Hoje Macau InternacionalJaime Nogueira Pinto critica falta de aposta da CPLP em temas como energia [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] consultor e historiador português Jaime Nogueira Pinto criticou ontem a excessiva atenção dada pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a temas como os direitos humanos em prejuízo das identidades culturais ou questões energéticas. “A CPLP não assumiu as raízes fortes das identidades culturais e depois, nalgumas áreas onde eu creio que os países CPLP todos têm recursos ou interesses”, como, “por exemplo, a área energética”, não deu a atenção devida, disse Jaime Nogueira Pinto, em entrevista à Lusa a alguns dias de mais uma cimeira da organização que junta Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. O historiador português lamentou que os países-membros da organização não tenham apostado em “criar uma entidade que não fosse só retórica”. Considerando que a CPLP tem optado por caminhos menos corretos, o historiador deu o exemplo da energia como um dos temas que é transversal a vários países de língua portuguesa, ou questões culturais, como o estudo da “identidade das culturas lusotropicais ou lusófonas” e o modo como “isso se manifesta na literatura” ou noutras artes. Os protagonistas da CPLP “agarram-se às discussões como os direitos do homem, que é uma coisa que não é tão forte” em todos os países. Para o historiador, este “é o vício de toda a política contemporânea”, com uma “concentração em temas que são retoricamente simpáticos ou interessantes e não se pega nas questões que são importantes”. A questão da cultura, considerou, “está um pouco por trabalhar ou tem sido trabalhada em áreas ideológicas marginais”. Europa tem de investir mais em África para impedir migrações, diz Jaime Nogueira Pinto O consultor e historiador português apelou a Portugal que sensibilize a União Europeia (UE) para investir em África, de modo a eliminar as razões que levam muitos africanos a quererem emigrar para a Europa. “O grande problema de África” é “a criação de desesperados em série”, com uma miséria galopante e a ausência de perspetivas de futuro, avisou Nogueira Pinto, em entrevista à Lusa, na véspera de uma cimeira em Maputo entre o primeiro-ministro português, António Costa, e o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi. “Criou-se uma ideia de prosperidade que está aí nos jornais e nos nossos telefones portáteis”, mas “as pessoas esqueceram-se de que há uma enorme quantidade de gente que foi completamente excluída desse mundo, e com uma diferença: é que dantes os excluídos não viam o que se passava no resto e agora veem e não têm nada a perder”, disse Nogueira Pinto, considerando que as barreiras naturais do Mediterrâneo e do Saara não são suficientes para proteger a Europa. “Por causa destes problemas todos das migrações e dos refugiados e das consequências políticas que estão a ter no xadrez e no sistema europeu, deveria haver uma consciência de que a melhor maneira de resolver os problemas é acabar com as razões que levam as populações africanas” a “escapar a situações que não são muito felizes nem muito agradáveis”, considerou. Por isso, a UE deveria ter uma “estratégia correta e inteligente, feita com vontade de resolver os problemas, e não apenas de boas retóricas”, que procure “ver à séria quais são os problemas dos países do continente africano de onde estas migrações vão resultando”, salientou. Nogueira Pinto não tem dúvidas de que as causas são as habituais: “instabilidade política, conflitos de ordem étnico-religiosa, falta de empregos, de esperança, de razões de vida”. “Como é mais difícil cruzar o Atlântico ou o Índico, as pessoas sobem e vão continuar a subir” pelo continente africano à procura de melhores vidas, sublinhou. Neste diálogo com o continente africano, Portugal tem um papel importante, porque possui “alguma capacidade de agenciar, até a nível europeu, recursos” que permitam “políticas coordenadas”, sobretudo “ajudando à construção do Estado” em África. Para o investigador, “a maior parte dos problemas de instabilidade nestas áreas é a deficiência do Estado, é a deficiência do poder político que não chega a muitos sítios, subsistência de contradições de ordem tribal ou étnico tribal”. Em causa, salientou o historiador, está a génese de muitos dos Estados africanos, cuja independência foi concedida pelo poder colonial no século XX sem qualquer tipo de guerra de libertação. “Qual é a forma normal de fazer Estados? Guerra da independência, depois guerra civil, depois quem ganha a guerra civil vai para o poder e estabiliza. Foi assim que foram feitos quase todos os países europeus e das Américas”. Mas, na maior parte de África, “fez-se apenas uma pura transição”, em que o “poder colonial entregou aos poderes locais o poder pacificamente sobre um território”. Ao contrário dos países africanos de língua portuguesa, em que a guerra de libertação forjou uma elite política e militar. A isso somaram-se guerras civis nalguns países. “A guerra civil em Angola destribalizou completamente Angola e atirou as pessoas para as cidades”, somando-se a “circulação dos militares pelo país, o que fez com que se criassem famílias de várias origens tribais em vários sítios. Para o bem ou para o mal desapareceram as características das sociedades tradicionais e acelerou o processo de construção nacional” do país, explicou.
