Hoje Macau SociedadeSaúde | Portugal representado no Parque de Medicina Tradicional Chinesa [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente do Instituto de Medicina Tradicional português, Frederico Carvalho, anunciou ontem que Portugal terá uma representação no Parque de Medicina Tradicional Chinesa na Ilha da Montanha. Esta participação demonstra a importância da medicina tradicional chinesa para Portugal, como área de investigação e comercial, afirmou à Lusa à margem do Fórum de Medicina Tradicional Chinesa que termina hoje em Macau. Frederico Carvalho adiantou que, por enquanto, a representação portuguesa no Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação Guangdong-Macau será pontual, com a deslocação eventual de equipas limitadas ao desenvolvimento de projectos concretos. O objectivo da participação portuguesa neste fórum é manter a colaboração e cooperação entre instituições como o IMT, o Instituto de Medicina Tropical e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, entre outras, e várias entidades chinesas para desenvolver a difusão e aceitação da medicina tradicional. “Não se trata apenas de medicina tradicional chinesa, mas também, por exemplo, a africana e a portuguesa”, destacou. Na cerimónia de abertura do fórum foi assinado um acordo de cooperação nas áreas do ensino e investigação para garantir a qualidade, eficácia e regulamentação dos produtos de medicina tradicional chinesa.
Hoje Macau Manchete PolíticaNg Kuok Cheong | Chui Sai On “vai nomear quem o deixe confortável” O deputado reeleito Ng Kuok Cheong foi ontem ao programa Fórum do canal chinês da Rádio Macau e disse que o Chefe do Executivo vai nomear deputados “que o deixem confortável”. Ng Kuok Cheong referiu ainda que o hemiciclo não tem capacidade de fiscalização [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s sete nomes que o Chefe do Executivo vai escolher para serem deputados na próxima legislatura da Assembleia Legislativa (AL) permanecem no segredo dos deuses, mas Ng Kuok Cheong, deputado reeleito, não tem dúvidas: “Chui Sai On vai nomear pessoas que o deixem mais confortável durante os próximos dois anos. Não me parece que esteja em condições de negociar com o próximo Chefe do Executivo, nesta altura.” As declarações foram ontem dadas à Rádio Macau. Sobre os resultados, o deputado referiu que esperava a eleição de três nomes do campo pró-democrata. No programa Fórum do canal chinês da Rádio Macau, Ng Kuok Cheong defendeu que o território possui um regime político fechado e considerou que a AL não dispõe de uma verdadeira capacidade de fiscalização das acções do Executivo. Na sua visão, há cada vez mais cidadãos, nomeadamente jovens, que recorrem aos seus direitos para apresentarem solicitações ao Governo, através da exposição de cartas, realização de vigílias ou protestos. Segundo o entrevistado, tudo isto indica que existe uma nova geração com uma dinâmica diferente. Ainda na área da política, Ng Kuok Cheong acredita que mais talentos vão aparecer, uma vez que muitos dos jovens das novas gerações têm mais habilitações e são mais optimistas, com um sentimento de pertença a Macau. Duas partes, quatro anos O deputado reeleito declarou que, nos próximos quatro anos, os seus trabalhos no hemiciclo vão dividir-se em duas partes, sendo que, nos primeiros dois anos, vai exigir ao Executivo o que não foi feito no passado e o que deve ser feito no futuro. Nos últimos dois anos de mandato Ng Kuok Cheong quer passar “receitas médicas” para resolver os problemas de governação deixados para o próximo Chefe do Executivo, que toma posse em 2019. O democrata frisou ainda que os assuntos a que vai dar seguimento estão relacionados com medidas de apoio após a passagem do tufão Hato, o funcionamento do terminal das Portas do Cerco, a alteração à lei das relações de trabalho, a implementação plena do salário mínimo ou o sufrágio universal para a eleição do Chefe do Executivo, entre outros. Relativamente à insuficiência da capacidade de resposta do Governo, questão que foi levantada por um participante do programa, Ng Kuok Cheong considera que a fonte de todas as lacunas está relacionada com o facto de existir uma eleição conduzida por uma minoria da população. Foram apontados exemplos como o do metro ligeiro, onde nenhum governante foi ainda responsabilizado pelos atrasos e derrapagens orçamentais. Ng Kuok Cheong lembrou que, dado este atraso, as obras da barragem no lado oeste do território, previstas para serem iniciadas ao mesmo tempo das obras da segunda fase do metro ligeiro, foram adiadas, o que fez com que Macau tenha ficado sem capacidade para travar as águas durante a passagem do tufão Hato.
Hoje Macau PolíticaPortas do Cerco | Pereira Coutinho quer renovação profunda [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho defende a necessidade de fazer uma renovação profunda na Praça dos Portas do Cerco, sugerindo que os espaços ocupados pelo Complexo Desportivo da Associação Geral de Operários de Macau (AGOM) e pela Unidade Táctica de Intervenção da Polícia (UTIP) sejam desocupados. A opinião foi transmitida ao Director da Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego, Lam Hin San, e ao Coordenador do Gabinete de Infra-estruturas, Chau Vai Man, na passada sexta-feira, durante uma reunião sobre a situação das Portas do Cerco. “O Governo deveria planear a longo prazo toda a Praça das Portas do Cerco devendo inclusivamente libertar os espaços da UTIP e o Complexo Desportivo da AGOM. Deveria inclusivamente construir barreiras temporárias para impedir inundações aquando da ocorrência de temporais e facilitar a entrada e saída dos visitantes”, afirmou José Pereira Coutinho, num comunicado em que revelou o conteúdo do encontro. Por outro lado, o deputado ligado à Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau queixou-se de não terem sido dadas “explicações quanto à falta de espaços quer para o parqueamento, quer para o estacionamento de viaturas e motocicletas.” Sobre o terminal das Portas do Cerco, cujas paragens para autocarros públicos foram deslocadas após a passagem do Tufão Hato, o legislador diz que os avisos indicativos das mudanças são “insuficientes” e que há um “défice de informação”. Por estas razões, Pereira Coutinho diz que toda a situação causa “graves incómodos aos residentes e turistas”.
