Hoje Macau BrevesQuatro funcionários do Governo Central detidos por corrupção Quatro funcionários do governo estão a ser investigados por aceitar subornos, informou ontem a Suprema Procuradoria Popular (SPP) da China. Meng Fanyou, ex-vice-inspector do comité do Partido Comunista da China (PCC) em Chifeng, Região Autónoma da Mongólia Interior, Liu Jinghai, ex-inspector do gabinete geral do Comité Regional do PCC na Região Autónoma da Mongólia Interior, Lu Wufu, ex-vice-presidente da câmara de Changde, na Província de Hunan e Pi Lin, ex-gerente-geral do Grupo da Imprensa do Diário de Hunan são os mais recentes “tigres” a cair nas malhas da justiça. Meng e Liu foram também acusados de corrupção, o que normalmente significa a posse e o uso ilegais de fundos e bens públicos sem intenção de reembolso. Pi foi acusado de desviar fundos públicos, uma acusação inferior. Todos os quatro foram presos, disseram as autoridades.
Hoje Macau EventosSound & Image Challenge | Recebidas mais do dobro das candidaturas face a 2015 Está aí mais uma edição do Sound & Image Challenge, que este ano promete mais filmes de todo o mundo do que no ano passado. Para Dezembro estão preparadas as visualizações das películas, mas a competição “Volume” ainda está aberta [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Sound & Image Challenge (SIC), da Creative Macau, recebeu o dobro das candidaturas para a categoria de curtas-metragens, face ao ano passado. Organizado pela Creative Macau e pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM), a competição conseguiu este ano 1659 filmes provenientes de todo o mundo, que serão exibidos entre os dias 6 e 11 de Dezembro no Teatro Dom Pedro V e na Cinemateca Paixão. O SIC, que agora se transformou num festival internacional, abrange curtas-metragens e videoclips musicais e está aberto a todo o mundo. Este ano, de acordo com um comunicado da Creative Macau, Espanha, Estados Unidos, França, Brasil Inglaterra, Índia Alemanha, Canadá, Taiwan, Argentina, Rússia, Portugal, China e Austrália foram os países participantes, sem esquecer Hong Kong e Macau, onde o número de participações foi superior. Nesta que é a 16ª edição do festival, durante seis dias serão exibidos todos os filmes, em dois espaços cedidos à organização pelo Instituto Cultural: o Teatro Dom Pedro V e a Cinemateca Paixão. As entradas são gratuitas. Júri começa a ronda Cabe agora ao júri avaliar todo o material em duas competições distintas: a competição Shorts”, que premeia todas as curta-metragens nas categorias de Ficção, Documentário, Animação e Publicidade, e a competição “Volume”, que premeia um videoclip que incorpore integralmente uma composição de uma banda de Macau. Os jurados da competição “Shorts” são todos profissionais locais e internacionais com relação ao cinema e ao audiovisual, sendo composto por seis profissionais locais que fazem a pré-selecção. Daqui vai resultar uma lista de filmes finalistas que será posteriormente avaliada pelo Grande Júri. O Grande Júri é composto por Sam Ho, curador, crítico de cinema e professor em Hong Kong e Estados Unidos da América, João Francisco Pinto, director de Programas dos Canais Portugueses da Televisão de Macau (TDM), e finalmente o fundador e director do Fantasporto – Festival Internacional de Cinema do Porto, Mário Dorminski. Já o quadro de jurados da pré-selecção do “Volume”, que viu o prazo de candidaturas prolongado (ver caixa) é composto por Vincent Cheang, músico fundador e líder da banda L.A.V.Y e da Live Music Association. Vincent Hoi, realizador independente, estabeleceu a sua companhia especializada na produção de vídeos comerciais educacionais, para televisão e para a Administração e Miguel Khan, outro dos nomes que compõem este júri, é director de multimédia numa operadora local e colabora com artistas e jovens em várias áreas criativas, para vídeos publicitários e para espectáculos ao vivo. O Grande Júri é composto por Lok Kong, director substituto de Programas Chineses da Teledifusão de Macau, e o músico e compositor de música clássica e electrónica, jornalista e empreendedor local Ray Granlund. O festival permite ainda a interacção do público na votação das curtas-metragens preferidas da competição “Shorts”, a decorrer no dia 8 de Dezembro no Teatro Dom Pedro V. A escolha determinará o prémio Público, no universo dos filmes nomeados nas quatro categorias de Ficção, Documentário, Animação e Publicidade. São ainda quatro os prémios que serão atribuídos além dos grandes vencedores: Melhor do Evento, que pretende distinguir o filme que se destaque em qualidade, o Macau Cultural Identity, onde visa premiar filmes que dêem destaque à cultura local, e Melhor Entrada Local, filmes submetidos por concorrentes que possuem bilhete de identidade de Macau ou que possuem o título de identificação de trabalhador não-residente. Prolongado prazo para o “Volume” Segundo a entidade organizadora, as candidaturas para a competição “Volume” ainda podem ser entregues, uma vez que o prazo foi alargado até 31 de Agosto. Esta competição pretende a criação de videoclips para músicas de bandas locais, que estão disponíveis no site da organização.
Hoje Macau Manchete SociedadeAmamentação | Governo promete 68 salas até fim do ano Os Serviços de Saúde anunciaram a abertura de 68 salas de amamentação, bem como nova legislação para estender a medida a todos os serviços públicos. A notícia foi avançada durante a cerimónia de entrega de louvores para a promoção de aleitamento materno, no sábado passado [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]té ao final de 2016, o Governo pretende criar 68 salas de amamentação em 15 serviços da tutela do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura. O anúncio foi feito pelo director dos Serviços de Saúde (SS), Lei Chin Ion, durante a entrega de louvores a entidades envolvidas na promoção de aleitamento materno. O responsável fez saber também que será criada legislação no sentido de regulamentar a criação de salas obrigatórias em todos os serviços e entidades públicas, como aliás tinha já sido referido no hemiciclo. Com estas medidas, os SS esperam inspirar o sector privado e incentivar as instituições não-governamentais a fazer o mesmo. As medidas vão “no sentido de se criar um ambiente mais favorável para as mães que amamentam”, referiu Lei Chin Ion, citado num comunicado. A título de exemplo, o director dos SS referiu ainda que “todos os Centros de Saúde já possuem uma sala de amamentação (…) e que muitas entidades cívicas já implementaram medidas para apoiar as trabalhadoras e residentes que amamentam, disponibilizando espaços ou tendo criado salas de amamentação”. Segundo informações dos SS, em 2015 nasceram em Macau 5700 bebés entre os quais 5100 (cerca de 88%) foram amamentados por leite materno e mais de 630 (cerca de 11%) foram amamentados exclusivamente com leite materno durante quatro ou mais meses. Para o Governo, estes números evidenciam que as políticas desenvolvidas no sentido da promoção do aleitamento materno estão a obter resultados positivos, uma vez que, em 2013, as mães que amamentavam situavam-se nos 55%. Ainda assim, o Governo diz ser necessário desenvolver mais actividades de forma a apoiar e dar atenção às mães trabalhadoras que ainda possam sentir dificuldades para conseguir amamentar os seus filhos. Durante a cerimónia para a entrega de louvores, que contou com a parceria da Associação de Amamentação de Macau e de diversas mães, a presidente da Associação afirmou que “a promoção activa dos SS no apoio ao aleitamento materno tem permitido um aumento constante da taxa de amamentação”. A responsável acredita, por isso, que a “divulgação das directrizes dos equipamentos e de gestão da sala de amamentação irá permitir que mais serviços públicos possam melhorar as actuais salas de amamentação, incentivando que mais empresas privadas possam seguir o exemplo”.
