabaram por ficar em trabalhos a tempo parcial, depois de não serem contratados após as entrevistas de emprego. Para Ron Lam, esta situação reflecte a posição dos residentes enquanto “complemento da mão-de-obra importada das concessionárias do jogo”.
João Luz Manchete PolíticaAL | Xia diz que relação com Executivo difere de separação de poderes Num encontro com os deputados, o director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado afirmou que a relação entre o Executivo e a Assembleia Legislativa é diferente do conceito de separação de poderes do “Ocidente”. Xia Baolong caracterizou a relação como uma colaboração com predominância do poder Executivo O director do Gabinete de Trabalho de Hong Kong e Macau do Comité Central do Partido Comunista da China e director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, Xia Baolong, deslocou-se no domingo à Assembleia Legislativa (AL) para uma sessão de troca de ideias com todos os deputados do plenário. Durante o encontro, Xia Baolong terá afirmado que “a forma como a Lei Básica regula a relação entre os poderes Executivo e Legislativo não é a mesma relação que existe na separação de poderes utilizada pelo ‘Ocidente’”, contou o presidente da AL. Desde o início da sua passagem por Macau, e à semelhança das visitas anteriores, Xia Baolong é citado por responsáveis de altos cargos do Governo e, neste caso, por Kou Hoi In e alguns deputados. Em declarações citadas pelo canal chinês da Rádio Macau, o presidente da AL indicou que Xia Baolong terá vincado a ascendência do Governo em relação à casa das leis. “[O director] disse que temos de reforçar e optimizar ainda mais a relação entre os poderes Executivo e Legislativo. As duas partes precisam de respeito e apoio mútuo para que possamos beneficiar e desenvolver a particularidade de o nosso sistema político ser caracterizado pela predominância do poder Executivo”, contou Kou Hoi In. Importa referir que em nenhum artigo da Lei Básica da RAEM, ou mesmo do anexo que regula a metodologia para a constituição da AL, é indicada a predominância do poder Executivo face ao poder Legislativo. Aliás, o Artigo 71.º da Lei Básica estabelece a possibilidade de a Assembleia Legislativa aprovar uma moção de censura “acusando o Chefe do Executivo de grave violação da lei ou de abandono das suas funções”. Além disso, apesar de ter poderes para dissolver a Assembleia Legislativa, o Artigo 54.º da Lei Básica indica duas situações de conflito com o poder Legislativo que podem resultar na renúncia do cargo do Chefe do Executivo. Arregaçar mangas Durante o encontro com os deputados, Xia Baolong elogiou o trabalho legislativo, em particular as revisões das leis relacionadas com segurança nacional, leis eleitorais e a legislação relacionada com o sector do jogo. A cooperação com Hengqin foi um dos temas mais discutidos, com deputados e o director a concordarem na necessidade de reforçar a integração entre os dois territórios. O director apontou ser “necessário estar consciencializado” e preparado “para as adversidades, fazer bem os trabalhos da aceleração da integração Hengqin-Macau e da diversificação adequada da economia de Macau, e dar mais um passo na optimização da relação entre o poder executivo e o poder legislativo, no sentido do respeito e apoio mútuos, para potenciar as vantagens institucionais da predominância do poder executivo. Segundo um comunicado divulgado ontem pela AL, o director manifestou o desejo de que Macau, enquanto “pérola na palma da mão” da pátria, venha a luzir de forma mais resplendente. Tarifas | Apelo à determinação das empresas locais O director do Gabinete de Trabalho de Hong Kong e Macau do Comité Central do Partido Comunista da China e director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, Xia Baolong, reuniu ontem com mais de 20 representantes do sector empresarial. Num encontro que durou mais de duas horas, o responsável deixou palavras de incentivo e resiliência perante as adversidades causadas pela guerra comercial. De acordo com presidente do Conselho de Administração do Grupo Nam Kwong, Fu Jianguo, o director apresentou quatro requisitos específicos para a comunidade empresarial de Macau. Em primeiro lugar, a necessidade de ter espírito de luta e enfrentar a actual situação geopolítica a um nível mais elevado. Xia Baolong pediu também aos empresários para terem confiança nos planos nacionais de médio e longo prazo e contarem bem as histórias da China, de Hong Kong e de Macau. O presidente da Associação de Bancos de Macau e presidente da sucursal de Macau do Banco da China, Jia Tianbing, afirmou que Xia Baolong terá deixado esperanças de que Macau irá superar as dificuldades de desenvolvimento económico.