Hoje Macau SociedadeNegada ligação de caso das criptomoedas a Macau [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]egundo uma notícia veiculada pelo Ponto Final, a empresa Dragon Corp. estará pronta para avançar com uma proposta para aquisição de uma nova criptomoeda, semelhante à Bitcoin. A acção terá como objectivo a entrada no mercado local dos casinos. De acordo com Paulo Martins Chan, director da Inspecção de Coordenação de Jogos, não existe uma relação entre a indústria local de jogo e as empresas referidas nas notícias, também veiculadas pelo South China Morning Post. O responsável pela entidade fiscalizadora do sector entende que as empresas que aparecem mencionadas nos artigos não são empresas de jogo, nem produzem slot machines e que, “por enquanto, não é possível encontrar a ligação ao sector do jogo de Macau”. Em declarações à margem da apresentação das alterações à lei que rege as interdições de entrada em casinos, Paulo Martins Chan reiterou que o jogo online é proibido no território. O director acrescentou ainda que não se entra assim com tanta facilidade para uma posição de accionista de um casino em Macau. “Temos um procedimento com exigências muito rigorosas e nunca deixamos assim de uma maneira tão fácil alguém ser sócio”, esclareceu. Foi ainda noticiado que haveria planos para abrir em Macau, em 2019, um casino flutuante. A embarcação estará neste momento a ser construída na Noruega. Quando a esse aspecto, Paulo Martins Chan afirma não ter recebido qualquer pedido de autorização de um casino do género para operar em Macau.
Hoje Macau SociedadePiscinas privadas | Governo recusa presença obrigatória de nadadores-salvadores Os Serviços de Turismo não admitem hipótese de rever a lei para obrigar as entidades privadas com piscinas abertas ao público a terem nadadores-salvadores nesses espaços [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo recusou o pedido da deputada Kwan Tsui Hang para que as piscinas privadas abertas ao público sejam obrigadas, por lei, a contar com a presença de nadadores-salvadores. A resposta da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), datada de 12 de Setembro, não é directa, mas não se compromete com a possibilidade de legislar sobre o assunto. A questão tinha sido trazida a público a 28 de Junho por Kwan Tsui Hang, pouco tempo depois de uma criança coreana ter morrido afogada na piscina de um dos hotéis do território. Após o caso, a deputada questionou o Governo sobre se a presença de nadadores-salvadores nas piscinas privadas abertas ao público ia passar a ser obrigatória. No entanto, na resposta assinada por Maria Helena de Senna Fernandes, o Governo não admite a possibilidade de legislar sobre o assunto, apesar de dizer que a presença de um nadador-salvador é altamente recomendável, tanto em hotéis como condomínios privados. “A entidade administradora do condomínio ou dos condóminos podem, consoante a realidade, tomar como referência as ‘Orientações para Piscinas em Estabelecimentos Hoteleiros’ na operação da piscina, e é elevadamente recomendável a existência de nadador-salvador no local durante o horário de funcionamento da piscina, em prol da segurança dos utentes”, é explicado na resposta do Executivo. Mesmo no caso das piscinas dos hotéis, a presença também não é obrigatória, limitando-se a ser uma das recomendações das orientações elaboradas pelo Executivo. “É recomendável nas ‘Orientações para Piscinas em Estabelecimentos Hoteleiros’ a existência de nadador-salvador durante o funcionamento da piscina e a afectação de, pelo menos, dois nadadores-salvadores na piscina com um plano de água inferior a 250m2”, esclarece a resposta de Maria de Helena de Senna Fernandes. “Caso a superfície de plano de água de piscina seja superior a 250m2, por cada acréscimo de 250m2 ou inferior, deve adicionar-se mais um nadador-salvador fixo no local”, é acrescentado. Hotéis aprovados Sobre as orientações para as piscinas nos hotéis, Kwan também questionou quando seriam revistas. Face a esta questão, o Governo esclareceu que as instruções estão em constante reavaliação e que serão actualizadas e revistas “oportunamente”. Com base nas inspecções do ano passado, a DST informa que se verifica “um cumprimento satisfatório”, por parte dos hotéis, das orientações emitidas pelo serviços competentes. Já sobre as qualificações dos nadadores-salvadores de Macau, os Serviços de Turismo esclarecem que o Instituto do Desporto encarrega o Centro de Produtividade e Transferência e Tecnologia de Macau de realizar todos os anos um curso de formação, “que visa a elevação da qualidade profissional”.
Hoje Macau SociedadeTung Sin Tong aposta na medicina chinesa [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Associação de Beneficência Tung Sin Tong vai abrir dois centros de serviços na área da medicina tradicional chinesa na Taipa. A revelação foi feita pelo presidente da associação, Chui Sai Cheong, na segunda-feira, durante a cerimónia que assinalou o 68.º aniversário da implantação da República Popular da China. De acordo com o discurso de Chui Sai Cheong, citado pelo Jornal do Cidadão, um dos centros vai ser aberto no Bairro Social da Taipa, disponibilizando o serviço de massagem aos ossos. O outro centro será instalado no Edifício Jardim de Va Pou, e vai operar como clínica e farmácia, disponibilizando consultas, acupunctura chinesa e venda de ervas chinesas. Em relação ao último centro, Chui Sai Cheong explicou que o aluguer do espaço vai ser pago pela associação. Apesar de nesta altura a associação ainda estar a aguardar a aprovação das duas plantas, o irmão mais velho do Chefe do Executivo afirmou acreditar ser possível que os centros passem a operar até ao final do ano. Estes vão ser os primeiros centros da associação Tung Sin Tong nas ilhas. Sobre mais um aniversário da criação da República Popular da China, Chui Sai Cheong afirmou ser um filho do povo chinês orgulhoso e feliz com o desenvolvimento e crescimento registado pela Pátria. Apesar de destacar algumas dificuldades, sublinhou que a China tem subido de forma constante nos rankings internacionais e aumentado as suas capacidades.
Hoje Macau PolíticaNova fronteira | Trabalhos de concepção do edifício já começaram [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades de Macau e Guangdong voltaram a reunir para discutir a construção do novo posto transfronteiriço, naquela que foi a décima reunião do grupo de trabalho. Segundo um comunicado oficial, “já foram iniciados os trabalhos respeitantes à concepção do edifício do lado de Macau”, sendo que “os trabalhos de concepção do edifício do lado de Zhuhai terão início em breve, após a demarcação do limite do prédio”. “Presentemente encontra-se concluída a construção do novo mercado abastecedor que faz parte da primeira fase de construção do novo acesso fronteiriço entre Guangdong e Macau”, aponta o mesmo comunicado, que explica ainda que “a mudança dos comerciantes está para breve e, em seguida, demolir-se-á o actual mercado abastecedor, em articulação com o empreendimento do novo acesso fronteiriço”. De frisar que o actual mercado abastecedor está localizado na Ilha Verde. As autoridades estimam ainda que “após a mudança e demolição do actual mercado abastecedor, dar-se-á início à construção do edifício do posto fronteiriço”. Quanto à nova fronteira, deverá funcionar durante 24 horas e terá um “novo modelo de controlo fronteiriço denominado ‘inspecção fronteiriça integral’”. Tal significa que “os cidadãos que se desloquem à China interior apenas precisam de apresentar o Salvo Conduto concedido aos residentes de Hong Kong e Macau, e os que se deslocam a Macau apenas precisam do Bilhete de Identidade de Residente.” Além disso, “ambas as partes irão concluir, com a maior brevidade possível, os estudos respeitantes ao circuito de inspecção e à instalação de passagens, com vista a definir o plano de implementação mais concreto”.
