Hoje Macau EventosIC recolhe obras a partir de 8 de Junho para exposição colectiva [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) vai proceder, a partir do próximo dia 8 e até dia 12, à recolha de obras para a Exposição Colectiva das Artes Visuais de Macau. A mostra, que substitui a Exposição Anual de Artes Visuais, vai passar a ser organizada de dois em dois anos. Os concorrentes podem participar a título individual ou colectivo. Cada participante pode submeter um número máximo de três peças/conjuntos de trabalhos, sendo que as séries podem ter um máximo de quatro itens. As obras a apresentar precisam ter sido produzidas nos últimos dois anos e nunca terem sido expostas ao público em Macau. No que diz respeito a galardões, vai ser atribuído o grande prémio do júri, em que o autor da obra premiada será convidado a realizar uma exposição individual e a produzir uma publicação especial a ela dedicada, com o apoio do IC; serão distinguidas dez Obras Excelentes e dez Obras Seleccionadas; e ainda um Prémio Juventude para o melhor trabalho entre os concorrentes com idade até 29 anos. Todas as obras de candidatos serão avaliadas e seleccionadas por um júri constituído por profissionais do mundo da arte de Macau e do exterior, esperando-se que a selecção tenha lugar até Julho. A Exposição Colectiva das Artes Visuais de Macau é dedicada aos meios de expressão ocidentais, nomeadamente pintura, fotografia, gravura, cerâmica, escultura, instalações, vídeo e outras criações em interdisciplinaridade. Segundo o IC, a mostra visa, “através de uma fusão de espírito inovador e criações de meios de expressão ocidentais, explorar a possibilidade do desenvolvimento e inovação dos trabalhos relativamente à categoria de expressão plástica ocidental, impulsionar o desenvolvimento de arte visual de Macau e criar uma plataforma de intercâmbio cultural e artística”.
Hoje Macau China / ÁsiaFretilin acusa coligação de oposição de “tentativa de pressão” em Timor O líder da Fretilin, no Governo em Timor-Leste, acusou ontem a coligação da oposição, que venceu as legislativas de sábado, de uma “tentativa de pressão”, que “não é admissível”, sobre o Presidente do país, Francisco Guterres Lu-Olo [dropcap style≠‘circle’]”É[/dropcap] falta de noção de Estado. O Presidente Lu-Olo é Presidente da República. Quando se candidatou, candidatou-se como presidente da Fretilin, toda a gente sabe, mas é Presidente da República”, afirmou Mari Alkatiri, primeiro-ministro cessante. “É uma tentativa de pressão sobre um órgão de soberania que não é admissível, não é democracia”, sublinhou o líder da Fretilin, que ficou em segundo lugar nas eleições de sábado passado. Alkatiri comentava assim declarações do líder da coligação Aliança de Mudança para o Progresso (AMP), Xanana Gusmão. Na terça-feira, Xanana disse esperar que o chefe de Estado seja “Presidente da nação e não da Fretilin”, quando considerar eventuais vetos políticos. “O Presidente Lu-Olo, para vetar, tem que apresentar duas razões: uma legal e outra política. Se a política tende para o partido dele, porque não deixou de ser presidente da Fretilin, o que é lamentável, se é por causa disso, vou questionar”, afirmou Xanaa Gusmão, em conferência de imprensa conjunta com o “número dois” da AMP, Taur Matan Ruak. “Estamos aqui dois ex-Presidentes e vamos questionar isso. A ele, [Francisco Guterres] Lu-Olo. O problema é que nós iremos exigir a Lu-Olo ser Presidente da nação, não um presidente da Fretilin, colocado no Aitarak Laran”, disse, referindo-se ao Palácio Presidencial. Veto no horizonte No VI Governo, do qual Xanana Gusmão fazia parte, o então Presidente Taur Matan Ruak fez um voto político do Orçamento Geral do Estado, numa altura em que já estava a ser preparado o Partido Libertação Popular (PLP), que Matan Ruak liderou na campanha para as eleições de 2017. Com uma campanha marcada por duras críticas ao Congresso Nacional de Reconstrução Timorense (CNRT) de Xanana Gusmão, o PLP foi o terceiro mais votado em 2017. Mais tarde, aliou-se ao CNRT e ao Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) para formar a AMP. A maioria absoluta conquistada pela AMP significa que a coligação tem o caminho facilitado para formar Governo e, posteriormente, aprovar o Orçamento Geral do Estado para 2018, sem necessitar do apoio adicional de qualquer força política. O único obstáculo poderá ser uma eventual decisão do Presidente timorense de vetar o Orçamento Geral do Estado, o que obrigará a um apoio de dois terços dos deputados. Nesse caso, mesmo que a AMP faça uma aliança com os dois partidos mais pequenos no Parlamento – o Partido Democrático (PD, cinco lugares) e a estreante Frente de Desenvolvimento Democrático (FDD, três mandatos) – só somaria 42 lugares, menos um dos que os dois terços. Francisco Guterres Lu-Olo era presidente da Fretilin quando foi eleito, com o apoio do seu partido e do CNRT de Xanana Gusmão, agora líder da AMP. Xanana Gusmão confirmou que a maioria absoluta conquistada pela AMP torna desnecessária qualquer eventual coligação. “Se só tivéssemos 32 lugares [a maioria absoluta são 33], então teríamos que pensar no PD e na FDD. E eles estariam sem dormir a olhar para os mobiles e handphones para ver se havia alguma chamada. Assim não”, disse. O voto de sábado deu à AMP uma maioria absoluta de 34 dos 65 lugares no Parlamento nacional (mais de 305 mil votos ou 49,56 por cento do total), o que permite que forme o VIII Governo constitucional sem apoio adicional. Em segundo lugar, ficou a Fretilin, que liderou a coligação minoritária do anterior Governo, e que obteve cerca de 211 mil votos, ou 34,27 por cento do total, mantendo o mesmo número de deputados, 23. No Parlamento estará também o Partido Democrático (PD), parceiro da Fretilin no VII Governo, que perdeu dois deputados para cinco, tendo obtido quase 49 mil votos ou 7,95 por cento do total.