João Luz Manchete SociedadeJogo | Melco duplica lucros no primeiro trimestre de 2025 A operadora de jogo Melco anunciou lucros de 32,5 milhões de dólares no primeiro trimestre, mais do dobro do registado no mesmo período de 2024, e um aumento de 11 por cento das receitas Durante os três primeiros meses deste ano os lucros da Melco Resorts and Entertainment mais que duplicaram, passando de 15,2 milhões de dólares para 32,5 milhões de dólares. Num comunicado enviado na quinta-feira à noite à bolsa Nasdaq, em Nova Iorque, o grupo sublinhou que as receitas aumentaram 11 por cento, atingindo 1,23 mil milhões de dólares. Nos primeiros três meses do ano, os casinos de Macau registaram receitas totais de quase 57,7 mil milhões de patacas, mais 0,6 por cento do que no mesmo período de 2024. As apostas no segmento de massas nos casinos da Melco em Macau atingiram 2,68 mil milhões de dólares, mais 3 por cento do que nos primeiros três meses de 2024. Já as apostas dos grandes jogadores, no chamado segmento de jogo VIP, aumentaram 6,3 por cento para 6,05 mil milhões de dólares. O presidente e CEO da Melco Resorts, no comunicado que acompanhou a divulgação dos resultados, realçou a capacidade de crescimento do mercado de Macau. “Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) das propriedades de Macau cresceu 32 por cento em relação ao trimestre anterior, demonstrando a nossa força e potencial de crescimento em Macau”, indicou Lawrence Ho, acrescentando que o segmento de massas aumentou todos os meses ao longo do trimestre, registando resultados recorde. “A força contínua que estamos a observar na nossa dinâmica empresarial é resultado directo dos esforços combinados das nossas equipas e da qualidade das nossas ofertas de produtos, e continuaremos a desenvolver esta dinâmica”, indicou. Ovos noutras cestas Além do mercado de Macau, a Melco Resorts and Entertainment tem casinos nas Filipinas, Chipre e está a finalizar a construção de um resort integrado no Sri Lanka. “O City of Dreams Manila foi afectado pelo aumento da concorrência no mercado, enquanto os resultados do City of Dreams Mediterranean e dos nossos casinos-satélite em Chipre apresentaram um sólido crescimento sequencial e anual, apesar dos contínuos desafios colocados pelos conflitos na região. E, finalmente, os acabamentos do casino City of Dreams Sri Lanka estão a progredir bem e continuamos a esperar iniciar as operações do casino no terceiro trimestre de 2025.” Recorde-se que nas últimas concessões de jogo, o Governo exigiu às concessionárias a aposta em elementos não-jogo e na atracção de visitantes estrangeiros de forma a diversificar a clientela e não depender exclusivamente dos apostadores chineses. Nesse sentido, a Melco prevê gastar cerca de 10 mil milhões de patacas no segmento não-jogo numa década, incluindo no “único parque aquático em Macau com instalações interiores abertas durante todo o ano”. Na quarta-feira, a empresa relançou, no hotel-casino City of Dreams, o maior espectáculo permanente do território, The House of Dancing Water, que estava suspenso desde Junho de 2020, devido à pandemia de covid-19. Com Lusa
João Luz Manchete PolíticaTNR | Governo recusa fixar proporção para “trabalhos indesejados” O Governo não irá fixar uma proporção de trabalhadores não-residentes que as empresas podem contratar, nomeadamente para trabalhos “que poucos residentes desejam exercer”. No primeiro trimestre do ano, mais de 2.500 pessoas foram contratadas com o apoio do Executivo, metade tinha menos de 34 anos O Governo não considera “apropriado estabelecer rigidamente uma proporção para o número de trabalhadores residentes ou não-residentes a contratar pelas empresas, nomeadamente para os postos de trabalho que poucos residentes desejam exercer”, indicou o director dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), Chan Un Tong, em resposta a uma interpelação escrita de Song Pek Kei. A deputada ligada à comunidade de Fujian alertava para os “muitos postos de trabalho de linha da frente procurados por residentes e licenciados”, que acabam por ser desempenhados por trabalhadores não-residentes” (TNR) nas empresas de jogo, turismo e lazer. No entanto, o director da DSAL refere que é feito “um ajustamento mais flexível e pragmático na apreciação dos pedidos de TNR”, “em articulação com a criação do Centro mundial de turismo e lazer de Macau, bem como as necessidades do desenvolvimento socioeconómico”. Neste sentido, Chan Un Tong sublinha que o princípio fundamental da importação de mão-de-obra “é garantir que os trabalhadores residentes tenham prioridade no acesso ao emprego e que os seus direitos e interesses laborais não sejam lesados”. O director da DSAL indica que em todas as circunstâncias, desde que haja residentes interessados que preencham os requisitos para o desempenho de cargos, as empresas devem dar sempre prioridade à sua contratação. Dias de feira Um dos pontos fulcrais da interpelação escrita da deputada Song Pek Kei prendia-se com a dificuldade na entrada no mercado de trabalho sentida por jovens recém-licenciados. O director da DSAL respondeu com números. No primeiro trimestre deste ano, 2.570 candidatos a emprego foram “contratados através das medidas de apoio ao emprego da DSAL, dos quais, cerca de 50 por cento eram jovens com idade igual ou inferior a 34 anos”. Entre os eventos de emparelhamento, ou os planos de contratação por empresas de turismo e lazer, Chan Un Tong realçou a realização da “Feira de Emprego para Jovens”, que acontece no final do ano lectivo de forma a atrair recém-graduados do ensino superior para participar em entrevistas de emprego. Em simultâneo, a Direcção dos Serviços de Assuntos de Subsistência da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, deslocou-se às instituições de ensino superior chinesas onde estão inscritos mais jovens de Macau, a fim de promover planos de estágio e de aprendizagem de Macau, Hengqin e outras províncias e cidades do Interior da China.
