Hoje Macau EventosFestival de Cinema de Cannes começou ontem com filme de Jim Jarmusch [dropcap]O[/dropcap] Festival de Cinema de Cannes começou ontem em França com “Os Mortos Não Morrem”, filme de ‘zombies’ de Jim Jarmusch, numa edição que ficará marcada por repetentes, de Tarantino a Almodóvar, e por uma maior presença de mulheres. A comédia de Jarmusch, com Bill Murray e Adam Driver, faz parte da competição oficial pela Palma d’Ouro, a par de filmes de outros realizadores já premiados, como Ken Loach (“Sorry We Missed You”), Terrence Malick (“A Hidden Life”) e Pedro Almodóvar (“Dolor y Gloria”). No entanto, o que está a suscitar mais interesse, pelo menos por parte da imprensa internacional, é a estreia mundial do filme “Era uma vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino, com Leonardo DiCaprio e Brad Pitt, adicionado há dias à programação. Na competição estão ainda “Frankie”, de Ira Sachs, rodado em Portugal e co-produzido por Luís Urbano, e “Bacurau”, dos realizadores brasileiros Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, com Sónia Braga. Com Agnès Varda, que morreu a 29 de Março, a ter honras do cartaz do festival, esta é uma edição que celebra as mulheres. O Le Monde fez as contas e diz que há 15 realizadoras na selecção oficial, quatro das quais em competição. A saber, Mati Diop, Jessica Hausner, Céline Sciamma e Justine Triet. “Nunca antes visto em Cannes”, escreveu o jornal. No festival são esperadas ainda três figuras: Elton John, por causa do filme “Rocketman”, de Dexter Fletcher, Diego Maradona, à conta de um filme de Asif Kapadia, e Silvester Stallone, que promoverá o recém-rodado “Rambo V – Last Blood”. O actor francês Alain Delon, 83 anos, receberá a Palma de Ouro de Honra. Destaque ainda, na secção “Um certain regard”, para a inclusão de “Vida Invisível”, do realizador brasileiro Karim Ainouz, e “Liberté”, do espanhol Albert Serra, rodado em 2018 no Alentejo, com produção da Rosa Filmes. Nos programas paralelos do festival há algum cinema português: na Semana da Crítica foram incluídos “Dia de Festa”, de Sofia Bost, e “Invisível Herói”, de Cristèle Alves Meira, enquanto “Les Extraordinaires Mésaventures de la Jeune Fille de Pierre”, da Gabriel Abrantes, passará na Quinzena dos Realizadores. O festival termina no dia 25 e o júri oficial é presidido pelo mexicano Alejandro González Iñárritu. O orçamento para produzir o festival de Cannes é de 20 milhões de euros.
Hoje Macau EventosConan Osíris falha final do festival da Eurovisão [dropcap]P[/dropcap]ortugal falhou ontem a passagem à final do 64.º Festival Eurovisão da Canção, com o representante português, Conan Osíris, a não passar da primeira semifinal do concurso, a decorrer em Telavive, Israel. A exclusão de Portugal da final, marcada para sábado, já era expectável, a avaliar pela média de várias casas de apostas, calculada pelo ‘site’ eurovisionworld.com, especializado no concurso. Este ano assinala-se a 64.ª edição do concurso, no qual Portugal participou, pela primeira vez, em 1964, tendo, entretanto, estado ausente em cinco edições (1970, 2000, 2002, 2013 e 2016). Esta é a nona vez que Portugal falha uma passagem à final do Festival Eurovisão da Canção. Entre 2004 e 2007, inclusive, e em 2011, 2012, 2014 e 2015 Portugal falhou a final. Madonna rejeita apelo ao boicote A cantora norte-americana Madonna rejeitou os apelos para boicotar o Festival Eurovisão da Canção, onde irá actuar no sábado, na final, em Telavive, afirmando que “nunca deixará de tocar música para servir a agenda política de alguém”. A afirmação da cantora, actualmente a residir em Lisboa, foi feita através de um comunicado hoje divulgado, citado pela agência Associated Press. Madonna, que chegou ontem a Israel, afirmou que o seu coração “parte-se” de cada vez que ouve falar “nas vidas inocentes que se perdem nesta região” e “na violência que é tantas vezes perpetuada para servir os objectivos políticos de pessoas que beneficiam deste conflito antigo [entre israelitas e palestinianos]”. A cantora revela que reza “por um novo caminho até à paz”. Este ano, o Festival Eurovisão da Canção decorre em Israel e é organizado pela União Europeia de Radiodifusão (EBU, sigla em inglês) em parceria com a KAN. Israel acolhe o concurso, depois de o ter vencido, pela quarta vez, no ano passado com o tema “Toy”, interpretado por Netta. O movimento de boicote cultural a Israel tem instado os artistas a boicotarem o concurso, disputado por 41 países e cuja primeira semifinal se realizou ontem. A segunda semifinal está marcada para quinta-feira e a final para sábado. Em Junho do ano passado, diversas organizações culturais palestinianas apelaram ao boicote ao concurso, sublinhando que “o regime israelita de ocupação militar, colonialismo e apartheid está descaradamente a usar a Eurovisão como parte da sua estratégia oficial ‘Brand Israel’, que tenta mostrar ‘a face mais bonita de Israel’ para branquear e desviar a atenção dos seus crimes de guerra contra os palestinianos”. Em Setembro, mais de uma centena de artistas de todo o mundo, incluindo de Portugal, manifestaram apoio a esse apelo. Já este ano, em Janeiro, mais de 60 organizações, a maioria de defesa dos direitos LGBTQIA, de vários países, Portugal incluído, apelaram aos membros daquela comunidade para que boicotem o concurso. Em Abril, o músico Roger Waters, dos Pink Floyd, aconselhou Madonna e todos os concorrentes do 64.º Festival Eurovisão da Canção a lerem a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Num artigo de opinião, intitulado “Se acreditas em Direitos Humanos, Madonna, não actues em Telavive”, publicado a 17 de Abril no jornal britânico The Guardian, o músico exortava “todos os jovens concorrentes – na verdade todos os jovens, na verdade todas as pessoas jovens e velhas, e isso inclui Madonna – a lerem a Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU)”, lembrando que esta “foi traduzida em 500 línguas, para que qualquer pessoa possa conhecer os seus 30 artigos”.