Hoje Macau EventosAlbergue SCM | “Lanternas do Coelhinho” voltam a marcar Celebração da Lua [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]bre ao público no dia 4 de Outubro um clássico do Albergue SCM: a Exposição “Lanternas do Coelhinho” – Uma Exposição de Carlos Marreiros e Amigos, um evento que já vai na 13ª edição. A inauguração será acompanhada pela festa de Celebração da Lua que decorre entre as 18:30h e as 21:30h, onde vão ser servidas comidas e bebidas, e distribuídas caixas de oferendas (reservadas às primeiras 300 pessoas). O evento será musicado por um concerto de música chinesa, assim como com a actuação da Tuna Macaense a fechar a festa. Haverá ainda demonstração de caligrafia chinesa, distribuição de lanternas do coelhinho e balões a crianças e jogos de enigmas para entreter os participantes. A exposição insere-se na celebração do 68º aniversário da República Popular da China e este ano reúne lanternas criadas por 26 artistas e designers de várias partes do mundo. Além disso, serão ainda expostos trabalhos de estudantes do “Workshop de Lanternas Criativas de Macau”. O Festival de Meio-Outono tem origem na veneração aos Deuses da Montanha, que era feita findas as colheitas, um dos momentos chave da mitologia chinesa. A festividade ganhou popularidade durante das dinastias Ming e Qing, tornando-se um dos momentos de celebração incontornáveis na cultura do Interior da China. A exposição estará patente ao público de 4 de Outubro a 6 de Dezembro de 2017, na galeria A2 do Albergue SCM.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Antigo presidente da câmara de Tianjin a 12 anos de prisão [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] antigo presidente da câmara de Tianjin, na costa norte da China, foi condenado na segunda-feira a 12 anos de prisão por aceitar subornos, noticiou a agência oficial chinesa Xinhua. Huang Xingguo, presidente do município entre 2007 e 2016, recebeu subornos num valor superior a 40 milhões de yuan, entre 1994 e o ano passado, de acordo com um tribunal de Shijiazhuang (norte). O antigo presidente da câmara oferecia a promoção e requalificação de terrenos, a troco de dinheiro, que por vezes era entregue através de terceiros, indicou o tribunal. A sentença, que inclui uma multa de três milhões de yuan, é inferior à pena inicialmente pedida pelo procurador. Huang confessou os crimes, “mostrou arrependimento”, ajudou a recuperar os ganhos ilegais e deu informações que ajudaram na investigação de outros arguidos, justificou o tribunal. A investigação a Huang começou em Setembro de 2016, quando foi afastado do cargo. Em Janeiro, foi expulso do Partido Comunista Chinês e o caso entregue às instâncias judiciais. Huang era presidente da câmara de Tianjin quando explosões nas instalações químicas da zona portuária da cidade provocaram pelo menos 173 mortos e cerca de 800 feridos. Após ascender ao poder em 2013, o Presidente chinês, Xi Jinping, lançou a maior campanha anticorrupção de que há memória na China. Mais de um milhão de membros do Partido Comunista Chinês foram, entretanto, punidos, entre os quais mais de uma centena de quadros dirigentes, alguns dos quais ministros.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Governo diz que guerra com Estados Unidos não teria vencedores [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo chinês afirmou ontem que um hipotético conflito armado entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte “não teria vencedores e seria uma tragédia também para os países vizinhos” no nordeste asiático. “A guerra de palavras entre a Coreia do Norte e os EUA chamou a nossa atenção, mas também vimos que os EUA negaram claramente que haja uma declaração de guerra”, disse ontem Lu Kang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros. “Esperamos que os Estados Unidos e a Coreia do Norte percebam que recorrer a uma solução militar nunca será uma opção viável, e que a provocação mútua apenas reforça o risco de confrontação, reduzindo o espaço de manobra”, acrescentou. Lu disse que a China “desaprova totalmente esta escalada de tensões”. O ministro norte-coreano dos Negócios Estrangeiros, Ri Yong Ho, assegurou na segunda-feira, em declarações aos jornalistas em Nova Iorque, que os EUA declararam guerra ao seu país, que tem assim “todo o direito” de adoptar “contra-medidas” para se defender. Ri referia-se às declarações do Presidente dos EUA, Donald Trump, na semana passada, assegurando que se Washington for “obrigado a defender-se a si mesmo e aos seus aliados, terá que destruir totalmente a Coreia do Norte”.
Hoje Macau China / ÁsiaSegurança | China recebe Assembleia Geral da Interpol [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China recebe desde ontem a Assembleia Geral da Interpol, numa altura de preocupação sobre a neutralidade da organização face à possibilidade de ser usada por Pequim contra dissidentes e activistas. No discurso que abriu a 86ª Assembleia Geral da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), o Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que a China quer trabalhar com outros países e organizações para alcançar a “segurança mundial”. A organização de defesa dos Direitos Humanos Human Rights Watch advertiu, no entanto, que a China tem usado “alertas vermelhos” da organização visando a detenção e extradição de dissidentes chineses. A escolha de Meng Hongwei, vice-chefe do aparelho de Segurança chinês, que inclui tribunais, polícia e polícia secreta, para presidente da Interpol, no ano passado, provocou críticas de várias organizações internacionais, que citam os abusos e opacidade do sistema legal chinês. A organização recordou o caso de Dolkun Isa, activista uigur, a minoria étnica chinesa de origem muçulmana que habita a região do Xinjiang, noroeste do país. A organização aponta que Isa tem tido dificuldades em viajar desde que o alerta foi emitido, há mais de dez anos. A China frequentemente acusa activistas uigures de apoiar o terrorismo no Xinjiang, região que é palco recorrente de conflitos étnicos. A HRW também menciona o activista Wang Zaigang, afirmando que se tornou alvo de um “alerta vermelho”, devido ao seu activismo a favor da democracia na China. Peso e dúvidas As detenções arbitrárias, torturas e desaparecimentos ocorridos no passado “geram preocupações de que quem é alvo de alertas da Interpol pela China corre o risco de sofrer torturas e maus tratos”, diz a organização. O especialista em política chinesa Willy Lam afirma que a China tem usado o seu peso económico para influenciar grupos como a Interpol. Lam apontou casos em que não é claro se se trata de corrupção ou retaliação contra quem acusa membros da liderança chinesa, como o bilionário chinês exilado nos Estados Unidos Guo Wengui. Em Abril, Pequim anunciou que a Interpol emitiu um alerta vermelho contra Guo, por corrupção. As autoridades chinesas condenaram vários funcionários por fraude, em Junho, e abriram uma investigação a Guo por acusação de violação feita por uma antiga assistente. Guo Wengui, que vive num apartamento de 68 milhões de dólares em Manhattan, deixou de ser visto em público em 2014, mas voltou recentemente a surgir nas redes sociais, afirmando ter informações comprometedoras para a liderança chinesa. “A China converteu a Interpol noutro espaço para projectar o seu poder”, afirmou Lam. “Investiram muito na perseguição a fugitivos além-fronteiras, incluindo aqueles que são procurados por razões políticas.
