Grande Prémio de Macau | Andrew Dudgeon operado

[dropcap]O[/dropcap] piloto Andre Dudgeon, um dos acidentados de quinta-feira nas motos, foi operado ontem com êxito, de acordo com o perfil do homem natural da Ilha de Man nas redes sociais.

“Teve uma reacção máxima ao teste sensorial nos dedos dos pés, quando estava a dormir e com o ferro que lhe foi inserido na Vértebra Lombar 2, finalmente tornou-se um motociclista”, foi acrescentado.

19 Nov 2018

Taça da Grande Baía | Vitória saiu à casa

[dropcap]A[/dropcap] única vitória de Macau na 65ª edição do Grande Prémio aconteceu na Taça Lotus – Corrida da Grande Baía Suncity Grupo na manhã de domingo. Miguel Kong Kin Chong impôs-se a Lo Ka Fai, um experiente piloto de carros de Turismo de Hong Kong, enquanto Mak Ka Lok, também de Macau terminou em terceiro numa corrida que contou com a participação de dezanove Lotus Exige iguais.

O veterano Mak, que venceu pela última vez no Circuito da Guia em 1995 e que no ano passado correu na prova do WTCC na RAEM, arrancou da pole-position e liderou até ser ultrapassado na Curva do Lisboa à segunda volta por Miguel Kong. Este último isolou-se na dianteira da corrida e não mais a largou, ao passo que Mak se viu ultrapassado por Lo.

O macaense Eurico de Jesus fechou o “top-10” de uma corrida em que os seis representantes da casa terminaram nos dez primeiros. A corrida terminou com o pelotão atrás do Safety-Car devido a um toque de Lok Chi Kit nas barreiras dos Esses da Solidão.

19 Nov 2018

UE pede à China para se empenhar na reforma das leis de comércio mundial

[dropcap]A[/dropcap] comissária do Comércio da União Europeia, Cecilia Malmstrom, pediu sexta-feira que a China se envolva com a Europa na reforma da Organização Mundial do Comércio, perante o risco de os EUA imporem um sistema próprio de comércio.

“A China tem beneficiado muito com a Organização Mundial do Comércio (OMC), por isso pedimos que se empenhe em reformar e modernizar o sistema, para criar as condições para uma competição saudável”, disse sexta-feira Cecilia Malmstrom, durante um discurso em Paris, por ocasião de uma conferência sobre a reforma da OMC.

“Se assim não acontecer, serão os Estados Unidos a criar as suas próprias regras, fora do sistema”, disse Malmström, fazendo um apelo para que se reformem as regras do comércio internacional, perante o ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, e o director-geral da OMC, Roberto Azevedo.
“As regras precisam de ser atualizadas. Quando as desenhámos, em 1995, tínhamos outro sistema económico em mente”, disse Malmstrom.

Sem citar diretamente a China, a comissária europeia insistiu na necessidade de mudar as práticas de que Pequim é frequentemente acusada, particularmente pelos Estados Unidos e pela UE.
“Precisamos de lidar com as distorções (…) causadas por certas práticas, como subsídios à indústria, pelo papel do Estado nas empresas públicas e pela transferência forçada de tecnologia”, disse Malmstrom.

Depressa e bem

De sua parte, Le Maire lembrou que o próprio Presidente francês, Emmanuel Macron, pediu já a reforma da OMC, durante um discurso na OCDE, no final de maio.

Na sua intervenção, o ministro francês das Finanças defendeu uma reforma “rápida, concreta e ambiciosa” da OMC, alertando para o risco de uma “guerra fria comercial” entre a China e os Estados Unidos.

“Estamos hoje perante uma situação de guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, que é perigosa para a nossa economia, para o crescimento e para os nossos empregos”, disse Le Maire, que criticou as sanções comerciais recentemente impostas pela administração Trump.

“Esta guerra económica só terá perdedores, é injustificada, injustificável e simplesmente estúpida”, concluiu Le Maire.

Recentemente, o Presidente francês pediu à OCDE um “diagnóstico” de “disfunções do sistema atual” e um roteiro que poderia ser estabelecido na cimeira do G20 realizada no final do mês em Buenos Aires.

A China respondeu então positivamente a este apelo de Macron e de outros dirigentes mundiais e disse estar “pronta para trabalhar” com todos os membros da OMC para tornar as regras “mais abertas, mais inclusivas, mais transparentes e não discriminatórias”.

19 Nov 2018

Novos desafios para a Escola Portuguesa de Macau

Manuel Gouveia

[dropcap]E[/dropcap]m Julho assistimos à publicação no Diário da República de uma “revolução da educação”, ao nível legislativo, que se deu em Portugal. Estranhando o silêncio da comunidade educativa de Macau, de matriz portuguesa, resolvi partilhar o que tenho lido sobre o assunto. Na expectativa de que tal possa vir a contagiar outros concidadãos de Macau, estimulando a consciencialização e reflexão nesta área que é sobremaneira importante para a vida escolar e a educação dos nossos filhos e educandos.

A construção de uma escola inclusiva, bem como o desenvolvimento de aprendizagens de qualidade, enquanto respostas efectivas às necessidades educativas de todos os alunos é o propósito inscrito no Decreto-Lei n.º55/2018 , de 6 de julho, que define os princípios de organização do currículo dos ensinos básico e secundário, bem como o Decreto-Lei n.º 54/2018 , de 6 de julho, que estabelece o regime jurídico da Educação Inclusiva. Pretende-se, pois, permitir às escolas a gestão do currículo, de forma autónoma, flexível, atendendo ao meio em que se inserem, de modo a que todos os alunos alcancem as competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Quem tem filhos em idade escolar bem sabe que, quer os curriculum, quer a carga horária são considerados excessivos. Impossibilitando o incremento das artes e ciências sem prejuízo do pouco tempo de lazer que lhes resta, para serem crianças, depois das 17:45.

Perante isto, nas reuniões com professores, temos ouvido sempre, invariavelmente: “Nada a fazer pois foi o que foi estabelecido pelo “Ministério””… um quase Adamastor cruel que pretende trucidar as criancinhas…

#Flexibilidade curricular # Autonomia # Responsabilidade

Pois bem, de forma ardilosa e inteligente o Senhor Ministro, e a respectiva equipa, resolveram sair deste papel abrindo a possibilidade às Escolas, dotadas agora de autonomia e, responsabilidade (o reverso da medalha), de fazerem a gestão de 25% do curriculum (metas curriculares) utilizando a carga horária equivalente com as novas formas de ensino. Por exemplo: diferentes formas de organização, unir matéria de diferentes disciplinas, ou até criar outras novas, como a junção de físico-química e ciências. Poderiam ainda transformar disciplinas anuais em semestrais. Outra sugestão seria alternar semanas normais de trabalho com semanas a desenvolver só um tema transversal a várias disciplinas.

Evitando uma autêntica “reforma curricular”, necessariamente sujeita a um processo legislativo moroso, pelas consultas necessárias, e à polémica e “negociação” parlamentar, o que em termos cronológicos poderia derrapar, comprometendo a sua implementação durante a presente legislatura, temos um pacote legislativo já em vigor, e com elevado potencial inovador.