Hoje Macau EntrevistaLivro | Federico Varesea denuncia uso de tríades de Hong Kong contra activistas Por Pedro Sousa Pereira, da agência Lusa [dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Hong Kong utilizaram as Tríades contra o movimento estudantil pró-democracia, em 2014, disse à Lusa o criminologista Federico Varesea, autor do livro “Mafia Life”. “Eu estava em Hong Kong e, para mim, foi um choque verificar os ataques das Tríades contra os estudantes, sobretudo em Mong Kok. Tratou-se de um caso em que as autoridades usaram o crime organizado para atacar um movimento político e social, tal como aconteceu em Itália [no final da II Guerra Mundial]”, disse à Lusa Federico Varese. No dia 26 de Setembro de 2014, várias centenas de jovens começaram a manifestar-se em Hong Kong para exigir a eleição por sufrágio directo e universal directo do chefe da Região Administrativa Especial de Hong Kong. O movimento “Occupy Central”, conhecido mais tarde como “Umbrella Movement”, mobilizou milhares de jovens em protesto contra as autoridades controladas pela República Popular da China que, segundo a investigação de Varese, também usou os grupos de crime organizado, nomeadamente a 14K. “O que verificamos é que membros das Tríades de Hong Kong atacaram o movimento social dos estudantes de uma forma que a polícia não podia fazer, porque politicamente seria explosivo. Esperavam que os ataques fizessem recuar os estudantes das manifestações”, diz Varese que investigou os acontecimentos em Mong Kok, na zona dos Novos Territórios. “O que para mim foi maravilhoso foi verificar o poder dos jovens estudantes que lutavam pela democracia ao derrotarem os atacantes e a manterem posições no terreno. Foi muito comovente para mim entrevistar os líderes estudantis que relataram os ataques. Muitos dos manifestantes eram raparigas de 16 ou 17 anos, que foram firmes contra o crime organizado pela defesa dos princípios democráticos básicos de uma pessoa um voto. Foi muito inspirador”, recorda Federico Varese. Livro aborda presença da 14K em Macau No livro “Mafia Life”, o autor aborda também a presença da 14K em Macau recordando a detenção, ainda no período da administração portuguesa do território, de Pang Nga Koi, que chegou a mandar realizar uma longa metragem autobiográfica que ainda circula no mercado de DVD. Varese recorda que Pang Nga Koi cumpriu 13 anos e sete meses de prisão, tendo sido libertado no dia 1 de Dezembro de 2012, na actual Região Administrativa Especial de Macau. “’Dente Partido’ [alcunha de Pang Nga Koi] reside, presentemente, num anódino arranha-céus, situado no bairro macaense da Taipa, os seus vizinhos são funcionários governamentais de meia-idade, académicos e empresários de relativo sucesso. É ele próprio que abre a porta do apartamento quando alguém bate. Não há guarda-costas à vista”, escreve o autor do livro. Corrupção e poder autárquico O académico italiano alerta também para o facto de que, em regimes democráticos, a atribuição de competências ao poder autárquico cria vulnerabilidades que elevam o risco de corrupção. “Este é um dos pontos mais controversos do meu trabalho: o desempenho das máfias nos contextos democráticos, e é por isso que eu aviso os políticos sobre o poder local. As máfias querem sempre dominar os sistemas políticos locais que dispõem de fundos do Estado”, disse à Lusa Federico Varese professor de Criminologia na Universidade de Oxford, no Reino Unido. “No mundo local, não é preciso muita gente para conseguir eleger um político. Se as máfias conseguem controlar a eleição de um presidente de uma câmara municipal, conseguem controlar o sistema político. Uma vez controlado o poder local, é mais fácil controlar os esquemas de autorização para o sector da construção civil, por exemplo, um dos grandes negócios da máfia, onde quer que seja”, acrescenta o autor do livro “Mafia Life”, que foi publicado este mês em Portugal. No livro, Varese analisa o contexto histórico, mas sobretudo as dinâmicas actuais da Máfia italiana e italo-americana, os Vori da Rússia pós-soviética, a Yakuza japonesa e as Tríades chinesas de Macau e Hong Kong. O autor explica que, por definição, as máfias tradicionais são grupos independentes com chefia própria e com raízes profundas nos territórios ou nas comunidades onde se encontram dominando a esfera de poder e que, ironicamente, precisam do capitalismo e de Estados democráticos para prosperarem. No caso do poder local, e usando o exemplo da recente transferência do orçamento do Serviço Nacional de Saúde britânico para a autoridade local de Manchester, o autor do livro indica que ficam criadas as condições para se multiplicarem as possibilidades de ocorrência de corrupção na região, alertando os políticos sobre a falta de debate público sobre o assunto. “Nas democracias, as máfias controlam eleições em nome dos políticos para depois controlarem os mercados onde estão inseridas. Precisam de capitalismo e de economia de mercado para exercerem controlo através da criação de cartéis”, explica. Do ponto de vista político, refere, as máfias são tradicionalmente de direita ou conservadoras, e “atacam os sindicalistas, porque os sindicatos defendem os trabalhadores e posicionam-se contra o patronato e, por isso, são perseguidos sendo assassinados muitos sindicalistas”. No livro, Federico Varese conclui igualmente que a recente crise económica (2008) que afectou os países do sul da Europa provocou alterações no crime de extorsão praticado pelas máfias italianas junto dos comerciantes que, num quadro de colapso financeiro, deixaram de ter dinheiro. Na mesma altura, na Sicília, sul de Itália, a presença simultânea de grupos de crime organizado oriundos do continente africano e das antigas repúblicas soviéticas provocaram o aumento da violência pelo controlo de territórios. Além de “Mafia Life”, Varese é autor do livro “The Russian Mafia”. Publica habitualmente no jornal La Stampa e foi consultor do escritor britânico John Le Carré (pseudónimo de David Cromwell), autor de obras como “O Fiel Jardineiro” e “Um Traidor dos Nossos”. “Mafia Life – Como é a vida, o amor e a morte no seio do crime organizado?”, de Federico Varese (Edições Desassossego, 298 páginas), inclui um glossário e tabelas sobre regras e estruturas de comando das várias máfias.
Hoje Macau China / ÁsiaExportações portuguesas para a China aumentam 3,18% [dropcap]P[/dropcap]ortugal exportou no primeiro trimestre do ano para a China produtos no valor de 545,8 milhões de dólares, mais 3,1 por cento relativamente aos três primeiros meses de 2018. De acordo com dados oficiais publicados no portal do Fórum Macau, com base nas estatísticas dos Serviços de Alfândega chineses, as trocas comerciais entre Lisboa e Pequim ascenderam a 1,57 mil milhões de dólares no primeiro trimestre, o que corresponde a um aumento de 17,24 por cento, em comparação com o período homólogo do ano passado. Portugal importou da China bens no valor de aproximadamente 1,03 mil milhões de dólares, tendo Lisboa um saldo comercial negativo com o país asiático de cerca de 485 milhões de dólares. As importações de produtos chineses aumentaram 26,36 por cento, em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados dos Serviços de Alfândega chineses indicam que as trocas comerciais, no terceiro trimestre, entre a China e os países lusófonos fixaram-se em 33,69 mil milhões de dólares ao longo dos três primeiros meses do ano, verificando-se um crescimento de 11,62 por cento. As importações por parte da China representam a maior parte deste valor: 24,5 mil milhões de dólares, um aumento de 16,53 por cento face ao mesmo período em análise de 2018. Por sua vez, as exportações chinesas para países lusófonos registaram um aumento de 0,38%, tendo alcançado os 9.208 milhões de dólares. Pódio do costume O Brasil continua a ser o principal parceiro da China no âmbito do bloco lusófono, tendo registado trocas comerciais de 25,01 mil milhões de dólares. Pequim comprou a Brasília, nos primeiros três meses do ano, produtos no valor de 17,71 mil milhões de dólares, mais 26,57 por cento que nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2018, e o Brasil adquiriu à China bens no valor de 7,29 mil milhões de dólares, uma diminuição de 2,35 por cento. Angola surge no segundo lugar do ‘ranking’ lusófono com trocas comerciais com a China no valor de 6,40 mil milhões de dólares, com Luanda a enviar para Pequim produtos no valor de 6,03 mil milhões de dólares e a fazer compras de 378 milhões de dólares. As trocas comerciais entre a China e Moçambique foram de 644 milhões de dólares, no primeiro trimestre do ano, mais 21,16 por cento comparando com os três primeiros meses de 2018.
