Hoje Macau InternacionalPresidente da República portuguesa promulgou alterações à lei da nacionalidade [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou ontem o diploma que alarga o acesso à nacionalidade originária e à naturalização às pessoas nascidas em território português. “Promulgou o diploma da Assembleia da República que alarga o acesso à nacionalidade originária e à naturalização às pessoas nascidas em território português, procedendo à oitava alteração à Lei n.º 37/81, de 03 de outubro, que aprova a Lei da Nacionalidade”, refere a Presidência da República no seu sítio oficial. O parlamento aprovou a 20 de abril, com a maioria de esquerda e o PAN, a alteração à lei. Na votação eletrónica, exigida pela Constituição, registaram-se 118 votos a favor, 16 contra e 79 abstenções. A favor votaram o PS, PCP, BE, PEV e PAN, o CDS-PP votou contra e o PSD absteve-se. A alteração à lei teve por base projetos de lei do PSD, BE, PCP, PS e PAN, que retiraram os seus projetos a favor do texto de substituição discutido em comissão. A bancada do PSD, que propunha conceder a nacionalidade até à terceira geração de descendentes de portugueses, manteve o seu projeto de lei, que foi a votos e acabou por ser ‘chumbado’ com os votos do PS, PCP, BE e PEV. PSD e PAN votaram a favor. Os projetos iniciais do PCP e do BE previam que se pudesse conceder a nacionalidade a quem tenha nascido em Portugal, mas a nova versão da lei, com mudanças do PS aprovadas, prevê agora o princípio, mas com algumas condições. Entre elas, que residam em Portugal há pelo menos cinco anos e não tenham sido condenados, com trânsito em julgado da sentença, com pena superior a três anos. Aos menores, é garantida a nacionalidade se pelo menos um dos pais tenha residência em Portugal nos cinco anos anteriores, de acordo com a mudança à lei aprovada na Assembleia da República. Marcelo Rebelo de Sousa promulgou também o diploma da Assembleia da República que visa a regularização do estatuto jurídico das crianças e jovens de nacionalidade estrangeira acolhidos em instituições do Estado ou equiparadas.
Hoje Macau EventosFadista Teresinha Landeiro estreia-se em disco com “Namoro” [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] fadista Teresinha Landeiro, de 22 anos, que começou a cantar aos 12, por mero acaso e sem qualquer tradição fadista na família, edita na sexta-feira o seu primeiro álbum, “Namoro”, produzido pelo guitarrista Pedro de Castro. Em entrevista à agência Lusa, a fadista afirmou que a sua opção, ainda tão jovem, pelo fado, se deveu ao facto de gostar de cantar em português e da temática dos poemas, maioritariamente interpretados no fado, aliando-se “à magia de ser cantado à noite”. “Foi uma amiga da minha mãe que me despertou o interesse pelo fado e, aos 12 anos, como prenda de aniversário fui pela primeira vez a uma casa de fados, e a magia, pela sonoridade, foi imediata. E encantou-me de tal forma, que me despertou a vontade de querer ouvir e aprender mais”, disse a intérprete. Teresinha Landeiro é autora da maioria dos onze poemas que gravou no CD, aos quais juntou um tema que lhe ofereceram, “Lisboa Marcha Assim”, de Fernando Jorge Alves e António José Alves, e quatro temas do repertório fadista. Referindo-se aos temas que recria, Teresinha Landeiro disse que “é sempre um desafio cantar, até porque vai haver sempre termos de comparação, mas tem de se andar para a frente”, e daí ter gravado, entre outros, “Raminhos de Violeta”, de Carlos Alberto França, “que cantava desde pequenina”, e que foi gravado por Hermínia Silva e Rodrigo. Outros temas recriados são “Gota Abandonada”, de Maria de Lourdes de Carvalho e Martinho d’Assunção, que foi gravado, entre outras fadistas, por Maria Valejo e Maria Dilar, e ainda “O Riso que Me Deste”, de autoria e criação de Teresa Tarouca, que Teresinha Landeiro gravou no denominado “Fado Penha de França”, de Pedro Castro, um fado que Pedro Moutinho também recriou no seu álbum “O Amor não Pode Esperar” (2013), e, por último, a marcha “Noite de Santo António”, de Norberto de Araújo e Raul Ferrão, gravada por Amália Rodrigues, que Landeiro apontou como “a melhor voz, de sempre, de Portugal”. Para a fadista aos temas recriados procurou dar o seu “cunho pessoal” e a sua “graça”, e se é “um desafio enorme” recriar temas que outros artistas já gravaram, “tem um gostinho especial” interpretar as suas próprias letras. Sobre a sua faceta de autora afirmou: “Eu sempre gostei muito de escrever quadras simples, com rimas básicas, e quando senti o primeiro desgosto de amor, tentei expressá-lo de alguma maneira, refugiei-me na escrita e, no final de contas, quando comecei a olhar para eles, pensei que os podia cantar”. Segundo a fadista, como muitas pessoas até a aconselhavam a não cantar certos fados, alegando que não eram para a sua jovem idade, optou pelas suas letras. “Se eu cantasse os meus próprios poemas, ninguém poderia dizer que os não compreendia, e foi uma forma de me defender”, argumentou. O CD abre com “Sonhos Meus”, de sua autoria, que gravou na melodia do Fado Carlos da Maia de Sextilhas, e interpreta ainda com letras suas, “Amor aos Molhos”, com música de Pedro de Castro, “Teus Olhos nos Meus”, que gravou no fado Perseguição, de Carlos da Maia, “Dias Sempre Iguais”, que canta no Fado Bizarro, de Acácio Gomes da Silva, e “Santo António Traiçoeiro”, que gravou no denominado “Fado Fininho”, de Alfredo Mendes. A fadista gravou também, no Fado S. Miguel, de Armandinho, “Naquele Dia”, em que juntou duas quadras de Fernando Pessoa, a uma estrofe sua. Teresinha Landeiro considera que o “tempo foi essencial” para gravar este CD, “nomeadamente num género musical, em que é necessário um grande amadurecimento”, e daí ter esperado dez anos desde a sua estreia, para gravar o primeiro CD, acrescentando: “Ainda hoje ponho em dúvida se seria a melhor altura, se realmente estou preparada, debato-me sempre com questões e dúvidas, mas passei muitos anos a ouvir outros fadistas a cantar, e fui amadurecendo, foram dez anos de aprendizagem, ouvindo até outros estilos musicais para meu enriquecimento, e um dia poder vir a gravar um disco”. “Não sei se estou totalmente preparada, mas olho para aquilo que fiz e acho que é um bom reflexo do meu trabalho e daquilo que eu gosto”, sentenciou. Para o seu percurso qualificou como “muito importante a presença constante de Pedro de Castro”, guitarrista que a acompanha desde que começou a cantar e que admira como músico, guitarrista, fadista e como pessoa. Além de Pedro de Castro, na guitarra portuguesa, a fadista é acompanhada por André Ramos, na viola, e Francisco Gaspar, na viola baixo.
