Hoje Macau PolíticaMedicina | Leong Sun Iok pede mais vagas para médicos estagiários O deputado Leong Sun Iok defende que o Governo deve aumentar as vagas de estágios para os licenciados em medicina. O pedido faz parte de um comunicado divulgado ontem pelo legislador ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). De acordo com o membro da Assembleia Legislativa, face à falta de recursos humanos médicos no território, não é compreensível que as vagas não abranjam todos os recém-licenciados. Leong indica que todos os anos há mais de 150 licenciados em medicina de Macau no exterior. “No entanto, as vagas de estágios em Macau concentram-se principalmente no sistema público de saúde, e os números de vagas nos dois anos foram de 99 vagas a 115 vagas”, aponta. “As vagas são insuficientes para responder à procura por todos os recém-licenciados em medicina, por isso, pede-se ao governo que adopte medidas activamente para aumentar o número de vagas para estágios”, acrescentou. No comunicado, Leong Sun Iok indica também que há um aumento da procura por cuidados médicos, devido ao envelhecimento da população. Leong afirma que apesar de ter havido um aumento do número de clínicas nos anos mais recentes, ainda se regista um problema da falta de médicos, principalmente no sector público. Além disso, o deputado da FAOM destaca que os médicos estão cada vez mais sob forte pressão, o que afecta a qualidade dos serviços, assim como a vida pessoal e a sua saúde.
Hoje Macau SociedadePonte de Sai Van | Embelezamento vai custar mais de 48 milhões O aspecto degradado do tabuleiro da Ponte de Sai Vai irá obrigar a trabalhos de embelezamento este mês, com a vista a preparar a estrutura para as celebrações do 75.º aniversário da implantação da República Popular da China e do 25.º aniversário do estabelecimento da RAEM. Segundo informação publicada no website da Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP), a obra deverá estar concluída em Setembro e irá custar cerca de 48,3 milhões de patacas. A fatia maior caberá à Companhia de Construção Cheong Kong, que apresentou a proposta mais barata no valor de 47,13 milhões de patacas, e 31 dias para executar os trabalhos. A Pengest Internacional – Planeamento Engenharia e Gestão irá fiscalizar as obras por cerca de 377 mil patacas, enquanto o controlo de qualidade ficará por conta do Laboratório de Engenharia Civil de Macau por quase 800 mil patacas. A Ponte de Sai Van, a terceira ponte marítima entre a Península e a Taipa, entrou em funcionamento a 9 de Janeiro de 2005, contando com mais de 19 anos de uso. A DSOP refere a estrutura como “um dos marcos emblemáticos importantes de Macau” que, com o aumento do período de utilização e o número de veículos diários muito elevado, apresenta sinais de degradação. Assim sendo, o tabuleiro será repavimentado “com recurso ao novo tipo do asfalto modificado PG100, altamente pegajoso e elástico”. A área de repavimentação é de cerca de 55 mil metros quadrados.
Hoje Macau SociedadeMP | Ladrão que roubava em autocarros em prisão preventiva O Ministério Público (MP) revelou ontem que um homem oriundo do Interior da China detido por suspeita de furtar “repetidamente os bens de passageiros em autocarro” vai ficar em prisão preventiva a aguardar julgamento. Segundo o que foi apurado na investigação, o arguido terá aproveitado momentos de grande aglomeração de passageiros e, usando uma mochila como cobertura, “para subtrair reiteradamente os bens dos vários ofendidos em autocarros lotados”, indicou ontem o MP. As autoridades estimam que os furtos terão causado prejuízos totais superiores a dez mil patacas. Face à “natureza e a gravidade dos factos e o modus operandi”, o Juiz de Instrução Criminal aplicou a prisão preventiva ao indivíduo, “no sentido de se evitar a fuga, perturbação da ordem pública e ameaça à tranquilidade social, bem como a continuação da prática de actividade criminosa”. O indivíduo está acusado do crime de furto qualificado, que acarreta uma pena de prisão até cinco anos, caso se a investigação apure que o homem actuou no contexto de “grupo destinado à prática de crimes”, ou se verifiquem as circunstâncias de furto de “valor consideravelmente elevado”, a pena de prisão pode ir até 10 anos.
Hoje Macau Manchete SociedadeReserva Financeira | Valor mais elevado dos últimos dois anos atingido em Junho A reserva financeira de Macau atingiu em Junho o valor mais elevado dos últimos dois anos, tendo aumentado 22,3 mil milhões de patacas na primeira metade de 2024. No final da primeira metade deste ano, a reserva financeira somava mais de 602 mil milhões de patacas De acordo com dados oficiais publicados ontem no Boletim Oficial pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), a reserva cifrou-se em 602,7 mil milhões de patacas no final de Junho, o valor mais alto desde Maio de 2022. Ainda assim, o valor permanece longe do recorde de 663,7 mil milhões de patacas atingido em Fevereiro de 2021, em plena pandemia de covid-19. O valor da reserva extraordinária no final de Junho era de 431,9 mil milhões de patacas e a reserva básica, equivalente a 150 por cento do orçamento público de Macau para este ano, era de 153,4 mil milhões de patacas. A Assembleia Legislativa de Macau aprovou, em 7 de Novembro, o orçamento da região para este ano, que prevê uma subida de 1,4 por cento nas despesas totais, para 105,9 mil milhões de patacas. A reserva financeira de Macau é maioritariamente composta por depósitos e contas correntes no valor de 239,9 mil milhões de patacas, títulos de crédito no montante de 132,4 mil milhões de patacas e até 224,3 mil milhões de patacas em investimentos subcontratados. A reserva financeira de Macau ganhou 22,2 mil milhões de patacas no ano passado, depois de ter perdido quase quatro vezes mais no ano anterior. Isto apesar de, em 2023, o Executivo de Ho Iat Seng tere voltado a transferir quase 10,4 mil milhões de patacas da reserva financeira para o orçamento público. Em terreno positivo No final de janeiro, a AMCM sublinhou que os investimentos renderam à reserva financeira quase 29 mil milhões de patacas em 2023, correspondendo a uma taxa de rentabilidade de 5,2 por cento. O orçamento de Macau para 2024 prevê o regresso dos excedentes nas contas públicas, depois de três anos de crise económica devido à pandemia da covid-19. O orçamento estima que Macau termine este ano com um saldo positivo de 1,17 mil milhões de patacas, “não havendo necessidade de recorrer à reserva financeira”. O território, cuja economia depende do turismo e jogo, cancelou em Janeiro de 2023 todas as medidas de prevenção e contenção da covid-19, depois de quase três anos de rigorosas restrições impostas pela política ‘zero covid’, que também vigorou na China.
Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | Antigo presidente de superliga de futebol condenado Um tribunal condenou ontem o antigo presidente da Superliga chinesa, prova máxima do futebol na China, a 10 anos de prisão, por aceitar subornos e usar o cargo para obter lucros, após outros dirigentes terem sido punidos por corrupção. Um tribunal da província de Hubei, centro do país, decidiu que Ma Chenquan deve também pagar uma multa de 800 mil yuan, noticiou ontem o jornal oficial Global Times. As autoridades anticorrupção da província anunciaram há cerca de um ano que estavam a investigar Ma, suspeito de cometer “graves violações da disciplina e da lei”. Na terça-feira, um outro tribunal condenou o antigo presidente e secretário-geral da Associação de Futebol da Cidade Central de Chengdu, Gu Jimiang, a seis anos de prisão e a uma multa de 400.000 yuan por desvio de fundos e por receber e oferecer subornos. No mesmo dia, o antigo director de competições da Associação Chinesa de Futebol (CFA), Huang Song, foi condenado a sete anos de prisão por receber subornos. O antigo vice-presidente da CFA, Li Yuyi, foi condenado, na segunda-feira, a 11 anos de prisão por ter aceite um total de cerca de um milhão de yuan em subornos. Vários dirigentes do futebol chinês foram investigados por corrupção nos últimos anos, incluindo o antigo presidente da Superliga chinesa, Liu Jun, e até o antigo seleccionador nacional de futebol, Li Tie, uma das lendas do futebol chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaSector automóvel na China acusa Comissão Europeia de “distorcer realidade” A Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis acusou ontem a Comissão Europeia (CE) de “distorcer a realidade” do sector automóvel chinês, após a instituição europeia ajustar a proposta de aumento das taxas sobre veículos eléctricos oriundos do país. A agência, citada pela televisão estatal CCTV, disse que as taxas alfandegárias punitivas impostas pela CE representam “um risco considerável para as operações e investimentos das empresas chinesas” no mercado europeu. A mesma entidade expressou “forte insatisfação”, alertando que a decisão pode “minar a confiança” das empresas chinesas nas suas operações na Europa, bem como “futuros investimentos” na região. A Comissão Europeia reduziu as taxas punitivas sobre as importações de veículos eléctricos chineses dos 37,6 por cento máximos propostos em Julho para 36,3 por cento. No entanto, aumentou ligeiramente as taxas sobre empresas não incluídas numa investigação de Bruxelas, mas que colaboraram na mesma. Segundo a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, a imposição destas taxas pode “afectar negativamente” o desenvolvimento do sector automóvel na Europa, bem como as “oportunidades de emprego” na região. A agência considerou também que a medida põe em causa os esforços para alcançar um “desenvolvimento verde e sustentável”. Os fabricantes chineses instaram o bloco europeu a concentrar-se em “manter um ambiente comercial justo” e “garantir a segurança da cadeia de abastecimento global” da indústria automóvel. Choque eléctrico Em Julho passado, Bruxelas propôs a imposição destas taxas sobre veículos eléctricos oriundos da China, considerando, após uma investigação que durou vários meses, que a sua penetração no mercado europeu prejudica os produtores da União Europeia. Nas palavras da Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que anunciou a investigação há onze meses, os mercados mundiais estão a ser inundados “por veículos eléctricos chineses mantidos artificialmente a preços baixos graças a enormes subsídios estatais”. A taxa máxima adicional de 36,3 por cento para combater estas práticas comerciais consideradas “desleais” por Bruxelas, que será acrescentada à taxa habitual de 10 por cento sobre os veículos eléctricos chineses, aplicar-se-á à empresa chinesa SAIC e a todas as empresas que não colaboraram com a investigação. As outras empresas incluídas no inquérito, a BYD e a Geely, ficariam sujeitas a taxas punitivas de 17 por cento e 19,3 por cento, respectivamente. Estes valores são ligeiramente inferiores aos propostos em Julho (17,4 por cento e 19,9 por cento), na sequência de uma correcção dos cálculos durante a fase de consulta com as empresas. Os fabricantes chineses que colaboraram no inquérito, mas que não foram incluídos no mesmo, serão sujeitos a uma taxa de 21,3 por cento, ligeiramente superior aos 20,8 por cento sugeridos na primeira proposta. A China apresentou este mês uma queixa à Organização Mundial do Comércio sobre as medidas europeias e respondeu nas últimas semanas com investigações “antidumping” contra a carne de porco europeia.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Pequim preocupada com reorientação da política de armamento A China afirmou ontem estar “seriamente preocupada” com a informação de que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou um plano estratégico nuclear que reorienta a estratégia de Washington perante a expansão do arsenal nuclear de Pequim. A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que o arsenal nuclear da China “não está ao mesmo nível que o dos Estados Unidos”, lembrando que o país asiático segue a política de “só utilizar armas nucleares como retaliação” contra um primeiro ataque externo. A porta-voz acrescentou que a “teoria da ameaça nuclear chinesa avançada pelos Estados Unidos” é “apenas um pretexto” de Washington “para fugir à sua responsabilidade em matéria de desarmamento nuclear, expandir o seu arsenal e procurar vantagens estratégicas”. A China “adere a uma estratégia de autodefesa nuclear”, mantém sempre as suas forças nucleares “ao nível mínimo necessário” e “não tem qualquer intenção de se envolver numa corrida ao armamento com qualquer país”, frisou. Mao Ning afirmou igualmente que “os Estados Unidos possuem o maior e mais avançado arsenal nuclear” e “aderem obstinadamente à política de dissuasão nuclear baseada na utilização de armas nucleares sem que tenham sido atacados primeiro”. “Os Estados Unidos são a maior ameaça nuclear e o maior tomador de riscos estratégicos do mundo”, acrescentou a porta-voz, instando Washington a “cumprir efectivamente a sua responsabilidade de dar alta prioridade ao desarmamento nuclear” e a “continuar a reduzir substancialmente o seu arsenal”. Altamente secreto O plano estratégico, que Biden terá alterado em Março, segundo avançou o jornal The New York Times, procura também, pela primeira vez, preparar os Estados Unidos para eventuais desafios nucleares coordenados da China, da Rússia e da Coreia do Norte. O documento em questão é actualizado aproximadamente de quatro em quatro anos e é tão altamente secreto que não existem cópias electrónicas, apenas um pequeno número de cópias em papel distribuídas a alguns funcionários da segurança nacional e comandantes do Pentágono. O The New York Times referiu que se espera que o Congresso norte-americano seja informado antes de Biden deixar o cargo após as eleições presidenciais de 5 de Novembro. O documento examina em pormenor se o país está preparado para crises nucleares ou para uma combinação de armas nucleares e não nucleares. Em Outubro do ano passado, o Pentágono afirmou que a China tinha 500 ogivas nucleares em Maio de 2023, um número que estava a caminho de exceder as projecções anteriores, e que poderia chegar a 1.000 em 2030.