Hoje Macau EventosFestival | Sound&Image já recebeu quatro mil candidaturas de vários países [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] 9.ª edição do Sound&Image Challenge de Macau, festival internacional de música e curtas-metragens, já recebeu mais de quatro mil candidaturas provenientes das mais “variadas regiões”, anunciou ontem a organização. Organizado pela Creative Macau, espaço cultural que comemora este ano o 15.º aniversário, o festival avança para a oitava edição com filmes provenientes da Grécia, Egipto, Estados Unidos, Reino Unido, Irão, Portugal, Brasil, entre outros. A organização anunciou que entre 26 de Julho e 24 de Agosto serão exibidas as curtas-metragens vencedoras das últimas edições (2010-2017). Por ocasião do 15.º aniversário, a Creative Macau decidiu organizar este ano a exposição colectiva “Open Future”, que estará patente naquele espaço cultural entre os dias 28 de Agosto e 22 de Setembro, lê-se na nota. “O que o futuro reserva para nós?” ou “Como podemos mudar o futuro?” são algumas das questões abordadas nas exposições de escultura, pintura, instalação, fotografia e poesia. Em Maio, a coordenadora da Creative Macau, Lúcia Lemos, afirmou à Lusa já ter recebido pelo menos 27 candidaturas de filmes portugueses. À data, a responsável aproveitou para revelar que um dos directores do festival internacional de Curtas de Vila do Conde, Miguel Dias, vai ser grande júri do Festival. O Sound&Image Challenge International Festival divide-se em duas competições: a de curtas-metragens, nas categorias de Ficção, Documentário e Animação, e a de vídeos musicais. A estes prémios, a organização decidiu acrescentar este ano novas nomeações: Prémios de melhor realizador, melhor cinematografia, melhor edição, melhor música, melhor banda sonora, melhores efeitos visuais para a competição de curtas, e de melhor canção e melhores efeitos visuais para a competição de vídeos musicais, que por enquanto não têm valor monetário. Os trabalhos finalistas vão ser apresentados de 4 a 9 de Dezembro no Teatro Dom Pedro V.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Retirar equipa de futebol de caverna pode levar semanas Os responsáveis pelas operações de resgate da equipa de futebol encontrada numa gruta no norte da Tailândia têm agora de decidir como retirar os meninos e o treinador da caverna parcialmente inundada, uma tarefa que pode levar semanas [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]esfigurados e famintos, os meninos (entre 11 e 16 anos) piscaram os olhos com a chegada do facho de luz transportado pela primeira equipa de mergulhadores a encontrá-los, depois de 10 dias nas profundezas escuras de uma caverna parcialmente inundada na Tailândia. A caverna Tham Luang Nang Non fica na província de Chiang Rai e estende-se sob uma montanha por cerca de 10 quilómetros. Grande parte dela tem uma série de passagens estreitas que levam a amplas câmaras. O solo rochoso e lamacento faz várias mudanças na elevação ao longo do caminho. O vídeo da descoberta destes meninos e do seu treinador (de 25 anos) pelos socorristas já foi visto milhões de vezes na internet. Nele, os 12 meninos e o treinador trocam breves palavras com o mergulhador britânico que os encontrou na noite de segunda-feira. A troca começa com um obrigado em uníssono pelas crianças tailandesas em inglês e prossegue com o aparecimento das equipas de resgate, que emergem das águas turvas da caverna. “Quantos são vocês?”, pergunta o britânico em voz alta, com a luz varrendo a escarpa lamacenta onde o grupo encontrou refúgio, longe dos meandros da rede subterrânea. “Treze”, responde em inglês um dos pequenos tailandeses, ao mesmo tempo que a lâmpada ilumina os meninos um por um, como se o mergulhador os contasse. Alguns dos “javalis selvagens”, como se chama a equipa de futebol, colocaram as suas camisas vermelhas nos joelhos para tentar proteger-se do frio. Parecem abatidos, mas aqueles que se expressam parecem lúcidos, apesar dos longos dias sem comida. O vídeo publicado na noite de segunda-feira na página oficial do Facebook da Marinha da Tailândia já foi visto 14 milhões de vezes. A conversa continua com murmúrios em tailandês, pontuados pelas palavras do mergulhador que os quer tranquilizar. Um dos garotos pergunta em inglês hesitante se eles vão “sair”. “Não, não hoje (…) Somos dois, temos de mergulhar (…) Estamos a chegar, há muita gente a chegar, muita gente, nós somos os primeiros”. O mergulhador levanta as mãos para dizer ao grupo que está no subsolo há dez dias, acrescentando: “vocês são muitos forte”. Então, dá uma lâmpada ao grupo. A câmara de filmar treme e o som desaparece, mas o vídeo estabiliza. “Estou muito feliz”, disse um dos adolescentes. “Estamos felizes também”, responde o elemento das equipas de resgate. “Muito obrigado”, respondem os garotos. Nas profundezas Os mergulhadores britânicos Robert Harper, Richard Stanton e John Volanthen chegaram às crianças antes dos especialistas da marinha tailandesa. O Conselho Britânico de Resgate de Cavernas, que tem membros envolvidos na operação, estima que os garotos tenham percorrido cerca de dois quilómetros de caverna e estejam entre 800 metros e um quilómetro abaixo da superfície. Outras estimativas colocam os meninos até quatro quilómetros para dentro da gruta. As autoridades tailandesas dizem que estão comprometidas a 100 por cento com a segurança destas crianças na altura de decidir como as retirar. Os meninos não parecem precisar de sair urgentemente da gruta por razões médicas. De acordo com o coordenador nacional da Comissão Nacional de Resgate em Cavernas nos EUA e editora do Manual das Técnicas de Salvamento em Cavernas, a principal decisão agora é retirar as crianças ou alimentá-las ainda no interior. Depois de uma pausa nos últimos dias, mais chuvas estão a caminho nesta época de monções. A previsão do Departamento Meteorológico da Tailândia para Chiang Rai indica chuva leve até sexta-feira, seguida por fortes chuvas a partir de sábado e pelo menos até dia 10 de julho. Essas tempestades podem elevar os níveis de água na caverna novamente e complicar qualquer possibilidade de retirada dos meninos. Junto com os esforços de busca dentro da caverna, equipas de resgate têm procurado na montanha por outros caminhos possíveis para as cavernas. As autoridades disseram que estes esforços continuarão e que retroescavadoras e equipamentos de perfuração foram enviados para a montanha, adiantando que criar um eixo grande o suficiente para extrair os meninos seria extremamente complicado e poderia levar muito tempo. O Conselho Britânico de Resgate de Cavernas disse que os garotos estão “localizados num espaço relativamente pequeno” e que “isso tornaria qualquer potencial tentativa de perfuração como um meio de resgate muito difícil”. Enquanto isso, na web tailandesa, é a explosão de alegria. “Estou quase a chorar, vocês são tão corajosos e persistentes”, dizem os comentários dos internautas tailandeses na página do Facebook da Marinha.