Hoje Macau China / ÁsiaReguladores chineses libertam 86.000 milhões de euros para crédito bancário [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s reguladores chineses libertaram mais 100.000 milhões de dólares (86.000 milhões de euros) para crédito bancário, numa decisão que analistas afirmam que poderá tranquilizar investidores, numa altura em que se prevê uma guerra comercial com Washington. A redução no domingo do rácio das reservas dos bancos faz parte de uma série de cortes que os economistas previram antes do início das disputas com o Presidente norte-americano, Donald Trump. Mas os analistas consideram que o anúncio poderá servir para aliviar receios de que um aumento das taxas alfandegárias sobre parte das exportações para os EUA afetará o crescimento da economia chinesa. O banco central afirmou que o corte, o terceiro este ano, depois das reduções em janeiro e abril, visa ajudar as empresas estatais a restruturarem as suas dívidas. “Contra as tensões, a última redução da China no rácio das reservas, apesar de esperada, serve para contrabalançar sentimentos negativos”, afirmou num relatório Jingyi Pan, da empresa de serviços financeiros IG. A quantidade de dinheiro que os bancos têm que manter como reservas no banco central será reduzida em 0,5% dos seus depósitos, segundo o comunicado do Banco do Povo Chinês (banco central). O mesmo comunicado detalha que 200.000 milhões de yuan (mais de 25.000 milhões de euros) destina-se a crédito para pequenos negócios, e o resto para reestruturação de dívida. Washington anunciou taxas alfandegárias adicionais de 25% sobre uma lista de produtos que, no ano passado, valeram 34 mil milhões de dólares (29.000 milhões de euros) nas exportações chinesas para os EUA, em retaliação contra as alegadas exigências de transferência de tecnologia feitas por Pequim a empresas estrangeiras, em troca de acesso ao mercado chinês. Pequim prometeu já retaliar, com uma subida das taxas alfandegárias sobre produtos agrícolas norte-americanos. Trump ameaçou com taxas adicionais que podem cobrir, no total, 450 mil milhões de dólares (386 mil milhões de euros) em produtos chineses, ou 90% das exportações chinesas para o país.
Hoje Macau China / ÁsiaConsulado português em Cantão abre hoje portas [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ortugal abre hoje novo consulado em Cantão, 52 anos depois de ter fechado a representação diplomática na sequência da Revolução Cultural. A rede diplomática portuguesa reforça a partir de hoje a presença na China, com a abertura do consulado em Cantão, indicou o Secretariado do Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, numa nota enviada ontem às redacções, confirmando a notícia avançada na edição de segunda-feira pelo jornal Ponto Final. Trata-se do terceiro consulado de Portugal no interior da China, depois de Pequim e Xangai. A sua área de jurisdição cobre as províncias de Guangdong, Hainan, Hunan, Fujian, bem como a Região Autónoma de Guangxi. A nova representação diplomática vai prestar serviços consulares já a partir de hoje, embora a abertura oficial esteja prevista para “mais tarde”, indicou o cônsul, André Sobral Cordeiro, à agência Lusa. Localizada a cerca de 150 quilómetros de Macau, Cantão é a capital de Guangdong, a província chinesa mais exportadora e a primeira a beneficiar da política de Reforma e Abertura adoptada pelo país no final dos anos 1970. Com quase 110 milhões de habitantes, Guangdong conta com três das seis Zonas Económicas Especiais da China – Shenzhen, Shantou e Zhuhai. Foi também ali, onde, em 1513, chegaram os portugueses, os primeiros europeus a chegar à China por via marítima, numa frota comandada pelo explorador Jorge Álvares. Em 1517, o diplomata português Tomé Pires chegou a Cantão, enviado pelo rei de Portugal, tornando-se o primeiro chefe de uma missão diplomática de uma nação europeia no país asiático. Portugal conta ainda com nove centros de emissão de vistos na China, distribuídos pelas cidades de Pequim, Xangai, Hangzhou, Nanjing, Chengdu, Shenyang, Wuhan, Fuzhou e Cantão, a somar ao consulado-geral em Macau. A abertura do novo consulado surge numa altura em que as relações entre os dois países atravessam uma “era dourada”, segundo as autoridades de ambos os lados. Portugal não inaugurava uma representação diplomática há 13 anos.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Tsai Ing-wen pede ao mundo para “conter” ambições de Pequim [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen apelou ontem à comunidade internacional para que “contenha” as ambições chinesas e saia em defesa da liberdade, retratando o seu grande vizinho como uma ameaça internacional à democracia. A ilha, governada por um regime rival desde o fim da Guerra Civil Chinesa em 1949, está sujeita a uma “imensa pressão” vinda do outro lado do Estreito de Formosa, disse Tsai numa entrevista à agência noticiosa francesa AFP. A presidente de 61 anos pediu aos outros países que unam os seus esforços a Taiwan para se defenderam das intenções expansionistas de Pequim e proteger os valores de liberdade que partilham. “Não é apenas um desafio para Pequim, é um desafio para a região e o mundo inteiro. Porque hoje é Taiwan, mas amanhã pode ser outro país a ter de enfrentar a expansão da influência chinesa”, declarou. “As suas democracias, as suas liberdades, a liberdade de fazer os seus negócios podem um dia ser afectadas pela China”, acrescentou a ex-professora de Direito. “Devemos trabalhar juntos para reafirmar os valores da democracia e liberdade para conter a China e minimizar a expansão da sua influência hegemónica”.
Hoje Macau China / ÁsiaAmbiente | Pequim, Tóquio e Seul aliam-se para implementar Acordo de Paris Os ministros do Ambiente da China, Japão e Coreia do Sul acordaram fortalecer os intercâmbios e cooperação para implementar o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas e a Agenda 2030 da ONU, informou ontem a imprensa estatal [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]uma reunião celebrada este fim-de-semana em Suzhou, leste da China, os três ministros abordaram a estratégia que a região deve seguir para o meio ambiente. Citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, o ministro chinês, Li Ganjie, afirmou que os três países devem ser inovadores e desenvolverem uma aliança para partilharem experiências e resultados. O ministro chinês manifestou o compromisso conjunto para melhorar a cooperação na implementação do Acordo de Paris e a Agenda 2030 da ONU para o desenvolvimento sustentável. Li destacou os avanços alcançados por Pequim na protecção ambiental e a participação activa do país a nível internacional para a “governação do meio ambiente”. Num encontro celebrado na semana passada, em Bruxelas, a União Europeia, China e Canadá também uniram forças para a implementação do Acordo de Paris e anunciaram que vão elaborar um plano para a cimeira do clima de Katowice, na Polónia, no final do ano. Chegar-se à frente Face ao recuo dos Estados Unidos no combate às alterações climáticas, que inclui a retirada do Acordo de Paris, a China tem assumido a liderança nesta matéria, parte da sua ambição em ter maior preponderância em questões globais. O país asiático, que é o maior emissor de gases poluentes do mundo, prometeu atingir o pico nas emissões de dióxido de carbono até 2030. Nos últimos anos, tem sido de longe o maior investidor do mundo em energias renováveis, apesar de quase dois terços da sua produção energética continuarem a assentar na queima do carvão.