Hoje Macau DesportoBolinha | Campeonato de Futebol de Sete cancelado Os vidros arrastados para o Campo D. Bosco pelo Tufão Hato levaram mesmo ao cancelamento da Bolinha, por não haver condições de segurança. Associação de Futebol pondera organizar um torneio alternativo [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] edição deste ano do Campeonato de Futebol de Sete foi cancelada, devido aos pedaços de vidro no relvado sintético do Campo D. Bosco, que não permitem garantir a segurança dos atletas. A informação foi avançada, ontem, pelo vice-presidente da Associação de Futebol de Macau (AFM), Daniel Sousa. “O cancelamento do campeonato vai ser oficializado muito em breve. Este ano não se vai realizar a Bolinha, porque ninguém pode garantir que não há pedaços de vidro no relvado do Campo D. Bosco”, disse Daniel Sousa, ontem, ao HM. “É uma grande desilusão para todos. Os danos do Tufão Hato foram graves e tiveram grandes consequências. Mas colocamos sempre em primeiro lugar a segurança dos atletas e não havia outra alternativa. É um desfecho que lamentamos”, acrescentou. Sem Bolinha, a AFM está a equacionar realizar outra competição mais curta para os clubes da 1.ª Divisão que se inscreveram no campeonato. Neste momento, a associação procura recintos que possam receber os jogos. “Estamos a equacionar a hipótese de realizar um mini-campeonato com as equipas inscritas. Neste momento, estamos a analisar se há campos disponíveis e apropriados para o efeito. Queremos avançar o mais rapidamente possível”, revelou Daniel Sousa. “Vai ser um campeonato mais curto porque estamos a chegar ao fim do ano e a Bolinha já está suspensa há mais de um mês. Isso faz com que não haja tanto tempo para os jogos, o que exige que o formato tenha de ser alterado”, justificou. Porém, no que diz respeito à 2.ª Divisão, existe a hipótese de não haver competição de todo, apesar de, nesta altura, ainda não houver qualquer decisão: “ainda estão todas as hipóteses em análise”, apontou Daniel Sousa. Jogadores afectados Se por um lado a decisão de cancelar a Bolinha visa preservar a segurança dos jogadores, por outro, estes acabam por estar entre os principais prejudicados. De acordo com a prática normal, os clubes pagam os atletas em função do número de jogos que realizam. Sem jogos, muitos acabam por não receber. Para outros, existem subsídios por cada jogo disputado, que assim não são pagos. Esta é uma realidade que o presidente do Monte Carlo, Firmino Mendonça, reconheceu, em declarações prestadas ao HM: “Sim, é uma situação que faz a diferença para os jogadores [ao nível dos salários]. Mas paciência… Ninguém queria esta situação. Só que foi uma decisão tomada para garantir a segurança dos atletas e é uma boa decisão”, defendeu. “Tenho conhecimento que são mesmo muitos os vidros no relvado e que não são fáceis de retirar. Nem as máquinas conseguem removê-los todos. Temos de compreender que a segurança dos jogadores é o mais importante”, complementou. De acordo com o dirigente, a decisão acaba por não ter grande impacto para o Monte Carlo, uma vez que os jogadores trazidos para o torneio iam abandonar o território em Outubro. “Esta situação não causa ao Monte Carlo grandes prejuízos, porque os jogadores que tínhamos contratado para a Bolinha já se iam embora em Outubro. Nós fazemos um plano anual da época, e apontamos para a realização da Bolinha entre meados de Julho e o fim Setembro”, explicou Firmino Mendonça. Investimento em causa No entanto, a decisão acaba sempre por ter impacto para os clubes, visto que é necessário fazer investimentos como a vinda de jogadores, com viagens pagas, ou a compra de dois tipos de equipamentos para a competição. Com arranque previsto para Agosto, a Bolinha foi inicialmente adiada para a primeira quinzena de Setembro, para que começasse apenas depois do jogo entre Macau e a Índia, a contar para o apuramento para a Taça Asiática de Futebol. Todavia, o Tufão Hato veio alterar a situação e de adiamento em adiamento, a competição acabou mesmo por ser cancelada, após o Instituto do Desporto não ter resolvido a questão dos vidros no Campo D. Bosco, em tempo útil.