O efeito surpresa, com publicação já após o terminus do ano lectivo 2017/2018 e que entrou imediatamente em vigor no corrente, tem despertado na imprensa e nas escolas portuguesas um vivo debate, com professores e agentes educativos a enumerar as vantagens e oportunidades, e outros as debilidades e perigos. Normal e salutar, a nosso ver.

Pouco salutar é constatarmos que na nossa Escola Portuguesa de Macau, já na segunda metade do 1º período, nada se diz, nada se fala sobre o assunto, um pouco a ver se tudo continua na mesma e a lei cai em letra morta, até pelo efeito da distância. Da Associação de Pais nem uma palavra, designadamente no manifesto/programa de candidatura da Direcção recentemente eleita em lista única…. um assunto TABU.

As 235 escolas pioneiras na flexibilidade curricular (em Portugal) tiveram uma intensa partilha de experiências com reuniões entre elas. Os testemunhos são entusiasmantes pelo potencial de envolvimento dos alunos que são os destinatários deste ensino à medida do seu interesse e motivação. Desejavelmente o professor, dentro da margem dos tais 25% pode escolher as matérias que são trabalhadas e a forma como o são, aproveitando o potencial da interdisciplinariedade. Por exemplo articulando as artes com desenvolvimento de projectos interdisciplinares diferenciados de acordo com as características, potencialidades e expectativas dos alunos, nomeadamente adaptadas as idiossincrasias da região.
# Aprendizagens Essenciais # Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Tudo isto foi possível com a definição das designadas “Aprendizagens Essenciais” que constituem o núcleo fundamental, consagrando primeiramente no Despacho n.º 5908/2017 os princípios e regras orientadores da concepção, operacionalização e avaliação do currículo dos ensinos básico e secundário, de modo a alcançar o Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória. E de forma plena no novíssimo Decreto-lei n.º 55/2018, de 6 de Julho que estabelece o currículo dos ensinos básico e secundário e os princípios orientadores da avaliação das aprendizagens. Este diploma assume como prioridade a concretização de uma política educativa centrada nas pessoas que garanta a igualdade de acesso à escola pública, promovendo o sucesso educativo e, por essa via, a igualdade de oportunidades.

# Novos Desafios # Jovens # Adultos 2030

Parece-nos pertinente e louvável o enunciado prospectivamente por este diploma em jeito de quase “nota justificativa”: “Por outro lado, a sociedade enfrenta atualmente novos desafios, decorrentes de uma globalização e desenvolvimento tecnológico em aceleração, tendo a escola de preparar os alunos, que serão jovens e adultos em 2030, para empregos ainda não criados, para tecnologias ainda não inventadas, para a resolução de problemas que ainda se desconhecem.”

Se outros motivos não tivessemos para combater a cristalização do ensino nas formas expositivas e de memorização dos séculos passados, esta seria suficiente e determinante para fazer mover todos os agentes da comunidade educativa na adesão convicta aos desígnios desta autêntica reforma curricular.

E importa divulgar pela sua essencialidade o que é dito, em tom proclamatório pelo legislador neste diploma: “Nesta incerteza quanto ao futuro, onde se vislumbra uma miríade de novas oportunidades para o desenvolvimento humano, é necessário desenvolver nos alunos competências que lhes permitam questionar os saberes estabelecidos, integrar conhecimentos emergentes, comunicar eficientemente e resolver problemas complexos.

#matriz de princípios # visão # valores # áreas de competências

Impulsionados por tais desafios e correspondendo a esta necessidade, após amplo debate nacional que envolveu professores, académicos, famílias, parceiros sociais e alunos, foi aprovado o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, que estabelece a matriz de princípios, visão, valores e áreas de competências a que deve obedecer o desenvolvimento do currículo.

Uma escola inclusiva, promotora de melhores aprendizagens para todos os alunos e a operacionalização do perfil de competências que se pretende que os mesmos desenvolvam, para o exercício de uma cidadania activa e informada ao longo da vida, implicam que seja dada às escolas autonomia para um desenvolvimento curricular adequado a contextos específicos e às necessidades dos seus alunos.

Tudo isto exige no imediato, e na plenitude deste diploma já em vigor, que tudo se faça, que a Direcção da Escola Portuguesa de Macau mobilize desde já o seu corpo docente para a necessidade e oportunidade de inovar e de tornar a escola verdadeiramente inclusiva, sem hesitações ou tibiezas, e chamando os país e encarregados de educação a participar.

Para tanto deverá ter coordenadores capazes de definir novas metodologias e os conteúdos, dentro da margem da flexibilidade curricular que, em cada turma, cada professor, tenha a sensibilidade para definir.

# actualização do seu projecto educativo # Nova legislação # Desafios

Ora qualquer reforma exige trabalho, empenho, perseverança, ideias e, porque não, risco, caminho que a Direcção da EPM deverá trilhar, promovendo desde já uma actualização do seu projecto educativo datado e que não contempla os desafios destes novos diplomas e opções para a educação do Governo Português, designadamente a novíssima Visão de aluno integra desígnios que se complementam, se interpenetram e se reforçam num modelo de escolaridade que visa a qualificação individual e a cidadania democrática.

# Visão de aluno # Múltiplas literacias # Mudança # Incerteza # Pensamento Crítico

Pretende-se que o jovem, à saída da escolaridade obrigatória, seja um cidadão:
• munido de múltiplas literacias que lhe permitam analisar e questionar criticamente a realidade, avaliar e selecionar a informação, formular hipóteses e tomar decisões fundamentadas no seu dia a dia;
• livre, autónomo, responsável e consciente de si próprio e do mundo que o rodeia;
• capaz de lidar com a mudança e com a incerteza num mundo em rápida transformação;
• que reconheça a importância e o desafio oferecidos conjuntamente pelas Artes, pelas Humanidades e pela Ciência e a Tecnologia para a sustentabilidade social, cultural, económica e ambiental de Portugal e do mundo;
• capaz de pensar crítica e autonomamente, criativo, com competência de trabalho colaborativo e com capacidade de comunicação;
• apto a continuar a aprendizagem ao longo da vida, como fator decisivo do seu desenvolvimento pessoal e da sua intervenção social;
• que conheça e respeite os princípios fundamentais da sociedade democrática e os direitos, garantias e liberdades em que esta assenta;
• que valorize o respeito pela dignidade humana, pelo exercício da cidadania plena, pela solidariedade para com os outros, pela diversidade cultural e pelo debate democrático;
• que rejeite todas as formas de discriminação e de exclusão social.

Doravante o “ministério” não é mais desculpa. A Direcção da EPM deverá assumir a sua responsabilidade de amputar até 25% dos blocos redundantes, que não façam parte das “Aprendizagens Essenciais”, que obrigam os professores a dar a matéria a um ritmo alucinante e que exige dos alunos, desde a mais tenra idade no primeiro ciclo, a memorizar mais do que a pensar e reflectir criticamente sobre as matérias. A partilha de práticas das escolas e a disponibilização de recursos de apoio podem alicerçar este trabalho, tornando-o mais consistente.

