Hoje Macau SociedadeParisian | Amostras contaminadas com legionella [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde de Macau (SSM) detectaram valores anormais da bactéria legionella pneumophila em 10 das 78 amostras de água recolhidas do Hotel Parisian em Macau. De acordo com o comunicado enviado à comunicação social, as amostras dizem respeito às águas das torneiras das instalações sanitárias e nos balneários da piscina daquele hotel. A bactéria não foi encontrada nas piscinas, jacuzzis e fontes. As dez amostras contaminadas revelaram valores superiores ao limite de 10CFU/ml permitido. Na mesma acção foram ainda detectadas anormalidades no funcionamento do sistema de cloração da água redistribuída e insuficiência do cloro residual. Consequentemente, referem os SSM, o organismo exigiu a correcção imediata das situações em falta. A inspecção decorreu de uma notificação do Centro de Protecção de Saúde de Hong Kong recebida no passado dia 21 de Abril, em que dos 17 casos notificados de legionella pneumophila, pelo menos três dos portadores tinham viajado para Macau durante o período de incubação da bactéria entre os meses de Janeiro a Março. Durante a investigação os SSM confirmaram que neste período, um dos portadores visitou o Hotel Parisian Macau e dois estiveram hospedados no mesmo Hotel. Ao Parisian foram ainda deixadas recomendações de procedimentos rigorosos. Em Macau, nos últimos dez anos, apenas foi registado um caso confirmado da doença dos legionários, em 2010.
Hoje Macau SociedadeCentenário de Fátima | Milhares de fiéis católicos saíram às ruas em Macau [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ilhares de fiéis católicos espalharam-se este sábado pelas ruas de Macau para a procissão de Nossa Senhora de Fátima, no ano em que se comemoram os 100 anos das “aparições” marianas de Fátima. Alguns participaram na iniciativa pela primeira vez. Junto à porta do local das cerimónias Freeman Leung, 26 anos, veio de Hong Kong, pela primeira vez, de propósito para a procissão: “Sou católico-apostólico. Em Hong Kong temos poucas destas actividades, por isso quis juntar-me e experienciar”. Por herança britânica há em Hong Kong uma presença mais forte do protestantismo do que do catolicismo, apesar de ambas as igrejas serem minoritárias. “Sinto que estas cerimónias, estas liturgias, podem ajudar-me a estar mais perto de Deus e fortalecer a minha fé”, disse Freeman Leung. Ao contrário dos anos anteriores, quando a eucaristia e o início da procissão ocorriam na Igreja de São Domingos, este ano a cerimónia foi marcada para a Sé Catedral de Macau e pelas 18h00 já pouco espaço havia no Largo da Sé, onde as pessoas que não couberam na igreja acompanhavam a missa através de ecrãs, algumas envergando t-shirts com a imagem de Nossa Senhora. Após a missa em três línguas (chinês, português e inglês) pelo bispo Stephen Lee, e a comunhão, quando já era noite, a imagem de Nossa Senhora de Fátima saiu da igreja, entre cânticos de Avé Maria e centenas de ecrãs de telemóveis. Em declarações à Lusa, Freeman Leung espera que a relação entre a China e o Vaticano melhore, apesar das “dificuldades” que fazem com que “o Governo [chinês] não permita que os católicos expressem a sua fé livremente no país”. Segundo Leung, muitas outras pessoas vieram a Macau para a ocasião, notando um número significativo dos que falam mandarim. “Acho que querem experienciar isto”, apontou. Subir à Penha Com o marido e a filha de três anos, Jane Leung, de 34 anos, contou que esta foi a primeira vez que foi à procissão desde que foi mãe. “Este ano é especial, por causa do centenário. É importante participar num evento desta natureza. É tão impressionante. Temos de copiar o comportamento da Virgem Maria e a sua paixão”, comentou. A procissão seguiu pela cidade até à igreja da Penha, onde só chegou pelas 21h00. O dia quente e húmido não impediu milhares de pessoas de subir até à Ermida da Penha, acompanhadas de orações e cânticos que ecoavam pelos altifalantes espalhados pela cidade. Depois de “ter ficado a meio caminho” no ano passado, a portuguesa Sílvia Carimbo, de 44 anos, desta vez acompanhou a procissão até ao fim. “Noto muito mais gente este ano, acredito que por comemoração do centenário tenham aparecido muito mais pessoas na procissão”, disse. Segundo indicou a polícia à Lusa, três mil pessoas estiveram na procissão, mas entre os participantes esse número era tido como muito conservador. Macau tem quase 645 mil pessoas, com a comunidade católica estimada em cerca de 30 mil. A primeira procissão de Nossa Senhora de Fátima aconteceu em 1929.
Hoje Macau EventosFestival Eurovisão da Canção | Salvador Sobral faz história O português Salvador Sobral conseguiu a primeira vitória portuguesa no Festival Eurovisão da Canção com recordes de pontuação. O cantor interpretou “Amar pelos dois” e conquistou a Europa com uma postura real e música sentida [dropcap style≠’circle’]“E[/dropcap]u quero que o Salvador Sobral ganhe o festival da Eurovisão. Ele é bom demais”, foram as palavras de Caetano Veloso num vídeo que publicou no Twitter enquanto via, no passado sábado, o Festival Eurovisão da Canção. Salvador Sobral ganhou, e conseguiu a primeira vitória de Portugal no festival europeu. Mais tarde, dizia, que estas palavras foram mais importantes do que galardão. Salvador Sobral cantou em português, “Amar pelos dois”, com letra e música de Luísa Sobral, sua irmã, e obteve 758 pontos na votação combinada dos júris nacionais e do público, na final do festival disputada por 26 países em Kiev, na Ucrânia. Após a vitória, Sobral sublinhou que a “música não é fogo-de-artifício, é sentimento” e que “vivemos num mundo de música descartável”, apelando para uma mudança. “Vivemos num mundo de música descartável, de música ‘fast-food’ sem qualquer conteúdo. Isto pode ser uma vitória da música, das pessoas que fazem música que de facto significa alguma coisa. A música não é fogo-de-artifício, é sentimento. Vamos tentar mudar isto. É altura de trazer a música de volta, que é o que verdadeiramente interessa”, disse nas primeiras declarações após a vitória. Mais tarde, em declarações à RTP, Salvador Sobral sublinhou tratar-se de “uma boa vitória também para a música no geral”, apesar de saber “que estas coisas são muito efémeras, estes concursos, amanhã já ninguém se lembra”. “O importante é continuar a fazer música, mas sinto que é um bom passo que as pessoas tenham gostado desta música, que tem tanto conteúdo, emocional, lírico, melódico, acho que isto pode ajudar de alguma maneira, se calhar até nos anos próximos a Europa a trazer músicas com um bocadinho mais de significado a todos os níveis”, afirmou o cantor. Questionado pelo apresentador José Carlos Malato sobre se esta vitória significa a entrada do cantor na história, Sobral disse não querer pensar nisso, recordando a digressão que tem agendada para os próximos meses, com concertos a partir do próximo sábado em Marco de Canavezes, seguindo-se o Cartaxo (26 de Maio) e Ovar (27 de Maio), antes de prosseguir a 10 de Junho em Ílhavo com datas que continuam até Agosto. Politicamente incorrecto Salvador Sobral, face a uma pergunta sobre o apelo que fez de apoio aos refugiados na conferência de imprensa que se seguiu à primeira meia-final, disse não pretender acrescentar nada ao que já havia afirmado, mas realçou que transmitiu uma mensagem sobre os refugiados por acreditar ser o maior problema com que a Europa se confronta actualmente, sem querer ser político. “Recebemos um e-mail da organização a dizer que não podia continuar a usar aquela camisola [que dizia ‘SOS Refugiados’]”, explicou, por não serem permitidas mensagens políticas ou comerciais: “Pensei que era estranho. E se vestir uma camisola da Adidas, é uma mensagem comercial? Era apenas humanitária. Já disse tudo o que tinha a dizer, não penso que deva apertar o mesmo botão outra vez”. Sobral, que disse nunca ter escrito uma canção com o propósito de passar na rádio, frisou que a sua vida não vai mudar em nada e que vai prosseguir com a digressão prevista para este Verão. “Nunca quis saber dos votos, só quis cantar uma canção bonita como ela é”, declarou. Durante a conferência de imprensa, o supervisor executivo da União Europeia de Radiodifusão, Jon Ola Sand, enalteceu o trabalho da organização local em Kiev e disse que a preparação para 2018, em Portugal, começa “já na segunda-feira”. O inquieto Salvador Sobral publicou “Excuse me”, o seu