João Luz Manchete PolíticaGoverno | Xia Baolong salienta bom começo de Sam Hou Fai O director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado está na RAEM até amanhã. Em reunião com o Chefe do Executivo, Xia Baolong saudou o “bom começo” da governação de Sam Hou Fai, “que cumpre com determinação o espírito consagrado nos discursos importantes do presidente Xi Jinping” A agenda de Xia Baolong na visita de inspecção a Macau tem sido intensa. No território desde quinta-feira, o director do Gabinete de Trabalho de Hong Kong e Macau do Comité Central do Partido Comunista da China (PCC) e director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado reuniu com Sam Hou Fai na sexta-feira de manhã. Segundo o Gabinete de Comunicação Social (GCS), Xia Baolong afirmou que o Chefe do Executivo “cumpre com determinação o espírito consagrado nos discursos importantes do presidente Xi Jinping proferidos durante a sua visita a Macau, e as políticas e planos do governo central”. O representante do PCC salientou o “bom começo” da governação de Sam Hou Fai e mencionou as Linhas de Acção Governativa, “com conteúdos abrangentes cobrindo todas as áreas governativas” e que “destacam um espírito empenhado e corajoso”, merecendo “o reconhecimento e apoio total do Governo Central”. Por seu lado, Sam Hou Fai garantiu que o seu Executivo “estudou, compreendeu e complementou, de forma activa e plena, o espírito consagrado nos discursos do presidente Xi Jinping”. Na parte da tarde, Xia Baolong reuniu na sede do Governo com “representantes de várias associações locais com amor à pátria e a Macau”, acompanhado pelo secretário para a Administração e Justiça, André Cheong. O Governo não revelou as entidades envolvidas neste evento. Segundo o secretário, o representante do PCC apontou que os vários sectores da sociedade de Macau devem convergir forças para promover o desenvolvimento da diversificação adequada da economia, devendo ter sempre em mente esta tarefa e a consciência de se “preparar para a adversidade em tempos prósperos”. O que aí vem No sábado de manhã, Xia Baolong fez um passeio de barco ao longo da costa “para observar as áreas marítimas de Macau”, acompanhado pelo secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, por Sam Hou Fai, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam Vai Man e director geral dos Serviços de Alfândega, Adriano Marques Ho. O director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau ficou a conhecer a “situação dos novos aterros, e o planeamento relativo aos projectos do bairro internacional turístico e cultural integrado de Macau, do parque industrial de investigação e desenvolvimento de ciências e tecnologias e do aterro para resíduos ao largo das praias de Coloane. Depois do passeio marítimo, Raymond Tam disse que “Xia Baolong manifestou grande atenção à melhoria do ambiente dos bairros antigos e ao aumento da qualidade de vida da população”. A agenda de Xia Baolong na manhã de sábado incluiu “um encontro de recepção com representantes da geração mais velha que amam a pátria e Macau”, nomeadamente antigos membros da Assembleia Popular Nacional e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. Após este encontro, o responsável visitou “o Templo de A-Má, manifestando-se atento à exploração e transmissão da história e cultura de Macau. Enquanto esteve nas redondezas, aproveitou ainda para passar pelo Museu Marítimo, “para se inteirar da evolução da história marítima de Macau”. À tarde, Xia Baolong, acompanhado pelo Chefe do Executivo, observou ainda os vários lotes de terrenos planeados para receber projectos de construção, e assistiu à apresentação das propostas pelo secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip e pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam. O responsável foi também ao “Pavilhão do Panda Gigante de Macau para se inteirar das instalações e equipamentos do Pavilhão e o seu funcionamento”. O director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado vai continuar a visita de inspecção do território até amanhã.
