Turismo | Número de visitantes subiu 79,4% no primeiro trimestre

Nos primeiros três meses deste ano, mais de 8,8 milhões de turistas escolheram Macau como destino. O volume de visitantes registou no período em análise um crescimento anual de quase 80 por cento, recuperando para mais de 85 por cento dos níveis registados antes da pandemia

 

No primeiro trimestre de 2024, o número de entradas de visitantes registou um aumento de 79,4 por cento, em comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Nos primeiros três meses, as autoridades alfandegárias do território processaram um total de 8.875.757 entradas de turistas.

De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o número de entradas representa 85,7 por cento do número de entradas de visitantes registadas entre Janeiro e Março, antes da pandemia da covid-19.

No primeiro trimestre deste ano, o número de entradas de excursionistas (4.791.721) e o de turistas (4.084.036) subiram 107,5 por cento e 54,8 por cento, totais que significam que a maior parte dos visitantes chegou ao território numa excursão.

Em relação à duração da estadia, os excursionistas ficaram no território, em média, 0,3 dias, enquanto os turistas com vistos individuais prolongam a estadia por de 2,2 dias, em média, ainda assim uma redução de 0,1 por cento em comparação com o período homólogo.

Ponto de partida

Em termos de origens de visitantes, o número de entradas de visitantes oriundos do Interior da China fixou-se em 6.291.912, total que representou um aumento anual de 94,3 por cento. Hong Kong foi o segundo local de onde vieram mais turistas, com um total de 1.817.903, seguido por Taiwan, de onde chegaram 181.916 visitantes.

Relativamente ao Sudeste Asiático, o número de entradas de visitantes das Filipinas (114.625) subiu 23,7 por cento, face ao período homólogo de 2019. O número de entradas de visitantes da Malásia (39.839), da Indonésia (39.294) e da Tailândia (38.638) registaram recuperações de 70,8 por cento, 89,2 por cento e 89,2 por cento, em comparação com o primeiro trimestre de 2019.

A DSEC salienta ainda que no período em análise entraram em Macau 584.026 turistas internacionais, total que representou uma recuperação de 68,2 por cento do número registado nos primeiros meses de 2019. Os países que mais contribuíram para o cômputo global de turistas estrangeiros foi a Coreia do Sul, com 129.519 visitantes e as Filipinas com 114.625.

23 Abr 2024

Singapura | Macau promovido a partir de quinta-feira

À semelhança da campanha de promoção do turismo de Macau que decorreu no Japão no mês passado, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) lançará em breve a segunda promoção no exterior em Singapura, entre a próxima quinta-feira e domingo. A campanha irá incluir um seminário de promoção e quatro dias de promoção de rua, indicou ontem a DST em comunicado.

Singapura ocupa actualmente o oitavo lugar no ranking dos mercados de visitantes internacionais de Macau. No primeiro trimestre deste ano, Macau recebeu 25.623 visitantes de Singapura, o que representa uma recuperação de 82,6 por cento face ao volume de turistas diários antes da pandemia.

Em comparação com o período homólogo de 2023, o número médio diário de visitantes aumentou 263,1 por cento. Actualmente, existem duas companhias aéreas (Air Macau e Scoot) a operar voos directos regulares, com um total de dois voos diários entre Macau e Singapura.

A campanha arranca com uma sessão de apresentação dos mais recentes produtos turísticos de Macau de “turismo + convenções e exposições”. Além disso, será realizada uma bolsa de contactos “para facilitar o intercâmbio entre os operadores turísticos dos dois lados e promover visitas recíprocas de visitantes”.

A DST irá concentrar os esforços de promoção no Suntec City Atrium (Centro de Convenções) de Singapura. A partir de Maio, prosseguem mais promoções turísticas de rua em Jacarta, Seul, Banguecoque, e Kuala Lumpur.

23 Abr 2024

UNESCO | Cidade da Gastronomia pode sofrer com fecho de restaurantes

Chan Pou Sam, vogal do conselho consultivo do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), defende que o estatuto de Macau como Cidade Criativa em Gastronomia da UNESCO poderá ser afectado de forma negativa se continuarem a encerrar restaurantes nos bairros comunitários, à conta da quebra significativa do consumo nestas zonas com menos turismo.

Segundo o jornal Exmoo, o conselheiro sugere que sejam criadas medidas governamentais para estancar este cenário de falências através de um organismo interdepartamental. Chan Pou Sam defende que deve ser melhorado o Plano das Lojas com Características Próprias além de criar campanhas de divulgação online dos espaços de restauração disponíveis nestes bairros.

O conselheiro pensa que o Governo podia desenvolver mais acções para atrair turistas para estes bairros, nomeadamente através da organização de actividades de fomento do consumo, como sorteios, a fim de atrair turistas de outras regiões e países que não apenas Hong Kong ou o interior da China.

Chan Pou Sam cita dados oficiais do IAM que mostram uma queda contínua das novas emissões de licenças de restaurantes. Se em 2021 foram emitidas 159 novas licenças, o número baixou para 118 em 2022 enquanto, no ano passado, foram emitidas 110. O conselheiro acredita que a situação só irá piorar se não houver uma mudança.

23 Abr 2024

Leal Senado | Caso passional leva a agressões entre filipinos

Na sexta-feira decorreu no largo do Leal Senado uma cena de agressão que envolveu três homens de nacionalidade filipina contra outro homem da mesma nacionalidade. Segundo o jornal Ou Mun, três homens agrediram um filipino devido a questões passionais envolvendo a vítima e a sua namorada.

Tudo terá começado quando um dos agressores passeava com a namorada da vítima e, percebendo que esta estava a chorar, falou ao telefone com o homem. Já no Leal Senado, este atacou o namorado da mulher com uma vara de bambu, juntamente com mais dois homens. Depois da agressão os três suspeitos fugiram, mas, nos dias seguintes, a Polícia Judiciária (PJ) conseguiu identificar e prender dois dos suspeitos devido ao vídeo divulgado nas redes sociais.

O terceiro suspeito ainda não foi encontrado pelas autoridades. Os dois filipinos presos confessaram ter batido no homem, mas alegaram ter sido agredidos primeiro por este. Os três filipinos podem ser acusados do crime de agressão e posse de arma proibida, tendo o caso sido encaminhado para o Ministério Público.

22 Abr 2024

Fundação Oriente promove encontro para partilhar o “que se faz de melhor” em Macau e Goa

O 1.º Encontro de Delegações da Fundação Oriente (FO), que se realiza em Macau por ocasião do 25 de Abril, é uma “primeira aproximação” entre as representações e “uma rampa de lançamento” para maior intercâmbio.

“Tivemos aqui uma ideia de aproximação, uma primeira aproximação, não só para trocar experiências entre nós, delegados (…) mas isto foi uma coisa que nasceu (…) do interesse que temos em aprender com aquilo que se faz de melhor em cada um desses sítios”, disse à Lusa a delegada da Fundação Oriente em Macau, Catarina Cottinelli.