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim promete defender interesses em negociações com EUA A China afirmou ontem não querer um aumento das tensões com os Estados Unidos na questão comercial, quando se preparam o reinício das negociações em Washington, mas sublinhou estar pronta a defender os seus interesses [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap]s comentários de Gao Feng, porta-voz do Ministério do Comércio chinês, surgem depois de o Presidente norte-americano ter afirmado que “não recuou” nas negociações com a China. Gao Feng disse esperar que os EUA adoptem “acções concretas” para resolver o caso da gigante de telecomunicações chinesa ZTE, que na semana passada afirmou que suspendeu operações, depois de Washington ter proibido a empresa de comprar componentes norte-americanos, por ter violado o embargo imposto ao Irão e à Coreia do Norte. O secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, e o vice-primeiro-ministro chinês Liu He estão a liderar as negociações em Washington, que terminam hoje, com o objectivo de travar uma possível guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta. “Nós não queremos um aumento das disputas comerciais entre a China e os EUA”, afirmou Gao, em conferência de imprensa, em Pequim. “Mas, claro, estamos preparados para todas as possibilidades”. Trump ameaça subir os impostos sobre um total de 150.000 milhões de dólares de exportações chinesas para os EUA, como forma de punir Pequim por forçar empresas norte-americanas a transferirem tecnologia em troca de acesso ao mercado chinês. Em resposta, a China ameaçou subir os impostos sobre uma lista de produtos que valeram 50.000 milhões de dólares nas exportações norte-americanas para o país. Chips e soja A decisão do Departamento de Comércio dos EUA de negar encomendas à ZTE, no mês passado, levou a empresa a interromper as suas operações, que dependem de tecnologia norte-americana, como microchips e o sistema operacional Android. No início desta semana, Trump afirmou que quer encontrar uma solução para manter a firma chinesa a funcionar. Segundo a imprensa norte-americana, os dois países negociaram uma troca: a isenção da ZTE, responsável pelo desenvolvimento da infra-estrutura 5G na China e fabricante de ‘smartphones’, por um recuo de Pequim em subir as taxas alfandegárias sobre produtos agrícolas norte-americanos. “Vamos defender os nossos interesses resolutamente e não negociaremos os nossos interesses fundamentais”, afirmou Gao, questionado sobre aquela informação. Na quarta-feira, Trump afirmou, numa mensagem na rede Twitter, que “nada se passou ainda com a ZTE, visto que pertence a um acordo comercial mais alargado”.
Hoje Macau SociedadeDSEJ começou a analisar relatório entregue pelo infantário [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] jardim de infância D. José da Costa Nunes entregou ontem à tarde à Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) o relatório sobre o caso de alegados abusos sexuais a crianças do infantário. Ontem era o último dia do prazo. De acordo com o canal de rádio da TDM, além da entrega do relatório, houve também uma reunião. À TDM-Rádio Macau, fonte da DSEJ indicou que o relatório começou já a ser analisado. Já para o infantário, a próxima fase passa pela abertura de um inquérito interno. Os pais que apresentaram queixa na Polícia Judiciária acusam a escola de negligência e de desvalorizar os primeiros alertas dados pelos encarregados de educação.
Hoje Macau SociedadeCasas transaccionadas sofreram forte queda em Março [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]s transacções de fracções autónomas destinadas à habitação aumentaram no primeiro trimestre. No entanto, Março registou uma forte queda mensal, após o lançamento das medidas para arrefecer o mercado imobiliário, realça a DSEC Nos primeiros três meses do ano foram transaccionadas 3.627 fracções autónomas habitacionais, um número que traduz um aumento trimestral de 38,5 por cento, indicam dados dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Em termos mensais, as vendas de casas subiram 85 por cento em Janeiro, tendo o crescimento desacelerado em Fevereiro (3,6 por cento). Com efeito, realça a DSEC, em Março, acabaram por cair 57,6 por cento, após o lançamento das medidas para controlar o mercado imobiliário. Contudo, o preço médio por metro quadrado (área útil) das fracções autónomas habitacionais globais cifrou-se em 112.304 patacas, reflectindo um crescimento de 6,3 por cento face ao trimestre anterior. Os preços médios na península (99.312 patacas) e em Coloane (137.768) registaram a mesma tendência, subindo 1,8 e 9,9 por cento, respectivamente. A excepção foi a Taipa, onde o preço médio das casas (117.364) sofreu uma diminuição de 3,7 por cento. Segundo os mesmos dados, as fracções destinadas à habitação vendidas entre Janeiro e Março foram transaccionadas por 24,3 mil milhões de patacas – um valor que traduz um crescimento superior a um terço. Em paralelo, entre Janeiro e Março foram transaccionadas 122 fracções autónomas destinadas a escritórios – mais 86 em termos trimestrais – pelo valor de 2,65 mil milhões de patacas, um aumento substancial de 814,8 por cento. No caso dos escritórios, o preço médio por metro quadrado das fracções (194.311 patacas) subiu 75,3 por cento, em termos trimestrais. Em sentido inverso, o preço médio por metro quadrado das fracções autónomas industriais (52.243 patacas) desceu 6,1 por cento comparativamente ao último trimestre de 2017.