João Luz Manchete SociedadeGalaxy | Receitas com crescimento anual de 6,2% A Galaxy Entertainment teve receitas líquidas de 11,2 mil milhões de dólares de Hong Kong no primeiro trimestre deste ano, uma subida de 6,2 por cento em termos anuais, mas menos 1 por cento face ao último trimestre de 2024. Francis Lui salientou a resiliência do mercado de Macau, apesar da “turbulência geopolítica e da contínua desaceleração económica” A Galaxy Entertainment apresentou ontem os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025, período durante o qual foram apuradas receitas líquidas de 11,2 mil milhões de dólares de Hong Kong (HKD), representando um aumento anual de 6,2 por cento, mas uma quebra de 1 por cento face ao trimestre anterior. Em relação às receitas brutas de jogo, o grupo fechou os primeiros três meses de 2025 com 10,94 mil milhões HKD, resultado que reflecte um aumento anual de 13,6 por cento, mas um decréscimo de 0,8 por cento face ao último trimestre do ano passado. Como é normal, o segmento de massas gerou o maior volume das receitas brutas, com 8,23 mil milhões HKD, mais 6,5 por cento em relação ao período homólogo, enquanto o segmente VIP apurou 1,98 mil milhões HKD em receitas brutas, mais 52,3 por cento em termos anuais. Durante o período em análise, o grupo registou lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) de quase 3,3 mil milhões HKD, resultado que representou uma subida anual de 16,3 por cento e 1,8 por cento face ao último trimestre de 2024. Como manda a “tradição”, a galinha dos ovos do grupo foi o Galaxy Macau, gerando 9,15 mil milhões HKD em receitas líquidas, mais 10 por cento em termos anuais, e lucros EBITDA de 3,02 mil milhões HKD (+15,4 por cento face ao primeiro trimestre de 2024). Às na manga “Durante o trimestre em análise, continuámos a impulsionar todos os segmentos do negócio, em particular o mass premium, através dos nossos produtos e serviços inigualáveis, melhorias contínuas nas propriedades, diversos espectáculos e eventos de entretenimento, bem como a implementação completa de mesas inteligentes”, indicou o presidente do grupo, Francis Lui, no comunicado que apresentou os resultados O presidente da Galaxy Entertainment destacou o desempenho dos casinos do grupo durante o Ano Novo Chinês e a capacidade de resiliência do mercado de Macau, “apesar da turbulência geopolítica e da contínua desaceleração económica”, com as receitas brutas a recuperarem para 76 por cento do nível de 2019. Francis Lui referiu ainda a apresentação das primeiras Linhas de Acção Governativa do Executivo de Sam Hou Fai, em particular no papel de liderança para diversificar a economia e orientar as concessionárias para investimentos em projectos não-jogo. Porém, o presidente da Galaxy referiu os comentários do Chefe do Executivo em relação às dificuldades para o mercado do jogo atingir as receitas brutas estimadas para este ano. “A curto prazo, continuamos a ajustar as operações conforme necessário, mas estamos confiantes nas perspectivas de longo prazo para Macau. A abordagem proactiva de Macau na diversificação económica, combinada com o firme apoio da China, posiciona bem a cidade para um futuro crescimento sustentável”, concluiu Francis Lui.
João Luz Manchete SociedadeSaúde | Serviços alertam para vírus da varicela “mais activo” O Governo lançou ontem um alerta para o aumento de casos de varicela em Macau. Desde o início do ano, as autoridades registaram 195 casos de infecção, quase o dobro em relação ao mesmo período de 2024. Cerca de três quartos das infecções são contraídas por crianças O vírus da varicela em Macau está a tornar-se mais activo, indicaram ontem os Serviços de Saúde, apelando a pais, instituições de ensino e creches para estarem atentos a sintomas e adoptarem uma postura preventiva. De acordo com os dados sobre doenças transmissíveis de declaração obrigatória, as autoridades apuraram que na semana passada houve uma “tendência de aumento do número de casos de varicela, com a média semanal de 12 casos a partir de 6 de Abril a subir para 23 na semana passada”. O organismo liderado por Alvis Lo salienta que “este número é superior ao do período homólogo do ano passado (10 casos)”. As autoridades dão conta ainda de um caso de infecção colectiva de varicela que foi detectado recentemente na Escola Secundária Pui Ching, afectando um total de 21 estudantes. A partir de 1 de Maio, os alunos “apresentaram sintomas de erupção cutânea e pequenas bolhas na cabeça, na cara, nos membros, nas costas e no peito, tendo sido submetidos a tratamento médico”. As autoridades acrescentam que não se registaram complicações graves e que a “maioria dos doentes foi vacinada com uma dose de varicela”. Desde o início Entre 1 de Janeiro e 6 de Maio deste ano, foram registados 195 casos de varicela em Macau, um número que quase duplicou as infecções durante o período homólogo do ano passado, quando se registaram 105 casos. Cerca de três quartos dos casos dizem respeito a crianças, a maioria com idades compreendidas entre 8 e 17 anos, representando 65,1 por cento do total, enquanto as pessoas com idade igual ou inferior a 7 anos representam apenas 6,1 por cento do total. Os Serviços de Saúde salientam que desde o início do ano não houve registo de casos graves ou mortais. As autoridades acrescentam que parte da população inoculada contra a varicela continua susceptível de ser afectada por aquilo a que os profissionais de saúde chamam de infecção disruptiva. Porém, “os sintomas são geralmente ligeiros e atípicos, com menos bolhas e a duração da doença é relativamente curta”. Segundo o Governo, os casos de varicela na Escola Secundária Pui Ching tratam-se de infecções disruptivas.