Hoje Macau EventosFRC | Mostra de pintura Gongbi abre ao público terça-feira A galeria da Fundação Rui Cunha inaugura na próxima terça-feira ao fim da tarde a exposição colectiva “Essence Unbounded”, que reúne 32 quadros de membros da Associação de Pintura Gongbi de Macau. A pintura Gongbi é uma forma de expressão artística ancestral marcada pelo realismo e a representação colorida de cenários naturais Na próxima terça-feira, 27 de Agosto, a partir das 18h30, a galeria da Fundação Rui Cunha (FRC) inaugura a Exposição da Associação de Pintura Gongbi de Macau “Essence Unbounded”, uma mostra colectiva dos membros da Associação de Pintura Gongbi de Macau, que conta com curadoria do Mestre Li Jinxiang, que também dirige a associação. O conjunto é composto por 32 obras de arte, criadas por 32 membros da associação, onde a tradicional pintura meticulosa chinesa figura em temas diversos, como representações realísticas de peixes, gatos e pássaros. A mostra estará patente até 7 de Setembro. O Gongbi é uma técnica de grande precisão, realista e cuidadosa, geralmente mais descritiva do que interpretativa, que exige pinceladas de inabalável detalhe e delicadeza. É uma arte de paciência e perseverança, cujo desenho requer linhas finas para representar os objectos com minúcia e semelhança exageradas, a que se acrescentam em seguida camadas de tinta e cor, sobre papel de arroz ou seda, até o artista se aproximar da perfeição e do requinte da arte. Aprender a arte Segundo o Mestre Li Jinxiang, responsável pela curadoria da mostra, esta expressão artística remonta aos tempos da Dinastia Han (206 AC – 220 DC). “A ‘essência’ da pintura Gongbi é representada através do detalhe meticuloso que tenta captar com realismo o objecto. Já o aspecto ‘ilimitado’ da pintura Gongbi refere-se à capacidade de os artistas retratarem cada aspecto com infinita e desmedida minúcia, dando vida aos temas e transmitindo um sentido que vai além da chamada replicação fotográfica”, refere o curador da mostra explicando o significado do título da exposição “Essence Unbounded”. Segundo um comunicado da FRC, Li Jinxiang graduou-se em Caligrafia e Pintura pela Universidade Renmin da China, em Pequim, e é formador profissional de Pintura Gongbi, a que se tem dedicado nas últimas duas décadas. Ocupa actualmente o cargo de presidente da Associação de Pintura Gongbi de Macau, e é membro da Associação Chinesa de Pintura Gongbi e da Sociedade de Artistas de Macau. O curador da mostra é também director do Centro de Educação de Pintura Moquxuan Gongbi de Macau e um artista regularmente convidado pela Associação de Calígrafos e Pintores Chineses. O seu trabalho tem sido amplamente reconhecido, com pinturas seleccionadas para prestigiadas exposições e concursos em Macau, Hong Kong, Taiwan e Interior da China. Em paralelo com a exposição, Li Jinxiang irá conduzir um Workshop de Pintura Gongbi na FRC, que se realiza no dia 2 de Setembro (segunda-feira), das 16h às 18h, em cantonês e limitado a oito participantes. O artista irá ainda apresentar quatro sessões de demonstração ao vivo na galeria da FRC nos dias 28 e 30 de Agosto, e 4 e 6 de Setembro, sempre entre as 15h e as 17h.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | Pequim lança inquérito ‘antidumping’ sobre produtos lácteos A China anunciou ontem uma investigação ‘antidumping’ – venda abaixo do custo de produção – contra certas importações de produtos lácteos da União Europeia (UE), num contexto de tensões com Bruxelas sobre os veículos eléctricos provenientes da China. A petição para investigar produtos lácteos europeus importados pela China foi apresentada a 29 de Julho pela Associação da Indústria de Laticínios da China, de acordo com o ministério do Comércio chinês. As investigações vão incidir sobre os produtos importados entre Abril de 2023 e Março de 2024 e os “danos” que estas compras causaram ao sector chinês. O processo vai analisar produtos lácteos como queijo fresco, requeijão e natas e os efeitos dos programas de subsídios atribuídos à produção de produtos lácteos na Irlanda, Áustria, Bélgica, Itália, Croácia, Finlândia, Roménia e República Checa. “O Ministério do Comércio decidiu abrir um inquérito ‘antidumping’ sobre determinados produtos lácteos importados da União Europeia, com efeito a partir de 21 de Agosto de 2024”, lê-se no comunicado. O procedimento visa uma série de subsídios concedidos no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC) da UE. Na terça-feira, a Comissão Europeia confirmou a sua intenção de impor taxas punitivas sobre automóveis eléctricos fabricados na China, incluindo os da norte-americana Tesla, que tem uma fábrica em Xangai. Bruxelas considera que os preços dos veículos chineses são artificialmente baixos devido a subsídios estatais que distorcem o mercado e prejudicam a competitividade dos fabricantes europeus. Estas taxas, que podem atingir os 36 por cento, substituem os impostos provisórios aplicados no início de Julho aos veículos elétricos oriundos da China. Pequim criticou a decisão e ameaçou com retaliações em várias ocasiões nos últimos meses.