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | Novo primeiro-ministro recebe relatório sobre anterior Governo [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] novo primeiro-ministro timorense, Taur Matan Ruak, recebeu ontem o relatório de actividades do anterior executivo no Palácio do Governo, em Díli, onde entrou pela primeira vez desde que tomou posse na sexta-feira. Matan Ruak, que foi recebido por vários membros do novo e do anterior Executivo e funcionários do seu gabinete, reuniu-se depois com o ex-secretário de Estado da Comunicação Social, Matias Boavida, do qual recebeu o relatório do Governo anterior. Processos idênticos de transição decorreram ontem um pouco por toda a capital timorense, com os novos titulares das pastas a receberem relatórios e a passagem de testemunho dos gabinetes. O VIII Governo Constitucional arrancou ainda incompleto depois do Presidente da República ter excluído, por várias questões, onze dos 41 membros propostos por Taur Matan Ruak. Essa decisão levou Xanana Gusmão a informar que não tomava posse como ministro de Estado e Conselheiro do primeiro-ministro tendo estado também ausente da cerimónia o ministro do Petróleo e Minerais, Alfredo Pires. Com o primeiro-ministro, tomaram posse dez ministros, sete vice-ministros e dez secretários de Estado: 23 homens e 5 mulheres, das quais duas com o cargo de ministras. Não há ainda data para a tomada de posse dos restantes elementos do Executivo.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Pequim e Bruxelas rejeitam protecionismo de Donald Trump [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]hina e União Europeia (UE) condenaram ontem as acções unilaterais e proteccionistas no comércio internacional, numa referência às políticas do Presidente norte-americano, Donald Trump, que atingem Pequim e os países europeus. “As duas partes acordaram em opor-se ao unilateralismo e ao proteccionismo” nas relações comerciais, afirmou o vice-primeiro-ministro chinês Liu He, após reunir-se com o vice-presidente da Comissão Europeia para o Emprego, Crescimento, Investimento e Competitividade, Jyrki Katainen. Numa declaração conjunta à imprensa, em Pequim, Liu afirmou que a China e a UE querem evitar que essas práticas “tenham impacto na economia global” ou inclusive que resultem numa “recessão”. A reunião entre responsáveis económicos da UE e da China ocorre depois de o Governo dos EUA ter anunciado nas últimas semanas taxas alfandegárias sobre importações oriundas dos dois blocos económicos. Em represália, Pequim e Bruxelas adoptaram também taxas alfandegárias sobre produtos oriundos dos EUA. Liu lembrou que a China e o bloco europeu defendem um sistema de comércio multilateral centrado na Organização Mundial do Comércio (OMC) e baseado em regras. Katainen afirmou que as questões comerciais foram amplamente abordadas durante a reunião, mas recordou que “é preciso fazer mais do que falar”. “É preciso demonstrar que o actual sistema comercial é justo e beneficia ambas as partes”, afirmou. Katainen aludiu às diferenças comerciais que a UE mantém com a China, incluindo a dificuldade no acesso ao mercado chinês por parte de empresas e produtos europeus, ou as preocupações geradas pelo programa “Made in China 2025”. A iniciativa de Pequim inclui a atribuição de subsídios a empresas chinesas de alta tecnologia, visando transformar o país numa potência tecnológica, capaz de competir nos sectores de alto valor agregado, e é também a principal fonte de tensões entre a China e os EUA.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreias | Secretário da Defesa dos EUA na China para abordar desnuclearização O secretário da Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, inicia hoje uma visita à China com uma agenda centrada no processo de desnuclearização da Coreia do Norte e na estabilidade regional, informaram ontem as autoridades chinesas [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]attis, que viaja a convite do ministro chinês da Defesa, Wei Fenghe, reunirá em Pequim com líderes e altos quadros do Governo, segundo um comunicado do ministério chinês da Defesa, citado pela televisão estatal CCTV. Trata-se da primeira visita à China de um secretário norte-americano da Defesa desde 2014 e ocorre uma semana depois de o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ter reunido em Pequim com o Presidente chinês, Xi Jinping. Pequim é o principal aliado diplomático e maior parceiro comercial de Pyongyang. Mattis deverá também abordar a crescente militarização do Mar do Sul da China, fonte de tensão entre Pequim e Washington. Pequim reclama a quase totalidade do território, apesar dos protestos dos países vizinhos, e construiu ali ilhas artificiais capazes de receberem instalações militares, incluindo aviões. Mattis advertiu recentemente o regime chinês para as “consequências”, se “ignorar a comunidade internacional”. A CCTV revelou ainda que Mattis irá viajar para a Coreia do Sul e Japão, onde abordará também a desnuclearização de Pyongyang. Pequenos grandes passos Representantes da Coreia do Sul e da Coreia do Norte reuniram-se ontem para abordar o restabelecimento total dos canais de comunicação militar, com o objectivo de reduzir a tensão e gerar confiança no actual clima de aproximação. A reunião teve lugar na cidade fronteiriça da Coreia do Sul, Paju, e durou pouco mais de uma hora, disse um porta-voz do Ministério de Defesa do regime de Seul à agência de notícias EFE. A delegação sul-coreana foi encabeçada pelo coronel Cho Yong-geun, enquanto a norte-coreana foi liderada pelo coronel Om Chang-nam. O encontro entre representantes das duas Coreias visou restabelecer as linhas de comunicação ocidental e oriental, como as linhas de telefone e fax estabelecidas há anos para evitar qualquer mal-entendido que possa desencadear confrontos acidentais e que tinham sido suspensas durante os períodos de grande tensão entre os dois países. O canal de comunicação ocidental foi estabelecido em 2002 e acabou por ser suspenso em 2016, na sequência do teste nuclear que o regime norte-coreano realizou no início desse ano. A comunicação telefónica foi restabelecida em Janeiro deste ano, antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, nos quais participou a Coreia do Norte, marcando o desanuviamento das relações entre as duas Coreias. A linha de comunicação oriental foi estabelecida em 2003, mas o seu bloqueio teve lugar em 2011, para ser cortada por completo em 2013 devido a um incêndio florestal. A possibilidade de restabelecer um canal de comunicação naval que chegou a ser utilizado durante uma década foi outro dos assuntos discutido na reunião. Esta foi a primeira reunião nos últimos sete anos que integra coronéis nas delegações das duas Coreias, dando continuidade ao diálogo militar ao mais alto nível (protagonizado por generais) que se realizou a 14 de Junho.