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Universidade para mulheres vai aceitar transexuais em 2020 [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma universidade só para mulheres no Japão anunciou que vai aceitar alunos transexuais a partir de 2020, uma decisão rara no país, onde os direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) estão ainda aquém de outros países desenvolvidos. “É importante criar um ambiente no qual a sociedade, como um todo, aceite a diversidade e seja solidária com as pessoas transexuais”, declarou na ontem o ministro da Educação japonês, Yoshimasa Hayashi, em conferência de imprensa. A decisão da Universidade Ochanomiz, em Tóquio, é uma abertura “provavelmente sem precedentes”, disse fonte do mesmo Ministério à agência France-Press (AFP). “As universidades precisam de tomar medidas para melhor compreender as necessidades das minorias sexuais, mesmo que depois a decisão pertença a cada estabelecimento”, acrescentou. De acordo com o porta-voz da Universidade, a medida entra em vigor em Abril de 2020 e dirige-se a futuros estudantes nascidos homens, mas que se identificam como mulheres. A secretária-geral da Aliança do Japão para a legislação LGBT, Akane Tsunashima, saudou a iniciativa, que considerou “um passo positivo em direcção a um ambiente de aceitação geral das minorias sexuais nas universidades”. Os direitos dos LGBT no Japão são relativamente progressistas para os padrões asiáticos, mas continuam a não ter a mesma igualdade jurídica. De acordo com o instituto japonês de pesquisa LGBT, 8 por cento dos japoneses pertencem a minorias sexuais.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Pequim pede aos Estados Unidos que não bloqueie as suas empresas A China pediu ontem aos Estados Unidos que não especule com as empresas chinesas nem trave as suas operações, depois de Washington ter recomendado que seja negada uma licença à China Mobile para operar no país [dropcap style≠’circle’]”A[/dropcap]pelamos aos EUA que abandonem a mentalidade da Guerra Fria e o jogo de soma nula, deveriam ver este assunto de forma correcta”, afirmou Lu Kang, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, numa conferência de imprensa, em Pequim. Washington deve “oferecer um trato igualitário e um ambiente favorável para as empresas chinesas e fazer mais para promover a confiança mútua e cooperação”, algo que “serve o interesse de ambos os países”, acrescentou. Lu apelou às empresas chinesas que invistam nos EUA com respeito pelas leis chinesas, as regras internacionais e locais. O comentário do porta-voz chinês surge depois de a Administração Nacional de Informação e Telecomunicações dos EUA, que está sob a tutela do Departamento do Comércio, ter apontado motivos de “segurança nacional”, para recomendar à Comissão Federal de Comunicações, uma agência independente, que trave a entrada no país da estatal chinesa China Mobile, a maior operadora de telecomunicações do mundo. Segurança nacional “Depois de uma significativa interacção com a China Mobile, as preocupações sobre o aumento de riscos para a ordem pública e segurança nacional não foram dissipadas”, afirmou em comunicado David J. Redl, o vice-secretário para as Comunicações e Informação do Departamento de Comércio. Com cerca de 900 milhões de usuários, a China Mobile pediu em 2011 uma licença para operar nos EUA. A Administração de Donald Trump anunciou, no mês passado, taxas alfandegárias de 25 por cento sobre um total de 34.000 milhões de dólares de importações oriundas da China, numa retaliação contra a falta de protecção dos direitos de propriedade intelectual das empresas norte-americanas no país asiático. Washington acusa Pequim de exigir às empresas estrangeiras que transfiram tecnologia para potenciais concorrentes chinesas, em troca de acesso ao mercado chinês. Trump ameaça ainda limitar os investimentos chineses nos EUA.
Hoje Macau China / ÁsiaEquipas de basquetebol da Coreia do Sul em Pyongyang para jogo amigáveis [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s equipas feminina e masculina de basquetebol da Coreia do Sul estão a caminho da Coreia do Norte para jogarem uma série de jogos amigáveis, em mais uma demonstração do estreitamento das relações entre os dois países vizinhos. Uma delegação sul-coreana, composta por jogadores, autoridades governamentais e jornalistas saiu ontem em dois aviões da base aérea de Seongnam com destino a Pyongyang por volta das 20h, de acordo com os órgãos de comunicação social presentes na delegação. O ministro da Unificação sul-coreano, Cho Myoung-gyon, que lidera a delegação, afirmou esperar que ambas as partes “caminhem em direcção à paz”. O ministro preferiu não revelar pormenores sobre o itinerário que a delegação vai fazer enquanto estiver na Coreia do Norte, não confirmando também se vai ou não encontrar-se com o líder norte-coreano, Kim Jong-un. As equipas masculinas e femininas dos dois países vão disputar quatro partidas, amanhã e quinta-feira, sendo que em duas destas partidas as equipas vão-se misturar com atletas dos dois países. No dia 18 de Junho, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul reuniram-se na fronteira para discutirem colaborações no âmbito desportivo. A deslocação das equipas de basquetebol à Coreia do Norte foi uma das consequências desta reunião. A outra, foi divulgada na semana passada, quando foi anunciado que as duas Coreias vão competir com uma equipa conjunta nas modalidades de canoagem, remo e basquetebol feminino nos Jogos Asiáticos que decorrem no final de Agosto na Indonésia. Em mais um passo rumo ao desanuviamento das relações entre os dois países vizinhos, atletas das duas Coreias vão desfilar juntos na cerimónia de abertura dos Jogos que decorrem entre 18 de Agosto e 2 de Setembro. O desporto tem sido um ‘trampolim’ para a reconciliação entre o sul e o norte. Os Jogos Olímpicos de Inverno que decorreram em Fevereiro na Coreia do Sul serviram de ponto de partida para o ambiente de apaziguamento que se vive actualmente.
Hoje Macau SociedadeÁgua | DSPA vai definir instruções para bebedouros públicos [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) espera que até ao final do anos as instruções para os bebedouros públicos, que ainda estão a ser elaboradas, sejam publicadas. O objectivo passa por impulsionar e facilitar o fornecimento de água potável nas instalações seguras e higiénicas ao público. Além disso, o Executivo está a procurar instalar filtros de água para poder fornecer água potável nas actividades públicas de grande dimensão. A informação foi avançada num comunicado enviado pela Associação da Sinergia de Macau, na sequência de um encontro entre o presidente da associação, Lam U Tou, e o director da DSPA, Raymond Tam. A Associação da Sinergia de Macau tinha divulgado em Junho um mapa, que elaborou em cooperação com outros dois grupos de protecção ambiental, com os locais onde turistas e residentes podem beber água potável, de forma a reduzir a utilização de garrafas de plástico.