Hoje Macau DesportoVela | Macau recebe abertura de circuito mundial a partir de 2025 Macau vai receber anualmente, a partir de 2025, a abertura do circuito mundial da World Match Racing Tour (WMRT), uma das mais importantes competições internacionais de vela. Num comunicado divulgado na terça-feira, o Instituto de Desporto (ID) da região disse que o WMRT Macau Match Cup, evento reconhecido pela Federação Mundial de Vela, vai decorrer entre 8 e 12 de Janeiro. A etapa de Macau será o evento de abertura do circuito mundial da temporada de 2025 da WMRT, cujo programa completo ainda não foi divulgado. Este ano a competição arrancou nos Estados Unidos, em Abril, e a grande final está marcada para a cidade chinesa de Shenzhen, entre 10 e 15 de Dezembro. Num outro comunicado, divulgado na segunda-feira, o director executivo da WMRT, James Pleasance, disse que o acordo com Macau “é um outro marco importante” no crescimento do circuito. A WMRT referiu ainda que Macau vai acolher a abertura do circuito anualmente, “a partir de 2025”. A Lusa tentou obter mais informações junto do ID, mas não obteve até ao momento qualquer resposta. A etapa da WMRT vai fazer parte da Regata Internacional de Macau 2025, que irá incluir ainda a Regata da Taça Flor de Lótus e da Regata da Taça Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, referiu o ID. Mais de 300 velejadores têm participado anualmente na Regata Internacional de Macau, que arrancou em 2019, sublinhou a WMRT. A edição deste ano vai atribuir prémios no total de 100 mil dólares, acrescentou. O ID defendeu que trazer a Macau “os melhores velejadores do mundo” vai “consolidar ainda mais” o estatuto da cidade como “um centro mundial de turismo e lazer” e ajudar a diversificar a economia local, dependente do jogo. No comunicado da WMRT, o presidente interino do ID, Luís Gomes, defendeu que esta decisão “demonstra mais uma vez a capacidade de Macau para acolher grandes competições internacionais”.
Hoje Macau Manchete PolíticaChefe do Executivo de Macau não se candidata a novo mandato O chefe do Executivo de Macau, Ho Iat Seng, anunciou hoje que não se vai candidatar a um novo mandato no cargo. “Devido a problemas de saúde ainda não totalmente resolvidos, a bem do desenvolvimento a longo prazo de Macau e partindo do que corresponde ao melhor interesse desta Região, decidi não participar na eleição para o sexto mandato do Chefe do Executivo”, afirmou, em comunicado divulgado pelo Gabinete de Comunicação Social. Na mesma declaração, Ho Iat Seng agradeceu a “confiança total e apoio firme”, nos últimos cinco anos de mandato, concedidos “pelo Governo Central, pelos diversos sectores da sociedade de Macau e por toda a população”, bem como “a estreita colaboração e cooperação de todos os trabalhadores dos serviços públicos”. “Eu e o quinto Governo da Região Administrativa Especial de Macau temos aderido ao conceito de ‘Sinergias e Avanço, Mudanças e Inovação’ no planeamento e impulsionamento do desenvolvimento diversificado de Macau, e temos dedicado esforços para a criação de uma nova conjuntura para o desenvolvimento de Macau e para a construção de novas vantagens competitivas de Macau”, afirmou. “Darei todo o meu apoio ao Chefe do Executivo do sexto mandato e ao Governo da Região Administrativa Especial de Macau nas ações governativas em cumprimento da lei, e irei continuar a dar o meu contributo para a causa do princípio ‘um país, dois sistemas’ e o desenvolvimento de Macau”, concluiu. Antigo presidente da Assembleia Legislativa de Macau, Ho Iat Seng, de 67 anos, foi o único candidato na eleição para o cargo em 2019, vindo a suceder nas funções a Fernando Chui Sai On, que depois de dois mandatos cumpridos não podia recandidatar-se. O empresário estreou-se como deputado em 2009, ano em que foi eleito para o cargo de vice-presidente da Assembleia Legislativa. Quatro anos depois, em 2013, Ho Iat Seng foi escolhido para presidente daquele órgão. A eleição do Chefe do Executivo está marcada para 13 de outubro e os candidatos a líder do Governo da região administrativa especial chinesa de Macau serão conhecidos entre 29 de agosto e 12 de setembro. O líder da região é eleito para um mandato de cinco anos pela Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo (CECE) – que integra 400 membros provenientes dos quatro setores da sociedade – sendo depois nomeado pelo Governo central chinês, de acordo com a ‘mini Constituição’ do território, a Lei Básica, e a respetiva lei eleitoral.
Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | Antigo funcionário da Associação Chinesa de Futebol condenado O antigo director de competições da Associação Chinesa de Futebol Huang Song foi ontem condenado a sete anos de prisão por aceitar subornos, logo após o antigo vice-presidente do organismo ser condenado a 11 anos de prisão. Um tribunal da província de Hubei, no centro do país, decidiu que Huang Song deve pagar ainda uma multa de 600.000 yuan ao tesouro público, informou ontem a agência de notícias oficial Xinhua. No mesmo dia, um outro tribunal da mesma cidade condenou o antigo presidente e secretário-geral da Associação de Futebol da cidade central de Chengdu, Gu Jimiang, a seis anos de prisão por desvio de fundos e por receber e oferecer subornos. O tribunal aplicou a Gu uma multa de 400.000 yuan, que reverterá igualmente para o tesouro público. Na segunda-feira, o antigo vice-presidente da Associação Chinesa de Futebol, Li Yuyi, foi condenado a onze anos de prisão por ter recebido subornos num total de cerca de um milhão de yuan. Nos últimos anos, vários dirigentes do futebol chinês foram investigados por corrupção, incluindo o antigo presidente da Superliga Chinesa, Liu Jun, e o antigo seleccionador nacional de futebol, Li Tie, uma das lendas do futebol chinês. Em Março passado, o antigo presidente da CFA, entre 2019 e 2023, Chen Xuyuan, foi condenado a prisão perpétua por aceitar mais de 81 milhões de yuan em subornos ao longo de 13 anos de carreira. Em Outubro passado, a CFA prometeu “mais abertura e transparência” face aos vários casos de corrupção nas suas fileiras. Após a sua chegada ao poder em 2012, o actual secretário-geral do Partido Comunista da China (PCC) e Presidente do país, Xi Jinping, iniciou uma campanha anticorrupção, no âmbito da qual vários altos quadros chineses foram condenados por aceitarem subornos milionários.
Hoje Macau China / ÁsiaNuclear | Pequim aprova 11 reactores com investimento de 28 mil milhões de euros O Conselho de Estado (Executivo) chinês aprovou ontem cinco novos projectos nucleares com um total de onze reactores e um investimento que, segundo a imprensa chinesa, rondará os 220 mil milhões de yuan. A aprovação simultânea de 11 reactores representa um novo recorde, segundo o jornal Jiemian. Estes novos pontos de produção de electricidade situam-se nas províncias de Jiangsu, Shandong, Guangdong, Zhejiang e Guangxi. O jornal Jiemian estima o investimento em 220 mil milhões de yuan, multiplicando o custo médio por reactor em 20 mil milhões de yuan. A China demora normalmente cerca de cinco anos entre a aprovação do projecto e a sua conclusão. Seis destes reactores vão ser operados por filiais do grupo estatal China General Nuclear Power Group (CGN) e espera-se que vários deles sejam do tipo Hualong One, de terceira geração, desenvolvido pela China. A China National Nuclear Corporation (CNNC) construirá mais três centrais e a State Power Investment Corporation (SPIC) construirá as outras duas. Ambas as empresas são igualmente detidas pelo Estado. Um dos projectos operados pela CNNC, Xuwei, incluirá um reactor de quarta geração arrefecido a gás, capaz de fornecer calor e electricidade e com características de segurança mais avançadas. De acordo com a agência Bloomberg, a China tem mais reactores em construção do que qualquer outro país do mundo, depois de ter aprovado uma dúzia em cada um dos últimos dois anos, o que faz com que se preveja que venha a ser o maior produtor mundial de energia nuclear até 2030, ultrapassando a França e Estados Unidos. Actualmente, existem 56 reactores em funcionamento no país asiático, que produzem 5 por cento da procura total de electricidade, segundo dados do Governo chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim prepara multa a PwC devido a escândalo contabilístico da Evergrande Os reguladores chineses estão a ultimar os pormenores de uma grande investigação à PriceWaterhouseCoopers (PwC) pelo seu papel de auditora do gigante imobiliário endividado Evergrande durante 14 anos, até 2023, informou ontem a imprensa de Hong Kong. O jornal Sing Tao Daily, que cita fontes que pediram para não ser identificadas, salientou que a China “acelerou” as investigações e que já tem a aprovação da própria PwC – uma das ‘quatro grandes’ consultoras mundiais -, excepto no que se refere à acusação de que esta conspirou com a Evergrande para inflacionar o seu volume de negócios e os seus lucros em 2019 e 2020. Embora, segundo o Sing Tao, o montante da coima esteja “praticamente decidido” – a Bloomberg disse há alguns meses que seria o equivalente a pelo menos 140 milhões de dólares e que levaria mesmo à suspensão de algumas operações na China -, a PwC está a tentar atenuar a linguagem “muito dura” utilizada pelos reguladores no projecto que estão a tratar. Em Março, o regulador de valores mobiliários da China anunciou uma multa de 4,175 mil milhões de yuan para a principal subsidiária doméstica do Grupo Evergrande, por emissão fraudulenta de obrigações e ilegalidades na divulgação de informações. O fundador do grupo, Xu Jiayin, foi também multado em 47 milhões de yuan, a coima máxima, e banido para sempre dos mercados bolsistas. Na sua investigação, os reguladores descobriram que a Evergrande inflacionou o seu volume de negócios e os seus lucros nos exercícios de 2019 e 2020, o que resultou na emissão fraudulenta de obrigações e na inclusão de informações falsas nos seus relatórios anuais. A Evergrande inflacionou o seu volume de negócios em 78 mil milhões de dólares e os seus lucros em mais de 12 mil milhões de dólares. “O risco para a reputação da PwC, não apenas na China mas numa escala mais alargada, é muito real”, afirmou Richard Murphy, professor de práticas contabilísticas na Universidade de Sheffield, no Reino Unido. Com consequências No início de 2023, a PwC anunciou que se demitiu da auditoria à Evergrande devido a discrepâncias na quantidade de informação recebida para avaliar as contas da empresa relativas ao exercício de 2021. E ainda este mês, os administradores legais da Evergrande intentaram uma acção judicial contra a empresa de consultoria, que acusam de “negligência” e “deturpação” no seu trabalho de auditoria das contas da Evergrande, especificamente em 2017 e no primeiro semestre de 2018. No rescaldo do escândalo, a PwC, uma das empresas de auditoria mais utilizadas pelos promotores chineses, perdeu mais de 40 clientes no país asiático. O último caso deste êxodo ocorreu na segunda-feira, quando o estatal Banco da China, um dos maiores bancos do país, anunciou que iria dispensar os serviços da PwC e contratar a EY como sua nova auditora.