disco de estreia, há um ano, cruzando referências de uma vida, que provam o seu modo inquieto de viver a música, do jazz de Chet Baker aos clássicos brasileiros de Dorival Caymmi. Tinha 26 anos, era um desconhecido, não mais do que o irmão de Luísa Sobral, e um rosto perdido na memória de edições de concursos de talentos vocais, há muito desaparecidas. O cantor nasceu em Lisboa, em 1989, ouvia música desde criança e, numa entrevista recente ao El País, recordou as viagens em família, as canções partilhadas com os pais, dos Beatles, dos Genesis, de Simon & Garfunkel e John Lennon, sobretudo clássicos dos anos dos anos 1960/70, e as harmonias feitas com a irmã. Dedicou-se a um curso de Psicologia e a um Erasmus em Maiorca. Para ganhar dinheiro, começou a cantar em bares. E foi aí que tudo mudou. Descobriu Chet Baker, através de um guitarrista argentino com quem cantava: “Deslumbrou-me. Parecia uma angústia misturada com esperança, com melancolia, tudo numa só pessoa. Identifiquei-me totalmente com ele e com o seu estilo”, disse na entrevista ao jornal espanhol El País, publicada no passado dia 16 Abril. O curso de Psicologia deu lugar ao de Música, e Maiorca a Barcelona, onde, em 2014, começou a actuar com a banda Noko Woi, com quem participou no festival Sonar. Um ano mais tarde seria uma voz na programação dos festivais Mexefest e, no seguinte, entraria no Cool Jazz. Entre a vitória em Lisboa e a vitória em Kiev, a actuação de Salvador Sobral teve impacto nos meios internacionais de comunicação. Surgiu na TVE a cantar com o concorrente espanhol, foi entrevistado pelo El País, chegou às páginas do El Mundo, do Daily Express, do The Sun. A agência France Presse definiu-o como “o ‘crooner’ português de coração demasiado grande”. “Sou um inquieto musical, preciso de ter muitos projectos em simultâneo. Estou a preparar um disco de boleros em jazz. É uma dor de cabeça ter tantas facetas. Acabarei por ter tantos heterónimos como Fernando Pessoa”, garantiu ao El País. • REVEJA A PARTICIPAÇÃO DE SALVADOR SOBRAL NO FESTIVAL EUROVISÃO DA CANÇÃO
Hoje Macau China / ÁsiaRota da Seda | Banco Mundial e FMI advertem Pequim para dificuldades [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente do Banco Mundial (BM) e a directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiram ontem a China para as dificuldades do plano de investimentos em infra-estruturas que Pequim promove sob o epíteto das Novas Rotas da Seda. Apesar de Jim Yong Kim e Christine Lagarde manifestarem apoio à iniciativa impulsionada pela China, designada de “Uma Faixa, Uma Rota” – “versão simplificada de “Faixa Económica da Rota da Seda e da Rota Marítima da Seda para o Século XXI” -, os líderes dos dois organismos multilaterais advertiram para os desafios em cumpri-la, durante a abertura do fórum internacional subordinado ao ambicioso projecto, que decorre até esta segunda-feira com a presença de líderes de 29 países. Para garantir o êxito das Novas Rotas da Seda, “o investimento estimado precisará de ser grande”, afirmou o presidente do BM, para quem será necessário criar mecanismos de apoio dependendo do grau de desenvolvimento que tenham os países nos quais será feito o investimento, além de mecanismos financeiros “inovadores”. As décadas de experiência do Banco Mundial sugerem ainda que a “distribuição de riscos” será fundamental, sublinhou Kim, isto numa altura em que vários especialistas advertem para a possibilidade de a China estar a apostar em iniciativas com base em critérios políticos e não segundo a sua rentabilidade. Apesar das dificuldades, o presidente do Banco Mundial expressou o seu total apoio ao enorme plano desenhado por Pequim, descrevendo-o como “um ambicioso esforço e sem precedentes para iluminar a Ásia”. “Cumprir com esta promessa não vai ser tarefa fácil, mas se for levada a cabo, e bem realizada, pode trazer enormes benefícios”, afirmou, por seu lado, a directora-geral do FMI. Lagarde defendeu o investimento em infra-estruturas de “grande qualidade”, que respeitem o meio ambiente e que melhorem as ligações de países agora mais isolados com as cadeias de abastecimento globais. A iniciativa poderá fortalecer a cooperação económica e “definitivamente” poderá ajudar a impulsionar o comércio e facilitará a distribuição de benefícios de uma forma mais ampla, observou a directora-geral do FMI. Anúncio presidencial Xi Jinping anunciou ontem milhares de milhões de dólares para projectos que integrem a iniciativa Novas Rotas da Seda, com a qual Pequim pretende cimentar as suas relações comerciais na Ásia, Europa e África. O Presidente chinês fez o anúncio diante de líderes de cerca de 30 países durante o discurso de abertura do fórum de cooperação internacional “Uma Faixa, Uma Rota”, onde Portugal se faz representar pelo secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira. A China vai contribuir com 100.000 milhões de yuan adicionais para o Fundo da Rota da Seda – montado em 2014 para financiar projectos de infra-estruturas – e providenciar ajuda, nos próximos três anos, no valor de 60.000 milhões de yuan a países em desenvolvimento e a organizações internacionais que participem na iniciativa. Dois bancos chineses vão também oferecer empréstimos especiais de até 380.000 milhões de yuan para apoiar “Uma Faixa, Uma Rota”. Xi idealizou este plano internacional de infra-estruturas durante uma visita oficial à Ásia Central em 2013, ambicionando com este projecto simbolicamente reavivar a antiga Rota da Seda, o corredor económico que uniu o Oriente o Ocidente. Até agora, a iniciativa conquistou o apoio por parte de mais de uma centena de países e organizações internacionais. Moscovo e Pequim “preocupados” após disparo de míssil norte-coreano A China e a Rússia estão “preocupadas com a escalada de tensão” na península coreana, após o lançamento de um míssil pela Coreia do Norte em violação das resoluções da ONU, afirmou ontem o Kremlin. O Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, “discutiram em detalhe a situação na península coreana” durante um encontro, em Pequim, e “as duas partes exprimiram a sua preocupação para com uma escalada de tensão”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas. A Coreia do Norte levou ontem a cabo um novo teste de míssil, a partir da sua base de Kusong, a norte de Pyongyang. As autoridades sul-coreanas indicaram que o míssil, disparado às 5:27 percorreu cerca de 700 quilómetros antes de cair no Mar do Japão, pelo que o ensaio terá sido bem-sucedido, considerando tratar-se de um míssil balístico, apesar de se continuar a proceder à análise dos detalhes do lançamento para determinar o tipo de projéctil em causa. A China já tinha apelado à contenção, reiterando a sua oposição às violações das resoluções do Conselho de Segurança da ONU por parte da Coreia do Norte, num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. “Todas as partes envolvidas devem exercer contenção e abster-se de aumentar a tensão na região”, afirmou, poucas horas depois do lançamento do míssil. A Casa Branca, por seu turno, apelou à adopção de sanções “muito mais fortes” contra o regime de Pyongyang. Plano para capturar asteróide e colocá-lo na órbita lunar O programa espacial chinês estuda lançar uma missão que “capture” um asteróide e o coloque na órbita da Lua, visando explorar os seus minerais e metais ou até usá-lo como estação permanente, avançou o South China Morning Post. Citado pelo jornal de Hong Kong, o chefe do programa chinês de exploração lunar, Ye Peijian, assinalou que, até 2020, a China lançará as suas primeiras missões com destino a asteróides, corpos espaciais nos quais também a norte-americana NASA está interessada, pelos possíveis usos na mineração ou na agricultura. Ye sublinhou que muitos dos asteróides presentes no Sistema Solar, alguns relativamente perto da Terra, contêm uma alta concentração de metais preciosos, e ainda que por agora a sua exploração seja uma missão de alto risco, poderá a longo prazo ser muito rentável. O plano chinês é “capturar” um asteróide, que começaria com a aterragem de uma nave no corpo celeste, para depois fixar-se a este. A nave estaria equipada com poderosos motores, com os quais poderia arrastá-lo até à órbita da Lua, um plano que exigirá quarenta anos de investigação, segundo Ye. Em Março passado, a imprensa oficial chinesa noticiou que o programa espacial chinês planeia enviar sondas espaciais para estudar os movimentos de três asteróides.
