Hoje Macau PolíticaEleições | Agnes Lam diz estar entre democratas e campo tradicional Muitos analistas falaram daquela que foi a grande surpresa das eleições legislativas como estando posicionada ao centro, em termos políticos. Em entrevista à Lusa, Agnes Lam, líder da Observatório Cívico e deputada eleita, afirma isso mesmo, mas refere que não quer ser vista como “anti-governo” [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] recém-eleita deputada de Macau Agnes Lam diz não se identificar com nenhuma das alas da Assembleia Legislativa (AL) – democrata ou pró-sistema – e frisa que, ainda que apoie o sufrágio universal, não quer ser vista como “anti-governo”. Desde que Agnes Lam foi eleita para a AL no passado dia 17, que comentadores, politólogos e meios de comunicação diferem na forma de a categorizar: uns acham que vem alargar o campo democrata, outros rotulam-na como pró-sistema. Em entrevista à agência Lusa, Lam diz estar a tentar seguir “um caminho novo”. “Sou diferente do campo pró-sistema tradicional e do campo democrático tradicional. Porque é que estou a concorrer? Porque não gosto da maneira como lidam com as coisas. Sou independente, quero ser profissional. Percebo porque é difícil para os media categorizarem-me, têm usado diferentes rótulos”, comentou. Agnes Lam, professora universitária, diz ser a favor da implementação do sufrágio universal em Macau, mas não é por isso que se coloca firmemente com os democratas, já que “eles são mais, como os chineses lhes chamam, anti-governo”. No entanto, Lam, de 45 anos, também não se vê como uma clássica candidata do ‘sistema’, apesar de nas eleições ter sido apoiada pela tradicional Associação da Nova Juventude Chinesa e de ser membro da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. “Não me importo que [Pequim] me apoie, mas ao mesmo tempo quero manter o meu estatuto de independente. Fui nomeada para essa posição antes de começar a pensar que podia concorrer às eleições e não vejo grande vantagem em demitir-me apenas por causa dos rótulos das pessoas”, justificou. Para Lam, ao contrário de países como os Estados Unidos, em Macau “não há assim tantas diferenças ideológicas” e “não faz sentido passar o tempo todo a discutir essas coisas”. “Passamos muito tempo a acusar pessoas ‘Estás com Pequim, não vais fazer nada de bom’, ‘És contra o Governo por isso o que propões não é bom’. Passamos muito tempo a acusar os outros e não nos focamos nos assuntos em si (…) Não quero sentar-me ali e gritar com este e aquele”, afirmou. Unir para legislar A nova deputada considera formar parcerias para propor projectos de lei, mas não elege os quatro deputados do campo pró-democrata como aliados naturais. “Considero formar alianças com toda a gente. [Esses quatro] não chegam, se não tiver o outro lado não consigo fazer nada”, explicou. A estratégia, disse, vai depender da natureza dos assuntos. Um dos seus objectivos é legislar contra a discriminação da amamentação em público, sendo esse um projecto em que planeia tentar juntar-se às outras cinco deputadas. Já para “leis que envolvam interesses” será necessária “uma estratégia diferente”. Pode ser o caso da revisão da lei do erro médico, uma das suas prioridades para a nova legislatura, para a qual contará com o apoio dos dois médicos que integraram a sua lista.
Hoje Macau PolíticaZheng Xiaosong novo director do Gabinete de Ligação [dropcap style≠’circle’]Z[/dropcap]heng Xiaosong é o novo director do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau, substituindo Wang Zhimin. A informação foi avançada, na sexta-feira, pelo jornal The Standard, sediado em Hong Kong. O novo director, que é vice-ministro do Departamento Internacional do Comité Central do Partido Comunista, assumiu as funções na passada quarta-feira. Anteriormente Zheng Xiaosong desempenhou o cargo de vice-governador da Província de Fujian, de acordo com o portal China Vitae. Esta foi uma posição que Zheng, de 58 anos, ocupou até ao ano passado. O governante chinês é licenciado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Por sua vez, Wang Zhimin vai ocupar a posição de director do Gabinete de Ligação do Governo Central em Hong Kong. Wang tinha assumido o cargo de director do Gabinete de Ligação em Macau há pouco mais de um ano. Esta troca acontece depois de no início do mês ter sido noticiado que Li Gang, antecessor em Macau de Wang, tinha sido expulso da Assembleia Popular Nacional, estando sob suspeita de “violar gravemente a disciplina”. Este é um termo usado normalmente para apontar casos de corrupção dentro do Partido Comunista. Em Hong Kong, Wang Zhimin vai substituir Zhang Xiaoming, que foi promovido a director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau em Pequim. Esta é uma posição deixada em aberto por Wang Guangya, que atingiu a idade de reforma.
Hoje Macau PolíticaEleições | Tribunal nega pedido de recontagem de votos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Tribunal de Última Instância de Macau negou “liminarmente” o pedido de recontagem dos votos apresentado pelo mandatário e primeiro candidato da lista Nova Ideais de Macau, Carl Ching Lok Suen. O pedido, entregue na quarta-feira, alegava que deveria haver uma recontagem devido a semelhanças entre o símbolo da lista número 1 e da lista número 2. Contudo o TUI decidiu que pedido de recurso não se justificava. “Visto que o recorrente nunca apresentou reclamação, protesto ou contra–protesto no decurso do apuramento, nem interpôs recurso gracioso perante a assembleia de apuramento geral, não estão preenchidos os pressupostos legais de interposição do recurso contencioso”, escreveu a titular do processo, a juíza Song Man Lei, de acordo com uma nota do Gabinete do Presidente do TUI, emitida na sexta-feira. “O recorrente não pode interpor recurso contencioso relativamente a questões que poderão ter ocorrido no decurso do apuramento”, sublinhou a mesma fonte. A lista de Ching obteve 199 votos nas eleições, abaixo dos 300 necessários para que a caução de 25 mil patacas seja devolvida. Também na sexta-feira, de acordo com a Lusa, a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) tomou uma posição sobre o assunto, defendendo que “para pedir uma reapreciação, o mandatário teria de ter apresentado uma reclamação durante o acto de apuramento”. Na altura em que entregou o pedido de recurso, Carl Ching admitiu que se tinha endividado para que pudesse pagar a caução, e que agora precisava do dinheiro para o devolver aos amigos.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Número de visitantes diminui em Agosto devido ao Hato [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s efeitos do desastre natural de 23 de Agosto fizeram-se sentir também no sector turístico. Durante o mês de Agosto, o número de visitantes que Macau recebeu diminuiu 0,6 por cento em termos anuais e 1,8 por cento na contabilidade mensal. A razão apontado pelos Serviços de Estatística e Censos para a diminuição foi a passagem do tufão Hato pela região. Durante o mês de Agosto Macau recebeu um total de 2.866.400 visitantes, deste número 1.318.619 foram excursionistas, enquanto o número de turistas foi 1.547.781. O número de pessoas que chegaram através de excursões sofreu uma diminuição de 6,2 por cento em comparação com igual período homólogo do ano anterior, enquanto que o número de turistas aumentou 4,8 por cento. O período médio de permanência em Macau aumentou ligeiramente para 1,3 dias por turista, o que representa uma subida de 0,1 dias em relação ao ano transacto. Do total de visitantes, a larga maioria foi oriunda do Interior da China, chegando ao total de 2.016.846, o que representou um crescimento de 1,9 por cento em relação a Agosto do ano passado. Os turistas originários de Hong Kong foram 529.676, uma proveniência que sofreu um decréscimo de 10,5 por cento, enquanto que de Taiwan chegaram 92.580 visitantes, ou seja, menos 1,9 por cento. O número de turistas oriundos dos Estados Unidos da América, Canadá, Austrália e Reino Unido continuaram a diminuir. Em contrapartida, os visitantes que chegaram da da Coreia do Sul aumentaram neste mês de Agosto 30,8 por cento. Neste aspecto importa salientar que a 25 de Agosto os Serviços de Turismo de Macau suspenderam as viagens turísticas à cidade até ao passado dia 2 de Setembro, uma medida que afectou o número de visitantes.