Hoje Macau China / ÁsiaVietname | Ministro da Defesa pede mais colaboração e exercícios conjuntos A visita do Presidente vietnamita, To Lam, à China terminou ontem. Para trás, ficou a promessa de intensificar a colaboração dos dois países em exercícios militares que contribuam para assegurar a paz regional O ministro da Defesa chinês, Dong Jun, pediu ontem, em Pequim, ao homólogo vietnamita, Phan Van Giang, que “impulsione a cooperação internacional e os exercícios conjuntos” entre os dois países vizinhos. A reunião coincidiu com o fim da visita do Presidente vietnamita, To Lam, à China, a primeira deslocação oficial a um país estrangeiro desde que foi eleito este mês secretário-geral do Partido Comunista do Vietname, o cargo mais poderoso do seu país. Nesta reunião entre os ministros da Defesa, o ministro chinês sublinhou a “necessidade” de as duas forças armadas “intensificarem os seus esforços para melhorar a qualidade e a eficácia da cooperação”. “Temos de trabalhar para manter a dinâmica da cooperação em vários domínios, incluindo a formação de pessoal, exercícios conjuntos e colaboração internacional. Mas também temos de alargar as áreas de cooperação para obter resultados mais práticos”, afirmou Dong, de acordo com um comunicado do Ministério da Defesa chinês. Phan Van Giang afirmou que a parte vietnamita continuará a “reforçar a cooperação com os militares chineses em visitas mútuas e intercâmbios fronteiriços amigáveis” e a “elevar os laços bilaterais para um novo nível”. Amizade prioritária Em Agosto deste ano, a polícia dos dois países realizou um treino conjunto anti-terrorismo no sul da China e, no final do ano passado, uma delegação vietnamita participou nos exercícios chineses “Paz e Amizade 2023”, realizados na cidade de Zhanjiang, no sul do país. A reunião foi realizada na sequência dos recentes atritos entre a China e as Filipinas sobre águas disputadas no Mar do Sul da China, uma área onde Pequim e Hanói também estão em desacordo. No entanto, o líder vietnamita To Lam afirmou, durante o seu encontro com o Presidente chinês, Xi Jinping, na segunda-feira, que está “mais do que disposto a continuar a tradição de amizade” com Pequim para “aprofundar e melhorar a parceria estratégica global” entre os dois países. China e Vietname partilham uma fronteira de quase 1.300 quilómetros e fortes laços económicos, com o comércio bilateral a atingir 175,6 mil milhões de dólares, em 2022. A neutralidade diplomática do Vietname, que visa maximizar os seus próprios interesses, atingiu novos patamares, tendo recebido em menos de um ano o Presidente russo, Vladimir Putin, o Presidente norte-americano, Joe Biden, e Xi Jinping.
Hoje Macau SociedadePonte 16 | Investidor com perdas de até 50 milhões no primeiro semestre O Success Universe Group Ltd, um dos investidores no hotel e casino Ponte 16 deverá apresentar perdas na primeira metade deste ano entre 30 milhões e 50 milhões de dólares de Hong Kong (HKD) devido a perdas no exterior em títulos de participação em capital e activos de investimento. Numa nota enviada à Bolsa de Valores de Hong Kong, e citada pelo portal GGR Asia, o grupo empresarial referiu que as perdas esperadas também se devem à “depreciação/imparidade nas propriedades do grupo e dos terrenos e edifícios arrendados”. A empresa sublinhou ainda que estas perdas de justo valor “não afectam os fluxos de tesouraria”, Na primeira metade do ano passado, o grupo registou lucros de 153,8 milhões de HKD, enquanto no fim de 2023 os lucros chegaram a 169,3 milhões de HKD, valor que contrastou com perdas de 287,1 milhões de HKD em 2022. O Success Universe adiantou ainda que espera apresentar os resultados do primeiro semestre, sem auditoria, no final deste mês. Recorde-se que o grupo empresarial se prepara para avançar com a expansão da Ponte 16, num investimento entre 500 e 600 milhões de HKD.
Hoje Macau Manchete SociedadeDSEC | Macau recebeu mais de 3 milhões de turistas em Julho No mês passado, Macau foi visitado por mais de três milhões de turistas, volume que representou um crescimento de 9,5 por cento face a Julho do ano passado e 85,6 por cento do registo de 2019. Mais de metade dos visitantes chegaram ao território em excursões e partiram no mesmo dia Macau recebeu em Julho mais de três milhões de visitantes, 9,5 por cento acima do que no mesmo mês de 2023 e um valor que representa 85,6 por cento do registado antes da pandemia, foi ontem anunciado. Mais de metade dos visitantes (1,6 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia no território, de acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Desde o início do ano, o Governo Central divulgou uma série de medidas de apoio a Macau, como o aumento do limite de isenção fiscal de bens para uso pessoal adquiridos por visitantes da China, que, estando em excursões, podem também, no prazo de sete dias, viajar várias vezes entre a região administrativa especial e Hengqin, através do Posto Fronteiriço de Hengqin. Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas alargaram a mais 10 cidades da China a lista de locais com “vistos individuais” para visitar Hong Kong e Macau. Os dados oficiais mostram ainda que 91,8 por cento dos turistas que entraram em Macau vieram do Interior da China ou Hong Kong, enquanto o território recebeu menos de 173 mil visitantes internacionais, 75,5 por cento do registado em 2019. Festival estival No início de Junho, a directora dos Serviços de Turismo de Macau, Helena de Senna Fernandes, disse que iria usar a nomeação da região como Cidade Cultural da Ásia Oriental 2025 “para promover Macau junto de uma audiência mais alargada”. Nos primeiros sete meses de 2024, Macau recebeu mais de 19,7 milhões de visitantes, mais 37 por cento do que em igual período do ano passado e 82,9 por cento do registado entre Janeiro e Julho de 2019. Em 8 de Agosto, os Serviços de Turismo anunciaram que Macau recebeu quase 843 mil visitantes, nos primeiros sete dias do mês, mais 14,3 por cento face a igual período do ano passado. A média diária foi, naquele período, de 120 mil visitantes, indicou a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau, em comunicado. O maior número diário, no período de férias de Verão, até agora registado ocorreu no dia 3 de Agosto, quando cerca de 152 mil visitantes entraram em Macau. “Em comparação com o pico diário das férias de Verão de 2019 (Julho a Agosto), registado no dia 27 de Julho (155 mil visitantes), significou uma recuperação de 97,8 por cento”, assinalou a DST.
