Shandong | Pelo menos 11 mortos e 24 feridos em acidente

Pelo menos 11 pessoas morreram e 24 ficaram feridas ontem quando um autocarro escolar atropelou um grupo de alunos no leste da China, informou a agência de notícias Xinhua num novo balanço. Dos 11 mortos, seis são pais e cinco alunos, referiu a agência oficial chinesa. Num balanço anterior, a Xinhua tinha indicado que 10 pessoas tinham morrido ou ficado feridas no acidente.

O acidente ocorreu às 07:27 num cruzamento perto da entrada da Escola Secundária Foshan, em Tai’an, na região de Dongping, província de Shandong.

O autocarro, com uma lotação máxima de 52 pessoas, perdeu o controlo e subiu o passeio, atropelando vários estudantes e pais que se dirigiam para a escola, disseram as autoridades locais. Entre os feridos, um encontra-se em estado crítico.

As autoridades de Dongping, juntamente com vários departamentos governamentais, estão no local para as operações de socorro e resgate, bem como para gerir a área do acidente, que permanece isolada.

O condutor do autocarro foi detido pela polícia, estando em curso uma investigação sobre as causas do acidente. De acordo com meios de comunicação social locais, a escola negou que tenha havido qualquer conflito entre o motorista e os alunos ou o pessoal docente.

As autoridades locais anunciaram que vão emitir uma declaração oficial e realizar uma conferência de imprensa esta tarde. Cerca de 60 mil pessoas morrem anualmente em acidentes nas estradas chinesas, disseram os meios de comunicação locais.

4 Set 2024

FOCAC | Presidente Xi promete a homólogos africanos investimentos sem interferências internas

Em diversos encontros bilaterais com responsáveis africanos, o líder chinês deixou a promessa de aumentar o investimento no continente e de não interferir nos assuntos internos das nações africanas. Até ao fim da semana, são esperados em Pequim cerca de 50 chefes de Estado e de governo

 

O Presidente chinês, Xi Jinping, manteve na segunda-feira várias reuniões bilaterais com líderes africanos, no âmbito do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), prometendo mais investimento e cooperação sem interferir nos assuntos internos dos países africanos.

De acordo com as agências internacionais de notícias, pelo menos 50 chefes de Estado e de governo são esperados em Pequim até ao final da semana, incluindo os líderes da República Democrática do Congo (RDCongo), Félix Tshisekedi, da Nigéria, Bola Tinubu, e da África do Sul, Cyril Ramaphosa, sendo também esperado um encontro com o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, que esteve em Xangai no âmbito do fórum económico China-Moçambique.

Os encontros de segunda-feira foram marcados pelas promessas chinesas de investimento, sendo que no caso da RDCongo, uma das maiores fontes de recursos naturais necessários para a transição energética, e fornecedor de mais de 60 por cento do cobalto comprado pela China, o gigante asiático comprometeu-se a “aprofundar a cooperação em matéria de agricultura e processamento de minérios”.

Na reunião com o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, os dois países anunciaram que elevaram o nível de cooperação à categoria de “associação de cooperação estratégica integral para a nova era”.

Nas reuniões, Xi Jinping adaptou o discurso público a cada um dos países, tendo defendido, no caso da reunião com o chefe militar do Mali, na sequência do golpe de Estado, “o direito à autodeterminação do povo africano na hora de decidir o seu destino futuro”, o que contrasta com as exigências ocidentais de uma eleição para escolher os líderes locais.

O Presidente do Mali, coronel Assimi Goita, de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros chineses, citado pela agência espanhola de notícias, a EFE, elogiou a posição de Pequim de “opor-se à interferência nos assuntos internos de outros países”.

Parceiros de valor

A cimeira desta semana tem como pano de fundo a crescente competição entre os Estados Unidos e a China em África pela influência política e pelo acesso aos recursos naturais.

O FOCAC deste ano terá também uma cimeira empresarial e terminará com dois documentos – uma declaração e um plano de acção para guiar a cooperação entre China e África nos próximos anos.

A China é o maior parceiro económico de África, e desde o início deste século até 2022 já emprestou mais 170 mil milhões de dólares para 1.243 iniciativas, de acordo com os dados do Centro de Desenvolvimento Global de Políticas, da Universidade de Boston.

Desse total, quase 60 mil milhões de dólares foram canalizados para projectos na área da energia e quase 50 mil milhões foram para projectos no sector dos transportes.

Apesar de ainda ser o maior parceiro do continente africano, o financiamento chinês aos países africanos caiu para menos de mil milhões de dólares em 2022, o último ano para o qual há dados compilados, representando o valor mais baixo em quase duas décadas.

Desde o pico de 28,5 mil milhões de dólares atingido em 2016, em 2021 a China fez apenas sete empréstimos no valor de 1,22 mil milhões de dólares, e em 2022 o valor caiu para 994 milhões de dólares, com apenas nove financiamentos, o nível mais baixo desde 2004.

4 Set 2024

MP | Criados mais serviços electrónicos

O Ministério Público (MP) irá disponibilizar, de forma faseada, mais serviços digitalizados à população no contexto da entrada em vigor, no passado domingo, das novas versões das leis da “Governação Electrónica” e do “Envio de peças processuais, pagamento de custas e prática de outros actos por meios electrónicos”.

Assim, são enviados e recebidos de forma digital as comunicações oficiais e documentos no âmbito judiciário entre o Ministério Público, tribunais ou outros serviços públicos, excepto quando o assunto se refere à fase de inquérito criminal. Além disso, o MP passou também a publicar no website oficial editais e demais documentos, deixando de os afixar no edifício do MP e na sede do Instituto para os Assuntos Municipais.

Além disso, até final deste ano será lançado o serviço digital de certidões, que podem ser pedidas na “Conta Única de Macau” desde que o requerimento seja aprovado pelo MP. “Na fase preliminar de lançamento do serviço em causa, os documentos constantes de autos de inquérito criminal são excluídos da certidão electrónica a enviar”, é ainda explicado. O MP promete “impulsionar a electronização dos serviços judiciários, de modo a facilitar a intervenção dos cidadãos em actividades processuais”.

4 Set 2024

UGAMM | Assuntos sociais preencheram agenda

Os deputados Ho Ion Sang, Leong Hong Sai e Ngan Iek Hang, ligados à União Geral das Associações de Moradores de Macau (UGAMM) apresentaram ontem o balanço dos trabalhos legislativos da última sessão no hemiciclo, referindo que os residentes apresentaram mais dúvidas e questões sobre assuntos sociais, nomeadamente em matérias como a segurança social, a saúde e a educação.

O deputado Ngan Iek Hang referiu que a recuperação da economia desde a pandemia não beneficiou a sociedade num todo e que as pequenas e médias empresas ainda estão a enfrentar dificuldades financeiras.

Por seu turno, Leong Hong Sai sugeriu que o Governo crie apoios e subsídios para os proprietários com casas velhas, a fim de incentivar a sua reconstrução. Ho Ion Sang apontou que há cada vez mais residentes a sofrerem de problemas de saúde mental, pelo que espera que o Executivo reforce a educação nesta área, reforçando a oferta de consultas e tratamentos de psiquiatria.