Hoje Macau SociedadePME | Paulo Macedo diz que BNU vai reforçar apoios O presidente-executivo da Caixa Geral de Depósitos garantiu, no âmbito de um encontro com Chui Sai On, que o BNU vai proporcionar mais apoios financeiros para as empresas de pequena dimensão, sem esquecer o sector do retalho. Paulo Macedo está em Macau no contexto da celebração dos 115 anos do banco local [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]aulo Macedo chegou a ser ministro da saúde em Portugal, mas é na qualidade de presidente-executivo do grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD) que tem estado em Macau para uma visita que marca a celebração do 115º aniversário do Banco Nacional Ultramarino (BNU). À margem das festividades, Paulo Macedo tem reunido com governantes locais. Após um encontro com o Chefe do Executivo, Chui Sai On, foi anunciado que o BNU vai aumentar o apoio às Pequenas e Médias Empresas (PME) e ao desenvolvimento do sector do retalho no território. De acordo com um comunicado oficial distribuído no final da audiência, Paulo Macedo lembrou que o BNU “explora actividades em todos os países de língua portuguesa” e, por isso, acredita que o banco vai “certamente contribuir com o seu papel e potencialidades para que Macau se torne na plataforma de serviços comerciais entre a China e o mundo lusófono”. O Chefe do Executivo recordou que o BNU está estabelecido em Macau “há muitos anos, é uma importante instituição financeira e um dos bancos emissores de moeda e que tem desempenhado um papel muito importante no desenvolvimento económico e na manutenção da segurança e estabilidade do sistema financeiro” do território. O governante assegurou ainda que, “no futuro, o Governo da RAEM irá, tal como sempre, apoiar o desenvolvimento do BNU e das actividades financeiras de Macau, bem como, em conjunto com esta instituição financeira, envidar os maiores esforços em prol do progresso económico” local. Chui Sai On lembrou que o Governo da RAEM, “com o forte apoio do Governo Central”, dedica-se, designadamente “à participação activa no projecto nacional ‘Uma Faixa, Uma Rota’, na estruturação da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e no fortalecimento do papel de plataforma de serviços de cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa”. Por isso, de acordo com o documento distribuído aos jornalistas, o Chefe do Governo disse acreditar que “o sector financeiro de Macau, que inclui o BNU, irá aproveitar estas oportunidades para explorar mais espaço de desenvolvimento”, esperando também que o banco “possa aproveitar as potencialidades existentes na rede de actividades dos países de língua portuguesa para, em conjunto com o Governo da RAEM, alcançar a meta da implementação de uma plataforma entre a China e a lusofonia e promover a diversificação económica adequada”. Promessas feitas No encontro participaram, entre outros, o presidente executivo do BNU, Pedro Cardoso, e a chefe do Gabinete do Chefe do Executivo, O Lam. Na quinta-feira, à margem da cerimónia comemorativa dos 115 anos do banco, Paulo Macedo tinha afirmado que o BNU vai desempenhar um papel ainda mais activo na promoção de negócios entre o território, a China e os países lusófonos. Para a CGD, Macau e o BNU são uma porta da China para os países lusófonos, em termos de negócio e trocas comerciais, afirmou o responsável A CGD está presente em sete países lusófonos e é líder em cinco: Portugal, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Em 2003, a China estabeleceu a RAEM como a plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa.
Hoje Macau SociedadeSSM e associação de médicos lamentam morte de Larguito Claro [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde e a Associação de Médicos de Língua Portuguesa de Macau manifestaram sexta-feira pesar pela morte na quinta-feira do médico João Maria Larguito Claro, que chefiou aqueles serviços entre 1993 e 1999. Os Serviços de Saúde destacaram o “contributo e a valorização da classe médica” do especialista em dermatologia que desenvolveu “um trabalho digno e marcante no território”, de acordo com um comunicado. Por seu lado, a Associação de Médicos de Língua Portuguesa de Macau (AMLPM) lamentou a morte de Larguito Claro e destacou a “dinâmica imposta pelos centros de saúde e a criação de áreas de especialização”, reconhecidamente “fundamentais e estruturantes” na actividade no território, indicou em comunicado. “Larguito Claro foi um homem com visão, com sentido de entrega à missão e com espírito empreendedor na área da Saúde em Macau”, sublinhou, na nota, o presidente da AMPLM, Jorge de Sales Marques. Os Serviços de Saúde de Macau e a AMLP enviaram condolências à família de Larguito Claro. A 7 de Abril passado, o Ministério da Saúde português distinguiu Larguito Claro, director do Serviço de Dermatologia do Centro Hospitalar do Algarve, com a Medalha de Mérito da Saúde, Grau Ouro, em reconhecimento do profissionalismo e dedicação ao longo da sua carreira em prol da melhoria da acessibilidade de todos os cidadãos aos cuidados de saúde.
Hoje Macau Manchete SociedadeAreia Preta | Polícias à civil impedem suicídio de mulher Dois polícias salvaram uma residente de 37 anos, que tinha saltado para o rio para se suicidar. O caso aconteceu na Areia Preta, à frente do hotel Crowne Plaza, e os agentes não estavam identificados como polícias [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]ois polícias da Unidade Táctica de Intervenção da Polícia de Segurança Pública impediram que uma mulher se suicidasse no sábado, pelas 16h30, à frente do hotel Crowne Plaza. O caso aconteceu quando os dois homens que realizavam corrida, vestidos com equipamento desportivo, mas sem nada que os identificasse como membros da polícia, viram a mulher a atirar-se ao rio. Assim que viram a residente na água, os dois homens, que corriam em direcção às Portas do Cerco, saltaram para o rio para impedirem que a mulher entrasse numa zona onde não tivesse pé e fosse arrastada pela corrente. Agarrada pelos dois corredores, a mulher de 37 anos, lutou afincadamente para se soltar, ao mesmo tempo que gritava e chorava, desesperada, para que a deixassem morrer. A dificultar a tarefa dos dois homem esteve o lodo no fundo rochoso do rio, que por ser muito escorregadio dificultou as tarefas de salvamento. Este facto fez com que apesar das várias tentativas, os dois polícias sozinhos não conseguissem tirar a mulher da água. Por sua vez, a senhora, de joelhos e com a água a chegar-lhe ao peito, pedia que a largassem para se afogar. A situação durou cerca de dez minutos até à chegada da PSP e dos bombeiros. Enquanto aguardavam pela chegada dos colegas, os polícias contaram com a ajuda de duas pessoas, sem que fosse possível tirar a mulher da água. Contudo, a frustração de um dos agentes ficou bem patente a certa altura, quando começou a pedir auxílio às pessoas que se juntaram para assistir à cena. Ao mesmo tempo, pedia-lhes que não ficassem apenas a filmar com os telemóveis. Fora de perigo Só com a chegada da PSP e dos bombeiros foi possível colocar a vítima a salvo. Contudo, pelo facto de o piso ser demasiado escorregadio, foram precisos mais de seis agentes para resolver a situação. Num primeiro momento, a mulher foi levantada e levada para as rochas. Nessa altura, os bombeiros e a polícia colocaram-lhe uma corda à volta do corpo. Porém, a mulher gritava para que a deixassem morrer, e quando percebeu que estava dominada, tentou dar cabeçadas nas rochas, mordendo igualmente o joelho de um agente que a tentava salvar. Depois de imobilizada, a senhora de 37 anos foi mantida quente com vários cobertores, que os agentes trouxeram consigo. Só depois foi colocada numa maca e levada, numa ambulância, para o hospital Conde São Januário, onde se encontra livre de perigo. De acordo com as informações prestadas pela PSP ao HM, a mulher está a receber tratamento, pelo que só vai ser possível apurar os motivos que a levaram a tentar suicidar-se mais tarde, quando tiver alta. Antes de se atirar ao rio, a mulher deixou nas rochas um papel com uma mensagem, três maços de cigarros, um telemóvel – que nunca parou de tocar – e um par de chinelos brancos e cor-de-rosa.
Hoje Macau EventosLíngua | IPOR promove programa de leitura em português [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Instituto Português do Oriente começa hoje uma série de sessões de leitura com a contadora de histórias Cristina Taquelim em várias escolas de Macau, abarcando um universo de cerca de 500 crianças. O programa pretende dinamizar a leitura em língua portuguesa durante a semana que agora começa. As sessões realizam-se na Escola Luso-Chinesa da Flora, Escola Zheng Guanying, infantário D. José́ da Costa Nunes, Escola Portuguesa de Macau, Oficinas de Língua Portuguesa para Crianças e Jovens do IPOR e o Curso Geral do próprio instituto. Na quinta-feira, pelas 19h, no Café Oriente do IPOR a escritora conduz uma sessão aberta de narração de histórias dirigida ao público em geral. Cristina Taquelim é coordenadora de vários programas de promoção e mediação de leitura, integra a equipa de especialistas do Projecto Casa da Leitura da Fundação Gulbenkian e é fundadora da Associação de Contadores de Histórias. Além disso, é autora de vários livros de literatura infanto-juvenil, como “Na minha casa somos sete”, editado em Portugal e “Malaquias”, “Uma casa na Lua” e “Corrupio” editados no Brasil.