Hoje Macau DesportoSporting Clube de Portugal | Bruno de Carvalho volta atrás a assume-se candidato Bruno de Carvalho, que no sábado foi destituído de presidente do Sporting pelos sócios em Assembleia-Geral (AG), disse no domingo que pretende impugnar a sessão por estar “ferida de tudo” no que diz respeito ao cumprimento dos estatutos, mas voltou ontem atrás. O presidente destituído revelou no Facebook que pretende candidatar-se às eleições de Setembro [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]m entrevista à TSF, Bruno de Carvalho explicou que a sessão “não teve os votos necessários para uma AG destitutiva”, mesmo que as assinaturas tenham sido verificadas por um notário, até porque “75 por cento dos sócios que requereram têm de estar presentes, e Jaime Marta Soares [presidente demissionário da Mesa da Assembleia Geral] não tem forma de o comprovar”. Bruno de Carvalho disse poder apresentar “muitas mais razões”, elencando ainda o facto de que, “para ter validade”, a AG ter de ser publicitada no jornal do clube, e avançou ainda que foi impedido de falar na AG de sábado por Jaime Marta Soares, momento em que iria falar das “razões” e pedir “paz” aos sportinguistas. Mesmo reforçando que a “forma de ser e estar” que tem tido como presidente dos ‘leões’ foi “votada em Fevereiro e teve 90 por cento a favor”, numa outra assembleia para votar alterações aos estatutos e um ‘voto de confiança’ ao Conselho Directivo, o gestor diz que a equipa que lidera compreendeu há muito tempo o que os sportinguistas queriam. “Os sportinguistas queriam que reconhecêssemos que querem uma forma diferente de falar, de estar, mas querem uma forma igual de gerir, e nós tiramos ilações, e é isso que queremos continuar a fazer no Sporting”, atirou. Bruno de Carvalho disse ainda que não consegue “acreditar que os sportinguistas tenham dado justa causa aos atletas e acusado o presidente de ser o mandante do que se passou na Academia”, em que vários jogadores foram agredidos antes da final da Taça de Portugal, perdida para o Desportivo das Aves. Ao candidatar-se a eleições, o dirigente pretende continuar a confiar numa “equipa forte e coesa para a MAG e para o Conselho Fiscal” e diz que estão “calmos, confiantes, e de forma humilde e apaixonada a querer perceber e entender o que foram os erros apontados pelos sportinguistas”. “As pessoas que votaram sim à destituição votaram sim a uma mudança de forma, não de conteúdo. A uma mudança de discurso e a vontade de eleições, e nós, perante uma conferência de imprensa [da Comissão de Gestão] que em nada dignificou o Sporting, decidimos então que vamos a eleições e que vamos mostrar aos sportinguistas o que é a nossa vontade, que o Sporting seja dos sportinguistas, dos sócios e dos adeptos, e que seja de uma vez por todas um clube popular, do povo, e não de viscondes”, acrescentou. Golpes de teatro Para as eleições, previstas para 8 de Setembro, Bruno de Carvalho deixa a promessa de que “os resultados serão fidedignos” e que a sua candidatura irá “acatar claramente aquilo que for a decisão verdadeira dos sportinguistas”. A fechar, Bruno de Carvalho afirmou ainda que a impugnação pretende “acabar com a história de que em termos jurídicos Torres Pereira, Jaime Marta Soares e Henrique Monteiro têm razão”, além de estar “ferida de ilegalidades”. Sobre a auditoria forense, uma das medidas anunciadas por Artur Torres Pereira, presidente da Comissão de Gestão do clube, Bruno de Carvalho considera ser “mais um golpe de teatro”, uma vez que a sua direcção ia avançar com uma auditoria. “Não temos de temer absolutamente nada, temos é de nos sujeitar, e parece que isso é uma vontade dos associados, não pelo resultado de ontem, mas pelo que sentimos, a eleições”, considerou. A Comissão de Gestão do Clube, liderada por Artur Torres Pereira, anunciou ontem que o antigo presidente do Sporting José Sousa Cintra tinha sido nomeado para a presidência da SAD do emblema lisboeta, em substituição de Bruno de Carvalho, que então anunciou, através do Facebook, que ia impugnar a AG. Após o término da AG, Bruno de Carvalho tinha dito aos sócios que não se candidatava “de certeza”, depois de a destituição do Conselho Directivo por si liderado ter sido aprovada no sábado com 71,36 por cento de votos favoráveis, contra 28,64 por cento de votos no sentido da sua continuidade. Artur Torres Pereira explicou, em conferência de imprensa, que a Comissão de Gestão e a solução encontrada para a SAD deverão manter-se até novas eleições para os órgãos sociais do clube, e que os membros deste órgão começarão a trabalhar a partir de segunda-feira nas instalações do Sporting.
Hoje Macau EventosMostra com seis exposições junta obras de 27 artistas lusófonos e da China [dropcap style≠’circle’]V[/dropcap]ários espaços em Macau acolhem, a partir do próximo dia 9, a mostra “Alter Ego” composta por seis exposições e uma intervenção de arte urbana por 27 artistas de países lusófonos e da China. O fio que liga as seis exposições é uma “reflexão sobre o ser humano”, daí o conceito que dá nome à mostra, ‘alter ego’, “o segundo eu”, explicou a francesa Pauline Foessel, curadora da mostra com o artista português Alexandre Farto (Vhils), em declarações à agência Lusa. Apesar de serem seis exposições diferentes, com artistas diferentes, “idealmente o público deve visitar todas”. Entre os trabalhos expostos há “pintura, instalação, serigrafia, escultura”, estando algumas peças “ainda em produção, porque estão a ser feitas no local, são ‘site specific’”, referiu Alexandre Farto. “Há muita diversidade de meios e isso também vem do facto de se juntarem aqui 27 artistas, cada um com o seu percurso, o seu trabalho”, disse. Apesar disso, acrescentou Pauline Foessel, “há diálogo e interligação entre o trabalho dos artistas”. A ‘rota’ das exposições começa com “O Eu”, que estará patente no Museu de Arte de Macau, “que é basicamente ‘eu tenho que me conhecer para começar a conhecer o outro’”, descreveu Pauline Foessel. Aqui estarão expostas obras do são-tomense Herberto Smith, da dupla de portugueses João Ó & Rita Machado, do chinês Li Hongbo, do moçambicano Mauro Pinto, de Vhils e do artista de Hong Kong Wing Shya. De “O Eu”, segue-se para “O Outro”, partindo da premissa de que “para existir preciso do outro”. Esta exposição, que reúne trabalhos do guineense Abdel Queta Tavares, da macaense Ann Hoi, do cabo-verdiano Fidel Évora, dos portugueses Estúdio Pedrita e Ricardo Gritto, dos timorenses Tony Amaral e Xisto Soares, do chinês Zhang Dali e do artista de Hong Kong Yiu Chi Leung, estará patente no Edifício do Antigo Tribunal. Na terceira exposição, “Da Linguagem à Viagem” passa-se “à interacção – entre mim e alguém preciso de linguagem –, com uma dupla de artistas [o brasileiro Marcelo Cidade e o angolano Yonamine] a reflectir sobre esse conceito”. Na quarta exposição, que estará patente na Galeria de Exposições Temporárias do IACM, dá-se o “Choque Cultural”, que “pode acontecer nas trocas e nas viagens, por diferenças culturais”. Aqui será possível apreciar-se obras do moçambicano Gonçalo Mabunda, dos angolanos Kiluanji Kia Henda e Nástio e do português Miguel Januário. “Depois disso passamos à ‘Globalização’ [patente nas Casas de Taipa], o conceito mais abrangente que surgiu de todas as interacções entre os diferentes países”, contou Pauline Foessel. Aqui estarão expostos trabalhos do brasileiro Guilherme Gafi e da portuguesa Wasted Rita. A sexta e última exposição, patente nas Oficinais Navais n.º1 – Centro de Arte Contemporânea, foi baptizada com o nome da mostra “Alter Ego” e é uma exposição individual do luso-angolano Francisco Vidal. Além das seis exposições dentro de portas, “Alter Ego” conta também com uma intervenção de arte urbana, “transportando os temas explorados no espaço museológico para a esfera pública”, da autoria do português Add Fuel. Os curadores, segundo Alexandre Farto, tentaram “reunir um conjunto de trabalhos fortes e que se interligassem uns com outros, porque também é uma oportunidade única de mostrar o trabalho destes artistas em Macau, que é uma porta de entrada para a China e para a Ásia em geral”. As seis exposições ficam patentes até 9 de Setembro.
Hoje Macau SociedadeIACM | 715 assinaturas contra construção de crematório na Taipa [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]erca de 715 moradores que vivem nas redondezas do cemitério Sa Kong, onde o Governo planeia construir um crematório, entregaram ontem uma carta no Instituto para Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) a manifestarem-se contra o projecto. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, um dos representantes dos moradores defendeu que o crematório vai ficar demasiado próximo das habitações e trará um impacto negativo para os residentes. O mesmo morador também se queixou da forma como o Governo tem conduzido o projecto, devido à falta de informação. Por outro lado, o representante sugeriu ao Governo que mude a actual lei, para permitir a construção de crematórios fora de cemitérios.