Hoje Macau PolíticaPlano para desenvolvimento da cidade inteligente em consulta pública [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] estratégia para o desenvolvimento da cidade inteligente de Macau, que entrou ontem em consulta pública, tem prevista a conclusão da plataforma de mega-dados sobre a promoção do turismo e controlo do trânsito ainda este ano. “O centro de computação em nuvem e a plataforma de mega-dados”, assim como a inclusão na nuvem “de alguns dados sobre a promoção do turismo e informação de trânsito”, podem estar concluídos até ao final do ano, afirmou ontem aos jornalistas o vogal do Conselho de Administração do Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT), Chen Won Hei, numa conferência de imprensa. “Pretendemos através da tecnologia inovadora que a população tenha uma melhor qualidade de vida e que a cidade tenha um desenvolvimento sustentável”, declarou o presidente do FDCT, Ma Chi Ngai, na mesma ocasião. A estratégia para o desenvolvimento da cidade inteligente vai ficar em consulta pública até 30 de Junho. Questionado sobre se a Alibaba está a planear utilizar os dados adquiridos através das redes sociais dos utilizadores, para interferir e melhorar o tráfego nas estradas da região, violando a privacidade dos dados dos utilizadores, como aconteceu em algumas cidades chinesas, o vogal da FDCT assegurou que “tal não vai acontecer em Macau, pois a região tem leis muitos rígidas em relação à privacidade das pessoas”. Na quarta-feira, na feira Global Gaming Expo Asia (G2E Asia), que decorreu no território, a directora dos Serviços de Turismo de Macau frisou que a evolução tecnológica de Macau pode ter “boas repercussões na área no turismo”, já que a “região em algumas alturas do ano [como na época do novo ano chinês] fica sobrelotada”, daí a importância “no desenvolvimento da cidade para se tornar uma cidade mais inteligente”. Na primeira fase do projecto está prevista a criação de um centro de computação em nuvem e de uma plataforma de mega dados e o início gradual de projectos de utilização dos mesmos em seis domínios: promoção do turismo, formação de talentos, gestão do trânsito, serviços de assistência médica, gestão integrada urbana e prestação de serviços urbanos integrados e tecnologia financeira. A segunda etapa compreende o aperfeiçoamento do centro de computação em nuvem e da plataforma de mega dados, abrangendo outras áreas como a introdução de novos carros eléctricos, a eficiência energética e a construção de postos fronteiriços electrónicos, através da tecnologia de reconhecimento facial.
Hoje Macau EventosIniciativa chinesa “uma Faixa, uma Rota” analisada em livro publicado em Macau [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente do Instituto Internacional de Macau defendeu hoje que a iniciativa “uma faixa, uma rota” é, além de um processo de desenvolvimento e integração, a visão chinesa da globalização. Jorge Rangel falava na apresentação do livro “A iniciativa chinesa ‘uma Faixa, uma Rota’ – O papel de Macau e dos Países de Língua Portuguesa”, também a cargo do presidente do Instituto de Estudos Europeus, José Luís de Sales Marques, e do professor da Universidade de São José Francisco Leandro. A iniciativa de infraestruturas, que Pequim apresentou ao mundo em 2013, tem como objetivo refazer o mapa económico e político mundial, ao mesmo tempo que procura reformular o modelo de desenvolvimento eurocêntrico convencional, de acordo com um dos artigos que integram a publicação. O livro, publicado pelo Instituto Internacional de Macau e produzido pelo grupo de media Macaulink, apresenta os desafios e o papel de Macau e dos países lusófonos no âmbito de um dos projetos diplomático e económico mais importante da atualidade. Simultaneamente, pretende explicar o papel de Macau e dos países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste) naquela iniciativa e no projeto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, outro plano chinês para o século XXI. Anunciada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, a iniciativa “Faixa económica da rota da seda e a Rota da seda marítima do século XXI”, mais conhecida como “uma Faixa, uma Rota”, está avaliada em 900 mil milhões de dólares e visa reativar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático. Redes ferroviárias intercontinentais, portos, aeroportos, centrais elétricas e zonas de comércio livre estão a ser construídos em mais de 60 países, abrangendo 65% da população mundial. No lançamento foi anunciado que o livro, publicado em inglês, vai ter em breve versões em chinês e em português.
Hoje Macau SociedadeSolidariedade | BNU doa 1,6 milhões de patacas à associação Tung Sin Tong [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) de Macau doou 1,6 milhões de patacas à associação sem fins lucrativos Tung Sin Tong, anunciou ontem a instituição bancária em comunicado. Criada em 1892, a associação sem fins lucrativos Tung Sin Tong “tem estado na primeira linha das organizações de caridade em Macau”, providenciando cuidados de saúde e de educação gratuitos para os cidadãos mais carenciados, indicou o BNU. O valor doado anualmente pelo BNU é “calculado com base numa percentagem do valor gasto em compras” com um cartão de crédito do banco, lançado em conjunto com a associação em 1999, acrescentou. O BNU contribuiu, desde o início deste regime de doação, com 13,7 milhões de patacas para a Tung Sin Tong, de acordo com a mesma nota.