Hoje Macau EventosInstituto Cultural | Revelado inventário do património cultural intangível de Macau [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m misto de crenças espirituais e manifestações culturais preenchem o inventário do património cultural intangível que o Instituto Cultural (IC) pretende identificar, reconhecer e salvaguardar, cumprindo o estabelecido na Lei de Salvaguarda do Património Cultural. A lista de expressões culturais intimamente ligadas ao território inclui 15 manifestações. São elas a Ópera Yueju (Ópera Cantonense), a preparação do chá de ervas, a escultura de imagens sagradas em madeira, o Naamyam Cantonense (Canções narrativas), a música de ritual taoista, o Festival do Dragão Embriagado e a crença e os costumes ligados à adoração a A-Ma. A estes manifestações culturais, este ano o IC decidiu juntar a crença e os costumes de Na Tcha, o teatro em patuá, a gastronomia macaense, a crença e os costumes de Tou Tei, a crença e os costumes de Chu Tai Sin, a arte dos andaimes de bambu, a procissão do Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos e a procissão de Nossa Senhora de Fátima. O objectivo da actualização do inventário, anunciado na sexta-feira pelo IC, tem em vista a continuidade do levantamento do património de forma a ser inscrito na Lista do Património Cultural Intangível.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Pagar com dinheiro vivo é “coisa de antigamente” [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma sociedade em que moedas e notas são obsoletas e tudo é pago via ‘carteiras digitais’ está a materializar-se rapidamente na China, impulsionando novos modelos de negócios e uma geração de consumidores mais autónomos. Zhao Gang, um jovem chinês radicado em Pequim, não tem dúvidas: “No que toca a pagamentos móveis, a China está à frente do resto do mundo”. À semelhança de milhões de compatriotas, Zhao há muito deixou de levar carteira quando sai de casa. O telemóvel basta-lhe. Segundo a consultora iResearch, os pagamentos feitos via carteiras digitais na China atingiram, no ano passado, 5,5 biliões de dólares. O fenómeno está a inspirar novos modelos de negócio, com impacto na rotina dos consumidores. Para se deslocar para o trabalho, Zhao aluga uma das centenas de milhares de bicicletas hoje distribuídas pelas ruas de Pequim, fazendo a leitura do código QR com o seu telemóvel. À hora do almoço, volta a alugar uma bicicleta e desloca-se até ao restaurante Renrenxiang, onde os pedidos e pagamentos são feitos via aplicativo Wechat e a refeição sai da cozinha num tapete rolante. Lançado em Janeiro de 2011, pelo gigante chinês da Internet Tencent, o Wechat tem hoje quase mil milhões de utilizadores, segundo dados da empresa. Liu Zheng, fundador do Renrenxiang, diz à agência Lusa que o seu modelo de negócio é a “tendência do futuro”. “Noto que o perfil da mão-de-obra chinesa está a mudar muito”, diz Liu, que trabalhou vários anos no departamento de Recursos Humanos de uma das maiores empresas de telecomunicações da China. “Nas grandes cidades, há cada vez menos pessoas dispostas a fazer trabalho manual e por salários baixos”, afirma. Em 2015, a população em idade activa na China registou a maior contração de sempre – 4,87 milhões de pessoas -, enquanto o país relega gradualmente o papel de “fábrica do mundo” para outras nações asiáticas. Quan Bin, cofundador de uma rede de lojas de conveniência sem atendimento, diz que uma das maiores vantagens dos pagamentos móveis é o ‘Big Data’, a análise dos dados dos consumidores, que permite moldar a oferta à procura. “Logo a partir do momento em que o cliente faz o registo, temos acesso aos seus dados pessoais. Sempre que ele faz compras, o nosso sistema armazena e analisa o seu historial de consumo”, explica. Nas lojas da Xiaomai, o cliente faz a leitura do código de barras e o pagamento com o telemóvel. A porta abre-se automaticamente, através de um sistema de reconhecimento facial. Das contradições Pequim apoia o fenómeno, que considera vital na transição para um modelo económico mais baseado no consumo e nos serviços, mas esforça-se para sufocar a liberdade criada pela internet através do “Grande Firewall da China”. Aquele mecanismo censura sites como o Facebook, Youtube e Google ou ferramentas como o Dropbox e o WeTransfer. As versões electrónicas de vários órgãos de comunicação estrangeiros também estão bloqueadas no país, enquanto comentários nas redes e espaços de discussão ‘online’ são sujeitos a controlo das autoridades. Em 65 países analisados pelo grupo de pesquisa Freedom House, a China tem a Internet mais fechada, abaixo do Irão e da Síria. Para Liu Zheng, no entanto, a internet chinesa oferece um potencial único. “Em mais nenhum outro país o meu negócio seria tão bem-sucedido”, atira. “Os serviços ‘online’ atingiram um nível de difusão ímpar na China”.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang reúne milhares de pessoas em manifestação anti-americana [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ilhares de norte-coreanos participaram no sábado numa manifestação anti-americana convocada pelo regime de Pyongyang, em apoio ao líder Kim Jong Un, num momento marcado pela ‘guerra’ de palavras com Donald Trump, informou ontem a agência KCNA. Segundo o texto divulgado pela agência estatal norte-coreana, mais de 100.000 pessoas participaram na concentração na praça Kim Il Sung, no centro de Pyongyang. Durante o evento, foi lido na íntegra o comunicado de Kim Jong Un publicado na sexta-feira. Nesse texto, o líder norte-coreano criticou o discurso de Trump na terça-feira na ONU, no qual o Presidente dos EUA ameaçava “destruir totalmente a Coreia do Norte”, e classificou Trump como um “louco”, lançando novas ameaças contra Washington. Manifestantes marcharam com cartazes com ‘slogans’ como “vingança decisiva” e “morte para os imperialistas americanos” e entoaram palavras de ordem como “destruição total”, segundo a KCNA, citada pela Associated Press. A multidão incluía trabalhadores, funcionários do regime e estudantes, segundo a KCNA. Os contínuos testes de mísseis pela Coreia do Norte e a dura retórica usada por Washington após a chegada em Janeiro de Donald Trump à Casa Branca fizeram disparar este ano a tensão regional até níveis inéditos. O mais recente episódio desta crise ocorreu no sábado, quando bombardeiros e caças norte-americanos voaram perto da costa da Coreia do Norte para enviar uma “mensagem clara” de que Washington dispõe de “opções militares” perante qualquer ameaça, informou o Pentágono. Os Estados Unidos já enviaram este ano em várias ocasiões os seus aviões militares até perto da Coreia do Norte como demonstração de força.