Hoje Macau SociedadePolícia | Segurança privada à porta de esquadras é suspensa [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oi suspensa a segurança privada à porta dos Comissariados Policiais de Macau e das Ilhas, revelou ontem o canal de rádio da TDM. A medida tinha sido aplicada no início do ano, tal como a Radio Macau tinha anunciado. Agora, o Corpo da Polícia de Segurança Pública (CPSP), explica que foi apenas a título experimental. Apesar da insistência da TDM-Rádio Macau, o CPSP não indica quando é que a medida foi suspensa. A segurança privada aplicava-se aos Comissariados Policiais 1, 2 e 3, em Macau, e ainda aos Comissariados Policias das Ilhas, Taipa e Coloane. O CPSP explicou, em resposta à Rádio Macau, que estas “eram medidas experimentais, exclusivamente nas entradas e saídas das principais instalações. “Atendendo à necessidade desta Polícia, actualmente, o pessoal de segurança é colocado no Serviço de Migração”, acrescentou. A PSP indicou também que “face às necessidades de pessoal, não se descarta que, no futuro, a colocação do pessoal de segurança seja novamente reconsiderada”. O recurso ao pessoal de segurança privada nas esquadras, notou a PSP na mesma resposta à Radio, “surgiu como medida de apoio ao serviço policial da linha de frente e o seu emprego é flexível e apropriado à satisfação das necessidades reais e de acordo com as situações quando assim se justificam”. O reforço do pessoal de segurança teve início em 2015, nos postos fronteiriços das Portas do Cerco e do Cotai, apenas em dias feriados e de festividades. Em 2016, a medida passou a ser implementada diariamente nesses postos fronteiriços, bem como na Sede do Serviço de Migração e no Posto Fronteiriço do Parque Industrial Transfronteiriço Zhuhai-Macau. Esta política acabou por ser estendida em 2017 aos restantes postos fronteiriços.
Hoje Macau PolíticaGrande Baía | Mais uma visita do Chefe do Executivo entre os dias 9 e 11 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, vai liderar uma comissão do Governo da RAEM que vai visitar várias cidades da zona da Grande Baía, nomeadamente Zhaoqing, Foshan, Huizhou e Dongguan, entre 9 e 11 de Julho. A informação foi avançada, ontem, pelo Governo em comunicado. Esta viagem acontece poucos dias depois de Chui Sai On ter feito uma semelhante, a outras cidades da Grande Baía. Além de Macau e Hong Kong, Guangzhou, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing são as cidades que integram a Grande Baía.
Hoje Macau PolíticaKaifong | Chefe do Executivo presente em escola ligada a Ho Ion Sang [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo realizou ontem uma visita à Escola dos Moradores do Bairro do Patane, ligada à União Geral das Associações de Moradores de Macau (UGAMM, ou Kaifong), a que pertence o deputado Ho Ion Sang. O encontro serviu, de acordo com um comunicado oficial, para “a troca de impressões acerca do aperfeiçoamento do ensino”. O Chefe do Executivo referiu que, nos últimos anos, houve uma “grande” evolução no sistema de ensino, uma vez que “o Governo vem aumentando gradualmente os recursos atribuídos a esta área, desde o ensino básico ao superior”. Ho Ion Sang, também assessor da comissão da escola, esteve presente no encontro, que serviu para apresentar o projecto de expansão do campus da instituição de ensino, “articulando as necessidades de admissão de mais alunos com o aumento das instalações de ensino, servindo, deste modo, a população”. Foi pedido apoio ao Governo, mas o Chefe do Executivo advertiu para eventuais problemas que possam ocorrer. “Chui Sai On alertou para a necessidade de conhecer bem a regulamentação de construção no espaço circundante à escola, [tendo sugerido] que a expansão do campus seja planeada através de uma visão a longo prazo, seguindo as exigências educativas actuais e salvaguardando ainda as condições e qualidade do ensino”, lê-se no comunicado.
Hoje Macau SociedadeUM | Universidade diz que pouco podia fazer quanto a suspeitas de violação [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, disse ontem que já recebeu o relatório da Universidade de Macau (UM) relativo ao caso de suspeita de violação cometido por John Mo, ex-director da Faculdade de Direito da instituição. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, o secretário adiantou, com base no relatório, que a UM só soube da violação depois de ter sido confrontada pela polícia, uma vez que o caso não terá ocorrido no campus, na Ilha de Hengqin. Tendo em conta esse factor, o âmbito de actuação da UM era limitado, explicou Alexis Tam.
Hoje Macau InternacionalAlemanha | Merkel chega a acordo com parceiros bávaros sobre migrações e evita crise no governo [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] chanceler alemã, Angela Merkel, e os aliados bávaros chegaram ontem a acordo para acabar com a disputa sobre a gestão dos fluxos migratórios, que ameaçava derrubar o Governo de coligação. O ministro do Interior, Horst Seehofer, líder da União Social-Cristã, partido bávaro irmão da União Democrata-Cristã (CDU, na sigla em alemão), de Merkel, saiu da reunião, ao início da noite, a dizer que o compromisso alcançado “previne a imigração ilegal na fronteira entre a Alemanha e a Áustria”. Seehofer tem estado em confronto com Merkel quanto ao seu plano de recusar candidatos a asilo na fronteira que se tivessem registado em outros Estados-membros da União Europeia. Merkel recusou, dizendo que é precisa uma solução que envolva outros Estados europeus. Horst Seehofer ofereceu a sua resignação da liderança do partido e enquanto ministro do Interior, durante uma reunião da CSU, no domingo à noite, mas foi convencido a retomar o diálogo com Merkel. Sem adiantar detalhes do acordo agora alcançado, Seehofer garantiu que já não tenciona demitir-se. Merkel, por seu lado, indicou aos jornalistas que, “depois de dias difíceis e negociações rudes, hoje foi alcançado um bom compromisso”. “Depois de negociações intensivas (…), estamos todos de acordo” quanto às medidas para reduzir a imigração ilegal, afirmou Seehofer. O terceiro parceiro da coligação governamental, o social-democrata SPD, ainda tem de dizer se concorda com os termos do acordo. O compromisso prevê que os futuros solicitadores de asilo que chegam à Alemanha, mas que já estejam registados em outros Estados da União Europeia, sejam conduzidos para ‘centros de trânsito’, diretamente na fronteira, e já não repartidos pelo conjunto do país. Quando os seus dossiers estiverem analisados, serão reenviados, a partir destes centros, onde terão de permanecer, para os países da União Europeia de onde vieram.