Hoje Macau SociedadeCHCSJ | Concurso público para Edifício de Especialidade de Saúde Pública [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]ncontra-se aberto até 20 de Junho o concurso público para a construção de fundações do Edifício de Especialidade de Saúde Pública do Centro Hospitalar Conde de São Januário. Segundo o anúncio, publicado ontem pelo Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI), em Boletim Oficial, a empreitada tem um prazo de execução máximo de 760 dias. O acto público de abertura de propostas tem lugar a 21 de Junho.
Hoje Macau DesportoFutebol | TDM estima mais de 160 mil espectadores das transmissões do Mundial [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Teledifusão de Macau (TDM) vai transmitir os 64 jogos do Mundial de futebol, a ter lugar entre 14 Junho e 15 de Julho, na Rússia, esperando mais de 160 mil telespectadores. Segundo a Rádio Macau, esse número foi estimado num estudo de mercado encomendado pela empresa. Os jogos vão passar no Canal de Desporto e HD da TDM, com comentários em português e cantonense e no portal e na aplicação móvel também em língua inglesa. Segundo a emissora pública, a TDM não revelou, contudo, o investimento feito para garantir a cobertura integral do Mundial, por “obrigações de sigilo”. O presidente da comissão executiva da empresa, Manuel Pires, adiantou apenas que a compra dos direitos foi possível graças ao patrocínio de três empresas (MGM, Galaxy e o grupo Suncity).
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Cimeira com EUA só avança se não for “unilateral” A Coreia do Norte afirmou ontem não estar interessada numa cimeira com os Estados Unidos, caso esta se reduza à “exigência unilateral” do desarmamento nuclear, horas depois de ter cancelado uma reunião com a vizinha do Sul [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] encontro marcado entre as Coreias foi cancelado ontem pela Coreia do Norte, que justificou a decisão com as manobras militares conjuntas de Seul e Washington. Entretanto, o Ministério da Defesa sul-coreano garantiu que os exercícios militares vão continuar apesar da “reacção irada” do Norte, uma vez que se destinam a melhorar as habilidades dos pilotos e “não são exercícios de ataque”. A irritação norte-coreana ameaça agora pôr em causa a histórica cimeira entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para 12 Junho em Singapura. Em declarações oficiais, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano afirmou que a Coreia não tem qualquer interesse numa cimeira de “negociações unilaterais”. Kim Kye-gwan criticou os recentes comentários do conselheiro da Segurança Nacional de Trump, John Bolton, e de outras autoridades norte-americanas, sobre como o Norte devia seguir o “modelo líbio” de desarmamento nuclear e fornecer um “desmantelamento completo, verificável e irreversível”. O responsável também criticou outros comentários dos EUA, relativos ao abandono não apenas das armas nucleares e mísseis, mas também das armas biológicas e químicas. “Não estamos interessados numa negociação que se reduza a levar-nos para uma esquina com a exigência unilateral de desistirmos das nossas armas nucleares, o que nos força a reconsiderar se avançamos mesmo com a cimeira entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos”, concluiu. Kim Jong-un chegou ao poder semanas após a morte do ex-líder líbio Muammar Khadafi, pelas forças rebeldes aquando de uma revolta popular em Outubro de 2011. Pyongyang usa frequentemente a morte de Khadafi como argumento para justificar o desenvolvimento nuclear diante das ameaças dos Estados Unidos. Do outro lado Em contrapartida, a Coreia do Sul afirmou ser lamentável a decisão da Coreia do Norte de cancelar uma reunião bilateral, devido às manobras militares conjuntas com os Estados Unidos, e exigiu um rápido regresso às negociações. Esta reviravolta diplomática pode comprometer o clima de apaziguamento internacional e a histórica cimeira entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, marcada para 12 de Junho próximo, em Singapura. Entretanto, Washington indicou não ter sido notificado sobre qualquer posição norte-coreana e, por isso, continua a preparar a cimeira entre Trump e Kim, indicou o Departamento de Estado norte-americano.
Hoje Macau China / ÁsiaImobiliário | Preço das moradias permanece estável em Abril O preço das moradias permaneceu estável nas principais cidades chinesas em Abril. A agência Xinhua atribui estes resultados, revelados ontem com a publicação de dados oficiais, às restrições rigorosas implementadas pelo Governo no campo das aquisições [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a base anual, os preços das novas casas em cidades consideradas por Pequim como “de primeira linha” caíram 0,4 por cento face à queda de 0,6 por cento em Março, informou o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE). Ao mesmo tempo, o crescimento no preço das novas casas naquilo que o Governo chinês entende como “cidades de segunda linha” manteve-se inalterado face ao nível de Março, e os preços do imobiliário em “cidades de terceira” linha cresceram 0,3 por cento em termos mensais. “Em Abril, as autoridades locais continuaram com as políticas reguladoras adaptáveis às condições locais, mantendo-as estáveis e consistentes”, refere o especialista em estatística do DNE Liu Jianwei. O preço de novas moradias nas 15 cidades consideradas pelas autoridades chinesas como “mercados mais quentes” permaneceu estável em Abril, com sete cidades, incluindo Shanghai, registando quedas mensais de 0,1 por cento a 0,2 por cento, enquanto outras oito cidades tiveram crescimentos leves de 0,1 por cento a 0,5 por cento, mostraram dados do DNE. Vendas aumentam Nos últimos anos, a subida vertiginosa no preço das moradias, especialmente nas grandes cidades, gerou preocupações, inclusive a nível internacional, acerca de possíveis bolhas imobiliárias. Para conter a especulação, os governos locais aprovaram ou expandiram restrições no mercado, em especial no que toca à compra de moradias e elevaram o valor de entrada exigido para a hipoteca. O investimento no sector imobiliário cresceu 10,3 por cento em termos anuais entre Janeiro e Abril, uma redução leve face os 10,4 por cento registados no primeiro trimestre, disse o DNE. As vendas de moradias avaliadas pelas áreas ocupadas aumentaram 1,3 por cento nos primeiros quatro meses, o que representou uma queda em relação ao crescimento de 3,6 por cento no primeiro trimestre.