Na EPM urge promover, até porque já não é cedo, a igualdade de oportunidades no acesso ao currículo e, consequentemente, o sucesso educativo de todos os alunos implica capacitar as escolas e os seus professores no sentido de fomentarem o desenvolvimento de aprendizagens de qualidade, com base numa organização do currículo que atenda às especificidades de cada contexto educativo.

Se esta Direcção da EPM, e alguma coordenadora, não se revê nesta política e neste desígnio educativo, deve abrir caminho à tão ansiada renovação, mais cedo do que tarde. A Comunidade educativa agradece e há profissionais jovens, com formação abundante e com vontade de trilhar este caminho, com determinação e garra. Sendo a nosso ver uma oportunidade que tal venha de fora, com novas ideias e novos horizontes mas, se tal não for possível imediatamente, pelo menos que se faça, finalmente, a cooptação com a prata da casa, e se dê oportunidade à Prof.ª Zélia D´Oliveira Batista que nos parece ter, pelo menos, as competências sociais e a capacidade de liderança e de mobilização e motivação da equipa que o actual titular manifestamente não possui! Os mandatos devem ter um limite temporal, de modo a evitar o imobilismo do Diretor Vitalício. E este já vai com 5 penosos anos.

19 Nov 2018

China | Hotéis de luxo inspeccionados após vídeo expor falta de higiene

[dropcap]O[/dropcap] ministério chinês do Turismo pediu sexta-feira às autoridades em vários pontos do país para investigarem a limpeza dos quartos em 14 hotéis, após uma câmara oculta ter apanhado empregados a usar toalhas usadas para limpar chávenas e copos.

Vários dos hotéis, que incluem as redes Shangri-La, Sheraton e Waldorf Astoria, em Pequim, Xangai e três províncias, pediram já desculpa, após um ‘blogger’ ter difundido o vídeo no Weibo, o Twitter chinês, no início desta semana.

As filmagens mostram empregados da limpeza a limpar lavatórios, taças de café e copos com a mesma toalha usada, ou a retirar copos de plástico usados do lixo, e a repô-los como novos.
As cenas são acompanhadas pelo nome do respectivo hotel e preço da dormida, todos a marcar cerca de 200 dólares.

O ‘blogger’, que usa o pseudónimo ‘Huazong’, afirma que o problema é antigo e está generalizado.
Ele diz ter passado 2.000 noites em 147 hotéis diferentes nos últimos seis anos.

O vídeo, difundido na quarta-feira, obteve mais de 30 milhões de visualizações até à data. O Hotel Peninsula, em Pequim, disse sexta-feira que testes realizados por funcionários da Agência de Medicamentos e Alimentação revelaram que os copos usados no hotel estão mais limpos do que a norma.
O Park Hyatt, também na capital chinesa, afirmou que as cenas filmadas são uma ocorrência isolada.

19 Nov 2018

China apoia segunda reunião entre Trump e Kim Jong-un

O encontro entre os dois líderes agendado para o ano que vem ainda não tem data nem local marcados

 

[dropcap]A[/dropcap] China mostrou esta sexta-feira o seu apoio a uma segunda cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-un, depois de o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, ter anunciado na quinta-feira que os dois chefes de estado voltariam a reunir-se em 2019.

A porta-voz do ministério de Assuntos Exteriores, Hua Chunying, afirmou que a China “apoia sempre os compromissos e contactos” levados a cabo por ambos os países.

“Esperamos que este compromisso de alto nível ajude a melhorar e a encorajar o processo de acordos políticos sobre a questão da península coreana”, acrescentou a ministra, citada pela agência espanhola EFE.
A representante da diplomacia chinesa também mostrou o apoio do seu país para que “as duas partes tomem medidas para implementar o consenso alcançado entre os seus líderes”.

Acerca da visita de Kim Jong-un, na quinta-feira, a uma base de testes militares onde está a ser desenvolvido um sistema defensivo “de última geração”, Hua Chunying assegurou não conhecer os detalhes da questão e realçou as “mudanças positivas” registadas na situação da península coreana, antes de desejar que “se mantenha esta acalmia positiva”.

Em aberto

A primeira reunião entre Donald Trump e Kim Jong-un realizou-se no passado dia 12 de Junho em Singapura e resultou no acordo de desarmamento nuclear.

Desde o encontro, a Coreia do Norte renunciou aos testes balísticos e nucleares, desmantelou uma zona de teste de mísseis e prometeu proceder ao desmantelamento do principal complexo nuclear do país, em troca de algumas concessões e garantias de segurança por parte dos Estados Unidos.

No entanto, os dois países queixam-se de incumprimentos e acusam-se mutuamente de não ter mantido as promessas. “Pensamos que a cimeira decorrerá depois do dia 1 de Janeiro, mas ainda temos de decidir quando e onde”, afirmou Mike Pence, na quinta-feira, em declarações a jornalistas durante a cimeira anual da Associação dos países da Ásia do Sudeste (Asean).

Estas declarações foram feitas apesar das últimas informações revelarem que Pyongyang mantém bases de mísseis secretas.

O papel da China neste assunto tem sido objecto de críticas por parte de Washington, mas o vice-presidente norte-americano reconheceu que a China “está a fazer mais esforços do que nunca”, acrescentando que Trump irá abordar o assunto com Xi Jinping quando se reunirem em Buenos Aires, no fim deste mês, na reunião dos países do G20.

19 Nov 2018

FRC | Jorge Rangel fala da Macau dos anos 50

[dropcap]J[/dropcap]orge Rangel, presidente do Instituto Internacional de Macau (IIM), protagoniza amanhã uma palestra na Fundação Rui Cunha (FRC) sobre a situação do território na década de 50. A conferência tem como nome “Macau na Década de 1950. Memórias de um Tempo de Paz (Instável) após a Guerra do Pacífico” e acontece graças a uma parceria com a Associação dos Antigos Alunos da Escola Comercial “Pedro Nolasco” (AAAEC).

A comunicação de Jorge Rangel foi feita pela primeira vez em Portugal pela mão da Comissão Asiática da Sociedade de Geografia de Lisboa. “Com as necessárias adaptações, a sua comunicação é agora integrada nos ‘Serões com História’, sendo feito um enquadramento político de um tempo novo de Macau, após as incertezas e as agruras sofridas durante a Guerra do Pacífico”, aponta um comunicado da FRC.

Nessa altura, Macau atravessava uma “década de mudança e de renovadas esperanças”, bem como “um período de paz numa conjuntura ainda bastante instável, mas que permitiu a Macau ganhar condições para um desenvolvimento sustentável”.

Ao longo da década em apreço, Macau teve cinco governadores (Gabriel Maurício Teixeira, Albano Rodrigues Oliveira, Joaquim Marques Esparteiro, Pedro Correia de Barros e Jaime Silvério Marques), cujos mandatos serão caracterizados durante a apresentação. Será feita uma referência “aos projectos então lançados, à vida do dia-a-dia, aos usos e costumes, às manifestações culturais e sociais, à educação e às actividades da juventude e de lazer da população”. A sessão será moderada por José Basto da Silva, actual presidente da AAAEC.