A decorrer entre 24 e 29 de Abril, esta primeira edição junta apenas Macau e Goa, estando a delegação de Timor-Leste ausente devido a compromissos.

Nadia Rebelo, Franz Schubert Cotta e Omar de Loiola Pereira, três músicos de Goa, sobem ao palco, na Casa Garden, Macau (27 de Abril), e no Clube Lusitano, em Hong Kong (28 de Abril), para dois concertos que incluem temas de fado e de mandó, género musical goês.

Está prevista ainda uma conferência sobre o trabalho da Fundação Oriente na Índia, com incidência na recuperação de património cristão no estado indiano de Goa e no apoio e promoção do ensino de português.

“A fundação aqui também tem o papel não só dessa manutenção do património, dessas ligações a Portugal, mas também tudo o que seja o incremento dos laços entre Portugal e Índia, mais concretamente em Goa. E, além dessa recuperação, também temos vindo pontualmente a suportar ou apoiar o governo de Goa na recuperação de algum património hindu”, disse à Lusa o delegado da FO Goa, Paulo Gomes.

O encontro na região chinesa, onde Catarina Cottinelli diz esperar elevar a cumplicidade entre as representações, é também uma oportunidade para dar a conhecer as comunidades com quem trabalham e até “a própria estratégia” para as respectivas regiões, “que é um pouco diferente” e adaptada “a cada contexto”.

“A fundação [em Macau], hoje em dia, tem um papel mais na vertente cultural, do intercâmbio cultural, de promover as actividades que fazemos aqui, promover justamente uma relação maior com a cultura chinesa e portuguesa, e, neste caso, a cultura de Macau”, explicou.

Olhar para a frente

Cottinelli já pensa em encontros futuros, na Índia e em Timor-Leste, e assegura que as ideias existem, nomeadamente a realização de residências artísticas. “Por que não trazermos artistas de Goa e vice-versa”, sugeriu, avançando ainda a possibilidade de levar artistas de Macau que queiram fazer investigação em Goa.

Já Paulo Gomes admite que este primeiro evento pode ser uma “rampa de lançamento” para a realização de “duas ou três actividades anuais que envolvam as três delegações”. A Fundação Oriente nasceu em 18 de Março de 1988 como uma das contrapartidas impostas pela então administração portuguesa em Macau à concessão em regime de exclusividade da exploração do jogo no território.

Desenvolve acções culturais, educativas, artísticas, científicas, sociais e filantrópicas, com vista à valorização e à continuidade das relações históricas e culturais entre Portugal e o Oriente. Após a abertura da delegação da FO em Macau, em 1988, seguiu-se Goa, em 1995, e Timor-Leste, em 2002.

22 Abr 2024

CCM | Concerto de homenagem a Rachmaninoff no sábado

O grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) recebe no próximo sábado, a partir das 20h, “Homenagem a Rachmaninoff”, um concerto da Orquestra de Macau (OM) dirigido pelo maestro húngaro Gábor Káli.

Os músicos da orquestra local vão tocar neste espectáculo três obras de Sergei Rachmaninoff “raramente interpretadas”, segundo uma nota do Instituto Cultural (IC), nomeadamente “Sinfonia Juvenil em Ré menor”, “Concerto para Piano e Orquestra N.º 4 em Sol menor” e “Sinfonia N.º 1 em Ré menor”. O público poderá, assim, desfrutar de uma “visão única das obras desta figura icónica da escola da música romântica russa”.

O maestro húngaro Gábor Káli foi o vencedor do primeiro prémio e do Prémio de Orquestra da primeira edição do Hong Kong International Conducting Competition em 2018. Assumiu o cargo de director musical assistente e maestro principal do Teatro Estadual de Nuremberga, na Alemanha, e o de maestro convidado da Ópera Estatal Húngara, em Budapeste, por várias vezes.

Outro destaque do concerto é a pianista francesa Marie-Ange Nguci, que ingressou no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris aos 13 anos e completou o curso de mestrado de música em Execução de Piano aos 16 anos. Segundo o IC, “a sua técnica excepcional, musicalidade extraordinária e visão colocaram-na na vanguarda do sector musical”.

22 Abr 2024

Taiwan | Terramoto de magnitude 5,6 não causa vítimas

Um terramoto de magnitude 5,6 atingiu ontem a costa oriental de Taiwan e, até ao momento, não se registaram vítimas mortais nem danos materiais graves, segundo a Agência Meteorológica Central de Taiwan (CWA).

O sismo ocorreu às 10:40 locais no Oceano Pacífico, 55,9 quilómetros a sudeste da cidade oriental de Hualien, a uma profundidade de 30 quilómetros, segundo a agência Efe. O abalo foi sentido em toda a ilha de Taiwan e nas Ilhas dos Pescadores, tendo sido mais forte nos condados de Hualien, Taitung (leste), Nantou (centro) e Changhua (oeste).

A este terramoto seguiu-se, pouco depois, outro de magnitude 4,6 ao largo da costa do norte do condado de Hualien, a uma profundidade de 24,8 quilómetros. Ainda que não tenham sido registadas vítimas mortais nem danos materiais importantes, o sismo provocou deslizamentos de rochas em vários troços de uma autoestrada, obrigando ao envio de máquinas para desobstruir a estrada.

A 3 de Abril, o condado de Hualien foi atingido por um terramoto de magnitude 7,2, o mais forte registado em Taiwan nos últimos 25 anos, causando 17 mortos, 1.100 feridos e elevados prejuízos nos setores do turismo e da educação da região.

Desde então, a CWA registou cerca de 1.000 réplicas de magnitude variável, sendo a de ontem a mais forte desde 3 de Abril. Taiwan situa-se ao longo do “Anel de Fogo” do Pacífico, a linha de falhas sísmicas que circunda o Oceano Pacífico e onde ocorre a maior parte dos terramotos do mundo.

22 Abr 2024

Academia de Ciências | Publicado primeiro atlas geológico da Lua em alta definição

A China publicou hoje o primeiro atlas geológico da Lua em alta definição, um compêndio que apresenta dados de mapeamento básicos para o futuro da investigação e da exploração lunar. A publicação está disponível em chinês e inglês e tem uma escala de 1:2,5 milhões, disse o Instituto de Geoquímica da Academia de Ciências da China.

“Este atlas é de grande importância para estudar a evolução da Lua, escolher o melhor lugar para uma futura estação de investigação lunar e empregar recursos. Também pode ajudar a compreender melhor a Terra e outros planetas do sistema solar como Marte”, afirmou o cientista e académico Ouyang Ziyuan, citado pela agência de notícias estatal chinesa Xinhua.

O investigador do Instituto de Geoquímica Liu Jianzhong lembrou que os mapas geológicos da Lua publicados na era das missões norte-americanas Apolo não foram atualizados e continuam a ser usados na investigação neste campo.

“Com os progressos no estudo geológico lunar, esses mapas antigos já não respondem às necessidades das futuras investigações e da exploração”, acrescentou Liu. Nos últimos anos, Pequim investiu fortemente no programa espacial, tendo conseguido realizar várias missões lunares e construir uma estação espacial própria.