Na última sessão legislativa, os deputados realizaram 1220 sessões de esclarecimento a residentes, tratando das questões e pedidos apresentados.

4 Set 2024

Habitação | Ng Kuok Cheong critica Ho Iat Seng

O ex-deputado António Ng Kuok Cheong fez um balanço da governação de Ho Iat Seng, que deixa o cargo de Chefe do Executivo no final do ano, e criticou as políticas de habitação, por considerar que foram o maior falhanço dos últimos cinco anos.

Numa publicação nas redes sociais, Ng afirma ver como positivo o facto de terem sido recuperados vários terrenos concessionados que ficaram anos por construir. No entanto, criticou o Governo de Ho Iat Seng por ter promovido um novo sistema de habitação pública, que não está a funcionar como forma de ascensão social, ao contrário do que se pretendia.

Segundo a visão do fundador da Associação Novo Macau, como o Governo de Ho alterou as regras da habitação económica, não permitindo que sejam vendidas no mercado privado com lucro, os compradores deixaram de almejar mudarem-se para uma casa maior e melhor, com o lucro da venda. Para o ex-deputado, esta realidade fez com que a habitação económica tenha deixado de ser encarada como atractiva, porque perdeu a função de “elevador social”.

Todavia, as críticas de Ng Kuok Cheong são também fundamentadas no segmento de luxo. Na visão do ex-deputado, as casas no sector privado não desvalorizaram significativamente e vão continuar a ser inalcançáveis para grande parte da população.

3 Set 2024

Zona A | Pedidas explicações sobre estrada que cedeu

O deputado Ma Io Fong está preocupado com colapso das estradas do território, depois de parte de um troço na Zona A dos Novos Aterros ter cedido. O assunto é abordado pelo deputado da Associação das Mulheres, através de uma interpelação escrita, com o legislador a indicar esperar que sejam tomadas medidas para evitar a acumulação de águas nas estradas.

“Segundo a informação oficial, o sistema de drenagem de chuvas da Zona A foi construído para fazer frente às chuvas mais intensas, o que significa que está equipado com várias bombas de extracção de água”, escreveu Ma. “No entanto, as opiniões sobre o sistema de drenagem indicam que durante as chuvas mais intensas a acumulação de água continua a ser intensa. Qual é a razão para esta situação?”, pergunta Ma Io Fong. “Que medidas vão ser tomadas para melhorar o estado das coisas?”, acrescentou.

O deputado abordou também o colapso da estrada, e quer saber se o Governo vai adoptar acções de fiscalização nos vários estaleiros e junto dos edifícios que já foram erigidos na Zona A dos novos Aterros. “Será que as autoridades dispõem actualmente de instrumentos científicos suficientes, como o radar de penetração no solo, para efectuar inspecções científicas do solo próximo da zona do incidente e de outras superfícies rodoviárias?”, pergunta.

O membro da Assembleia Legislativa questiona igualmente o Executivo sobre se o sistema de canos e as instalações pedestres na Zona A dos Novos Aterros têm capacidade para lidar com os problemas causados pela água e a erosão dos solos.

3 Set 2024

AMCM | Residentes com mais dinheiro depositado

Os depósitos de residentes cresceram 1,8 por cento em Julho, em comparação com o mês anterior, tendo atingido 743,3 mil milhões de patacas. Os números foram divulgados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), com a publicação das estatísticas monetárias e financeiras do sétimo mês do ano.

Em comparação com o período homólogo, o aumento dos depósitos foi mais notado, na ordem dos 5,4 por cento, o que significa que os residentes têm cada vez mais dinheiro guardado nos bancos.

Ao mesmo tempo, os depósitos dos não-residentes registaram uma quebra de 1,5 por cento, face a Junho, caindo para 338,6 mil milhões de patacas. Quando se tem em conta o período homólogo do ano anterior, os depósitos dos não-residentes cresceram 13,9 por cento.

Em termos dos depósitos do sector público, registou-se uma redução de 4,8 por cento para 193,6 mil milhões de patacas.

Como consequências das alterações entre Junho e Julho, o total dos depósitos apresentou uma redução de 0,2 por cento, quando comparado com o mês anterior, cifrando-se em 1.275,4 mil milhões de patacas. Entre este número, a proporção de depósitos em patacas era de 19,8 por cento, com o dólar de Hong Kong a ser a moeda mais utilizada, numa proporção de 43,2 por cento. Além disso, 26,7 por cento dos depósitos contava-se em dólares americanos e 8,7 por cento em renminbis.

3 Set 2024

Ferrovia | Temporada de Verão termina com recorde de viagens

A temporada de viagens de Verão de 62 dias da China foi concluída, com as ferrovias a contabilizarem um recorde de 887 milhões de viagens de passageiros entre 1 de Julho e 31 de Agosto – um aumento de 6,7 por cento ano a ano – segundo indicou a China State Railway Group Co., Ltd. (China Railway) no domingo.

Durante este período, o número médio diário de viagens de passageiros transportados pelos caminhos-de-ferro do país foi de 14,31 milhões, de acordo com a empresa, indica o Diário do Povo.

Entretanto, mais de 14,32 milhões de passagens de estudantes foram vendidas durante a temporada de viagens de Verão, de acordo com a China Railway.

Um total de 670 milhões de toneladas de mercadorias foram também transportadas pelos caminhos-de-ferro, incluindo 250 milhões de toneladas de carvão térmico durante este período, segundo a empresa.

Para garantir viagens seguras e organizadas e operações estáveis, a empresa preparou um plano de transporte, aumentou a capacidade e implementou medidas favoráveis ​aos passageiros com bastante antecedência, acrescenta a publicação estatal.

A azáfama das viagens de Verão costuma ser uma temporada movimentada para o sistema ferroviário do país, pois os estudantes universitários retornam a casa para as férias de Verão. As visitas familiares e as viagens turísticas também aumentam durante este período.

2 Set 2024

PALOP | Trocas comerciais com China sobem 22% até Junho

O volume das trocas comerciais entre a China e os países africanos de língua oficial portuguesa nos primeiros seis meses do ano reflectem o fortalecimento das relações entre o gigante asiático e o continente africano

 

As trocas comerciais entre a China e os países africanos lusófonos subiram, em média, 22 por cento no primeiro semestre deste ano, para 13,7 mil milhões de dólares, segundo dados da alfândega chinesa.

O volume de 13,7 mil milhões de dólares em trocas comerciais é liderado por Angola, o maior parceiro económico da China no continente, muito por efeito da venda de petróleo angolano ao gigante asiático, que valeu a quase totalidade das exportações de Angola para a China, num total de 10,6 mil milhões de dólares.

Já as exportações da China para Angola valeram apenas 1,5 mil milhões de dólares.

Em segundo lugar entre os maiores parceiros chineses nos lusófonos africanos está Moçambique, que vendeu 721 milhões de dólares em bens e serviços, e comprou o equivalente a 1,6 mil milhões de dólares.