Hoje Macau China / ÁsiaJaponeses mataram 177 baleias este Verão [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s japoneses mataram 177 baleias no Oceano Pacífico, ao largo da costa nordeste do arquipélago, durante uma missão de Verão “para fins científicos”, revelou ontem a Agência das Pescas. Os três navios especializados que partiram em Junho, como planeado, capturaram 43 baleias Minke e 134 baleias boreais, disse a mesma fonte. A agência defende que a caça à baleia é “necessária” para estimar o número de capturas potenciais a longo prazo e pretende “começar novamente a pesca comercial”, revelou à agência de notícias France-Presse Kohei Ito, um dos funcionários. O Japão assinou a moratória da Comissão Baleeira sobre a caça à baleia, mas afirma praticá-la para realizar pesquisas, não só perto das suas costas no Pacífico, mas também na Antártida. Esta posição é denunciada pelas organizações de defesa de cetáceos e por vários países, que consideram que Tóquio usa desonestamente uma exceção na moratória datada de 1986. Até 2014, o Tribunal Internacional de Justiça ordenou a Tóquio que parasse a caça nas águas antárticas, pois não atendia aos critérios científicos exigidos. O Japão cancelou a campanha de Inverno 2014-15 para retomar a caça à baleia no ano seguinte como parte de um programa modificado. Batalha perdida A Antártica foi o cenário de confrontos entre baleeiros japoneses e defensores de animais até que a organização ambiental Sea Shepherd anunciou no mês passado que estava a abandonar o assédio dos baleeiros japoneses no Grande Sul, reconhecendo as suas próprias limitações face ao poder marítimo japonês. A Noruega – que não se considera vinculada pela moratória internacional de 1986, a que se opôs – e a Islândia são os únicos países do mundo publicamente comprometidos com a caça comercial. O Japão, por sua vez, está a tentar provar que a população de baleias é grande o suficiente para sustentar a retomada da caça comercial. O consumo de baleias tem uma longa história no Japão, um país de pesca onde os cetáceos são caçados há séculos. A indústria baleeira cresceu após a Segunda Guerra Mundial, levando proteínas animais para a população deste país. No entanto, a procura dos consumidores japoneses pela carne de baleia diminuiu consideravelmente nos últimos anos, tornando duvidoso o sentido das missões baleeiras.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | EUA dizem apostar numa solução diplomática [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, afirmou ontem que o seu país quer uma solução diplomática para a situação de tensão com a Coreia do Norte, agravada nas últimas semanas. “Nós mantemos a capacidade de dissuadir as mais perigosas ameaças da Coreia do Norte, mas também apoiamos os nossos diplomatas a fim de que esta questão se mantenha, tanto quanto seja possível, na arena diplomática”, declarou Mattis, durante uma conferência de imprensa em Nova Deli. “Este é o nosso objectivo: resolver isto diplomaticamente e creio que o Presidente (Donald) Trump foi muito claro neste assunto”, acrescentou. Mattis recordou os resultados dos “esforços diplomáticos” nas Nações Unidas e, particularmente, no Conselho de Segurança, cujas resoluções “aumentaram a pressão” económica e diplomática sobre a Coreia do Norte. As declarações de Mattis foram proferidas depois do ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, Ri Yong-ho, ter acusado na segunda-feira o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de ter “declarado guerra” a Coreia do Norte durante o seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, na semana passada. Ri Yong-ho disse que o seu Governo reserva-se “ao direito de derrubar bombardeiros estratégicos norte-americanos, ainda que não estejam dentro do espaço aéreo” da Coreia do Norte. Pyongyang foi objecto de sanções, tanto dos Estados Unidos, como da ONU por persistir no programa balístico e nuclear que desenvolve há mais de 10 anos, violando as disposições das Nações Unidas. No domingo passado, a Casa Branca anunciou novas sanções, ao incluir a Coreia do Norte no grupo de oito países com restrições para poder viajar para os Estados Unidos.
Hoje Macau SociedadeFórum Macau | Construtora da família Ma vence concurso polémico [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Companhia de Construção e Engenharia Omas, ligada à família Ma, venceu o concurso para a concepção e construção do Complexo de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa do Fórum Macau, que vai ficar situado junto à Assembleia Legislativa. No entanto, de acordo com a Rádio Macau, o concurso esteve envolto em polémica, com vários arquitectos a queixarem-se que a tradução para português de cláusulas técnicas só chegou ao interessados com um mês de atraso. Ainda de acordo com a mesma fonte, foram igualmente feitas várias alterações durante o processo do concurso. A proposta da Companhia de Construção e Engenharia Omas tem um valor de 692,8 milhões de patacas e foi a quarta mais barata das nove apresentadas. Segundo a Rádio Macau, da equipa do projecto da construtora fazem parte o arquitecto macaense Carlos Marreiros e os engenheiros José Silveirinha e Jorge Lipari Pinto. O prazo para a execução do projecto é de 600 dias, existindo a hipótese de a obra ser concluída a tempo da 6.ª Conferência Ministerial do Fórum Macau, que deverá acontecer nos últimos meses de 2019. O novo complexo do Fórum Macau vai ser construído num terreno com uma área de 14 mil metros quadrados, junto à Assembleia Legislativa. Está previsto que o edifício receba todas as plataformas do fórum, como o centro de formação, de serviços e de exposição de produtos dos países de língua portuguesa.
Hoje Macau China / ÁsiaHomem condenado por mensagem sobre Estado Islâmico [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m tribunal de Pequim condenou um homem a nove meses de prisão, por ter defendido a adesão ao grupo extremista Estado Islâmico (EI), numa aplicação de mensagens chinesa, noticiou ontem a imprensa local. “Junta-te comigo ao EI”, foi a mensagem escrita, em tom de brincadeira, no Wechat, o Whatsapp chinês, indicou o jornal Diário do Trabalhador. Segundo o jornal, o homem, identificado com o pseudónimo Zhang Qiang, respondia a um comentário de um outro membro do grupo sobre a sua foto de perfil: o rosto de Usama bin Laden, fundador e líder da organização terrorista Al-Qaida, morto em 2011. Zhang, um trabalhador migrante radicado em Pequim, foi detido em Outubro de 2016, por alegadamente promover o terrorismo e o extremismo, segundo um relatório da polícia. Em tribunal, o homem afirmou “estar muito arrependido do que disse”. Depois de verificar o seu telemóvel e computador, a polícia não encontrou qualquer comentário semelhante. As autoridades chinesas estão a reforçar o controlo sobre comentários nas redes e espaços de discussão ‘online’. Este mês, a Administração do Ciberespaço da China publicou um regulamento, no qual estabelece que as empresas do sector devem verificar as identidades reais dos membros em grupos de conversação no espaço ‘online’. O grupo no Wechat, no qual Zhang escreveu o comentário, tinha cerca de 300 membros.
Hoje Macau SociedadeUSJ | Curso em Direito Lusófono aprovado pelo Governo A Universidade vai lançar um mestrado a pensar no papel de Macau como plataforma entre a China e os Países Lusófonos, mas o curso não é exclusivo para residentes [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Universidade de São José vai lançar um mestrado em Direito Lusófono e Internacional Público e já conseguiu a aprovação do Governo, que foi ontem publicada em Boletim Oficial. Em declarações ao HM, Maria Antónia Espadinha, vice-reitora da USJ, afirmou que o mestrado surge para dar resposta a uma procura crescente em Macau. “É um mestrado que tem em conta os interesses dos residentes de Macau e as necessidades do território, enquanto plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, disse, ontem, Maria Antónia Espadinha. “Sentimos que há uma procura maior por este tipo de formação, até porque é uma oferta que não existia até aqui. Desta vez, quisemos lançar uma formação mais forte e com uma duração maior, havendo de facto procura para este tipo de curso”, reiterou. De acordo com o plano aprovado e publicado ontem em Boletim Oficial, o mestrado tem a duração de dois anos e um total de 434 horas de formação. Contudo, 56 horas têm de ser passadas no âmbito do estágio exigido para que os alunos possam concretizar com sucesso o curso. Outra das exigências é a realização de uma dissertação. “Noutros projectos, os alunos têm oportunidade de aprender o Direito Português e Chinês, mas até agora não havia um curso com esta nomenclatura do Direito Lusófono, por isso acreditamos que tem procura. Aliás, se já houvesse um curso semelhante, nem o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior aprovaria o nosso pedido”, sublinhou. No decorrer das aulas, os alunos vão comparar os direitos existente na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa com o Direito da China. Além disso, vão ter cadeiras que explicam melhor o sistema jurídico de Macau. “É um curso que pode ser muito apelativo para as pessoas que residem em Macau, mas não é exclusivo para elas. Se houver outras pessoas interessadas em inscreverem-se, podem fazê-lo”, frisou. Lições em inglês O curso vai ser leccionado em inglês, mas a vice-reitora da Universidade de São José avisa que é necessário ter algumas bases de português, que permitam conseguir ler os textos legais. “É necessário ter alguns conhecimentos de português, que permita, pelo menos, ler as legislações existentes. As pessoas que não tiverem esses conhecimentos, terão um apoio extra. Serão dadas aulas, para quem necessitar desse auxílio”, esclareceu. Os mestrandos vão ter ainda entrar contacto com o Direito da União Europeia, o que Espadinha explicou ser uma consequência natural do enquadramento jurídico de Portugal. “Sim, houve de facto o cuidado de integrar no curso disciplinas relacionadas com o Direito da União Europeia, devido ao facto de Portugal fazer parte da UE. O Direito Lusófono tem de estar relacionado com o Direito dos Países Lusófonos, e Portugal é o primeiro desses países”, apontou.