22 Abr 2024

Antártica | Cientistas chineses descobrem 46 lagos sob o gelo

A descoberta, graças a novo sistema, é mais um passo no sentido de compreender os processos que levaram à evolução da vida no planeta

 

Uma equipa de cientistas chineses descobriu, com recurso um novo método de análise que melhora a precisão da pesquisa, 46 lagos subglaciais sob o manto de gelo da Antártida, informaram ontem meios de comunicação locais.

“O estudo dos lagos subglaciais na Antártica é de grande importância para compreender a dinâmica do manto de gelo, os processos sedimentares, os ciclos geoquímicos subglaciais e a evolução da vida”, explicou o especialista do Instituto de Pesquisa Polar da China (IIPC), Tang Xueyuan, citado pela agência oficial Xinhua.

A Antártica é coberta por um manto de gelo com espessura média de mais de 2.400 metros e sob o qual existem numerosos lagos formados quando a água do gelo é filtrada através de depressões no leito rochoso sobre o qual repousa a placa.

O novo método utilizado pelos investigadores chineses utiliza um codificador para analisar as características da reflexão do fundo do manto de gelo, reflexão cujos dados são previamente colectados por radar.

Desta forma, a equipa conseguiu analisar imagens de radar na região AGAP-S, no leste da Antártica e detectou 46 lagos caracterizados por contornos geométricos menores do que os previamente identificados pelos métodos convencionais.

Desde 1984

Esta pesquisa foi conduzida por especialistas do IIPC, da Universidade de Geociências de Wuhan e da Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul. Até agora, foram detectados 675 lagos subglaciais sob o manto de gelo da Antártida, dos quais apenas três puderam ser escavados para recolha de amostras.

A China iniciou suas expedições científicas à Antártica em 1984 e desenvolveu uma série de projectos de pesquisa sobre ambiente, recursos naturais e biodiversidade do continente branco.

Em Fevereiro, o país concluiu a construção da sua quinta estação de investigação na região, localizada na costa do Mar de Ross e que será também a terceira que funcionará durante todo o ano, juntamente com as bases de Changcheng e Zhongshan.

22 Abr 2024

CPSP | Detidos por abandonarem local de acidente

O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) anunciou a detenção de dois residentes por “fuga à responsabilidade”. As detenções estão relacionadas com dois casos distintos, em que os condutores colidiram contra outros veículos, mas abandonaram os locais, sem terem comunicado com os proprietários das viaturas danificadas.

A primeira queixa partiu de um residente com 60 anos que tinha o carro estacionado na rua. Quando voltou à viatura reparou que estava danificada, na parte traseira. Com recurso à videovigilância, as autoridades detiveram um suspeito, que admitiu ter estacionado o seu carro atrás da viatura do queixoso. O condutor disse ter sentido um toque durante o estacionamento, mas como saiu da viatura e não viu qualquer dano no outro carro, decidiu deixar o local.

O outro caso envolveu uma mulher, e também se deveu a um toque num carro estacionado. Tal como no primeiro caso, as autoridades recorreram à videovigilância e identificaram a mulher, depois do proprietário do veículo danificado ter apresentado queixa.

Em declarações às autoridades, a condutora afirmou não ter sentido qualquer choque contra outro carro estacionado, pelo que nunca equacionou a possibilidade de sair da viatura para avisar o proprietário do outro veículo.

22 Abr 2024

Turismo | DST subsidia passeios “por terra e mar” para apoiar bairros

A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) está a subsidiar passeios e projectos turísticos com vista a impulsionar a economia comunitária.

Uma das actividades intitula-se “As Aventuras dos Desbravadores Turísticos edição “‘Caça ao Tesouro à Beira-Mar”, combinando passeio marítimo, apresentação de atracções turísticas e caça ao tesouro. No último fim-de-semana foram organizadas sete viagens com partida na Ponte-Cais da Barra e passeio marítimo até à Ponte-Cais de Coloane, o mesmo acontecerá no próximo fim-de-semana.

A actividade gira em torno de uma caça ao tesouro com a mascote do turismo de Macau “Mak Mak”, com jogos interactivos, trabalhos manuais temáticos, sessão de leitura conjunta de livros ilustrados originais de Macau para crianças e espectáculos de dança e magia. Além disso, foram convidados guias para explicar a história de Macau a bordo.

Os Passeios pela Rua da Praia do Manduco”, que arrancaram ontem, decorrem até 12 de Maio na zona do Porto Interior, Praça de Ponte e Horta, Praia do Manduco e Barra. A iniciativa inclui passeios marítimos, “exibição das características do porto de pesca, diversos descontos em lojas típicas, visitas guiadas aos bairros comunitários, espectáculos musicais e exibição de curtas-metragens de Macau”. Organizado em parceria com comerciantes da Zona da Praia do Manduco, a iniciativa tem como objectivo incentivar o consumo.

Entre 30 de Abril e 31 de Maio, das 10h às 17h, decorrem visitas a vários templos espalhados pela cidade para dar a conhecer a cultura de Kun Iam, também para promover o comércio.

22 Abr 2024

Ho Iat Seng disse que Fórum Macau é “mecanismo de cooperação eficiente”

O Fórum de Macau é um “mecanismo de cooperação eficiente” com um “papel relevante” na cooperação económica, comercial e cultural entre a China e os países lusófonos, disse ontem à noite o chefe do governo do território.

O Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) é “um mecanismo de cooperação eficiente e uma boa plataforma de serviços que tem desempenhado um papel relevante no reforço da cooperação económica e comercial e do intercâmbio cultural” entre os Estados-membros, salientou Ho Iat Seng.

Num discurso proferido no jantar de boas-vindas às delegações participantes na sexta conferência ministerial do Fórum, o Chefe do Executivo destacou que esta conferência é um “ponto de partida para reforçar ainda mais as funções da plataforma sino-lusófona, participar e contribuir activamente para a implementação da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e promover o desenvolvimento de alta qualidade da Grande Baía Guangdong–Hong Kong–Macau”.

Para Ho Iat Seng, o Fórum de Macau alcançou “resultados encorajadores”, desde que foi criado, em 2003, tendo reforçado e aprofundado a cooperação em vários sectores. “No momento actual em que a economia mundial se encontra a enfrentar mudanças profundas ainda mais importante é a solidariedade, a cooperação mutuamente vantajosa e a resposta conjunta aos desafios”, afirmou.

Por seu lado, o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, destacou, na mesma ocasião, que a China quer trabalhar com os países-membros “para elevar o nível da cooperação económica e comercial sino-lusófona para um novo patamar”.