Hoje Macau China / ÁsiaHRW | Apelo à não deportação de desertores norte-coreanos Três mulheres, três homens e uma menina de dez anos conseguiram fugir da Coreia do Norte, encontrando-se detidos na província chinesa de Liaoning. Se forem deportados enfrentam penas de prisão em campos de trabalhos forçados, podendo mesmo ser executados. A Human Rights Watch apela à China que lhes conceda asilo ou permita a sua passagem para outros países [dropcap]A[/dropcap] organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) apelou ontem à China para que não deporte um grupo de sete desertores norte-coreanos, face ao perigo de serem presos, torturados ou até executados. A organização pediu a Pequim que conceda asilo ao grupo ou permita que viaje para um país terceiro. Sul-coreanos que acolheram parentes de membros do grupo revelaram à organização que três mulheres, três homens e uma menina de dez anos estão detidos na província de Liaoning. Alguns fugiram da Coreia do Norte nas últimas semanas e outros viveram durante anos na área junto à fronteira com a China. As autoridades chinesas detiveram os sete há duas semanas. Em comunicado, a HRW lembrou que os “repatriados pela China enfrentam prisão em campos de trabalhos forçados (designados “kyohwaso”), campos de prisioneiros políticos (“kwanliso”) ou até a execução. A organização sublinha que nos “kwanliso” as condições de vida são sub-humanas, com “maus-tratos contínuos, inclusive abusos sexuais e torturas por guardas e execuções sumárias”. “A taxa de mortalidade nestes campos é extremamente alta, segundo relataram ex-prisioneiros e guardas”, detalhou. Sem perdão Na Coreia do Norte, deixar o país sem permissão é considerado crime. Em 2010, o Ministério da Segurança Popular da Coreia do Norte adoptou um decreto que condena os desertores por “traição contra a nação”, punível com pena de morte. A maioria dos desertores norte-coreanos atravessa os rios Amnok ou Tumen para chegar à China, de onde tentam chegar a um terceiro país, principalmente Tailândia e Mongólia, para pedir asilo através das embaixadas e consulados sul-coreanos. A China, que quer evitar migrações em massa de norte-coreanos, não os considera refugiados, mas “migrantes económicos”, forçando assim a sua repatriação se forem apanhados pelas autoridades. Um relatório de 2014 da Comissão de Investigação da ONU sobre os Direitos Humanos na Coreia do Norte indicou que “quase todos os repatriados são objeto de actos inumanos”, por serem considerados “uma ameaça para o sistema político e a cúpula” do regime, que quer evitar que o país “tenha contacto com o mundo exterior”. A HRW instou o Governo chinês a proteger os cidadãos da Coreia do Norte que estão sob sua custódia, conceder-lhes asilo ou permitir a sua passagem para outros países, e permitir que a agência de refugiados da ONU proteja os solicitantes de asilo norte-coreanos. “A China deve acabar com a sua cumplicidade com a violação dos direitos dos norte-coreanos ao pôr fim à prática de forçar o seu retorno”, lê-se no relatório. “A China deve proteger esses sete norte-coreanos, cumprindo as suas obrigações internacionais e enviando a Pyongyang uma mensagem de que não vai ignorar os abusos da Coreia do Norte”, refere.
Hoje Macau EventosLei do Jogo em discussão na Fundação Rui Cunha [dropcap]A[/dropcap] 8ª edição da “Annual Review of Macau Gaming Law” vai decorrer na próxima segunda-feira, 20 de Maio, pelas 18h30, nas instalações da Fundação Rui Cunha. O evento insere-se no âmbito do curso de mestrado em Direito (International Business Law), ministrado pela Faculdade de Direito da Universidade de Macau, em língua inglesa, que inclui uma disciplina de direito do jogo. A sessão será moderada por Jorge Godinho, professor visitante da Universidade de Macau, onde lecciona matérias de direito do jogo e de direito penal, tendo publicado em 2016, pela Fundação Rui Cunha, o primeiro volume da sua obra sobre direito do jogo e, em Março de 2019, uma história dos jogos de fortuna ou azar no território, com o título “Os Casinos de Macau, História do maior mercado de jogos de fortuna ou azar do mundo”, editado pela Almedina Coimbra, 2019. O tema principal da edição deste ano irá focar-se nas perspectivas de abertura da exploração dos jogos de fortuna ou azar no Japão, uma questão de grande actualidade no contexto regional, que fundamenta a presença de quatro oradores japoneses. São eles Kazuaki Sasaki, professor associado da Universidade Toyo em Tóquio; Shigemi Furuta, professora associada da Universidade de Macau, onde é directora da Asia-Pacific Academy of Economics and Management; Ayako Nakayama, da Japan IR Association; e Masahiro Terada, gestor sénior da Pricewaterhouse Coopers, de Tóquio. Após as intervenções haverá lugar a uma sessão de perguntas e respostas. A entrada é livre.
Hoje Macau EventosExposição | “Grace Kelly, from Hollywood to Monaco” amanhã no Galaxy [dropcap]N[/dropcap]o ano em que se celebra o 90º aniversário de Grace Kelly – a actriz que se tornou princesa do Mónaco –, o Galaxy Entertainment Group inaugura amanhã uma grande exposição, intitulada “Grace Kelly, from Hollywood to Monaco”, que vai decorrer de até 28 de Agosto. O acordo de colaboração artística entre o Galaxy Entertainment Group (GEG) e o Grimaldi Forum Monaco (GFM) foi assinado a 22 de Fevereiro de 2019, permitindo o empréstimo das colecções do Palácio do Príncipe do Mónaco, que vão ser exibidas numa galeria criada especialmente para a exposição, situada no centro do Galaxy Macau. O acervo da mostra acompanhará o percurso da actriz norte-americana Grace Kelly até se tornar na princesa consorte Grace do Mónaco, incluindo também uma área dedicada à família Grimaldi e aos tributos artísticos dedicados à celebridade, que nasceu na cidade de Filadélfia a 12 de Novembro de 1929 e veio a falecer a 14 de Setembro de 1982, num acidente de automóvel em Monte Carlo, no Mónaco. Pelo meio venceu um Óscar de Melhor Actriz com o filme “Mogambo” (1953) e casou-se com o príncipe-soberano Rainier III. Thomas Fouilleron, director dos Arquivos da Livraria do Palácio do Príncipe do Mónaco, é o curador da exposição, com design e logística do Grimaldi Forum.