Hoje Macau SociedadeEnsino | Novo manual de História concluído até ao início das aulas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] director dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), Lou Pak Sang, disse ontem que a nova versão do manual de História está em fase de edição e que o objectivo é tê-la pronta a tempo do início das aulas, de acordo com o canal de rádio da TDM. Lou Pak Sang reiterou que vai ser retirada a parte do livro que associava os portugueses a actividades de contrabando e corrupção em Macau. “É sobre os termos utilizados sobre a chegada dos portugueses a Macau. Mas, basicamente, respeitamos a editora e todos os académicos que estão envolvidos na elaboração do manual”, afirmou. Lou Pak Seng falava na Escola São Paulo, à margem da inauguração de uma exposição dedicada ao activista e político italiano Giorgio La Pira, que foi presidente da Câmara de Florença, onde faleceu em 1977, aos 73 anos.
Hoje Macau SociedadeRota das Letras | Secretário Alexis Tam mantém apoio ao festival literário e à sua nova direcção [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, diz continuar a apoiar o Festival Literário Rota das Letras e que Carlos Morais José e Alice Kuok são “competentes” para os cargos que vão assumir na direcção do evento, de acordo com declarações feitas ao canal de rádio da TDM. No domingo foi anunciado que Carlos Morais José, director do Hoje Macau, vai assumir as funções de director de programação do festival, e que Alice Kuok, presidente da Associação Arts for All, passa a ocupar o cargo de directora executiva. “O [Festival Literário] Rota das Letras já conta com o meu apoio desde o início. Na altura, eu era chefe de gabinete do chefe do Executivo. Foram escolhidos e penso que são competentes para os cargos”, afirmou Alexis Tam à mesma fonte. O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura falava na Escola São Paulo, à margem da inauguração de uma exposição dedicada a Giorgio La Pira, um activista católico e político italiano que contribuiu para a adesão da China à Organização das Nações Unidas (ONU), em 1971. Um dos fundadores do evento, Hélder Beja, deixou o cargo de director de programação no final da edição deste ano do festival. Hélder Beja explicou que não tinha condições para continuar no cargo depois da presença de três escritores ter sido cancelada por não terem entrada garantida em Macau. Rota escolar Entretanto, a possibilidade de voltar a levar o festival às escolas depende do interesse dos próprios estabelecimentos. Questionado pelo canal de rádio da TDM sobre se a iniciativa vai ser retomada no próximo ano, o director dos Serviços de Educação e Juventude, Lou Pak Sang, remete a decisão para as escolas. “Na última edição, a organização do festival disse-nos muito tarde. Por isso não conseguimos arranjar os dias que eles queriam, porque as escolas tinham exames. No próximo ano tudo vai depender se eles nos dizem com antecedência e se as escolas estão interessadas ou não. Devo sublinhar que quando informamos as escolas, explicamos basicamente o estilo de escrita, depende se as escolas estão interessadas”, afirmou. O próximo festival vai ter lugar de 15 a 24 de Março.
Hoje Macau PolíticaGrande Baía | Chefe do Executivo passou ontem por Jiangmen [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, esteve ontem em Jiangmen a liderar uma delegação, no âmbito de uma visita oficial relativa à política da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. De acordo com um comunicado oficial, foi feita uma visita à base de galvanoplastia de New Fortune Environmental Protection Co. Ltd.Yamen, tendo sido feita uma apresentação da Zona Piloto de Cooperação Industrial Guangdong-Macau (Jiangmen). Wen Yan, um dos responsáveis pela empresa, terá explicado que “a zona piloto estará dividida em três parques destinados à indústria de protecção ambiental, intitulados Parque de Empreendedorismo para Jovens de Macau e de Países da Língua Portuguesa, Parque desenvolvimento do turismo costeiro e de cuidados de saúde da medicina chinesa”. No que diz respeito ao Parque de Empreendedorismo para Jovens de Macau e de Países da Língua Portuguesa, pode ajudar a cidade de Jiangmen a “servir de local de intercâmbio no desenvolvimento dos respectivos programas entre Macau e Países da Língua Portuguesa, bem como servir de corrente numa indústria que trará benefícios mútuos para as duas cidades, criando mais espaços de desenvolvimento”.
Hoje Macau PolíticaPequim | Zhang Rong Shun nomeado subdirector do Gabinete de Ligação [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e acordo com a página oficial do Conselho de Estado da República Popular da China, referida pelo canal chinês da Rádio Macau, Zhang Rong Shun foi nomeado como subdirector do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, enquanto que Chen Sixi foi exonerado das funções que desempenhava nesse cargo. Há dias a publicação Macau Concelears avançou com a notícia, citando fontes não oficiais. Chen Sixi está, portanto, de saída. Numa das últimas declarações públicas que fez, em Dezembro do ano passado, Chen Sixi referiu-se ao sistema jurídico de Macau e à necessidade de “impulsionar a unificação da China”, à luz da “nova Era de socialismo chinês” saído do 19º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês. A discursar perante uma plateia de juristas e académicos, Chen Sixi fez questão de vincar o compromisso com o “cumprimento rigoroso da Constituição e Lei Básica de Hong Kong e Macau”, assim como empenho em assegurar a estabilidade das duas regiões administrativas especiais. De seguida, o vice-director do Gabinete de Ligação referiu as fortes ligações entre a lei portuguesa e a legislação local, adiantando que “depois da transferência houve um grande desenvolvimento” que implica a necessidade de “rever a lei para a adequar à nova realidade”.
Hoje Macau PolíticaVisita Chui Sai On | Cooperação com Zhongshan aposta na medicina [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Medicina Tradicional Chinesa é a principal aposta do Governo no âmbito da relação com a cidade de Zhongshan. A ideia foi reforçada por Chui Sai On que se encontra em viagem pelas cidades que constituem a Grande Baía. Ontem, Fernando Chui Sai On visitou as instalações da empresa da Zhongzhi Pharmaceutical Group Co e destacou as vantagem que Zhongshan poderá obter se recorrer às vantagens tecnológicas, científicas e às plataformas existentes na RAEM. Fizeram também parte da comitiva a secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, o porta-voz do Conselho Executivo, Leong Heng Teng, os membros do Conselho Executivo, Cheang Chi Keong, Ho Sut Heng e Chan Chak Mo.