Hoje Macau SociedadeComunicação | Global Media com parcerias na China, Moçambique e Cabo Verde China, Moçambique e Cabo Verde são os próximos países onde a Global Media Group vai avançar com parcerias nos ‘media’ para reforçar a “afirmação de uma rede global”, disse ontem à Lusa o responsável do grupo em Macau [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] grupo já garantiu nos últimos meses 12 parceiros internacionais [em Portugal, Brasil e Macau] de forma a estabelecer uma plataforma entre a China e países de língua portuguesa”, indicou o presidente do Global Media Group de Macau, Paulo Rego. O próximo passo é “avançar para a China, Moçambique e Cabo Verde”, revelou, escusando-se a adiantar números sobre o investimento total ou parcial do projecto. As declarações foram feitas à margem de um debate sobre o futuro das redes globais no espaço lusófono, no âmbito das comemorações do quarto aniversário do semanário luso-chinês Plataforma Macau e do anúncio do novo jornal ‘online’ trilingue (em português, chinês e inglês) do Global Media Group, o Plataforma. Entre as marcas do Global Media Group em Portugal contam-se a rádio TSF e títulos de imprensa centenários e de referência como o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias, o desportivo O Jogo e a marca digital de informação económica, Dinheiro Vivo. Na área de revistas, é ainda detentor da Volta ao Mundo, Men’s Health e Womens Wealth, de venda autónoma, a Notícias Magazine e a Evasões, distribuídas pelos jornais do grupo. Além dos negócios Durante o debate, a secretária-adjunta do Fórum para a cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa, Glória Batalha Ung, sublinhou o reforço da cooperação económica e comercial entre a China e países de língua portuguesa na última década, mas também das relações na área cultural, jurídica e na comunicação social. “Não é só fazer negócios: tudo conta para o sucesso desta plataforma”, explicou. Para o presidente da Associação dos Advogados de Macau “a cultura é uma mais-valia”, mas, defendeu, “se a língua não tiver interesse económico, a língua morre, (…) não se fazem negócios”. Jorge Neto Valente sustentou que “o que está em movimento é um relacionamento de interesses de vária ordem, nomeadamente económico e comercial, onde é normal que existam disputas e litígios”. O jurista defendeu ainda um centro de arbitragem em Macau, à semelhança do que acontece em Hong Kong. Já o director de informação e programas dos canais portugueses da Teledifusão de Macau (TDM), João Francisco Pinto, lembrou que “Macau está na República Popular da China, um fundamental actor económico mundial” e que “será esse um dos pontos fundamentais a despertar o interesse no espaço lusófono, (…) essencial na criação de pontes que a TDM já iniciou há alguns anos”.
Hoje Macau PolíticaPearl Horizon | Deputados voltam a reunir com Sónia Chan [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]eis deputados – Chan Hong, Ho Ion Sang, Si Ka Lon, Ella Lei, Wong Kit Cheng e Song Pek Kei – encontraram-se ontem com a secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, bem como com o deputado Ip Sio Kai, vice-director-geral do Banco da China. Foram discutidas as solicitações dos lesados do caso Pearl Horizon, tendo sido pedido que a Polytex, antiga concessionária do terreno na zona da Areia Preta, devolva de uma só vez o investimento feito por aqueles que pediram empréstimos e que reforce a sua comunicação com o Governo relativamente à proposta que já foi apresentada. Em comunicado, a deputada Ella Lei explicou que muitas pessoas estão preocupadas com o facto de, até ao momento, ainda não terem recebido o montante do investimento que a Polytex prometeu devolver, além de não terem conhecimento dos pormenores do desfecho do processo. Os deputados entendem que o Governo deve inteirar-se do montante que a Polytex deve devolver, sendo que Sónia Chan pediu às pessoas para não confiarem em informações falsas. A secretária prometeu avançar com mais informações na plataforma que o Governo recentemente criou nas redes sociais.
Hoje Macau China / ÁsiaUm quinto dos jovens chineses é viciado em videojogos online Cerca de 18 por cento dos jovens chineses dedicam-se a jogos online pelo menos quatro a cinco horas por dia, uma média que é considerada patológica. A conclusão é revelada por um estudo da Academia Chinesa de Ciências Sociais [dropcap style≠‘circle’]D[/dropcap] e acordo com um artigo publicado no jornal China Youth Daily nesta segunda-feira, um estudo sobre o comportamento online dos jovens chineses mostrou que 41,3 por cento consideram que o tempo que gastam em jogos online não é saudável mas é algo que não conseguem controlar. “O vício na internet é relevante para as nossas vidas. Quase um em cada cinco jovens já foi ou é susceptível a se tornar viciado em videojogos”, disse Zhou Huazhen, investigadora da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS, na sigla em inglês) e encarregada pela pesquisa. Zhou acredita que o estudo trouxe à tona resultados muito mais amplos e directos no estudo do vício na internet da China em comparação com casos individuais relatados pelos meios de comunicação social. O estudo revela que cerca de 23,6 por cento dos jovens chineses jogam videojogos online pelo menos quatro dias por semana e 17,7 por cento o fazem todos os dias. Outra das tendências demonstradas no estudo é que a percentagem dos estudantes que jogam online pelo menos quatro dias por semana cresce com a idade. 16,9 por cento para alunos do ensino básico, 21,3 por cento para estudantes da primeira fase do ensino secundário e 31,8 por cento para os da segunda. Por sua conta A facilidade de acesso a produtos digitais e a falta de supervisão dos pais são dois factores principais que impulsionam o aumento, de acordo com a investigadora que dirigiu o estudo. As crianças mais velhas precisam usar a internet com mais frequência do que as mais jovens, tanto para estudo como para a vida diária, bem como para satisfazer suas necessidades sociais, e os professores e os pais geralmente reduzem a supervisão do tempo que os filhos passam online à medida que as crianças crescem, acrescentou Zhou. Zhang Shuhui, vice-presidente da CASS, fez uma pesquisa semelhante em 2010 na qual Zhou também colaborou, que mostrou que apenas 6,7 por cento dos alunos passavam mais de seis horas online de segunda a sexta-feira. Zhang disse que, mesmo com pequenas diferenças nos parâmetros entre as pesquisas, os resultados de ambas as investigações mostram um vício crescente na internet dos jovens chineses. No início de 2018, o vício em videojogos foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como uma desordem da saúde mental.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Gang condenado por simular acidente laboral e pedir compensação Um tribunal chinês condenou à prisão sete membros de um grupo criminoso por vários crimes, incluindo o homicídio de dois trabalhadores simulado como acidente de trabalho, visando extorquirem uma compensação monetária ao dono da empresa [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap]s crimes ocorreram em Abril passado, num local de construção na província de Fujian, sudeste da China, quando o encarregado de obra, Li Shi, mandou os trabalhadores abandonarem o local, para que os seus cúmplices executassem os homicídios, descreve o jornal oficial Global Times. No mesmo dia, um dos membros do grupo, Li Lei, trouxe dois novos trabalhadores e agrediu-os com uma barra de ferro. Os homens tiveram morte imediata. Outros dois criminosos, Zhang Bin e Zhu Yang , fizeram-se então passar por familiares das vítimas e exigiram 1,6 milhão de yuan (206 mil euros) como compensação ao empregador. Os dois homens foram condenados a quatro anos de prisão por fraude. O Global Times não detalha as penas de prisão de Li Shi e Li Lei, mas o homicídio é punido na China com pena de morte. Tendência homicida Nos últimos anos, vários assassínios do género ocorreram no país asiático, sobretudo em minas, onde os donos tentam ocultar os acidentes, de forma a evitar investigações pelas autoridades de segurança. Em Dezembro de 2015, quatro pessoas foram condenadas à pena capital após terem sido declaradas culpadas pela morte de vários mineiros e de extorquirem dinheiro aos empregadores, ao fazerem-se passar por familiares das vítimas. Em 2016, um tribunal de Pequim condenou dois homens à morte pelo homicídio de um colega de trabalho, atirado do 13.º andar de um prédio em construção na capital chinesa, após ter sido agredido com um tubo de metal, num esquema semelhante. O enredo do filme “Blind Shaft”, do realizador chinês Yang Li, que em 2003 ganhou o Urso de Prata no Festival de Cinema de Berlim, é inspirado nestes casos.