João Luz Manchete PolíticaAdministração | Ng Wai Han sai dos SAFP para dirigir DICJ Com a passagem de Adriano Marques Ho para os Serviços de Alfândega, a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos passou a ser liderada interinamente pelo seu sub-director Lio Chi Chong. O secretário para a Economia e Finanças nomeou ontem Ng Wai Han, a primeira mulher à frente da entidade reguladora do jogo de Macau A Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) tem uma nova directora. Um despacho assinado pelo secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, publicado ontem no Boletim Oficial, nomeia Ng Wai Han como directora da DICJ pelo período de um ano. A comissão de serviço de Ng Wai Han iniciou-se logo ontem com a publicação do despacho. Recorde-se que o cargo estava vago desde que Adriano Marques Ho foi conduzido ao posto de director-geral dos Serviços de Alfândega em Dezembro, durante a reformulação dos titulares de elevados cargos públicos com a tomada de posse do novo Governo de Sam Hou Fai. Para o lugar de Adriano Marques Ho, que dirigiu a DICJ desde Junho de 2020, o novo Executivo nomeou o sub-director Lio Chi Chong. Ng Wai Han passou a ser a primeira mulher na liderança da DICJ, depois do exercício de funções de Manuel das Neves, Paulo Martins Chan e Adriano Marques Ho. A ascensão da ex-directora de Serviços de Administração e Função Pública ao topo da hierarquia da DICJ marca uma diferença de perfil de dirigentes, que até agora eram provenientes da área das forças de segurança. Trabalho e administração O secretário para a Economia e Finanças refere que “Ng Wai Han possui competência profissional e aptidão para o exercício do cargo de directora da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos, que se demonstra pelo curriculum vitae”. A nova líder da entidade reguladora do jogo no território é licenciada em Direito pela Universidade de Sun Yat-Sen, onde também fez mestrado em Direito Penal. Em 1999, entrou para a função pública, para o cargo de técnica superior (área jurídica) da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), onde permaneceu até 2013. Entre 2013 e 2016, chefiou as divisões de Estudos do Departamento de Estudos e Informática e de Controlo dos Direitos Laborais do Departamento de Inspecção do Trabalho. Em Maio de 2016, passou a liderar o Departamento de Inspecção do Trabalho e um ano depois foi nomeada subdirectora, substituta da DSAL, e subdirectora até 2020, altura em que mudou para os Serviços de Administração e Função Pública, depois de duas décadas na DSAL. Entre Junho de 2020 e Agosto de 2023, Ng Wai Han foi subdirectora dos SAFP e um mês depois passou a dirigir os SAFP, cargo que ocupou até ontem.
João Luz Manchete SociedadeZona A | Estação de monitorização da qualidade do ar na calha Será construída uma estação de monitorização da qualidade do ar na Zona A dos novos aterros. Em relação à qualidade do ar, o director dos SMG referiu a descida da concentração de poluentes atmosféricos em 2023, segundo dados da rede de monitorização da Grande Baía. Isto apesar da qualidade ar ter piorado em Macau em 2023 e 2024 Depois de uma sequência de dias com qualidade do ar perigosa ou insalubre, que inclusive motivou o alerta dos Serviços de Meteorológicos e Geofísicos (SMG) para a população evitar sair à rua, o director do organismo deu conta de melhorias na qualidade do ar verificada em 2023 a nível regional. Numa resposta à interpelação escrita do deputado Lei Chan U, Leong Weng Kun salienta os resultados das medidas a nível regional e o trabalho da Rede de Monitorização da Qualidade do Ar de Guangdong-Hong Kong-Macau para a Região do Delta do Rio das Pérolas”. Segundo o director dos SMG, o relatório de 2023 da rede inter-regional aponta que “os valores médios anuais de concentração de vários poluentes atmosféricos registados em 2023 caíram entre 17 e 86 por cento em relação aos níveis de pico”. Leong Weng Kun conclui que “as medidas de redução de emissões implementadas pelas três regiões foram eficazes na melhoria da qualidade do ar regional”. Porém, as estatísticas anuais do ambiente de 2023 e 2024 de Macau pintam um cenário bem diferente. Em 2023, foram registados mais dias com má qualidade do ar face ao ano anterior. Aliás, os dias com ar “insalubre” e “moderado” foram muito superiores aos com “boa” qualidade. O panorama piorou no ano passado, segundo as estatísticas do ambiente o número de dias com qualidade do ar “insalubre” e “muito insalubre” voltou a aumentou em relação a 2023. Além do oxigénio O director dos SMG salienta também o estudo elaborado pelas três regiões para compreender as causas do ozono na região da Grande Baía e as características de transmissão a nível inter-regional. Apesar da descida da qualidade do ar, Leong Weng Kun afirma que, “nos últimos anos, o Governo da RAEM tem implementado uma série de medidas para melhorar a qualidade do ar, incluindo a redução da emissão de poluentes atmosféricos através de medidas de incentivo e regulação, visando os precursores de ozono”. O responsável dá os exemplos da proibição de importação e trânsito de tintas para construção, tintas para veículos e adesivos para obras de decoração com alto teor de compostos orgânicos voláteis. Em relação à monitorização da poluição atmosférica, Leong Weng Kun revela que estão “actualmente em curso os trabalhos preparatórios” para construir uma estação de monitorização da qualidade do ar na Zona A dos Novos Aterros Urbanos”.