Na comparação entre o primeiro semestre deste ano e o período homólogo do ano passado, constata-se, segundo os dados das autoridades chinesas, uma subida de 22 por cento nas trocas comerciais, tendo havido, ainda assim, uma quebra de 12,8 por cento e 6 por cento nos casos da Guiné Equatorial e de Moçambique, respectivamente.

O aumento das trocas comerciais dos países lusófonos com o ‘gigante asiático’ reflecte um objectivo da China de aumentar não só o relacionamento comercial com África, mas principalmente o volume de importações, para contrapor à crítica de desequilíbrio na balança comercial a favor da China.

Em 2021, no mais recente Fórum sobre a Cooperação China-África (FOCAC), a China prometeu aumentar as importações de produtos africanos para 300 mil milhões de dólares até 2024, acima dos 275 mil milhões de dólares exportados nos três anos anteriores, ou seja, entre 2019 e 2021.

“Não sendo uma meta demasiado ambiciosa, foi importante, primeiro porque foi a primeira meta de importações africanas, e depois porque foi o primeiro objetivo de importações africanas estipulado por qualquer parceiro de desenvolvimento”, escreveu a analista Rosie Wigmore, da consultora Development Reimagined, num dossier especial feito em conjunto com a revista African Business.

No artigo, a propósito de mais um FOCAC, que vai decorre esta semana em Pequim, a analista diz que faltam apenas 14 mil milhões de dólares para a meta ser atingida.

Destaca, contudo, que apesar de ter havido um aumento das exportações africanas para a China, as compras dos africanos cresceram mais depressa, agravando o défice da balança comercial.

“A boa notícia é que a meta deve ser cumprida, mas a má notícia é que desde 2022 o défice comercial na verdade agravou-se, de 39 mil milhões de dólares em 2021 para 63 mil milhões de dólares em 2023”, escreve Rosie Wigmore.

No ano passado, acrescenta, 83 por cento do volume das exportações para a China foram feitas por apenas oito países, todos eles ricos em recursos naturais.

Entre as medidas que os líderes africanos e chineses podem aprovar esta semana em Pequim, a analista sugere mecanismos para financiar os bancos africanos, diminuir as taxas alfandegárias e aproveitar as potencialidades do acordo de livre comércio continental em África.

2 Set 2024

Seul | Docentes estrangeiros regressam a universidade norte-coreana

Professores estrangeiros da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang (PUST) regressaram à Coreia do Norte, quatro anos depois de terem sido obrigados a sair devido à política anti-pandemia, disse ontem o Governo sul-coreano.

Pyonyang aprovou, no final de Agosto, vistos de entrada para alguns dos professores estrangeiros que trabalharam para a instituição de ensino, a única semiprivada na Coreia do Norte, antes do encerramento do país em 2020, indicou o secretário-geral do conselho consultivo para a Unificação Pacífica, Thae Yong-ho, à agência de notícias sul-coreana Yonhap.

A permissão mostra que o regime está disposto a garantir “a segurança” dos académicos, disse Thae, antigo diplomata norte-coreano que desertou para o Sul em 2016 e citou fontes em Genebra, onde a Coreia do Norte tem uma das principais embaixadas na Europa.

“De momento é difícil confirmar esta informação”, respondeu um porta-voz do Ministério da Unificação da Coreia do Sul à agência de notícias espanhola EFE.

Desde que a Coreia do Norte começou a reabrir parcialmente as fronteiras, em Agosto do ano passado, já aprovou a entrada de alguns estrangeiros, como diplomatas de países próximos, como China e Cuba, e permitiu a entrada de grupos de turistas de nacionalidade russa.

A confirmar-se, a entrada dos académicos marca a primeira vez, desde o início da pandemia, que a Coreia do Norte concede acesso a pessoas de países não alinhados com o regime do líder, Kim Jong-un.

Todo o corpo docente estrangeiro da PUST, constituído por europeus e norte-americanos, foi obrigado a abandonar a Coreia do Norte quando o Governo encerrou as fronteiras em 2020. Desde então, as aulas, leccionadas em inglês, têm sido ministradas ‘online’.

A PUST funciona nos arredores da capital norte-coreana desde 2010 e é o resultado de um acordo entre instituições norte-coreanas e uma organização evangélica coreano-americana.

2 Set 2024

Filipinas | Tempestade Yagi faz dois mortos em Luzon

Pelo menos duas pessoas morreram e 10 ficaram feridas quando uma tempestade tropical atingiu a ilha de Luzon, no norte das Filipinas, forçando a emissão de alertas de inundação em Manila, declararam ontem as autoridades.

A tempestade Yagi, baptizada de Enteng nas Filipinas, trouxe chuvas torrenciais para o norte do país e tem ventos sustentados de 75 quilómetros por hora e rajadas máximas de até 90 quilómetros por hora, disse o gabinete meteorológico.

Prevêem-se inundações e aluimentos de terras, de acordo com um comunicado da mesma agência. O Conselho Nacional para a Redução e Gestão do Risco de Catástrofes filipino registou duas mortes e dez feridos na primeira avaliação.

A tempestade levou também ao cancelamento de dezenas de voos domésticos devido às condições meteorológicas adversas, indicou a autoridade aeroportuária de Manila. As autoridades da capital suspenderam todas as aulas na área metropolitana, onde se receia que a tempestade provoque inundações.

As Filipinas registam cerca de 20 tufões e tempestades tropicais por ano, especialmente durante a estação das chuvas, que normalmente começa em Junho e termina em Novembro ou Dezembro.

2 Set 2024

Israel | Vinte e cinco detidos em manifestação sob custódia policial

Vinte e cinco manifestantes que participaram, no domingo à noite, em Telavive, num protesto pelo cessar-fogo em Gaza, para permitir o retorno dos reféns no enclave, estão sob custódia policial, informou ontem o jornal israelita Haaretz. Alguns continuam a ser interrogados, avançou o diário.

A polícia israelita deteve na noite de domingo 29 pessoas durante a grande manifestação em Telavive, declarou a polícia num relatório.

“A polícia deteve 29 suspeitos por conduta desordeira, agressão a agentes e vandalismo brutal na autoestrada Ayalon e no local do protesto na passagem de Azrieli”, disseram as autoridades.

O Haaretz citou um grupo de manifestantes médicos que afirmaram que a carga policial deixou várias pessoas feridas, incluindo um manifestante com golpes no peito e na cabeça, um jovem atingido por uma granada de atordoamento, um manifestante que caiu de um lugar alto e partiu as duas pernas e uma idosa com ferimentos no rosto.

De acordo com a polícia, os tumultos começaram no final da manifestação, quando “centenas de manifestantes abandonaram a zona autorizada e marcharam em direção à autoestrada Ayalon com a intenção de perturbar o trânsito e a ordem pública”.

No domingo à noite, centenas de manifestantes marcharam ao longo da autoestrada, sempre seguidos por um cordão policial e polícias a cavalo.

O grupo era constituído maioritariamente por jovens manifestantes, cuja presença no protesto geral foi considerada por outros participantes como um sinal positivo, uma vez que as habituais manifestações de sábado em Telavive reúnem um público mais adulto.

Nos momentos finais do protesto na autoestrada, a polícia e os militares agarraram e atiraram por diversas vezes ao chão manifestantes violentos, de acordo com a agência de notícias espanhola EFE, presente no local.