Hoje Macau DesportoMacau vai receber partida de futebol China-Portugal em 2019 Cristiano Ronaldo e companhia vão visitar o território em 2019 para um jogo de futebol com a China, que vai assinalar o 20.º aniversário da transferência da soberania de Macau [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau vai ser o palco de um encontro entre a selecções de futebol de Portugal e a China, em 2019, no âmbito do 40.º aniversário do restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países e do 20.º aniversário da transferência de soberania de Macau. A informação foi avançada, na sexta-feira, pelo gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam. O comunicado foi feito depois de um encontro, na quarta-feira, entre o governante de Macau e o Ministro da Educação português, Tiago Brandão Rodrigues, que também tutela o desporto. “Ambos os governantes expressaram o desejo de celebrar os 40 anos do restabelecimento das relações diplomáticas entre a China e Portugal, que se celebra em 2019 e que coincide com os 20 anos da RAEM, através do desporto, nomeadamente de um jogo entre as selecções chinesa e portuguesa a realizar em Macau”, pode ler-se no comunicado. Anteriormente, as duas selecções defrontaram-se em duas ocasiões. O primeiro encontro foi em Maio de 2002, em Macau, na preparação para o Mundial da Coreia do Sul e do Japão. Na altura, Portugal venceu por 2-0, com golos de Nuno Gomes e Pauleta. Esta foi uma partida que também ficou marcada pelo penálti desperdiçado por Rui Costa. Porém o Mundial acabou por ser de má memória para os portuguesas, com a equipa orientada por António Oliveira a ser eliminada na fase de grupos. O outro encontro foi disputado no Estádio Municipal de Coimbra, em Março de 2010, e a selecção portuguesa voltou a vencer por 2-0. Hugo Almeida, aos 35 minutos, e Liedson – que tinha substituído Cristiano Ronaldo –, aos 90 minutos, foram os marcadores de serviço. Preparação Olímpica Ainda no âmbito desportivo, os governos discutiram a possibilidade de Macau ser o centro de preparação dos atletas portugueses para os Jogos Olímpicos e Para-Olímpicos de Tóquio, que se realizam em 2020. “Os governantes concordaram que Macau tem condições únicas para ajudar na preparação das selecções olímpica e para-olímpica portuguesa para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020”, foi sublinhado. Esta possibilidade seria uma repetição da estratégia de preparação da selecção masculina de hóquei em patins, que fez parte da preparação para o mundial da modalidade em Macau. O torneio, que se realizou no início deste mês, foi disputado em Nanjing, e no final Portugal acabou num segunda lugar, após ter perdido, nas grandes penalidades, o encontro decisivo diante da rival Espanha. Do encontro de governantes, ficou também em cima da mesa a hipótese de equipas de Lisboa, Porto e Coimbra participarem no próximo Festival Juvenil Internacional de Dança, em Macau. O evento acontece de dois em dois anos, e Alexis Tam explicou ao ministro português que seria uma boa oportunidade para que os jovens do país europeu conhecessem melhor a cultura de Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | Retidos navios chineses que pescaram tubarão [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo timorense suspendeu ontem as licenças de uma frota de navios chineses apanhada a pescar tubarão em águas timorenses, enquanto conduz investigações para determinar se a empresa cumpriu todos os critérios legais. O ministro da Agricultura e Pescas timorense, Estanislau da Silva, disse à Lusa que enquanto decorrem as investigações, conduzidas com base em informações fornecidas pelo Governo indonésio, “os navios estão proibidos de sair do porto de Carabela” na costa norte do país. A decisão de suspensão deve-se, explicou, apenas a aspectos relacionados com a própria empresa e não ainda com a actividade de pesca em Timor-Leste, nomeadamente a captura de toneladas de tubarão confirmada numa rusga efetuada este mês. “Recebemos informações detalhadas da Indonésia sobre a empresa e daí tomei a liberdade como ministro competente de suspender as actividades da companhia, no sentido de se fazer uma investigação detalhada sobre o registo dos barcos de pesca e a ligação da empresa com outros existentes que tenham estado envolvidos em actividades de pesca ilegal”, explicou o governante. No essencial, disse, trata-se de determinar “se as embarcações estiveram envolvidas no passado em pesca ilegal”, algo que em Timor-Leste não é permitido, ou se “estão registadas em mais do que um país, algo que também não é permitido”. Se os navios respeitaram, ou não, a licença que lhes foi concedida é outra questão que só será determinada depois de concluída uma investigação detalhada, que está actualmente a ser conduzida por técnicos do Ministério. “Actualmente está no porto de Carabela a polícia de investigação juntamente com os responsáveis das pescas para averiguar com mais profundidade a veracidade das informações que recebemos. Se se tratar de crime serão tomadas outras medidas”, referiu. Déjà vu A acção do Governo surgiu depois da segunda polémica, este ano, com navios das empresas chinesas Hong Long Fisheries e Pingtan Marine Entreprises e que têm, desde meados de Novembro de 2016, uma licença de um ano para operar em águas timorenses. No passado dia 8 de Setembro, os navios voltaram a ser apanhados a pescar tubarão durante uma operação conduzida em conjunto pela polícia timorense e pela organização ambiental Sea Shepherd. A operação envolveu o navio Ocean Warrior da Sea Sheperd que com lanchas rápidas ajudou a transportar efectivos da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) que efectuaram a rusga no interior das embarcações. Já em Fevereiro, a Lusa tinha noticiado que os navios estavam a pescar ilegalmente tubarão, o que levou o Governo timorense a anunciar uma investigação interministerial que, em Abril, deliberou aplicar aos 15 navios uma multa de 500 dólares cada. Estanislau da Silva reconheceu que o “licenciamento de pescas à companhia chinesa Hong Long tem sido polémico, objecto de comentários e de suspeitas”, mas quando a licença foi concedida tudo estava dentro da lei. “Na altura concedemos as licenças mediante a informação que nos foi submetida e com base nessa documentação e declarações da própria companhia decidimos atribuir a licença, mas acautelando sempre que devia cumprir as leis”, disse. “Agora recebemos informação detalhada da Indonésia e por isso mandei suspender as actividades da companhia para se aprofundar as investigações nesta área. Comuniquei o caso ao primeiro-ministro esta manhã e alertei o ministro da Defesa e Segurança para não deixar nenhum barco sair do porto de Carabela”, sublinhou. O ministro disse que, no caso da pesca do tubarão, o Governo fará respeitar a lista de espécies protegida, que é “muito abrangente” e inclui espécies cobertas pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora (CITES) e ainda as listadas na Indonésia e na Austrália. Sem dó O governante reconheceu ainda não se saber ao certo o que está a bordo e que só agora está a ser feita uma “inspeção detalhada”. A lei prevê medidas que vão desde coimas à apreensão de navios ou suspensão da licença, estando igualmente em curso uma investigação adicional conduzida pelo Ministério Público, acrescentou. “Estamos muito empenhados em proteger os nossos recursos marítimos e não tomaremos meias medidas se verificarmos que houve violação ou não foi cumprida a lei”, garantiu. O ministro admitiu que este caso mostrou a necessidade de reforçar os meios de Timor-Leste para “inviabilizar a pesca ilegal” nas águas timorenses que, garantiu, se reduziu com a presença dos navios chineses licenciados. “Precisamos de ter meios reforçados de patrulha. Espero poder acionar mecanismos com os nossos vizinhos na Austrália e na Indonésia sobre esta questão”, disse. “Temos que diversificar a nossa economia, mas não o podemos fazer em detrimento dos recursos naturais de que o país dispõe. Isso é uma preocupação muito grande do Governo. Vamos a todo o custo encontrar soluções que acomodem esses dois aspectos”, referiu ainda.
Hoje Macau Manchete PolíticaPrivacidade | Novo Macau atacada por hackers durante a campanha eleitoral [dropcap style≠’circle’]J[/dropcap]ason Chao revela que as contas de email e redes sociais da Associação sofreram tentativas de ataques cibernéticos. O activista suspeita que os responsáveis o fizeram com cobertura do Governo Central. Antes de partir para a Europa, o membro da ANM deixou críticas ao sistema político de Macau A Novo Macau, a maior associação pró-democracia da cidade, afirmou ontem ter sido alertada pela Google de que foi alvo de ciberataques “apoiados pelo Governo” durante a campanha eleitoral, ataques que cessaram depois das eleições de domingo. “A Google alertou-nos que ‘hackers’ do Governo podiam estar a tentar roubar a nossa ‘password’. Todos estes ciberataques pararam um dia após as eleições. Acho que não é uma coincidência”, disse Jason Chao, membro da Associação Novo Macau (ANM), em conferência de imprensa. Uma lista afiliada à ANM elegeu no domingo o mais jovem deputado da Assembleia Legislativa de Macau, Sulu Sou. Jason Chao, que liderou a associação entre 2010 e 2014 e continuou desde então envolvido nas suas actividades, listou aqueles que considerou terem sido os maiores problemas durante a campanha, entre eles o ataque informático, não só aos emails dos candidatos e da associação, mas também às contas da rede social Facebook e de Telegram, uma plataforma de troca de mensagens. No entanto, nestes dois últimos casos, as empresas apenas informaram que alguém estava a tentar entrar nas contas, sem referência a interferências governamentais. “Provavelmente, as autoridades queriam conhecer as nossas actividades para melhor arquitectar campanhas difamatórias. Mas isto é apenas uma especulação minha. O que posso dizer ao público é que fomos informados pela Google de que fomos sujeitos a ataques por ‘hackers’ apoiados pelo Governo”, disse. Em jeito de despedida Na mensagem da Google, que Chao mostrou aos jornalistas, a empresa escreveu: “Existe a possibilidade de isto ser um falso alarme, mas detectámos que atacantes apoiados pelo Governo estão a tentar roubar a tua ‘password’. Isto acontece a menos de 0,1% dos utilizadores. Não podemos revelar o que nos alertou porque os atacantes podem reparar e mudar as suas tácticas, mas se forem bem-sucedidos, a certa altura podem aceder aos teus dados ou tomar outras acções usando a tua conta”. Questionado sobre que Governo suspeitava estar pode trás dos ciberataques, o de Macau ou o da China, Chao apontou para o segundo. “Pelo que sei, o Governo de Macau não tem a capacidade de desenvolver tecnologia de ‘hacking’”, disse. Jason Chao, de 30 anos e que desde 2005 tem vindo a dedicar-se ao activismo, deixa Macau no sábado com destino ao Reino Unido, para fazer um mestrado. A partir de agora, disse, deixará de centrar o seu trabalho em Macau, mas pretende continuar a representar algumas organizações do território nas reuniões da ONU, quando for analisada a implementação de tratados internacionais. Nos últimos 17 anos, Chao disse ter assistido a uma “deterioração generalizada da protecção dos direitos”. “Quando falamos da política de Macau temos de ter a China em consideração. Nos últimos anos, os governos da China e de Hong Kong têm lutado contra o movimento de independência de Hong Kong ou outros que pretendem promover democracia. Torna a situação em Macau mais difícil”, disse. “Objectivamente vemos que a polícia está muito interessada em reunir informação sobre activistas. Estamos sob vigilância e o Governo tem agora mais vontade de acusar os activistas”, comentou. Por outro lado, Chao considera que a sociedade civil não “está a desenvolver-se bem”. “Até que ponto é que os cidadãos valorizam a liberdade? Pensam os cidadãos que há necessidade de lutar por maior liberdade? Estas são as bases de uma sociedade civil saudável”, disse. Tendo em conta estes dois factores, “o activismo em Macau é muito difícil”. “Estamos só ligeiramente melhores que a China, pelo menos ainda temos Internet livre. Mas não sabemos quando é que vamos ter de começar a usa VPN [Virtual Proxy Network]. Desejo o melhor aos meus colegas em Macau”, concluiu.