João Luz Manchete PolíticaBanca / PME | Prudência com crédito devido a clima económico O sector bancário apertou os critérios de atribuição de crédito a pequenas e médias empresas no novo plano de bonificação de juros lançado há duas semanas pelo Governo. Andy Wu pede aos empresários que façam uma avaliação rigorosa dos riscos de recorrer aos empréstimos, numa altura em que o crédito malparado continua em níveis elevados Fez ontem duas semanas que o Governo lançou mais um plano de bonificação de juros de créditos bancários para pequenas e médias empresas (PME), que irá decorrer até 22 de Abril de 2026. Depois de outras rondas de planos semelhantes, empresas e representantes do sector indicam que os critérios bancários para a aprovação de empréstimos se tornaram mais exigentes em comparação com os planos aplicados durante o período pandémico. O actual plano prevê cinco milhões de patacas como montante máximo dos créditos a conceder a cada empresário comercial, com o prazo máximo de bonificação de três anos e o limite máximo da taxa anual de bonificação de 4 por cento. Um empresário, que não se quis identificar ao jornal Ou Mun, afirmou ter analisado os critérios e detalhes do plano, por estar interessado em alivar a pressão de liquidez da empresa. Porém, o empresário notou que os requerimentos são mais rigorosos do que os referentes aos empréstimos semelhantes em 2021 e 2022. Apesar de achar que cumpre os critérios de aprovação, o empresário indicou ao Ou Mun não ter a certeza se irá conseguir o empréstimo. Também em condição de anonimato, um profissional do sector bancário indicou ao jornal Ou Mun que as instituições bancárias apenas tomaram os planos 2021 e 2022 como referência, mas que os ambientes financeiros e económicos mudaram desde então, obrigando os bancos a mudar os critérios de avaliação de risco. Como aqui chegámos Apesar de maior ou menos foco em aspectos de responsabilidade social, ou deveres fiduciários perante accionistas, o profissional ouvido pelo jornal Ou Mun considera que, de um modo geral, os bancos de Macau assumem uma posição de parceria com as PME como parte da sua missão operativa. Como tal, a fonte indica que se as empresas tiverem um registo sem crédito malparado, os pedidos de crédito serão aceites. Ao mesmo jornal, o presidente da Associação Comercial Federal Geral das Pequenas e Médias Empresas de Macau, Andy Wu, sugeriu ao Governo, banca e associações da área do comércio e negócios que reforcem a divulgação dos critérios, formalidades e prazos do plano de bonificação de juros. O responsável afirmou compreender a prudência da banca e indicou esperar que os empresários também sejam ponderados no pedido de crédito, na avaliação dos riscos e na capacidade operativa. O crédito malparado bateu no passado mês de Fevereiro o valor mais elevado desde 1990, ano em que a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) começou a compilar estes dados. Os últimos dados da AMCM, divulgados na semana passada, referentes a Março e ao primeiro trimestre de 2025 revelam que apesar de ter descido 2,7 por cento, a dívida aos bancos de Macau era de cerca de 56,1 mil milhões de patacas.