No total, de acordo com estimativas do jornal Haaretz, cerca de 300 mil pessoas manifestaram-se no domingo em Telavive, num dos maiores protestos de sempre para exigir ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

As forças armadas israelitas anunciaram, no domingo, que recuperaram em Gaza os corpos de seis das mais de 250 pessoas raptadas nos ataques do movimento islamita palestiniano Hamas em Israel, a 07 de Outubro de 2023, que desencadearam a guerra em curso e mataram cerca de 1.200 pessoas.

2 Set 2024

China-África | Fórum de cooperação decorre esta semana em Pequim

Arrancou ontem o 9º Fórum de Cooperação China-África, em Pequim, com a promessa de reforço das ligações comerciais e investimento. Analistas dizem que a China irá manter predominância política no continente africano, mas Pequim rejeita a ideia de “neocolonialismo”

 

Decorre esta semana, em Pequim, o Fórum China-África (FOCAC, na sigla em inglês), a nona edição de uma iniciativa que se realiza a cada três anos desde Outubro de 2000. Analistas ouvidos pela agência Lusa acreditam que o FOCAC deste ano será marcado pelo reforço do “alinhamento político” entre Pequim e o continente africano e por uma “maior clareza em relação à iniciativa chinesa de segurança global”.

O Fórum propriamente dito decorre entre amanhã e sexta-feira, mas algumas reuniões decorreram ontem. No total, estarão em Pequim 54 representantes africanos, incluindo numerosos chefes de Estado e de Governo, assim como largas centenas de ministros sectoriais.

“Todas as embaixadas em Pequim estão completamente ocupadas com o Fórum, todos os governos africanos estão ocupados. Há mais presidentes africanos a participar no FOCAC do que na Assembleia Geral da ONU, que é a maior cimeira do mundo. O FOCAC é o ponto mais importante do calendário diplomático de África”, sublinha Paul Nantulya, investigador do Africa Center for Strategic Studies (ACSS), especialista nas relações África-China.

Apesar das numerosas representações de alto nível e do “reforço do prestígio” deste FOCAC em relação ao anterior, Jana de Kluiver, investigadora do Institute for Strategic Studies (ISS), em Pretória, prevê que esta primeira cimeira pós-covid não será marcada pelo aumento da “dimensão do investimentos” anunciados.

Em primeiro lugar, refere, porque a China “está consciente do problema da dívida em África e da forma como a situação se apresenta a nível internacional”, e depois, porque se espera este ano mais envolvimento do sector privado, o que “coloca uma maior ênfase na rentabilidade dos projectos, o que implica projectos mais pequenos, com um retorno mais rápido”.

Em contrapartida, Kluiver acredita que se irá assistir ao anúncio do investimento em projectos de energias renováveis e no aumento de projectos relacionados com o “Crescimento Verde”, assim mais investimento tecnológico, em alinhamento com os objectivos internos da China.

É também apontada a importância que deverão assumir as três grandes iniciativas anunciadas pelo Presidente chinês, Xi Jinping, depois do último FOCAC de 2021, tal como a Iniciativa de Segurança Global (ISG), Iniciativa de Desenvolvimento Global (IDG) e Iniciativa de Civilização Global (ICG).

“Um elemento importante que sairá deste FOCAC é o alinhamento político”, sublinha Nantulya. “A China está a procurar um alinhamento político mais forte com os países africanos, como parte da sua estratégia para o Sul Global, que vê como uma espécie de contrapeso ao que chama o sistema internacional dominado pelo Ocidente”, acrescenta o investigador.

“Penso que teremos uma maior clareza sobre a nova ISG e a IDG, em particular. Este FOCAC será marcado pelo elemento da segurança, e na forma como Pequim tenta remodelar a ordem internacional” através destas iniciativas, afirmou Jana de Kluiver.

Reforma precisa-se

Nantulya sublinha que os países africanos têm reclamado uma reforma do sistema multilateral, que inclua uma representação permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas a China “não tem sido muito clara na sua posição” sobre este tema.

A estas exigências, a China tem respondido com a promessa de ajudar a “ampliar a sua influência e os seus interesses a nível internacional, por exemplo, defendendo os pedidos de mais financiamento para o desenvolvimento”, acrescenta o investigador.

“A China está a criar muitas organizações internacionais, muitas das quais são paralelas a organizações internacionais existentes, como o Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas, de que muitos países africanos são membros, ou o novo Banco de Desenvolvimento, que funciona no âmbito dos BRICS, e outras organizações de que os países africanos fazem parte”, ilustrou ainda.

Falta posição comum

Finalmente, ambos os analistas apontam falha importante que representa a falta, mais uma vez, de uma estratégia comum dos países africanos para negociações com um gigante como a China.

“África não tem uma posição comum em relação à China, nem em relação a qualquer actor externo. Há certas orientações continentais que seriam altamente positivas, se os países e os seus compromissos bilaterais com a China pudessem ter em mente o quadro mais vasto do desenvolvimento do continente”, diz Kluiver.

“Mas não existe uma agenda definida ou uma abordagem comum, o que prejudica os países africanos, em termos do seu poder de negociação”, acrescentou.

A China dispõe de muitos recursos, especificamente em termos de desenvolvimento da conectividade, tecnologias de informação e comunicação, recursos humanos, bem como de financiamento de projectos, mas, para que pudesse realmente ser aproveitado, seria preciso que os países africanos alcançassem um “nível de coordenação” mínimo, que lhes permitisse, por exemplo, articular de forma eficaz grandes projetos como o Acordo de Comércio Livre Continental Africano e a iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota”, sublinha a analista sul-africana.

É fundamental, sublinha Kluiver, que “exista um nível de concordância” entre os países africanos, que “garanta que estes grandes projetos estão alinhados, porque é importante desenvolver projetos de infraestruturas regionais que, em última análise, promovam o comércio intra-africano e não se limitem a reforçar as cadeias de valor e as ligações com, por exemplo, a China ou qualquer potência externa”.

Predominância continental

Também à Lusa o director de pesquisa da consultora Oxford Economics Africa considera que a China vai manter um papel predominante nas economias africanas, nomeadamente na reestruturação da dívida.

“O FOCAC vai definir a direcção e o foco dos empréstimos, subvenções e créditos à exportação para os países africanos, e é particularmente importante nesta altura devido ao papel primordial que a China está a desempenhar nos processos de reestruturação da dívida externa de vários países africanos, como a Etiópia e a Zâmbia”, disse Jacques Nell.

Para o responsável, “a China tem apoiado os países africanos em termos de alívio da dívida e reescalonamento dos pagamentos desde antes dos processos de abordagem dos credores, apresentado pelo G20, e continua a desempenhar um papel importante nos processos de reestruturação da dívida externa na sequência da pandemia de covid-19”.

A elevada dívida externa dos países africanos, principalmente quando analisada em termos do rácio sobre o PIB e sobre as receitas fiscais, tem levado muitos analistas a alertar para a existência de uma crise da dívida africana.

O Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e a Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) defendem uma reformulação da arquitetura financeira mundial e a introdução de mecanismos de alívio ou perdão de dívida para os países sobre-endividados, que abrangem mais de metade das nações africanas.

Questionado sobre a importância da China, o maior credor do continente e o maior credor externo de países como Angola, Jacques Nell respondeu que os chineses têm ajudado os países africanos, mas diz que há alguma dualidade do papel da China em África e lembra críticas por causa da confidencialidade dos contratos financeiros.

Estes contratos, apontam os críticos, dão azo a especulações sobre as condições prejudiciais e fomentam a ideia de uma ‘armadilha da dívida’, em que os fluxos financeiros eram acompanhados de influência geopolítica e económica nesses países e de represálias duras em caso de incumprimento financeiro.

“As cláusulas de confidencialidade introduzem alguma incerteza sobre as modalidades do alívio da dívida, especialmente porque já há vários processos de reestruturação em curso, o que demonstra a dualidade do papel da China em África – por um lado, os chineses oferecem alívio da dívida e fazem investimentos, o que é muito necessário, mas por outro lado os termos da maior parte dos negócios estão envoltos em secretismo, o que só por si é criticável”, conclui o analista.

Sementes de discórdia

Entretanto, uma análise publicada na agência Xinhua rejeita a ideia de que os investimentos chineses são uma forma de neocolonialismo. Com o título “Porque é que é absurdo acusar a China de praticar ‘neocolonialismo’ em África”, o texto cita analistas que defendem os enormes benefícios do investimento chinês em alguns países.

“Ao acusar a China de fomentar a dependência africana através de investimentos maciços e de dar prioridade aos interesses chineses em detrimento das necessidades locais, o Ocidente está a tentar semear a discórdia nas relações China-África e minar a sua cooperação, tudo num esforço para proteger os interesses de alguns países ocidentais em África, afirmam os especialistas”, lê-se.

A nona edição do FOCAC, com o lema “Unir as Mãos para avançar a modernização e construir uma comunidade de alto nível sino-africana com um futuro partilhado”, apresenta-se como “uma plataforma para um diálogo colectivo, unindo a China com a Comissão da União Africana e com os 53 países africanos que mantêm relações diplomáticas com a China”, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

2 Set 2024

Filipinas | Detidas mais de 160 pessoas em rusga contra jogo ilegal

As autoridades filipinas invadiram um complexo suspeito de jogos ilegais e fraudes cibernéticas numa província central e detiveram mais de 160 pessoas, a maioria chinesas e indonésias, que cometiam crimes na internet, foi ontem anunciado.

A operação, realizada no sábado por mais de 100 agentes do Governo, apoiados pelos serviços secretos militares, num resort na cidade de Lapu-Lapu, fez parte da repressão contínua ordenada pelo Presidente Ferdinand Marcos Jr. contra jogos ‘online’ dirigidos sobretudo a clientes da China, onde estes jogos são proibidos.

Marcos disse que a prática massiva de jogos ilegais ignorou as leis das Filipinas, com violações das normas em larga escala, além de serem cometidos outros crimes, incluindo esquemas financeiros, tráfico humano, tortura, raptos e mortes.

A rusga no ´Tourist Garden Resort´, que tem 10 edifícios com piscinas, bares e restaurantes de karaoke, ocorreu depois de a Embaixada da Indonésia em Manila requisitar o resgate de oito indonésios forçados a trabalhar no sector dos jogos ‘online’, segundo a Comissão Presidencial Anticrime Organizado.

Pelo menos 162 estrangeiros foram “encontrados a trabalhar em três fazendas separadas dentro do complexo”, afirmou a comissão, sem fornecer detalhes.

Estes crimes incluem esquemas fraudulentos de amor, jogos e investimento, que defraudaram vítimas em grandes quantias de dinheiro, de acordo com as autoridades filipinas.

A mesma fonte adiantou que 83 chineses, 70 indonésios, seis cidadãos de Myanmar, dois de Taiwan e um da Malásia vão ser enviados para Manila para enfrentarem um processo do Departamento de Imigração e possivelmente deportados, segundo a informação divulgada. O dono do complexo hoteleiro foi preso e pode enfrentar acusações criminais.

2 Set 2024

Japão protesta após navio chinês entrar nas suas águas

O Japão apresentou sábado um protesto formal junto da China, através da embaixada no país, depois de um navio de pesquisa chinês ter entrado em águas territoriais japonesas, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês.

O ministério manifestou “grande preocupação” depois de o navio ter sido avistado perto da prefeitura de Kagoshima, no sudoeste do Japão, ao início da manhã.

O navio chinês, confirmado em águas territoriais às 06:00 locais, partiu pouco antes das 08:00, de acordo com o Ministério da Defesa do Japão, acrescentando que foi monitorizado por um navio e um avião militares japoneses.

A divisão marítima das Forças de Auto-Defesa do Japão (Exército) enviou dois navios para monitorizar os movimentos do navio chinês.

O Governo japonês transmitiu à China, por via diplomática, o seu protesto e a sua “forte preocupação” face às frequentes incursões de navios chineses nas suas águas, muitas das quais ocorrem perto das ilhas Senkaku, administradas por Tóquio, mas reivindicadas por Pequim, que lhes chama Diaoyu.

Recentemente, a actividade cada vez mais assertiva da China em torno das águas e do espaço aéreo japoneses causou inquietação entre os oficiais de defesa japoneses, também preocupados com a crescente cooperação militar entre as forças aéreas chinesas e russas.

Por via aérea

A China tem vindo a aumentar a sua actividade em torno das águas japonesas, e na segunda-feira um avião militar chinês terá entrado brevemente no espaço aéreo do sudoeste do Japão. Foi a primeira vez que a Força de Auto-Defesa nipónica detectou um avião militar chinês no espaço aéreo do Japão.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, afirmou na terça-feira que o seu país não tem “qualquer intenção” de violar o espaço aéreo de qualquer país.

A tomada de posição seguiu-se ao Japão ter protestado junto de Pequim contra essa incursão, realizada por um avião chinês Y9 em torno da costa das ilhas Danjo, um pequeno arquipélago desabitado ao largo da prefeitura de Nagasaki, no sudoeste do país, a primeira violação deste tipo no arquipélago por um avião do país vizinho.

O avião permaneceu no espaço aéreo japonês durante dois minutos, entre as 11:29 e as 11:31 locais, antes de partir, informou o Ministério da Defesa num comunicado.

Em reacção à intrusão, as Forças Aéreas de Auto-Defesa japonesas responderam com manobras de “scramble” “e emitindo notificações e avisos”, disse. Durante a última década, as intrusões chinesas nas Zonas de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) japonesas multiplicaram-se à medida que a assertividade militar da China na região aumentou.

No entanto, a intrusão de segunda-feira foi a primeira no espaço aéreo japonês, que, ao contrário da ADIZ – cujos limites não são estabelecidos por tratado – começa a 12 milhas náuticas da costa. Os laços comerciais bilaterais entre os dois países, bem como os intercâmbios entre académicos e empresários, entre outros, continuam fortes.