Hoje Macau Política“Um acto de coragem” Raimundo do Rosário comenta nomeação de Tam para SMG O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, comentou ontem a escolha do nome de Raymond Tam para a chefia dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o secretário explicou que a escolha foi feita após uma análise de todos os directores e subdirectores da sua tutela, sendo que Raymond Tam, a coordenar a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), foi considerado o melhor para ser director dos SMG. Raimundo do Rosário frisou que assumir este cargo “é um acto de coragem” e pediu desculpas à família de Tam pelo facto de este passar a ter menos tempo para estar com eles. O secretário admitiu confiar no trabalhar do ainda director da DSPA e disse que, caso haja problemas de maior na análise de tempestades e tufões, está preparado para assumir responsabilidades. Tendo sido atribuído a Raymond Tam o índice 225 da tabela salarial da Função Pública, Raimundo do Rosário explicou que este número foi definido tendo em conta o cumprimento do regime de carreiras dos trabalhadores dos serviços públicos, sendo este o limite máximo. Percurso variado A nomeação de Raymond Tam foi conhecida esta segunda-feira, graças a um despacho publicado em Boletim Oficial. Fung Soi Kun, que durante anos ocupou o cargo máximo de chefia dos SMG, está a ser alvo de um processo de investigação após a passagem do tufão Hato por Macau, que levou à ocorrência de dez vítimas mortais. Raymond Tam Vai Man assumiu pela primeira vez um dos principais cargos no Governo, em 2007, quando foi chamado para substituir Lau Si Io, como presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. Na altura, Lau foi promovido a Secretário para os Transportes e Obras Públicas, após a exoneração de Ao Man Long. Contudo, a passagem de Tam pelo IACM ficou marcada por uma suspensão em 2013, no âmbito da investigação à ex-Secretária Florinda Chan, relacionada com a atribuição de campas no Cemitério de São Miguel Arcanjo. O então presidente do IACM acabaria por ser ilibado, e em 2015 foi nomeado director dos Serviços de Protecção Ambiental, cargo que a partir de ontem passou a acumular em conjunto com a posição de director dos SMG. [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, comentou ontem a escolha do nome de Raymond Tam para a chefia dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o secretário explicou que a escolha foi feita após uma análise de todos os directores e subdirectores da sua tutela, sendo que Raymond Tam, a coordenar a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), foi considerado o melhor para ser director dos SMG. Raimundo do Rosário frisou que assumir este cargo “é um acto de coragem” e pediu desculpas à família de Tam pelo facto de este passar a ter menos tempo para estar com eles. O secretário admitiu confiar no trabalhar do ainda director da DSPA e disse que, caso haja problemas de maior na análise de tempestades e tufões, está preparado para assumir responsabilidades. Tendo sido atribuído a Raymond Tam o índice 225 da tabela salarial da Função Pública, Raimundo do Rosário explicou que este número foi definido tendo em conta o cumprimento do regime de carreiras dos trabalhadores dos serviços públicos, sendo este o limite máximo. Percurso variado A nomeação de Raymond Tam foi conhecida esta segunda-feira, graças a um despacho publicado em Boletim Oficial. Fung Soi Kun, que durante anos ocupou o cargo máximo de chefia dos SMG, está a ser alvo de um processo de investigação após a passagem do tufão Hato por Macau, que levou à ocorrência de dez vítimas mortais. Raymond Tam Vai Man assumiu pela primeira vez um dos principais cargos no Governo, em 2007, quando foi chamado para substituir Lau Si Io, como presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. Na altura, Lau foi promovido a Secretário para os Transportes e Obras Públicas, após a exoneração de Ao Man Long. Contudo, a passagem de Tam pelo IACM ficou marcada por uma suspensão em 2013, no âmbito da investigação à ex-Secretária Florinda Chan, relacionada com a atribuição de campas no Cemitério de São Miguel Arcanjo. O então presidente do IACM acabaria por ser ilibado, e em 2015 foi nomeado director dos Serviços de Protecção Ambiental, cargo que a partir de ontem passou a acumular em conjunto com a posição de director dos SMG. CRU | Sociedade para a renovação urbana dá os primeiros passos [dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]aimundo do Rosário adiantou que na próxima reunião do Conselho de Renovação Urbana (CRU) serão discutidos os estatutos da empresa de capitais públicos com vista a tratar a renovação do tecido urbano de Macau. O secretário para os Transpores e Obras Públicas prevê que, “provavelmente, na próxima reunião haverá um consenso sobre a sociedade”. Ontem foi analisada a primeira proposta de regulamento administrativo para a criação da entidade. O 2º grupo especializado do CRU tomou a decisão de criar esta entidade em Novembro do ano passado, cumprindo as competências que têm para promover a renovação urbana e o reaproveitamento de edifícios industriais. Ainda não existe um modelo definido para a estrutura e modo de administração da empresa que será constituída.
Hoje Macau PolíticaEleições | Governo encaixa 75 mil patacas com cauções de candidatos [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] lei eleitoral define a perda de uma caução de 25 mil patacas para as listas com menos de 300 votos nas eleições. Uma exigência que levanta várias questões, e volta a ser questionada, depois de Carl Ching revelar que está endividado. Entre as 25 listas que se inscreveram para participarem nas eleições pelo sufrágio directo, três vão perder a caução de 25 mil patacas, que entregaram ao Governo. Em causa estão as listas “Início Democrática”, “Nova Ideais de Macau”, por terem tido menos de 300 votos, e a lista “Cor de Rosa, amar a população”, que desistiu antes do acto eleitoral. Esta é uma alteração à lei que foi introduzida na última revisão do diploma e que levantou algumas questões por parte dos deputados. No entanto, na quarta-feira, o caso ganhou outra dimensão, quando o cabeça-de-lista da “Nova Ideais”, Carl Ching, revelou estar endividado devido à perda da caução. Ching admitiu ter pedido uma recontagem dos votos na esperança de ver a sua votação subir para recuperar as 25 mil patacas. Já Lee Kin Yun, número um da lista “Início Democrática”, avançou, ontem, ao HM que não vai tomar medidas tão drásticas como Carl Ching, apesar de também ter de suportar a perda de 25 mil patacas. “Acho que não vou conseguir voltar a ter a caução. Mas também não vou tomar nenhuma medida tão ‘louca’ como o Carl Ching para reaver o dinheiro. Ele que faça o que entender”, afirmou Lee Kin Yun. O candidato derrotado confessou ter pago o montante do próprio bolso, mas recusando comentar se esta medida era adequada. “Nos outros lugares, na altura das eleições, também é exigida uma caução aos candidatos”, limitou-se a dizer. Por sua vez, Nelson Kot, candidato não eleito da lista Poderes do Pensamento Político, reconheceu que a alteração à lei pode causar problemas a algumas listas. “Era preferível que não fosse preciso pagar esta caução, principalmente para os grupos mais pequenos. Durante a campanha já existem muitas despesas, e as listas com menores apoios financeiros sentem mais esse esforço, até porque muitas vezes as verbas vêm da família e amigos”, disse Nelson Kot, ao HM. “Para mim o montante não foi muito elevado, mas penso que houve outras candidaturas que sentiram mais dificuldades para conseguirem esse dinheiro”, acrescentou. Materialmente discriminatória Se no plano formal a lei trata todos os cidadãos por igual, ao exigir a todos o pagamento do mesmo valor, por outro lado, o jurista António Katchi defende que existe uma discriminação material. Em causa está o facto de para alguns candidatos 25 mil patacas ser um valor reduzido, mas para outros exigir um ginástica financeira maior. “É uma norma que aparentemente é igual, porque se aplica a todos, mas materialmente é discriminatória. Viola o princípio da igualdade material, porque para candidatas como Angela Leong ou Melinda Chan perder a caução não tem um grande impacto. Mas para outras pessoas o impacto já será muito maior”, justificou António Katchi. O jurista defende ainda que os candidatos não deviam perder a caução, uma vez que o facto de não terem conseguido pelo menos 300 votos não é uma infracção, e como tal não deveriam ser penalizados. “Não é nenhuma infracção o facto da pessoa obter menos votos do que os exigidos pela lei. Não houve nenhuma infracção, nem um acto desonesto, o candidato não andou a enganar ninguém. E depois objectivamente acaba penalizado porque perde dinheiro. Mesmo que tecnicamente não seja uma multa, na verdade acaba por ter o mesmo efeito”, sublinhou. Katchi encontra explicação para esta parte da lei, na intenção de controlar o número de candidaturas e na repressão de listas sem “qualquer base de apoio”. Todavia, aponta que a intenção não se adequa à forma como o sistema de Macau está organizado: “devemos ser coerentes com o sistema, que não impõe este tipo de restrições e que não impede que surjam 24 listas, como aconteceu. Isto pode ser considerado um problema do sistema, mas não me parece que a imposição de uma caução seja uma forma justa de o resolver”, rematou.