João Luz Manchete SociedadeDroga | Registados cinco casos a envolver “petróleo do espaço” Com o registo de casos de consumo de petróleo do espaço a subir para cinco, as autoridades continuam a preparar a ilegalização desta droga. Além disso, prepara-se a compra de testes de despistagem e outros equipamentos para combater o novo fenómeno O subdirector da Polícia Judiciária (PJ), Sou Sio Keong, afirmou que até ontem tinham sido detectados cinco casos relacionados com petróleo do espaço no território. O número foi adiantado em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, durante o programa Fórum Macau, com as autoridades a prometerem tomar as medidas necessárias para combaterem a disseminação desta droga. Entre os cinco casos detectados, todos estavam relacionados com o consumo do petróleo do espaço através de cigarros electrónicos e em dois casos a existência da droga foi identificada com recurso a testes reagentes. Sou Sio Keong garantiu também que as autoridades estão a preparar a criminalização desta droga, com a alteração da legislação, e que estão a preparar a compra de testes reagentes e outros equipamentos, para poderem actuar o mais rapidamente, quando a proibição da nova droga entrar em vigor. A droga denominada petróleo do espaço recebeu este nome porque os utilizadores, após o consumo, sentem que estão no espaço. O principal componente da droga é o anestésico etomidato. É uma droga cada vez mais popular em Hong Kong, onde já foi proibida, mas também houve casos de consumo no Interior e em Taiwan. Na região vizinha, as autoridades prometeram uma política de “tolerância zero”, com várias campanhas de publicidade anti-petróleo do espaço, depois de terem ocorrido três mortes que se acredita tenham acontecido devido ao consumo deste estupefaciente. Alterações frequentes Antes das declarações de Sou Sio Keong, a revisão da lei de proibição da produção, do tráfico e do consumo ilícitos de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas tinha sido anunciada pelo chefe do Gabinete do secretário para a Segurança, Chang Cheong, na resposta a uma interpelação da deputada Ella Lei. De acordo com a informação partilhada no início do mês, a proposta do Governo está praticamente concluída, tendo agora de ser discutida no âmbito do Conselho Executivo, para depois entrar na Assembleia Legislativa. Além do etomidato, a nova lista de substâncias proibidas vai passar também a incluir a metomidate, propoxate e isopropoxate. A proposta deve ser aprovada na Assembleia Legislativa sem dificuldades. A revisão mais recente à lei da proibição e tráfico de drogas aconteceu no Verão do ano passado, altura em que as substâncias 2-Methyl-AP-237, etazene, etonitazepyne, protonitazene e adb-butinaca passaram a ser proibidas. À margem da discussão sobre as drogas, Sou Sio Keong alertou também para a existência de mais burlas, e agora com recurso à inteligência artificial (IA), o que pode tornar a detecção mais difícil. Por este motivo, Sou indicou que a PJ realizou novos vídeos de alerta, em que se explica que as novas ferramentas podem simular a voz e a imagem de pessoas conhecidas das vítimas.
João Luz Manchete PolíticaDesemprego | Joey Lao relativiza “leve subida” da taxa A subida de 0,2 por cento do desemprego no primeiro trimestre deste ano não preocupa Joey Lao, que considera a flutuação normal e abaixo dos níveis de Hong Kong e Singapura. Porém, o presidente da Associação Económica de Macau alerta para os problemas operativos das pequenas e médias empresas Nos primeiros três meses deste ano, a taxa de desemprego global aumentou 0,2 pontos percentuais face ao último trimestre de 2024, fixando-se em 1,9 por cento. A taxa de desemprego de residentes teve uma subida semelhante, atingindo 2,5 por cento no período em análise. O presidente da Associação Económica de Macau e ex-deputado, Joey Lao, considera que a flutuação da taxa, que se mantém num nível de pleno emprego, é normal. A ideia foi partilhada numa opinião publicada ontem no jornal Ou Mun, em que o economista argumenta que, de um modo geral, o mercado de trabalho de Macau mantém “boa saúde” e que, por isso, a população não precisa preocupar-se excessivamente com a situação. Apesar da subida ligeira do desemprego, Joey Lao salientou que a taxa global continua abaixo dos 2 por cento, um nível muito inferior ao verificado em regiões vizinhas. O dirigente da Associação Económica de Macau deu como exemplo a taxa de desemprego em Hong Kong que se fixou em 3,2 por cento nos primeiros três meses de 2025. Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego geral e a taxa de desemprego dos residentes de Singapura foi de 2,9 por cento e 3,1 por cento, respectivamente, subindo em relação aos últimos três meses do ano passado. Boas bases O ex-deputado salienta que o Governo de Macau tem conseguido manter o desemprego em níveis seguros, apesar do elevado grau de incerteza que afecta a economia global e das disrupções no comércio externo, mostrando que a base económica de Macau e o mercado laboral mantêm a estabilidade. No artigo de opinião publicado ontem, o economista mostra maior preocupação com as dificuldades operativas das pequenas e médias empresas. Como tal, Joey Lao salientou que o Governo tem mostrado que conhece os desafios enfrentados por este segmento do tecido empresarial e por isso voltou a lançar um plano de bonificação de juros de créditos bancários em 2025 e a prestar apoio às PME para reformularem os seus negócios e tornarem-se mais competitivas. Além disso, o ex-deputado também vincou que o Governo de Sam Hou Fai garantiu nas Linhas de Acção Governativa que, para assegurar a estabilidade do mercado laboral, será dada prioridade aos residentes no acesso ao emprego.