19 Nov 2018

LAG 2019 | Sónia Chan no hemiciclo esta quinta-feira

[dropcap]S[/dropcap]ónia Chan, secretária para a Administração e Justiça, vai à Assembleia Legislativa (AL) esta quinta e sexta-feira para apresentar as Linhas de Acção Governativa (LAG) da sua tutela.

Na semana passada, Chui Sai On, Chefe do Executivo, anunciou aumentos salariais para os funcionários e algumas medidas na área do Governo Electrónico.

Para 2019 devem dar entrada no hemiciclo algumas leis ligadas à tutela de Sónia Chan, tal como as revisões do Código do Processo Penal e do Código Penal, além da revisão do regime das carreiras dos trabalhadores dos serviços públicos.

19 Nov 2018

Governo português promete reforço dos serviços consulares em 2019

[dropcap]O[/dropcap] secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, garantiu hoje de manhã em Paris que o novo Orçamento do Estado para 2019 vai servir para “consolidar conquistas”, mas também “dar o salto em frente” no apoio aos emigrantes portugueses.

“Admitimos um reforço de meios humanos, requalificação das estruturas formais, continuidade na qualidade e capacitação dos consulados honorários, quanto à sua formação e atribuição de poderes alargados”, anunciou José Luís Carneiro.

Haverá ainda, segundo o governante, um maior apoio ao movimento associativo e os portugueses que queiram regressar ao país. “Temos de consolidar muitas das conquistas que foram feitas nestes três anos, mas há lugar para dar um salto em frente nomeadamente nas medidas relativas à modernização dos serviços consulares, ao reforço dos apoios ao movimento associativo dos emigrantes, ao reforço de apoio aos emigrantes e também medidas para apoiar os que estão a regressar ao nosso país”, afirmou o secretário de Estado em declarações aos jornalistas.

Na passada quinta-feira, José Luís Carneiro já tinha anunciado a apresentação de medidas “de carácter multidimensional” para apoiar o regresso de portugueses que emigraram e queiram regressar ao país.

Estas medidas vão juntar-se o alívio da carga fiscal para emigrantes que regressem ao país, decisão já incluída no Orçamento do Estado para 2019, pagando apenas metade do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) nos primeiros tempos após o retorno a Portugal.

18 Nov 2018

História | Jorge Rangel vai falar da Macau nos anos 50 esta terça-feira

[dropcap]J[/dropcap]orge Rangel, presidente do Instituto Internacional de Macau (IIM), protagoniza esta terça-feira uma palestra na Fundação Rui Cunha (FRC) sobre a situação do território na década de 50. A conferência tem como nome “Macau na Década de 1950. Memórias de um Tempo de Paz (Instável) após a Guerra do Pacífico” e acontece graças a uma parceria com a Associação dos Antigos Alunos da Escola Comercial “Pedro Nolasco” (AAAEC).

A comunicação de Jorge Rangel foi feita pela primeira vez em Portugal pela mão da Comissão Asiática da Sociedade de Geografia de Lisboa. “Com as necessárias adaptações, a sua comunicação é agora integrada nos ‘Serões com História’, sendo feito um enquadramento político de um tempo novo de Macau, após as incertezas e as agruras sofridas durante a Guerra do Pacífico”, aponta um comunicado da FRC.

Nesta altura Macau atravessava uma “década de mudança e de renovadas esperanças”, bem como “um período de paz numa conjuntura ainda bastante instável, mas que permitiu a Macau ganhar condições para um desenvolvimento sustentável”.

Nesses anos, Macau teve cinco governadores (Gabriel Maurício Teixeira, Albano Rodrigues Oliveira, Joaquim Marques Esparteiro, Pedro Correia de Barros e Jaime Silvério Marques), cujos mandatos serão caracterizados na apresentação. Será feita uma referência “aos projectos então lançados, à vida do dia-a-dia, aos usos e costumes, às manifestações culturais e sociais, à educação e às actividades da juventude e de lazer da população”. A sessão será moderada por José Basto da Silva, actual presidente da (AAAEC).

18 Nov 2018

Hong Kong | Jennifer Jett substitui Victor Mallet no Clube de Correspondentes

[dropcap]J[/dropcap]ennifer Jett, correspondente em Hong Kong do jornal New York Times, foi escolhida para substituir o repórter Victor Mallet como vice-presidente do Clube de Correspondentes Estrangeiros de Hong Kong, informou o clube em comunicado.

As autoridades de Hong Kong recusaram renovar o visto de trabalho a Victor Mallet, que era correspondente do jornal Financial Times, depois do clube ter organizado uma palestra com Andy Chan, fundador do Partido Nacional de Hong Kong, ligado ao movimento pró-independência do território. Semanas mais tarde, Victor Mallet tentou entrar em Hong Kong como turista, mas a sua entrada também foi recusada.

O clube assume que “vai continuar a exigir ao Governo de Hong Kong uma explicação razoável pela recusa da entrada de Victor Mallet em Hong Kong e a recusa pela renovação do seu visto de trabalho”.

No mesmo documento lê-se os agradecimentos dos dirigentes do clube de correspondentes pelo trabalho que Victor Mallet realizou nos últimos anos.

18 Nov 2018

Presidente chinês e ‘vice’ dos EUA confrontam argumentos sobre guerra comercial

[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês e o vice-presidente norte-americano trocaram ontem argumentos sobre a guerra comercial protagonizada pelos dois países nos discursos que proferiram numa reunião que junta 21 líderes de países e territórios na Papua-Nova Guiné.

O norte-americano Mike Pence disse que não haverá um recuo na política do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de combater a política comercial mercantilista da China e o roubo de propriedade intelectual que desencadeou este ano uma guerra tarifária entre as duas maiores potências económicas mundiais.

“Os Estados Unidos não mudarão de curso até que a China mude de rumo”, afirmou, acusando Pequim de roubo de propriedade intelectual, subsídios sem precedentes para empresas estatais e “tremendas” barreiras para travarem a entrada de empresas estrangeiras no seu gigantesco mercado.

Pence anunciou que os EUA vão envolver-se no plano da Austrália para desenvolver uma base naval na Papua Nova Guiné, onde está a ter lugar o encontro de líderes de 21 países e territórios da Costa do Pacífico que representam 60% da economia mundial.

A China tem-se mostrado disponível para financiar empréstimos e construir infra-estruturas na Papua Nova Guiné e em outras nações insulares do Pacífico.

Críticas a “Uma Faixa, Uma Rota”

O vice-presidente norte-americano aproveitou para criticar a iniciativa global ao nível das infra-estruturas promovida pela China, conhecida como “Uma Faixa, Uma Rota”, classificando muitos dos projectos de baixa qualidade que também sobrecarregam os países em desenvolvimento com empréstimos que depois não podem pagar.