Hoje Macau Sociedade13 de Maio | Celebrações atraem milhares de católicos asiáticos As celebrações do 13 de Maio em Macau atraíram milhares de católicos provenientes de Hong Kong, China continental, Malásia, Filipinas e Singapura, que se juntaram às comunidades chinesa e portuguesa que residem no território [dropcap]”É[/dropcap] impressionante de se ver, vem gente de Hong Kong, vem gente da China continental”, destacou o padre Peter Stilwell, reitor da Universidade de São José, em declarações à Lusa. “Hoje esta devoção espalhou-se” pela comunidade chinesa, filipina e “há mais pessoas a participar”, contou à Lusa, em frente à Igreja de São Domingos, o seminarista da diocese de Macau Adriano Agostinho. Uma ideia acompanhada pelo presidente do Instituto para os Assuntos Municipais, José Tavares: “É notório que nestes últimos anos a comunidade católica de Hong Kong tem vindo mais para as procissões porque lá não existem”, afirmou à Lusa. “A comunidade católica do interior da China também está a vir e a juntar-se nas procissões e [isso] é um bom sinal também, é um sinal de abertura por parte da China”, sublinhou José Tavares. Maria do Carmo Gil enfatizou também a ideia defendida por José Tavares sobre o aumento do número de católicos vindos da China continental devido à sua maior abertura. “Antigamente era só pessoal local, vinham pessoas de Hong Kong, Singapura… mas da China não, [agora como a China] já está aberta vem muita gente da China”, destacou, sorridente, a macaense de 66 anos. Sempre presente Maria do Carmo Gil lembrou, que desde tenra idade participa nas celebrações em Macau com os seus pais: “Nunca faltei e quando vou a Portugal vou a Fátima”, disse, à porta da igreja de São Domingos, onde foi realizada a missa e também o ponto de partida para a procissão que levou milhares a caminharem junto da imagem de Maria e de três crianças vestidas com os trajes dos pastorinhos de Fátima até à igreja da Penha. “Somos católicos desde pequenos, os nossos pais ensinaram-nos, sempre fomos assistir. A senhora de Fátima é muito importante para nós, significa a mãe do céu (…) quaisquer desgostos pedimos sempre o auxílio dela”, frisou Maria do Carmo Gil. “É uma tradição, uma cultura, já enraizada aqui em Macau, quer na comunidade portuguesa, quer na comunidade chinesa” e que “mesmo após a entrega da soberania isto aqui ficou na mesma (…) portanto nada mudou”, explicou o presidente dos Assuntos Municipais de Macau. Antes de entrar para assistir à missa, Peter Herbert, residente em Hong Kong, disse à Lusa que esta é a quarta vez que vem assistir às celebrações, “a primeira foi em 1997, no 80.º aniversário das aparições de Fátima e sabia que ia voltar 20 anos mais tarde para o 100.º aniversário”. “Não podemos ir a Portugal, mas Macau é um bocadinho Portugal e é um degrau mais perto do céu, um degrau mais perto de Deus e um degrau mais perto de Maria”, afirmou o homem de 66 anos, que veio com um grupo de cerca de 15 pessoas, entre estudantes e graúdos, desde Hong Kong. Dia santo Macau e Hong Kong beneficiam do feriado dedicado a assinalar o aniversário de Buda, um feriado celebrado na maior parte do leste da Ásia para comemorar o nascimento do príncipe Siddhartha Gautama, o fundador do budismo. Tal facto fez Peter Herbert agradecer a Buda ter conseguido vir a Macau assistir às cerimónias da aparição de Maria: “Estamos muito gratos aos budistas por nos darem este feriado”, enfatizou. Já o seminarista, neto de um português, lembrou que os seus avós lhe contaram que a Segunda Guerra Mundial “foi um tempo muito difícil aqui em Macau e as pessoas tiveram uma grande fé em Deus, mas sobretudo na Nossa Senhora de Fátima” e que, “quer acreditemos ou não, Macau foi salvo do pior, porque não foi invadido pelos japoneses”. Por outro lado, o reitor da Universidade de São José, destacou ainda que Macau foi “o primeiro território onde se fez uma procissão de Nossa Senhora de Fátima depois das aparições, já que em Portugal eram proibidas as procissões públicas”. “Quando os católicos chegaram nos primeiros barcos, a primeira imagem que colocaram aqui, no Farol da Guia, foi uma imagem de Nossa Senhora”, disse.
Hoje Macau SociedadePolytex | Pedido de indemnização passa de 60 para 20 mil milhões [dropcap]A[/dropcap] Polytex desceu o valor da indemnização pedida ao Governo de 60 para 20 mil milhões de patacas, revelou ontem a Rádio Macau. De acordo com o advogado da empresa, Leonel Alves, trata-se de um valor mínimo. “Optou-se por um valor mínimo dos prejuízos para não empolar”. Em conta foram tidos os danos morais, mas essencialmente os danos patrimoniais em “função dos gastos efectivamente incorridos na obra”, acrescentou. No total, os valores apontam para “20 a 25 mil milhões”. A decisão de diminuir o valor da indemnização “foi uma decisão do cliente”, disse o advogado. Recorde-se que em Junho do ano passado a empresa Polytex queria ser compensada pelo Governo devido ao caso do Pearl Horizon e exigia, pelo menos, 60 mil milhões de patacas em tribunal. O montante foi avançado, na altura, pelo advogado da empresa, que falava em contas provisórias. As declarações foram feitas após o Governo ter revelado uma promessa da Polytex de renúncia a qualquer indemnização ou compensação, no caso da concessão do terreno não lhe ser novamente atribuída. “Pelas nossas contas provisórias, o montante mínimo não deverá ser inferior a 60 mil milhões de patacas”, afirmou Leonel Alves. “Pretendemos a reposição do equilíbrio económico e financeiro do contrato de concessão, na medida em que esse contrato não foi cumprido, não por culpa do particular [Polytex], mas devido aos atrasos muito anormais e significativos produzidos pelos serviços administrativos do Governo”, acrescentou.