Hoje Macau MancheteSalvador Sobral – “Amar Pelos Dois” “Amar Pelos Dois” Se um dia alguém perguntar por mim Diz que vivi para te amar Antes de ti, só existi Cansado e sem nada para dar Meu bem, ouve as minhas preces Peço que regresses, que me voltes a querer Eu sei que não se ama sozinho Talvez devagarinho possas voltar a aprender Meu bem, ouve as minhas preces Peço que regresses, que me voltes a querer Eu sei que não se ama sozinho Talvez devagarinho possas voltar a aprender Se o teu coração não quiser ceder Não sentir paixão, não quiser sofrer Sem fazer planos do que virá depois O meu coração pode amar pelos dois Salvador Sobral
Hoje Macau PolíticaDeputado pede apoio para empresas após salário mínimo [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]g Kuok Cheong pediu ontem, na Assembleia Legislativa, que o Governo transfira o subsídio que disponibiliza como complemento de rendimentos baixos para as empresas, após a implementação generalizada do salário mínimo. “O Governo deve cumprir o compromisso de estender o salário mínimo a todos os sectores em 2018”, defendeu o deputado. “O nível do salário mínimo deve ser adequadamente ajustado, tendo em conta a situação real e tendo por base o valor mínimo já implementado para os trabalhadores do sector da administração de propriedades”, disse durante o período de intervenções antes da ordem do dia. “O Governo deve avançar já com estudos sobre a viabilidade de se criarem mecanismos amortecedores que permitam transferir os recursos financeiros destinados ao subsídio para baixos rendimentos para apoiar as pequenas empresas na retenção dos seus trabalhadores locais que auferem baixos rendimentos, nesta nova situação decorrente da lei do salário mínimo”, propôs o deputado pró-democrata. O alargamento do salário mínimo começou por ser apontado para 2018, mas vários deputados já manifestaram dúvidas que tal aconteça antes de 2019, tendo em conta todas as consultas que o Governo pretende fazer até apresentar o diploma. Passos dinâmicos Para o deputado, deve ser criado um “mecanismo dinâmico de transição”, em que, no primeiro ano da implementação do salário mínimo, o Governo concede “um complemento de rendimento aos trabalhadores cujos salários não atingem o mínimo exigido por lei, nomeadamente os das pequenas lojas e contratados por pequenos proprietários”, sob condição que os empregadores asseguram salários “não inferiores a 70 por cento do mínimo exigido por lei”. Além disso, “as empresas cujos trabalhadores beneficiam desse complemento têm de assegurar aumentos salariais anuais de seis por cento no mínimo”, enquanto o Governo “continua a conceder o referido complemento até que o empregador consiga assumir o salário mínimo exigido”. Os pedidos de subsídio complementar aos rendimentos do trabalho caíram a pique no ano passado. Dados publicados no portal da Direcção dos Serviços de Finanças indicam que, ao longo do ano passado, deram entrada 1055 requerimentos, contra 4789 submetidos em 2015.
Hoje Macau China / ÁsiaDonglu | Uma aldeia católica num país governado por ateus [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]o interior do norte da China, uma igreja do tamanho de um quarteirão, com paredes e colunas brancas, ergue-se no centro de uma aldeia, entre casas de tijolo cru, estradas poeirentas e plantações de melancia. Trata-se da aldeia de Donglu, um dos lugares mais sagrados para os católicos chineses, fruto de uma aparição de Nossa Senhora, em 1900, para proteger os locais de uma rebelião nacionalista. Aqui, a 140 quilómetros a sudoeste de Pequim, capital de um país governado por ateus e sem relações diplomáticas com o Vaticano, quase todos os habitantes são católicos. “Desde crianças que recebemos os ensinamentos de Deus”, diz à agência Lusa Ke Hua, uma local de 27 anos, que está a ajudar a irmã, proprietária de uma loja de artigos religiosos. “A fé dá-nos restrições morais e uma base enquanto seres humanos”, explica. O cristianismo, na China, estará mesmo numa fase de grande expansão, preenchendo “o vazio moral” e o “excessivo materialismo” provocados pela alegada crise da ideologia comunista e o trepidante desenvolvimento das últimas três décadas de “Reforma Económica e Abertura ao Exterior”. Ke reconhece a existência de uma “crise de valores” e lamenta que “os interesses económicos estejam hoje por detrás de tudo”. “Até as crianças já pensam em dinheiro; as ligações entre as pessoas deixaram ter como base os afectos”, diz. Pequim não tem relações diplomáticas com a Santa Sé e a base teórica marxista do Partido Comunista Chinês, que governa o país desde 1949, promove o ateísmo. Em Donglu, contudo, o catolicismo tem uma história antiga e obteve maior proporção com as aparições de Maria em 1900, que o Vaticano confirmou em 1928. No domingo de Páscoa, a igreja da aldeia está a abarrotar. Nas ruas, lançam-se petardos e fogo-de-artifício para “afugentar os maus espíritos”, uma tradição reservada na China para a passagem do Ano Novo Lunar, a mais importante festa para os chineses. Entre os crentes, trocam-se ovos com a inscrição “Deus ama-te” e, em frente à igreja, vende-se algodão doce, outra novidade no país. “No meu coração, sou livre de ter fé”, afirma Rui Yi, nascida e criada em Donglu. “Não me importa as restrições que nos colocam. Isso não abala a minha crença em Deus”, atira. Estima-se que haja já 12 milhões de católicos no país, entre os quais muitos optam por celebrar a sua fé em igrejas clandestinas, que juram lealdade a Roma, arriscando represálias das autoridades. À chegada, o padre avisou os jornalistas da Lusa de que corriam o risco de ser detidos, mas a reportagem acabou por decorrer sem incidentes. Maus hábitos Não foi sempre assim: em Abril e Maio de 1996, um ano após uma segunda alegada aparição de Maria, mais de cinco mil efectivos militares, 30 carros blindados e diversos helicópteros foram destacados para Donglu. Fontes católicas dizem que as peregrinações a Donglu foram proibidas na década de 1990, com a polícia a selar a estrada da aldeia. A aparição de Nossa Senhora terá ocorrido durante a revolta dos Boxers, movimento nacionalista contra a presença estrangeira na China, que tornou comum os atentados e torturas contra comerciantes, missionários e diplomatas estrangeiros. Donglu já era então uma aldeia predominantemente católica e, quando os atacantes chegaram, Maria terá vindo em socorro dos crentes. Tal como as aparições de Fátima em 1917, a igreja católica confirmou a veracidade das aparições de Donglu. Em 1932, o Papa Pio XI consagrava a aldeia como um lugar de culto a Nossa Senhora da China. Hoje, para os habitantes de Donglu, a maioria empregados no fabrico de gruas manuais ou no cultivo de melancia, a fé parece ser uma forma de fugir à dureza da vida na aldeia. “Acreditar em Deus é amar a humanidade, amar todas as pessoas, sem limites”, descreve Rui Yi. “Porque amo Deus, não conheço o ódio”.