2 Set 2024

Moçambique | Concessionado terminal portuário a grupo chinês

O Governo moçambicano concessionou por 15 anos, como parceria público-privada, a construção, operação, manutenção e gestão do Terminal Portuário de Chongoene, província de Gaza, a uma sociedade constituída pelos chineses Desheng Port e a estatal moçambicana CFM.

“Havendo necessidade de estabelecer a base legal que permita a concessão, em regime de parceria público-privada, a operador privado, para construção, operação, manutenção, gestão e devolução das infra-estruturas do Terminal Portuário de Chongoene, na província de Gaza, para exploração comercial do serviço público portuário”, justifica um decreto do conselho de ministros, de 26 de Agosto, a que a Lusa teve anteontem acesso.

A concessão é atribuída à Sociedade Terminal de Minérios de Chongoene SA, constituída pelas empresas Desheng Port e Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), ficando a concessionária “autorizada” a “projectar, financiar, construir, possuir, operar, gerir, reabilitar, manter, explorar comercialmente e devolver a infra-estrutura portuária do Terminal Portuário de Chongoene e todas as infraestruturas conexas e auxiliares”.

“A exploração, em regime de exclusividade dentro do perímetro da concessão, da infra-estrutura portuária no Terminal Portuário de Minérios, tem como principal actividade o armazenamento e manuseamento de areias pesadas nacionais a granel”, acrescenta o decreto, apontando que o terminal “deve ter uma capacidade mínima de oito milhões de toneladas métricas por ano, para exportação de areias pesadas nacionais a granel, podendo aumentar em função da demanda”.

Segundo dados oficiais anteriores, a primeira fase do investimento na construção Terminal Portuário de Chongoene está orçada em 55 milhões de dólares, sendo expectativa dos promotores potenciá-lo com as exportações de areias pesadas de Chibuto.

2 Set 2024

Indústria | Actividade transformadora volta a contrair

A actividade da indústria transformadora da China contraiu pelo quarto mês consecutivo em Agosto, de acordo com dados oficiais divulgados ontem pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (NBS) do país asiático.

O índice dos gestores de compras (PMI), o indicador de referência do sector) situou-se em 49,1 pontos, menos 0,3 pontos do que no mês anterior e abaixo da previsão dos analistas, que era de 49,5. Neste indicador, uma leitura acima do limiar de 50 pontos significa um crescimento da actividade no sector, em comparação com o mês anterior, enquanto abaixo representa uma contracção.

Todos os cinco sub-índices que compõem o PMI da indústria transformadora ficaram todos abaixo do limiar dos 50 pontos: produção, novas encomendas – chave para medir a procura -, reservas de matérias-primas, emprego e prazos de entrega.

Zhao Qinghe, estatístico do NBS, atribuiu o “declínio do nível de prosperidade” a factores como temperaturas elevadas ou inundações em áreas que afectaram a produção em Agosto.

“A produção e a procura abrandaram”, sublinhou Zhao, que destacou ainda as descidas consideráveis registadas no índice de preços de compra das principais matérias-primas e fábricas, afectadas “pela falta de procura e pelas flutuações do preço do petróleo bruto”.

No entanto, o responsável apontou também dados positivos como o facto de o PMI das grandes empresas transformadoras ter continuado a expandir-se ou o aumento registado em sectores como o fabrico de produtos de alta tecnologia.

O NBS também divulgou ontem o PMI que mede a actividade nos sectores dos serviços e da construção, índice que acelerou de 50,2 pontos para 50,3 pontos, permanecendo na zona de expansão, tal como no resto do ano.

2 Set 2024

Mar do Sul | Pequim critica “colisão deliberada” de barco filipino

A China acusou ontem um barco filipino de causar uma “colisão deliberada” contra um navio da guarda costeira perto de um recife disputado no mar do Sul da China, após uma série de incidentes na zona. “Às 12:06, o barco filipino n.º 9701 colidiu deliberadamente com o navio chinês 5205”, disse o porta-voz da guarda costeira chinesa, Liu Dejun, citado pela televisão estatal CCTV.

O incidente ocorreu durante uma patrulha nas águas que rodeiam o recife de Xianbin, conhecido nas Filipinas como Sabina, disse o porta-voz, criticando o barco filipino por uma atitude “pouco profissional e perigosa”.

Este recife, localizado a 140 quilómetros a oeste da ilha filipina de Palawan e a 1.200 quilómetros da ilha chinesa de Hainan, tem sido palco de vários incidentes nos últimos dias.

No domingo passado, Manila acusou navios chineses de abalroar um barco de pesca filipino e de usar canhões de água contra a embarcação perto do recife. O porta-voz Liu Dejun reiterou que “a China exerce uma soberania indiscutível” nesta área.

Pequim reivindica, por razões históricas, quase todas as ilhotas do mar do Sul da China, enfrentando outros países vizinhos além das Filipinas, como o Vietname, Brunei e Malásia, com reivindicações contrárias.

Desde a chegada ao poder, em 2022, do Presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., Manila tem afirmado com mais firmeza as suas reivindicações de soberania sobre determinados recifes disputados, enfrentando Pequim, que não pretende ceder às exigências.

Os confrontos entre os dois países multiplicaram-se nos últimos meses, também em torno do atol Second Thomas. Soldados filipinos estão aí estacionados num navio militar que foi deliberadamente encalhado por Manila, em 1999, para fazer valer as suas reivindicações de soberania.

Este confronto China-Filipinas alimenta receios de um potencial conflito que poderá levar à intervenção dos Estados Unidos da América devido ao seu tratado de defesa mútua com Manila.

Escalada de tensão

O secretário da Defesa das Filipinas acusou na segunda-feira a China de ser “o maior perturbador” da paz no Sudeste Asiático e apelou para uma censura internacional mais forte contra Pequim.

Gilberto Teodoro Jr. falava numa conferência militar internacional organizada em Manila, tendo depois acrescentando aos jornalistas que as declarações internacionais de preocupação contra as acções da China em águas disputadas e noutros locais “não eram suficientes”.

O mar do Sul da China recebe cerca de 30 por cento do comércio global e abriga 12 por cento dos pesqueiros mundiais, além de possuir potenciais depósitos de petróleo e gás.

2 Set 2024

António Chainho despede-se dos palcos aos 86 anos

O guitarrista e compositor António Chainho decidiu pôr fim à carreira aos 86 anos, realizando um último espectáculo este mês, em Lisboa, uma decisão que justificou por “sentir dificuldades em tocar alguns temas”. “Comecei a sentir que estava na hora de deixar a guitarrinha, que nunca vou deixar. Quem começa a brincar com este instrumento aos 6 anos é impossível largá-lo”, disse o músico, em entrevista à agência Lusa.

O espectáculo de despedida dos palcos, “Lisboa Saudade”, está marcado para 13 de Setembro. Com cerca de 60 anos de carreira, Chainho afirmou à Lusa que um dos motivos que o levou a tomar esta decisão foi quando notou problemas no dedo indicador da mão direita, “que é base para tocar”.

“Nas coisas que eu aprendi com os grandes guitarristas, nas mais complicadas, aí já sinto uma certa dificuldade”, disse o autor de “Voando sobre o Alentejo”, comparando os dedos de um guitarrista às pernas dos corredores. “Eu estou a sentir agora os problemas dos quase 90 anos de idade”.