Hoje Macau SociedadePJ | Detido homem que participou em burla de idosa A Polícia Judiciária (PJ) prendeu três pessoas, que acredita estarem envolvidas num esquema de burlas “quem sou eu”. A informação foi divulgada ontem, de acordo com o jornal Ou Mun, e alegadamente os homens ajudavam uma rede de burlas de Hong Kong a receber dinheiro recolhido em Macau. A investigação para o caso começou após uma idosa ter sido burlada, quando acreditou estar a falar ao telefone com um homem que se apresentou como o seu genro. O suspeito disse à idosa que tinha sido detido a conduzir sob o efeito do álcool em Hong Kong, pelo que precisava de cerca de 150 mil patacas, para poder sair em liberdade. O dinheiro tinha de ser entregue a um “assistente do advogado”, que viria a Macau para se encontrar com a mulher. Sem suspeitar do crime, a idosa foi ao banco levantar o dinheiro, que entregou ao alegado “assistente do advogado”. No entanto, mais tarde, a mulher suspeitou que tinha sido burlada e apresentou queixa na PJ. A polícia conseguiu seguir os movimentos do “assistente do advogado” e ligá-lo a um outro homem local. Quando o homem identificado pelas autoridades marcou um encontro com mais duas pessoas num hotel de Macau, a PJ avançou para a detenção. Entre os detidos, um homem confessou que cobrava entre 3 mil a 5 mil dólares de Hong Kong, para recolher dinheiro de burlas em Macau e levá-lo para a RAEHK. Os outros não terão confessado ligações aos crimes. O caso foi encaminhado para o Ministério Público.
Hoje Macau PolíticaTurismo | Lançado inquérito sobre plano do Governo Teve ontem início um inquérito sobre o panorama geral do turismo, que decorre até ao dia 21 de Setembro e que servirá para a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) partir para a segunda fase do estudo de revisão do Plano Geral do Desenvolvimento da Indústria do Turismo de Macau. Segundo um comunicado da DST, pretende-se, com este inquérito, “conhecer a avaliação dos residentes sobre a indústria turística de Macau nos últimos anos e a sua opinião sobre o seu futuro desenvolvimento, contribuindo para o aperfeiçoamento dos trabalhos da segunda fase de avaliação”. As autoridades pretendem fazer a “revisão do novo ambiente [turístico] e uma recontextualização face às novas políticas, exigências e uma reavaliação das novas tendências” após a pandemia, fazendo-se também uma análise retrospectiva sobre a execução do Plano de Acção 2021-2024. O relatório relativo à primeira fase de revisão do Plano Geral de Turismo foi apresentado em Novembro de 2021, sendo que, até ao ano passado, “foram iniciados e acompanhados 77 planos de acção faseados”, a concretizar no prazo máximo de cinco anos, tendo sido concretizados 68. Assim, a DST fala de uma “taxa de concretização de 88 por cento, o que representa um aumento de dois pontos percentuais em relação a 2022”.
Hoje Macau PolíticaObras rodoviárias | Au Kam San critica a repetição de trabalho Pior do que durante a Administração Portuguesa. Foi desta forma que o ex-deputado Au Kam San definiu a situação das obras rodoviárias consecutivas nos mesmos locais. Numa publicação no Facebook, o ex-deputado considerou que o problema das estradas escavadas várias vezes ao longo do ano está cada vez pior, devido à falta de coordenação entre os diferentes departamentos do Governo. Até à transição, Au Kam San conta que apenas as câmaras municipais ficavam encarregue das obras, o que permitia que as obras necessárias num certo local fossem todas feitas ao mesmo tempo. No entanto, após a transição, vários departamentos passaram a assumir as funções de “coordenar” as obras, criando um vazio de responsabilidade. O ex-deputado conclui que esta situação leva à repetição das obras, sem que nenhum dos departamentos tenha de assumir responsabilidades, por não se ter coordenado com os outros departamentos.