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang insta Seul a travar “confrontação” após eleição de Moon [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Coreia do Norte instou ontem o novo governo da Coreia do Sul a acabar com as “políticas de confrontação”, incluindo os exercícios militares conjuntos anuais com os Estados Unidos. A mensagem foi transmitida num editorial do diário estatal Rodong Sinmun dirigido ao executivo do novo Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que tomou posse na quarta-feira, acabando com uma década de governos conservadores. “As duas Coreias devem respeitar-se mutuamente e abrir um novo capítulo para avançar para uma melhoria dos seus laços e a unificação inter-coreana”, indica o texto. Para isso, o editorial considera que a Coreia do Sul deve acabar com os exercícios militares anuais com os Estados Unidos e proibir os activistas conservadores sul-coreanos de enviarem balões para o Norte com panfletos contra o regime. Pyongyang alega frequentemente que os exercícios conjuntos Seul-Washington são na realidade ensaios para invadir o seu território. “A Coreia do Norte e a Coreia do Sul deveriam procurar o diálogo e a negociação a diferentes níveis”, refere o editorial. A eleição de Moon ocorreu numa altura de particular tensão na península devido aos contínuos ensaios de armamento de Pyongyang e à retórica endurecida de Washington. No entanto, o novo chefe de Estado sul-coreano disse durante a campanha que procuraria uma maior aproximação ao Norte e sugeriu, após tomar posse, que, com as condições adequadas, poderia visitar Pyongyang para uma cimeira com Kim Jong-un.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul e Tóquio concordam em cooperar de perto sobre Pyongyang [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] novo Presidente da Coreia do Sul e o primeiro-ministro japonês concordaram ontem, num primeiro contacto telefónico, em cooperar de perto para lidarem em conjunto com a Coreia do Norte, cujo programa de mísseis ameaça os dois países. Fontes oficiais japonesas descreveram o primeiro telefonema entre o novo Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, como “positivo e cheio de significado”, com os dois a concordarem em cooperar estreitamente para lidar com Pyongyang. Os dois líderes falaram durante 25 minutos, tendo concordado em encontrar-se o mais rapidamente possível para aprofundar as conversações. Já o gabinete de Moon informou que, ao longo do telefonema, o Presidente sul-coreano transmitiu a Shinzo Abe que ambos não devem deixar que o historial de conflitos entre os dois países fragilize a cooperação, especialmente no que toca a lidar com a Coreia do Norte. Matéria delicada No mesmo telefonema, os dois líderes abordaram o controverso tema do acordo de 2015 sobre a compensação a pagar a mulheres sul-coreanas, forçadas a serem escravas sexuais de militares japoneses durante a II Guerra Mundial. O gabinete de Moon disse que este transmitiu a Abe que o acordo era “emocionalmente difícil” de aceitar por parte do grande público sul-coreano. O acordo entre os dois países, muito impopular na Coreia do Sul, implica pagamentos monetários às vítimas destes crimes. A Coreia do Sul, por seu lado, comprometeu-se a resolver o problema, motivo de queixa do Japão, da instalação de uma estátua de uma mulher – a representar as vítimas de abusos – em frente à embaixada japonesa em Seul. As fontes oficiais japonesas escusaram-se a confirmar que o Presidente sul-coreano tenha dito a Abe que a sociedade sul-coreana tem dificuldade em aceitar o acordo de 2015. Segundo as mesmas fontes, Abe disse a Moon que o acordo tem de ser “gerido adequadamente”, sem entrar em mais pormenores. Os dois lados, sublinhou, têm a responsabilidade de respeitar o acordo, um tratado diplomático reconhecido internacionalmente.
Hoje Macau EventosFilme “The Great Wall” é pouco interessante, diz realizador [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] realizador chinês Zhang Yimou disse que o fracasso da maior produção cinematográfica conjunta entre a China e os Estados Unidos, o “The Great Wall”, terá ficado a dever-se ao pouco interesse da história retratada. “Os atores são todos muito bons. [O protagonista] Matt Damon e todos os outros foram esplêndidos”, afirmou Zhang à agência The Associated Press. “Provavelmente, a história é um pouco fraca, ou o momento não foi o melhor, ou então fomos nós que não fizemos um bom trabalho. Pode ser por muitas razões”, acrescentou. O “The Great Wall” remete para uma China imaginária, onde a Grande Muralha, o monumento mais conhecido do país, foi edificada para deter a invasão por monstros que comem carne humana. O guião demorou sete anos para Hollywood concluir. Zhang acrescentou elementos da cultura chinesa e o seu estilo visual, patente no drama de Kung fu, “House of Flying Daggers”, ou na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos Pequim 2008. Os produtores esperavam que o filme, com um orçamento de 150 milhões de dólares, pudesse inverter a tendência das produções conjuntas entre a China e os EUA falharem em ambos os mercados. O “The Great Wall” arrecadou apenas 45 milhões de dólares em receitas de bilheteira, desde que estreou em fevereiro passado, mas ganhou 332 milhões globalmente. Na China, onde foi exibido em dezembro, alcançou 171 milhões de dólares, tornando-se o oitavo filme com maiores receitas no país, em 2016. O filme foi produzido pela Legendary East, subsidiária chinesa da produtora de Hollywood Legendary Entertainment, adquirida no ano passado por Wang Jianlin, o homem mais rico da China e presidente do grupo Wanda Group, que tem a maior rede de distribuição cinematográfica do mundo. Zhang considerou que o “The Great Wall” é um marco na colaboração entre produtores chineses e de Hollywood. “Como os chineses dizem, ‘tudo é difícil no início’. Penso que foi importante começar. Espero que haja mais cooperações do género, que as pessoas não parem só porque o resultado não foi bom”, afirmou Zhang. Questionado se participaria de outra produção conjunta entre a China e Hollywood, Zhang respondeu: não tenho que ser eu a fazer. Espero que mais pessoas colaborem nisto”.