22 Abr 2024

Ambiente | Temperatura de 2023 com subida anual de 0,7ºC

No ano passado, Macau registou uma temperatura média de 23,4 graus, um aumento de 0,6 graus face ao valor médio climático dos anos compreendidos entre 1991 e 2020. As estatísticas do ambiente de 2023 revelam subidas de toda a ordem: dias quentes, resíduos sólidos tratados, água consumida, poluição atmosférica e densidade populacional

 

A temperatura média registada em Macau no ano passado voltou a aumentar, depois do arrefecimento verificado em 2022, para 23,4 graus Celsius, segundo os dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) relativos às estatísticas do ambiente de 2023.

A temperatura média do ano foi 0,6 graus “superior ao valor médio climático (de 1991 a 2020)”. Em relação aos anos anteriores, 2023 foi, em média, 0,7 graus mais quente do que 2022. Porém, inferior em relação a 2019 (23,6 graus) e 2021 (23,5 graus).

A temperatura máxima, 36,6 graus Celsius, foi registada em Julho, enquanto a mais fria, 6,4 graus, em Dezembro. Neste capítulo, a DSEC realça o mês de Outubro, que registou a temperatura máxima mensal com 35,2 graus Celsius, “um novo recorde em relação a Outubro de anos anteriores”.

No ano passado, as estatísticas indicam a ocorrência de 32 dias quentes (com temperatura máxima diária igual ou superior a 33 graus) e 15 noites quentes (com temperatura mínima diária igual ou superior a 28 graus), mais 0,7 dias e 3,5 noites, respectivamente, face aos correspondentes valores médios climáticos (de 1991 a 2020). Por outro lado, o número de dias frios (com temperatura mínima diária inferior ou igual a 12 graus) diminuiu 13,1 para 26 dias, informou a DSEC.

No ar e na terra

Outro domínio onde se verificaram subidas, foi no volume de resíduos sólidos urbanos tratados na Central de Incineração de Resíduos Sólidos, “à medida que o número de visitantes em Macau voltou a aumentar”. No ano passado, foram tratadas 501.512 toneladas, o que representou um aumento de 14,8 por cento em termos anuais. Per capita, o volume de resíduos sólidos urbanos subiu de 1,77 quilos por dia em 2022 para 2,02 quilos diários em 2023. Quanto aos resíduos líquidos tratados, o volume anual foi de 83.741.000 metros cúbicos, mais 3 por cento, face a 2022.

Porém, o volume de resíduos especiais e perigosos diminuiu 34,6 por cento em termos anuais, para 5.401 toneladas, “devido à redução significativa de resíduos hospitalares”. Outra variação destacada nas estatísticas de 2023, foi a redução de 31,8 por cento dos resíduos de materiais de construção transportados para o aterro, que totalizaram ainda assim quase 1,6 milhões de metros cúbicos.

Relativamente à qualidade do ar, em todas as estações de monitorização do território diminuiu o número de dias com qualidade do ar “bom” face a 2022, porém, os dias com qualidade do ar “moderada” aumentaram.

De entre as estações de monitorização, o maior número de dias com qualidade do ar “insalubre” (32 dias) foi observado na estação ambiental da Taipa, registando-se um dia com qualidade do ar “muito insalubre”. Nesta estação verificou-se o índice de qualidade do ar mais elevado de 2023, ou seja, 209 (correspondente a ar “muito insalubre”), sendo o ozono o principal poluente do ar.

Água derramada

O volume de água consumida também aumentou, em termos anuais, em 2023, ultrapassando 89 milhões de metros cúbicos, valor que representou uma subida de 7,1 por cento, graças aos acréscimos do volume de água consumida pelo comércio e indústria (+18,8 por cento) e do volume de água consumida pelos organismos públicos (+9,2 por cento).

O volume de água consumida per capita para uso doméstico caiu ligeiramente, passando de 159,7 litros por dia em 2022 para 152,2 litros por dia.

A DSEC acrescentou ainda que no ano em análise, a população voltou a crescer e a área de solos de Macau manteve-se em 33,3 quilómetros quadrados, factos que conduziram ao aumento ligeiro da densidade populacional, passando de 20.300 pessoas por quilómetro quadrado em 2022 para 20.400 pessoas no ano passado.

22 Abr 2024

DSEC | Venda de automóveis com quebra de 14,4%

Em Fevereiro, o volume de negócios de automóveis teve uma quebra de 14,4 por cento, em comparação com Fevereiro do ano passado, de acordo com os resultados apurados no “inquérito de conjuntura à restauração e ao comércio a retalho referente a Fevereiro de 2024”, elaborado pelo Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

Também o volume de negócios dos produtos cosméticos e de higiene teve uma tendência negativa, com uma redução de 19,6 por cento em comparação com o período homólogo.

No pólo oposto, o sector da restauração recuperou, retoma motivada pelo facto do Ano Novo Lunar ter ocorrido em Fevereiro, ao contrário do que tinha acontecido no ano passado, quando coincidiu com Janeiro. Este ano, em Fevereiro, o volume de negócios teve um aumento de 19,6 por cento.

O volume de negócios dos restaurantes chineses e o dos estabelecimentos de comidas e lojas de sopas de fitas e canja aumentaram 31,5 por cento e 12,7 por cento. No entanto, nos restaurantes japoneses e coreanos houve uma quebra de 19,2 por cento no volume de negócios.

Em relação ao volume de negócios nos supermercados, o comunicado da DSEC indica que houve um crescimento de 21,9 por cento em comparação com o período homólogo.

22 Abr 2024

Modalidades | Pedidos mais terrenos para prática desportiva

O deputado Leong Sun Iok defende que o Governo deve disponibilizar mais terrenos para a prática de desporto, principalmente para algumas modalidades com muitos praticantes, mas poucos espaços. A posição foi tomada através de um comunicado divulgado ontem pelo gabinete do legislador ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM).

De acordo com o comunicado, Leong mostrou-se preocupado porque “há actualmente falta de locais de treino para alguns desportos populares em Macau, como o ciclismo e o futebol”. O legislador indicou também que “os ciclistas têm frequentemente de treinar na estrada, o que representa um certo grau de perigo” para os praticantes.

Neste sentido, o deputado sugere que haja uma “revisão dos tipos de desportos populares para os quais há falta de locais de treino e que se utilizem melhor os recursos de terras”.

Leong Sun Iok defendeu igualmente que se utilize os terrenos do Jockey Club como “local de treino temporário”, para “proporcionar mais espaço para desportos como o ciclismo, o futebol, a corridas”, entre outras modalidades. “Assim, os habitantes poderão participar no desenvolvimento de uma “cidade desportiva”, concluiu o deputado.

22 Abr 2024

Fórum Macau | Tudo a postos para o arranque da 6.ª Conferência Ministerial

Arranca hoje oficialmente a sexta Conferência Ministerial do Fórum Macau de onde sairão novas linhas de orientação para a cooperação económica, comercial e cultural entre a China e os países de língua portuguesa. O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, aproveitou a presença da comitiva portuguesa para reunir com Pedro Reis, ministro da Economia

 

A China e os países lusófonos voltam a reunir-se hoje no território após um interregno de oito anos e o fim da pandemia da covid-19, para relançar o comércio e investimento. A sexta conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau) decorre até amanhã e inclui a assinatura de um novo plano de acção para as relações entre a China e os países de língua portuguesa, que vigorará até 2027.