Hoje Macau PolíticaChina-Portugal | Seminário de Ciências do Desporto até ao fim do ano Até ao final deste ano, o Instituto do Desporto (ID) vai co-organizar o Seminário de Ciências do Desporto China-Portugal, em pareceria com entidades do Interior da China e de Portugal. O anúncio foi feito por Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto, em resposta a uma interpelação do deputado Lei Chan U. Recorde-se que, na semana passada, Pun Weng foi substituído por Luís Gomes para assumir durante dois anos funções na preparação dos próximos Jogos Nacionais. No documento é indicado que o seminário irá “promover o intercâmbio e a cooperação entre os especialistas chineses e portugueses em ciência desportiva no âmbito da tecnologia e investigação”. Contudo, a resposta não revela quando vai decorrer o evento. O Seminário de Ciências do Desporto China-Portugal foi organizado pela primeira e única vez em 2018. O ID também prometeu continuar a promover uma maior cooperação “com as autoridades competentes dos países de língua portuguesa para lançar competições desportivas e projectos de cooperação mais diversificados”.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do sul | Pequim acusa barco filipino de bater de propósito contra navio chinês A guarda costeira chinesa acusou as Filipinas de terem deliberadamente colidido ontem com um dos seus navios contra uma embarcação chinesa, perto do Atol Sabina, um novo ponto de inflamação nas disputas territoriais entre os dois países. Dois navios da guarda costeira filipina entraram em águas próximas do banco de areia, ignoraram o aviso da guarda costeira chinesa e “colidiram deliberadamente” com um dos barcos chineses às 03:24, disse a guarda costeira chinesa, em comunicado. O governo filipino denunciou, porém, manobras “ilegais e agressivas” dos navios da guarda costeira chinesa, perto do atol disputado nas ilhas Spratly. As duas colisões ocorreram contra embarcações filipinas que tinham como missão entregar mantimentos ao pessoal estacionado nas ilhas Patagonian e Lawak. Uma das colisões causou um buraco de cerca de 12 centímetros de diâmetro no convés do navio filipino Cape Engaño, quando este navegava a cerca de 23 milhas náuticas a sudeste do Atol Sabina, informou o comunicado, acompanhado de fotografias dos danos. “O lado filipino é inteiramente responsável pela colisão”, disse, por sua vez, o porta-voz da guarda costeira chinesa, Gan Yu. “Advertimos a parte filipina para que ponha imediatamente termo às suas infracções e provocações, caso contrário arcará com todas as consequências daí decorrentes.” Gan acrescentou que a China tem “soberania indiscutível” sobre as ilhas Spratly, conhecidas em chinês como ilhas Nansha, incluindo o Atol Sabina e as águas adjacentes. O nome chinês para aquele atol é Xianbin. Minutos depois desta colisão e em águas próximas, outro navio chinês abalroou “duas vezes” outra embarcação filipina, identificada como BRP Bagacay, que acabou por sofrer “danos estruturais menores”.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Pena de prisão para activista por se mascarar de rainha Um tribunal de recurso da Tailândia confirmou ontem a condenação a dois anos de prisão da activista Jatuporn Sae-ung, por difamar a monarquia ao mascarar-se de rainha Suthida durante um protesto em 2020. A organização Thai Lawyers for Human Rights (TLHR), que representa a arguida, afirmou ontem na rede social X que está a solicitar a liberdade perante o pagamento de fiança, enquanto recorre da sentença para o Supremo Tribunal, última instância para reverter a decisão. A condenação é a mais recente de uma vasta campanha legal das autoridades para sufocar nos tribunais o movimento pró-democracia, que desencadeou protestos em massa em meados de 2020 e abriu um debate público sobre o papel da monarquia na sociedade actual da Tailândia, escreveu a agência de notícias EFE. A jovem desfilou por uma das principais avenidas de Banguecoque com um fato de seda cor-de-rosa e uma pequena mala dourada durante uma das manifestações. A roupa e a forma de andar da activista, acompanhada por uma comitiva que a protegia sob um guarda-chuva, são semelhantes às dos eventos de recepção da monarquia tailandesa. O código penal da Tailândia estipula penas de três a 15 anos de prisão para quem difamar, insultar ou ameaçar o rei, a rainha ou o príncipe herdeiro, embora a instituição tenha perdido popularidade entre os tailandeses nos últimos anos. A decisão judicial de ontem surge após algumas semanas de grande agitação na política do país. A 7 de Agosto, o Tribunal Constitucional ordenou a dissolução do partido reformista Move Forward, considerando a proposta avançada pelo grupo de reforma da lei que protege a família real uma “ameaça à monarquia constitucional”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina / EUA | Moeda e branqueamento de capitais na agenda Delegações da China e dos Estados Unidos abordaram, na semana passada, em Xangai, leste da China, a política monetária dos dois países e medidas contra o branqueamento de capitais, informaram ontem as autoridades chinesas. Na quinta reunião do grupo de trabalho financeiro conjunto, delegações dos dois países tiveram reuniões “profissionais, pragmáticas, francas e construtivas”, que abordaram ainda o fluxo de dados e pagamentos transfronteiriços, a resiliência das instituições financeiras ou medidas contra o financiamento do terrorismo, informou ontem o Banco Popular da China, em comunicado. Antes da viagem, a imprensa norte-americana afirmou que a delegação dos EUA procuraria também discutir a luta contra o fentanil, mas o comunicado divulgado pela instituição chinesa não faz qualquer referência a esta questão. A reunião, que teve lugar na quinta e sexta-feira da semana passada, foi presidida, do lado chinês, pelo vice-governador do Banco Popular da China, Xuan Changneng, e, do lado norte-americano, pelo subsecretário do Tesouro para as Finanças Internacionais, Brent Neiman. Funcionários das autoridades reguladoras de ambos os países e da Reserva Federal dos EUA (Fed) também estiveram presentes na ronda de diálogo, que acolheu, pela primeira vez, instituições financeiras, para explorar possíveis oportunidades de cooperação e partilhar experiências sobre finanças sustentáveis. Dedicação mútua O banco central chinês e o Departamento do Tesouro dos EUA assinaram documentos destinados a reforçar “os canais para uma comunicação atempada e fluida” sobre gestão financeira e reduzir as incertezas “quando surgem situações de pressão financeira e riscos operacionais para as instituições financeiras”. Embora o comunicado apenas mencione que o Banco Popular da China “levantou preocupações sobre questões de interesse” com os emissários norte-americanos, o jornal oficial Global Times indicou, na semana passada, que os funcionários chineses iriam centrar-se nas “crescentes restrições económicas e comerciais” que estão a ser impostas à China e exigir que Washington “pare de politizar as questões comerciais”. As duas partes concordaram em manter a comunicação no futuro, acrescentou o comunicado, sem fornecer mais pormenores sobre quando vai ter lugar a próxima ronda de diálogo. Este grupo de trabalho foi criado em 2023, juntamente com outro dedicado a questões económicas, e é supervisionado conjuntamente pelo vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng e pela secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que visitou a China em Abril.