Os EUA, uma democracia, é um parceiro melhor do que a China autoritária, argumentou. “Saibam que os Estados Unidos oferecem uma opção melhor. Não afundamos os nossos parceiros num mar de dívidas, não coagimos, não comprometemos a sua independência”, disse Pence.

Xi Jinping, que discursou antes de Pence, antecipou muitas das críticas dos EUA. O líder chinês declarou que os países estão a enfrentar uma opção de cooperação ou de confronto. Xi expressou apoio ao sistema global de comércio livre que sustentou a ascensão de seu país nos últimos 25 anos, transformando-a na segunda maior economia do mundo depois dos EUA.

“As regras feitas não devem ser seguidas ou distorcidas como se julgar conveniente e não devem ser aplicadas com padrões duplos para agendas egoístas”, disse Xi.

“A humanidade chegou novamente a uma encruzilhada”, sublinhou. “Que direcção devemos escolher? Cooperação ou confronto? Abertura ou fechamento de portas? Progresso vantajoso para as duas partes ou um jogo de soma zero?”, questionou.

Em resposta às críticas à iniciativa internacional da China, “Uma Faixa, Uma Rota”, Xi assegurou que esta não representa uma armadilha.

“Não é projectada para servir qualquer agenda geopolítica oculta, não é dirigida contra ninguém e não exclui ninguém. Não é um clube exclusivo que é fechado para não-membros nem é uma armadilha como algumas pessoas a rotularam”, defendeu.

Os líderes de 21 países e territórios da Costa do Pacífico que compõem 60% da economia mundial estão reunidos em Port Moresby, capital da Papua Nova Guiné, para uma reunião anual de Cooperação Económica Ásia-Pacífico.

Em cima da mesa está a obtenção de um acordo sobre uma declaração conjunta, nomeadamente sobre a possibilidade de exercerem pressões para mudanças na Organização Mundial do Comércio (OMC), que estabelece as regras e que pode penalizar as nações que as violam.

Debate sobre o Mar do Sul da China

As reivindicações territoriais da China para a maior parte do Mar do Sul da China também foram alvo do discurso de Pence.

A China exigiu que os EUA parem de enviar navios e aviões militares perto de suas ilhas artificiais naquelas águas disputadas por várias nações, depois de navios americanos e chineses quase terem colidido perto de um recife em setembro. Mas Pence ressaltou no sábado que os EUA não recuarão.

“Continuaremos a voar e a velejar sempre que a lei internacional o permitir e as exigências de interesse nacional o justifiquem. O assédio só fortalecerá a nossa determinação. Não vamos mudar de rumo”, garantiu.

Washington continuará a apoiar os esforços dos países e territórios do Sudeste Asiático para negociarem um “código de conduta” que vincule juridicamente a China e “que respeite os direitos de todas as nações, incluindo a liberdade de navegação no Mar do Sul da China”, concluiu o vice-presidente norte-americano.

18 Nov 2018

CIA concluiu que príncipe saudita ordenou morte de Khashogg, escreve Washington Post

[dropcap]O[/dropcap] jornal Washington Post noticiou na sexta-feira que a Agência Central de Informações (CIA, na sigla em inglês) concluiu que o príncipe herdeiro saudita ordenou o homicídio do jornalista Jamal Khashoggi em Istambul, citando fontes anónimas.

A informação veiculada pelo Washington Post, jornal com o qual Khashoggi colaborou, contradiz as recentes posições do reino saudita, que negou qualquer responsabilidade de Mohammed bin Salman na morte do jornalista em Outubro. Contactada pela agência de notícias France Press, a CIA recusou-se a comentar.

Para chegar a esta conclusão, lê-se no jornal norte-americano, a CIA cruzou várias fontes, incluindo um contacto entre o irmão do príncipe herdeiro, também embaixador da Arábia Saudita nos Estados Unidos, e Jamal Khashoggi.

De acordo com o jornal de Washington, Khalid bin Salmane aconselhou Khashoggi a visitar o consulado saudita em Istambul, assegurando-lhe que nada lhe aconteceria. O jornal acrescenta que fez o telefonema a pedido de seu irmão, mas não ficou claro que Khalid bin Salman soubesse que Khashoggi seria então assassinado.

Khalid ben Salman reagiu de imediato na sua conta pessoal na rede social Twitter a estas acusações, negando veementemente o teor da notícia do Washington Post.

“Esta é uma acusação séria que não deve ser suportada por fontes anónimas”, defendeu numa publicação na qual consta também uma declaração que disse ter enviado ao jornal. “Em nenhum momento o príncipe Khalid discutiu algo com Jamal sobre uma viagem à Turquia”, escreveu.

O jornal New York Times, por seu lado, noticiou também na sexta-feira que as autoridades dos EUA advertiram que os serviços de informação norte-americanos e turcos não possuem provas claras que liguem o príncipe herdeiro ao assassínio de Khashoggi.

Contudo, avança aquele jornal, a CIA acredita que a influência do príncipe é tal que o homicídio não poderia ter ocorrido sem a sua aprovação.

Khashoggi entrou a 2 de Outubro no consulado saudita de Istambul e acabou por ser assassinado. A Arábia Saudita, em várias ocasiões, mudou sua versão oficial do que aconteceu com Jamal Khashoggi, mas na quinta-feira o promotor saudita admitiu que o jornalista foi drogado e desmembrado no local.

De um total de 21 suspeitos, a Justiça saudita indiciou 11 pessoas pelo crime, cinco das quais enfrentam agora a pena de morte. Numa conferência de imprensa, o porta-voz do procurador-geral, Shaalan al-Shaalan afirmou que o príncipe Mohammed bin Salmane não tinha conhecimento do caso.

Aliado histórico de Riade, Washington anunciou no mesmo dia sanções contra 17 autoridades sauditas pela sua “responsabilidade ou cumplicidade” na morte de Khashoggi.

18 Nov 2018

A paz chegou, mas faltam os clientes em hotéis de Manica, Moçambique

Por André Catueira, da agência Lusa

 

[dropcap]A[/dropcap]o fim de dois anos de tréguas e com a paz a consolidar-se, o movimento nos hotéis de Manica, centro de Moçambique, continua abaixo das expectativas dos empresários ouvidos pela Lusa.

Quartos vazios, ausência de reuniões empresariais, de investidores e fraca presença de turistas nacionais e estrangeiros em vários hotéis da capital provincial, Chimoio, são o cenário comum.

“Esta semana temos apenas três clientes”, disse à Lusa um funcionário do Inter Chimoio, um dos maiores hotéis da cidade, descrevendo uma diminuição da ocupação naquele estabelecimento nos últimos anos.

“Está tudo silencioso”, precisou à Lusa uma funcionária do Pink Papaya, uma casa de hóspedes numa zona de elite, sustentando que o movimento de clientes nos últimos tempos é o mais baixo de que têm registo.

“Até perguntámos aos [hotéis] de Vilankulos”, junto às praias da província de Inhambane, “se há movimento, mas é a mesma coisa”, disse.

Neste período do ano, referiu, geralmente cresce o número de reservas, algo “que não se nota. Há uma variação difícil de descrever”.