Hoje Macau SociedadeMelco quer mesas VIP no Studio City mesmo com aumento das receitas [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Melco Crown quer ter mesas para grandes apostadores no casino que abriu no ano passado e que inicialmente tinha decidido dedicar a 100% ao mercado de massas. O presidente-executivo da empresa, Lawrence Ho, disse que a expectativa é conseguir autorização do Governo para 30 mesas de jogo VIP no Studio City, que “melhorarão” os resultados do resort. “Ter alguma presença [de jogo] VIP irá provavelmente ajudar o resto da oferta não jogo” e posicionar melhor o Studio City, acrescentou Lawrence Ho, citado pelo site especializado em jogo GGRAsia, numa conferência com analistas na quinta-feira à noite, a propósito da apresentação dos resultados da Melco Crown no segundo trimestre deste ano. A empresa espera que o Governo tome uma decisão ainda este mês ou no início de Setembro e pretende dar a exploração de dois terços dessas mesas VIP a junkets. A 6 de Julho a agência Bloomberg havia já anunciado que o Studio City planeava abrir salas de grandes apostadores, mexendo na estratégia inicial que fez do complexo o primeiro sem espaços de jogo VIP em Macau. A operadora anunciou a semana passada que aumentou as receitas líquidas em 17% no segundo trimestre, em relação ao mesmo período de 2015, devido, em parte, ao novo resort. As receitas líquidas do grupo entre Abril e Junho ascenderam a mil milhões de dólares norte-americanos e o aumento deve-se, “em primeiro lugar” ao Studio City e ao aumento das receitas do City of Dreams Manila – nas Filipinas -, segundo um comunicado da Melco Crown. “O Studio City (…) está ainda em fase de crescimento e a posicionar-se para maiores aumentos de receitas e lucros no futuro”, considerou Lawrence Ho. De portas abertas desde 27 de Outubro de 2015, o Studio City nasceu totalmente focado no mercado de massas e, sobretudo, na classe média chinesa. A abertura de salas VIP tem como objectivo ajudar a compensar a diminuição de quase 83% nos lucros líquidos que a Melco Crown sofreu no ano passado, segundo as fontes da Bloomberg.
Hoje Macau Diário (secreto) de Pequim h | Artes, Letras e IdeiasPequim, 30 de Novembro de 1977 *por António Graça Abreu [dropcap style=’circle’]C[/dropcap]omecei a estudar chinês. Tem de ser. Não posso continuar a ser um glorioso analfabeto em terras da China, um miserando português que não sabe, nem conhece um caractere do tamanho de um autocarro e não consegue alinhar três palavras seguidas em chinês. No meu trabalho, traduzir (do inglês ou francês!), corrigir traduções e dar aulas de português não necessito muito do chinês. Tenho por perto o pessoal chinês que rapidamente serve de intérprete e resolve os problemas de tradução. Mas se me lanço sozinho por dentro de Pequim, como é? Se avanço solitário, como sei que irei gostar, por dentro da China, como me desenrasco? E depois para entender as mentes chinesas é necessário saber como eles falam e como pensam, associando tudo aos caracteres, à escrita. Pequim, 1 de Dezembro de 1977 Sempre a aprender. Hoje conferência no Hotel sobre as mudanças na actual economia chinesa pelo camarada prof. Su Duxing, da Universidade de Qinghua. Começou por destacar alguns dos crimes do “bando dos quatro”. Ao avançarem demasiado depressa na destruição da propriedade dos meios de produção, os “quatro” sabotaram a construção da economia socialista. Em 1956 quase todas as empresas eram mistas, com capital estatal e capital privado. Sob o socialismo, durante dez anos, os capitalistas obtiveram 5% do lucro das empresas. Diz o camarada Su Duxing que o capitalismo de Estado, segundo Engels, é a via obrigatória da transição para a propriedade de todo o povo, Os erros dos “quatro” não serão apenas equívocos de conjuntura, o Partido Comunista também enveredou por becos sem saída, não se deviam ter expropriado violentamente as pequenas unidades de produção rurais que passaram de cooperativas de tipo inferior para cooperativas de tipo superior. Em 1958 começaram as comunas populares, unidades básicas de contabilidade e produção, com equipas, brigadas e comunas. O nível de produtividade não era elevado, tínhamos uma colectivização socialista de permeio com um direito burguês. E o professor Su Duxing explica: Durante a construção do socialismo continuam a existir contradições entre os homens, mas houve quem tivesse confundido tudo, falado apenas da luta de classes, as luta entre o proletariado e a burguesia, semeando ilusões entre as massas. Ora subsistem dois tipos de contradições, as existentes no seio do povo e as contradições entre nós e o inimigo. Era necessário distribuir os artigos de consumo de acordo com o trabalho de cada um. Quem trabalha mais, ganha mais e quem não trabalha não come. Era necessário fazer com que a economia ascendesse à situação, como disse Marx, de a “cada um segundo o seu trabalho, a cada um segundo as suas necessidades.” Era necessário diminuir as desigualdades, sem deixar de reconhecer a existência de uma mentalidade burguesa num estado aparentemente sem burguesia. O igualitarismo, quando se nega a realidade, favorece os preguiçosos, os que sentem aversão pelo trabalho. No socialismo, todos trabalham para todos mas a igualdade absoluta não é deste mundo. O “bando dos quatro” confundia a distribuição de a “cada um segundo o seu trabalho” com a exploração capitalista e esquecia que a burguesia continuava a existir no seio do Partido, no seio do exército. Os “quatro” chegaram a afirmar que as mulheres, ao parir, davam o exemplo máximo do desenvolvimento das forças produtivas. Defendiam que o povo chinês devia ser “pobre mas socialista” e não “rico, mas capitalista”. Ora, sem lucros nas empresas socialistas é impossível avançar com o socialismo, o “bando dos quatro” confundia lucros socialistas com lucros capitalistas. Fomentavam a ignorância do povo, para assim “estarem mais próximos da verdade.” O camarada Su Duxing concluiu a sua explanação com uma bonita tirada eivada de poesia: O “bando dos quatro” eram uma árvore seca, com a chuva da Primavera tudo voltou à vida. Pequim, 5 de Dezembro de 1977 Os chineses com quem trabalhamos levam-nos frequentemente numa espécie de visitas de estudo aos mais diversos lugares de Pequim e arredores. São fábricas, comunas populares, templos, lugares turísticos, até quartéis. Hoje calhou em sorte ir ver a tropa chinesa, fui cirandar pelo campo militar de Fangshun, divisão 196 do exército chinês, nos subúrbios norte de Pequim, junto às montanhas, não muito longe da Grande Muralha da China. Na minha vida recente, apanhado pela roda da História, levei com três anos e sete meses (de Outubro de 1970 a Abril de 1974) de serviço militar no exército português, levei com quase