Hoje Macau SociedadeDST | Detectados dois guias turísticos ilegais [dropcap]A[/dropcap] Divisão de Inspecção da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) anunciou ontem ter detectado dois casos suspeitos de exercício ilegal da profissão de guia turístico, situação que resultou no levantamento de autos de notícia contra os infractores. De acordo com um comunicado, a DST recebeu uma comunicação da PSP, na passada sexta-feira, a informar da presença de um indivíduo suspeito de ser um guia turístico ilegal, “na zona de largada de passageiros destinada a autocarros de ligação gratuita de um complexo de entretenimento na Taipa”. Após a análise de provas e depoimentos, as autoridades verificaram fortes indícios do exercício ilegal da profissão pelo indivíduo, oriundo do Interior da China, que conduzia um grupo de 48 pessoas oriundas de Maoming, da província de Guangdong. Face à indícios foi levantado auto de notícia, ou seja, o caso será remetido ao Ministério Público no mais curto prazo e vale como denúncia. No dia anterior, quinta-feira, foi detectado outro homem suspeito da prática de guia turístico ilegal durante uma inspecção no posto fronteiriço das Portas do Cerco. De acordo com a legislação actual, quem exercer ilegalmente a profissão pode ser punido com uma multa entre 20 mil a 30 mil patacas.
Hoje Macau PolíticaJustiça | Portugal e Macau assinam acordo para entrega de fugitivos [dropcap]A[/dropcap]proveitando a visita oficial de Chui Sai On a Portugal, a secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, vai assinar com o congénere português um acordo de cooperação relativo à entrega de infractores em fuga. Segundo a Macau News Agency, o protocolo deve ser assinado hoje durante a reunião da Comissão Mista Macau – Portugal, presidida pelo Chefe do Executivo e o ministro dos Negócios Estrangeiros de Lisboa. De acordo com uma ordem executiva assinada por Chui Sai On, e publicada ontem em Boletim Oficial, foi delegado em Sónia Chan os poderes necessários para firmar o acordo. O acordo entre Portugal e Macau surge na sequência da visita de uma delegação da tutela de Sónia Chan, em Fevereiro, para afinar detalhes quanto à assistência legal mútua em matérias criminais.
Hoje Macau Manchete PolíticaChui Sai On em Portugal | Portugal e Macau assinam acordo para criação de pólo do IFT no Estoril [dropcap]P[/dropcap]ortugal e Macau assinaram hoje um acordo na área de formação turística que vai levar à instalação de um pólo do Instituto de Formação Turística de Macau (IFT) no Estoril, afirmou à Lusa a secretária de Estado do Turismo. A assinatura do acordo contou com a presença da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, e do secretário de Estado dos Assuntos Sociais de Macau, Alexis Tam, e aconteceu no Estoril, onde estará sediado este pólo. “Vamos passar a ter ali este pólo do IFT Macau para formação de recursos humanos na área do Turismo, principalmente recursos humanos asiáticos, que vão passar a ter ali um espaço para formação e para articulação e desenvolvimento de estágios também aqui em Portugal, nomeadamente junto dos hotéis portugueses”, explicou Ana Mendes Godinho à Lusa. A responsável governamental acredita que este acordo vai funcionar “como porta de entrada para o mercado asiático”. “No fundo Macau aqui também um bocadinho como porta de entrada para o mercado asiático, para recursos humanos na área de turismo na China, mas também Portugal, como uma porta de entrada para Macau e para a China, para a formação de activos e de recursos humanos na área de Turismo”, detalhou. Este protocolo de cooperação entre Portugal e Macau integra um programa de internacionalização das escolas de Turismo portuguesas para vários países. “Temos estado a trabalhar com bastantes países da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa], e Macau é aqui mais um parceiro essencial nesta nossa internacionalização, garantindo que passamos a ter ligação a vários continentes”, reforçou Ana Mendes Godinho. A secretária de Estado do Turismo acredita que o acordo pode permitir “afirmar Portugal” como um espaço europeu que “se está também a capacitar e a especializar recursos humanos (…) com capacidade para acolher o mercado asiático”. “A formação de recursos humanos, na área de turismo, chineses, em Portugal permite-nos também aqui afirmar Portugal como um espaço dentro da União Europeia que se está também a capacitar e a especializar recursos humanos na área de turismo também aqui com capacidade para acolher o mercado asiático, e portanto também aqui assumirmo-nos nós como um centro de formação turística de excelência internacional, preparando e capacitando recursos humanos para lidar com os novos mercados”, concluiu a responsável pelo Turismo. Entre 2015 e 2018, o número de alunos estrangeiros nas escolas de Turismo em Portugal aumentou de 116 para 179, um aumento de 54,3%, segundo dados apresentados à Lusa pelo gabinete da secretária de Estado do Turismo.
Hoje Macau SociedadeFMI | Crescimento económico de Macau revisto em baixa [dropcap]O[/dropcap] Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa a previsão de crescimento da economia de Macau em 2019 e recomendou novas políticas fiscais para reduzir a dependência das receitas do jogo, lê-se num relatório. Em Fevereiro, o FMI já baixara a estimativa de crescimento da economia do território para este ano em um ponto percentual, para os 5,5 por cento. Agora, prevê 4,3 por cento em 2019 e 4 por cento a médio prazo. Entre elogios ao desempenho das políticas governativas ao nível económico, pela prudência traduzida nas reservas financeiras e esforço de diversificação da indústria, o FMI deixa algumas recomendações e alerta para riscos externos. Por um lado, aconselha as autoridades de Macau a criarem uma agenda fiscal capaz de reduzir a dependência das receitas do jogo, que chegam a representar quase 80 por cento do que é arrecadado. Por outro, recomenda mais investimento público e maior despesa na área social (na educação e no apoio a idosos), o que permitiria promover a diversificação da economia, bem como a inclusão social, respectivamente. O agravamento da tensão comercial China/Estados Unidos volta a ser mencionado como um dos riscos com “impacto significativo” no território, já que colocaria em risco o fluxo de turistas do Interior da China e o investimento das três operadoras de casinos norte-americanas que exploram o jogo em Macau. Entre as ameaças, o FMI destacou ainda a crescente competitividade na indústria do jogo na Ásia, com os emergentes mercados de Singapura, Filipinas, Japão, Vietname e Coreia do Sul.