Hoje Macau EventosEspectáculo de danças de Gansu e países de língua portuguesa esta sexta-feira Esta sexta-feira decorre o “Serão de Espectáculos entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, que reúne no Centro Cultural de Macau, pelas 20h, o Grupo de Artes Performativas de Gansu, da China, e mais oito grupos artísticos [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] plataforma cultural entre a China e os Países de Língua Portuguesa ganha uma nova expressão esta sexta-feira com o espectáculo “Serão de Espectáculos entre a China e os Países de Língua Portuguesa reúne em Macau o Grupo de Artes Performativas de Gansu e profissionais das artes performativas e grupos artísticos de oito Países de Língua Portuguesa. Trata-se de um evento organizado pelo Instituto Cultural (IC) e que se insere na primeira edição do “Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. Às 20h, no grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM), terá lugar o espectáculo que revela o trabalho do Centro de Pesquisa da Arte do Canto e Dança de Tianshui, da Província de Gansu, na China, que foi fundado em 1949 e que tem estado focado na pesquisa da cultura do canto, dança e música da província de Gansu. De acordo com um comunicado do IC, “ao longo de quase 70 anos de existência o centro encenou uma série de óperas, peças teatrais e espectáculos de música e dança”, sendo que os seus espectáculos “receberam elogios de todas as esferas da sociedade dentro e fora da província”, além de que “as peças artísticas criadas pelo Centro são constituídas essencialmente por elementos da Cultura Fuxi da China antiga”. Do lado dos países de língua portuguesa o público poderá assistir à presença do grupo de música tradicional angolana Nguami Makaa, que foi fundado em Abril de 2002 por um grupo de jovens liderados por Jorge Mulumba, que decidiu enveredar pelo mundo da música de raiz. O objectivo do grupo é resgatar os valores culturais e artísticos de Angola e têm o lema “Tocando os instrumentos tradicionais da Terra, dançamos os nossos ritmos”. Do Brasil a Cabo Verde “Raspa de Tacho” é o nome do grupo oriundo do Brasil que também actua neste espectáculo conjunto. Fundado em Setembro de 2001, tem como objectivo “levar este género musical brasileiro aos mais diferentes povos, culturas e gerações”. Do repertório do grupo faz parte todo o universo do choro, nomeadamente o samba, a bossa nova, o baião, a marcha, a valsa, o frevo e também incursões pelo fado, jazz e pelos clássicos do género, além dos originais do grupo. De Cabo Verde chega o grupo Tradison di Terra, criado no ano 2000, e que é considerado uma das referências do batuque tradicional da cidade da Praia e de Cabo Verde, tendo sido vencedor dos Cabo Verde Music Awards, na categoria de melhor batuque. O grupo é constituído na sua maioria por mulheres que utilizam o batuque tradicional como forma de preservar a cultura local, como factor de união da comunidade e no combate à pobreza que as rodeia. O grupo Netos de Bandim, da Guiné-Bissau, foi criado no ano 2000 pela Associação dos Amigos da Criança da Guiné-Bissau. Tem como finalidade criar um ambiente de integração sócio-cultural para as crianças, jovens e mulheres do Bairro de Bandim que vivem no limiar de pobreza, oferecendo-lhes um espaço de convívio e partilha de boas práticas de cidadania através da música, do teatro e da dança tradicional. Com o passar dos anos o grupo cresceu e ganhou grande notoriedade na divulgação da música e da dança tradicional da Guiné-Bissau a nível nacional e internacional. Outro dos países que também está representado neste evento é Moçambique, através do Grupo de Música e Dança Tradicional Hodi, integrado na Associação Cultural Hodi Maputo Afro Swing, uma agremiação de carácter cultural fundada em 2014. A missão da Hodi é trabalhar na pesquisa, preservação e divulgação das danças tradicionais moçambicanas, dança contemporânea, música e instrumentos tradicionais, bem como as danças afro-americanas. O grupo toca instrumentos tipicamente tradicionais tais como a timbila, mbira, toges, likutes, nhatiti e outros. Hodi tornou-se uma das mais empenhadas companhias de dança em Moçambique que representam danças de todo o país. Miranda do Douro em Macau Portugal faz-se representar com o grupo Galandum Galundaina, ligado à música tradicional do norte do país, da zona de Miranda do Douro. Criado em 1996, esta formação tem como objectivo recolher, investigar e divulgar o património musical, as danças e a língua das terras de Miranda, o mirandês. De São Tomé e Príncipe chega o cantor Felício Mendes. Apesar dos seus 69 anos, é ainda considerado um dos mais consagrados cantores de música tradicional de São Tomé e Príncipe. Ao longo da sua carreira musical, que teve inicio em 1970 quando integrou o conjunto militar “Os Quicos Verdes”, participou em espectáculos sem conta onde através da sua potente voz levou os ritmos tradicionais de São Tomé e Príncipe a muitos países africanos e europeus, entre eles Angola, Cuba, França, e Portugal, entre outros. Por último, Timor-Leste apresenta-se em palco com o grupo Timor Furak, fundado por jovens artistas timorenses em 2006. O principal objectivo do grupo é promover a singularidade da cultura de Timor-Leste através da sua dança e música tradicional. Os bilhetes para este espectáculo já se encontram à venda e custam 50 patacas.