dois anos de inserção numa guerra sem tréguas em que participei, no norte, centro e sul da Guiné. Os conflitos bélicos infelizmente não me são estranhos. Foi agora o tempo de voltar aos fuzis, ao cheiro a pólvora, de conhecer uma grande unidade militar made in China. Eis-me chegado ao que me dizem ser um destacamento armado do povo que passou de pequeno e débil a grande e poderoso, com raízes na guerrilha anti-japonesa, depois na luta anti-Chiang Kai-shek, antes da “libertação” comunista, em 1949. Esta unidade militar participou também na Guerra da Coreia e dizem-me que aniquilou 38.000 soldados inimigos, a maioria militares norte-americanos. Falam-me do exército como sendo uma grande escola e também um destacamento de combate, trabalho e produção. Devem aprender com os camponeses e com os operários, dedicarem-se à agricultura e ter pequenas fábricas. Devem estreitar as relações entre o exército e o povo, estar ao lado do povo, servir o povo. Devem privilegiar a igualdade entre oficiais e soldados, devem colocar-se sob a direcção dos comités do Partido, devem respeitar a disciplina e seguir as justas advertências do Presidente Mao Zedong. Hoje a educação política gira em volta da crítica ao “bando dos quatro” que consideravam que dedicar-se à produção equivalia a fomentar “rabos de capitalismo.” Levaram-me a dar uma volta pela unidade militar, a conhecer os alojamentos dos oficiais e dos soldados, tudo limpo, instalações espartanas mas funcionais. No fim da visita fomos para uma espécie de carreira de tiro assistir às habilidades das tropas, disparando excelentemente as Kalashnikovs e outras armas que não identifiquei. Fiquei a saber que o serviço militar não é obrigatório, mas todos os anos cerca de 5 ou 6 milhões de chineses, sobretudo oriundos do campo, oferecem-se como voluntários para as forças armadas, durante um período de quatro anos. Só 1 ou 2 milhões são aceites. A experiência na tropa garantir-lhes-á um futuro emprego, dar-lhes-á importância nas terras onde nasceram e promoção a quadros do Partido. Pequim, 9 de Dezembro de 1977 Hoje foi dia inteiro de visita ao Complexo Petroquímico de Pequim situado no distrito de Daxing, uns cinquenta quilómetros a sul da capital. Impressionante a obra que se estende por vastos espaços numa planície encostada a uma cadeia de montanhas. Como de costume, logo após a chegada, conduzem-nos para uma sala de recepção onde vamos ouvir o extenso relatório do camarada, espécie de relações-públicas da grande empresa. Desdobra-se em esclarecimentos e comentários. Eu fui anotando: O complexo é recente, foi inaugurado em 1968 e é composto por aquilo a que chamam “várias fábricas”, uma refinaria de petróleo de nome Oriente Vermelho (o petróleo vem de Daqing, na Manchúria, por um pipe-line), mais instalações para produção de borracha sintética e amoníaco, outra de derivados de petróleo que resultam nos mais diversos plásticos, outra fábrica que dá origem a sabões, detergentes e parafina, e ainda uma fábrica de adubos. Falam-nos de cinco unidades auxiliares onde se produz cimento, cal hidráulica, oficina de reparação de maquinaria e aparelhagens, um centro de inovação e experimentação científica. Contam ainda com um hospital com 450 camas e há doze escolas com 15.000 alunos. Em volta do Complexo Petroquímico construíram uma cidade onde vivem 120.000 almas, 10.000 das quais são crianças. 40.000 pessoas trabalham directa ou in- directamente no Complexo, 37% são mulheres, num total de 16.000 famílias. Têm uma estação para o tratamento das águas poluídas que depois servem para irrigar os campos. Mas a cidade operária foi construída demasiadamente em cima do Complexo Petroquímico, apenas uma ou outra rua a separa das fábricas e já sentem problemas de poluição entre as pessoas. O Complexo desenvolveu-se com muita rapidez, eles não foram capazes de gerir o ritmo das sucessivas alterações e mudanças. Os blocos de apartamentos são propriedade do Estado, o aluguer de cada m 2 custa sete fen por mês, cada lâmpada custa 10 fen, por cada fogão pagam-se 50 fen mensais. Os salários médios correspondem a 55 yuans (5.500 fen), sendo o mais baixo de 39 yuans e o mais elevado de 108 yuans. Falam-me na sabotagem levada a cabo pela linha esquerdista do “bando dos quatro”. Os operários veteranos, os menos radicais, foram acusados de seguir a via capitalista de, ao importarem tecnologia japonesa, mostrarem seguidismo e servilismo diante do estrangeiro. Dizem-me que querem aprender com o que há de bom no estrangeiro para fazer crescer a Petroquímica. Acaso algum país vive fechado dentro das suas quatro fronteiras? Dizem-me que hoje têm três engenheiros norte-americanos a trabalhar com eles. Mas quantos problemas de natureza política e económica assolaram já este enorme Complexo Petroquímico? Almoço com a classe operária, ou melhor, numa pequena sala anexa ao grande refeitório. Arroz, uns legumes, pedacinhos de carne de porco e ovos mexidos com couve. A visita prolonga-se pelo resto do dia, fábricas, canos por todo o lado, tubagens e chaminés queimando gás como aquela nossa chaminé de Cabo Ruivo, em Lisboa. Do que mais gostei foi de um dos infantários dos filhos dos trabalhadores do Complexo, com crianças admiráveis, capazes de fazer piruetas na lua.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim disposto a alcançar “entendimento” com o Vaticano [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m responsável pela igreja católica em Hong Kong disse que a China está disposta a alcançar um “entendimento” com o Vaticano, em torno das divergências sobre a nomeação de bispos. A China e a Santa Sé não têm relações diplomáticas e a única igreja católica autorizada pelo Governo chinês, a Associação Católica Patriótica Chinesa (ACPC), é independente do Vaticano. Oficialmente, existem cerca de 24 milhões de católicos na China, país mais populoso do mundo, com cerca de 1.375 milhões de habitantes. A Santa Sé não tem relações diplomáticas com Pequim desde 1951, dois anos após a fundação da República Popular. O bispo de Hong Kong, o cardeal John Tong, afirmou que estão a ser feitos progressos e defendeu o diálogo com a China. “A igreja católica tem alcançado, gradualmente, a consideração do Governo chinês, que está agora disposto a chegar a entendimento com a Santa Sé na questão da escolha dos bispos para a igreja católica na China e a procurar um plano aceitável para ambas as partes”, afirmou Tang, numa carta pastoral publicada na quinta-feira, no ‘site’ oficial da diocese de Hong Kong. Tong reconheceu que existem algumas reservas, mas que o Papa Francisco não aceitaria qualquer acordo susceptível de “ferir” a igreja. Governada pelo Partido Comunista Chinês (PCC), cuja base teórica marxista promove o ateísmo e “métodos