Ana Meireles, operadora de hotelaria em Chimoio, disse que o sector tem atravessado momentos difíceis pela queda nos números de ocupação, vaticinando que a situação pode estar relacionada com a crise financeira ou a falta de consolidação da paz.

A circulação até Chimoio foi largamente limitada entre 2014 e 2016, devido a confrontos militares entre o Governo moçambicano e o braço armado do principal partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).

Circular na Estrada Nacional 6 (EN6), principal via de ligação de Chimoio ao resto do país, significa ser um potencial alvo de ataques, ou implicava conduzir integrado numa coluna militar – e até os comboios foram alvo.

A situação mudou desde final de 2016: a Renamo anunciou tréguas sem prazo, as negociações de paz ganharam novo fôlego e não tornou a haver registo de confrontos – aliás, a EN6 voltou a ser um movimentado corredor entre a cidade da Beira, no litoral, e o Zimbabué.

“A circulação de pessoas tem sido boa nestes dois anos da paz”, afirmou à Lusa Ana Meireles, salientando, no entanto, que “isso não mudou o ambiente de negócios”, havendo várias iniciativas de investimento paralisadas.

“A hotelaria cresceu muito em infra-estruturas e qualidade nos últimos cinco a sete anos, em Chimoio, com novos investimentos e muito boa oferta”, frisou, adiantando que, ao contrário do que se esperava, “há um recuo indisfarçável nas taxas de ocupação”.

Um outro responsável hoteleiro, Ricardino Baptista, nota que há sempre oscilações ao longo do ano.

“Há sempre oscilações na taxa de ocupação dos hotéis e residenciais, é um ritmo ao qual estamos habituados”, disse Baptista, reconhecendo, contudo, que a variação dos últimos anos “é desconfortável para o sector”.

Em declarações à Lusa, Samuel Guizado, presidente do Conselho Provincial empresarial de Manica, disse que o ambiente de negócio e as perspectivas de investimento na província são encorajadoras. Vários programas “estão em curso” para incentivar novos investimentos, sublinhou.

“Pensamos que estamos num ritmo aceitável”, no que respeita à melhoria do ambiente de negócios, disse aquele responsável, insistindo em que há várias intenções de investimento, mas reconhecendo que estão por se concretizar em vários sectores empresariais na província de Manica.

18 Nov 2018

Coreia do Norte agenda visitas oficiais ao México, Cuba e Venezuela

[dropcap]U[/dropcap]ma delegação da Coreia do Norte encabeçada pelo presidente da Assembleia Popular Suprema, Kim Yong-nam, vai deslocar-se numa visita oficial ao México, Cuba e Venezuela, segundo a agência de notícias oficial norte-coreana KNCA.

Kim representará Pyongyang no México durante a tomada de posse do Presidente Andrés Manuel López Obrador, agendada para 1 de Dezembro. A agência oficial não forneceu detalhes sobre as deslocações e as datas em que a delegação norte-coreana chegará aos três países.

Kim Yong-nam, para além de presidente da Assembleia Popular Suprema da Coreia do Norte, é também o presidente honorário do regime de Pyongyang, representando o país em viagens institucionais.

O anúncio destas deslocações surge depois de Kim ter visitado o Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel.

18 Nov 2018

Xi Jinping anuncia 2º Fórum da Rota da Seda em Pequim em Abril de 2019

[dropcap]O[/dropcap] presidente de China, Xi Jinping, confirmou que o segundo Fórum da Nova Rota da Seda para a Cooperação Internacional se vai realizar em Pequim em Abril de 2019, informou a agência estatal Xinhua.

Durante uma intervenção por ocasião do Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (APEC), que se realiza na Papua Nova Guiné, Xi indicou que esta convocatória é uma “resposta à comunidade internacional”.

O presidente chinês não deu mais pormenores sobre o assunto, apesar de imediatamente depois se ter defendido das críticas do vice-presidente norte-americano, Mike Pence, que acusou Pequim de ter uma “diplomacia opaca de livro de cheques”.

Segundo Pence, os projectos que a China promove nos países em desenvolvimento são de “baixa qualidade” e “geralmente mantêm fortes laços e conduzem a uma dívida avassaladora”.

“Não aceitem dívida externa que comprometa a vossa soberania. Protejam os vossos interesses e preservem a vossa independência. Como os Estados Unidos, ponham o vosso país em primeiro lugar”, instou Pence.

Sobre estas acusações, Xi defendeu que a iniciativa Nova Rota da Seda – lançada em 2013 e também conhecida como “Uma Faixa, uma Rota” – “não oculta uma agenda geopolítica” nem é uma “armadilha” para dominar nações mais desfavorecidas.

Perante a agenda chinesa de expansão da cooperação com países como os do Pacífico através de investimento em infra-estruturas e créditos suaves, os Estados Unidos, o Japão e a Austrália anunciaram o lançamento de uma iniciativa similar.

Os três países emitiram um comunicado no qual apontam que este novo plano de investimentos em infra-estruturas no Pacífico cumprirá com os padrões internacionais de “transparência e sustentabilidade orçamental”.

O primeiro Fórum da Nova Rota da Seda realizou-se em maio do ano passado, também em Pequim, com a participação de representantes de cerca de uma centena de países.

18 Nov 2018

Britânico Daniel Ticktum parte em primeiro para a corrida da F3 em Macau

[dropcap]O[/dropcap] piloto britânico Daniel Ticktum confirmou o favoritismo e vai largar da primeira posição para a corrida do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, prova que vai tentar voltar a vencer hoje.

O inesperado vencedor em 2017, na sequência de uma reviravolta espectacular no final da prova, fez ontem a sua melhor volta com 2.10,620 minutos.

Nas qualificações, em segundo lugar, a 1,563 segundos de Daniel Ticktum, ficou o sueco Joel Eriksson, enquanto Callum ILott foi o terceiro mais rápido, a 3,165 segundos.

O alemão Mick Schumacher, uma das figuras em destaque na prova e actual campeão europeu de Fórmula 3, vai largar da sexta posição na final de hoje.

O filho de Michael Schumacher, de 19 anos, vai tentar repetir o sucesso alcançado pelo pai em Macau, onde o heptacampeão mundial de Fórmula 1 – que está em estado vegetativo desde dezembro de 2013 devido a um grave acidente de esqui nos Alpes franceses – venceu em 1990.

O GP de Macau inclui três corridas de carros – as taças do mundo de Fórmula 3, GT e de carros de turismo (WTCR) -, bem como a 52.ª edição do Grande Prémio de motos, além da taça de carros de turismo de Macau e a taça da Grande Baía.

No ano passado, a competição ficou marcada pela morte do piloto britânico Daniel Hegarty (Honda), de 31 anos, na sequência de um acidente, ocorrido a meio da prova de motos, que não registava fatalidades desde 2012.

18 Nov 2018

Piloto Tiago Monteiro “a recuperar bem” e confiante no regresso à competição em Macau

[dropcap]O[/dropcap] piloto Tiago Monteiro afirmou ontem em Macau estar “a recuperar bem” e mostrou-se confiante em regressar para o ano à “pista especial” onde foi o primeiro português a vencer a Corrida da Guia, em 2016.