Hoje Macau DesportoMundial 2018 | A Rússia levou um banho de realidade. Latin America style… [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Uruguai conquistou ontem o Grupo A do Mundial2018 de futebol, ao bater a anfitriã Rússia por 3-0, num encontro, da terceira jornada, entre duas seleções que já tinham assegurado o apuramento para os oitavos de final. Luis Suárez, aos 10 minutos, Denis Cheryshev, aos 23, na própria baliza, e Edinson Cavani, aos 90, apontaram os tentos dos sul-americanos, que jogaram contra 10 desde os 36, quando Igor Smolnikov viu o cartão vermelho, por acumulação de amarelos. Já a Inglaterra qualificou-se no sábado para os oitavos de final do Mundial de futebol, com uma goleada de 6-1 ao Panamá, e arrastou consigo a Bélgica, no dia em que a Polónia ‘comprou bilhete’ de regresso a casa. Os sete golos do Inglaterra-Panamá, disputado em Nijni Novgorod, foram maior contributo para os 14 tentos do dia, um registo que não sucedia em Mundiais desde 10 de junho de 1990 num dia com um máximo de três jogos. Depois do triunfo da Bélgica sobre a Tunísia (5-2), no sábado, a vitória de Inglaterra arruma as contas no Grupo G, com ingleses e belgas no topo – ambos com seis pontos. O resultado desnivelado comprovou a diferença de qualidade das duas formações, e Harry Kane aproveitou para fazer o segundo ‘hat trick’ do torneio, depois de Cristiano Ronaldo frente à Espanha, e chegou aos cinco golos, mais um do que Ronaldo e o belga Romelu Lukaku. John Stones, por duas vezes, e Jesse Lingard acrescentaram volume à goleada que foi construída no primeiro tempo, com cinco dos seis golos nos primeiros 45 minutos, mas o tento de Felipe Baloy, aos 78 minutos, quando os panamianos já tinham encaixado seis golos, conseguiu ainda assim colocar o Panamá em festa. A nação centro-americana estreou-se na Rússia em campeonatos do mundo e o tento do médio de 37 anos, frente à campeã do mundo em 1966, foi o primeiro em Mundiais, com uma ‘onda’ de emoção a varrer as bancadas e jogadores e equipa técnica do Panamá. No Grupo H, a Colômbia venceu a Polónia por 3-0 e reentrou na rota dos oitavos no Mundial, ditando a despedida da seleção europeia após a primeira fase, muito por força do empate 2-2 entre Japão e Senegal, líderes do agrupamento. Japão e Senegal têm quatro pontos cada, e a Colômbia soma agora três, enquanto os polacos continuam a zero. A vitória dos colombianos ditou a primeira eliminação de uma equipa europeia, com os polacos a ‘fazerem as malas’ depois do jogo com o Japão, na terceira jornada. Para a Colômbia foram decisivos três antigos jogadores do FC Porto: James Rodríguez assistiu o primeiro golo, de Yerry Mina, e o terceiro, de Juan Cuadrado, enquanto Juan Quintero ofereceu o segundo a Falcao. A Polónia, que estava no primeiro pote e era a cabeça de série do grupo, abandona um Mundial pela terceira vez consecutiva na fase de grupos, depois de 2002 e 2006, sendo que nessas ocasiões também perdeu os dois primeiros jogos, chegando ao último já sem nada para disputar. Antes, num jogo equilibrado e com muitas oportunidades de parte a parte, o Senegal adiantou-se duas vezes no marcador, por Sadio Mané e Wagué, mas duas vezes o Japão recuperou. A exibição combativa e de pendor ofensivo dos nipónicos impediu os africanos de se qualificarem, com Takashi Inui em destaque, ao marcar o primeiro golo e assistir o segundo, de Honda.
Hoje Macau Desporto MancheteMundial 2018 | Empate com o Irão “oferece-nos” Uruguai nos oitavos de final Portugal não quis ou não soube desatar o nó que Queiroz teceu. Quaresma desfez a coisa como ele sabe mas depois fomos lentos… lentos… ao desespero… e ao golo do empate dos nossos adversários [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]álida exibição de Portugal face ao Irão, que resultou num empate. A selecção portuguesa qualificou-se para os oitavos de final do Mundial de 2018, marcando encontro com o Uruguai, ao empatar 1-1, na terceira jornada do Grupo B, em Saransk. Ricardo Quaresma, aos 45 minutos, ainda prometeu alguma magia, ao marcar o golo da formação das ‘quinas’ de trivela, enquanto Karim Ansarifard apontou o tento dos iranianos, aos 90+3, de grande penalidade, já depois de, aos 53, Cristiano Ronaldo ter desperdiçado um castigo máximo. O Irão termina com quatro pontos, no terceiro lugar. Depois de ido a perder para o intervalo, fez o empate em cima do minuto 90 e, pouco depois, esteve pertíssimo de marcar novamente, o que teria significado a eliminação de Portugal. Contudo, Fernando Santos afirmou: “Entrámos bem no jogo, estivemos bem, controlámos sempre o jogo, o Irão teve um ou dois lances de contra-ataque na primeira parte. A partir de uma determinada altura foi difícil jogar, houve marcação homem a homem em todo o campo, os jogadores ficaram um bocado perdidos sobre o que estava a acontecer. O William estava muito perdido.” O seleccionador explicou que “ficou perigoso, porque só havia um jogador ao meio, os outros dois jogadores não estavam a fechar. Rectificámos isso ao intervalo e entrámos a controlar, podíamos ter resolvido melhor e não o fizemos, e sofremos um golo. Estes jogos são assim, já o tinham provado com Marrocos e Espanha. O mais importante era passar e graças a Deus passámos.” Já João Mário realçou que “passámos aos oitavos de final. Agora é passo a passo, o ‘mata mata’ é diferente, vamos jogar com uma excelente seleção, mas também o somos e vamos dar o nosso melhor. Com o VAR é difícil, há muitas paragens. Estamos aqui para jogar e demos o nosso melhor, isso é o mais importante.” Nos oitavos de final, Portugal, que foi segundo do Grupo B, atrás da Espanha, que empatou 2-2 com Marrocos, e Uruguai defrontam-se no sábado, pelas 21:00 locais (19:00 em Lisboa), no Estádio Fisht, em Sochi. Espanha vence grupo B A Espanha apurou-se para os oitavos de final do Mundial2018 de futebol, ao empatar 2-2 com Marrocos, em jogo da terceira jornada do grupo B, disputado em Kaliningrado. Os marroquinos estiveram duas vezes em vantagem, por Khalid Boutaib, aos 14 minutos, e por Youssef En Nesyri, aos 81, mas a equipa espanhola soube reagir sempre e igualou nas duas vezes por Isco (19) e por Iago Aspas (90+1). Com o empate 1-1 entre Portugal e Irão, a Espanha assegurou o primeiro lugar com cinco pontos Penálti estabeleceu novo recorde Com o penálti assinalado a favor de Portugal, diante do Irão, ficou estabelecido um novo recorde de penáltis assinalados em Campeonatos do Mundo. Cristiano Ronaldo atirou para defesa de Beiranvand, mas este foi o 19º penálti do Mundial2018, superando assim os registos de 1990, 1998 e 2002. Destes dezanove penáltis, foram concretizados quinze: Cristiano Ronaldo junta-se a Messi (Argentina), Christian Cueva (Peru) e Al Muwallad (Arábia Saudita) na lista dos que desperdiçaram o pontapé da marca de onze metros.