científicos”, a China mantém uma igreja católica “oficial”, controlada pela ACPC, que é na prática um organismo do Governo. No entanto, existem na China igrejas clandestinas leais ao Vaticano. A ACPC é responsável por escolher os bispos, enquanto o Vaticano insiste que esse é o seu direito. Tong não detalhou se um acordo entre a China e o Vaticano estará perto, nem como funcionaria o novo mecanismo. Tentativas anteriores de restabelecer relações falharam, perante a insistência de Pequim em que o Vaticano deixe de reconhecer Taiwan, que a China considera uma província separatista, e prometa não interferir nos assuntos religiosos do país. Em Maio, o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, afirmou que as relações entre a China e a igreja católica estão “numa fase positiva”. Em Fevereiro, o papa enalteceu a China numa entrevista ao sinólogo italiano Francesco Sisci, num gesto visto como uma tentativa de aproximação ao país asiático. “O mundo espera pela vossa sabedoria”, assinalou então o Papa, dirigindo-se ao povo e ao Presidente chinês, Xi Jinping.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Manifestação pela independência reúne mil pessoas [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]ma manifestação pela independência, a primeira com este objectivo, reuniu sexta-feira cerca de 1.000 pessoas em Hong Kong na presença de candidatos proibidos de concorrem às legislativas de Setembro por defenderem uma ruptura com a China, referiu a France-Presse. As autoridades de Hong Kong consideram que as posições pró-independência são contrárias às leis em vigor nesta antiga colónia britânica, uma região administrativa especial chinesa e onde os sectores oposicionistas dizem detectar um reforço da autoridade de Pequim. Cerca de 1.000 manifestantes de todas as idades reuniram-se na noite de sexta-feira num parque perto da sede do governo, alguns exibindo cartazes com a frase “Independência de Hong Kong”, referiu a agência noticiosa francesa. Edward Leung, um dos cinco candidatos proibidos de participar nas eleições e líder do partido Hong Kong Indigenous, foi aplaudido pelos presentes durante o seu discurso. “A soberania de Hong Kong não pertence a Xi Jinping [o Presidente chinês], não pertence às autoridades e não pertence ao governo de Hong Kong. Pertence ao povo de Hong Kong”, assinalou. Segundo Satomi Cheng, uma manifestante de 49 anos, numerosos habitantes da cidade estão descontentes com a crescente influência da China. “Dia após dia, os nossos direitos (…) são-nos retirados pelo governo de Hong Kong e o Governo chinês”, disse em declarações à France-Presse. A ideia da independência é considerada ilegal pelas autoridades de Pequim e Hong Kong, e permanecia um tabu até à recente emergência de novos partidos que apelam a uma ruptura. Estas formações foram criadas por iniciativa de jovens desiludidos com a “revolta dos guarda-chuvas”, uma mobilização pela democracia que agitou Hong Kong em 2014 mas fracassou na tentativa de obter concessões políticas da China. A proibição dos candidatos favoráveis à independência provocou fortes protestos entre os seus apoiantes, mas Jasper Tang, presidente cessante da assembleia da cidade, defendeu em diversas ocasiões a legalidade da medida. Desde 1997, que marcou o final do domínio britânico, que Hong Kong beneficia de um regime de “ampla autonomia” e teoricamente usufrui até 2047 de liberdades que não são aplicáveis no restante território da China.
Hoje Macau China / ÁsiaNovo Banco conclui venda do BESI à Haitong de Hong Kong [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]banco liderado por José Maria Ricciardi acaba de sair da órbita do Novo Banco, depois de todas as autorizações terem sido concedidas, a última das quais do regulador brasileiro, país onde o BESI tem uma subsidiária. O BESI passará agora definitivamente para o universo do grupo chinês Haitong. A possibilidade de o BESI mudar a sede para Londres tem sido referenciada nos bastidores do mercado financeiro, mas não foi confirmado pelo banco português. “A venda à sociedade Haitong International Holdings Limited, sociedade constituída em Hong Kong, subsidiária integralmente detida pela Haitong Securities Co (uma sociedade cujas acções se encontram admitidas à negociação na Shanghai Stock Exchange e na Stock Exchange of Hong Kong Limited), da totalidade do capital social do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI), pelo preço de 379 milhões de euros, na sequência da verificação de todas as condições necessárias para a concretização da operação”, diz o BESI em comunicado. Não há ainda notícias sobre a futura designação do banco, embora seja expectável que o BESI abandone a referência ao nome da família Espírito Santo que remonta aos anteriores accionistas, antes da Medida de Resolução aplicada ao BES. O BESI vai focar-se no papel de banco estratégico nas relações entre a Ásia e o Ocidente, tal como já foi noticiado pelo Económico anteriormente. O business plan que está a ser desenhado no BESI prevê que daqui a três anos o capital atinja os 1,5 mil milhões de euros, o que poderá ocorrer através de várias operações (não estão excluídas aquisições). José Maria Ricciardi revelou recentemente aos jornalistas em Londres que “o BESI vai ser um banco estratégico para o EMEA [Europa, Médio Oriente e África] e as Américas. “Será um banco que vai ter ainda mais capacidade para atrair investimento e criação de emprego para Portugal”.
Hoje Macau BrevesAnunciada aliança antiterrorista A China anunciou sexta-feira a criação de uma “aliança de segurança” com o Afeganistão, Paquistão e Tajiquistão, visando impulsionar “o combate à ameaça do terrorismo”, que Pequim associa aos movimentos separatistas no noroeste do país. O acordo foi celebrado entre Fang Fenghui, membro da Comissão Militar Central – órgão chefiado pelo Presidente chinês, Xi Jinping – e representantes dos referidos países, em Urumqi, capital da região autónoma de Xinjiang. Com uma área quase 18 vezes maior que Portugal e com cerca de 23 milhões de habitantes, Xinjiang é uma das regiões da China mais vulneráveis ao separatismo. Nos últimos anos, conflitos entre os Han, a principal etnia da China, e os uigures, maior etnia do Xinjiang, de religião muçulmana e cultura turcófona, causaram centenas de mortos naquela região. Pequim atribui a violência ao Movimento Islâmico do Turquestão Oriental, uma organização que reclama a independência do Xinjiang. Segundo a agência oficial Xinhua, os quatro países admitiram que o extremismo constitui uma “séria ameaça” à estabilidade regional. As partes concordaram estabelecer um “mecanismo conjunto”, para partilhar informações entre os serviços de inteligência e formar equipas de segurança, detalhou a agência.