Hoje Macau InternacionalMais de 200 migrantes morreram junto à costa da Líbia este fim de semana [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]egundo a OIM, 204 migrantes perderam a vida entre sexta-feira e domingo e hoje um pequeno barco de borracha repleto de migrantes virou-se com cerca de 41 pessoas, que sobreviveram após serem resgatadas. Na sexta-feira, três bebés estavam entre os 103 que morreram num naufrágio similar, a norte de Trípoli, “também causado por contrabandistas que levaram migrantes para o mar em embarcações completamente inseguras”, avança a organização. Desde o início do ano até agora, a guarda costeira da Líbia levou cerca de 10 mil pessoas para terra que viajavam em pequenas embarcações. “Há um aumento alarmante de mortes no mar ao largo da costa da Líbia”, disse o chefe da missão da OIM Líbia, Othman Belbeisi, acrescentando que “os contrabandistas estão a explorar o desespero dos migrantes para saírem antes que haja mais repressões na travessia do Mediterrâneo”. “Os migrantes devolvidos pela guarda costeira não devem ser automaticamente transferidos para detenção e estamos profundamente preocupados que os centros de detenção voltem a estar superlotados e que as condições de vida se deteriorem com o recente afluxo de migrantes”, acrescentou Belbeisi. Em 2017, mais de 171.635 migrantes chegaram à Europa através do Mediterrâneo e 3.116 morreram no mar, de acordo com dados da OIM.
Hoje Macau DesportoMundial 2018 | Selecionador português e jogadores felizes com apoio em Lisboa, tristes pela eliminação [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] selecionador português de futebol mostrou-se este domingo feliz com a recepção que a equipa lusa teve no regresso a Lisboa, mas admitiu “tristeza” por não ter conseguido dar “mais uma alegria” aos portugueses, dada a eliminação do Mundial 2018. “Sabemos o sentimento que o povo português nutre pela seleção nacional. Estamos muito tristes, porque, além da derrota, queríamos dar ao povo português mais uma alegria. Esta tristeza reinava ontem (sábado) no balneário, com eles (jogadores) a chorarem. Estávamos tristes por nós, mas muito pelo povo português”, afirmou Fernando Santos aos jornalistas, no aeroporto de Lisboa. Cerca de três centenas de pessoas aguardaram pela chegada da seleção portuguesa ao aeroporto de Lisboa, um dia depois de esta ter sido eliminada pelo Uruguai (2-1), nos oitavos de final do Mundial2018, a decorrer na Rússia. Apesar da eliminação da equipa das ‘quinas’, as pessoas que se deslocaram ao aeroporto dirigiram palavras de incentivo aos jogadores e, assim que as ‘barreiras’ de segurança foram ‘quebradas’, procuraram obter uma recordação dos campeões europeus em título. “É uma emoção ter esta receção. As coisas não correram como queríamos, não pudemos dar ao nosso povo aquilo que eles mereciam e o que todos nós queríamos. É muito gratificante saber que o povo está connosco. Dá força para continuarmos”, disse José Fonte. O central, de 34 anos, que foi um dos indiscutíveis de Fernando Santos nos quatro encontros na prova, lamentou a “oportunidade perdida” pela seleção nacional, antes de se mostrar disponível para continuar a “ajudar” Portugal: “Nunca direi que não à minha seleção, ao meu país, ao meu selecionador. Nunca. Se o treinador precisar de mim para vir limpar as botas, eu venho. Estou aqui para ajudar.” Também Bruno Alves agradeceu o apoio que sempre foi dispensado à seleção nacional e assegurou que a seleção portuguesa vai continuar à procura de fazer melhor em futuras competições. “Acreditámos sempre que poderíamos fazer melhor. Muito obrigado a todos pelo apoio. Desta vez, não tivemos sorte. Foi o melhor jogo que fizemos, mas não conseguimos vencer. Vamos tentar fazer melhor no futuro. Portugal tem qualidade e condições para fazer melhor”, vincou o central, de 36 anos. Portugal foi afastado pelo Uruguai nos oitavos de final do campeonato do mundo, perdendo por 2-1 no sábado, em Sochi, na Rússia. A seleção nacional foi para o intervalo a perder por 1-0, graças a um golo de Edinson Cavani, aos sete minutos, mas Pepe ainda igualou para a equipa das ‘quinas’, aos 55 minutos. Pouco depois, aos 62, Cavani ‘bisou’ na partida, com um golo que acabaria por dar o triunfo aos sul-americanos.