Hoje Macau SociedadePresidente do Politécnico aponta falhas na hotelaria e direito [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente do Instituto Politécnico de Macau (IPM), Lei Heong Iok, defendeu ontem que o território precisa de mais quadros qualificados e bilingues nas áreas da hotelaria e direito para aumentar a competitividade. “Temos de reforçar o nosso desenvolvimento e o nosso investimento na educação”, disse Lei Heong Iok, numa palestra na Universidade de Macau para cerca de uma centena de representantes da área da Educação, organizada no âmbito da visita à região de Zhang Dejiang, presidente do comité permanente da Assembleia Popular Nacional (APN). O presidente do IPM recordou que a região “tem como objectivo a transformação num centro de turismo e de lazer, e também a transformação num centro e numa plataforma de cooperação entre os países lusófonos e a China”. É preciso “aproveitar estas vantagens para aumentar a competitividade de Macau”, defendeu. “Para atingir este objectivo temos de ter mão-de-obra e talentos ou quadros qualificados na área da hotelaria e na área do direito, bilingues”, afirmou. O IPM lançou há uma década a licenciatura em Tradução e Interpretação Português-Chinês/Chinês-Português e vai criar uma licenciatura em Português que irá arrancar no ano lectivo 2017/18. Trabalho feito Lei Heong Iok destacou o contributo do IPM nos últimos anos para a formação de quadros bilingues e disse que “o número de estudantes está também a aumentar”, sublinhando que o instituto vai aproveitar as respectivas vantagens de modo a continuar a atingir bons resultados. “Estes resultados podem contribuir para o desenvolvimento económico de Macau e para o desenvolvimento do sector do jogo”, disse. Lei Heong Iok observou ainda que num mundo globalizado, “só os quadros qualificados competitivos é que podem ganhar um lugar”. “Por isso, temos de empenharmo-nos mais na formação de quadros qualificados, porque Macau é uma cidade pequena”, afirmou. Na mesma palestra falaram também directores de escolas, professores e dirigentes de associações de estudantes, com alguns a invocarem a necessidade de reforçar a educação da história da China e incutir valores patrióticos nos alunos. “Todas as escolas primárias e secundárias têm um papel na educação e patriotismo dos alunos”, disse Lai Sai Kei, director da Escola Keang Peng.
Hoje Macau SociedadeNascimentos em Macau sofrem uma queda [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro trimestre de 2017 regista uma diminuição do número de nascimentos no território. De acordo com os dados fornecidos pelos Serviços de Estatísticas e Censos, registaram-se no primeiro trimestre deste ano menos 20,3 por cento de nascimentos em Macau, com um total de 1560 nados vivos, menos 397 em termos trimestrais. No entanto, a população regista um acréscimo de 3400 pessoas. No final de Março, Macau tinha 648.300 pessoas, sendo que a população feminina representava a maioria, com 52,7 por cento. De acordo com o comunicado enviado à comunicação social, registaram-se 499 óbitos no trimestre em análise, o que corresponde a menos 39 em termos trimestrais, sendo que as três principais causas de morte foram tumores, com 159 casos, doenças do aparelho circulatório, com 146, e doenças do aparelho respiratório, com 103 óbitos. Ainda no mesmo período de tempo, houve um aumento de 423 migrantes do Continente, num total de 1211, e foram autorizados 411 pedidos de residência, o que corresponde a um acréscimo de 15 pessoas. Até ao final do primeiro trimestre deste ano, existiam 179.879 trabalhadores não residentes em Macau, mais 2241 indivíduos face ao trimestre anterior. O número de casamentos registados foi de 1094 no trimestre de referência, mais 115 em termos trimestrais.
Hoje Macau China / ÁsiaTurismo | Portugal promove voo directo com China e três regiões [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Turismo de Portugal promove esta semana o novo voo directo entre Portugal e a China, e três regiões portuguesas, na primeira edição do ITB China, feira de turismo que decorre até sexta-feira em Xangai. “Acima de tudo, queremos promover o novo voo, que é este ano a grande marca na ligação entre o mercado chinês e Portugal”, disse à agência Lusa Filipe Silva, vogal do conselho directivo do Turismo de Portugal. A ligação aérea directa entre a China e Portugal arranca em 26 de Julho, com partida da cidade de Hangzhou, na costa leste da China, e com destino a Lisboa, parando em Pequim. Filipe Silva apontou que a abertura do voo é acompanhada por uma estratégia de comunicação, que visa reforçar a notoriedade de Portugal no país asiático. Com duzentos metros quadrados, o pavilhão português promove ainda a Madeira, a região centro e o Alentejo, para além de oito empresas, entre as quais a companhia aérea responsável pelo voo, Beijing Capital Airlines (BCA). O voo terá três frequências semanais e ficará a cargo do modelo 330-200 da Airbus, aeronave com capacidade para 242 passageiros em classe económica e 18 lugares em classe executiva. Nos últimos três anos, o número de turistas chineses que visitaram Portugal triplicou, para 183.000. A China é já o maior emissor mundial de turistas e, segundo estatísticas oficiais, 135,1 milhões de chineses viajaram para fora da China continental, em 2016, num aumento de 12,5% em relação ao ano anterior. A ITB (International Tourism Berlin) é a entidade que organiza a maior feira de turismo do mundo, que decorre todos os anos em Berlim, e que este ano realiza pela primeira vez uma feira na China, em Xangai, a “capital” económica do país.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim | Tudo a postos para receber fórum “Uma faixa, Uma rota” [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]equim está a postos para a realização do Fórum “Uma faixa, Uma rota” para a Cooperação Internacional, agendado entre os dias 13 e 15 de deste mês, com os trabalhos de preparação em andamento, disse um porta-voz do governo municipal. O evento será realizado no Centro Nacional de Convenções da China e no Centro de Convenções Internacionais do Lago Yanqi, na periferia a norte da capital, disse o porta-voz Wang Wenjie em conferência de imprensa. A construção foi concluída em todos os locais de reunião no Centro Nacional de Convenções, onde se realizará a cerimónia inaugural e a sessão plenária do encontro de alto nível. As reparações no centro Yanqi, o local principal do fórum, estão já também terminadas, informa o Diário do Povo. O centro de imprensa, instalado no Centro Nacional de Convenções foi concluído esta quarta-feira, enquanto um homólogo temporário está também já pronto em Yanqi. O evento contará com o apoio de mais de dois mil voluntários, que receberam formação para a participação no Fórum, segundo Wang. Verde pálido A organização utilizou materiais de construção recicláveis, amigos do ambiente, e papel reciclado, revelou Wang. Na tentativa de minimizar o impacto do evento na vida quotidiana dos cidadãos durante o fórum, o controlo de veículos não será aplicado, ou seja, a as autoridades não limitarão a circulação segundo o número (par ou ímpar) das matrículas. Cerca de 20 países e mais de 20 organizações internacionais assinarão documentos de cooperação com a China durante o fórum, que contará com representantes de 110 países. A iniciativa “Uma faixa, Uma rota” proposta pela China em 2013 consiste na Faixa Económica da Rota da Seda e da Rota de Seda Marítima do Século XXI. A iniciativa pretende construir uma rede de comércio e de infra-estruturas que liguem a Ásia, a Europa e África.