A vida numa guitarra

António Chainho nasceu a 27 de Janeiro de 1938 em Santiago do Cacém, e conseguiu a proeza de gravar um disco, “O Abraço da Guitarra”, depois dos 85 anos. “Não tenho conhecimento de alguém que tenha gravado depois dos 60 anos. Carlos Paredes ainda tentou gravar, e em relação aos outros guitarristas não tenho conhecimento de alguém que tenha gravado depois dos 80 anos”, disse.

António Chainho recordou os primeiros passos que deu na aprendizagem da guitarra portuguesa, o seu instrumento de eleição, de objecto de brincadeira, também por influência do pai “que tinha magníficos dedos”, aliando o seu “bom ouvido musical”, escutando as melodias que ouvia na rádio, por aqueles a quem chama os seus mestres, Armandinho, Raul Nery, Jaime Santos, entre outros.

O serviço militar obrigatório levou-o a Lisboa, onde contactou directamente com o meio fadista, “estreando-se” em meados de 1960, numa casa de fados na Praça do Chile, onde tocou ainda “vestido à magala” e saiu em ombros, tal o êxito alcançado.

Cumpriu o serviço militar em Moçambique, e regressou, quando se deu o seu encontro com o seu conterrâneo Carlos Gonçalves (1938-2020), autor das músicas de “Lavava no Rio, Lavava” ou “Lá Vai Maria”, de autoria e criação de Amália Rodrigues.

Carlos Gonçalves convenceu-o a ficar no seu lugar na casa de fados Retiro da Severa, onde permaneceu cerca de seis meses, mudando-se depois para o restaurante O Folclore, também em Lisboa, que era apoiado pelo então Secretariado Nacional de Informação, Cultura Popular e Turismo (SNI).

Iniciou uma carreira de acompanhante e, a determinada altura porque “não tinha tempo para estudar” as melodias e compor, optou por acompanhar os fadistas Carlos do Carmo e Frei Hermano da Câmara, durante mais de 20 anos, e também, “mas menos tempo”, Teresa Tarouca. Mais tarde, trabalhou com Rão Kyao, com quem fez o álbum “Pão, Azeite e Vinho” e realizou uma digressão.

A lista de músicos que acompanhou e com quem gravou é vasta e inclui nomes como Maria Bethânia, Adriana Calcanhotto, Marta Dias, António Calvário, Paco de Lucia, John Williams, María Dolores Pradera, José Carreras, Jürgen Ruck, Pedro Abrunhosa, Paulo de Carvalho, Ana Bacalhau, Sara Tavares ou Rui Veloso.

O músico reconheceu que sentirá saudades da carreira à qual põe termo, mas continuará “a tocar para os amigos” e a acompanhar a escola que ostenta o seu nome em Santiago do Cacém. Apontado como “um dos virtuosos da guitarra portuguesa” pela “Enciclopédia da Música em Portugal no século XX”, António Chainho foi condecorado pelo Presidente da República, em Março de 2022, com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

2 Set 2024

MAM | Exposição de Bronzes Chineses inaugurada esta sexta-feira

O Museu de Arte de Macau inaugura, esta sexta-feira, a exposição “O Esplendor dos Bronzes Chineses: Obras-Primas do Museu Nacional da China”, que pretende mostrar a beleza dos antigos artefactos feitos em bronze. O público pode ver 150 peças cedidas pelo Museu Nacional da China

 

Os interessados pela história e cultura da China podem desfrutar, a partir de sexta-feira, de uma nova exposição que lhes apresenta os antigos artefactos feitos em bronze no país nos tempos do Império. É inaugurada, a partir das 18h de sexta-feira, no Museu de Arte de Macau (MAM), a mostra “O Esplendor dos Bronzes Chineses: Obras-primas do Museu Nacional da China”, que dará a conhecer mais de 150 artefactos de bronze antigos da colecção do Museu Nacional da China.

Incluem-se, segundo um comunicado do Instituto Cultural, 28 artefactos nacionais “de primeira classe”, nomeadamente o “Nao”, instrumento musical chinês, feito em bronze e com o padrão de elefante, ou o “Yan – Zuo Ce Ban”, um vaporizador feito em bronze também, ou o “Gui – Liu Nian Diao Sheng”, um recipiente ritual para os alimentos, tal como o “Gui – Shi You”.

Segundo a mesma nota, “os artefactos de bronze antigos que fazem parte do património cultural mais significativos da China têm um papel crucial na história da arte mundial com as suas múltiplas categorias, formas únicas, padrões elegantes, inscrições diversas e técnicas complexas de fundição e modelagem”.

Estas peças eram designadas por “Jin” ou “Jijin” na China antiga, tratando-se de “artefactos de bronze que estiveram quase sempre associados ao alvor da civilização, tratando-se da prova mais representativa da origem, desenvolvimento e prosperidade da civilização chinesa”.

Bronze ao quadrado

O IC descreve que a iniciativa “é a maior e mais excepcional exposição de bronze antigo alguma vez realizada em Macau”. O público pode ver as peças distribuídas por cinco secções, nomeadamente “Arte Visual dos Artefactos de Bronze, Decoração e Padrões, Inscrição e Caligrafia, Perícia Técnica na Produção de Artefactos de Bronze e Ferrugem e Corrosão”.

Para o IC, o público terá acesso a uma “exposição intrigante, onde se poderá ver uma panóplia de artefactos de múltiplas épocas, várias categorias e formas, alguns dos quais serão exibidos pela primeira vez fora do continente”. Haverá ainda o complemento de experiências multimédia interactivas, que serão “educativas e de fácil compreensão”, proporcionando aos espectadores “a oportunidade de compreender melhor o desenvolvimento da antiga civilização chinesa, bem como as ricas conotações e as características essenciais da cultura chinesa”.

No sábado, terá lugar uma palestra e um workshop sobre a temática dos bronzes antigos na China. Trata-se da “Palestra Dedicada à Exposição dos Artefactos de Bronze: Características Estruturais e do Significado Cultural do ‘Padrão Tigre Devorador de Homem’ Surgido nas Dinastias Shang e Zhou”. O orador será Zhai Shengli, vice-director do Departamento de Exposições e investigador do Museu Nacional da China, sendo analisada “uma selecção de artefactos com este padrão do Museu Nacional da China e as descobertas de estudos relevantes”.

O workshop sobre artefactos chineses antigos feitos em bronze será ministrado por Hao Shuangjun, educadora do Departamento de Educação Social do Museu Nacional da China, destinando-se a crianças dos sete aos dez anos. Estes irão aprender mais sobre “o processo de fundição do bronze, orientando-os no processo de criação de caldeirões de bronze em miniatura”. As inscrições para estas actividades podem ser feitas na plataforma da Conta Única de Macau até esta quarta-feira, dia 4. A exposição no MAM pode ser visitada até ao dia 10 de Novembro.

2 Set 2024

Cancro da mama | Metade das mulheres não sabe identificar doença

Cerca de 55 por cento das inquiridas num estudo realizado pela Associação de Feliz Paraíso admitiu não conhecer os métodos de detecção precoce do cancro de mama.