“Tivemos momentos complicados nestes catorze meses, mas felizmente as coisas estão a correr bem”, disse o piloto da Honda Civic, que esteve 14 meses parado na sequência de um acidente em Barcelona.

À conversa com os jornalistas, desta vez do lado de fora da competição do Grande Prémio de Macau, Tiago Monteiro lamentou não estar a competir, mas admitiu que tem aprendido muito na condição de espectador.

“É um bocado frustrante estar em Macau e não correr”, no entanto, estar a acompanhar a equipa também é “interessante” porque se “aprende muito de fora”.

Quanto à pista onde já perdeu a conta às vezes em que competiu e na qual já se sagrou campeão, o piloto de 42 anos lembrou as adversidades da pista citadina, considerada uma das mais perigosas do mundo.

“É uma pista citadina muito diferente das outras e muito específica, um alcatrão bastante escorregadio (…) muito irregular, curvas muito cegas”, sublinhou.

Ao volante de um Honda Civic, o português regressou à competição na penúltima ronda em Suzuka, no Japão, 415 dias depois do acidente em Barcelona.

No entanto, Macau já estava fora da equação há muito tempo por indicação médica, de forma a evitar um embate que pudesse colocar em causa a recuperação. “Correr riscos era desnecessário”, sublinhou.

Questionado sobre as hipóteses de um piloto português regressar à Fórmula 1, o piloto, que em 2005 obteve a melhor classificação de um português na Fórmula 1 com um terceiro lugar nos Estados Unidos, mostrou-se pouco confiante.

Apesar de haver “bons pilotos portugueses”, é muito difícil entrar na modalidade mais importante do automobilismo porque é “cada vez mais caro chegar lá”.

18 Nov 2018

André Couto em 21.º lugar na Taça do Mundo de Carros de Turismo do GP Macau

[dropcap]O[/dropcap] piloto André Couto ficou ontem em 21.º lugar na Taça do Mundo de Carros de Turismo do Grande Prémio de Macau, um resultado aquém das expectativas após uma “corrida de sobrevivência”, disse à Lusa.

O português que veste as cores de Macau deparou-se “com problemas técnicos” na prova ganha pelo francês Jean-KalVemay, com 2.1,325 minutos como melhor registo.

“Para mim foi mau, não estou habituado a estes lugares”, lamentou, explicando que não estava na sua zona de conforto.

O piloto, que já venceu o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, o mais importante, em 2000, actualmente corre em competições de Grande Turismo.

Questionado sobre o regresso a Macau no próximo ano, o piloto admitiu estar mais focado nas próximas provas, tanto na China, já na próxima semana, como no Japão.

Em segundo, a 0,516 segundos da primeira posição, ficou o francês Yvan Muller, seguido do britânico Rob Huff com a 0,881 do vencedor.

18 Nov 2018

André Pires em 19.º lugar na prova de motos do GP de Macau

[dropcap]A[/dropcap]ndré Pires ficou ontem em 19.º lugar na prova motos do Grande Prémio de Macau, numa corrida em que, para si, o mais importante foi “chegar ao fim”, um ano depois de ter abandonado. “Acho que a posição não interessa aqui, é chegar ao fim. Foi muito bom porque a mota é nova”, disse o piloto à agência Lusa.

A corrida foi ganha pelo britânico Peter Hickman, que tinha ficado em segundo lugar na mesma prova em 2017, marcada pelo acidente mortal de Daniel Hegarty.

Disputado no icónico traçado citadino de 6,12 quilómetros, o Grande Prémio é o maior evento desportivo de Macau e a prova é considerada uma das mais perigosas do mundo.

“É uma pista muito diferente, aqui o risco é maior, temos de andar com o dobro do cuidado, mas a adrenalina compensa. Não há pista tão rápida como esta em Portugal”, disse.

As expectativas do jovem de Vila Pouca de Aguiar são “as de sempre”: arranjar uma equipa e patrocínios, algo “difícil” em Portugal.

“Se for um ano bom em Portugal, com bons treinos, conseguimos chegar cá com bons resultados. Agora assim tem sido difícil, devido aos patrocínios, que é sempre os problemas dos portugueses. Não é só a minha guerra, é a de todos os pilotos”, lamentou.

A satisfação de Hickman

Três vezes campeão em Macau, Peter Hickman mostrou-se muito satisfeito por ter conseguido subir um lugar no pódio. “Vencer aqui é absolutamente brilhante”, rejubilou o piloto que terminou com a melhor volta (2.25,005 minutos).

O pódio foi todo ocupado por britânicos: em segundo lugar, a 795 milésimos do vencedor, ficou o veterano Michael Rutter, oito vezes campeão do circuito, enquanto Martin Jessopp foi terceiro, a 7,434 segundos.

O GP de Macau inclui três corridas de carros – as taças do mundo de Fórmula 3, GT e de carros de turismo (WTCR) -, bem como a 52.ª edição do Grande Prémio de motos, além da taça de carros de turismo de Macau e a taça da Grande Baía.

18 Nov 2018

Exposição põe obras de artistas portugueses e chineses a dialogar

[dropcap]U[/dropcap]ma exposição de arte contemporânea, que põe em diálogo 16 artistas portugueses e chineses, em torno do sentimento saudade e explorando materiais diversos, como tela, tintas, tapeçaria, madeira ou vídeo, é inaugurada esta sexta-feira, no Museu Berardo, em Lisboa.

Com curadoria de Yuko Hasegawa, directora artística do Museu de Arte Contemporânea de Tóquio, a exposição “Saudade, China & Portugal – Arte Contemporânea” gira em torno daquela palavra portuguesa “intraduzível”, que “transmite o desejo de um momento passado que pode ser permanentemente inatingível”, explicou.

“Em vários sentidos, esta palavra fala da nossa situação actual — na qual, devido ao desespero esmagador causado pela incerteza do presente e do futuro, o doce passado parece tão acolhedor”, afirmou a curadora.
Centrando-se nesta ideia, Yuko Hasegawa quis “criar um diálogo entre portugueses e chineses, entre dois povos completamente diferentes” e, para tal, pegou “na questão da globalização”, e de toda a instabilidade daí decorrente, para apresentar a saudade como “um calmante eficaz”, acrescenta a curadora.

Neste sentido, Yuko Hasegawa seleccionou 16 artistas de Portugal e da China, em cujas expressões se destacam “três conceitos: diversidade, festividade e ambiguidade, todos eles trabalhados em torno do sentimento saudade”.

Tintas e carvão

A visita à exposição inicia-se com três grandes quadros, de guache e caneta gel sobre papel, em vários tons de azul, da autoria do artista plástico Rui Moreira, que, para este trabalho, partiu da questão “de onde vem o sonho”.

Segundo a curadora, as pinturas de Rui Moreira levam o observador a um “estado de sonambulismo permanente”, que faz lembrar a vida vivida com saudade.