Hoje Macau China / ÁsiaNovo Presidente da Coreia do Sul irá a Pyongyang se houver condições [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] novo Presidente da Coreia do Sul, o liberal Moon Jae-In, afirmou ontem estar disponível para visitar a Coreia do Norte caso estejam reunidas as condições para tal, pouco depois de ter prestado juramento no cargo. “Estou disponível para ir a qualquer lado, pela paz na península coreana: se necessário irei imediatamente a Washington [e] a Pequim e a Tóquio. Se as condições estiverem reunidas irei a Pyongyang”, afirmou. Moon Jae-in, de 64 anos, do Partido Democrático, iniciou ontem um mandato de cinco anos como Presidente, após vencer as eleições antecipadas de terça-feira com 41,1% dos votos, contra os 24,03% de Hong Joon-pyo, do Partido da Liberdade (da anterior Presidente, Park Geun-hye). No discurso proferido na cerimónia de posse na Assembleia Nacional, horas depois de ter sido proclamado oficialmente vencedor, Moon comprometeu-se a trabalhar pela paz na península coreana, numa altura de crescentes receios relativamente à expansão do programa de armamento da Coreia do Norte, prometendo “agir rapidamente para resolver a crise de segurança nacional”. Ser verdadeiro Moon Jae-In afirmou que vai “negociar sinceramente” com os Estados Unidos, o principal aliado de Seul, e com a China, o principal parceiro comercial, a controversa instalação de um sistema de defesa antimíssil norte-americano (THAAD), no sul do país. À semelhança de Washington, Seul garantiu que tem objectivos meramente defensivos, mas Pequim, por exemplo, considerou que o THAAD tem capacidade para reduzir a eficácia dos sistemas de mísseis chineses. O início do mandato presidencial de cinco anos sem a normal transição de dois meses, devido às eleições antecipadas, vai obrigar Moon a depender, nesta fase inicial, dos ministros e assessores do governo da antecessora, Park Geun-hye. O novo Presidente irá designar o primeiro-ministro, “número dois” na Coreia do Sul, e o chefe de gabinete. As duas escolhas têm de ser aprovada pelo parlamento. Estas foram as primeiras presidenciais antecipadas desde que a Coreia do Sul voltou a realizar eleições democráticas, em Dezembro de 1987, convocadas após a também inédita destituição de um Presidente eleito democraticamente. Park Geun-hye, de 65 anos, destituída e colocada em prisão preventiva em Março, começou a ser julgada no início do mês devido ao escândalo de corrupção e de tráfico de influências, conhecido como “Rasputina”, arriscando uma pena que pode ir até à prisão perpétua.
Hoje Macau DesportoRodolfo Ávila no campeonato chinês de carros de turismo [dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]odolfo Ávila vai disputar a temporada completa do Campeonato Chinês de Carros de Turismo (CTCC), que arranca já este fim-de-semana no Circuito Internacional de Zhuhai. O piloto português corre pela SAIC Volkswagen 333 Racing. Ávila participou em duas provas do CTCC na passada temporada, mas em ambas as provas viu os seus resultados condicionados por problemas técnicos no Volkswagen Lamando GTS, assinala-se em nota de imprensa. “Porém, o andamento e empenho de Ávila não passaram despercebidos à equipa que, este ano, espera contar com ele na luta pelo título de pilotos e construtores no campeonato de automobilismo mais popular da República Popular da China”, lê-se no mesmo comunicado. “Quero agradecer à SAIC Volkswagen 333 Racing por me ter dado esta oportunidade, que é também o reconhecimento do trabalho que fiz nas duas provas do CTCC em que participei na temporada passada”, afirmou o piloto de Macau. No defeso, a equipa trocou a sua base de operações de Xangai para Zhaoqing e, ao mesmo tempo, aproveitou a paragem de Inverno para evoluir o carro da classe “Super Cup 2.0L” introduzido na última temporada. “A equipa sofreu uma reestruturação a nível técnico e essa foi uma das razões para eu ter aceite este convite. O carro também sofreu algumas evoluções, principalmente a nível de motor e aerodinâmica”, explica Rodolfo Ávila. “Já tive a oportunidade de testar o Lamando GTS na sua última especificação, no circuito de Guangdong, e as melhorias em termos de fiabilidade e performance são notórias”, acrescenta. Sentir primeiro Quanto aos objectivos para a temporada, Ávila é comedido nas expectativas, dado que a equipa esta temporada ainda não mediu forças com a oposição em condições iguais. “Como testamos sempre sozinhos, só iremos saber onde nos posicionaremos face à concorrência depois dos primeiros treinos livres oficiais. Obviamente que quero lutar pelos lugares cimeiros, mas a prioridade será sempre ajudar a equipa na luta pelos títulos de pilotos e construtores”, conclui. O CTCC é composto por oito eventos – sete na República Popular da China e um na Coreia do Sul –, sendo que cada um deles tem duas corridas. Além da SAIC VW, também a Ford, KIA, Hayma e BAIC estão representadas oficialmente no campeonato. A prova de abertura, em Zhuhai, arranca na sexta-feira com duas sessões de treinos-livres. A qualificação está marcada para a tarde de sábado, pelas 16h20, enquanto as duas corridas de dez voltas se realizam no domingo, pelas 8h40 e 13h10.
Hoje Macau InternacionalPortugal | Novo secretário-geral do SIRP passou por Macau [dropcap style≠’circle’]J[/dropcap]úlio Pereira, secretário-geral do Sistema de Informações da República (SIRP) desde 2005, vai deixar o cargo e ser substituído pelo diplomata José Júlio Pereira Gomes, também ele com um passado que inclui Macau. O novo secretário-geral das secretas portuguesas trabalhou no território como assessor do secretário-adjunto para a Administração, como director do Serviço de Administração e Função Pública. Foi administrador do Fundo de Pensões de Macau e assessor diplomático do Governador de Macau, de 1986 a 1989. O anúncio da substituição foi feito em comunicado pelo gabinete do primeiro-ministro, António Costa, em que se explica que Júlio Pereira já tinha solicitado oportunamente a sua saída de funções, mas que se mantém em funções até ao final da visita do papa Francisco a Portugal, sexta-feira e sábado. O chefe do Governo anunciou também que propôs ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que Júlio Pereira seja agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique e revelou ter consultado o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, como líder do principal partido da oposição, antes de escolher José Júlio Pereira Gomes para o cargo. No comunicado, o gabinete de António Costa sublinha que o novo secretário-geral do SIRP tem uma “vasta experiência em relações internacionais e em matérias de segurança e defesa”. José Júlio Pereira Gomes é licenciado em Direito pela Faculdade de Lisboa, trabalhou na Comissão Europeia dos Direitos do Homem do Conselho da Europa e é diplomata de carreira desde 1984. Foi secretário de Estado da Defesa Nacional do primeiro Governo socialista de António Guterres, de 1995 a 1997, representante permanente de Portugal no Comité Político e de Segurança da União Europeia e na União Europeia Ocidental (2002–2005), embaixador de Portugal na República Checa (2008–2015) e na Suécia desde Fevereiro de 2015. Foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.