Hoje Macau China / ÁsiaChina retalia e aumenta tarifas de importações norte-americanas [dropcap]A[/dropcap] China anunciou ontem que aumentará as suas tarifas sobre a importações de produtos dos EUA no valor de 60 mil milhões de dólares, a partir de 1 de Junho, em retaliação contra idênticas medidas norte-americanas. A Comissão de Tarifas do governo chinês anunciou ontem que vai cumprir a ameaça de retaliar contra o aumento de tarifas de importações chinesas por parte dos EUA, que arrancaram sexta-feira, com aumentos de tarifas de 10 por cento, 20 por cento ou até 25 por cento sobre importações de produtos norte-americanos. O Presidente dos EUA, Donald Trump, tinha ordenado um aumento de tarifas de 10 por cento a 25 por cento sobre cerca de 300 mil milhões de euros de produtos importados da China, considerando que uma escalada de taxas alfandegárias seria mais danosa para os chineses do que para os norte-americanos. Trump tinha aconselhado a China a não retaliar contra essa medida, mas o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang, disse ontem que “a China nunca cederá a pressões externas”. “Já o tínhamos dito antes: a adição de taxas alfandegárias não resolve nenhum problema”, explicou o porta-voz do governo chinês, pedindo que os EUA colaborem no sentido de encontrar um acordo de benefícios mútuos. Sem sucesso Ontem, Donald Trump, na sua conta pessoal da rede social Twitter, já tinha lamentado que os chineses tivessem recuado na elaboração de um novo acordo, referindo-se à ronda de negociações que aconteceu nas duas passadas semanas, com delegações dos dois países a reunir-se em Pequim e Washington. As reuniões foram inconclusivas e revelaram um impasse no conflito comercial entre as duas maiores potências económicas mundiais, que se arrasta há cerca de dois anos. Entre as principais divergências à volta do novo acordo comercial, encontram-se os temas da protecção dos direitos de patentes e da transferência forçada de tecnologia.
Hoje Macau PolíticaFSS | Proposta de lei prevê transferência de 3 por cento [dropcap]O[/dropcap] Conselho Executivo terminou a discussão da proposta de lei que prevê a transferência de 3 por cento do saldo do orçamento central, de cada ano económico, para o Fundo da Segurança Social (FSS). O objectivo é fazer face às crescentes exigências provocadas pelo envelhecimento populacional, aponta o organismo em comunicado. A medida foi tomada tendo em conta estudos realizados pelo Executivo que indicaram que “dado o envelhecimento da população da RAEM no futuro, a um ritmo acelerado, e por conseguinte ao ajustamento positivo do montante da pensão para idosos, os encargos do FSS tenderão a aumentar de ano para ano”, o que torna “imperativo a disponibilização de mais fontes de receitas”. Por conseguinte, a proposta do Governo “visa a criação do mecanismo das dotações de verbas a transferir regularmente para o FSS, de forma a garantir o funcionamento sustentável do regime de segurança social de Macau”, refere a mesma fonte.
Hoje Macau PolíticaApoio Pecuniário | Distribuição de cheques começa a 2 de Julho [dropcap]O[/dropcap]s cheques pecuniários começam a ser distribuídos no próximo dia 2 de Julho, anunciou o Conselho Executivo na passada sexta-feira. Este ano, depois da promessa de aumento feita pelo Chefe do Executivo na apresentação das Linhas de Acção Governativa para 2019, o montante do apoio pecuniário passa a ser de 10 mil patacas para os residentes permanentes. Os cheques dos residentes não permanentes vão ser no valor de 6 mil patacas. A novidade deste ano, cabe aos menores que passam a poder receber a comparticipação através de conta bancária, desde que registados no banco. O orçamento para implementar a medida é de cerca de sete mil milhões de patacas.
Hoje Macau PolíticaMisericórdias | Secretário destaca apoio social do Governo [dropcap]L[/dropcap]ionel Leong, secretário para a Economia e Finanças actualmente a desempenhar funções de Chefe do Executivo interino, reuniu ontem com Manuel de Lemos, presidente da Confederação Internacional das Misericórdias (CIM). De acordo com um comunicado oficial, Lionel Leong referiu que “o Governo da RAEM, tal como tem vindo a fazer até à presente data, continuará a apoiar as instituições de solidariedade de cariz associativo na realização das suas actividades de caridade e de assistência social, esperando que, através da cooperação estreita e da conjugação orgânica entre o Governo e as instituições cívicas, assim como do aperfeiçoamento, qualitativo e quantitativo, dos trabalhos de assistência social, as três partes – a sociedade, o Governo e as associações de solidariedade – fiquem todas beneficiadas”. Manuel de Lemos adiantou que “no momento em que se celebra o 450.º aniversário da fundação da Santa Casa da Misericórdia de Macau, vai ser realizado o 12.º Congresso da Confederação Internacional das Misericórdias que terá, pela primeira vez, lugar na Ásia, fazendo ainda votos do estreitamento da cooperação com o Governo da RAEM para impulsionar, em conjunto, as acções de assistência social”.
Hoje Macau PolíticaMacau deve alargar número de concessões do jogo em 2022, diz Jorge Godinho [dropcap]O[/dropcap] especialista em direito do jogo Jorge Godinho defende que o Governo de Macau deveria alargar o número de concessões de casinos em 2022, quando terminam as licenças das actuais operadoras. “Existem operadores que estão a funcionar debaixo do guarda-chuva de outras que deveriam ser autonomizadas”, disse Jorge Godinho à margem do lançamento do livro “Os Casinos de Macau”, do qual é autor. Recorde-se que actualmente existem três concessionárias (Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy e Wynn resorts) e três subconcessionárias (Venetian, MGM Resorts e Melco). “É preciso dimensionar os projectos, é preciso ver as conjunturas económicas e é preciso perceber exactamente quem se propõe a fazer o quê”, disse Jorge Godinho, acrescentando que não sabe se deveriam “ser seis ou mais [concessionárias], provavelmente deveriam ser mais porque talvez deva haver qualquer coisa nova para oferecer”, apontou. Entretanto, o Governo já garantiu que não quer prolongar mais o prazo dos contratos de concessão do jogo no território e prometeu um concurso público em 2022. “Vai ter de haver concurso, provavelmente em 2021, para que em 2022 comecem as novas concessões”, considerou o especialista. Quanto “às condições concretas ainda é um bocadinho cedo para serem anunciadas”, já que “o caderno de encargos provavelmente [só] será anunciado pela nova administração” em 2020 ou em 2021 e que este ano há eleições para Chefe do Executivo. Na opinião de Jorge Godinho, no caderno de encargos devem constar as obrigações de diversificação por parte das operadoras. Concorrência calma Em relação à concorrência na área do jogo com outros países asiáticos (como Singapura e Filipinas), Jorge Godinho não se mostra muito preocupado com as possíveis repercussões em Macau: “Há uma expansão regional do jogo mas a verdade é que não vemos um impacto muito negativo em Macau”, disse. O especialista fez uma analogia com o que se passou nos Estados Unidos com a liberalização do jogo para outras regiões que não Las Vegas. “No início havia só Las Vegas e não havia casinos em mais lado nenhum, depois começaram a abrir, mas Las Vegas soube sobreviver e soube adaptar-se a essa nova concorrência”, disse.