Hoje Macau BrevesChina e EUA avaliam “respostas adequadas” à Coreia do Norte Os chefes da diplomacia da China e dos Estados Unidos tiveram uma conversa telefónica sobre os recentes mísseis lançados pela Coreia do Norte e as “respostas adequadas” a dar a Pyonguang, revelou sábado o Governo norte-americano. “O secretário [de Estado John] Kerry e o ministro [dos Negócios Estrangeiros Wang] Yi falaram sobre respostas adequadas às recentes provocações da Coreia do Norte”, segundo um comunicado do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América (EUA). Kerry e Wang ponderaram a “completa implementação” das sanções contra a Coreia do Norte aprovadas em Março, por unanimidade, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, refere a mesma nota. Essas sanções incluem restrições às exportações norte-coreanas de algumas matérias-primas, a proibição de venda de combustível para aviões e foguetões à Coreia do Norte e a transferência para o país de equipamentos que possam ter utilização militar e um embargo total de armas ligeiras. A Coreia do Norte fez na quarta-feira um duplo teste de mísseis balísticos de médio alcance. Um deles explodiu pouco depois de ser lançado e o outro caiu em águas da zona económica exclusiva do Japão.
Hoje Macau BrevesIFT com nova exposição de artista local O café do Instituto de Formação turística (IFT) nos lagos Nam Van vai receber uma nova exposição de um artista local. Depois da arte de Fortes Pakeong Sequeira – “To feel earlier” –chega a vez de Cai Guo Jie. Com a mostra “Lauding the City”, o artista vai permitir aos clientes do IFT a observação de vários desenhos sobre edifícios de Macau. Durante esta exposição, o público tem oportunidade de poder desfrutar de uma refeição ao mesmo tempo que aprecia “a beleza arquitectónica dos edifícios a que já está a costumado a ver na rua, mas agora de um prisma diferente”. O Anim’Arte Nam Van foi inaugurado no mês passado, contando com o café do IFT, que combina elementos de arte e gastronomia. O espaço vai ter uma série exposições de artistas locais, sendo Cai Guo Jie o segundo contemplado.
Hoje Macau PolíticaAutoramas – “Quando a polícia chegar” “Quando a polícia chegar” Odeio segunda Não gosto de terça Melhoro na quarta Sorrio na quinta Gargalho na sexta E subo na mesa Ali começo a dançar E só vou parar Quando a polícia chegar Acabou a cerveja Alguém foi comprar Aumente o volume Ainda tem gelo E o uísque barato Saiu de controle E não tem como voltar Só vamos parar Quando a polícia chegar E começo a dançar E só vou parar Quando a polícia chegar Acabou a cerveja Alguém foi comprar Aumente o volume Ainda tem gelo e o uísque barato Saiu de controle E não tem como voltar Só vamos parar Quando a polícia chegar Quando a polícia chegar Quando a polícia chegar Quando a polícia chegar Quando a polícia chegar Autoramas
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Outro activista condenado a sete anos de prisão [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m conhecido advogado e activista chinês foi ontem condenado a sete anos de prisão, por “subversão do poder do Estado”, como parte de uma campanha do Governo chinês contra advogados dos Direitos Humanos. Zhou Shifeng era o editor do escritório de advogados Fengrui, que prestava serviços a vítimas de abusos sexuais, membros de grupos religiosos proibidos na China e dissidentes. É o terceiro de quatro julgamentos que estão marcados para esta semana, na sequência da “campanha 709” – assim designado por ter ocorrido a 9 de Julho do ano passado – e que resultou na detenção de 200 pessoas. Na terça-feira, o activista Zhai Yanmin foi sentenciado a três anos de pena suspensa, acusado de subversão, por acções como envergar cartazes e gritar palavras de ordem. Na quarta-feira, Hu Shigen, um outro activista, foi condenado a sete anos e meio de prisão pelo mesmo crime. Zhou assumiu-se culpado, perante um tribunal de Tianjin, no norte da China, informou a agência noticiosa oficial Xinhua. O julgamento decorreu sob forte vigilância policial, com vários polícias fardados ou vestidos à civil nas imediações do tribunal, segundo descreveu a agência France Presse. As autoridades cortaram os acessos ao tribunal, até cerca de 300 metros de distância, e os jornalistas foram forçados a deixar o local. Pequim insiste que os julgamentos em Tianjin são abertos, afirmando que mais de 40 políticos, professores de Direito, advogados e “cidadãos de todos os estratos sociais” estão presentes na sala do tribunal. No entanto, os familiares dos detidos, particularmente as esposas, queixaram-se publicamente de terem sido constantemente vigiadas e de lhes ter sido negado o acesso ao caso. Citado pela imprensa oficial, o tribunal argumentou que Zhou pediu, por duas vezes, que os seus familiares não comparecessem no tribunal, publicando uma fotografia de uma carta alegadamente escrita e assinada por este, à mão, e com a sua impressão digital. “Tendo em consideração que os meus familiares são todos camponeses, que carecem de educação, a sua presença em tribunal não seria benéfica, nem para mim, nem para eles”, lê-se naquela nota. Cerca de 12 advogados e activistas detidos na operação “campanha 709” permanecem sob custódia da polícia. Durante a actual liderança do atual Presidente chinês, Xi Jinping, as autoridades reforçaram o controlo sob académicos, advogados e jornalistas, segundo organizações de defesa dos direitos humanos.
Hoje Macau China / ÁsiaXinhua | Sistema antimíssil revela declínio dos EUA [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]sistema antimíssil norte-americano THAAD, que a Coreia do Sul concordou instalar, ameaça a China e a Rússia, reflectindo “a ansiedade dos EUA, perante o declínio da sua hegemonia global”, considerou ontem a agência oficial chinesa Xinhua. A agência estatal chinesa assegura que o THAAD revela o “apetite insaciável de Washington pela hegemonia global e a sua fútil ansiedade, perante um inimigo imaginário, procedente de uma China em ascensão”. Pequim e Moscovo criticaram o projecto, acusando-o de ter a “motivação oculta” de vigiar o armamento chinês e russo, apesar de Seul e Washington dizerem tratar-se apenas de uma resposta aos programas balístico e nuclear da Coreia do Norte. “O THAAD pode ser utilizado para recolher dados de mísseis da China e Rússia, através de radar, controlando assim os nossos ensaios, o que permitirá aos Estados Unidos neutralizar estas ferramentas dissuasoras, colocando em perigo a segurança nacional” daqueles dois países, refere o artigo da Xinhua. A agência levanta também dúvidas quanto à eficiência do escudo contra o armamento norte-coreano, já que o THAAD intercepta principalmente mísseis intercontinentais a grande altitude, quando o arsenal de Pyongyang inclui mísseis de curto alcance e armas convencionais, que poderiam escapar àquele sistema. “Após anos a proclamar a falsa ‘ameaça chinesa’, Washington traz agora ameaças reais e estratégicas até às portas da China”, realça a agência. A Coreia do Sul confirmou no mês passado os seus planos para instalar aquele sistema na zona de Seongju, a 300 quilómetros a sudeste de Seul. O sistema antimíssil deverá estar operacional em 2017.