Hoje Macau SociedadeMacau e Hong Kong com elevados níveis de poluição [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau e Hong Kong registaram ontem níveis de poluição atmosférica considerados perigosos para a saúde, com a concentração média das partículas PM 2,5, as mais lesivas, a atingir picos bastante acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde. A informação disponibilizada na página de Internet da Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) indica que às 18:00, Macau registava valores das PM 2.5 entre os 100 e 140 microgramas por metro cúbico, bastante acima do limite recomendado pela Organização Mundial de Saúde, que estabelece uma média diária de 25. Duas horas mais tarde, pelas 20:00 o índice das PM 2.5 nas várias zonas na região de Macau tinha subido para valores entre os 100 e 160 microgramas por metro cúbico. “Dado que hoje (ontem) o vento esteve relativamente fraco não privilegia a dispersão de poluentes na atmosfera. O principal poluente nas bermas das estradas é PM 2.5 e o na área geral é ozono”, disseram os Serviços Meteorológicos e Geofísicos numa resposta escrita à Lusa. “No entanto, à tarde, os poluentes no ar foram afectados pela reacção fotoquímica que ocasionou um aumento de concentrações de ozono, provocando a elevação do índice de poluição. Espera-se que amanhã (hoje) o vento continue, relativamente, fraco e a previsão para a qualidade do ar é de moderado a insalubre”, acrescentou. Discrepâncias As medições da qualidade do ar divulgadas pela Air Quality Index China (AQICN), uma organização não-governamental do interior da China, mostram valores de poluição atmosférica em Macau discrepantes dos que são reportados pela Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau. A título de exemplo, o AQICN, a Calçada do Poço, no centro da Península de Macau, registava às 18:00 o valor de 196 microgramas por metro cúbico, enquanto a subestação Norte indicava 189. Não obstante os valores discrepantes, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos indicavam pelas 19:45 locais que a prática de actividades ao ar livre era “não adequada” na berma da estrada e “não aconselhada” nas restantes quatro zonas de Macau em que são disponibilizados os valores do índice da qualidade do ar em tempo real. Durante o dia de ontem, Hong Kong também registou índices de poluição atmosférica “muito elevados” e “graves” para a saúde nas áreas financeiras e comerciais mais movimentadas da cidade, de acordo com o portal do governo de Hong Kong que mede a qualidade do ar. O departamento para a Protecção Ambiental atribuiu a concentração de poluição atmosférica a uma corrente de ar das zonas industrializadas do Delta do Rio das Pérolas e a ventos ligeiros que impedem a dispersão de poluentes, segundo o portal Hong Kong Free Press.
Hoje Macau PolíticaDebate sobre habitação social vai amanhã a votos [dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] já amanhã, dia 11, que a Assembleia Legislativa (AL) vota mais um pedido de debate apresentado pela deputada Ella Lei, que versa sobre a abertura de concursos para a atribuição de casas sociais. Na sua proposta, a deputada considera que “o Governo deve iniciar imediatamente os concursos para as habitações sociais, bem como implementar um mecanismo permanente de candidatura para esse tipo de habitação”. Ella Lei, ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau, considera que a não abertura de concursos cria condicionantes negativas a muitas famílias. “Se o Governo continuar a não abrir concursos para os residentes se candidatarem a habitações sociais, as famílias com dificuldades económicas não só não podem candidatar-se e viver numa dessas habitações, como também vão ficar sem o referido abono”, escreveu a deputada. Este é o terceiro pedido de debate que dá entrada na AL no espaço de um mês. As anteriores propostas, apresentadas pelos deputados Mak Soi Kun e Leong Veng Chai, já foram aprovadas pelo hemiciclo, estando a aguardar uma data para a realização do debate. Mudanças em curso O plenário de amanhã vai também servir para votar na especialidade as alterações ao regime das carreiras dos trabalhadores dos serviços públicos, bem como a alteração à “Lei de execução da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção”. Este último diploma esteve longos meses a ser discutido em sede de especialidade, tendo sido aprovado, na generalidade, em Abril do ano passado. Os deputados vão também votar na especialidade o articulado que altera as leis de combate aos crimes de branqueamento de capitais e terrorismo. A análise na especialidade chegou ao fim na semana passada, tendo a AL considerado, no parecer jurídico, que o Governo deve promover mais a recolha de dados nestas áreas, para que se possa dar uma melhor resposta ao baixo número de casos em tribunal que resultam em condenações.
Hoje Macau Manchete PolíticaPequim | Zhang Dejiang elogia “forças patrióticas” de Macau Os residentes de Macau sabem o que querem, são pragmáticos e souberam aproveitar o desenvolvimento da China Continental. Depois de, à chegada, ter deixado alguns avisos à navegação, ontem foi dia de elogios pelo líder da Assembleia Popular Nacional [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN) disse ontem que Macau deu um bom exemplo ao aprovar a lei anti-subversão e que a região tem sido bem-sucedida porque o patriotismo prevalece na sociedade. Zhang Dejiang – que além de presidente da APN é membro do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista Chinês (PCC), a cúpula do poder, falava numa palestra ontem de manhã em Macau, cuja cobertura jornalística foi reservada a apenas alguns órgãos de comunicação social, salienta a Agência Lusa. Conhecida também como a regulação do Artigo 23.º da Lei Básica, a lei anti-subversão, que entrou em vigor em Macau em 2009, prevê e pune os crimes contra o Estado. O Governo de Hong Kong tentou em 2003 implementar o Artigo 23.º da Lei Básica, mas o plano foi abortado depois da oposição de deputados pró-democracia e activistas, e de meio milhão de pessoas ter saído à rua em protesto, por receios de que Pequim usasse esta lei para reprimir a dissidência na região. Segundo a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong, no segundo dia da visita oficial à cidade, Zhang Dejiang disse que a população de Macau não pode dar-se ao luxo de ter agitação, sublinhando que as pessoas não desperdiçam energia e esforços em discussões que não levam a lado algum. Para o “número três” da hierarquia chinesa, os residentes de Macau têm sido pragmáticos e procurado oportunidades ao associarem as vantagens do território às tendências de desenvolvimento do país. Zhang Dejiang disse que as “forças patrióticas” em Macau têm mantido uma posição de liderança na sociedade e devem ensinar as gerações futuras a amar o país. Também disse que esses grupos patrióticos entenderam correctamente a implementação do princípio “Um país, dois sistemas”. Mensagem para o lado Antes do seminário, Zhang fez uma visita à Assembleia Legislativa (AL), durante a qual disse aos deputados para não desperdiçarem tempo em bloqueios ou a envolverem-se em actos de violência. O deputado pró-democrata Au Kam San disse mais tarde aos jornalistas que isso não acontece em Macau, pelo que depreende que Zhang Dejiang deve ter pretendido passar essa mensagem aos deputados de Hong Kong. Au Kam San entregou uma petição ao presidente do Comité Permanente da APN a pedir o sufrágio universal para a eleição do Chefe do Executivo e dos deputados à AL. Zhang Dejiang termina hoje a visita oficial de três dias. Não deverá voltar a Macau na qualidade de enviado de Pequim, uma vez que, devido à regra (não escrita) dos 68 anos de idade, deverá abandonar a política activa no próximo Outono, aquando da reunião magna do Partido Comunista Chinês. A visita à cultura da terra O presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional esteve ontem nas Casas-Museu da Taipa para ver, na “Galeria de Exposições”, as fotografias e produtos relacionados com a cultura e a comunidade macaense. Zhang Dejiang esteve ainda no “Museu Vivo Macaense”. A apresentação da história cultural, dialecto, estilo de vida e elementos decorativos nas casas, diz nota oficial, esteve a cargo do presidente do Instituto Cultural, Leung Hio Ming, e do representante da comunidade Macaense, Leonel Alves.