O documento vai abranger novas áreas, como economia digital, comércio electrónico, desenvolvimento sustentável ou mudanças climáticas, conforme disse, no mês passado, o secretário-geral do Fórum de Macau, Ji Xianzheng.

Ontem, começaram a chegar a Macau os representantes de todos os países de língua portuguesa que fazem parte do Fórum, tendo participado num jantar de boas-vindas com as autoridades locais, mas é hoje que decorrem os principais eventos: a cerimónia de abertura do evento esta manhã e a cerimónia de assinatura do “Plano de Acção para a Cooperação Económica e Comercial (2024-2027)”, durante a tarde. Amanhã decorre um encontro com empresários destes países e também da China, para o qual o número de representantes de organizações de promoção do comércio e de empresas lusófonas aumentou mais de 40 por cento comparativamente com a última edição, em 2016, disse o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM). Este encontro deverá reunir cerca de 600 empresários.

No sábado chegaram a Macau as delegações de São Tomé e Príncipe, lideradas pelo vice-presidente da Assembleia Nacional, Abnildo Nascimento De Oliveira, e a delegação de Portugal, liderada pelo ministro da Economia, Pedro Reis. Ontem, chegaram as delegações dos outros setes países lusófonos, nomeadamente Cabo Verde, Timor-Leste, Angola, Guiné-Bissau, Brasil, Guiné Equatorial e Moçambique.

Primeiras impressões

O ministro português da Economia, Pedro Reis, que participa na conferência, disse que o evento é uma oportunidade para “o reforço da internacionalização da economia portuguesa”, com a China a oferecer “um grande potencial de crescimento” para os exportadores portugueses, nomeadamente em sectores como “o agroalimentar, o das infraestruturas e transportes, o do turismo e o da economia azul”.

Cabo Verde e Guiné-Bissau foram ainda outros países que já levantaram a ponta do véu relativamente às expectativas para este evento. Olavo Correia, vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, defendeu há dias, em Washington, que a cooperação com a China tem de ser “na base do benefício mútuo” e não “meramente comercial”, que obrigue a um elevado endividamento público dos países africanos.

Também o presidente da Câmara de Comércio de Sota-vento de Cabo Verde, Marcos Rodrigues, disse pretender “que haja investimento da China em grande escala no país” em outras áreas além do comércio e da construção civil.

Para o delegado de Timor-Leste no Fórum de Macau, António Ramos da Silva, “atrair mais fluxos de capitais da Grande Baía (…) é a principal missão” da delegação timorense, liderada pelo vice-primeiro-ministro, Francisco Kalbuadi Lay.

Por sua vez, a Guiné-Bissau apresentará vários projectos para candidatura ao fundo de cooperação da China, assegurou à Lusa o ministro das Finanças do país, Ilídio Vieira Té, mas admitiu que “não cria grandes expectativas” em relação a resultados.

“Temos um leque de projectos a serem apresentados no Fórum de Macau e acho que podemos conseguir algo positivo, mas eu gosto de estar com os pés assentes na terra. Vamos apresentar, e se aparecer alguém que esteja interessado, não há problema para o país, mas não crio grandes expectativas nisso. Se acontecer, tudo bem”, advogou, sem entrar em detalhes sobre os projectos sujeitos a candidatura.

Francisco José Leandro, docente da Universidade de Macau e estudioso do Fórum Macau, disse à TDM Rádio Macau que a vontade política de cooperação não esmoreceu entre a 5.ª Conferência Ministerial e o evento que hoje começa apesar das muitas alterações geopolíticas que aconteceram no mundo nos últimos anos.

O responsável disse ainda que o facto de não estarem presentes chefes de Estado e de Governo nesta conferência não impede que se definam prioridades no contexto do Fórum Macau para os próximos anos.

Dinheiro e frustrações

A China criou o Fórum de Macau em 2003. Cinco conferências ministeriais foram realizadas no território nesse ano e também em 2006, 2010, 2013 e 2016, durante as quais foram aprovados Planos de Acção para a Cooperação Económica e Comercial.

Além disso, um fundo de cooperação, no valor de mil milhões de dólares americanos, foi criado há 10 anos pelo Banco de Desenvolvimento da China e pelo Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Macau. No entanto, as regras de acesso têm sido alvo de críticas por parte de países membros do Fórum Macau, que pedem uma flexibilização no acesso aos fundos existentes.

Dados estatísticos oficiais do Fórum Macau mostram que o volume total do investimento directo chinês nos mercados lusófonos aumentou 122 vezes desde 2003, atingindo 6,9 mil milhões de dólares em 2022.

O Secretariado Permanente do Fórum integra actualmente três secretários-gerais adjuntos: o timorense Danilo Afonso Henriques (indicado pelos países lusófonos), Xie Ying (nomeada pela China) e Casimiro de Jesus Pinto (nomeado por Macau).

O Secretariado Permanente inclui ainda nove delegados dos países de língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

22 Abr 2024

Marcos Freitas eliminado da ITTF Taça Mundial de ténis de mesa em Macau

O número um português Marcos Freitas foi ontem eliminado da ITTF Taça Mundial de ténis de mesa em Macau, ao perder nos oitavos de final face ao japonês Tomokazu Harimoto, nono do mundo. Harimoto começou melhor e venceu confortavelmente os dois primeiros parciais, por 11-6 e 11-7, frente ao 17.º do ranking da ITTF. “Não entrei bem nos dois primeiros sets.

Mas depois consegui arranjar forças e táctica para voltar ao 2-2”, disse o madeirense à Lusa, no final da partida.
Marcos Freitas conquistou os parciais seguintes, por duplo 11-9, para empatar a partida. No entanto, o japonês foi mais forte na recta final, vencendo os dois parciais decisivos, por 11-7 e 11-6, e fechando o encontro em 4-2, após 51 minutos.

“Falhei um bocadinho na questão táctica, da recepção. Já sabia que era um jogador muito bom, muito difícil”, lamentou o jogador luso, referindo-se ainda a Tomokazu Harimoto.

Na fase de grupos, Marcos Freitas tinha vencido o nigeriano Quadri Aruna (19.º do mundo), antigo jogador do Sporting, por 3-1, após vitória por 4-0 face a Daniel González (88.º do ranking), de Porto Rico. Freitas era o último português em prova, após a eliminação de Tiago Apolónia, João Geraldo e Fu Yu na fase de grupos. Cada um dos 32 grupos tinha três jogadores, que jogaram uma vez entre si, com o vencedor do grupo a passar às eliminatórias.

Aquecimento para Paris

A ITTF Taça Mundial de Macau 2024, que está a decorrer até 21 de Abril, reúne 96 jogadores, incluindo o campeão mundial Fan Zhendong, o líder do ranking da ITTF Wang Chuqin e a campeã e líder do ranking feminino Sun Yingsha. “Acaba por ser uma boa prestação, os oitavos de final. Estão aqui os melhores do mundo e foi um bom teste para os Jogos Olímpicos”, disse Marcos Freitas.