Hoje Macau SociedadeTaxa de inflação fixa-se em 1,16% em Agosto [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] taxa de inflação em Macau fixou-se em 1,16% nos 12 meses terminados em Agosto em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, indicam dados oficiais ontem divulgados. De acordo com os Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o Índice de Preços no Consumidor (IPC) aumentou sobretudo devido a subidas nos índices de preços das secções da educação (+7,43%), bebidas alcoólicas e tabaco (+5,51%) e transportes (+4,99%). Só em Agosto, o IPC geral, que permite conhecer a influência da variação de preços na generalidade das famílias de Macau, cresceu 1,36% em termos anuais, “sendo este acréscimo homólogo o mais elevado desde Janeiro do corrente ano”. Tal deveu-se principalmente ao aumento dos preços das refeições adquiridas fora de casa, do calçado e das propinas escolares, indicou a DSEC. Em relação a Agosto, o IPC geral sofreu um crescimento ligeiro de 0,09%. Em 2016, a taxa de inflação de Macau foi de 2,37%, a mais baixa desde 2009, ano em que se fixou em 1,17%. Segundo as mais recentes projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI), a taxa de inflação de Macau deve fixar-se em 2% este ano, em 2,2% no próximo e em 3% em 2022. Tufão | SAFP dão apoio psicológico ao pessoal da Alfândega [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Administração e Função Pública (SAFP) realizaram quatro palestras de apoio psicológico ao pessoal dos Serviços de Alfândega, no contexto da passagem do tufão Hato por Macau. Os profissionais que lidaram de perto com os estragos assistiram às palestras que abordaram “o eventual impacto de stress causado e os métodos de auto-adaptação para o pessoal alfandegário e de apoio logístico, após a ocorrência de incidentes específicos”. Os SAFP consideram que “os trabalhadores dos serviços públicos enfrentaram uma variedade de situações de emergência nos últimos dias, sofrendo de stress com graus diferentes”. Saúde | Detectada gripe colectiva em infantário na Taipa [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) foram notificados ontem para a ocorrência de um caso de infecção colectiva de gripe numa escola. O caso foi diagnosticado em dez alunos, cinco do sexo masculino e outros cinco do sexo feminino com idades compreendidas entre os 3 e os 4 anos da secção infantil da Escola Secundária Pui Va. As crianças começaram a apresentar sintomas de gripe, nomeadamente tosse e febre a partir de 19 de Setembro. O caso divulgado pelos SS não resultou no desenvolvimento para um quadro clínico mais gravoso, sendo que foi divulgado que o estado de saúde dos alunos é considerado estável. A escola procedeu à desinfecção, limpeza e manutenção da ventilação de ar no interior das instalações de forma a estancar o possível contágio.
Hoje Macau SociedadeCooperação | Alexis Tam encontra-se com o Ministro da Cultura português [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] colaboração para projectos culturais marcou o encontro em Lisboa entre Alexis Tam e o Ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes. A reunião serviu para aprofundar as relações entre a China e os Países de Língua Portuguesa e para anunciar a possível criação de um Fórum Cultural As relações entre o universo luso e chinês estiveram no centro do encontro entre Alexis Tam e o Ministro da Cultura de Portugal. O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura reforçou junto do seu congénere esse desígnio confiado por Pequim a Macau, que foi fortalecido aquando da visita do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang ao território. Alexis Tam considera que Macau tem características únicas que resultam da história de meio milénio de partilha cultural entre Oriente e Ocidente. Nesse sentido, o secretário afirmou que apresentou ao Governo Central um projecto para a criação de um Fórum Cultural, uma ideia bem recebida por Pequim. O organismo propõe-se a reunir os ministros da cultura dos países de língua portuguesa e da China. Alexis Tam fez questão de vincar os eventos culturais que acontecem em Macau, dando particular destaque ao festival literário Rota das Letras como um exemplo do intercâmbio cultural e artístico desenvolvido no território que valoriza a herança da cultura portuguesa. Durante a reunião com Luís Filipe de Castro Mendes foram realçadas as exposições organizadas em Portugal de artistas da RAEM, assim como a presença das orquestras de Macau em eventos em solo português. Pedaços de história O ministro português mencionou que Macau tem uma importância especial no relacionamento entre Portugal e a República Popular da China. Castro Mendes lembrou que em 2019 se celebram 40 anos do restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. Foi também realçado que será o ano em que se celebram 20 anos da transferência de soberania, uma data propícia à realização de iniciativas de cariz cultural. O encontro serviu também para celebrar o reconhecimento das Chapas Sínicas como obra “Memória do Mundo”, pelo Comité Regional da Unesco para a Ásia e Pacífico. As peças são constituídas por um conjunto de mais de 3600 arquivos das autoridades da Dinastia Qing, com datas compreendidas entre 1693 e 1886. Alexis Tam foi ver as Chapas Sínicas numa visita à Torre do Tombo, e realçou a importância dos trabalhos de restauro e digitalização da colecção. O secretário aproveitou para anunciar a realização de exposições e palestras, no próximo ano, em Macau e Portugal sobre o acervo histórico. O secretário sugeriu ainda que sejam emitidos selos comemorativos que marquem o êxito da candidatura à Unesco.