Hoje Macau PolíticaAL | Sulu Sou acusa assessora de ignorar pedido de assistência legal [dropcap]A[/dropcap] assessora da Assembleia Legislativa (AL), que alegadamente acusou Paulo Cardinal de passar documentos secretos a Sulu Sou, terá ignorado os pedidos de assistência legal do deputado, mesmo depois de o seu nome ter sido sugerido ao pró-democrata por Ho Iat Seng. O caso aconteceu em Novembro de 2017 e foi partilhado por Sulu Sou na sexta-feira, como comentário à entrevista de Paulo Cardinal ao HM. Segundo o deputado, a abordagem à assessora foi feita por aconselhamento de Ho Iat Seng, mas a profissional terá deixado durante dias o membro da AL sem resposta. “Em Novembro de 2017, quando a Assembleia Legislativa recebeu a carta do tribunal a exigir um voto de suspensão do meu mandato, encontrei-me de imediato com o presidente Ho. Ele sugeriu-me que contactasse essa senhora para efeitos de assistência legal e foi o que fiz”, começou por escrever Sulu Sou. “Durante alguns dias não recebi qualquer resposta. Mais tarde ela disse-me que não me tinha respondido porque, naquela noite, se tinha esquecido de levar o telemóvel para casa”, acrescentou.
Hoje Macau PolíticaJuristas | Leonel Alves nega discriminação de portugueses [dropcap]O[/dropcap] advogado Leonel Alves negou a existência de discriminação contra os cidadãos portugueses na Assembleia Legislativa. As declarações foram prestadas ontem, segundo o canal chinês da Rádio Macau. Quando abordou o despedimento dos juristas Paulo Cardinal e Paulo Taipa, Alves negou ter conhecimento sobre o caso, lamentou que os contratos não tivessem sido renovados, mas apontou que os portugueses ou os chineses locais recebem o mesmo tratamento. Ao mesmo tempo, o membro do Conselho do Executivo lamentou a falta de talentos locais, principalmente na área do Direito.
Hoje Macau PolíticaVisita Oficial | Chefe do Executivo reúne com embaixador da China em Lisboa O Chefe do Executivo chegou a Lisboa este sábado e reuniu com o embaixador chinês em Portugal, Cai Run, sem que os jornalistas tivessem conhecimento. Durante o encontro, Chui Sai On destacou o trabalho feito pelo Estado português junto dos jovens empreendedores [dropcap]C[/dropcap]hegou no sábado a Lisboa e reuniu com Cai Run no domingo, mas os jornalistas só tiveram conhecimento do encontro através de um comunicado oficial. A reunião de Chui Sai On, Chefe do Executivo da RAEM, com o embaixador chinês em Portugal serviu para destacar o que tem sido feito no âmbito da parceria económica entre os dois países, com particular destaque para o papel de Macau. Chui Sai On “elogiou o trabalho realizado por Portugal relativamente ao empreendedorismo dos jovens, destacando que a delegação do Governo da RAEM pretende observar e conhecer melhor esta matéria, bem como reforçar o intercâmbio nesta área”, pode ler-se no comunicado. Na mesma nota, as autoridades de Macau citam o embaixador Cai Run a sublinhar a convicção de que a presença da delegação de Macau em Lisboa e no Porto até domingo, bem como as recentes visitas dos presidentes chinês e português a Portugal e à China podem contribuir para impulsionar o desenvolvimento da cooperação entre os dois países. Por sua vez, Cai Run disse que Portugal “dá grande importância às várias áreas da construção do projecto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, para que a sua participação não só ofereça novas oportunidades na cooperação entre Macau e Portugal como também contribua para o desenvolvimento da diversificação adequada da economia de Macau”. O embaixador chinês em Lisboa frisou também que, “nos últimos anos o Governo e várias empresas de Macau iniciaram projectos de cooperação em Portugal, criando delegações e sucursais, o que demonstra um destaque do papel de Macau como a ponte na relação entre a China e Portugal, bem como o desempenho das suas funções de plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa”. “Denso relacionamento” O Chefe do Executivo tem hoje marcado um encontro com o primeiro-ministro português, António Costa. Neste aspecto, uma nota oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) de Portugal, citada pela Lusa, dá conta que a “visita tem como objectivo o aprofundamento do já denso relacionamento existente com Macau, resultante de laços históricos significativos e da sólida vontade da República Portuguesa e da República Popular da China em dar-lhes continuidade”. Durante a visita, realizar-se-á a sexta Comissão Mista Portugal-RAEM, co-presidida pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros e pelo Chefe do Executivo da RAEM. Nesta reunião são acompanhados dois temas principais: “as relações económicas entre as duas partes, tendo em perspectiva as relações entre a China, Portugal e os demais países de língua portuguesa; as relações nas áreas da língua, da cultura e da educação, tendo em conta Macau como plataforma de difusão da língua portuguesa para toda a Ásia”, pode ler-se na informação facultada pelo MNE. Após a reunião da comissão está prevista a assinatura de acordos. O Governo de Macau ainda organiza, em Lisboa, uma exposição fotográfica para comemorar o 20.º aniversário do estabelecimento da RAEM, que se assinala este ano.
Hoje Macau Manchete SociedadeAmnistia Internacional diz que exploração de domésticas em Macau é “escravatura moderna” [dropcap]A[/dropcap] organização não-governamental Amnistia Internacional (AI) considerou à Lusa que a exploração das empregadas domésticas, em Hong Kong e Macau, é uma “escravatura moderna”. Em resposta à Lusa, a AI explicou que tem investigado a situação dos trabalhadores domésticos em Hong Kong, e que em Macau “existem algumas semelhanças”, denunciando que “os trabalhadores domésticos migrantes podem ficar presos em ciclos de exploração que equivalem a escravatura moderna”. “Somos discriminados, não temos direitos, nem sistema de saúde e ninguém nos ouve”, disse à Lusa a presidente do Sindicato Verde dos Trabalhadores Migrantes das Filipinas em Macau, Nedie Taberdo. Pouco mais de 450 euros por mês, é o que pedem de salário mínimo as associações de empregadas domésticas contactadas pela Lusa, num território considerado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como o segundo com o maior rendimento ‘per capita’ do mundo e que para o próximo ano passará a ser o primeiro, destronando o Qatar, subindo para os 124 mil euros, quase o triplo da média das economias mais avançadas como a Austrália, Estados Unidos, Áustria, Reino Unido e China. Também fonte da organização não-governamental Human Rights Watch, que identifica de “problema global” a situação dos trabalhadores domésticos migrantes na Ásia, na África Oriental e no Médio Oriente, disse à Lusa que “os trabalhadores domésticos correm um alto risco de trabalhar excessivamente por longas horas, sem descanso, e por uma fracção do salário mínimo”. “As lacunas na protecção legal tornam mais fáceis para os empregadores abusarem dos trabalhadores, e mais difícil para os trabalhadores conseguirem ajuda”, argumentou a Human Rights Watch. Por