Hoje Macau DesportoJuri Vips venceu Campeonato Alemão de Fórmula 4 [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]ormação financiada por Teddy Yip Jr, filho do ex-parceiro de Stanley Ho, viu Juri Vips sagrar-se campeão de pilotos, naquele que foi mais um título a juntar ao trinfo na classificação por equipas. Juri Vips, estónio da Prema Theodore Racing, sagrou-se o vencedor máximo do Campeonato Alemão de Fórmula 4, no fim-de-semana, em Hockenheim, depois de levar de vencida o colega de equipa, Marcus Armstrong, e Felipe Drugovich, brasileiro da Van Amersfoort Racing. O triunfo permitiu à Prema Theodore Racing, financiada por Teddy Yip Jr, fechar a época de 2017 com chave de ouro, depois de já ter garantido, há duas semanas, o campeonato por equipas. Na última das três corridas da época, Vips ainda apanhou um susto, quando o colega de equipa se qualificou no primeiro lugar. Contudo, durante a prova, Artem Petrov (Van Amersfoort) foi mais forte, venceu, e acabou com o sonho de Marcus Armstrong. Assim, as contas ficaram seladas com uma diferença de 4,5 pontos, a favor de Vips, que foi terceiro nesta prova. “É incrível – que sentimento fantástico. O trabalho dos últimos meses deu bons resultados. Estou tão feliz que até vou dançar no pódio”, disse Vips, depois de se ter sagrado campeão. Por sua vez, Teddy Yip realçou os esforços do estónio: “O Juri [Vips] provou que merece ser campeão e que é um dos pilotos mais talentosos desta geração. Merece ser acompanhado nos próximos anos”, apontou. Luta até ao fim À entrada para a ronda de Hockenheim estava três pilotos na luta pelo título: Marcus Armstrong, com 212 pontos, Juri Vips, com 210,5, ambos da Theodore Racing, e o brasileiro Drugovich, com 190,5 pontos, da Van Amersfoort Racing. Apesar da vantagem, o fim-de-semana não começou bem para a Theodore. A primeira sessão de qualificação ficou marcada por vários incidentes e Vips e Armstrong viram-se impedidos de fazerem voltas lançadas. Já o brasileiro conseguiu um tempo que lhe permitiu arrancar do segundo lugar da grelha. Uma posição que Drugovich capitalizou da melhor maneira, ao vencer a primeira corrida do fim-de-semana. Vips e Armstrong recuperaram dos 14.º e 20.º lugares até 8.º e 10.º, respectivamente. Na segunda corrida, a situação encaminhou-se para uma vitória da Theodore. Apesar de arrancar novamente do 2.º lugar, Drugovich teve problemas técnicos e teve de abortar a partida. O brasileiro foi obrigado a partir de último e acabou mesmo por desistir, dizendo adeus ao sonho. Vips e Armstrong voltaram a mostrar a superioridade do monolugar da equipa e recuperaram de 14.º e 24.º, em que tinham arrancado, até 6.º e 9.º, respectivamente. O alemão Lirim Zendeli, da ADAC Berlin-Brandenburg, foi o vencedor da segunda das três corridas do fim-de-semana. Finalmente, no domingo, o campeonato ficou resolvido a favor de Juri Vips, que terminou a corrida no 3.º lugar, posição em que tinha arrancado. Armstrong foi penalizado por não ter conseguido, diante de Petrov, a vitória que lhe teria valido o título, sendo segundo. “Foi um fim-de-semana duro. Perder um campeonato por uma margem tão pequena nunca é fácil”, desabafou, no final, Armstrong.
Hoje Macau PolíticaAu Kam San defende Raymond Tam a prazo nos SMG e luta pelo sufrágio universal [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]u Kam San, deputado reeleito nas últimas eleições legislativas, foi ontem ao programa Fórum do canal chinês da Rádio Macau e defendeu uma passagem provisória de Raymond Tam na direcção dos Serviços Metereológicos e Geofísicos. Na nova legislatura, Au Kam San promete continuar a lutar pelo sufrágio universal para a eleição do Chefe do Executivo Raimundo do Rosário confiou e nomeou. Raymond Tam é o novo director dos Serviços Metereológicos e Geofísicos (SMG), em substituição de Fung Soi Kun, mas para Au Kam San, deputado reeleito no passado dia 17, Tam deve ocupar esse cargo de forma provisória. Um dos rostos do campo pró-democrata participou ontem no programa matinal Fórum do canal chinês da Rádio Macau e referiu que este nome na liderança dos SMG deve ser apenas uma transição. Apesar das garantias deixadas pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Au Kam San referiu que o mais importante neste processo é garantir a confiança da população, sendo que, uma vez que existem dúvidas desde o início, é provável que nos próximos trabalhos se enfrentem dificuldades. Au Kam San lembrou que as últimas eleições pela via directa atraíram mais de 170 mil eleitores, o que demonstra bem a importância destes lugares. O deputado reeleito espera, por isso, que haja mais deputados eleitos pela via directa na Assembleia Legislativa (AL), sem esquecer a implementação do sufrágio universal para a eleição dos 33 deputados. Na próxima legislatura, Au Kam San promete continuar a dar prioridade aos assuntos relacionados com a habitação e a renovação urbana, bem como a necessidade de construção de mais habitação pública. Sobre o projecto de reabertura do terminal de autocarros das Portas do Cerco daqui a dois anos, Au Kam San considerou inaceitável o facto das obras demorarem tanto tempo. Além disso, o deputado defendeu que é também inaceitável toda a confusão que existe junto às Portas do Cerco em termos de organização de transportes e de acessos. Au Kam San lamentou ainda que o Governo tenha recusado uma proposta técnica que propunha transformar os lugares de estacionamento destinados aos autocarros de turismo em lugares para autocarros públicos. Na visão do deputado eleito, o Campo dos Operários na zona das Portas do Cerco e o Comando da Unidade Táctica de Intervenção da Polícia devem ser recuperados para que, em termos de planeamento, haja uma maior interligação. Proibições sem justificação O pró-democrata comentou ainda os recentes casos de proibições de entrada em Macau de jornalistas e deputados de Hong Kong, tendo lembrando que as autoridades locais nunca apresentaram razões justificadas para essas proibições. O deputado eleito referiu que a referida lei é destinada aos terroristas transnacionais, sendo que o facto do Governo citar esta lei para estes casos deve-se à falta de uma razão justificada. Au Kam San suspeita que o Executivo tem vindo a passar as responsabilidades para os funcionários que trabalham nas fronteiras. No programa de rádio voltou-se a mencionar a publicação que Au Kam San fez no Facebook sobre a presença do exército chinês nas ruas, aquando da passagem do tufão Hato. O deputado reeleito voltou a explicar-se, dizendo que usou as palavras erradas e que o seu texto não tinha o objectivo de criticar a actuação dos soldados.