Hoje Macau China / ÁsiaImprensa | Jornalista de Hong Kong ferido e arrastado pela polícia em Pequim [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m jornalista de Hong Kong foi ontem ferido, algemado e arrastado para uma carrinha pela polícia, em Pequim, quando cobria o julgamento de um advogado dos direitos humanos, informou o jornal South China Morning Post. Em comunicado, a estação Now TV classificou a acção da polícia de “obstrução violenta e irracional” ao trabalhado do seu operador de câmara Chui Chun-ming, que “operava de acordo com a lei”. Chui estava a cobrir o julgamento do advogado de defesa dos direitos humanos Xie Yanyi. A estação exige a libertação imediata de Chui Chun-ming, enquanto o Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau está a servir de “mediador”, a pedido das autoridades de Hong Kong. Imagens da Now TV mostram Chui a ser derrubado por três homens vestidos à civil e depois ser algemado por dois polícias. O operador de câmara surge depois a sangrar da têmpora esquerda, enquanto é arrastado para uma carrinha da polícia. O incidente ocorre depois de, no fim-de-semana, um outro jornalista de Hong Kong ter sido espancado por dois homens na província de Sichuan, centro da China, quando reportava o 10.º aniversário de um terramoto que causou dezenas de milhares de mortos naquela região.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreias | Pequim pede que não se desperdice o que foi alcançado [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China pediu aos Estados Unidos e à Coreia do Norte flexibilidade e que não desperdicem a “duramente alcançada distensão na península da Coreia”, reagindo a um possível cancelamento do encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un. “Esta distensão duramente alcançada justifica que as distintas partes assumam mudanças, por isso esperamos que elas possam continuar o espírito de diálogo, reconciliação e cooperação que se conseguiu na Declaração de Panmunjom”, afirmou ontem o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lu Kang, durante uma conferência de imprensa. Os protagonistas da distensão “devem mostrar a compreensão pelo outro e pelos seus legítimos receios” para alcançar a confiança mútua e “consolidar a melhorada situação na península, evitando provocações recíprocas”, acrescentou. O porta-voz fez estas declarações após saber que a Coreia do Norte está a equacionar cancelar o encontro entre o seu líder Kim Jong-un e o presidente norte-americano, Donald Trump, prevista para 12 de Junho, em Singapura. O porta-voz chinês assinalou que o seu país “durante muito tempo defendeu que todas as partes devem tomar medidas concretas para aumentar a confiança mútua” e insistiu que Pequim sempre defendeu a “dupla suspensão” para encontrar uma solução política (fim dos testes nucleares norte-coreanos a troco do fim das manobras militares norte-americanas perto da Coreia do Norte). “Apenas o diálogo e os resultados concretos estabilizarão e trarão a paz à região”, insistiu o porta-voz chinês.
Hoje Macau SociedadeSands | Director executivo quer centros de inovação na zona marítima de Macau O director executivo do grupo hoteleiro e operador de jogo Sands China quer Macau a investir em tecnologia. Para Wilfred Wong é necessário aproveitar a nova área marítima local para a construção de centros de inovação. Helena de Senna Fernandes aposta na eficácia do grupo Alibaba para ajudar na construção de uma cidade inteligente [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] director executivo do grupo hoteleiro e operador de jogo Sands China, Wilfred Wong, defendeu ontem que Macau deve aproveitar os 85 quilómetros quadrados de zona marítima para criar centros de inovação e tecnologia. “Podemos usar esse espaço para o desenvolvimento tecnológico e para a criação de centros de inovação”, afirmou Wilfred Wong, durante o debate “Como Macau se está a transformar”, na feira Global Gaming Expo Asia (G2E Asia), a decorrer no território. “Acredito numa região onde a indústria do jogo e da tecnologia podem e devem coexistir ao mesmo tempo”, argumentou o responsável da Sands. Para tal, é necessário “atrair os jovens a virem a Macau” e abrirem negócios, afirmou. A 20 de Dezembro de 2015, Macau passou a ter jurisdição sobre 85 quilómetros quadrados de águas marítimas. Nessa data, o Conselho de Estado da China publicou um decreto de promulgação do Mapa da Divisão Administrativa Especial de Macau da República Popular da China, o qual integra a delimitação das áreas marítimas e terrestres da região. Alibaba a passo rápido No mesmo debate, a directora dos Serviços de Turismo de Macau lembrou que a cidade assinou um protocolo de cooperação com o gigante de comércio electrónico Alibaba para acelerar a construção de um centro de computação em nuvem e a criação de uma plataforma de megadados. Para Maria Helena de Senna Fernandes, a evolução tecnológica de Macau pode ter “boas repercussões na área no turismo”, já que a “região em algumas alturas do ano [como na época do novo ano chinês] fica sobrelotada”, daí a importância do “desenvolvimento para se tornar uma cidade mais inteligente”. O futuro de Macau tem de passar por um turismo mais integrado, disse. “Macau é a capital mundial do jogo” mas, desde que “entrou para a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) na