Hoje Macau EventosCCM | Peça infantil “Spot” em cena dias 6 e 7 de Agosto “Spot, the Dog” está em exibição este fim-de-semana no CCM. Uma produção holandesa, dedicada aos mais pequenos e onde a promessa é música, interactividade e diversão [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]manhã e domingo os mais pequenos são convidados a assistir à peça “Spot, the Dog”, em exibição este fim-de-semana no Centro Cultural de Macau (CCM). Apresentada pela companhia Teatro Terra, que vem da Holanda, a peça destina-se a crianças com mais de dois anos e promete muita interacção com o público. A história da peça centra-se no cão Spot e na hipopótamo Helen. Ambos vão visitar a quinta onde o pai de Spot mora, mas são apanhados de surpresa quando lá chegam porque todos os animais que lá moram desapareceram. A tarefa seguinte é saírem à procura dos amigos e revelarem o mistério do desaparecimento que deixou a quinta tão silenciosa. É nesta altura que os actores interagem com o público. “A peça está cheia de sons de animais e pedimos ao público para identificarem qual o animal que estão a ouvir. As crianças costumam ser muito participativas e adoram ouvir os sons dos animais e da natureza”, diz o actor Eric-jan Lens, que dá vida à personagem de pai de Spot. A peça conta com três actores em palco que interpretam as três personagens principais: Spot, o pai do cãozinho e a amiga Helen. Os actores interpretam as vozes destes animais que são bonecos físicos manipulados por cada um deles, como ontem mostraram aos jornalistas, na apresentação da peça. “A dimensão dos bonecos e a agilidade com que se movimentam em palco faz muitas vezes com que o público se esqueça que, por trás daquele boneco, está uma pessoa”, diz Desi Van, uma das actrizes. Este espectáculo anda em digressão e os actores explicam que uma das vantagens de interpretarem este texto é o facto de ele ser muito popular, o que faz com que todos estejam familiarizados com a história e os encoraje a participar. A companhia tem viajado um pouco por todo o mundo – veio de Hong Kong e de seguida vai para a Austrália, onde estará quase um mês divididos entre Perth e Sidney. Quem é Spot? A história baseia-se numa conhecida colecção de livros infantis que se chama “Spot the Dog”, criada pelo escritor e ilustrador inglês Eric Gordon Hill. A personagem foi criada em 1976 para o seu filho pequenino. O livro foi publicado em mais de 30 países e deu origem a uma série televisiva, que ajudou a divulgar a obra e a tornar “Spot” uma personagem muito conhecida e acarinhada. As histórias foram traduzidas em mais de 60 línguas e o escritor continua a ser um dos mais elogiados, nomeadamente pelo seu contributo para a literacia infantil. A companhia de teatro Terra convida, por isso, todos a assistir a este espectáculo, onde promete muita música, luzes e diversão. “Há um grande dinamismo em palco e convidamos todos, pais e crianças, a participarem”, dizem os actores, que visitam pela primeira vez Macau. “Temos muita expectativa em relação à forma como o público nos vai receber, mas estamos confiantes, pois temos boas referências.” Os actores regressaram recentemente de Hong Kong onde actuaram várias vezes, sempre com espectáculos esgotados. “Sabemos também que muitos dos bilhetes para os espectáculos marcados já foram vendidos e esperamos um público divertido, audaz e casa cheia”, acrescentam. História de uma companhia O grupo de teatro vem da Holanda e todos os actores são holandeses, daí o nome da companhia poder parecer desajustado. Mas a explicação é simples e, mais uma vez, é Eric-Jans Lens quem desvenda o mistério. “É o apelido do criador da companhia que foi fundada em 1977, na Holanda.” Todos os anos são criados novos espectáculos, dos musicais para a família e das marionetas, às produções de teatro. Desde a sua fundação, a companhia tornou-se num dos grupos teatrais de topo para crianças e famílias na Holanda, como diz um comunicado de apresentação. “Dando sempre o seu melhor para criar espectáculos”, o grupo faz das marionetas e da música uma parte central das suas produções, acrescenta a mesma fonte. A peça dura cerca de uma hora, sem intervalo, e os bilhetes custam 180 patacas. Estudantes, crianças com menos de 12 anos e seniores beneficiam de um desconto de 50% e há pacotes promocionais.
Hoje Macau China / ÁsiaTigre volta a atacar no zoológico de Pequim [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]zoológico de Pequim onde uma mulher foi morta por um tigre no final de Julho voltou a viver momentos de tensão, quando um dos felinos atacou um automóvel com turistas, não tendo causado feridos. A cena passou-se no início desta semana e foi registado em vídeo pelos ocupantes do veículo, que colocaram as imagens na ‘internet’ (tinyurl.com/hk4ndx6), onde se vê um tigre siberiano branco a bloquear um carro. Os turistas movem o veículo lentamente, para tentar afastar o animal, mas este arranca o pára-choques e leva-o consigo. Os turistas assustaram o animal ao tocar a buzina e chegaram mesmo a abrir a porta, apesar de há poucas semanas uma mulher ter sido morta, no mesmo local, por um tigre. A cena ocorreu durante uma discussão, quando uma das mulheres saiu do carro. Um tigre do zoológico atacou-a imediatamente e a outra mulher tentou intervir, sendo esta última também atacada por outro tigre, que a matou antes de levar o seu corpo. As duas mulheres estavam acompanhadas de um homem, que assistiu à cena e tentou ajudá-las, e uma criança. Os dois últimos não ficaram feridos, explicou a imprensa chinesa. O Badaling Safari World permite aos visitantes que circulem pelo parque em automóvel, mas adverte que não é permitido sair das viaturas.
Hoje Macau BrevesIAS assegura apoio a idosos isolados O Instituto de Acção Social (IAS) assegura estar atento a um caso de uma pessoa idosa que se deslocou sozinha a um parque de estacionamento para obter água potável. O incidente terá sido reportado via redes sociais, mas o IAS diz que há equipas de serviços de cuidados domiciliários e de apoio que têm estado a acompanhar o caso de forma a poder prestar-lhe os devidos cuidados e apoio diário. Na terça-feira uma “equipa de assistentes sociais visitou a referida pessoa”, diz o IAS “numa tentativa de estabelecer laços e confiança para que futuramente possa vir a receber cuidados por parte deste instituto e não voltar a ter um episódio semelhante”. O objectivo é “consciencializar a sociedade para estes problemas”, de forma a que haja iniciativa própria por parte dos cidadãos sempre que uma situação destas for detectada.
Hoje Macau BrevesEmpregada maltratou criança de um ano Uma empregada doméstica vietnamita, de 50 anos, terá maltratado uma criança, filha dos patrões. A mulher admitiu ter batido com a cabeça da criança, de um ano, porque esta não queria ir para a cama. O pai apercebeu-se que algo estaria mal quando a criança começava a chorar sempre que a mulher se aproximava. O progenitor levou o caso à PSP e, após investigação, a empregada admitiu ter agredido a criança. O caso já seguiu para o Ministério Público.