outro lado, a AI identificou como o principal problema a “falta de regulamentação e regulação das agências de colocação de trabalhadores domésticos migrantes”, principalmente oriundos da Indonésia. Durante a pesquisa que a AI fez em Hong Kong constatou que estas “agências estão rotineiramente envolvidas no tráfico de trabalhadoras domésticas migrantes, explorando-as em condições de trabalho forçado” e que são “compelidas a trabalhar em situações que violam os seus direitos humanos e do trabalho”. Nesta investigação, a AI diz ter descoberto casos de “confisco de documentos de identidade e restrições à liberdade de movimento”. Em Macau é relativamente comum as famílias empregarem uma trabalhadora doméstica a tempo inteiro e parte delas reside mesmo em casa dos patrões. “Queremos que o trabalho doméstico seja respeitado, com um contrato normal para podermos ter uma vida decente”, contou à Lusa a presidente do Sindicato Progressistas dos Trabalhadores Domésticos de Macau, Jenny Simeon, denunciando ainda a existência de “empregadas a ganhar 2.000 a 3.000 patacas mês”. Filipinos, Indonésios, vietnamitas, nepaleses e tailandeses estão entre os grupos mais desprotegidos em Macau: no antigo território administrado por Portugal, o contrato das empregadas domésticas é feito através de uma agência, ou entre o patrão e a trabalhadora, sendo que, na prática, o empregador fica com o poder de cancelar a autorização de permanência no território à trabalhadora. “Se o nosso empregador quiser acabar com o nosso contrato, nós perdemos o nosso ‘blue card’ (permissão de residência através de um contrato de trabalho) e temos de começar do início outra vez”, explicou Jenny Simeon. Os trabalhadores não-locais têm de regressar ao seu país de origem por seis meses em caso de cessação do contrato e em casos excepcionais, como despedimentos sem justa causa, têm seis meses para encontrar um novo trabalho em Macau, mas sempre na mesma área. “Para eles [patrões] nós não somos humanos, não entendem as nossas dificuldades e é por isso que não nos respeitam”, acusou Jenny Simeon. As duas dirigentes associativas apontaram ainda a falta de interesse demonstrada pelos deputados e governantes de Macau em solucionar o problema e em proporem alterações à lei que protejam os direitos das trabalhadoras domésticas, um salário mínimo digno e ainda um aumento no subsídio de habitação, que neste momento se cifra em cerca de 50 euros por mês. “Desde que cheguei a Macau, há 15 anos, a economia melhorou muito, mas nada mudou”, disse Nedie Taberdo, que pede há vários anos um aumento do subsídio de habitação superior às actuais 500 patacas mensais. Jenny Simeon garantiu ter já estado em reuniões com os dois principais deputados pró-democratas em Macau, Sulu Sou e José Pereira Coutinho, sobre o salário mínimo. “Foram muito simpáticos, mas disseram que nada podiam fazer”, disse.
Hoje Macau China / ÁsiaVistos Gold: Investimento chinês recua 37% até Abril [dropcap]O[/dropcap] investimento chinês captado pelos vistos ‘gold’ recuou 37% até Abril, face ao período homólogo de 2018, para 75,7 milhões de euros, segundo contas feitas pela Lusa com base em dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Entre Janeiro e Abril foram atribuídas 138 Autorizações de Residência para Actividade de Investimento (ARI) a cidadãos oriundos da China, num total de investimento de 75,7 milhões de euros. Face aos primeiros quatro meses de 2018, altura em que o montante ascendeu a 120 milhões de euros (217 ARI), o investimento chinês recuou 37%. Em Abril, o investimento da China captado através deste instrumento totalizou 16,1 milhões de euros. Também o investimento oriundo do Brasil via vistos ‘dourados’ recuou nos primeiros quatro meses do ano, mais concretamente uma queda de 7,3%, para 50,5 milhões de euros, num total de 69 ARI atribuídas. Entre Janeiro e Abril de 2018, o investimento brasileiro ascendeu a 54,5 milhões de euros (65 ARI). No mês passado, o investimento do Brasil somou 7,3 milhões de euros. O investimento de origem turca recuou 59,6% para 21 milhões de euros, tendo sido concedidos 41 vistos ‘gold’ até Abril. Em igual período do ano passado, a Turquia tinha obtido 95 ARI, num montante total de 52 milhões de euros. Em Abril, o investimento turco totalizou 2,5 milhões de euros. No que respeita ao Vietname, foram atribuídos 17 vistos ‘gold’ a cidadãos deste país até Abril, para 6,9 milhões de euros, um recuo de cerca de 38% face aos primeiros quatro meses de 2018. No ano passado foram atribuídos, no período em análise, 11 ARI. O investimento vietnamita captado em abril atingiu os 2,07 milhões de euros, enquanto o de origem norte-americana ascendeu a 2,4 milhões de euros. Entre Janeiro e Abril, o investimento oriundo dos Estados Unidos somou 11,8 milhões de euros, num total de 18 vistos atribuídos.
Hoje Macau Eventos“Roma”, do mexicano Alfonso Cuarón, vence cinco prémios Platino [dropcap]O[/dropcap] filme “Roma”, do cineasta mexicano Alfonso Cuarón, foi o grande vencedor dos Prémios Platino de Cinema Ibero-Americano, com cinco distinções, incluindo melhor filme e melhor realizador, foi hoje anunciado. Com nove nomeações, o filme de Cuarón já tinha partido como grande favorito para a sexta edição dos prémios Platino, que se realizaram este domingo, pelo segundo ano consecutivo, na Riviera Maya, no Caribe mexicano. Além de melhor filme e melhor realizador, “Roma” arrecadou ainda o melhor argumento, melhor cinematografia e melhor direcção de som. Em nome do cineasta mexicano – que não esteve presente no evento – o produtor Nicolás Celis agradeceu o reconhecimento e exclamou: “Viva o cinema, viva o México e muito mais cinema de qualidade para todos!”. “Roma”, o primeiro filme produzido pela Netflix a chegar aos Óscares, retrata a vida de uma família de classe média no México dos anos 70. Nos Óscares, o drama semi-autobiográfico filmado a preto e branco venceu Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Fotografia e Melhor Realizador. Os Prémios Platino são organizados pela Entidade de Gestão de Direitos dos Produtores Audiovisuais e pela Federação Ibero-americana de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais. Na fase de pré-selecção havia várias obras portuguesas e de co-produção portuguesa, candidatas a uma nomeação para os Platinos, nomeadamente os filmes “Cabaret Maxime” (Bruno de Almeida), “Pedro e Inês” (António Ferreira), “Djon África” (Filipa Reis e João Miller Guerra), “Correspondências” (Rita Azevedo Gomes), “Leviano” (Justin Amorim), “Carga” (Bruno Gascon), “Raiva” (Sérgio Tréfaut) e “O homem que matou D. Quixote” (Terry Gilliam). Havia ainda duas séries de televisão candidatas a melhor minissérie ibero-americana, mas que não chegaram às nomeações: “Sara”, de Marco Martins, Ricardo Adolfo e Bruno Nogueira, e “Três Mulheres”, de Fernando Vendrell, ambas exibidas na televisão pública portuguesa. No ano passado, Rui Poças foi distinguido com um prémio Platino de melhor direcção de fotografia pelo filme “Zama”, da realizadora argentina Lucrecia Martel.