área da Gastronomia, acreditamos que no futuro a nossa indústria de comidas e bebidas vá crescer ainda mais”, destacou. Também para o director-executivo da Sands China, “Macau está a caminhar na direcção certa, com ‘resorts’ integrados, indústria de comidas e bebidas e indústria do jogo”. “Na cabeça das pessoas, Macau é apenas um centro de jogo, mas nós temos de focar-nos em divulgar esta ideia dos ‘resorts’ integrados ao mundo”, sublinhou. “Em 2012, só havia sete restaurantes com estrelas Michelin em Macau, em 2018 há 17”. Já o presidente não executivo da Wynn Macau, Allan Zeman, afirmou que “Macau tem uma cultura histórica portuguesa e chinesa, algo que é único, e por isso (a cidade) deve investir em mais centros culturais e museus de renome mundial”. Mudança total Para Allan Zeman, a abertura da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, “vai mudar tudo”, em termos turísticos e económicos, referindo ainda que Macau vai mudar drasticamente devido ao projecto da construção da Grande Baía. “As fronteiras entre as cidades vão deixar existir” devido “à inteligência artificial e ao reconhecimento facial”, que vão passar a existir nas fronteiras, o que na opinião de Allan Zeman vai “trazer vantagens enormes” em termos económicos e turísticos para Macau. Por fim, Wilfred Wong demonstrou estar muito confiante nos benefícios que a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau vai trazer a Macau.“A conectividade é tudo” no negócio, garantiu. “Vamos ter um aeroporto internacional [Hong Kong] às portas de Macau”, afirmou, mostrando-se esperançado com a possibilidade de Macau e Hong Kong “trabalharem em conjunto e dividirem os negócios entre si”.
Hoje Macau SociedadeJogo | Paulo Martins Chan defende mais qualidade e menos quantidade [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] responsável pela Direcção dos Serviços de Inspecção e Coordenação do Jogo de Macau (DICJ) afirmou ontem que o futuro próximo de Macau passa pela melhoria qualitativa da indústria do jogo e não pelo aumento quantitativo. “De acordo com o plano quinquenal de desenvolvimento de Macau, a indústria do jogo não vai crescer em quantidade, mas sim melhorar as infraestruturas (…) que já tem, para impulsionar o desenvolvimento da indústria de não-jogo”, assegurou Paulo Chan, durante uma intervenção na feira Global Gaming Expo Asia (G2E Asia), a decorrer no território. “A visão estratégica passa por utilizar o turismo e a indústria do jogo como indústria dominante para impulsionar as outras indústrias”, prosseguiu o director da DICJ, assegurando depois, à margem da G2E Asia, não estarem “previstas novas aquisições de mesas de jogo”, pelo menos num futuro próximo. Durante a intervenção na G2E Asia, o responsável ressalvou a crescente importância dos ‘resorts’ integrados na indústria turística no território. “Quando falamos hoje sobre a indústria do jogo, falamos de hotéis, espectáculos de entretenimento, parques temáticos, lojas de luxo, os chamados ‘resorts’ integrados”, explicou. A decisão de Macau em desenvolver mais actividade não ligadas ao jogo foi uma decisão acertada, segundo o responsável. “E isso foi demonstrado durante a recessão económica em 2014, quando as receitas do jogo em Macau atingiriam os mínimos, enquanto as receitas não provenientes do jogo cresceram”, argumentou. À margem da intervenção e questionado pelos jornalistas sobre a utilização de criptomoedas como forma de pagamento nos casinos, Paulo Chan assegurou nunca ter autorizado esse meio de pagamento, afirmando que “no futuro essa forma de pagamento não vai ser autorizada”.
Hoje Macau SociedadeRenovação urbana | Realização de estudos vai custar pelo menos 6,9 milhões [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]as quatro empresas que a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) convidou para a prestação de serviços de consultadoria para a realização de estudos sobre a renovação urbana, duas foram admitidas condicionalmente e duas não apresentaram propostas. A informação foi facultada ontem pela DSSOPT, após o acto público de abertura das propostas, cujos valores oscilam entre 6,9 milhões e os 10,4 milhões de patacas. Já os prazos variam entre 120 e 220 dias. Em comunicado, a DSSOPT indica que a prestação de serviços compreende a elaboração de propostas sobre o plano de alojamento provisório, as medidas de atribuição de benefícios respeitantes à promoção da renovação urbana, as percentagens dos direitos de propriedade para efeitos de reconstrução de edifícios e respectivos requisitos e as compensações a dar aos proprietários afectados pela reconstrução de edifícios.
Hoje Macau SociedadeTrânsito | Governo lança concurso público para gestão de auto-silos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo lançou ontem o concurso público para a gestão e exploração de cinco auto-silos, de acordo com um despacho publicado no Boletim Oficial. Entre os parques de estacionamento em questão, três são na Península de Macau, os auto-silos do Jardim das Artes, do Edifício Cheng Tou e do Edifício do bairro da Ilha Verde. O outro fica na Taipa, o auto-silo do edifício Iat Seng, e o último em Seac Pai Van, o auto-silo da Alameda da Harmonia. Os interessados têm até 14 de Junho para apresentar as propostas e o acto de abertura vai acontecer no dia seguinte, pelas 9h30.