Hoje Macau China / ÁsiaS&P reduz nota da dívida chinesa devido a ‘boom’ do crédito [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] agência de ‘rating’ Standard & Poor’s reduziu ontem a nota atribuída à dívida da China, de AA- para A+, e a alguns bancos cujas operações se concentram no país, devido a um ‘boom’ do crédito. A S&P, que mantém uma perspectiva “estável” para a China, justifica o corte com o “prolongado período de forte crescimento do crédito, que aumentou os riscos económicos e financeiros” para o país. A nota A+ é a sexta mais alta dentro do ‘rating’ [avaliação] atribuído pela S&P e situa-se no nível médio alto. Várias instituições económicas internacionais, incluindo o Fundo Monetário Internacional (FMI), têm advertido Pequim para o rápido aumento da sua dívida corporativa. Em Maio, outra agência de ‘rating’, a Moody’s, reduziu a nota atribuída à China. A S&P tinha já avisado que poderia rever a nota, quando em Março de 2016 mudou a perspectiva de “estável” para “negativa”. “Um prolongado período de forte aumento do crédito aumentou os riscos económicos e financeiros para a China”, afirmou a agência, em comunicado. “Apesar deste aumento do crédito ter contribuído para um forte crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] e preços mais altos dos activos, acreditamos que também enfraqueceu a estabilidade financeira, até certo ponto”, acrescentou. O corte no ‘rating’, anunciado depois do fecho das praças financeiras chinesas, poderá aumentar ligeiramente os custos do crédito para Pequim, mas o impacto maior é no sentimento dos investidores. Em Maio, quando a Moody’s reduziu a nota atribuída à China, o ministério chinês das Finanças disse que a agência recorreu a métodos incorrectos e não entendeu as dificuldades económicas e a força financeira da China. A liderança comunista tem apontado a redução dos riscos financeiros como uma prioridade para este ano e anunciou, entretanto, medidas para combater o problema, incluindo a conversão das dívidas em títulos, Analistas apontam, no entanto, que o ritmo das reformas é muito lento. A dívida da China tem aumentado à medida que Pequim tornou o crédito mais barato e acessível, num esforço para incentivar o crescimento económico, após a crise financeira global de 2008. O principal indicador da dívida da China atingiu um nível equivalente a 257% do Produto Interno Bruto (PIB), no final de 2016, segundo a agência suíça Bank for International Settlements (BIS). Em 2008, a dívida chinesa equivalia a 143% do PIB. A economia chinesa cresceu no ano passado 6,7%, menos de metade do ritmo atingido em 2007, de 14,2%. Reformas em curso O Governo está a tentar tornar a economia mais produtiva, ao atribuir maior protagonismo ao mercado e a reduzir o excesso de capacidade de produção nas indústrias do aço e cimento, que tem resultado numa queda dos preços e em prejuízo para as empresas do Estado. Pequim está também a encetar uma reconfiguração no modelo económico chinês, visando um maior ênfase do consumo interno, em detrimento das exportações e do investimento em grandes obras públicas. O ritmo de crescimento da economia abrandou, no entanto, a um ritmo superior ao esperando, pondo em risco postos de trabalho, que podem ter consequências políticas. A S&P apontou que prevê que o país “mantenha uma performance económica robusta ao longo dos próximos três a quatro anos”. “Talvez elevemos a nota da China se o aumento do crédito se reduzir significativamente e se se mantiver bem abaixo do nível actual, acompanhado de um ritmo saudável de crescimento do PIB”, lê-se no relatório da agência. “Uma redução da nota poderá acontecer se houver grande probabilidade de a China reduzir os seus esforços para combater o crescente risco financeiro e permitir que o aumento do crédito acelere, como forma de apoiar o crescimento da economia”, conclui. Chineses e australianos em exercícios militares conjuntos [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]oldados chineses e australianos concluíram esta semana uma série de exercícios militares conjuntos em terrenos montanhosos do extremo sudoeste da China, anunciou ontem o ministério chinês da Defesa. Em comunicado, o ministério informou que as manobras – “Exercícios Panda-Canguru 2017” – foram os primeiros treinos conjuntos que os dois países realizaram em território chinês. Dez soldados dos exércitos de cada país participaram nos exercícios, que duraram 10 dias e terminaram na quarta-feira, segundo a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua. Os treinos na província de Yunnan, extremo sudoeste da China, incluíram marchas em zonas montanhosas, ultrapassar obstáculos naturais e sobrevivência no terreno. O comércio anual entre Austrália e China ascende a 100.000 milhões de dólares, mas a Austrália é também um importante aliado militar dos Estados Unidos, numa altura em que Pequim expande a sua influência global.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Cabo Verde seduz investimento chinês [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ministro da Economia e Emprego cabo-verdiano, José da Silva Gonçalves, apontou ontem, em Pequim, a “localização estratégica” e “estabilidade política e económica” de Cabo Verde como valências para atrair investimento chinês. Cabo Verde “está numa encruzilhada entre quatro continentes” e, “certamente, a China, pelos seus interesses e posicionamento no mundo, vê isso como uma complementaridade”, disse à agência Lusa o ministro cabo-verdiano. José da Silva Gonçalves, que participou na China da 22.ª Assembleia-Geral da Organização Mundial do Turismo, lembrou ainda que Cabo Verde “é o único país de rendimento médio na [sua] região” e que goza de “estabilidade política, social e macroeconómica”. As relações entre as duas nações, que remontam ao início da luta pela independência em Cabo Verde, foram formalizadas a 25 de abril de 1976, com o estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. Alguns dos principais edifícios em Cabo Verde, como a Assembleia Nacional, Palácio do Governo ou Estádio Nacional, foram financiados e construídos por Pequim. Mão de Macau A primeira iniciativa de uma empresa privada chinesa no país, contudo, só agora está a nascer. Com um investimento estimado em 250 milhões de euros, o empreendimento turístico da praia da Gamboa e ilhéu de Santa Maria, do empresário de Macau David Chow, vai ocupar uma área de aproximadamente 153 mil metros quadrados e inclui, além de um empreendimento turístico de luxo, um casino. A expectativa é que venha a gerar 2.100 postos de trabalho directos e a receber diariamente 12 mil pessoas nos sectores do comércio, lazer, desporto e cultura. José da Silva Gonçalves lembra a importância do projecto para diversificar a oferta turística do país africano, muito ligada ao sol e mar, acrescentando jogos de azar, golfe e salas de conferência, que permitirão atrair turismo de negócios. “Será uma extensão daquilo que é Macau, numa escala muito diminuta”, apontou o ministro, numa referência à Região Especial Administrativa chinesa, que é o maior centro de jogo do mundo. Com uma população de cerca de 530.000 habitantes, Cabo Verde recebeu, em 2016, 644.000 turistas, um acréscimo de 13,2% face ao ano anterior. “É uma área muito importante para a nossa economia, que corresponde a mais de 20% do PIB”, lembrou o ministro. Na China, José da Silva Gonçalves vai ainda participar esta semana num fórum dedicado à Economia Azul, na ilha de Pingtan, província de Fujian. Seul | Oito milhões de dólares em ajuda humanitária para Pyongyang [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]eul aprovou ontem o envio de oito milhões de dólares em ajuda humanitária para Pyongyang, apesar da tensão na península e a recente aprovação de novas sanções contra o regime pelos seus testes de armas. O Executivo de Moon Jae-un deu ontem luz verde ao envio destas ajudas, que vão ser canalizadas através de organismos da ONU e que são especialmente destinadas a mulheres grávidas e crianças, explicou o Ministério de Unificação norte-coreano em comunicado. Seul considera estes dois grupos especialmente vulneráveis a nível alimentar, atendendo às más colheitas que se esperam este ano na Coreia do Norte. Um recente relatório da ONU alerta para os problemas de má nutrição que afectam 72% dos norte-coreanos, enquanto a UNICEF recordou em comunicado que os menores de cinco anos são especialmente vulneráveis a esta situação, assim como as deficiências dos sistemas de saúde locais. O Governo sul-coreano anterior, no poder até Maio último, tinha decidido suspender toda a ajuda humanitária ao país vizinho na sequência do quarto teste nuclear realizado em Janeiro de 2016. Esta é a primeira ajuda que Seul vai enviar para Pyongyang desde Dezembro de 2015.
Hoje Macau Manchete PolíticaRaymond Tam é o novo director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos O actual director dos Serviços de Protecção Ambiental passa a acumular o cargo com as funções de director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos [dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]aymond Tam Vai Man é o novo director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), acumulando as funções com o cargo de director dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA). A decisão foi divulgada, ontem, e Chui Sai On admitiu ter partido de uma sugestão do Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário. Sobre o facto de Raymond Tam não ter experiência ao nível da meteorologia, Fernando Chui Sai On sublinhou que existe nos SMG pessoal especializado em funções, que poderá auxiliar o novo director. Chui disse ainda que Tam poderá frequentar cursos para adquirir alguns dos conhecimentos técnicos necessários. Porém, foram a experiência e as qualificações de Raymond Tam – nomeado para o período de um ano – os pontos mais questionados pelas pessoas ouvidas pelo HM. O novo director dos SMG é engenheiro, tendo anteriormente desempenhado as funções de presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. “Demonstra que o Governo não está interessado em elevar a qualidade dos SMG, na medida em que o engenheiro não tem qualificações técnicas para assumir essas funções”, disse o deputado José Pereira Coutinho. “Não me espanta que isto esteja a acontecer, porque estamos habituados às nomeações descabidas, tal como a nomeação do presidente do Instituto do Desporto [Alex Vong], que caiu de pára-quedas nos Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais”, recordou. Ao mesmo tempo, o presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) acusa o Governo de relegar para segundo plano as questões ambientais. “Parece que o Governo confirma a pouca importância que está a dar à DSPA. Se fosse um serviço importante nunca teria chamado o director para acumular funções nos SMG. Acho que isto é incorrecto e confirma que o Governo não dá importância ao meio ambiente em Macau”, apontou. Desempenho em causa Quem também se mostrou “desiludida” com a escolha foi Amy Sio, activista do grupo “Our Land, Our Plan”, que em português significa a “Nossa Terra, os Nossos Planos”. Anteriormente, o grupo questionou a qualidade dos estudos de impacto ambiental sobre a construção de habitação pública na zona da Avenida Wai Long. “Penso que é ridículo. Há uma equipa com conhecimentos nos SMG, não percebo porque optaram por Raymond Tam. O Chefe do Executivo pode querer que ele [Tam] fique só durante um período de transição. Mas não me parece a pessoa indicada, nem as pessoas conseguem compreender esta escolha”, afirmou a activista, ao HM. Amy Sio explicou também que a população vai ficar preocupada com a situação dos SMG, que registou num passado recente casos em que as decisões tomadas foram muito questionadas. “Sinto que o desempenho dele como director da DSPA não tem sido o melhor. Mas agora vai assumir os dois cargos… Realmente não consigo perceber a razão da decisão e não acredito que vá ter um desempenho melhor neste cargo”, apontou. Porém, Amy Sio reconhece que para o Chefe do Executivo não deve ter sido fácil encontrar alguém que estivesse disponível para assumir o cargo, depois da passagem do Tufão Hato, que causou a morte de dez pessoas. Raymond Tam vai substituir Fung Soi Kun, que se demitiu no final do mês passado, após a passagem do tufão. Fung justificou a demissão com problemas pessoais. Até agora, os SMG estavam a ser liderados pela sub-directora Florence Leong. Para toda a obra Raymond Tam Vai Man assumiu pela primeira vez um dos principais cargos no Governo, em 2007, quando foi chamado para substituir Lau Si Io, como presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. Na altura, Lau foi promovido a Secretário para os Transportes e Obras Públicas, após a exoneração de Ao Man Long. Contudo, a passagem de Tam pelo IACM ficou marcada por uma suspensão em 2013, no âmbito da investigação à ex-Secretária Florinda Chan, relacionada com a atribuição de campas no Cemitério de São Miguel Arcanjo. O então presidente do IACM acabaria por ser ilibado, e em 2015 foi nomeado director dos Serviços de Protecção Ambiental, cargo que a partir de ontem passou a acumular em conjunto com a posição de director dos SMG.