Hoje Macau DesportoMundial 2018: Iranianos fazem ruído junto do hotel e perturbam descanso de Portugal [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]entenas de adeptos iraniano juntaram-se nas imediações do hotel da seleção portuguesa de futebol na noite de domino para segunda-feira, em Saransk, Rússia, e perturbaram o descanso dos jogadores antes do jogo decisivo de hoje do Mundial2018. O cerco ao hotel, no centro de Saransk, durou até ao início da madrugada e levou Cristiano Ronaldo aproximar-se de uma janela para pedir, por gestos, silêncio aos adeptos iranianos, como é visível em imagens da RTP. A polícia russa, citada pela agência Associated Press (AP), registou por volta das 23:00 as primeiras chamadas com queixas de barulho nas imediações do hotel, onde centenas de adeptos iranianos, alguns munidos de ‘vuvuzelas’ (instrumento de sopro), cantavam e tocavam. Portugal e Irão discutem hoje uma vaga nos oitavos de final do Mundial2018, quando se defrontarem a partir das 21:00 (19:00 em Lisboa, em jogo da terceira e última jornada do grupo B. Portugueses e espanhóis lideram o grupo, ambos com quatro pontos, enquanto o Irão, orientado pelo treinador português Carlos Queiroz, é o terceiro, com três pontos. Os agentes russos fecharam as estradas nas imediações do hotel, e a situação acalmou, mas a principal avenida junto do hotel manteve-se aberta, e a AP relata que uma segunda vaga de adeptos iranianos se acumulou junto da unidade hoteleira e continuou a fazer ruído, embora em menor número. A concentração dos adeptos iranianos terá sido feita através das redes sociais e com o objetivo de ‘perturbar’ o descanso da seleção portuguesa, para aumentar as hipóteses do Irão.
Hoje Macau EventosCanções Populares Húngaras e Russas, de Lopes-Graça, pela primeira vez em CD [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s Canções Populares Húngaras e Russas, de Fernando Lopes-Graça, pelo pianista Nuno Vieira de Almeida, são editadas em disco, pela primeira vez, num alinhamento que inclui outras estreias do compositor. As Dez Canções Populares Húngaras foram escutadas, em estreia absoluta, em março último, em Serpa, no Baixo Alentejo, pelo pianista Nuno Vieira de Almeida e a meio-soprano Cátia Moreso, que também as gravou, no âmbito do Festival Terras Sem Sombra. As Nove Canções Populares Russas, “totalmente desconhecidas, e que nem foram datadas por Romeu Pinto Correia”, especialista na obra de Lopes-Graça, foram gravadas pela soprano Susana Gaspar e pelo tenor Fernando Guimarães, um dos mais internacionais cantores portugueses atuais, que foi “L’Orfeo”, de Monteverdi, na Ópera de Lausanne, em 2016, ano em que foi nomeado para um Grammy, também como protagonista de “Il ritorno d’Ulisse in Patria”, com a Orquestra Boston Baroque. Outra “estreia” do CD de Fernando Lopes-Graça são Quatro Cantos de Natal, de Gil Vivente, “descobertos por Conceição Correia, coordenadora da Casa Verdades Faria-Museu da Música Portuguesa”, no Monte Estoril, instituição à qual Lopes-Graça entregou o seu espólio. O CD “Songs and Folk Songs”, de Fernando Lopes-Graça (1906-1994), editado internacionalmente pela Naxos, além das dez canções magiares, das nove russas e dos Cantos de Natal de Gil Vicente, inclui Quatro Cantos de Natal, de tradição popular portuguesa, dois “romances”, de Armindo Rodrigues, três poemas de Adolfo Casais Monteiro e “As três canções de Olívia”, de Adriano Jardim. Nuno Vieira de Almeida, em declarações à agência Lusa, afirmou que optou por “misturar” canções populares e canções originais, “para melhor se compreender o estilo do compositor”. A canções originais são “Música”, “Poemas das Mãos Tombadas” e “Marcha Triunfal”, a partir de poemas de Casais Monteiro, “Romance das Três Meninas no Laranjal” e “Romance dos sete Cavaleiros”, de Rodrigues, “As três canções de Olívia” (“Desalento”, “O Bordado” e “Distância”), e os Cantos de Gil Vicente, que “são das primeiras” que Lopes-Graça compôs e, desde então, “não terão voltado a ser interpretadas”. O pianista, que conviveu com o compositor, afirmou que “há muitíssimo material [inédito] de Lopes-Graça”, e que há projetos com a Fundação D. Luís I, de Cascais, que coordena a programação do Bairro dos Museus da autarquia, para “continuar o trabalho”, pois “há muitas obras do compositor, nomeadamente para canto e piano, que é a parte maioritária da sua criação, que continua por estrear”. A Fundação prevê continuar a promover a gravação de obras de Lopes-Graça, disse. Referindo-se às Dez Canções Populares Húngaras, o pianista defendeu que a importância da sua gravação se junta à sua estreia em sala. A estreia aconteceu no passado dia 02 de março, no Centro Musiberia, em Serpa, no Baixo Alentejo, que esgotou. “É muito importante fazer as estreias de obras importantes do nosso património [musical] e que são desconhecidas”, disse Vieira de Almeida à Lusa, recordando que foi preciso esperar cerca de 65 anos para ouvir as Dez Canções Populares Húngaras, o que “é uma vergonha para o país”. Lopes-Graça deu por terminado em 1954 a harmonização das Dez Canções Populares Húngaras. “Se foi bom ter estreado é também muito bom ter gravado”, enfatizou o pianista, referindo que “tal implica custos maiores, pelo que há muito mérito da Fundação D. Luís I, e uma gravação é algo que fica”. A gravação de todas as canções foi realizada no Grande Auditório da Culturgest, em Lisboa, em julho do ano passado. Referindo-se a projetos futuros, Nuno Vieira de Almeida disse que, de Fernando Lopes-Graça, há um ciclo de Canções Gregas, outro de canções da ex-Checoslováquia, “e muitas outras coisas, como canções francesas, inglesas, e nada disso está gravado”. “A maior parte está inédita”, assim como “muita produção que não é de canções populares”. Para o músico, “o passo seguinte [às estreias e gravação das peças de Lopes-Graça] é a edição das partituras”. Referindo-se à Canções Populares Húngaras, Vieira de Almeida salientou o respeito de Lopes-Graça pela linha melódica húngara, “que adaptou com harmonias que ele entendeu que faziam parte daquela linha melódica”. Lopes-Graça teve “a genialidade de saber adaptar a sua linguagem [musical] ao tipo de linha melódica que tinha para harmonizar e para tratar”. “É admirável a capacidade de Lopes-Graça se imiscuir na linha melódica das canções e se ouvirmos, neste disco, as canções populares húngaras são totalmente diferentes das canções populares russas”. “O que o solista canta é a linha popular, a grande maioria do trabalho composicional está na parte instrumental”, explicou. Sobre esta gravação, Nuno Vieira de Almeida sublinhou a consultoria do “cantor favorito de Lopes-Graça”, o tenor Fernando Serafim, que “conhece as partituras”. E como Lopes-Graça “sistematicamente modificava o que compunha, ao gravarmos devemos manter vivo tão próximo quanto possível, o espírito do compositor, e não o contrariar”. Nuno Vieira de Almeida estudou com José Manuel Beirão e, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, com Leonid Brumberg, em Viena, e com Geoffrey Parsons, em Londres. Em Portugal, estreou obras de Schönberg, Webern, Wolf, Britten, entre outros compositores, além de ter promovido a primeira audição de obras de compositores portugueses como Carlos Caires, Constança Capdville, João Madureira e Paulo Brandão. Cátia Moreso estudou no Conservatório nacional de Lisboa e na Guidhall Scholl of Music and Drama (GSMD), em Londres, e venceu vários concursos, nomeadamente o Aria Friends Bursay do Wexford Opera Festival. Susana Gaspar estudou na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, e GSMD, e no National Opera Studio, de Londres, como bolseira da Royal Opera House. Fernando Guimarães foi o vencedor do Prémio Jovens Músicos, em 2007, o mesmo ano em que que venceu o Concurso Internacional de Canto “L’Orfeo”, e protagonizou pela primeira vez esta ópera de Monteverdi, em Mântua, Itália, no 400.º aniversário da estreia da obra. Antonio Florio, Ottavio Dantone, Martin Gester, Alessandro de Marchi, Enrico Onofri, Skip Sempé, Florian Helgath e Leonardo García Alarcón, maestro associado da Orquestra Gulbenkian, a partir da próxima temporada, são alguns dos regentes com quem Guimarães tem trabalho na última década. Estreou-se nos palcos norte-americanos, como protagonista de “Il ritorno d’Ulisse in Patria”, sob a direção do maestro Martin Pearlman.