Em Fevereiro, durante o Mundial por equipas, a selecção masculina de ténis de mesa, composta por Marcos Freitas, Tiago Apolónia, João Geraldo, Diogo Carvalho e João Monteiro, qualificou-se para os Jogos.

Além da vaga por equipas, que será composta por três jogadores, Portugal tem também assegurada a presença no torneio individual dos dois portugueses que tiverem o melhor ranking mundial em 18 de Junho. Marcos Freitas disse que tem como objectivo entrar no grupo dos oito cabeças de série na competição individual masculina nos Jogos Olímpicos, para ter um adversário teoricamente mais fácil na primeira ronda.

19 Abr 2024

O evento diplomático mais importante do ano de 2024

Por Francisco Leandro – Professor Associado da Universidade de Macau

Vai decorrer em Macau, no próximo fim-de-semana, o evento diplomático mais importante do ano: a VI Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Este evento é composto por três momentos, divididos por dois espaços: no dia 21 de Abril, terá lugar o jantar de boas-vindas aos delegados da VI Conferência Ministerial do Fórum Macau, no Centro de Convenções Internacionais, na Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental; no dia 22 de Abril, decorrerá a Cerimónia de Abertura da VI Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa e no dia 23 de Abril, a Conferência dos Empresários entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Estes dois últimos eventos, terão lugar no Salão Nobre do novíssimo Complexo da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

São quatro as razões para considerar esta conferência o evento diplomático do ano na RAEM. A primeira, relaciona-se com a consolidação do papel de RAEM no contexto da sua contribuição para os planos nacionais, não só no contexto de “Um País Dois Sistemas”, mas também na política “Um Centro, Uma Plataforma e Uma Base”. O desenvolvimento sustentado e diversificado da RAEM, para além de estar a encaminhar a região para se tornar “Um centro com quatro indústrias nascentes” – “Um Centro” de turismo de nível mundial, facilitando ao mesmo tempo a desenvolvimento de quatro indústrias, nomeadamente: a indústria da saúde de alta qualidade, os serviços financeiros modernos e de nível internacional; as indústrias de alta tecnologia; e a indústria de convenções e exposições – deve estar também atento ao aprofundamento do conceito de Macau como plataforma comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

A segunda, está associada ao facto de terem decorrido cerca de 8 anos (desde 2016), sem contar com a Conferência Ministerial extraordinária que se realizou online em 2022, desde que os representantes dos 10 estados soberanos, tiveram oportunidade de consolidar laços pessoais e institucionais. Ė, portanto, tempo de estabelecer um plano de acção para os próximos 3 anos, que seja capaz de corresponder ao consenso das diferentes expectativas político-diplomáticas e continuar a valorizar o Fórum Macau, como um bem comum e de interesse público. Um plano de acção estratégica que tenha em conta os novos desafios colocados pelas transformações internas dos 9 países de língua portuguesa, bem como os desenvolvimentos da Grande Baia e da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, em Hengqin.

A terceira, prende-se com o facto de ser a primeira vez que a delegação da Guiné Equatorial, membro de pleno direito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (desde 2016 na XI Cimeira, em Brasília) e do Fórum Macau (desde 2022), participará ao mais alto nível, alargando o horizonte das possibilidades de cooperação e a visibilidade africana do Fórum Macau.

Finalmente, no momento particularmente tumultuoso da ordem internacional, de um novo dinamismo que a administração do Presidente Lula da Silva veio imprimir às relações Sino-Brasileiras e do recém eleito Governo de Portugal, importa consolidar e alargar a cooperação para o desenvolvimento, num espírito de paz, de modo sustentado, dando passos concretos para que um dia seja possível estabelecer, entre a China e os Países de Língua Portuguesa, uma comunidade de destino partilhado, à semelhança das que a China estabeleceu com o Laos (2019), com a Tailândia (2022), com o Camboja (2023) e com o Quirguistão (2023).

19 Abr 2024

Reforçar o Papel de Macau como Ponte entre a China e os Países de Língua Portuguesa

Reforçar o Papel de Macau como Ponte entre a China e os Países de Língua Portuguesa para a Construção de uma Comunidade com um Futuro Partilhado para a Humanidade
Liu Xianfa*

A 6.ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau) terá lugar em Macau, de 21 a 23 de Abril de 2024. Desde a criação do Fórum Macau, há mais de 20 anos, a China e 9 países portugueses continuaram a levar a cooperação em vários sectores a novos níveis, com vantagens significativas em vários aspectos e múltiplos resultados importantes alcançados.

A confiança política mútua foi reforçada e aprofundada. Actualmente, a relação entre a China e os países de língua portuguesa está no seu melhor momento da história. Desde o ano passado, o Presidente Xi Jinping manteve conversações ou reuniões com líderes visitantes dos países de língua portuguesa, incluindo o Presidente Lula do Brasil, o Presidente Lourenço de Angola, o Primeiro-Ministro Xanana de Timor-Leste e o Primeiro-Ministro Maleiane de Moçambique. Foram alcançados importantes consensos sobre o desenvolvimento das relações bilaterais e o aprofundamento da cooperação internacional. A China e os países de língua portuguesa têm sistemas sociais, histórias, culturas e níveis de desenvolvimento diferentes, mas num espírito de respeito mútuo, igualdade e cooperação vantajosa para ambas as partes, sempre se apoiaram mutuamente em questões importantes e lidaram adequadamente com as diferenças, comprometeram em construir uma parceria saudável e estável de longo prazo. Num novo período de intensificação da turbulência e transformação em todo o mundo, tanto a China como os países de língua portuguesa apoiam firmemente a paz e o desenvolvimento e defendem a equidade e a justiça internacionais. Estão unidos na cooperação em áreas de interesse comum para toda a humanidade, como as alterações climáticas, a saúde pública, a prevenção e mitigação de desastres, entre outras. As duas partes trabalharam em conjunto para criar um centro de comunicação sobre prevenção de epidemias em Macau, a fim de melhorar o sistema global de governação da saúde. A China também ajudou a construir estações de monitorização meteorológica marítima e outras instalações para enfrentar catástrofes e alterações climáticas em caso de necessidade nos membros do fórum.