Hoje Macau EventosCinema | Inscrições para curso da BIF termina amanhã [dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]ermina amanhã o prazo para a inscrição no concurso que vai escolher 18 talentos locais para participarem num curso preparado pela academia de cinema BIF International Film. A iniciativa vai decorrer ao longo do Festival Internacional de Cinema de Macau e é organizada numa parceria entre a BIF International Film Academy e a Associação de Cultura e Produções de Filmes e Televisão de Macau. Para participar, os candidatos têm de entregar uma ficha com currículo, onde devem destacar a experiência na área, assim como as principais aptidões. Depois, o júri vai seleccionar os 18 vencedores, sendo a participação está limitada a pessoas com experiência com idades entre os 18 e 28 anos. Ao longo dos nove dias do programa oferecido pela BIF, os alunos vão ter de produzir duas curtas, com a ajuda de profissionais. Os enredos e os preparativos da pré-produção vão ser feitos antes do curso. Um dos grandes desafios para os participantes é adequarem a produção ao orçamento disponibilizado, que os organizadores definem como “pequeno”, embora não esclareçam o montante. Entre os 18 participantes, seis vão ser escolhidos do programa que foi realizado no ano passado. A decisão sobre os vencedores vai ser tomada entre sábado e 29 de Outubro e os contemplados vão ser informados a 30 de Setembro. O curso começa a 1 de Novembro e termina no dia 9. Porém, a 7 de Outubro há um dia de preparação, que visa explicar aos contemplados o que precisam de fazer ao nível da pré-produção das curtas.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Pequim e Moscovo juntos no apoio ao diálogo [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China e a Rússia reiteraram que as tensões na Península Coreana devem ser resolvidas de forma pacífica e que o “ciclo vicioso” tem de terminar, após ambos os seus líderes diplomáticos se terem encontrado esta segunda-feira, em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas. Wang Yi, chanceler da China, afirmou que “o ciclo vicioso, que está a piorar, tem de ser interrompido”, e acrescentou que o reatamento do diálogo e das conversações para a paz é um passo necessário para a implementação das resoluções do Conselho de Segurança, no que diz respeito às armas nucleares e testes de mísseis da RPDC. O caminho proposto pela China e pela Rússia para resolver a crise nuclear da RPDC é “realista e verosímil”, sendo que ambos os países devem trabalhar rumo à garantia de uma maior compreensão e apoio por parte da comunidade internacional, disse Wang. Assino por baixo O chanceler russo, Sergey Lavrov, por seu turno, disse que a Rússia partilha de uma posição “completamente idêntica” à China face à questão, referindo que os dois países devem trabalhar em conjunto para promover uma solução pacífica. Na terça-feira também se assinalou o 12º aniversário da assinatura de um memorando de 19 de setembro de 2005, na quarta ronda das conversações a seis. No comunicado de “9.19”, todas as partes reafirmaram o seu objectivo de desnuclearização da península por meios pacíficos. A RPDC prometeu abandonar as armas e programas nucleares e os EUA confirmaram não terem a intenção de atacar ou invadir o país. O porta-voz da chancelaria chinesa, Lu Kang, disse na terça-feira que os conteúdos essenciais do comunicado são ainda os objetivos que as partes envolvidas na questão da Península Coreana “procuram atingir”. O porta-voz disse acreditar que as partes serão capazes de encontrar uma forma de resolver a questão se decidirem unanimemente voltar aos princípios basilares contidos no documento conjunto.
Hoje Macau DesportoFutebol | Índia pré-convoca onze sub-23 para encontro com Macau A partida assume um carácter decisivo tanto para Macau como para a Índia. Se a selecção do território não conseguir uma vitória, fica desde logo afastada da Taça Asiática [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] selecção da Índia convocou 11 jogadores sub-23, num total de 28 atletas, para a recepção a Macau, no próximo 11 de Outubro, em jogo a contar para o apuramento para a fase final da Taça Asiática. A lista provisória de convocados foi anunciada, na terça à noite, pelo inglês Stephen Constantine, que orienta a formação indiana. A partida assume um carácter decisivo tanto para Macau como para a Índia. Se a selecção do território não conseguir uma vitória, fica desde logo afastada da competição que se disputa em 2019. Por outro lado, a Índia está apenas a uma vitória de conseguir o apuramento. Os indianos ocupam o primeiro lugar do Grupo A, com nove pontos em três jogos. Nas últimas onze partidas a Índia ganhou sempre, o que fez com que o técnico deixasse um aviso aos jogadores durante a conferência de imprensa aos 28 pré-convocados. “Todos os jogos começam 0-0. Os resultados dos encontros anteriores já fazem parte da História e não vão ter qualquer influência quando for dado o apito iniciar para o jogo com Macau”, avisou o seleccionador Constantine, de 54 anos, de acordo com o portal indiano The Fan Garage. “Nesta altura estou ansioso para começar a trabalhar com os nosso rapazes. Precisamos de treinar arduamente para não colocarmos em risco as nossas hipóteses de garantirmos um bilhete para a Taça Asiática de 2019”, acrescentou. Chhetri chamado A selecção da Índia tem como principal figura o avançado Sunil Chhetri, que chegou a representar a formação B do Sporting Clube de Portugal. Nos três jogos de apuramento disputados até ao momento, o atleta de 33 anos apontou dois golos. Além do avançado foram pré-convocados quatro guarda-redes: Subrata Paul, Gurpreet Sandhu, Amrinder Singh, Vishal Kaith; os defesas: Pritam Kotal, Lalruatthara, Nishu Kumar, Sandesh Jhingan, Anas Edathodika, Salam Singh,Sarthak Golui, Jerry Lalrinzuala e Narayan Das. No meio-campo, Constantine conta com: Jackichand Singh, Udanta Singh, Nikhil Poojary, Eugeneson Lyngdoh, Rowllin Borges, Rafique, Anirudh Thapa, Germanpreet Singh e Halicharan Narzary. Balwant Singh, Allen Deory, Jeje Lalpekhlua, Hitesh Sharma e Vineeth fazem companhia a Chhetri no ataque. As equipas voltam a defrontar-se, após o jogo de 5 de Setembro, quando a Índia ganhou por 2-0, no Estádio de Macau, na Taipa. Contudo o resultado acabou por ser lisonjeiro para a formação da Flor de Lótus, visto que os indianos tiveram muitas mais oportunidades de golo. A partida de Setembro marcou igualmente a estreia de Chan Hiu Ming nos comandos da selecção de Macau. No entanto, uma derrota na partida acaba com as poucas esperanças que Macau tem de se qualificar para a competição nos Emirados Árabes Unidos.