Hoje Macau SociedadeTáxis | Condutores detidos por guardar bens deixados por passageiro [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m taxista é suspeito de apropriação ilegítima de bens. Em causa está o facto de ter ficado com uma mala deixada por um passageiro, que continha 120 mil patacas, no veículo que condizia. O caso envolve um outro taxista que cooperava com o suspeito e acabou com ambos a serem levados ao Ministério Público (MP). De acordo com o Jornal do Cidadão, um homem do continente descobriu que tinha deixado a mala no táxi quando chegou ao hotel. Após ter apresentado o caso às autoridades, a Polícia de Segurança Pública (PSP) contactou o taxista que negou ter visto a mala. A PSP contactou o outro taxista que iria substituir o primeiro na mudança de turno que admitiu estar implicado no caso e que sabendo o grau da gravidade do sucedido, decidiu devolver a mala.
Hoje Macau PolíticaMetro Ligeiro | Wong Kit Cheng quer conhecer as razões para anulação do contrato [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] deputada Wong Kit Cheng interpelou o Executivo no sentido de serem públicas as verdadeiras razões que, recentemente, levaram à anulação do contrato de compra das 48 carruagens à Mitsubishi Heavy Industries. De acordo com a deputada, esta é uma decisão que não está clara e que precisa de mais explicações além das dadas pelo Executivo que referiu a possível desactualização destes equipamentos na altura de serem postos a funcionar. Para Wong, seriam sempre carruagens passíveis de serem utilizadas quando outras estivessem em processos de manutenção. Entretanto, com a cancelamento do contrato, o Executivo vai ter de pagar uma indeminização ao fornecedor japonês no valor de 360 milhões de patacas.
Hoje Macau DesportoAndebol | Federação portuguesa participa ao MP sobre suspeitas de corrupção A Federação de Andebol de Portugal (FAP) anunciou ontem que vai denunciar ao Ministério Público (MP) sobre a alegada corrupção a equipas de arbitragem por parte do Sporting, remetendo ainda o processo para o Conselho de Disciplina (CD) [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] FAP emitiu um esclarecimento sobre a notícia avançada ontem pelo jornal Correio da Manhã, sobre o alegado esquema de corrupção para favorecer os ‘leões’ na época 2016/17, quando conquistou o título de campeão nacional, após 16 anos de jejum. Neste comunicado, o organismo diz que a direcção da FAP, “tendo tomado conhecimento de notícia que poderá configurar alegados ilícitos de natureza criminal”, vai fazer, “no imediato, denúncia obrigatória ao MP”, cumprindo a legislação em vigor. “Tendo em vista o apuramento de eventuais responsabilidades de natureza disciplinar, por parte de agentes desportivos que exerçam funções no seio e âmbito da modalidade, a direcção efectuará participação, de imediato, ao CD da FAP”, prossegue o organismo, dando conta da sua disponibilidade para “colaborar com as entidades competentes, no sentido de apuramento de eventuais responsabilidades desportivas, civis ou criminais de agentes desportivos filiados na modalidade”. Mensagens suspeitas Antes, em resposta enviada à agência Lusa, a PGR confirmou a existência de “um inquérito relacionado com a matéria” e dirigido pelo MP do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto. Na sua edição de ontem, o Correio da Manhã revela alegadas irregularidades cometidas para viciar o campeonato 2016/17 a favor do Sporting, que acabou por conquistar o título, entretanto revalidado já esta época. Segundo o jornal, o alegado esquema de corrupção no andebol envolvia “a compra de equipas de arbitragem, quer para os ‘leões’ ganharem, quer para o FC Porto, com o qual disputaram o campeonato até ao fim, perder” e abrangeu a época de 2016/17. O CM cita conversas e trocas de mensagens de voz entre empresários, na aplicação da internet WhatsApp, e que segundo o jornal “mostram como André Geraldes, hoje director de futebol do Sporting, coordenava toda a batota”. O jornal publica ainda uma entrevista com o empresário Paulo Silva, alegadamente intermediário em todo o esquema, que fala em “fraude nas modalidades”, confessa ter alinhado no esquema de corrupção “ao serviço do seu clube do coração [Sporting]” e diz que recebia 350 euros por cada árbitro de andebol que corrompia. O Sporting apelou à celeridade das autoridades na averiguação à alegada corrupção no campeonato nacional de andebol de 2016/17, considerando-se um “alvo a abater” por continuar a “lutar e a querer transparência e verdade desportiva”. “O Sporting confia na Justiça e no Estado de Direito e deseja que a alegada investigação anunciada pelo Ministério Público seja célere e que vá até às últimas consequências no apuramento da verdade”, lê-se no comunicado do Sporting. Nesta mesma nota, o clube diz tratar-se do “primeiro capítulo de uma campanha, mais uma, que visa exclusivamente denegrir a imagem da instituição Sporting”. “Não nos revemos em qualquer prática que desvirtue a verdade desportiva ou que sejam ética, moral e socialmente censuráveis”, prosseguem os ‘leões’, que dizem desconhecer agentes e empresários citados e admitem tomar medidas para “que sejam responsabilizados nas instâncias competentes”.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Ex-Presidente condenado a quatro meses de prisão [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ex-Presidente de Taiwan Ma Ying-jeou foi ontem condenado a quatro meses de prisão pelo Supremo Tribunal de Justiça do país, que o considerou culpado de divulgar informações confidenciais enquanto ainda exercia funções. Ma Ying-jeou, de 67 anos, vai recorrer da decisão do Supremo, de acordo com um comunicado divulgado pelos advogados após o veredicto. O antigo chefe de Estado tinha sido considerado inocente por um tribunal distrital de Taipé no ano passado, mas o Ministério Público recorreu da decisão. O caso remonta a 2013, altura em que o Presidente, ainda em funções, divulgou informações sobre uma conversa telefónica entre o ex-presidente do Parlamento Wang Jin-pyng e o legislador do partido da oposição Ker Chien-ming. No poder entre 2008 e 2016, Ma estreitou as relações com a República Popular da China, sendo o terceiro ex-Presidente da ilha a enfrentar acusações criminais depois de deixar o cargo.