Hoje Macau PolíticaPereira Coutinho critica DSAL por “reacção” eleitoral [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho atacou, ontem, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) por focar as atenções na revisão da lei laboral, quando, segundo o legislador, devia estar a trabalhar na liberdade sindical. Em declarações à Rádio Macau, Coutinho diz que a DSAL está apenas a reagir aos resultados das eleições. “Acho que, em primeiro lugar, a DSAL está a reagir ao resultado das eleições e este comportamento não é saudável para uma RAEM que pretende ser uma cidade internacional, que respeita as convenções internacionais, nomeadamente aquelas que são aplicáveis por via da Lei Básica”, começou por dizer José Pereira Coutinho. “O Governo devia era fazer um levantamento geral de quais os direitos fundamentais previstos na Lei Básica”, frisou. Entre as prioridades, Coutinho apontou duas: “Aquilo que está por cumprir, e que, rigorosamente, mais falta faz a Macau é a liberdade sindical e a negociação colectiva”, atirou. Segundo a proposta do Governo em consulta pública, o trabalho nos feriados obrigatórios passa a poder ser compensado com duas folgas, sem remuneração extra, se houver acordo entre as duas partes. Porém, Coutinho diz que a proposta vai acabar por prejudicar os empregados, que estão numa “situação de inferioridade”. “Isto é só deitar poeira para os olhos das pessoas”, disse. “Não vai funcionar na prática porque vai ser sempre imposta a lei do mais forte”, complementou.
Hoje Macau Manchete PolíticaEstudo | Constrangimentos na independência do Executivo Académicos defendem que a acção política tem de se basear menos nas conversas informais entre os agentes e passar mais pela aposta na reforma das instituições para responder às crescentes exigências da população [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s relações pessoais são o principal mecanismo político de Macau, mas estão a corroer o sistema, apesar de uma aparente harmonia superficial. Esta é a conclusão de um estudo dos académicos Edmund Li Sheng e Penny Yim King Wan, da Universidade de Macau e Instituto de Formação Turística, respectivamente. Segundo o documento com o nome Políticas Urbanas em Macau, publicado na revista Asia Pacific Viewpoint, é urgente que Macau faça uma reforma que permita ao sistema político adoptar princípios mais em linha com os padrões internacionais do primado do Direito, transparência e responsabilidade. “De uma forma geral, é muito improvável que as práticas tradicionais de Macau continuem inalteradas e devem ser substituídas por novos sistemas que estão mais em consonância com as novas realidades [da RAEM enquanto cidade internacional]”, defendem Edmund Li Sheng e Penny Yim King Wan. O estudo sublinha que os efeitos negativos da comunicação pessoal (conversa entre agentes) como principal forma de interacção política na RAEM tendem a ficar mais à vista, à medida que Macau se internacionaliza. Os autores apontam como as principais desvantagens desta forma de participação política: a perda de legitimidade das instituições ligadas ao governo, assim como a incapacidade do Executivo para tomar decisões de forma independente face os interesses das elites do mundo dos negócios”. “Macau é um território pequeno, o que fez com que as comunicações pessoais se tenham desenvolvido como a forma mais comum de interacção política, em vez do recurso às instituições formais”, é apontado. “No entanto, as interacções políticas são baseadas na cooperação entre um grupo de pessoas, que acaba por ser uma faceta da harmonia local, que constrange largamente a liberdade do Governo para tomar decisões com independência”, é sustentado. Harmonia e dilemas Perante este cenário, as relações de proximidade são apontadas como geradoras de uma “harmonia social superficial”, ao mesmo tempo que “corrompem as instituições formais e minam a legitimidade do Governo da RAEM”. Segundo o cenário traçado pelos dois académicos, o território atravessa um dilema social e político, que se traduz no desfasamento entre uma massa política e um sistema político “obsoleto”, herdado da administração portuguesa. O dilema é explicado com a existência de fraca liderança, cujo efeitos são agravados pelo egoísmo dos políticos focados em servir os seus interesses. “O dilema político e social é o resultado de uma liderança fraca, existência de instituições conservadoras, impasse institucional, uma sociedade civil fraca e um enorme fosso entre o governo e a sociedade”, é afirmado. “A situação acaba por ser exacerbada devido ao conservadorismo, egoísmo, reformas políticas inadequadas e cálculos políticos feitos para servir os interesses individuais”, é acrescentado.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Rejeitadas recomendações da ONU contra “guerra antidroga” [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s Filipinas rejeitaram as recomendações das Nações Unidas para investigar assassinatos extrajudiciais na polémica “guerra antidroga” e para desistir de restaurar a pena de morte, anunciou ontem o Governo chefiado pelo Presidente, Rodrigo Duterte. Estas propostas figuram entre as 254 directivas recomendadas em Maio passado pelo Conselho de Direitos Humanos (CDH) das Nações Unidas, das quais Manila só pretende acatar 103, disse, em conferência de imprensa, o porta-voz da presidência, Ernesto Abella. O executivo filipino decidiu que recomendações aceitar e quais rejeitar “após uma consulta exaustiva com as partes interessadas” e “em linha com a política externa independente” das Filipinas, justificou. Investigar os assassinatos extrajudiciais da “guerra antidroga” e permitir que a ONU inspeccione este caso, travar o processo de restauração da pena de morte e abandonar a redução da idade de responsabilidade criminal são as propostas mais importantes rejeitadas pelas Filipinas. O Conselho de Direitos Humanos solicitou ao país estas medidas para combater a impunidade, após a multiplicação de denúncias da participação das forças de segurança em execuções extrajudiciais como parte da sangrenta cruzada contra a droga levada a cabo por Duterte. No passado dia 11, o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, afirmou-se “gravemente preocupado com o apoio do Presidente a uma política de matar os suspeitos” e com a “aparente ausência de investigações credíveis” das execuções. A política dura de Duterte também prevê a redução da idade penal de 15 para nove anos e a restauração da pena de morte (abolida em 2006), decisões que estão a aguardar uma resolução final do congresso das Filipinas.