Hoje Macau China / Ásia MancheteONU denuncia aumento das execuções na campanha anti-droga nas Filipinas [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s Nações Unidas denunciaram ontem o “preocupante” aumento de execuções de alegados traficantes e toxicodependentes nas Filipinas, numa campanha que já causou centenas de mortos desde Maio passado, informou ontem a imprensa local. Segundo uma contagem da emissora ABS-CBN, 810 pessoas morreram desde 10 de Maio – um dia depois das eleições gerais – no âmbito da guerra contra as drogas iniciada pelo novo Presidente do país, Rodrigo Duterte. Destas, 496 morreram em operações policiais e 240 foram executadas por homens armados não identificados. Foram ainda encontrados outros 74 cadáveres com letreiros que os acusavam de serem traficantes. O director executivo da agência da ONU contra a Droga e o Crime (UNODC), Yury Fedotov, condenou “o aparente apoio às execuções extrajudiciais” que estão a ocorrer naquele país. Fedotov classificou como uma “violação de direitos e liberdades fundamentais” a campanha contra a droga de Duterte, que na campanha eleitoral prometeu matar milhares de delinquentes e toxicodependentes para acabar com a criminalidade no país nos primeiros seis meses de mandato. “Este tipo de respostas são contrárias às disposições das convenções internacionais de controlo de drogas, não servem para trazer justiça e não ajudam a assegurar que toda a gente viva com saúde, paz e dignidade, segurança e prosperidade”, acrescentou Fedotov. Para cumprir O representante da UNODC afirmou que a organização está preparada para ajudar as Filipinas a “levar à justiça traficantes de droga com as garantias legais que estão em linha com as normas e padrões internacionais”. Apesar das críticas de vários organismos internacionais, Duterte garantiu em Julho que não vai ceder no empenho de matar todos os envolvidos no narcotráfico. Nessa mesma intervenção, sobre o estado da Nação, acrescentou que já tinham sido detidas mais de 3.600 pessoas relacionadas com as drogas e que 120 mil toxicodependentes se tinham entregado às autoridades. O novo Presidente, empossado a 30 de Junho, goza de grande popularidade nas Filipinas e as mais recentes sondagens indicam que 91% dos entrevistados confiam em Duterte, a percentagem mais elevada obtida por chefe de Estado do país.
Hoje Macau China / ÁsiaActivista condenado a sete anos e meio de prisão [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m activista pelos direitos humanos na China foi ontem condenado a sete anos e meio de prisão, por subversão do poder do Estado, parte de uma campanha do Governo chinês contra advogados dos Direitos Humanos. O julgamento de Hu Shigen foi o segundo de quatro que estão marcados para esta semana, na sequência da operação que, no ano passado, resultou na detenção de 200 pessoas. Hu Shigen assumiu-se culpado, perante um tribunal de Tianjin, no norte da China, e decidiu não apelar, avançou a agência oficial Xinhua, que o descreveu como o líder de uma igreja clandestina. O julgamento decorreu sob forte vigilância policial, com vários polícias fardados ou vestidos à civil nas imediações do tribunal, segundo descreveu a agência France Presse. As autoridades cortaram os acessos onde se encontra o tribunal, até cerca de 300 metros de distância. Segundo a Xinhua, 48 políticos, professores de Direito, advogados, e “cidadão de todos os estratos sociais” estiveram presentes na sala do tribunal, assim como jornalistas de uma dúzia de órgãos chineses e de cinco exteriores ao continente chinês. Familiares dos detidos, particularmente as esposas, queixaram-se publicamente de terem sido constantemente vigiadas e de lhes ter sido negado o acesso ao caso. Cerca de 12 advogados e activistas da operação, que ficou conhecida como “campanha 709”, devido a ter ocorrido a 9 de Julho do ano passado, permanecem sob custódia da polícia. Na terça-feira, o activista Zhai Yanmin foi sentenciado a três anos de pena suspensa, acusado de subversão, por acções como envergar cartazes e gritar palavras de ordem. Durante a actual liderança do Presidente chinês, Xi Jinping, as autoridades reforçaram o controlo sob académicos, advogados e jornalistas, segundo organizações de defesa dos direitos humanos. No centro desta campanha está o escritório de advogados Fengrui, que prestava serviços a vítimas de abusos sexuais, membros de grupos religiosos proibidos na China e dissidentes. O seu director, Zhou Shifeng, será também julgado esta semana. Wang Yu, outra advogada detida na sequência desta campanha, terá sido colocada em liberdade sob fiança, na segunda-feira, após ter feito uma “confissão”, em que admite ter colaborado com “forças estrangeiras”.
Hoje Macau SociedadeBNU com aumento de lucros no primeiro semestre [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]BNU em Macau teve lucros de 278,5 milhões de patacas no primeiro semestre, mais 17% do que no mesmo período de 2015, disse à Lusa o presidente executivo do banco. Pedro Cardoso destacou que este resultado líquido segue “a senda dos últimos quatro anos”, sendo este “o quinto ano consecutivo de subida do volume de negócios e da rentabilidade” do BNU, que pertence ao grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD). Segundo os dados, o volume de negócios cresceu 16,9% no primeiro semestre, um ritmo de crescimento “mais moderado do que no passado” e “mais expressivo nos depósitos do que nos empréstimos” devido, essencialmente, à diminuição da procura de crédito associada à situação da economia local, por causa do ajustamento do sector do jogo. “Neste momento, estamos a crescer [no crédito] a um dígito percentual e no passado crescíamos claramente a dois dígitos”, explicou, acrescentando que “quando este ajustamento começou”, há mais de dois anos, “o banco estava num processo de reestruturação e a colher frutos da segmentação e esse efeito não foi imediato”. “Por outro lado, também é natural que numa fase do ciclo económico menos favorável” as instituições financeiras sejam “um pouco mais selectivas” em termos “de filtro” quando concedem créditos, disse ainda. Segundo Pedro Cardoso, a contracção do sector do jogo em Macau – pilar da economia, que fez cair o PIB da região mais de 20% no ano passado e 13,3% no primeiro trimestre de 2016 – tem ainda impacto, na actividade do banco, a nível “de negócio gerador de comissões”, relacionadas, por exemplo, com processamentos de pagamentos com cartões de crédito. No entanto, a evolução positiva de outras áreas “dentro desse universo”, ligadas às caixas automáticas, emissão de cartões de crédito ou seguros, “têm mitigado” o impacto associado ao jogo, afirmou. Na generalidade, e face à situação da economia local, o BNU está mais cauteloso “em termos de visto de crédito” e “ainda mais cuidadoso no controlo das despesas”, como “é natural”, explicou. Pedro Cardoso destacou que as despesas do banco subiram 2,8% em relação ao primeiro semestre de 2015 e sublinhou a “qualidade da carteira de crédito”, com o incumprimento há mais de 90 dias a não ir além dos 0,17%. Por outro lado, o BNU continuou a aumentar o número de clientes em Macau: no final de Junho eram quase mais nove mil do que há um ano e aproximavam-se dos 220 mil, perto de um terço da população da cidade.