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreias | Jornalistas sul-coreanos vão assistir ao fecho da bases nucleares [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Coreia do Norte vai convidar oito jornalistas sul-coreanos a integrar um grupo de internacional de repórteres que vão testemunhar o encerramento da base de testes nucleares, na próxima semana, confirmou ontem o governo de Seul. O encerramento total das bases de ensaios nucleares está previsto para Junho deve coincidir com a cimeira histórica entre o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte anunciou no sábado que jornalistas da Coreia do Sul, Estados Unidos, República Popular da China e Reino Unido vão ser convidados a assistir à destruição dos túneis e ao desmantelamento dos postos de observação e das instalações de pesquisa de energia nuclear. A acção vai decorrer entre os dias 23 e 25 de Maio na zona de ensaios nucleares em território norte-coreano. O ministro da Unificação do governo da Coreia do Sul disse ontem que foi informado pelas autoridades governamentais de Pyongyang que oito jornalistas sul-coreanos vão ser convidados a assistir à operação de desmantelamento. A Coreia do Norte ainda não especificou o número e a localização dos pontos que vão ser desmantelados apesar de Pyongyang já ter informado que os jornalistas vão ser transportados, inicialmente, para a base de ensaios nucleares de Punggye-ri. Paralelamente, as duas Coreias vão manter encontros ao mais alto nível, na quarta-feira, no paralelo 38, para discutirem o início das conversações militares entre os dois países (com a participação da Cruz Vermelha) e que têm como objectivo a redução das tensões na fronteira. Devem também ser discutidas questões relacionadas com o processo de reunificação de famílias separadas desde a década de 1950.
Hoje Macau China / ÁsiaEDP | Pequim não vê motivos para oposição de “terceiras partes” ao negócio O Governo chinês disse ontem que não vê razões para “terceiras partes” se oporem à OPA da China Three Gorges (CTG) à EDP, numa altura de crescente escrutínio sobre o investimento chinês no ocidente [dropcap style≠’circle’]”Q[/dropcap]uando a cooperação é baseada no respeito mútuo, com benefícios e ganhos para ambos (…) não vejo razões para outras partes contestarem”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Lu Kang, quando questionado pela Lusa sobre uma possível resistência dos reguladores ao negócio. “O Governo chinês apoia e encoraja as empresas chinesas a encetarem uma cooperação mutuamente benéfica com empresas portuguesas”, acrescentou, em conferência de imprensa. Lu Kang frisou ainda os “laços amigáveis” entre Portugal e China, argumentando que os dois países “alcançaram resultados bastante positivos” na sua cooperação. A China tornou-se, nos últimos anos, um dos principais investidores em Portugal, comprando participações importantes nas áreas da energia, dos seguros, da saúde e da banca. No entanto, a OPA da China Three Gorges (CTG) à EDP surge numa altura de crescente escrutínio na Europa e Estados Unidos sobre o investimento chinês, com vários negócios a serem bloqueados por motivos de segurança nacional. Em Portugal, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou já que não se opõe ao negócio, mas a operação terá também de ser aprovada por outros países onde a EDP detém activos, nomeadamente Estados Unidos, Brasil ou Espanha, ou pela Comissão Europeia. Nos Estados Unidos, o negócio dependerá da aprovação da Comissão para o Investimento Externo, organismo do Governo norte-americano responsável por rever aquisições por entidades estrangeiras susceptíveis de ameaçar a segurança nacional, numa altura de renovada tensão entre Washington e Pequim em torno do comércio e investimento. Apanhados no meio Nos últimos meses, aquele organismo de Washington travou vários negócios que envolviam empresas chinesas, incluindo uma oferta de uma subsidiária do grupo chinês Alibaba pela empresa de transferências monetárias MoneyGram, ou a compra de um fabricante de semicondutores do estado de Oregon (noroeste dos EUA) por uma empresa financiada pelo Governo chinês. Ambos os negócios foram travados por motivos de segurança nacional. Também na Europa, os avanços estratégicos chineses estão a suscitar maior escrutínio. Em Setembro passado, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciou planos para criar um mecanismo que avalia os investimentos estrangeiros, uma medida vista como sendo destinada à China. “Se uma empresa estrangeira estatal quer comprar um porto europeu, parte da nossa infraestrutura energética ou uma empresa de tecnologia de defesa, isso só deverá acontecer com transparência, escrutínio e debate”, afirmou Juncker. A CTG é detida na totalidade pelo Estado chinês, e directamente tutelada pelo Governo Central, através de um organismo conhecido como SASAC (State-owned Assets Supervision and Administration Commission). A empresa chinesa lançou na sexta-feira uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) voluntária sobre o capital da EDP, oferecendo uma contrapartida de 3,26 euros por cada ação, o que representa um prémio de 4,82 por cento face ao valor de mercado e avalia a empresa em cerca de 11,9 mil milhões de euros.