Os resultados do estudo que contou com a participação de 1289 mulheres com mais de 18 anos foram apresentados no sábado, numa conferência de imprensa. Face ao apurado, a Associação de Feliz Paraíso apelou ao Governo para realizar mais acções de promoção sobre a doença.

Ao mesmo tempo, foi pedido aos residentes que se mantenham atentos e recorram ao rastreio gratuito dos Serviços de Saúde, para que a doença possa ser prevenida ou combatida numa fase inicial, quando as hipóteses de sucesso são maiores. Os resultados também mostram que 45 por cento das inquiridas conseguiu identificar alguns métodos de detecção precoce.

No entanto, apenas 26 por cento das mulheres estava ciente de que um exame de Raio-X pode indicar o estado de saúde da mama.

1 Set 2024

Melco | Perdas de 325,1 milhões mas melhores resultados

Nos primeiros seis meses do ano, a Melco International Development apresentou perdas de 325,1 milhões de dólares de Hong Kong, de acordo com um comunicado enviado à Bolsa de Hong Kong. Para o grupo que controla os casinos City of Dreams e Studio City os resultados demonstram uma melhoria em comparação com o período homólogo, quando as perdas atingiram os 787,4 milhões de dólares de Hong Kong.

“Ao longo da primeira metade de 2024, as melhorias do ambiente de negócios continuaram a desenvolver-se, apoiadas pelas iniciativas estratégicas do grupo que visaram a expansão das receitas, aumento dos lucros e promoção de um crescimento sustentado”, declarou Lawrence Ho, presidente do grupo e filho do falecido Stanley Ho, no comunicado com o anúncio dos resultados. “Como parte do nosso compromisso em oferecer experiências sem paralelo aos nossos clientes em Macau, foram realizados investimentos significantes nos nossos recursos humanos e na melhoria das instalações”, foi acrescentado.

Em relação a Macau, Lawrence Ho destacou também que desde Junho que o Studio City passou a disponibilizar salas de cinema, naquela que era uma ambição antiga do resort que tem como tema o cinema e que na inauguração contou com a participação do realizador Martin Scorcese e dos actores Robert De Niro e Leonardo DiCaprio.

Além das operações em Macau, a Melco explora casinos nas Filipinas, em Chipre e tem planos para se expandir para o Sri Lanka, onde deverá começar a explorar o casino City of Dreams Sri Lanka até ao final de Setembro.

1 Set 2024

Jogo | Receitas de Agosto com aumento de 14,8%

No oitavo mês do ano, as receitas do jogo aproximaram-se dos 20 mil milhões de patacas, naquele que foi o segundo registo mais alto desde o início ano. No entanto, as receitas estão ainda a 81,4 por cento do montante pré-pandemia

 

As receitas do jogo subiram 14,8 por cento em Agosto, em comparação com o mesmo mês de 2023, foi anunciado ontem. Os casinos arrecadaram cerca de 19,8 mil milhões de patacas em Agosto, de acordo com dados da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ).

Apesar da recuperação em termos anuais, as receitas dos casinos em Agosto representaram ainda apenas 81,4 por cento do montante contabilizado em igual mês de 2019 (24,3 mil milhões de patacas), antes do início da pandemia.

Apesar da diferença, o montante de Agosto foi o segundo mais alto deste ano, apenas ultrapassado pelo valor de Maio, quando as receitas chegaram aos 20,2 mil milhões de patacas.

Nos primeiros oito meses de 2024, o sector do jogo em Macau arrecadou um total de 152,1 mil milhões de patacas, mais um terço do que no mesmo período do ano passado. Este valor representa 76,7 por cento do acumulado em igual período de 2019.

Com a retoma do jogo, a economia de Macau cresceu 15,7 por cento no primeiro semestre de 2024, em comparação com igual período do ano passado, de acordo com dados oficiais. O produto interno bruto (PIB) de Macau atingiu 204,3 mil milhões de patacas entre Janeiro e Junho, adiantou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) em 23 de Agosto.

O benefício económico das apostas feitas por visitantes em casinos aumentou 39,9 por cento em termos anuais na primeira metade de 2024, enquanto dos outros serviços turísticos subiu 2,8 por cento, sublinhou a DSEC, em comunicado.

Multiplica por quatro

Macau fechou o ano passado com receitas totais de jogo de 183,1 mil milhões de patacas, quatro vezes mais do que em 2022. Um valor que ultrapassou o previsto no orçamento de Macau para 2023, que era de 130 mil milhões de patacas.

Ainda assim, de acordo com os dados do regulador do jogo, a receita acumulada em 2023 representou 62,6 por cento do montante registado no mesmo período de 2019.

Desde o início do ano, o Governo Central divulgou uma série de medidas de apoio a Macau, como o aumento do limite de isenção fiscal de bens para uso pessoal adquiridos por visitantes da China, que, estando em excursões, podem também, no prazo de sete dias, viajar várias vezes entre Hengqin e Macau, através do Posto Fronteiriço de Hengqin.

Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas alargaram a um total de 10 cidades da China a lista de locais com “vistos individuais” para visitar Hong Kong e Macau.

1 Set 2024

Economia | Excedente da balança de pagamentos aumentou quase seis vezes

A balança de pagamentos de Macau registou um excedente de 136,7 mil milhões de patacas no ano passado, quase seis vezes mais do que em 2022, anunciou na sexta-feira o regulador financeiro.

Num comunicado, a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) atribuiu a subida do excedente “ao acréscimo das exportações de serviços turísticos”, incluindo o benefício económico das apostas feitas por visitantes em casinos.

A região, capital mundial do jogo e o único local na China onde o jogo em casino é legal, tinha registado em 2022 um excedente de 22,9 mil milhões de patacas. As exportações de serviços quase triplicaram no ano passado, enquanto as importações de serviços subiram 35,6 por cento, fazendo com que o excedente na balança de serviços mais que triplicasse, para 263,4 mil milhões de patacas.

O território, cuja economia depende do turismo e jogo, cancelou em Janeiro de 2023 todas as medidas de prevenção e contenção da covid-19, depois de quase três anos de rigorosas restrições impostas pela política ‘zero covid’, que também vigorou na China.

Visitantes quadruplicaram

Em resultado, o número de visitantes quadruplicou em 2023 para 28,2 milhões, uma subida replicada pelas receitas da indústria dos casinos, que atingiram 183,1 mil milhões de patacas. A balança comercial registou um défice de 98,7 mil milhões de patacas, mais 26,2 por cento do que em 2022, graças a um aumento de 2,3 por cento nas importações de mercadorias.

Quanto à balança de rendimentos, referente aos investimentos no estrangeiro, registou um défice de 4,5 mil milhões de patacas, em comparação com um excedente de 37,8 mil milhões de patacas, no ano anterior.

A balança de transferências teve também um saldo negativo de 23,6 mil milhões de patacas em 2023, duas vezes e meia maior do que no ano anterior. A balança de pagamentos reflecte os pagamentos e receitas do comércio exterior de bens, serviços, rendimentos e transferências, sendo considerada um dos mais amplos indicadores comerciais.

1 Set 2024