Hoje Macau SociedadeMacau apadrinha Fórum Económico entre China e países lusófonos [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 80 responsáveis de Portugal, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde vão participar no Fórum Económico sobre Cidades Sustentáveis, em Outubro, em Macau, foi ontem anunciado. A cooperação económica e monetária entre a China e os países de língua portuguesa (PLP) vai ocupar os debates do fórum, organizado no âmbito da Feira Internacional de Macau (MIF), de 19 a 21 do próximo mês, e onde Angola será o “país de referência”. O Fórum Económico Cidades Sustentáveis Macau – Guangzhou – Hong Kong realiza-se a 20 de Outubro, com duas conferências: “Como melhorar a capacidade de financiamento de projectos entra a China, Macau e os Países de Língua Portuguesa” e “Cidades sustentáveis e inteligentes, perspectivas para uma cooperação económica global, tendo em conta o desenvolvimento local”. De acordo com o programa provisório a que a agência Lusa teve acesso, vão intervir na sessão de abertura o secretário de Estado da Internacionalização de Portugal, Eurico Brilhante Dias, o Chefe do Executivo de Macau, Chui Sai On, o governador da província de Guangdong, Ma Xingrui, o presidente da comissão executiva da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e presidente do governo regional do Príncipe, José Cassandra, o presidente do Fórum de Empresários de Língua Portuguesa (FELP), Francisco Viana e o secretário-geral da UCCLA, Vítor Ramalho. Estão ainda por confirmar as presenças do governador da província de Luanda e presidente da assembleia-geral da UCCLA, general Higino Carneiro, segundo o mesmo programa. Olhos em Angola A conferência “Como melhorar a capacidade de financiamento de projectos entre a China, Macau e os Países de Língua Portuguesa” vai contar com a participação de responsáveis de várias instituições bancárias e financeiras, como os bancos EuroBic, Sol, Industrial e Comercial da China, BNU, Banco da China, Instituto de Formação Financeira e Fundo China África. Na segunda conferência de dia 20, “Cidades sustentáveis e inteligentes, perspectivas para uma cooperação económica global, tendo em conta o desenvolvimento local”, a mesa-redonda estará ocupada por autoridades locais e municipais de Cascais, Lisboa, Almada, Maputo e Cabo Verde. Em Abril decorreu em Luanda a edição anterior do fórum económico sobre cidades sustentáveis, que contou com mais de 200 convidados, entre os quais responsáveis do Centro de Apoio Empresarial de Macau do IPIM. A escolha de Angola para ser o país de referência na MIF foi tomada em Junho, aquando de uma visita a Macau de uma delegação da UCCLA. De acordo com o presidente da Confederação Empresarial de Angola (CEA) e da FELP, Francisco Viana, mais de meia centena de empresas angolanas vão estar presentes na 22.ª edição da MIF. O crescente interesse nos produtos e serviços dos países lusófonos levou à criação de um espaço individualizado na MIF, designado como PLPEX (Exposição dos Países de Língua Portuguesa), anunciou à Lusa, em Julho, Gloria Batalha, administradora do IPIM. Glória Batalha esclareceu que esta decisão de individualizar e colocar a PLPEX ao lado da MIF é o resultado de um trabalho estratégico de reforçar o papel de Macau como plataforma de cooperação entre a China e o bloco lusófono, como definido por Pequim. A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Educação | Centro de Ciência de Macau reabre esta semana [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois dos estragos provocados pela passagem do tufão Hato pelo território, o Centro de Ciência de Macau volta a abrir portas ao público na próxima sexta-feira. Como os trabalhos de reparação ainda estão em curso, nomeadamente na cobertura de alumínio, estará disponível para os visitantes, por questões de segurança, uma entrada temporária. O Centro de Ciência de Macau tem um conjunto de actividades no calendário, como o Festival do Outono e o Dia da Implantação da República Popular da China. Também o Planetário terá três espectáculos adicionais entre 1 e 8 de Outubro.
Hoje Macau PolíticaAlexis Tam visitou embaixador da China em Portugal [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, realizou uma visita oficial, no passado dia 19, à embaixada da China em Portugal. Segundo um comunicado oficial, a visita serviu para “discutir formas de maximizar o aproveitamento das vantagens de Macau para promover os laços entre os povos chinês e português, bem como reforçar o desenvolvimento dos relacionamentos bilaterais”. Além de Alexis Tam, estiveram ainda presentes no encontro representantes das “áreas da educação, juventude, saúde e cultura”, entre outras. Cai Run, embaixador da República Popular da China em Lisboa, disse que as relações bilaterais entre Portugal e China “passam pelo melhor período de sempre”, além de se terem vindo a intensificar. Foram “assinados vários protocolos, por forma a dar continuidade ao reforço do intercâmbio económico, comercial e cultural entre os povos dos dois países”, lembrou Cai Run. Talentos para o futuro O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura lembrou o papel que Macau pode ter na formação de talentos bilingues, tendo dito que “a vantagem linguística e os contactos entre os dois povos que Macau possui poderão contribuir para reforçar os laços bilaterais na concretização das iniciativas nacionais de “Uma Faixa, Uma Rota”. Cai Run referiu ainda que, em 2019, a RAEM celebra 20 anos de existência e comemoram-se também os 40 anos do restabelecimento das relações diplomáticas entre Portugal e China. Nesse ano deverá realizar-se “o festival cultural sino-português, de forma a fortalecer o intercâmbio cultural entre os povos dos dois países”. Alexis Tam aproveitou ainda a sua estadia em Portugal para se encontrar com 110 alunos de Macau que frequentam cursos superiores no país. Citado por um comunicado, o secretário terá dito aos jovens para que “estudem aplicadamente”, para “contribuírem para o desenvolvimento de Macau no futuro”.