Hoje Macau SociedadeTáxis | PSP cria linha de recepção de queixas durante 24 horas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Corpo de Polícia de Segurança Pública criou a linha aberta, (853) 2837 4214, para receber queixas relacionadas com as irregularidades cometidas por taxistas. De acordo com um comunicado, trata-se de um “sistema 24 horas em serviço ao público, para receber queixas de abusos e violações de táxis, bem como também assim apoiar a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego”. “Qualquer passageiro que seja recusado o transporte pelo taxista, após de ter indicado o local de destino, ou caso o taxista abuse nas tarifas sem seguir o taxímetro, deve então ligar imediatamente para a linha quente acima mencionada, e pressionar no 1 para seleccionar ‘Pedido de Emergência’, é assim logo atendido por agente de polícia”, explica a PSP. De seguida, “o passageiro ofendido deve fornecer o máximo de informações sobre o incidente, tais como o número da licença (alvará) do taxista, o nome do taxista, o local do incidente e o seu número do contacto. O Departamento de Trânsito providenciará de imediato agente policial ao local”. Se o passageiro for “alvo de ameaça, privado de liberdade ou [for vítima] de outras situações criminais, deve ligar para a linha de emergência 999 (ou 110 ou 112) para contactar com a polícia”. Se o incidente ocorrer fora do tempo, o número disponível é o 88666363 da DSAT, para que o passageiro deixe “dados e informações do incidente ocorrido para o prosseguimento e acções de por parte das autoridades”.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia | Centenas exigem pena de morte para alegados violadores de menina [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]entenas de pessoas saíram à rua no sábado, em várias localidades no centro da Índia, para exigir a pena de morte para dois suspeitos da violação de uma menina de 7 anos, foi ontem noticiado. A polícia deteve os dois suspeitos de violação da menina, que tentaram matar, na terça-feira em Mandsaur, uma cidade do estado de Madhya Pradesh. A cidade fica a 685 quilómetros a sudoeste de Nova Deli. A menina foi hospitalizada e o seu estado é estável, disse um responsável da polícia local Manoj Kumar Singh. A vítima esperava os pais à saída da escola, quando foi alegadamente raptada pelos dois suspeitos, indicou. Na Índia, os crimes contra as mulheres têm registado um aumento, apesar de leis mais severas. O país foi abalado por uma série de crimes sexuais desde 2012, quando uma estudante foi violada e assassinada por vários homens num autocarro em Nova Deli. O Governo aprovou legislação que agrava a pena pelo crime de violação de um adulto para 20 anos de prisão, e recentemente decidiu impor a pena de morte aos condenados por violação de crianças com menos de 12 anos.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Kim Jong-un reforça laços com Pequim em segunda visita à fronteira [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] líder norte-coreano sublinhou o reforço dos laços económicos com Pequim, ao realizar uma segunda visita em apenas dois dias à fronteira com a China, informou ontem a agência estatal norte-coreana KCNA. Kim Jong-un visitou uma fábrica de cosméticos na cidade de Sinuiju, capital da província de Pyongan do Norte, situada na margem sul do rio Yalu, na fronteira entre os dois países. Sinuiju foi designada em 2002 zona económica especial por Kim Jong-il, pai do actual líder, para desenvolver projetos económicos conjuntos com Pequim. A execução em 2013 do responsável norte-coreano Jang Song-thaek, figura próxima de Pequim, implicou o congelamento destes projetos de cooperação. Kim fez a visita na companhia da mulher, Ri Sol-ju, e de Kim Song-nam, vice-director do departamento internacional do Partido dos Trabalhadores e considerado encarregado das relações com a China do partido único norte-coreano. Depois do aumento da tensão, no ano passado, na sequência de vários testes de armas efectuados por Pyongyang, Pequim impôs as sanções económicas aprovadas pela ONU contra o regime norte-coreano. Desde o início do ano, Kim reuniu-se duas vezes com o chefe de Estado da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e realizou uma cimeira histórica com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Nestes encontros, o líder norte-coreano assinou declarações nas quais se comprometeu a trabalhar para alcançar a “total desnuclearização” da península coreana. Por outro lado, as duas Coreias normalizaram ontem a comunicação entre navios de guerra, no âmbito de acordos para facilitar a aproximação e a desnuclearização da península, anunciou o Ministério da Defesa sul-coreano.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | China reduz sectores fechados ao investimento estrangeiro A China reduziu as barreiras ao investimento estrangeiro nos sectores de construção automóvel, seguros e outros, parte de um compromisso de maior abertura económica, face às crescentes disputas comerciais com Washington [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] documento emitido pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, o órgão máximo chinês de planificação económica, anuncia ainda a redução ou eliminação dos limites de propriedade estrangeira em empresas na área de construção aeronáutica e naval ou de redes eléctricas. No total, Pequim reduz de 63 para 48 os sectores fechados ao investimento externo. Bruxelas e Washington acusam a China de bloquear a aquisição de activos no país, enquanto as empresas chinesas, nomeadamente estatais, têm adquirido negócios além-fronteiras em diversos sectores. O anúncio segue-se à ameaça feita pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor limites ao investimento chinês no país, mas que, entretanto, não cumpriu. Muitas das alterações “foram abordadas antes pela liderança chinesa”, afirmou Jake Parker, vice-presidente do Conselho Empresarial EUA – China. “Mas continuam a representar, em teoria, uma abertura significativa, que temos vindo a pedir há muito tempo”, acrescentou, citado pela agência Associated Press. Não houve alterações que abordem directamente as acusações de Washington de que Pequim pressiona empresas estrangeiras a transferirem tecnologia em troca de acesso ao mercado. Sectores intocáveis Trump ameaçou impor taxas alfandegárias de 25 por cento sobre um total de 450 mil milhões de dólares de exportações chinesas para o país. Pequim prometeu retaliar, suscitando receios de uma guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais. Pequim mantém fechado ao investimento externo os sectores editorial, serviços noticiosos ‘online’, cinema ou televisão e restrições na exploração de gás e petróleo e nas telecomunicações. O plano prevê um aumento gradual da participação estrangeira permitida, primeiro para 51 por cento e depois 100 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Pequim pede a Seul que coopere na proteção do livre comércio [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, apelou no fim-de-semana aos empresários sul-coreanos que ajudem a “proteger o livre comércio”, num esforço para procurar aliados, face às crescentes disputas comerciais com os Estados Unidos. Pequim está disposto a “abrir-se mais”, afirmou Li, num encontro em Zhongnanhai, a sede do poder chinês, onde vive a liderança do país. O grupo incluía o vice-presidente do grupo Samsung Electronics, Yoon Boo-keun, e o presidente do SK Group, um dos maiores conglomerados da Coreia do Sul. “A China está disposta a trabalhar em conjunto com a Coreia do Sul para proteger o livre comércio, o multilateralismo, a paz global e a estabilidade globais”, afirmou Li Keqiang. A Coreia do Sul é o último de vários países com que a China se tem tentado aliar, face à imposição de taxas alfandegárias pelo Presidente norte-americano sobre produtos importados da China, em retaliação contra a política de Pequim para o setor tecnológico. Washington acusa Pequim de pressionar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia em troca de acesso ao mercado chinês. As relações entre Seul e Pequim foram, no entanto, abaladas, após a Coreia do Sul ter instalado o sistema antimíssil norte-americano THAAD, no ano passado, que a China considera constituir uma ameaça ao seu território. Em retaliação, quase todos os supermercados da firma sul-coreana Lotte na China foram encerrados, por violar algum tipo de norma local, num boicote promovido por Pequim. Os terrenos para a instalação do THAAD foram trespassados ao Governo sul-coreano pela Lotte.