A cooperação económica produziu resultados frutíferos. A Iniciativa Faixa e Rota tem desempenhado um importante papel de liderança na cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa. Guiados pelos princípios de ampla consulta, contribuição conjunta e benefícios partilhados, os dois lados avançaram na liberalização e facilitação do comércio e do investimento, bem como na cooperação em matéria de conectividade de infra-estruturas e capacidade de produção. A cooperação na agricultura, protecção ambiental, transportes, comunicações, finanças e outras áreas deu frutos. As medidas relevantes para promover a cooperação entre a China e os países de língua portuguesa anunciadas pela China na Quinta Reunião Ministerial do Fórum de Macau foram integralmente implementadas. Em 2023, o valor total dos bens importados e exportados entre a China e os países de língua portuguesa foi de 220,9 mil milhões de dólares, um aumento de quase 90 mil milhões de dólares em comparação com há 10 anos. Desde a sua criação em 2013, o Fundo de Cooperação e Desenvolvimento para a China e os Países de Língua Portuguesa apoiou a implementação de 10 projectos com uma contribuição total de 470 milhões de dólares, levando as empresas chinesas a investir mais de 5 mil milhões de dólares nos países de língua portuguesa. Estes projectos abrangem infra-estruturas, agricultura, finanças, cooperação em capacidade de produção e outras áreas-chave. Projetos de cooperação como o Terminal de Contentores de Paranaguá no Brasil, o Parque Agrícola de Moçambique e equipamentos de transmissão e distribuição de energia e abastecimento de água em Angola, que foram concluídos e colocados em operação, promoveram efetivamente o desenvolvimento econômico local e melhorou a vida das pessoas.

A apreciação mútua entre civilizações alcançou resultados notáveis. Embora a China e os países de língua portuguesa estejam distantes um do outro, há muitos anos que estão envolvidos em intercâmbios interpessoais e na comunicação civilizacional. Na Dinastia Ming, o Navegador Zheng He visitou a Ilha de Timor e o Porto da Beira em Moçambique, escrevendo uma história de intercâmbios pacíficos e cooperação amigável entre chineses e estrangeiros. Tanto a China como os países de língua portuguesa procuram a independência e opõem-se à hegemonia, defendem a procura de um terreno comum, ao mesmo tempo que reservam as diferenças e abraçam a diversidade, e esforçam-se por abrir novos caminhos, ao mesmo tempo que seguem as boas tradições e defendem os princípios fundamentais. O número de turistas chineses que visitam os países de língua portuguesa está a crescer rapidamente. Os dois lados também reforçaram os contactos educacionais e culturais. As línguas portuguesa e chinesa tornaram-se cada vez mais populares nos países uma da outra. A cooperação entre a China e os países de língua portuguesa nos domínios da cultura, arte e turismo continuou a aproximar as pessoas de ambos os lados, aumentando a compreensão mútua e os sentimentos de amizade. No ano passado, Macau acolheu um seminário sobre homogeneidades culturais entre a China e os países de língua portuguesa e um fórum sobre aprendizagem mútua de civilizações entre a China e os países de língua portuguesa. Os especialistas e académicos participantes apoiam fortemente a Iniciativa de Civilização Global apresentada pelo Presidente Xi Jinping, acreditam que o aprofundamento do intercâmbio, a aprendizagem mútua e a inovação entre as civilizações da China e dos países de língua portuguesa é de grande inspiração e significado prático para todos os países que darem as mãos na construção de uma comunidade com um futuro partilhado para a humanidade.

Macau é o primeiro lugar onde as civilizações chinesa e ocidental interagiram e trocaram. É também uma cidade onde a tradição e as civilizações modernas se misturam bem. Este ano assinala-se o 25º aniversário do regresso de Macau à pátria. Hoje, Macau está a aproveitar plenamente as vantagens de “um país, dois sistemas”, implementando plenamente o importante posicionamento de “Um Centro, Uma Plataforma e Uma Base” conferido pelo Governo Central, e aproveitando activamente grandes oportunidades como a Iniciativa Faixa e Rota, a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin. Acredito que Macau, que serve como uma ponte importante para a cooperação entre a China e os países de língua portuguesa e como cidade anfitriã permanente do Fórum Macau, dará maiores contribuições à China e aos países de língua portuguesa que trabalham para construir uma comunidade com um futuro partilhado para a humanidade.

* Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China na Região Administrativa Especial de Macau

19 Abr 2024

Japão | Pelo menos nove feridos ligeiros no sismo de quarta-feira

Pelo menos nove pessoas ficaram ligeiramente feridas num sismo de magnitude 6,6 registado no oeste do Japão na quarta-feira à noite, disseram ontem autoridades e meios de comunicação social locais

 

Um sismo de magnitude 6,6 na escala de Richter abalou o oeste do Japão na quarta-feira à noite, provocando, pelo menos, nove feridos ligeiros. O hipocentro do abalo situou-se a uma profundidade de cerca de 25 quilómetros, perto do porto de Uwajima, no estreito de Bungo, que separa as ilhas de Kyushu e Shikoku, indicou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

A agência meteorológica japonesa JMA apontou uma magnitude de 6,4 e estimou a profundidade em 50 quilómetros. “Nos locais onde o sismo foi forte, afastem-se das zonas perigosas. Não há risco de tsunami”, declarou a JMA, depois de o sismo ter ocorrido pelas 23h14 (22h14 de quarta-feira em Macau).

A autoridade japonesa para a segurança nuclear declarou que a central nuclear de Ikata, na região, estava a funcionar normalmente. “Não foi detectada qualquer anomalia na central de Ikata”, declarou. Nessa manhã, os meios de comunicação social locais noticiaram uma dúzia de condutas de água partidas em Uwajima, onde várias estradas ficaram bloqueadas devido a aluimento de terras e à queda de pedras.

Em conferência de imprensa, já de madrugada, o secretário-geral do Governo, Yoshimasa Hayashi, informou terem sido registados vários feridos ligeiros devido ao terramoto, que não levou a aviso de tsunami. Entre os feridos, em Ainan, uma mulher, na casa dos 70 anos, foi levada para o hospital depois de ter desmaiado, segundo os bombeiros locais.

Anel em brasa

O Japão situa-se no chamado “Anel de Fogo” do Pacífico, uma das zonas do mundo com maior actividade sísmica.
No ano passado, foram sentidos no arquipélago 2.227 sismos, incluindo 19 de magnitude 6,0 ou superior, de acordo com a JMA. A grande maioria destes sismos, mesmo os mais fortes, causam geralmente poucos danos devido à aplicação de normas de construção antissísmicas extremamente rigorosas.

No entanto, muitos edifícios, sobretudo nas zonas rurais, estão degradados e, por conseguinte, são vulneráveis a sismos fortes. Foi o que aconteceu no sismo de 1 de Janeiro na península de Noto (centro), onde morreram mais de 240 pessoas e foram registados elevados prejuízos materiais.

Em Março de 2011, o Japão registou um sismo de magnitude 9 ao largo da costa nordeste, o sismo forte alguma vez medido no país de 125 milhões de habitantes. Cerca de 20 mil pessoas morreram ou desapareceram, principalmente devido a um tsunami que causou também o acidente nuclear de Fukushima, o pior do mundo desde o acidente da central de Chernobil em 1986.

19 Abr 2024

Banco Popular da China | Abordada situação económica em Washington

O governador do Banco Popular da China (banco central), Pan Gongsheng, abordou ontem, em Washington, “a actual situação económica e a política monetária” da China e dos Estados Unidos, com o presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell. O encontro teve lugar durante as reuniões da primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM) na capital norte-americana, segundo a instituição monetária do país asiático.