Hoje Macau SociedadeContabilidade | Licenciatura do IPM com reconhecimento internacional [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] licenciatura em Contabilidade do Instituto Politécnico de Macau (IPM) foi reconhecida pelo Conselho para Acreditação de Qualificações Académicas e Vocacionais de Hong Kong (HKCAAVQ, na sigla inglesa). Em nota à imprensa, o IPM destaca que se trata do primeiro curso ministrado em Macau na área da contabilidade a ser acreditado por uma entidade internacional. Ainda segundo o mesmo comunicado, o painel que analisou a licenciatura fez uma avaliação “muito positiva” no que toca ao modo como o curso é dado, o desenvolvimento académico e as capacidades de pesquisa. A licenciatura em causa já tinha obtido o reconhecimento por parte de entidades australianas e britânicas, pelo que “esta avaliação internacional sublinha a elevada qualidade do ensino superior de Macau e é mais uma demonstração da excelência do IPM”, congratula-se a instituição de ensino superior. O Instituto Politécnico de Macau refere ainda que a licenciatura em Contabilidade adopta uma abordagem prática e tem sido sempre muito popular entre os estudantes locais e os de regiões vizinhas. A avaliação que agora foi concluída pelo HKCAAVQ começou em Novembro do ano passado e teve como objectivo assegurar que os padrões académicos do curso estão de acordo com as exigências internacionais. O painel de avaliação era constituído por seis elementos – além de membros de Hong Kong, incluiu académicos de Singapura e da Austrália.
Hoje Macau SociedadeMelco Resorts | James Packer diz mesmo adeus [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Crown Resorts, do australiano James Packer, vendeu toda a participação na Melco Resorts, com casinos em Macau e nas Filipinas, anunciou a empresa. A companhia australiana vendeu os 11,2 por cento que detinha, depois de ter reduzido a participação em Maio do ano passado, de 34,3 por cento para 27,4 por cento. Uma segunda redução na participação aconteceu em Dezembro, para 11,2 por cento. A Melco Resorts vai comprar as acções por 1,16 mil milhões de dólares e o procedimento deverá estar terminado no próximo dia 15. Em Outubro do ano passado, 18 funcionários da Crown Resorts foram detidos na China por crimes relacionados com o jogo. Na altura, o magnata James Packer disse que as detenções terão ocorrido no âmbito de uma investigação sobre os esforços do grupo para convencer chineses endinheirados a gastar as suas fortunas em casinos no estrangeiro. A publicidade a jogos de azar na China Continental está proibida. O anúncio da saída da Crown de Macau ocorreu depois de as receitas de jogo terem voltado a subir, consecutivamente, em Agosto do ano passado, após 26 meses de quedas.
Hoje Macau EventosBienal de Veneza | José Pedro Croft apresenta seis esculturas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] projecto de Portugal para a Bienal de Arte de Veneza 2017, com seis esculturas criadas pelo artista José Pedro Croft, teve ontem a pré-inauguração naquela que é uma das maiores montras internacionais de arte contemporânea. A representação oficial portuguesa é feita através do projecto “Medida Incerta”, instalado na Villa Hériot, na Ilha de Giudecca, que abriu ao público especializado esta quarta-feira e ao público em geral no sábado, dia em que a organização anuncia os prémios da Bienal de Arte de Veneza. Nesta 57.ª Exposição Internacional de Arte – Bienal de Veneza, o projecto de Croft, com curadoria do historiador de arte João Pinharanda, consiste em seis esculturas de grandes dimensões, em vidro, espelho e ferro, que evocam a obra do arquitecto Álvaro Siza Vieira em Veneza. José Pedro Croft disse à agência Lusa que todo o processo de trabalho e preparação deste projecto foi documentado e será também objecto da exposição apresentada no interior da Villa Hériot, com maquetas, projecção de vídeos e fotografias. A obra de José Pedro Croft está representada em diversas colecções públicas e privadas, nomeadamente no Banco Central Europeu, em Frankfurt (Alemanha), no Museu Rainha Sofia, em Madrid (Espanha), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Brasil) e na Colecção Albertina, em Viena (Áustria). Em Portugal, está presente nas colecções da Caixa Geral de Depósitos, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Museu Berardo, em Lisboa, na colecção António Cachola, no Museu de Arte Contemporânea de Elvas, e na Fundação de Serralves, no Porto, entre outras. Ontem na Villa Hériot, Ilha de Giudecca, em Veneza, o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, e o secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, estiveram presentes na pré-abertura do Pavilhão de Portugal na 57.ª Exposição Internacional de Arte.
Hoje Macau EventosMostra de cinema lusófono estreia-se no fim-de-semana [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Lusophone Film Fest, uma mostra de cinema lusófono que teve a primeira edição em 2014 no Quénia, estreia-se em Macau no próximo fim-de-semana, com cinco filmes e o desejo de manter presença permanente na cidade. A mostra acontece nos dias 13 e 14, com curtas e longas-metragens, de Cabo Verde, Macau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste. O moçambicano Inusso Jamal, co-fundador e coorganizador do evento, disse à Agência Lusa que a ideia nasceu quando ele e o amigo português Pedro Matos viviam em Nairobi, no Quénia, onde trabalhavam em ajuda humanitária. Inicialmente pensaram em exibir os filmes no jardim de uma das suas casas, mas recearam que acabasse por só chegar a “expatriados, pessoal privilegiado”, e acabaram por fazer uma parceria com o Instituto Goethe, que cedeu a sala. “Aí demos início à primeira mostra de cinema lusófono”, contou. Na altura, o objectivo de “cativar a audiência queniana” foi bem-sucedido. “Era essa a ideia, queríamos que um queniano soubesse o que se faz em Maputo, em Luanda, queríamos criar essa ponte”, explicou. Depois de Nairobi seguiu-se Zanzibar (Tanzânia), Banguecoque (Tailândia), Sydney (Austrália) e Phnom Penh (Camboja). Agora é a vez de a mostra chegar a Macau. “Estando aqui na Ásia, era uma das prioridades, pela língua, pela cultura. Por isso apostámos em Macau”, disse. A mostra quer continuar a expandir-se e chegar também aos “países de origem”, ou seja, aos países lusófonos, com o desejo de uma passagem por Lisboa em Julho. Inusso Jamal frisou que a ideia é estabelecer em cada um dos locais uma mostra permanente, regular, onde filmes de toda a geografia lusófona sejam exibidos. Numa próxima sessão em Macau, a organização gostaria de mostrar produções – curtas e longas-metragens, documentários e animação – de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe. O cartaz No sábado, a Casa Garden da Fundação Oriente vai exibir o filme “Feral”, de Daniel Sousa (Cabo Verde), “Macau sâm Assi”, de Sérgio Perez (Macau) e “A Ilha dos Espíritos”, de Licínio Azevedo (Moçambique). No domingo será a vez de “Dodu, O Rapaz de Cartão”, de José Miguel Ribeiro (Portugal) e “A Guerra da Beatriz”, de Luigi Acquisto e Bety Reis (Timor-Leste). “A ideia é fazer da mostra algo permanente, ter um Lusophone Film Fest Macau. Em Nairobi continua a decorrer, em Banguecoque continua a decorrer, em Sydney continua a decorrer. Cada mostra, dependendo dos acordos que temos com os parceiros, pode ser numa base mensal, ou trimestral – que é o que a gente vai ver se consegue fazer em Macau”, explicou.