Hoje Macau InternacionalErdogan reivindica vitória nas eleições presidenciais e legislativas turcas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, reivindicou ontem a vitória numas eleições presidenciais e legislativas renhidas, perante uma oposição determinada a impedi-lo de obter um novo mandato de cinco anos com poderes consideravelmente reforçados. “Os resultados não-oficiais das eleições são claros. Segundo eles, a nossa nação confiou-me a responsabilidade de ser Presidente da República”, disse Erdogan, numa declaração a partir da sua residência, em Istambul, antes de a contagem dos votos estar concluída, reivindicando também a maioria parlamentar para a aliança dominada pelo seu partido, o AKP. Segundo a agência de imprensa estatal Anadolu, Erdogan obteve 52,8% dos votos, quando estão contados quase 95% dos votos, e a aliança do AKP recolheu 53,82%. A declaração de vitória de Erdogan surgiu depois do principal partido da oposição, o CHP (social-democrata), ter afirmado que a sua própria contagem dos resultados parciais indica que é inevitável uma segunda volta das presidenciais. Mesmo antes da proclamação do chefe de Estado, os apoiantes já tinham começado a celebrar a vitória agitando bandeiras turcas nas ruas de Istambul e, após as suas declarações, eram audíveis buzinas de automóveis, segundo a agência francesa AFP no local. “A Turquia, com uma taxa de participação de perto de 90%, deu uma lição de democracia ao mundo inteiro”, afirmou Erdogan. O Presidente turco convocou em abril estas eleições presidenciais e legislativas antecipadas inicialmente previstas para novembro de 2019. O duplo escrutínio é particularmente importante, porque assinala a passagem do sistema parlamentar em vigor para um sistema presidencial em que o chefe de Estado concentra a totalidade do poder executivo. Erdogan defende a necessidade de tal medida para garantir a estabilidade na cúpula do Estado, mas os seus opositores acusam-no de querer monopolizar o poder com esta transformação. Oposição da Turquia divulga tentativas de fraude nas eleições O principal partido da oposição turco divulgou tentativas de fraude durante as eleições legislativas e presidenciais antecipadas a decorrer no país. “Chegaram-nos numerosas queixas”, sobretudo da província de Sanliurfa (sudeste), declarou o porta-voz do Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata), Bulent Tezcan, durante uma conferência de imprensa na sede da formação em Ancara. Tezcan enumerou vários exemplos de tentativas de introduzir votos falsos nas urnas, evocando uma urna com mais de uma centena de votos, todos pela aliança dominada pelo partido no poder, Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), mesmo antes da abertura das assembleias de voto. Também divulgou um vídeo, que afirmou ter autenticado, de um homem afirmando que existiam mais boletins que votantes numa assembleia de voto em Suruç. O procurador de Sanliurfa, à qual pretende Suruç, afirmou ter aberto um inquérito após aquelas alegações e já foram detidas quatro pessoas, segundo a agência estatal Anadolu. Temendo fraudes, em particular no sudeste de maioria curda, opositores e organizações não-governamentais mobilizaram várias centenas de milhares de observadores. “Na região houve ataques, ameaças para deter os nossos observadores”, afirmou Tezcan. Lamentou igualmente a presença de “pessoas armadas nas ruas”, que tentam criar, segundo ele, “um ambiente de terror para os eleitores”. O Partido Democrático dos Povos (HDP, principal formação pró-curda e de esquerda) também divulgou nas redes sociais tentativas de fraude e de intimidação no sudeste.
Hoje Macau SociedadeLivro traça o perfil dos alunos chineses de língua portuguesa [dropcap style≠‘circle’]U[/dropcap]ma análise empírica para traçar o perfil dos alunos chineses de língua portuguesa resultou no livro “A Promoção do Português em Macau e no interior da China”, lançado hoje na Fundação Oriente, em Macau. A obra reúne “uma miscelânea de textos” que permitem uma “visão caleidoscópica” do ensino e da aprendizagem do português em Macau e na China, segundo a nota introdutória das coordenadoras, Maria José Grosso e Zhang Jing. A maior parte dos textos são parcialmente referentes a dados recolhidos por inquéritos (1.557), aplicados junto de 15 instituições universitárias ou de ensino português em Macau e no interior da China, para o projecto “Referencial de Português para falantes de língua materna chinesa”. Este referencial, que as autoras esperam ver publicado em Dezembro próximo, “irá constituir, naturalmente, um instrumento fundamental para os precursores e organizadores de cursos de português língua estrangeira em Macau e no continente”, declarou Ana Paula Cleto, co-investigadora. A análise empírica, com base em dados provenientes de 15 instituições de Macau e do interior da China – nomeadamente de Pequim e Cantão – permitiu “estabelecer o perfil do público chinês”, explicou Maria José Grosso. Para a autora, doutorada em linguística aplicada pela Universidade de Lisboa, o interessante foi perceber “as diferenças entre os estudantes das várias instituições”. “Os alunos de Macau apontam logo a dificuldade [da língua], já os do interior da China apontam primeiro a musicalidade”, disse, referindo esta como uma “variável interessante para ser estudada”. Verificou-se, também, “que alguns dados são iguais aos recolhidos antes de 1999: o público que estuda é feminino, com idades compreendidas entre os 18 e os 24” e, também, que a “memória é um factor indispensável” para a aprendizagem. No entanto, “mais do que a memória” os alunos priorizam agora “o gosto por culturas”, sublinhou. A Universidade de Macau (UM), o Instituo Politécnico de Macau (IPM) e o Instituto Português do Oriente (IPOR) foram algumas das instituições que participaram no projecto.
Hoje Macau DesportoRabah Madjer demitido da seleção da Argélia [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] treinador Rabah Madjer foi hoje demitido do cargo de selecionador de futebol da Argélia, na sequência de uma série de maus resultados, anunciou a federação argelina no domingo. A saída Rabah Madjer, antigo jogador do FC Porto, acontece após a derrota de 07 de junho frente a Portugal (3-0), em Lisboa, em jogo de preparação da seleção lusa para o Mundial2018, que decorre na Rússia e para o qual a Argélia não se qualificou. Em oito meses no posto, Rabah Madjer conseguiu quatro triunfos em oito jogos, dos quais um na ‘secretaria’ contra a Nigéria, na qualificação para o Mundial2018. O antigo avançado chegou à seleção em outubro de 2017 para substituir o espanhol Lucas Alcaraz, que por sua vez foi afastado do cargo seis meses após a sua nomeação. Rabah Madjer foi o quinto selecionador da Argélia desde a partida de Vahid Halilhodzic, após o Mundial de 2014, no qual as ‘raposas’ conseguiram o melhor resultado de sempre, caindo nos oitavos de final perante a Alemanha, que se sagraria campeã do mundo.