João Luz Manchete SociedadeEspaço | Astronauta local pode ter primeira missão em 2026 Os astronautas de Macau e Hong podem fazer a primeira viagem espacial no próximo ano. Depois de terem sido seleccionados em Julho do ano passado, a Agência Espacial Tripulada da China afirma que os astronautas se integraram rapidamente na equipa e trabalharam com afinco Na véspera do lançamento da nave espacial Shenzhou-20, que irá transportar três astronautas para a Lua, o porta-voz da Agência Espacial Tripulada da China, Lin Xiqiang, confirmou que dois astronautas de Macau e Hong Kong estão em vias de fazer o seu primeiro voo espacial já no próximo ano. A missão irá marcar a estreia de residentes das duas regiões no espaço. O porta-voz da agência disse no Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no deserto de Gobi, no nordeste do país, que os astronautas das regiões administrativas especiais (RAE) realizaram uma série de estudos e treinos físicos e psicológicos de acordo com os planos. “Desde que se juntaram ao grupo, os astronautas de Hong Kong e Macau adaptaram-se rapidamente ao ambiente de trabalho e de vida, integraram-se rapidamente na equipa de astronautas, treinaram arduamente e todo o seu progresso de trabalho tem sido tranquilo”, disse, citado pela agência Xinhua. “Actualmente, estão a realizar estudos e formação em tecnologia aeroespacial profissional. Como especialistas em carga útil, espera-se que os astronautas de Hong Kong e Macau realizem a sua primeira missão de voo em 2026, na melhor das hipóteses”, acrescentou Lin Xiqiang. Viagem ao fim da noite Os residentes de Macau e Hong Kong foram seleccionados no quarto lote de astronautas, uma equipa de 10 elementos, oito deles pilotos espaciais e os dois especialistas de carga útil. Num processo que começou há quase um ano, os primeiros residentes das RAE que irão além da orbita terrestre foram escolhidos em Julho do ano passado para integrarem a equipa do quarto lote. Porém, as inscrições arrancaram em Outubro de 2022. Lin referiu ontem que os 10 astronautas vão continuar a receber formação no Centro de Treino e Pesquisa Espacial e que, após completarem a instrução, vão ficar aptos a integrar tripulações de voo. Os especialistas em carga útil são investigadores científicos profissionais responsáveis pela realização de experiências e investigação científica. As suas tarefas incluem também a supervisão de operações diárias nas estações espaciais com outros astronautas.
João Luz SociedadeTurismo | Mais de meio milhão de visitantes na Páscoa Ao longo dos quatro dias dos feriados da Páscoa, entre 18 e 21 de Abril, 520.065 turistas entraram em Macau, total que representou uma subida de 28,1 por cento em termos anuais. De acordo com dados revelados na madrugada de ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública, quase 63 por cento dos visitantes vieram do Interior da China (cerca de 327.000), enquanto de Hong Kong chegaram 146.000 visitantes, representando 28 por cento de todas as entradas. Entre os mais de 520.000 turistas que visitaram Macau durante os quatro dias, apenas 37.000 eram estrangeiros. Como manda a tradição, o posto fronteiriço por onde entraram mais turistas foram as Portas do Cerco, com pouco mais de 200.000 entradas, seguido do posto da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau com quase 145.000. Alargando o escopo às travessias fronteiriças de residentes de Macau, os quatro dias de fim-de-semana prolongado da Páscoa foram de grande intensidade nas fronteiras, com as entradas e saídas em todos os postos a ultrapassar os 2,8 milhões de travessias, com as Portas do Cerco a registarem quase metade do movimento com 1,4 milhões de travessias.
João Luz PolíticaCancro | Pereira Coutinho pede medidas para acelerar diagnósticos Face ao aumento dos casos de cancro em Macau, o deputado José Pereira Coutinho perguntou ao Governo que medidas serão implementadas para reduzir a espera por testes de despistagem de cancros, aumentar a eficácia dos exames de rastreio e promover a detecção precoce de cancros raros. Numa interpelação escrita divulgada ontem, o deputado cita dados oficiais que revelam “um preocupante aumento no número de novos casos de cancro, que passaram de 1.677 em 2015 para 2.571 em 2021”, tornando-se “uma das principais causas de mortalidade na região, ocupando uma posição de relevo entre as dez principais causas de morte em Macau”. Além do aumento dos casos de cancro, Pereira Coutinho alerta para o “aumento significativo” de cirurgias realizadas no Centro Hospitalar Conde São Januário nos últimos dez anos, prolongando o tempo de espera, situação de sobrecarga do sistema de saúde contraditória perante a celeridade de tratamento que as doenças oncológicas exigem. Entre os tipos de cancro mais prevalentes em Macau, sobressaem o cancro pulmonar, cancro colorretal, cancro do cólon e do reto, cancro da mama, cancro da próstata e cancro da tiroide, indica o deputado. Além do diagnóstico e tratamento, Pereira Coutinho sublinha a “urgência de implementar políticas eficazes de prevenção”, e da sensibilização para os “factores de risco, como o tabagismo e a dieta, bem como a promoção de rastreios regulares, são fundamentais para a detecção precoce da doença”.