Um incêndio em Trás-os-Montes e a imagem de girassóis a arder, uma frase de um livro de Roberto Bolaño, o filme “Fitzcarraldo”, de Werner Herzog, e as paisagens desérticas foram alguns dos elementos inspiradores desta obra, contou o artista aos jornalistas.

Rui Moreira segue depois para um outro conjunto de três quadros – em guache, caneta de gel, tinta da china e lápis sobre papel – o primeiro dos quais, inspirado na sua paternidade, simboliza o nascimento, o segundo simboliza “a morte de um pai espiritual” e tem a ver com a morte de Herberto Helder, e o terceiro representa a fase de “matar o dragão”, ou seja, matar os sentimentos que atrasam a entrada na maturidade, tais como medo, raiva ou inveja.

Tecidos e xilogravuras

Outras peças em destaque são as grandes xilogravuras do artista plástico chinês Sun Xun, que pretendem mostrar que há mais do que arte contemporânea numa exposição de arte contemporânea – também há história.
A primeira peça é um tríptico intitulado “Flor”, composto de xilogravuras – representando um grande vaso de flores – cravejadas com fósseis, pedras e âmbar.

Inspirado na pintura holandesa do século XVIII, este trabalho de Sun Xun faz lembrar a parede de um museu de História, coberta de “objectos históricos”, genuínos e falsos, e de pinturas, explica Yuko Hasegawa.
André Sousa é outro dos artistas portugueses incluídos nesta mostra, com uma composição de cortinas – cada uma com a sua própria narrativa, inspirada por um acontecimento em determinado momento – dispostas em suspensão, para “criar espaços de tensão”, e formando uma semicircunferência, o que explica o título da obra: “1/2 Roulette”.

Estas cortinas são símbolos, ou um álbum, da jornada pessoal do artista na percepção que tem do mundo e na sua experiência.

André Sousa especificou que são várias as situações e imagens que as suas pinturas nos tecidos – uma de cada lado de cada pano – aludem: livros do século XX, viagens à China e ao Japão, a roleta russa e a cultura do jogo na China, os quadros pretos de ardósia da infância, ou o livro do escritor Venceslau de Morais, “Paisagens da China e do Japão”.

Esculturas, óleos e multimédia

A artista Luísa Jacinto apresenta quadros de acrílico e óleo sobre tela, bem como um vídeo, que se situam entre a figuração e a abstração, nos quais está “muito presente a ideia de vertigem”, explicou a própria.

Joana Vasconcelos está presente com quatro obras, uma das quais – “Valkyrie Marina Rinaldi” – ocupa o centro de uma sala, e consiste numa peça de grandes proporções, feita com croché em lã, tecidos, adereços, insuflável, e cabos em aço, numa espécie de grande dragão de “ricos ornatos, decorações preciosas, tecidos opulentos e uma multitude de técnicas manuais como o croché”, como descreveu a curadora.

As outras três peças, são esculturas cobertas de azulejos Viúva Lamego, mosaicos em pastilha, croché em lã, adereços, polyester, LED, sistema eclétrico, contraplacado e ferro.

A abrir a exposição há uma escultura monumental tridimensional, da autoria de José Pedro Croft, que convida o observador a ver-se no vidro espelhado e a tornar-se parte da obra.

A exposição, que vai estar patente no Museu Colecção Berardo, de 17 de Novembro até 6 de Janeiro de 2019, é uma co-produção com a Fundação Fosun e conta com trabalhos de Vasco Araújo, Pedro Valdez Cardoso, José Pedro Croft, Leng Guangmin, Tao Hui, Luísa Jacinto, Liu Jianhua, Rui Moreira, Cheng Ran, André Sousa, Joana Vasconcelos, Guan Xiao, Sun Xun, Shi Yong, Xia Yu e Liang Yuanwei.

16 Nov 2018

Moody’s | Dívida pública chinesa atinge 149 por cento do PIB em 2020

[dropcap]A[/dropcap]agência de ‘rating’ Moody’s alertou ontem para o crescente endividamento do sector público na China, que deve atingir 149 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), em 2020, devido a um modelo de crescimento económico assente no investimento.

O relatório da Moody’s assegura que a China está a abrandar as medidas que visam travar o ‘boom’ do endividamento, face ao abrandamento da actividade doméstica e os riscos gerados pelas disputas comerciais com os Estados Unidos.

“Apesar de os objectivos a longo prazo de redução do endividamento e dos riscos se manterem, é possível que, face às actuais circunstâncias, as autoridades recorram mais aos gastos do sector público para apoiar o crescimento”, aponta o analista George Xu, no relatório.

O vice-presidente e director de crédito da Moody’s, Martin Petch, afirma esperar que a “alavancagem financeira em todos os sectores da economia aumente ainda mais, face às crescentes pressões negativas sobre o crescimento”.

“Acreditamos que a dívida no sector público, que inclui o Governo e as empresas estatais, aumentará para 149 por cento do PIB, no final desta década, mais 15 por cento do que em 2017”, disse.

O documento afirma que, apesar de “as autoridades terem redobrado esforços para melhorar a supervisão das empresas estatais fortemente endividadas” e “controlar as suas fontes de financiamento”, o “sector público continua a acarretar riscos”.

Dependências estatais

No mês passado, o Banco do Povo Chinês (banco central) cortou o coeficiente de reservas obrigatórias dos bancos em 1 por cento, libertando quase 110.000 milhões de dólares norte-americanos em crédito, para impulsionar o desenvolvimento económico.

O aumento dos gastos públicos ocorrerá sobretudo através das autoridades locais, considera a Moody’s, que num outro relatório aponta os desafios da China no controlo das fontes de financiamento opacos a que recorrem os governos locais e regionais.

“A grande e contínua diferença entre as necessidades reais dos governos locais e regionais na China e as suas limitadas fontes de rendimento implicam que continuem dependentes de empresas estatais locais para financiarem as suas necessidades de infraestrutura”, aponta o relatório.

O documento lembra que as “empresas públicas locais detêm a maior proporção de dívida oculta” do país.
Num relatório recente sobre a dívida oculta local, o banco central chinês calcula que, só numa província do país, os cálculos apontam para um nível real de endividamento 80 por cento superior aos dados oficiais.

Motor global

Nos últimos dez anos, enquanto as economias desenvolvidas estagnaram, a China construiu a maior rede ferroviária de alta velocidade do mundo, mais de oitenta aeroportos e dezenas de cidades de raiz, alargando a classe média chinesa em centenas de milhões de pessoas.

“Desde a crise financeira global [2008], a China criou 63 por cento do novo dinheiro no mundo” ou “mais do que os Estados Unidos, Europa e Japão combinados”, descreve Dinny McMahon, autor do livro “China Great Wall of Debt” (“A Grande Muralha de Dívida da China”).

Manter altas taxas de crescimento económico e a criação de postos de trabalho são considerados pelas autoridades chinesas como essenciais para assegurar a estabilidade social, uma preocupação constante do Partido Comunista Chinês. Há várias décadas que o crescimento económico é uma das principais fontes de legitimidade do partido único no país.

16 Nov 2018