De acordo com o comunicado, Pan e Powell debateram a “estabilidade financeira” entre os dois países. Na segunda-feira, as duas potências realizaram em Washington reuniões entre os seus grupos de trabalho económico e financeiro, que se centraram na “situação macroeconómica mundial” e no “crescimento equilibrado”. O vice-ministro chinês das Finanças, Liao Min, e o subsecretário do Tesouro norte-americano, Jay Shambaugh, conduziram uma sessão económica “pragmática e construtiva”, na qual abordaram questões como as restrições comerciais, segundo um comunicado do Governo chinês.

A parte chinesa manifestou a sua preocupação com as “medidas restritivas” impostas pelos EUA, enquanto as duas partes concordaram em manter um “diálogo aberto” e “continuar os intercâmbios construtivos”. No mesmo dia, os grupos de trabalho financeiro das duas potências mantiveram diálogos “profissionais, pragmáticos, sinceros e construtivos” na capital norte-americana.

Apesar da aproximação entre as duas potências nos últimos meses, as tensões comerciais agravaram-se recentemente, em parte devido ao que Washington considera ser o “excesso de capacidade industrial” da China, especialmente em sectores como a energia solar e os veículos eléctricos.

Os EUA anunciaram na quarta-feira que vão lançar uma investigação sobre as práticas comerciais chinesas nos sectores da construção naval, o que poderá conduzir à imposição de taxas alfandegárias punitivas.

19 Abr 2024

China pede conferência internacional para reconhecimento da Palestina

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China pediu ontem, durante uma visita oficial à Indonésia, à realização de uma conferência internacional de paz para reconhecer oficialmente a Palestina como membro das Nações Unidas. “Em breve será possível aceitar a Palestina como membro oficial da ONU”, disse Wang Yi, numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo indonésio, Retno Marsudi.

Os dois responsáveis pediram a protecção dos civis no conflito na Faixa de Gaza. “Apelamos para uma conferência internacional de paz mais alargada, com mais autoridade e mais eficaz, para abrir caminho a uma solução de dois Estados” em Israel e na Palestina, disse o ministro chinês.

Wang apoiou o cessar-fogo exigido pelo Conselho de Segurança da ONU em Gaza e apelou aos Estados Unidos para que ponham de lado “a arrogância” e trabalhem com outros países da ONU para pôr fim às hostilidades entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas. “Apelamos igualmente às partes para que sejam calmas e prudentes”, acrescentou Wang Yi, sublinhando a necessidade de a ajuda humanitária chegar ao enclave palestiniano de forma “rápida, segura e sustentável”.

Questão prioritária

O ministro indonésio concordou em defender a solução de dois Estados e a importância do cessar-fogo em Gaza. “A Indonésia apoiará a Palestina como membro integrante da ONU. A estabilidade no Médio Oriente não é possível sem a resolução da questão palestiniana”, afirmou Retno.

Israel lançou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza em Outubro passado, depois de um ataque do Hamas em território israelita ter causado cerca de 1.200 mortos.

Mais de 33.800 pessoas morreram desde o início da ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza e cerca de 30 crianças morreram de desnutrição aguda no meio de um conflito que ameaça alastrar-se a todo o Médio Oriente na sequência dos ataques entre Israel e Irão.

19 Abr 2024

Comércio | Pequim chama hipócrita a Biden por acusações de xenofobia

A China acusou ontem o Presidente dos Estados Unidos de hipocrisia, um dia depois de Joe Biden ter criticado as autoridades do país asiático por alegada xenofobia e batota no comércio mundial de aço

 

“Gostaria de lhe perguntar: está a falar da China ou está a falar dos Estados Unidos”, afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em conferência de imprensa, quando questionado sobre as declarações do líder norte-americano. Durante uma visita de campanha ao estado norte-americano da Pensilvânia, Joe Biden acusou Pequim de “fazer batota” no comércio mundial de aço, prejudicando os fabricantes norte-americanos e os seus trabalhadores.

Trata-se de um eleitorado fundamental para as eleições presidenciais de Novembro, nas quais deverá enfrentar o seu rival Donald Trump, que concorre pelo Partido Republicano. “Eles são xenófobos”, disse o Presidente americano, referindo-se à China, durante um discurso na sede do sindicato dos trabalhadores do aço (USW) em Pittsburgh, a histórica capital do aço dos Estados Unidos.

O líder democrata lamentou o facto de as empresas siderúrgicas chinesas “não terem de se preocupar em obter lucros porque o Governo chinês as subsidia fortemente”. “Não competem, fazem batota. E nós vimos os danos aqui na América”, acrescentou. “Não estou à procura de um confronto com a China, quero concorrência, mas uma concorrência justa”, acrescentou Joe Biden, garantindo que não haverá “guerra comercial” com Pequim.

Dureza na campanha

O Presidente norte-americano anunciou também na quarta-feira que pretende triplicar as taxas alfandegárias sobre o aço e o alumínio provenientes da China. “Vou considerar a possibilidade de triplicar as tarifas sobre o aço e o alumínio da China”, disse Biden no comício em Pittsburgh.

A tarifa actualmente aplicada a determinados produtos de aço e alumínio é de 7,5 por cento, pelo que a sua triplicação significaria um aumento para 22,5 por cento. No entanto, este aumento não entrará em vigor imediatamente, uma vez que tem de passar primeiro por um processo de revisão no Gabinete do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês).

“Sempre pedimos aos Estados Unidos que respeitem sinceramente os princípios da concorrência leal, que respeitem as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e que ponham imediatamente termo às suas medidas proteccionistas contra a China”, reagiu o porta-voz Lin Jian. “A China tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar os seus direitos legítimos”, sublinhou, sem especificar a natureza dessas medidas.

Os comentários de Joe Biden surgem num contexto de intensa rivalidade política e económica com a China, apesar do diálogo renovado entre os dois países.

19 Abr 2024

Cinema | Brasil é convidado de honra do Festival Internacional de Pequim

O Brasil é convidado de honra da edição deste ano do Festival Internacional de Cinema de Pequim, que exibe a partir de amanhã quatro filmes brasileiros, coincidindo com os 50 anos do estabelecimento das relações diplomáticas.

“Retratos Fantasmas”, “Marte Um”, “Que Horas Ela Volta” e “Uma História de Amor e Fúria” são os quatro filmes brasileiros que vão estar em exibição no principal evento da capital chinesa dedicado ao cinema estrangeiro.

A participação do Brasil como convidado de honra coincide com o 50.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, cuja proximidade política e económica foi reforçada nas últimas décadas, com a formação do bloco de economias emergentes BRICS, que inclui ainda Rússia, Índia e África do Sul.

Desde 2009, a China é também o principal parceiro comercial do Brasil, com o comércio bilateral a passar de nove mil milhões de dólares, em 2004, para 150 mil milhões, em 2022. O Brasil desempenha, em particular, um papel importante na segurança alimentar da China, compondo mais de 20 por cento das importações agrícolas do país asiático.

19 Abr 2024