Hoje Macau PolíticaFAOM quer incidentes a caminho do trabalho regulados por lei [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]inclusão de eventuais danos sofridos pelos trabalhadores a caminho do trabalho na legislação actual foi ontem pedida pela Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). O vice-presidente do grupo relembra que o conceito de “danos profissionais” já foi incluído na legislação “de dois terços dos países a nível mundial” e pede que Macau siga nessa direcção. A FAOM quer que a segurança pessoal dos empregados comece a contar a partir do momento em que saem de casa para o trabalho, pedindo que seja incluída no diploma que rege estas situações. Os critérios mundiais para verificar danos profissionais estão a ser mais expandidos, diz, e embora o Regime de Reparação dos Danos Emergentes de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais já tenha entrado em vigor em Agosto do ano passado, “só se mudou uma pequena parte da lei velha”. Na altura o sector dos trabalhadores já apelou a que o Governo se preparasse para uma revisão mais a fundo, diz Lei Chan U, vice-presidente da FAOM. Em declarações ao Jornal do Cidadão, Lei Chan U referiu que a Convenção sobre as Seguranças em caso dos Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT) propõe a consideração dos danos feitos a caminho do trabalho também como dano profissional, algo que “recebeu apoio da maioria dos países”. Nos Estados Unidos da América (EUA), Alemanha e França a lei inclui o caminho para as refeições e bancos para levantamento do salário também como pertencentes à categoria do dano profissional. Conforme a natureza do trabalho, também Hong Kong classifica os trabalhos como “ordinário” e “exterior” para que, mesmo durante tempo severo, se possa apoiar os trabalhadores que se sujeitam a riscos. Portanto, Lei Chan U sugere ao Governo a expansão de protecção aos trabalhadores, a fim de elaborar um regime mais “inteiro e humanitário para garantir a segurança” destes. *por Angela Ka
Hoje Macau Manchete PolíticaTabaco | Pedida revisão da lei para regular cigarros electrónicos Numa altura em que se revê a Lei de Controlo do Tabagismo, a Associação Geral das Mulheres vem pedir ao Governo que não se esqueça de incluir mais regras para limitar o consumo dos cigarros electrónicos. Isto porque, defende, mais jovens recorrem a este produto [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Associação Geral das Mulheres quer que a revisão da Lei do Controlo do Tabagismo inclua mais regulação dos cigarros electrónicos. O pedido do ramo da Associação que se responsabiliza pelos assuntos juvenis surge depois de um estudo que mostra que o consumo deste tipo de produto aumentou entre os mais novos em Macau. Loi Yi Weng, presidente da Associação da Juventude de Fu Lun, da Associação Geral das Mulheres, frisou ao jornal Ou Mun que a necessidade de regulação dos cigarros electrónicos já foi sentida por “28 países da União Europeia”, em Maio deste ano, quando passaram a incluir o produto na legislação que proíbe o seu consumo por menores, ou em determinados locais. Actualmente, Macau prevê impedir a sua venda, mas a responsável considera que é necessário que o território proíba mesmo o seu consumo e importação, principalmente agora que os deputados têm em mãos a revisão a Lei de Controlo do Tabagismo. Loi Yi Weng diz que esta é uma “lacuna que tem de ser preenchida”, a fim de prevenir os efeitos negativos que estes cigarros trazem aos jovens. A revisão actualmente em curso face a este diploma está relacionada com a proibição total de fumar nos casinos, bem como de publicidade ao produto. A questão dos cigarros electrónicos foi referenciada pelo Governo quando, no ano passado, apresentou a proposta aos deputados. O Executivo queria proibir este meio alternativo ao cigarro comum em locais destinados a utilização colectiva, assim como proibir a sua venda, apesar de não incluir a importação. “Neste momento não estamos a limitar, seja para consumo próprio ou não, a importação de cigarros electrónicos. Apenas limitamos a venda. Mas não se pode também consumir o cigarro electrónico nos locais determinados. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já confirmou que o cigarro electrónico não serve para a abstenção do fumo – contém nicotina entre outros produtos maléficos. Pode fazer mal à saúde do próprio fumador e o fumo em segunda mão também afecta a saúde dos outros”, esclareceu, em Junho de 2015, o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion. Recentemente, conforme disse Chan Chak Mo ao HM, os deputados pediram clarificação relativamente ao próprio consumo do cigarro electrónico. Estudos que gritam A Associação das Mulheres citava um estudo dos Serviços de Saúde (SS), que mostra que o consumo de cigarros electrónicos cresceu entre os jovens. “Evidencia que a taxa de consumo de tabaco de jovens em 2015 diminuiu cerca de 3%, mas aponta que os números de consumo cigarros electrónicos se aproximou gradualmente do consumo de tabaco comum”, frisa a responsável. Loi Yi Weng defende que, com a entrada em vigor da lei, o aumento de imposto sobre o tabaco, a educação e promoção já se verificou uma queda constante na taxa de consumo de tabaco entre os jovens, mas o facto da actual lei não regular a importação não agrada à responsável. “Não é difícil encontrarem-se lojas que vendem estes produtos do Taobao, o que tem atraído mais jovens a comprar e consumir. O que se deve ter atenção é que entre os jovens existem mal-entendidos sobre o consumo destes cigarros, porque muitos consideram que não se vai desenvolver dependência, ou vai-se ajudar a deixar o hábito. Mas a OMS já revelou que não tem esse efeito. A maioria dos cigarros electrónicos consiste em nicotina e substâncias provocadoras de cancro que fazem mal à saúde e meio ambiente”, frisa. A Associação pede, por isso, a consideração do Governo face à possibilidade da proibição da entrada destes produtos. *por Angela Ka
Hoje Macau SociedadeMelco cria salas de aleitamento para trabalhadoras [dropcap style=’circle’]S[/dropcap]alas de aleitamento “totalmente equipadas, especialmente criadas para dar um ambiente calmo e acolhedor” foram recentemente criadas pela Melco Crown. Os espaços são totalmente dedicados às trabalhadoras do grupo que foram recentemente mães. Os espaços, localizados no City of Dreams, Studio City, Altira Macau e nos escritórios da sede da empresa, foram ontem inaugurados. Um comunicado da operadora indica que as salas foram especialmente decoradas para terem um ambiente acolhedor e tranquilo, “dispondo de cadeiras confortáveis, fontes de água, luz ambiente, bombas para tirar leite e sistema de refrigeração para armazenamento do leite”. Sandra Lou, representante do Mocha Club, sala de jogo que fica dentro dos casinos da Melco, admite que “são ainda uma minoria as mulheres que decidem amamentar”, mas o objectivo da empresa é impulsionar nesse sentido, para que seja dado “o melhor” às crianças. Já Akiko Takahashi , chefe do Gabinete dos Recursos Humanos do grupo, diz que “olhar pelos empregados sempre foi uma prioridade para a empresa”. Para além das condições físicas, são também, dados mais períodos de intervalos para que as mães possam dar de mamar sempre que for necessário. A implementação destas salas surge depois de Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, ter assegurado a intenção de se criarem salas de aleitamento nos serviços públicos, como forma de promover a amamentação, algo que não é comum em Macau.